Para ajudar pais e professores
É possível agora ter acesso, à distância de um clique, a sessões de formação para pais, professores e auxiliares de educação,...

Em média, em Portugal, em cada 20 alunos numa sala de aula, há uma criança com Perturbação de Hiperactividade e Défice de Atenção (PHDA). Porque as dificuldades de concentração, o não conseguir estar parado ou calado, são muitas vezes confundidas com má educação ou mau comportamento, torna-se cada vez mais relevante saber lidar com crianças com esta patologia.

Sem barreiras físicas, sem restrições geográficas, agora é possível ter acesso, à distância de um clique, a sessões de formação para pais, professores e auxiliares de educação, feitas por médicos, sobre a Perturbação de Hiperactividade e Défice de Atenção (PHDA), um problema que afecta 5 a 8% das crianças em idade escolar em Portugal.

Gravados em vídeo, e disponíveis na plataforma de e-learning em www.clubephda.pt criada em parceria com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, estes módulos de formação foram desenvolvidos pela equipa multidisciplinar da Unidade de Neurodesenvolvimento do Centro da Criança do Hospital CUF Descobertas, que lida diariamente com casos de crianças com PHDA.

De acesso totalmente gratuito, a plataforma vem responder às necessidades do ensino à distância, permitindo aprofundar informação cientificamente credível sobre a PHDA, e vem dotar pais, professores e auxiliares de educação de ferramentas úteis que têm como objectivo ajudar a promover o desenvolvimento saudável dos mais jovens. No total, existem mais de 80 mil casos de crianças com PHDA no nosso país, sendo que apesar de toda a informação existente nos dias de hoje, há ainda pais e profissionais de educação que continuam a olhar para as dificuldades comportamentais das crianças com PHDA como meras faltas de educação.

Integrada no Clube PHDA, um projecto de empreendedorismo social lançado em Outubro do ano passado que apoia e promove uma integração bem-sucedida das crianças com PHDA na família, na escola e na sociedade, esta plataforma de e-learning é mais um passo para o desenvolvimento desta iniciativa que começou pela criação do site www.clubephda.pt e pela implementação de formações presenciais em escolas. O site dispõe de informações sobre a natureza da doença, o diagnóstico, o tratamento e até conselhos. Depois do site, seguiu-se o livro lançado em Junho deste ano, “Hiperactividade e Défice de Atenção”, um manual que revisita a história do PHDA, permitindo identificar as suas causas, as apresentações clínicas, mas também as implicações na vida quotidiana dos envolvidos: pais, professores e crianças.

Das Sessões Presenciais ao E-learning e ao Fórum de Discussão

Desde final do ano passado que o Clube PHDA, através da equipa médica da Unidade de Neurodesenvolvimento do Centro da Criança do Hospital CUF Descobertas, tem vindo a desenvolver, em escolas da região de Lisboa, e no próprio hospital, sessões de esclarecimento sobre esta temática, quer para pais, quer para professores, quer para auxiliares de educação. Ao longo do ano foram realizadas mais de 30 sessões, tendo participado nestas, um total de cerca de mil pessoas.

As inúmeras solicitações provenientes dos estabelecimentos de ensino de todo o país e a impossibilidade de responder positivamente a todas foi também um dos motes para a criação desta plataforma de E-Learning, que eliminou assim qualquer barreira geográfica no que diz respeito à partilha de conhecimento sobre a PHDA.

Além do lançamento desta plataforma de E-learning, o Clube PHDA apresenta também uma outra novidade: o Fórum de Discussão. Neste podem ser partilhadas dicas, desafios e mensagens de encorajamento entre as pessoas que lidam com a PHDA no seu dia-a-dia.

 

“Manifesto Pela Psoríase”
“Manifesto Pela Psoríase” é o nome da campanha de sensibilização lançada pela PSOPortugal, no âmbito do Dia Mundial da Psoríase...

Sob o mote “Psoríase? Há coisas que me irritam muito mais!”, o objectivo da campanha é mostrar que o conhecimento sobre a psoríase é fundamental para desmistificar a doença e evitar o estigma e o preconceito associados.

A campanha conta com a participação do chef de cozinha Hélio Loureiro e da actriz Noémia Costa. Através do website www.manifestopelapsoriase.pt é possível conhecer o manifesto pela psoríase de cada uma das figuras públicas. A campanha salienta a importância de conhecer a doença, por forma a esbater a descriminação e o preconceito que ainda lhe estão associados e demonstrar que, apesar de ser uma doença crónica e auto-imune, a psoríase não impede a qualidade de vida dos doentes.

No website possível consultar informação sobre a doença, as causas, os sintomas e os tratamentos disponíveis. Os utilizadores podem também criar o seu próprio manifesto pela psoríase e submete-lo em www.manifestopelapsoriase.pt.

De acordo com João Vaz Martins, presidente da PSOPortugal, “É fundamental acabar com o estigma associado à psoríase, que acontece sobretudo porque há ainda muito desconhecimento em relação a esta doença”.

Paulo Ferreira, médico dermatologista e colaborador da PSOPortugal acrescenta: “A psoríase não impede a qualidade de vida dos doentes. Os doentes devem conhecer a doença e ser pró-activos na forma como a encaram, de forma a desmistifica-la. O facto de termos figuras públicas associadas à campanha comprova isso mesmo, que apesar de se manifestar na pele, a psoríase não as impede de se exporem perante o público.”

Acerca da Psoríase

A psoríase é uma doença auto-imune, crónica que se manifesta no nosso maior órgão – a pele, não contagiosa, que pode surgir em qualquer idade. O seu aspecto, extensão, evolução e gravidade são variáveis, caracterizando-se pelo aparecimento de lesões vermelhas, espessas e descamativas, que afectam sobretudo os cotovelos, joelhos, região lombar, couro cabeludo e unhas. Desenvolve-se quando o sistema imunitário do corpo faz disparar um crescimento rápido das células cutâneas. Na pele saudável, as células amadurecem e perdem-se em 28 a 30 dias.

 

Acerca da PSOPortugal

A PSOPortugal, entidade com nove anos de existência, constituída em 2005, tem vindo a defender, apoiar e dar voz aos doentes de psoríase. E também a alertar e sensibilizar a sociedade para a discriminação social e profissional de que são alvo os cerca de 250 mil portugueses que sofrem de psoríase.

 

Conferência a 17 de Outubro
Líderes e especialistas de diferentes áreas irão debater, no próximo dia 17 de Outubro, formas de atrair investimento e...

Líderes e especialistas de diferentes áreas irão debater, no próximo dia 17 de Outubro, formas de atrair investimento e financiamento na área da biotecnologia e as razões para uma empresa global investir em Portugal, bem como estratégias para criar valor económico através da investigação clínica. Estes serão, entre outros, os temas da Conferência Internacional organizada pela P-BIO e pelo Diário Económico, que decorrerá naquele dia a partir das 9:00, no Hotel Sana Lisboa.

A Conferência será composta por três sessões, sendo a primeira focada na biotecnologia global, em oportunidades na Europa e em mecanismos de investimento, contando com um painel de especialistas composto por Carlos Faro, Director do Biocant Park, André Turenne, Director Global de Business Development da Genzyme, e José da Franca, Presidente da Portugal Ventures.

A segunda sessão, dedicada ao tema de “Criar Valor Económico através da Investigação Clínica”, começará com uma visão geral de Filipe Assoreira, Membro da Direção da P-BIO, e contará com a participação de Carlos Martins, Presidente do Conselho de Administração do Hospital de Santa Maria, Maria João Queirós, Fundadora e Presidente da Eurotrials, e um representante do INFARMED que analisará o panorama regulamentar nos ensaios clínicos.

A conferência será fechada com um debate cujo mote será dado por Bruno Sepodes, Presidente do Comité dos Medicamentos Órfãos da Agência Europeia do Medicamento (EMA), e que contará com um painel composto pelos oradores Sérgio Simões, fundador e Vice-Presidente da Bluepharma, Michelle Bellandi, Responsável da Região Europa da multinacional Shire, e James Lennertz, Vice-Presidente e Director Geral Europeu da empresa de biotecnologia americana Biomarin. O debate será moderado por António Costa, Director do Diário Económico, que desafiará os intervenientes e exporem as suas opiniões sobre o valor acrescentado da biotecnologia e dos medicamentos órfãos”.

 

Instituto Português do Sangue e da Transplantação
O Instituto Português do Sangue e da Transplantação está a negociar com as seguradoras a criação de um seguro de dador de...

De acordo com Hélder Trindade, as negociações deverão ser “demoradas”, tendo em conta a “complexidade” do tema e os riscos inerentes a um dador de órgãos, superiores aos do dador de sangue, para os quais já foi criado um seguro.

