Menos Sal Mais Sabor a Vida
No Dia Mundial do Coração o projecto Menos Sal Mais Sabor a Vida desafia portugueses a terem corações mais saudáveis.

O projecto Menos Sal Mais Sabor a Vida convida todos os portugueses a comemorarem o Dia Mundial do Coração, que se assinala a 29 de Setembro, aceitando o desafio de participarem activamente na sua saúde e na saúde dos que os rodeiam, alertando para a promoção de estilos de saudáveis como forma de prevenir as doenças, nomeadamente as cardiovasculares.

O desafio “Portugal com Corações Mais Saudáveis” do projecto Menos Sal Mais Sabor a Vida prossegue o objectivo de chegar a mais portugueses e alertar para a importância de optarmos por estilos de vida saudáveis, nomeadamente no que respeita ao consumo de sal/sódio como forma de prevenir a doença cardiovascular, e de cada um assumir um papel proactivo, não apenas na promoção e responsabilização da sua saúde, mas também na sensibilização junto dos amigos e familiares.

O desafio é que cada português contribua na ampliação da informação e conhecimentos que podem salvar vidas e que, através do site e da página do Clube Menos Sal Mais Sabor a Vida no facebook, partilhem mensagens e que, dessa forma, alertem para a sua importância.

 

Menos Sal Mais Sabor a Vida

O projecto Menos Sal Mais Sabor a Vida é uma iniciativa da Jaba Genéricos que tem o apoio institucional da Sociedade Portuguesa de Hipertensão que, na figura do seu presidente, o Dr. Fernando Pinto, confirma que na prevenção da doença cardiovascular, “é fundamental continuar a promover o diagnóstico e tratamento precoces, sendo imprescindível a adopção de estilos de vida saudáveis pelo que faz sentido apostar e apoiar projectos como o Menos Sal Mais Sabor a Vida”.

O Menos Sal Mais Sabor a Vida tem como objectivos alertar, sensibilizar e educar a população para a necessidade de adoptar estilos de vida saudáveis, nomeadamente no que respeita à alimentação e, em particular, ao consumo de sal e sódio. O Menos Sal Mais Sabor a Vida desenvolve e disponibiliza várias ferramentas que permitem alertar a população para esta temática e desde o seu início, já realizou inúmeras actividades a nível nacional, tais como sessões de esclarecimento científico, sessões de culinária e/ou de nutrição, dirigidas à população e aos profissionais de saúde.

 

Clube Menos Sal Mais Sabor a Vida

O projecto Menos Sal Mais Sabor a Vida deu por sua vez origem ao Clube Menos Sal Mais Sabor a Vida, um clube para todos os portugueses que, em nome individual ou em nome de empresas e instituições, pretendem mostrar a sua concordância em relação ao objectivo de informar a população sobre as formas de promover a saúde e quais as consequências das doenças cardiovasculares no geral e da HTA e do AVC em particular. Este clube convida todos os Portugueses, quer em nome individual ou colectivo de entidades de saúde, a fazerem parte deste movimento e a partilharem a mensagem boca-a-boca quer através das redes sociais, fazendo like e partilhando os posts da página de facebook do Clube Menos Sal Mais Sabor a Vida.

Menos Sal Mais Sabor a Vida e… Coração mais saudável!

 

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a ingestão máxima de 2g de sódio diários. A população portuguesa consome cerca de 4,3g de sódio por dia, ou seja, o dobro do limite máximo preconizado pela OMS. A redução do consumo de sódio revela-se a melhor forma de prevenir a hipertensão e, no caso de ela já existir, proporciona geralmente uma descida significativa da pressão arterial.

 

Conselho Consultivo e de Acompanhamento
O bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, Orlando Monteiro da Silva, vai integrar o Conselho Consultivo e de Acompanhamento...