O especialista sublinhou que a morte em dadores vivos de órgãos, nomeadamente de rins, é “extremamente rara”, mas existe, e que um seguro desta natureza deverá contemplar o pior desfecho possível. Há ainda outras questões que o seguro deverá levar em conta, como os dias de trabalho que o dador perderá ou outras perdas, adiantou.

Várias questões relacionadas com a transplantação estarão em análise no XII Congresso Português de Transplantação, o XII Congresso Luso-Brasileiro de Transplantação e o I Encontro Ibérico de Transplantação, que decorrerão entre quinta-feira e sábado, em Lisboa.

Fernando Macário, presidente da Sociedade Portuguesa de Transplantação (SPT), que organiza o evento, disse que um seguro de dador trará “mais segurança” à pessoa, que tem consciência dos riscos que esta intervenção acarreta.

Além desta medida, Fernando Macário destaca a negociação em curso com vista à descentralização das unidades de saúde onde o transplantado é seguido, quando já estabilizado, e que não necessitará de ser aquela onde foi feito o transplante.

Esta descentralização afirmou, facilita a vida ao dador, ainda que uma alteração legislativa recente tenha proporcionado apoios nos transportes do transplantado após a intervenção.

Hélder Trindade confirmou as negociações e disse mesmo que o instituto já definiu uma pré-rede de hospitais que irão acolher os doentes transplantados.

A medida, disse, trará muito mais comodidade para o doente, além de obter poupanças, pois evita deslocações.

Segundo Fernando Macário, actualmente existem 2 mil doentes que esperam por um transplante de rim, fazendo-se em Portugal uma média de 500 transplantes por ano.

Os transplantes pulmonares, os hepáticos pediátricos, as infecções por agentes multirresistentes e as novas terapêuticas imunossupressoras são alguns dos temas em destaque no encontro, onde deverão ainda ser comparadas as realidades da transplantação em vários países.

 

Desde Setembro
As corporações de bombeiros dos Açores estão a cobrar o transporte não urgente de utentes desde Setembro, sendo que a maioria...

Apenas os bombeiros das ilhas das Flores e São Jorge não estão a cobrar o serviço por não terem ainda chegado a um acordo com as unidades de saúde de ilha acerca do valor.

O comandante dos Bombeiros Voluntários da Calheta adiantou não existir ainda um entendimento entre os valores propostos pela unidade de saúde de ilha e as duas corporações de bombeiros de São Jorge (Velas e Calheta).

“Temos de chegar aqui a um acordo em que o valor seja apropriado ao serviço que se vai prestar. Queremos cobrar o mesmo à unidade de saúde de ilha e aos particulares, não queremos entrar aqui numa discrepância”, sublinhou Rui Bettencourt.

Apesar de não haver acordo no papel, “há um acordo de cavalheiros” e o serviço está a ser assegurado a centros de saúde e a particulares a custo zero, acrescentou.

Já na Terceira, segundo o presidente dos bombeiros de Angra do Heroísmo, as propostas inicialmente apresentadas pelas duas corporações daquela ilha (Angra do Heroísmo e Praia da Vitória) não foram aceites e tiveram de ser rectificadas por imposição do hospital local.

“Tínhamos proposto 15 euros das nove da manhã às nove da noite e 20 euros das nove da noite às nove da manhã. O hospital disse-nos que só poderia aceitar 10 euros de taxa de saída e 60 cêntimos por quilómetro. No entanto, decidimos que às pessoas que têm carências financeiras comprovadas é claro que não vamos levar dinheiro nenhum”, disse Álvaro Carepa, revelando que em Angra do Heroísmo são feitos cerca de cinco transportes não urgente de doentes por semana.

À excepção da ilha das Flores e de São Jorge, onde não estão ainda definidos os valores, as restantes ilhas estão a aplicar aos centros de saúde, hospitais e particulares 10 euros de taxa de saída e 60 cêntimos por quilómetro percorrido, segundo uma ronda feita pela agência Lusa junto das diversas corporações do arquipélago.

O transporte não urgente de doentes é cobrado às unidades de saúde quando são estas a solicitar o serviço ou aos particulares, quando são os próprios doentes que directamente contactam os bombeiros com esse objectivo.

Os bombeiros ponderam começar a cobrar pelo serviço na sequência de um regulamento do transporte terrestre de doentes nos Açores elaborado pelo Governo Regional, que entrou em vigor no final de Agosto. Entre outros objectivos, esse regulamento visa “garantir o devido financiamento” aos bombeiros, segundo disse o secretário regional da Saúde, Luís Cabral, no início de Agosto.

 

Da União Europeia
As regiões da Madeira e dos Açores registaram entre 2008 e 2010 o maior índice de mortes devido a problemas respiratórios da...

A Região Autónoma da Madeira surge na liderança, com 294,6 mortes por cada 100 mil habitantes, de acordo com o anuário apresentado em Bruxelas por Gunter Schäfer, responsável da área de estatísticas e informação geográfica daquela autoridade estatística da União Europeia.

Logo depois surge na lista os Açores, com 195,8 mortes por 100 mil habitantes, registando-se em ambas as regiões elevados níveis de pneumonia e bronquite crónica e aguda, segundo o anuário regional.

O documento mostra ainda que Portugal continental também apresenta elevados índices de mortes por problemas respiratórios, com valores iguais ou superiores a 115 mortes, com excepção das regiões de Lisboa e Setúbal, enquanto a média na União Europeia é de 85,3 mortes.

O anuário refere ainda que as mortes por problemas respiratórios são quase o dobro nos homens em relação às mulheres, sendo este dado mais expressivo nos casos da Madeira e dos Açores. Os dados foram divulgados no âmbito dos Open Days – Semana Europeia das Cidades e Regiões.

Presented at the ESMO 2014 Congress
Objective response rate was 32% in nivolumab treated patients and 11% in the reference arm of chemotherapy-treated patients....

Bristol-Myers Squibb Company announced positive results from CheckMate -037, a Phase 3 randomized, controlled open-label study of Opdivo (nivolumab), an investigational PD-1 immune checkpoint inhibitor, versus investigator’s choice chemotherapy (ICC) in patients with advanced melanoma who were previously treated with Yervoy (ipilimumab). Based on a planned interim analysis of the co-primary endpoint, the objective response rate (ORR) was 32% (95% CI = 24, 41) in the Opdivo arm (n=120) and 11% (95% CI = 4, 23) in the ICC reference arm (n=47) in patients with at least six months of follow up. The majority (95%) of responses were ongoing in the Opdivo arm and the median duration of response was not reached. ORR was based on RECIST criteria as evaluated by an independent radiologic review committee (IRRC). These data were highlighted at a ESMO 2014 Congress press briefing today in Madrid and will be presented during the Presidential Symposium at 4 p.m. CEST (Abstract #LBA3_PR).

“These data are important as they mark the first presentation of results from a Phase 3 randomized study for the PD-1 immune checkpoint inhibitor class,” said Jeffrey S. Weber, MD, Ph.D., director of the Donald A. Adam Comprehensive Melanoma Research Center at Moffitt Cancer Center. “Additionally, the response rate and duration of response in patients treated with Opdivo are consistent with findings from the early Phase 1 trial in previously treated advanced melanoma (Study -003).”

Safety was reported on all patients treated in the Opdivo (n=268) and ICC (n=102) arms. The majority of Opdivo treatment-related adverse events (AEs) were Grade 1/2 and managed using recommended treatment algorithms. Grade 3/4 drug-related AEs were less frequent for the Opdivo arm (9% versus 31% of patients treated chemotherapy). Serious Grade 3/4 drug-related AEs were reported in 5% and 9% of patients treated with Opdivo and ICC, respectively. There was no Grade 3/4 pneumonitis (inflammatory lung disease) with Opdivo. Discontinuations due to drug-related AEs, of any grade, occurred in 2% of Opdivo-treated patients and 8% of patients administered ICC. There were no deaths related to study drug toxicity.

“This second set of positive Phase 3 data for Opdivo in patients with advanced melanoma supports a deeper understanding of the potential of immuno-oncology in this disease,” said Michael Giordano, M.D., senior vice president, Head of Development, Oncology. “These results confirm our belief in the potential of immuno-oncology, and our broad development program continues to evaluate Opdivo in advanced melanoma across lines of therapy, both as a single agent and as part of a combination regimen.”

In June, Bristol-Myers Squibb announced that a randomized blinded comparative Phase 3 study evaluating Opdivo versus dacarbazine in patients with previously untreated BRAF wild-type advanced melanoma (CheckMate -066) was stopped early because an analysis conducted by the independent Data Monitoring Committee showed evidence of superior overall survival in patients receiving Opdivo compared to the control arm. The Company is working with investigators on the future presentation and publication of the results from CheckMate -066.

Bristol-Myers Squibb has proposed the name Opdivo (pronounced op-dee-voh), which, if approved by health authorities, will serve as the trademark for nivolumab.

 

About CheckMate 037

CheckMate -037 is a Phase 3 randomized, open-label study (n=370) designed to estimate the ORR in the Opdivo arm and compare the OS of patients treated with Opdivo versus those patients administered ICC. Patients in the trial were randomized 2:1 to receive Opdivo 3 mg/kg by intravenous infusion every two weeks (n=268) or ICC (dacarbazine 1000 mg/m2 every three weeks or carboplatin (AUC) 6 plus paclitaxel 175 mg/m2 every three weeks; n=102) until progression or unacceptable toxicity. Patients were classified by PD-1 ligand expression, BRAF status (wild type or mutated) and best response to prior treatment with Yervoy. Co-primary endpoints of the study are ORR and overall survival (OS). Response, as measured by standard RECIST 1.1 criteria by an IRRC, was assessed nine weeks after randomization, every six weeks for the first 12 months and then every 12 weeks. An interim analysis of OS had not taken place at the time of the ORR analysis.

 

About opdivo

Cancer cells may exploit “regulatory” pathways, such as checkpoint pathways, to hide from the immune system and shield the tumor from immune attack. Opdivo is an investigational, fully-human PD-1 immune checkpoint inhibitor that binds to the checkpoint receptor PD-1 (programmed death-1) expressed on activated T-cells.

Bristol-Myers Squibb has a broad, global development program to study Opdivo in multiple tumor types consisting of more than 35 trials – as monotherapy or in combination with other therapies – in which more than 7,000 patients have been enrolled worldwide. Among these are several potentially registrational trials in non-small cell lung cancer (NSCLC), melanoma, renal cell carcinoma (RCC), head and neck cancer, glioblastoma and non-Hodgkin lymphoma.

In 2013, the FDA granted Fast Track designation for Opdivo (nivolumab) in NSCLC, melanoma and RCC. In April 2014, the company initiated a rolling submission with the FDA for Opdivo in third-line pre-treated squamous cell NSCLC and expects to complete the submission by year-end. The FDA granted Opdivo Breakthrough Therapy Designation in May 2014 for the treatment of patients with Hodgkin lymphoma after failure of autologous stem cell transplant and brentuximab. On July 4, Ono Pharmaceutical Co. announced that Opdivo received manufacturing and marketing approval in Japan for the treatment of patients with unresectable melanoma, making Opdivo the first PD-1 immune checkpoint inhibitor to receive regulatory approval anywhere in the world. On September 26, Bristol-Myers Squibb announced that the FDA accepted for priority review the BLA for previously treated advanced melanoma, and the Prescription Drug User Fee Act (PDUFA) goal date for a decision is March 30, 2015. The FDA also granted Opdivo Breakthrough Therapy status for this indication. In the European Union, the European Medicines Agency (EMA) has validated for review the Marketing Authorization Application (MAA) for Opdivo in advanced melanoma. The application has also been granted accelerated assessment by the EMA’s Committee for Medicinal Products for Human Use (CHMP).

 

About advanced melanoma

Melanoma is a form of skin cancer characterized by the uncontrolled growth of pigment-producing cells (melanocytes) located in the skin. Metastatic melanoma is the deadliest form of the disease, and occurs when cancer spreads beyond the surface of the skin to the other organs, such as the lymph nodes, lungs, brain or other areas of the body. The incidence of melanoma has been increasing for at least 30 years. In 2012, an estimated 232,130 melanoma cases were diagnosed globally. Melanoma is mostly curable when treated in its early stages. However, in its late stages, the average survival rate has historically been just six months with a one-year mortality rate of 75 percent, making it one of the most aggressive forms of cancer.

 

Immuno-Oncology at Bristol-Myers Squibb

Surgery, radiation, cytotoxic or targeted therapies have represented the mainstay of cancer treatment over the last several decades, but long-term survival and a positive quality of life have remained elusive for many patients with advanced disease.

To address this unmet medical need, Bristol-Myers Squibb is leading advances in the innovative field of immuno-oncology, which involves agents whose primary mechanism is to work directly with the body’s immune system to fight cancer. The company is exploring a variety of compounds and immunotherapeutic approaches for patients with different types of cancer, including researching the potential of combining immuno-oncology agents that target different and complementary pathways in the treatment of cancer.

Bristol-Myers Squibb is committed to advancing the science of immuno-oncology, with the goal of changing survival expectations and the way patients live with cancer.

About the Bristol-Myers Squibb and Ono Pharmaceutical Collaboration

In 2011, through a collaboration agreement with Ono Pharmaceutical, Bristol-Myers Squibb expanded its territorial rights to develop and commercialize Opdivo globally except in Japan, South Korea and Taiwan, where Ono had retained all rights to the compound at the time. On July 23, 2014, Bristol-Myers Squibb and Ono Pharmaceutical further expanded the companies’ strategic collaboration agreement to jointly develop and commercialize multiple immunotherapies – as single agents and combination regiments – for patients with cancer in Japan, South Korea and Taiwan.

 

About Bristol-Myers Squibb

Bristol-Myers Squibb is a global pharmaceutical company whose mission is to discover, develop and deliver innovative medicines that help patients prevail over serious diseases. For more information about Bristol-Myers Squibb, visit www.bms.com, or follow us on Twitter at http://twitter.com/bmsnews.

 

Bristol-Myers Squibb Forward-Looking Statement

This press release contains "forward-looking statements" as that term is defined in the Private Securities Litigation Reform Act of 1995 regarding the research, development and commercialization of pharmaceutical products. Such forward-looking statements are based on current expectations and involve inherent risks and uncertainties, including factors that could delay, divert or change any of them, and could cause actual outcomes and results to differ materially from current expectations. No forward-looking statement can be guaranteed. Among other risks, there can be no guarantee that Opdivo will receive regulatory approval in the U.S. or, if approved, that it will become a commercially successful product. Forward-looking statements in this press release should be evaluated together with the many uncertainties that affect Bristol-Myers Squibb's business, particularly those identified in the cautionary factors discussion in Bristol-Myers Squibb's Annual Report on Form 10-K for the year ended December 31, 2013 in our Quarterly Reports on Form 10-Q and our Current Reports on Form 8-K. Bristol-Myers Squibb undertakes no obligation to publicly update any forward-looking statement, whether as a result of new information, future events or otherwise.

 

Especialistas referem acerca do Ébola:
A Europa chegou tarde ao combate ao Ébola e a comunidade internacional foi negligente, acusam 44 especialistas mundiais em...

“Não é só uma questão de verbas e dinheiro”, disse à agência Lusa José Pereira Miguel, antigo presidente do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) e um dos autores do documento, que foi enviado pelos subscritores às autoridades dos respectivos governos.

No documento, publicado na edição de sábado da revista The Lancet, lê-se que os profissionais de saúde e as populações que estão no terreno – na África ocidental – “necessitam desesperadamente de equipamentos de protecção individual e desinfectantes, como sabonetes e cloro.

Os autores defendem uma maior participação dos Estados europeus no envio de ajuda e de profissionais, bem como no apoio à sua formação.

“Após meses de inércia e negligência por parte da comunidade internacional, a epidemia de Ébola está totalmente fora de controlo”, começam por escrever os autores do documento.

Segundo José Pereira Miguel, a Europa começou tarde, mas a luta contra o Ébola ainda pode ser ganha, embora só se a Europa ajudar.

A carta vai nesse sentido: “Pressionar os Estados europeus para que se faça mais, para que se mobilizem todos os recursos que a Europa tem”.

Segundo José Pereira Miguel, o documento alcançou alguns dos objectivos, pois foi seguido do anúncio de medidas da Comissão Europeia de apoio aos países afectados.

Sobre a epidemia, o especialista em saúde pública considerou a situação “muito grave”, lembrando que o vírus já fez cerca de 3 mil mortos e que os hospitais montados no terreno estão sobrelotados.

 

iMed Conference® 6.0 - Lisbon
Divulgar as mais recentes inovações na Ciência a nível mundial aos estudantes universitários da área das Ciências da Vida é...

Lisa Sanders - consultora médica da série “Dr. House” é já presença confirmada no iMed Conference® 6.0 - Lisbon 2014, um evento científico organizado anualmente que se propõe a divulgar as mais recentes inovações na Ciência a nível mundial aos estudantes universitários da área das Ciências da Vida e que este ano vai premiar com 12 mil euros os melhores projectos de investigação básica e investigação translacional desenvolvidos por estudantes de toda a Europa.

A 6ª edição do congresso decorrerá nos próximos dias 10, 11 e 12 de Outubro, no Auditório da Reitoria da Universidade Nova de Lisboa.