A convite do Director-Geral da Saúde, Francisco George, o bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, Orlando Monteiro da Silva, vai integrar o Conselho Consultivo e de Acompanhamento do Plano Nacional de Saúde 2012-2016.

Orlando Monteiro da Silva vai colaborar neste órgão consultivo, constituído por representantes da sociedade civil, de entidades públicas, privadas e parceiros sociais, e que visa contribuir para um correcto desenvolvimento do Plano Nacional de Saúde (PNS).

Nas suas responsabilidades, o Conselho Consultivo e de Acompanhamento tem como missão contribuir para o processo de desenvolvimento do PNS, sua implementação, comunicação, monitorização e avaliação. Este órgão deverá igualmente cooperar para a garantia de critérios de evidência, excelência técnica, qualidade e transparência do PNS.

Coordenado pelo Director-Geral da Saúde, o PNS visa reforçar a capacidade de planeamento e operacionalidade no Sistema de Saúde. O PNS é um conjunto de orientações, recomendações e acções concretas, de carácter estratégico, destinadas a capacitar e promover o empowerment do Sistema de Saúde para cumprir o seu potencial.

Mais informações sobre o Plano Nacional de Saúde 2012-2016 em: http://pns.dgs.pt/

 

Em poucas semanas de tratamento a doença desaparece
O Centro de Terapias Chinesas desenvolveu um método inovador para curar a asma infantil.

O Centro de Terapias Chinesas (CTC), liderado pela Dra. Wenqian Chen, especialista com mais de 30 anos de experiência em medicina tradicional chinesa (MTC), desenvolveu um método inovador para curar a asma infantil, e não controlar a doença, como acontece com a medicina convencional. O tratamento Xiao Er Ding Chuan apresenta resultados imediatos, na medida em que a crise estabiliza ao fim de uma a três sessões e dentro de algumas semanas a asma recente é curada e ao fim de alguns meses a asma crónica entra em remissão.

O método Xiao Er Ding Chuan consiste numa massagem Tui-Na infantil, aplicada normalmente na mão esquerda da criança. É, por vezes, utilizado outro método chamado Moxabustão, que utiliza um género de charuto de erva medicinais chinesas para aquecer determinados pontos de acupunctura no corpo. O tratamento é indolor e não inclui agulhas, permitindo que a criança fique relaxada, calma e até adormeça durante as sessões. Os pais podem aprender os passos principais e básicos deste método, e usar em casa, suplementando as sessões feitas na clínica. No dia em que a criança inicia o tratamento deixa de tomar os medicamentos químicos, excepto a cortisona, que será reduzida em quatro fases, até se conseguir eliminar definitivamente.

Segundo a Dra. Wenqian Chen, “Uma respiração adequada e um bom funcionamento pulmonar são fundamentais para o bem-estar e crescimento adequado da criança, e para um sistema imunitário forte. Os medicamentos usados como primeiro recurso no controlo da asma infantil (bem como de outros problemas respiratórios, a que as crianças são muitas vezes propensas) muitas vezes não só não aliviam o doente, como possuem muitos efeitos secundários. Mais do que isso, esses medicamentos apenas controlam e gerem os sintomas da doença; possivelmente aliviam, mas não tratam, ao contrário dos métodos da medicina tradicional chinesa, que esses sim, permitem uma recuperação completa do organismo do paciente. Não são métodos paliativos para “tapar” os sintomas.”

Com a continuação dos tratamentos, o doente recupera efectivamente a saúde, o seu sistema imunitário é reforçado, os pulmões funcionam melhor e a asma desaparece por completo. “É importante lembrar que prevenir é sempre melhor do que tratar!” remata a mentora do CTC.

 

Sobre a asma infantil

Nas últimas décadas tem-se assistido a um aumento da prevalência da asma infantil como provável consequência das mudanças ambientais, das condições climatéricas, dos hábitos e dietas alimentares. A asma é uma doença inflamatória crónica das vias aéreas que provoca episódios recorrentes de pieira, dificuldade respiratória (dispneia), opressão torácica e tosse. É uma das doenças crónicas mais frequentes na criança e actualmente esta doença afecta cerca de 15% das crianças portuguesas.