Entre os restantes oradores confirmados para o congresso, constam dois Prémios Nobel - Bengt Samuelsson (Nobel da Medicina em 1982) e Andrew Schally (Nobel da Medicina em 1977). Para além destes, também outras figuras de renome estarão presentes, entre as quais se incluem Andres Lozano - pioneiro no tratamento da Doença de Alzheimer e de Parkinson -, Alexander Levitzki - pioneiro no desenvolvimento de inibidores da tirosina-cinase como agentes destruidores tumorais -, Albert Osterhaus - impulsionador da criação da vacina contra o vírus da gripe das aves (H5N1) -, Grégoire Courtine - premiado pela investigação em lesões da medula espinhal - e James Choi - defensor da utilização de aparelhos e métodos micro cirúrgicos baseados em ultra-sons.

Os oradores irão intervir em Palestras Científicas e Plenárias dedicadas às temáticas de Imuno-Oncologia, Neuropsiquiatria, Biotecnologia e Infecciologia. Decorrerão ainda as iMed Sessions, que analisarão a relação entre o Cérebro, a Música e o Cinema, a razão de ser da Neuroeconomia e a Medicina em contexto aerospacial.

Também os alunos serão convidados a participar activamente no congresso. Os Hands-On Workshops permitir-lhes-ão apreender as noções teóricas através de uma abordagem mais prática aos temas debatidos; além da Fundação Astrazeneca Innovate Competition, que premiará os melhores trabalhos de investigação, decorrerá também a Boehringer Ingelheim Clinical Mind Competition, que premiará o raciocínio clínico dos estudantes com estágios de voluntariado médico em África.

O iMed Conference® 6.0 - Lisbon 2014 é organizado pela Associação de Estudantes da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade NOVA de Lisboa (AEFCML) e conta com o apoio institucional da mesma faculdade e universidade, bem como o alto patrocínio do Parlamento Europeu, da Presidência da República e dos Ministérios da Saúde e da Educação do Governo de Portugal.

 

Escola Superior de Enfermagem de Coimbra
Tarde comemorativa da Semana Mundial do Aleitamento Materno reúne mamãs e casais para partilha de experiências. É amanhã no...

A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) assinala, amanhã à tarde, a Semana Mundial do Aleitamento Materno. O encontro, com início às 17h30, nas instalações da ESEnfC - Sala de Reuniões do Pólo B (em São Martinho do Bispo), começa com uma conversa subordinada ao tema “Amamentação e regresso ao trabalho”. Segue-se uma partilha de experiências de amamentação, com mamãs do projecto Terna Aventura (de preparação do casal para as alterações decorrentes da gravidez, do parto e do pós-parto e para os cuidados a ter com o recém-nascido), e um encontro de casais.

Sob o lema “Amamentação: Uma Vitória para toda a Vida”, a campanha deste ano da Semana Mundial do Aleitamento Materno, que na Europa se comemora de 6 a 12 de Outubro, salienta a importância de “aumentar e manter o apoio, a promoção e a protecção da amamentação, no âmbito da contagem regressiva para os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio e para além desse objectivo”.

De acordo com a Aliança Mundial para a Acção em Aleitamento Materno, “a pobreza diminuiu, mas uma em cada oito pessoas ainda vai para cama com fome”, sendo que “a desnutrição afecta cerca de um quarto de todas as crianças no mundo”.

Daí que a entidade promotora da Semana Mundial do Aleitamento Materno insista na mensagem de que “a amamentação exclusiva e a alimentação complementar adequada são intervenções importantes para melhorar a sobrevivência infantil, salvando potencialmente cerca de 20% das crianças abaixo de cinco anos”.

Na ESEnfC, esta comemoração é organizada pela Unidade Científico-pedagógica de Enfermagem de Saúde Materna, Obstétrica e Ginecológica.

 

Ébola:
As autoridades de saúde portuguesas estão a analisar os equipamentos de protecção individual que devem ser usados pelos...

Segundo uma nota emitida hoje pela Direcção-Geral da Saúde (DGS), o dispositivo de coordenação para o vírus do Ébola “está a analisar os normativos existentes no âmbito da biossegurança, nomeadamente naquilo que se refere aos equipamentos de protecção individual (EPI) a utilizar pelos profissionais de saúde e ao contexto da sua utilização, bem como aos procedimentos laboratoriais”.

As autoridades estão ainda a equacionar o “reforço dos mecanismos de comunicação junto dos serviços de saúde e da população”.

Esta análise da DGS acontece depois de na segunda-feira ter sido confirmado que uma auxiliar de enfermagem espanhola foi contagiada com o vírus do Ébola. A profissional tinha atendido o missionário Manuel Garcia Viejo, vítima mortal de Ébola no dia 25 de Setembro, num hospital madrileno.

A directora-geral de Saúde Pública espanhola afirmou que o controlo dos contactos da auxiliar de enfermagem espanhola contagiada com Ébola em Madrid é a medida mais eficaz para evitar a transmissão comunitária do vírus. “Está investigar-se qual poderá ter sido o mecanismo de infecção da profissional”, afirmou Mercedes Vinuesa, na comissão de Saúde do Congresso de Deputados.

Vinuesa afirmou que, paralelamente a essa investigação e ao acompanhamento epidemiológico - que já se está a realizar ao marido da paciente e pode ampliar-se a outras pessoas - se continua a avaliar as circunstâncias do contágio da auxiliar de enfermagem.

Segundo explicou Vinuesa, a informação prestada pela Comunidade de Madrid é de que a auxiliar de enfermagem entrou no quarto do paciente que morreu com Ébola “por duas vezes”, primeiro para mudar uma fralda e, depois, já após a morte, para recolher material.

 

Presidente do Instituto de Saúde do Porto diz que caso se deveu a falha de segurança

O presidente do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto defendeu hoje que o contágio de uma enfermeira espanhola com Ébola terá resultado de uma ruptura no protocolo de segurança, mas considerou que casos semelhantes serão escassos.

“Sabemos pouco, provavelmente deve ter havido uma ruptura no protocolo de segurança, [mas] não há sistemas de segurança completamente impossíveis de terem falhas”, afirmou Henrique Barros. Para este investigador e médico, é preciso “saber o que correu mal” e “que barreira foi quebrada” para que a auxiliar de enfermagem espanhola que atendeu o missionário Manuel Garcia Viejo, vítima mortal de Ébola no dia 25 de Setembro, tenha sido contagiada.

 

 

Estudo publicado na revista científica Nature Nanotechnology
Um grupo de investigadores de Singapura utilizou um composto do chá verde para desenvolver uma nova solução destinada a matar...

Há muito que são conhecidos os benefícios do chá verde, associados às suas propriedades antioxidantes e anticancerígenas e à capacidade de combater o envelhecimento e de funcionar como antibiótico. Agora, um grupo de investigadores acaba de utilizar um dos seus compostos para desenvolver uma nova solução destinada a matar as células do cancro.

Os cientistas do Instituto de Bioengenharia e Nanotecnologia (IBN) de Singapura criaram um sistema de transporte de fármacos no interior do organismo capaz de atacar mais eficazmente as células cancerígenas utilizando a epigalocatequina galato (EGCG), uma substância antioxidante com aplicações terapêuticas em diversas doenças.

Com recurso à EGCG, a equipa conseguiu programar “nanotransportadores” que administram localmente os fármacos e que funcionam como “mísseis”, viajando pelo corpo e interferindo apenas com as células doentes sem afectar os tecidos e órgãos saudáveis, conforme adianta o estudo publicado na revista científica Nature Nanotechnology.

“Os numerosos benefícios do chá verde inspiraram-nos a utilizá-lo neste sistema”, explica Jacke Y. Ying, directora executiva do IBN, em comunicado, acrescentando que esta é “a primeira vez que o chá verde é usado como 'cápsula' e meio de transporte para fármacos contra o cancro”.

Os investigadores realizaram, entretanto, estudos em animais para avaliar a eficácia do sistema, concluindo que estes “nanotransportadores” de chá verde enriquecidos com um dos fármacos usados convencionalmente para tratar o cancro da mama reduziram muito mais significativamente o crescimento dos tumores do que os métodos tradicionais.

Além disso, com recurso a esta solução, a equipa observou que o dobro do fármaco administrado ficou acumulado nas células cancerígenas e que a acumulação dos medicamentos nos órgãos saudáveis diminuiu 70% no caso do fígado e dos rins e 40% no caso dos pulmões.

“Ao contrário das terapias convencionais, o nosso transportador de chá verde é capaz de erradicar um maior número de células cancerígenas e de reduzir significativamente a acumulação dos fármacos nos órgãos vitais, onde estes podem causar efeitos secundários graves”, realça Motoichi Kurisawa, coordenador da equipa do IBN.

“Esta invenção [já patenteada] tem potencial para pavimentar o caminho em direcção a um melhor sistema de administração de fármacos para combater o cancro”, conclui o investigador.

 

Bastonário da Ordem dos Enfermeiros
A maioria dos serviços de saúde em Portugal não dispõe de condições adequadas ao exercício da enfermagem, e se se mantêm a...

Apesar de se assumir contrário ao encerramento de serviços e de camas, o Enf.º Germano Couto disse que continuará a defender o fecho sempre que haja risco iminente para a segurança dos cuidados aos cidadãos.

“Eu defendo a contratação de enfermeiros em primeiro lugar. O objectivo não é destruir o Serviço Nacional de Saúde, mas alertarmos para as vidas humanas”, sublinhou, segunda-feira à tarde em Coimbra durante a iniciativa Conversas na Ordem da Secção Regional Centro (SRC) da Ordem dos Enfermeiros (OE).

Nesse evento, que teve como convidado especial o Dr. António Arnaut, fundador do SNS há 35 anos enquanto Ministro dos Assuntos Sociais, o Bastonário lembrou que a atribuição mais nobre da sua Ordem é a defesa incondicional da qualidade e segurança dos cuidados de enfermagem.

Apesar de o Código Deontológico dos enfermeiros estabelecer direitos – segundo o Bastonário - o direito a condições de exercício adequadas não é assegurado na maior parte dos serviços de saúde.

“Ao contrário do que o senhor Ministro da Saúde diz, a maior parte dos enfermeiros acumulam nos seus próprios serviços porque de forma responsável e com sentido de missão conseguem manter os serviços abertos, às vezes não se sabe bem como”, observou.

Realçou que os enfermeiros estão exaustos, porque “não trabalham 40 horas por semana, trabalham, em alguns casos, 60 e 70, caso contrário muitos serviços e camas já teriam encerrado”.

Na sessão, subordinada ao tema “Enfermagem e Cidadania”, o Dr. António Arnaut relembrou os propósitos que idealizou para o SNS e as dificuldades dessa conquista. Aproveitou para exortar os enfermeiros e os restantes profissionais de saúde a defenderem essa conquista, que “custou muito a obter porque, como em todas as conquistas, foi ferir alguns interesses instalados”.

Também o Bastonário da Ordem dos Enfermeiros, Enf.º Germano Couto, criticou os interesses instalados na Saúde, frisando que muitos deles não estão interessados em que o desperdício acabe.

A prevenção da doença e promoção da saúde, que são atribuições dos enfermeiros, “não geram dinheiro a curto prazo. O que gera dinheiro é reabilitar e curar”, observou.

A sessão, que juntou o Dr. António Arnaut e o Bastonário da OE, foi uma oportunidade de olhar em retrospectiva os 35 anos do SNS, completados a 15 de Setembro, e interrogar sobre as opções políticas actuais e os desafios à sua sustentabilidade financeira.

Em anteriores edições Conversas na Ordem teve como convidados o então Bastonário da Ordem dos Advogados, Dr. António Marinho e Pinto, e o Presidente da Entidade Reguladora da Saúde (ERS), Prof. Doutor Jorge Simões.

 

6 a 12 de Outubro
Até sexta-feira assinala-se em Portugal a Semana do Aleitamento Materno. O tema escolhido para o ano de 2014 salienta como o...

Desde 2006 que é comemorada em Portugal a Semana Mundial do Aleitamento Materno numa parceria entre a Direcção-Geral da Saúde e a World Alliance for Breastfeeding Action (WABA).

Nesta semana alerta-se a população para os benefícios da amamentação e todos os profissionais de saúde são convidados a trabalhar o tema anual nos seus respectivos serviços.

Este ano o tema da campanha é “Amamentação: Um ganho para toda a vida”, fazendo uma ligação estreita aos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio. Os ODM foram estabelecidos pelos governos e as Nações Unidas para combater a pobreza e promover o desenvolvimento saudável e sustentável de uma forma global em 2015. Os objectivos da Semana Mundial da Amamentação são os seguintes:

  • Informar as pessoas sobre os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) Ver mais... e como eles se relacionam com a amamentação e alimentação de lactentes e crianças;
  • Mostrar os progressos alcançados até ao momento e identificar as principais lacunas para melhorar a amamentação;
  • Chamar a atenção para a importância do reforço das acções de protecção, promoção e apoio ao aleitamento materno como uma intervenção fundamental nos ODM e na Agenda pós-2015;
  • Estimular o interesse nos jovens de ambos os sexos para a relevância do aleitamento materno no actual mundo em mudança.

Através do Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil, preconiza-se que desde o nascimento este seja tema de abordagem obrigatória nas consultas com os pais, no sentido de promover a manutenção do aleitamento materno, em exclusivo, até aos 6 M e, só a partir desta idade, complementá-lo com o início da diversificação alimentar.

Além do apoio existente no Serviço Nacional de Saúde, estão presentes em Portugal Organizações Não Governamentais e sem fins lucrativos que também protegem, promovem e apoiam, o aleitamento materno, através da ajuda interpares (mãe-para-mãe). A sociedade civil é muito importante e está actualmente muito mobilizada.

A Direcção-Geral da Saúde associa-se ao espírito desta campanha destacando os “Cuidados Antecipatórios” do Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil:

Preconiza-se que desde o nascimento este seja tema de abordagem obrigatória nas consultas com os pais, no sentido de promover a manutenção do aleitamento materno, em exclusivo, até aos 6 M e, só a partir desta idade, complementá-lo com o início da diversificação alimentar

Aconselha-se pais e profissionais a consulta das – Orientações da DGS em http://www.saudereprodutiva.dgs.pt e manual de aleitamento materno do Comité Português para a United Nations Children's Fund (UNICEF) - Comissão Nacional http://www.unicef.pt/docs/manual_aleitamento.pdf.

Ver mais: http://www.dgs.pt/directrizes-da-dgs/normas-e-circulares-normativas/norma-n-0102013-de-31052013.aspx

 

Promover a formação social
Cerca de 150 estudantes da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto iniciam este mês actividades de voluntariado em mais...

A iniciativa partiu da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) que criou este ano lectivo uma disciplina de “Formação Social e Humana”, no âmbito da qual desafia os jovens a integrarem no seu plano curricular 50 horas de voluntariado relacionado, de forma abrangente, com a Saúde.

“Entendemos que deve ser objectivo desta faculdade promover a formação social e humana dos estudantes de Medicina, através do contacto com o outro e com realidades da sociedade que, por vezes, lhes são completamente desconhecidas”, explicou Manuel Nuno Alçada, responsável pela nova disciplina.

Manuel Nuno Alçada lembrou que, na sua vida profissional, os médicos vão ser confrontados com pacientes provenientes de todos os meios sociais. A prestação de cuidados a pessoas com deficiência, apoio a mães solteiras e visitas a sem-abrigo são algumas das actividades que os futuros médicos vão concretizar.

“Conhecer os constrangimentos próprios de quem vive num meio desfavorecido, as suas lutas e as suas dificuldades, contribui para uma melhor compreensão do doente e, em última análise, para que sejam melhores médicos”, sublinhou o docente universitário.

Entre as instituições que integram a “bolsa” de voluntariado constam a Médicos do Mundo, o Banco Alimentar Contra a Fome, a Associação dos Albergues Nocturnos do Porto e a VO.U (Voluntariado Universitário).

 

Ansiedade aguda
O pânico é uma ansiedade aguda e extrema que é acompanhada por sintomas fisiológicos.
Olhar de pânico

 

Os ataques de pânico são frequentes e as mulheres são entre duas a três vezes mais propensas. A perturbação por pânico é pouco corrente e diagnostica-se em pouco menos de 1 (um) % da população. O pânico patológico começa geralmente na adolescência tardia ou cedo na idade adulta.

 

Sintomas e diagnóstico

Os sintomas de um ataque de pânico caracterizam-se por:

  • Dificuldade respiratória ou sensação de estar a sufocar;
  • Vertigens, instabilidade ou desmaio,
  • Palpitações ou ritmo cardíaco acelerado;
  • Tremuras ligeiras ou acentuadas;
  • Sudação;
  • Falta de ar;
  • Náuseas, dor de estômago ou diarreia;
  • Sensação de irrealidade, estranheza ou separação do meio envolvente,
  • Sensações de adormecimento ou de formigueiros;
  • Ruborização ou calafrios;
  • Dor ou incomodidade no peito;
  • Medo de morrer,
  • Medo de «tornar-se louco» ou de perder o controlo.