 

Secção Regional do Norte da Ordem dos Enfermeiros promove
A Secção Regional do Norte da Ordem dos Enfermeiros está a organizar a Cerimónia de Vinculação à Profissão, que irá decorrer...

São 600 os jovens licenciados em Enfermagem que recebem assim as suas cédulas profissionais que lhes permitem o exercício legal em Portugal. A cerimónia será presidida pelo Bastonário da Ordem dos Enfermeiros, Enfermeiro Germano Couto e contará com a presença do Presidente do Conselho Directivo Regional, Enfermeiro Jorge Cadete.

Durante a Cerimónia de Vinculação à Profissão serão entregues as cédulas profissionais aos enfermeiros recém-admitidos, formalizando-se a sua vinculação à profissão. Nesta solenidade os jovens enfermeiros comprometem-se a fazer de tudo para que os seus pacientes recebam o melhor tratamento, proferindo o célebre “Juramento profissional baseado no juramento de Florence Nightingale”: “Livre e solenemente, em presença de Deus e desta assembleia juro: dedicar minha vida profissional a serviço da humanidade, respeitando a dignidade e os direitos da pessoa humana; exercendo a Enfermagem com consciência e fidelidade; guardar sem desfalecimento, os segredos que me forem confiados; respeitar a vida desde a concepção até a morte, não praticar voluntariamente actos que coloquem em risco a integridade física ou psíquica do ser humano; manter elevados os ideais da minha profissão, obedecendo aos preceitos da ética e da moral, preservando sua honra, seu prestígio e suas tradições.”

 

Programa:

15h00 – Sessão de abertura
15h15 – Momento musical
15h30 – Sessão solene

Digníssimo Bastonário – Enfermeiro Germano Couto
Presidente do Conselho Directivo Regional – Enfermeiro Jorge Cadete

16h00 – “Juramento de Florence Nightingale”
16h15 – Cerimónia de entrega das Cédulas Profissionais
17h00 – Porto de honra e momento único

 

Sindicato considera
O Sindicato dos Enfermeiros considerou hoje insuficiente a contratação de mil enfermeiros, anunciada pelo Ministério da Saúde,...

A Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) divulgou em comunicado que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) vai contratar mais de mil enfermeiros até final do ano, precisando que já foi autorizada a contratação de 585 enfermeiros, e já está “em fase final de autorização” a contratação de outros 344, totalizando 929 processos de contratação.

Reagindo a este anúncio, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) afirma que o número avançado é insuficiente, uma vez que já estão autorizados em pendentes 929 contratações, o que significa que “o Ministério da Saúde só vai contratar mais 71 enfermeiros, até ao final do ano”.

O SEP sublinha que até 17 de Setembro, data da última reunião entre a tutela e o sindicato, já tinham sido autorizadas 585 contratações – para as quais será necessário abrir bolsas de recrutamento – e estavam pendentes 344 autorizações de contratação no Ministério das Finanças, o que totaliza 929 enfermeiros.

“Os milhares de dias de trabalho em dívida aos enfermeiros, os milhares de turnos extraordinários que os enfermeiros são obrigados a fazer, as centenas de dias de folga não gozados não se resolvem com aquelas 929 contratações e a possibilidade de contratar mais 71 (diferença entre os 1000 anunciados e os 929)”, afirma.

O SEP exige, assim, que Ministério da Saúde anuncie quantos enfermeiros vai contratar, ainda em 2014, “que permita minimizar os problemas de funcionamento das instituições” e que “apresente um plano de contratação de médio e longo prazo”.

A 21 de Agosto a ACSS anunciou que já este ano tinham sido contratados 409 enfermeiros e que iria ser contratado mais “um número significativo” de profissionais.