Pelo menos 4 destes sintomas acontecem de modo súbito e simultâneo e alcançam a sua intensidade máxima no prazo de 10 minutos, dissipando-se, normalmente,  ao fim de poucos minutos, não sendo por isso possível ao médico observá-los, mas somente o medo da pessoa de sofrer outro terrível ataque. Como os ataques de pânico se produzem, frequentemente de modo inesperado ou sem razão aparente, leva as pessoas que os manifestam, muitas vezes,  a preocuparem-se antecipadamente, com a possibilidade de sofrê-los de novo (uma situação conhecida como ansiedade antecipatória) e a evitar os lugares onde sofreram ataques anteriormente.

Como os sintomas de um ataque de pânico implicam muitos órgãos vitais, as pessoas, muitas vezes, preocupam-se pensando que sofrem de um problema de coração, dos pulmões ou do cérebro e procuram a ajuda de algum médico ou dirigem-se a um serviço de urgência. Embora os ataques de pânico sejam incómodos (às vezes de forma extrema), não são perigosos.

Tratamento

De modo geral, as pessoas recuperam dos ataques de pânico sem tratamento. A recuperação sem tratamento é possível naqueles que têm ataques de pânico ou de ansiedade antecipatória recorrentes, particularmente se estiverem repetidamente expostos à situação ou ao estímulo que os provocam. As pessoas que não recuperam por si mesmas ou que não procuram tratamento, continuam a suportar os processos de sofrimento e de recuperação de cada um dos ataques de maneira indefinida.

As pessoas respondem melhor ao tratamento quando compreendem que o pânico patológico implica processos tanto biológicos como psicológicos. Os medicamentos e a terapia do comportamento podem controlar, geralmente, a sintomatologia. Além disso, a psicoterapia pode ajudar a resolver qualquer conflito psicológico subjacente aos sentimentos e aos comportamentos ansiosos.

Os medicamentos utilizados para tratar a perturbação por pânico incluem os antidepressivos e os fármacos ansiolíticos, como as benzodiazepinas. Todos os tipos de antidepressivos tricíclicos (como a imipramina), os inibidores da monoaminooxidase (como a fenelzina) e os inibidores selectivos da recaptação de serotonina (como a fluoxetina) demonstraram ser eficazes. Embora se tenha provado a eficácia de várias benzodiazepinas em ensaios controlados, só o alprazolam está especificamente aprovado para tratar a perturbação por pânico. As benzodiazepinas actuam mais rapidamente do que os antidepressivos, mas podem causar dependência física e são mais propensas a desencadear certos efeitos secundários, como sonolência, alterações da coordenação e aumento do tempo de reacção.

Quando um medicamento é eficaz, previne ou reduz em grande medida o número de ataques de pânico. Pode ser necessário tomar um fármaco durante longos períodos se os ataques de pânico reaparecerem depois de se ter interrompido o tratamento.

A terapia de exposição, um tipo de terapia de comportamento na qual a pessoa é exposta repetidamente ao factor que desencadeia o ataque de pânico, ajuda, muitas vezes, a diminuir o terror. A terapia de exposição continua até que a pessoa desenvolva um alto grau de comodidade perante a situação que provocava a ansiedade. Além disso, as pessoas que temem sofrer um desmaio durante um ataque de pânico podem praticar um exercício que consiste em rodar numa cadeira ou respirar rapidamente (hiperventilar) até que sintam que vão desmaiar. Este exercício demonstra-lhes que não vão desmaiar durante o ataque de pânico. Praticando devagar, as respirações profundas (controlo respiratório) ajudam muitas pessoas com tendência a hiperventilar.

A psicoterapia com o objectivo de conhecer e compreender melhor os conflitos psicológicos subjacentes pode também tornar-se útil. Um psiquiatra acompanha a pessoa para determinar se este tipo de tratamento é adequado. De forma menos intensa, a psicoterapia de apoio é sempre apropriada porque um terapeuta pode proporcionar informação geral acerca da perturbação, do seu tratamento e das esperanças reais de melhorar e pelo apoio que confere uma relação de confiança com o médico.

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Transtorno de Ansiedade Generalizada: os sinais que não deve ignorar

Como a ansiedade diminui as defesas do organismo

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Perturbação mental
Sob a designação de ansiedade são integradas diversas perturbações, como a síndrome de ansiedade gen

A ansiedade generalizada é uma das perturbações mentais e comportamentais mais frequentes, afectando cerca de 1/4 dos doentes assistidos em ambulatório, e que origina elevados custos sanitários e sociais. Os sintomas predominantes são a expectativa apreensiva ou preocupação exagerada, inquietação, irritabilidade, insónia, astenia e dificuldade de concentração. O início é insidioso e evolui geralmente para a cronicidade.

Já a ansiedade social caracteriza-se pelos sintomas ansiosos ocorrerem em situações nas quais a pessoa é observada pelos outros, como por exemplo representar, ou mesmo comer ou falar. Os sintomas surgem durante ocorrências sociais e cessam quando o indivíduo deixa de estar exposto.

A terapêutica para estas perturbações de ansiedade associa geralmente a psicoterapia cognitivo-comportamental ao tratamento farmacológico através de um conjunto de fármacos, designados por ansiolíticos, mas também a alguns antidepressores, nomeadamente antidepressivos tricíclicos (ADTs), inibidores selectivos da recaptação da serotonina (ISRSs), e inibidores selectivos da recaptação da serotonina (ISRSNAs).

A utilização isolada ou conjunta com ansiolíticos dos medicamentos antidepressores resulta não só de alguns destes terem marcada actividade ansiolítica, mas também do facto das duas perturbações mentais ou comportamentais serem frequentemente co-existentes. Uma recente revisão sistemática revelou que 30 a 60 por cento dos doentes com perturbações mentais ou comportamentais é tratada simultaneamente com ansiolíticos e antidepressores.

Dos ansiolíticos as benzodiazepinas são o subgrupo terapêutico mais utilizado no tratamento da ansiedade generalizada devido à sua boa tolerabilidade, rápido início de acção e boa aceitação por prescritores e utilizadores. Diversos estudos têm demonstrado a eficácia das benzodiazepinas no tratamento da ansiedade generalizada obtendo resposta clínica satisfatória em cerca de 40 por cento dos doentes, após 6 semanas de tratamento. No entanto uma proporção significativa de doentes sofre recaídas após suspensão do tratamento, requerendo terapêutica mais prolongada.

As reacções adversas mais frequentemente associados ao uso destes medicamentos são sonolência, descoordenação motora, alteração da memória, confusão, depressão, vertigem, perturbações gastrointestinais (obstipação, diarreia, vómitos e alterações do apetite) e perturbações cardiovasculares.

As benzodiazepinas, particularmente as de curta duração, podem induzir dependência física e psíquica e estão contra-indicadas ou devem ser usadas com precaução nos idosos e em crianças por poderem desencadear reacções parodoxais. A suspensão abrupta do tratamento pode originar síndrome de privação, principalmente com as benzodiazepinas de acção curta e alta potência.

Por outro lado, a doença do pânico consiste num conjunto de manifestações somáticas de ansiedade com início súbito e de curta duração podendo evoluir para quadros de agorafobia. Um ataque de pânico aumenta rapidamente de intensidade e a pessoa sente-se em perigo ou medo intenso de que alguma coisa grave vai suceder. Frequentemente a pessoa é acometida de ataque de pânico sem nenhum motivo aparente. Os sintomas típicos são a sensação de asfixia, medo, taquicardia, tremores, vertigens e perda de controlo. Em geral, a avaliação clínica não revela qualquer doença física e é explicado ao doente que não tem nada, que se trata de ansiedade.

O tratamento da doença do pânico deve ser sempre instituído o mais cedo possível e a orientação a seguir deve resultar da avaliação do caso e discutida com o doente. Em geral, há a necessidade de recorrer a medicação para interrupção do condicionamento dos sintomas, embora tenha que ser complementada com intervenção psicoterapêutica, que poderá ser cognitivo-comportamental, ensino de técnicas de relaxamento, com o objectivo de o doente alcançar o auto-controlo da situação. A maioria dos casos evolui para a remissão, no entanto, noutros casos, existe a persistência de sintomas residuais e a necessidade de manter tratamento.

Por fim, o stress pós-traumático é uma perturbação por ansiedade causada pela exposição a uma situação traumática muito incómoda, na qual a pessoa experimenta mais tarde repetidamente a situação traumática.

As situações que são uma ameaça para a vida ou que podem causar lesões graves podem afectar as pessoas muito depois de terem ocorrido. O medo intenso, o abandono ou o terror podem obcecar uma pessoa. A situação traumática volta a ser experimentada em repetidas ocasiões, geralmente como pesadelos ou imagens que vêm à memória. A pessoa evita persistentemente coisas que lhe recordem o trauma. Às vezes os sintomas só começam muitos meses e inclusive anos depois do acontecimento traumático. A pessoa experimenta uma diminuição da sua capacidade geral de reacção e sintomas de hiperactividade (como a dificuldade para conciliar o sono ou assustar-se com facilidade). Os sintomas depressivos são frequentes.

Este problema afecta pelo menos 1 por cento da população uma vez na vida, contudo os veteranos da guerra e as vítimas de violações ou de outros actos violentos, tenham maior risco de sofrer desta situação, havendo por isso entre esta população uma maior incidência. O stress pós-traumático crónico não desaparece, mas muitas vezes torna-se menos intenso com o tempo, inclusive sem tratamento, embora algumas pessoas fiquem indefinidamente marcadas por esta perturbação.

O tratamento do stress pós-traumático inclui terapia do comportamento, fármacos (antidepressivos e/ou ansiolíticos) e psicoterapia. Na terapia do comportamento, expõe-se a pessoa a situações que podem desencadear recordações da experiência dolorosa. Depois de um aumento inicial do mal-estar, geralmente a terapia comportamental diminui o sofrimento da pessoa.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Não se deixe afectar
A depressão constitui um importante problema de saúde pública devido à sua elevada prevalência - 5-1

A depressão pode afectar pessoas em qualquer fase da vida, embora a incidência seja mais elevada nos adolescentes e adultos jovens, principalmente entre os 24 e os 35 anos. Os dados epidemiológicos sugerem que a idade de início está a diminuir e que a prevalência da depressão tem aumentado entre as gerações mais jovens.

As mulheres têm um risco significativamente mais elevado, cerca de 3 vezes superior aos homens, de apresentar perturbações depressivas. Também a existência de história pessoal ou familiar de depressão origina um risco duas a três vezes maior de desenvolver episódios depressivos. O isolamento constitui também um factor de risco para a depressão, o que poderá explicar a sua maior prevalência entre os divorciados, separados ou viúvos, particularmente no sexo masculino.

A ocorrência de acontecimentos adversos como a perda de familiares, separação conjugal ou desemprego está também associada à existência de episódios depressivos. Entre as gestantes o parto pode precipitar episódios depressivos, principalmente durante o primeiro ano pós-parto.

Perturbações depressivas

Entre as perturbações depressivas destacam-se a perturbação depressiva major, a perturbação distímica e a perturbação bipolar que se diferencia das anteriores pela existência de episódios maníacos.

A perturbação depressiva major é caracterizada por um ou mais episódios depressivos major (EDM), ou seja, pelo menos duas semanas de humor depressivo ou perda de interesse, acompanhado pelo menos por quatro sintomas adicionais de depressão. Os principais sintomas que caracterizam um EDM são: humor deprimido, alterações significativas dos padrões do sono e do apetite, agitação ou lentidão psicomotora, perda de energia, falta de interesse por actividades agradáveis, sentimentos de culpa ou de desvalorização, perturbações da memória, da atenção ou da concentração e ideação suicida.

A história natural da depressão apresenta geralmente uma fase prodrómica, com sintomas não correspondentes aos critérios de diagnóstico, que pode durar semanas ou meses antes do início de um EDM completo. A duração do EDM é muito variável, podendo ultrapassar os quatro meses. Na maioria dos casos há remissão completa dos sintomas, no entanto em cerca de 50 por cento dos casos ocorrerá um novo episódio, o que conduz ao diagnóstico de depressão recorrente e, em cerca 20 por cento dos casos a depressão segue um curso crónico sem remissão, principalmente na ausência de terapêutica adequada. Alguns doentes podem estar vários anos sem episódios, enquanto noutros a recorrência é frequente e aumenta com a idade, mas o número de episódios anteriores permite prever a probabilidade de ocorrência de novos EDMs.

O diagnóstico da depressão é fundamentalmente clínico, uma vez que não existem marcadores biológicos para esta patologia nem meios auxiliares e complementares de diagnóstico.

Tratamento

A terapêutica antidepressiva recorre à psicoterapia e ao uso de psicofármacos, de forma isolada ou combinada para obter uma resposta clínica que conduza à melhoria da qualidade de vida, da funcionalidade individual, do desempenho laboral e da integração social.

A terapêutica farmacológica e as estratégias de tratamento evoluíram significativamente nas últimas décadas. Na actualidade o especialista dispõe de um arsenal terapêutico mais diversificado, efectivo e seguro que lhe permite uma optimização dos recursos, tendo em conta as características do doente, a severidade e a fase de evolutiva da doença.

São consideradas três fases distintas na evolução da doença, cada uma delas com objectivos terapêuticos distintos: a fase aguda, a fase de continuação ou estabilização e a fase de manutenção.

Fase Aguda

Esta fase corresponde ao período desde o diagnóstico até à remissão dos sintomas, geralmente de 8 a 12 semanas. O objectivo terapêutico consiste na remissão dos sintomas e considera-se que esta ocorre quando estão presentes duas condições: o doente está assintomático e recuperou o funcionamento psicossocial. Habitualmente, o início do tratamento é feito com a menor dose que assegure alguma efectividade terapêutica, para minimizar os efeitos adversos, ajustando gradualmente a dose até atingir uma resposta adequada. Durante as primeiras semanas, é essencial o especialista assegurar a monitorização clínica e reavaliar as condições psiquiátricas, nomeadamente o risco de suicídio.

Fase de continuação ou estabilização

Esta fase tem uma duração média de 6 meses e o seu objectivo é a prevenção de recidivas e a eliminação de sintomas residuais. Quando o doente estiver assintomático após 6 meses de terapêutica considera-se que ocorreu a recuperação do episódio, a qual será confirmada pela ausência contínua de sintomas depressivos após a suspensão da medicação. No entanto, mais de 1/3 dos doentes com depressão major recidivam no primeiro ano após a remissão inicial, a maioria deles nos primeiros quatro meses.

Fase de manutenção

Tem como principal objectivo a prevenção de novos episódios (recorrências). Os doentes que apresentem três ou mais episódios de depressão major nos últimos cinco anos devem prolongar a terapêutica. A duração óptima desta fase é variável, podendo ser de seis meses a cinco anos, embora alguns doentes possam necessitar de tratamento indefinidamente.

Os primeiros medicamentos antidepressores que foram produzidos - os antidepressivos tricíclicos (ADT) - inibem de forma não selectiva a recaptação da serotonina e a noradrenalina e interferem com receptores para outros neurotransmissores pelo que originam frequentemente diversos efeitos adversos, alguns deles graves. Por essa razão, foram desenvolvidas posteriormente outros fármacos visando aumentar a segurança e efectividade terapêutica.

Assim, aos antidepressores tricíclicos e aos inibidores da monoaminoxidase (IMAOs), juntaram-se os inibidores selectivos da recaptação da serotonina (ISRSs), os inibidores reversíveis da monoaminoxidase tipo A (RIMAs), e mais recentemente, os inibidores selectivos da recaptação da serotonina e da noradrenalina (ISRSNs).

O perfil de efeitos secundários de um medicamento é um factor importante na selecção da terapêutica, especialmente em doentes idosos e/ou com outras doenças concomitantes. Por isso, importa considerar que no início do tratamento quase todos os ISRSs podem provocar alguma agitação e que este efeito secundário em geral desaparece por si próprio.

Assim, a escolha da terapêutica para a depressão vai depender de múltiplos factores, nomeadamente do subtipo da depressão, das doenças e terapêuticas concomitantes que possam originar interacções medicamentosas, da experiência anterior com a medicação anti-depressiva, nomeadamente a resposta obtida na remissão de sintomas, a tolerabilidade, bem como os efeitos adversos ocorridos e o significado a eles atribuído pelo doente.

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A Depressão não é seletiva

Depressão afeta mais mulheres mas homens cometem mais suicídio

Perturbação de pânico: metade dos doentes sofre de depressão

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Problema de saúde mental mais frequente
A depressão afecta cerca de 121 milhões de pessoas, segundo a Organização Mundial de Saúde, prevendo
Depressão e trabalho

Segundo os especialistas 11% da população tem pelo menos um problema de saúde mental ao longo da vida, sendo a depressão uma das mais frequentes. Devido à sua elevada prevalência a depressão tem sido uma das perturbações psicológicas mais discutida e avaliada, até porque o impacto socioeconómico é muito elevado.

O relatório da Organização Mundial de Saúde – Global Burden of Diseases – de 2004 revela que a depressão é o problema de saúde mental mais predominante na idade activa, com forte impacto no local de trabalho.

É importante, em termos de idade activa laboral, lembrar que a perturbação depressiva major tem uma idade média de aparecimento aos 40 anos, com 50% dos doentes, surgindo a perturbação entre os 20 e os 50 anos.

Actualmente, segundo a mesma organização, a depressão afecta 121 milhões de pessoas e, segundo estudos realizados na União Europeia, prevê-se que em 2030 a depressão seja a maior causa de incapacidade em todo o mundo. Isto provoca um aumento significativo dos custos indirectos  devido a baixas médicas e pedidos de reformas antecipadas.

Actualmente a perda de produtividade devido ao absentismo e ao presentismo laboral (presença no trabalho mas com baixa de produtividade devido aos sintomas da doença) representa mais de 50% dos custos relacionados com a depressão. Ou seja, custa perto de 33 milhões de euros, por ano, aos empregadores por perda de tempo produtivo.

Tendo em conta os dados da OCDE de 2011, o custo da doença mental corresponde a 2/3% do PIB da União Europeia, sendo que a maior parte destes custos são indirectos e decorrem da doença na actividade económica. Isto é, os custos da depressão na União Europeia em 2010 foram estimados em 92 biliões de euros. Mais grave ainda é que 54 biliões de euros correspondam a custos de não produtividade, que corresponde, em média, a 6 horas por semana.

O Consenso Nacional das Perturbações do Humor – Depressão, elaborado por várias entidades e especialistas da área refere que a doença produz mais incapacidade no funcionamento físico, psicológico, social e de percepção de saúde, para além de estar associada a maior dor corporal (leva os doentes a estarem mais tempo acamados por empobrecimento da saúde), quando comparados com os doentes com hipertensão arterial, diabetes, artrite ou doença pulmonar. Ou seja, a doença depressiva é a segunda doença mais incapacitante após a osteoarticular, antecedendo a cardiovascular e a oncológica.

Ao nível dos países industrializados do mundo, a incidência de depressão, mania, suicídio e perturbações psicóticas do humor tem vindo a aumentar em cada geração desde 1910. O risco de depressão severa e moderada aumentou 10 vezes de 1947-1957 a 1957-1972, estando a doença a surgir em idades cada vez mais precoces. A depressão surge ao nível mundial como a quarta causa de incapacidade permanente e a quarta doença médica mais dispendiosa. Por outro lado, o risco de suicídio ao longo da vida das perturbações de humor é de 10 a 15% e o risco de tentativas de suicídio está a aumentar 41 vezes nos doentes deprimidos.

Sintomas frequentes

  • Humor depressivo durante a maior parte do dia ou quase todos os dias
  • Diminuição de interesse ou prazer nas actividades diárias
  • Perda de peso (sem dieta) ou aumento de peso significativo
  • Diminuição ou aumento do apetite
  • Insónia ou hipersónia (necessidade de dormir muito)
  • Movimentos lentos
  • Agitação
  • Náuseas, alterações gastrointestinais
  • Fadiga ou perda de energia
  • Sentimentos de desvalorização ou culpa excessiva
  • Pensamentos recorrentes acerca da morte, ideias de suicídio ou tentativas de suicídio

Consequências

  • Absentismo laboral
  • “Presentismo” – o doente vai trabalhar mas com diminuição da produtividade
  • Aumento de erros e acidentes de trabalho
  • Perda de motivação
  • Dificuldades relacionais, tensões, conflitos
  • Problemas disciplinares
  • Incapacidade prolongada e reformas antecipadas
  • Rotatividade da força de trabalho

Com o tratamento adequado, a taxa de remissão é de 76% e o regresso ao trabalho prevê-se em média ao fim de 70 dias. Por isso, quanto mais precoce for o inicio do tratamento, maior é a probabilidade de resposta e mais limitadas são as consequências para o trabalhador e para a organização laboral.

É importante que na presença de sintomas relacionados com a doença procure o seu médico de família que o encaminhará para um especialista, para lhe administrar o tratamento mais apropriado ao seu caso.

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As mulheres são mais propensas a desenvolver ansiedade e transtornos de humor como depressão, princi
Mulher de olhos fechados com as mãos na testa

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS, 2003), e relativa à população idosa (com mais de 65 anos), os problemas de saúde mental existem em maior número no sexo feminino. À medida que envelhecem, as mulheres atravessam mudanças na sua vida que podem afectar a sua saúde mental e algumas dessas mudanças de vida podem conduzir a depressões.

A depressão é uma doença mental que se caracteriza por tristeza mais marcada ou prolongada, perda de interesse por actividades habitualmente sentidas como agradáveis e perda de energia ou cansaço fácil. Quando estes sintomas se agravam ou perduram por mais de duas semanas consecutivas, convém começar a pensar em procurar ajuda. Até porque existem sintomas que podem, por vezes, confundir-se com a demência (OMS, 1995), como a falta de apetite, recusa em tomar a medicação ou queixas de vários problemas de saúde.

De entre os problemas mais comuns na população idosa feminina que originam alterações na saúde mental, encontram-se: a viuvez e a morte de familiares próximos; o stress pelo facto da pessoa idosa ter de assumir o papel de cuidador perante um familiar doente; os medos (da morte, de dificuldades financeiras devido às baixas reformas, ou medo da perda de independência); a mudança de papel dentro da família; o isolamento social. Desta forma, a resposta emocional a estes problemas pode incluir a culpabilização, a solidão, a falta de motivação e a perda do sentido da vida, sentimentos de revolta e de impotência que conduzem à depressão.

É preciso, portanto, estar atento a sintomas que as mulheres que têm depressão grave podem apresentar. Tais como, parecerem cansadas, tristes ou desinteressadas da vida. Muitas vezes falam lentamente e não se conseguem concentrar.

Por vezes os sentimentos de depressão não duram muito tempo e não requerem tratamento. Outras vezes, uma dose de medicação durante um determinado período pode ser a melhor opção. Em alguns casos, o tratamento pode passar por medicação ou aconselhamento ou ambos.

Por outro lado, uma rede de amigos, família e a prática de várias actividades é bom para o seu bem-estar mental. As actividades como a consulta de um grupo de apoio ao doente, fazer exercício regularmente e alimentar-se com refeições equilibradas também podem ajudar no seu humor. Deixe que a sua família e amigos tenham conhecimento do que está a acontecer e do que está a fazer para resolver esses problemas. Eles poderão apoiá-la. Escrever os seus pensamentos e sentimentos diariamente (fazendo um diário) pode ser útil se não confidencia com amigos ou família.

E porque é mais difícil lidar com a tristeza quando existem outros problemas de saúde associados, deve consultar o seu médico para um exame físico completo para procurar se existe alguma razão física para a sua depressão.

Terapêutica hormonal

Antes e durante a menopausa o corpo produz menos hormonas femininas, estrogénio e progesterona. Esta diminuição dos níveis hormonais pode causar sintomas, como mudanças de humor, fadiga ou afrontamentos, preocupantes e perturbantes para algumas mulheres.

Indicada para aliviar os sintomas da menopausa, a terapêutica hormonal de substituição actua sobre esses sintomas, quase de forma imediata, ajudando a manter a manter a concentração, decrescer a fadiga e a falta de energia e equilibrando as mudanças de humor.

A comunidade científica não está de acordo quanto aos benefícios e malefícios da terapêutica hormonal de substituição. Há estudos que revelam um ligeiro aumento da incidência do cancro da mama, após mais de cinco anos de terapêutica, e outros que mostram uma ligeira diminuição dessa mesma incidência.

Apesar dos riscos, a terapêutica hormonal de substituição ainda tem um papel importante no tratamento destes sintomas em muitas mulheres. Reveja os seus sintomas com o seu médico. Verifique que tipo de terapia é a indicada para si.

Faça o teste, veja se tem sintomas de depressão

As pessoas que estão deprimidas revelam diversos sintomas da doença quase todos os dias, durante todo o dia, durante pelo menos 2 semanas. Coloque um visto à frente das alíneas às quais responde “sim”:

  • Falta de interesse em coisas que gostava de fazer;
  • Sentir-se triste, em baixo ou chorar com frequência;
  • Mover-se lentamente ou agir impacientemente ou não parar quieta;
  • Sentir-se sem valor ou muito culpada no dia-a-dia;
  • Ter uma mudança no apetite ou perda ou ganho de peso sem fazer dieta;
  • Ter pensamentos de morte ou suicídio ou tentar o suicídio;
  • Ter problemas em concentrar-se, pensar, lembrar-se ou tomar decisões;
  • Dormir demasiado ou não conseguir adormecer ou dormir tempo suficiente;
  • Falta de energia e sentimento de cansaço todo o tempo.

Se estiver a ter, pelo menos, cinco destes sintomas (incluindo, pelo menos, um dos dois primeiros), pode estar deprimida. Se sente problemas com qualquer um destes sintomas, fale com o seu médico.

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