A Ordem dos Enfermeiros tem alertado para o estado de exaustão em que se encontram os enfermeiros, apontando os turnos longos e o elevado número de doentes por profissional.

De exaustão fala também o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, motivo pela qual, e pela contratação de mais profissionais, marcou uma greve nacional para os dias 24 e 25.

No início do mês, o ministro da Saúde, Paulo Macedo, reconheceu a existência de "insatisfação" entre os profissionais do sector, mas considerou "anormais" e em "risco de banalização" as greves que afectam apenas o SNS. Nos últimos meses têm decorrido greves sectoriais da classe.

O SEP tem marcada mais uma reunião com o Ministério da Saúde para o dia 22 de Setembro, às 18 horas, e uma greve nacional para os dias 24 e 25.

 

Veja aqui:
O surto de Ébola, que persiste em fazer vítimas em diferentes países do continente Africano, continua a reunir esforços na luta...

ONU cria missão de emergência para combater a epidemia

As Nações Unidas anunciaram hoje a criação de uma missão de emergência para combater o Ébola com a função de coordenar todos os esforços internacionais para lutar contra a epidemia da doença em África. O anúncio foi feito pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, durante a reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas convocada especialmente para analisar a epidemia do Ébola na África Ocidental.

“Decidi estabelecer uma missão de saúde de emergência das Nações Unidas, combinando a perspectiva estratégica da Organização Mundial de Saúde com uma capacidade de logística e operativa muito firme”, afirmou.

A Missão das Nações Unidas para a Resposta de Emergência contra o Ébola (UNMEER, em inglês) vai enviar equipas avançadas para os países afectados antes do final deste mês, sublinhou o secretário-geral da ONU. Esta missão terá cinco prioridades: travar a epidemia, assistir os infectados, garantir a prestação de serviços básicos, preservar a estabilidade sanitária e prevenir futuras epidemias. “Esta situação sem precedentes requer medidas sem precedentes para salvaguardar a paz e a segurança”, afirmou Ban Ki-moon, no discurso realizado no início da sessão no Conselho de Segurança.

Este órgão da ONU, que tem a maior capacidade de decisão e que se reúne fundamentalmente para analisar as principais ameaças para a segurança mundial, só foi convocado anteriormente duas vezes para analisar um tema de saúde.

Ban Ki-moon disse que as duas ocasiões anteriores foram para analisar a epidemia da Sida e, como agora com o Ébola, examinar as “implicações para a segurança de um tema de saúde pública”.

“A crise do Ébola evolui para uma emergência complexa, com importantes dimensões políticas, sociais, económicas, humanitárias e de segurança”, disse. Sobre a epidemia do Ébola, declarou que “é a maior já vista no mundo”. “O número de casos duplica a cada três semanas. Somente na Libéria, agora há mais casos do que em quatro décadas de história da doença”, referiu.

O responsável descreveu as acções que os vários países anunciaram para cooperar na luta contra a epidemia. “Nenhum governo pode gerir esta crise por si só. A ONU também não o pode fazer sozinha”, assegurou Ban Ki-moon.

 

Novo balanço da Organização Mundial da Saúde

A febre hemorrágica Ébola fez 2.630 mortos em 5.357 casos registados na África ocidental, segundo o mais recente balanço da Organização Mundial de Saúde (OMS), hoje divulgado.

A epidemia, a mais grave desde a identificação do vírus, em 1976, iniciou-se na Guiné-Conacri no princípio deste ano. Desde então, fez 1.459 mortos em 2.720 casos na Libéria, de acordo com o balanço feito a 14 de Setembro.

Também desse dia datam os balanços da Guiné-Conacri, onde se registaram 601 mortes em 942 casos, e da Serra Leoa, com 562 mortos de entre 1.673 casos.

Os profissionais de Saúde foram particularmente atingidos, com 151 mortos.

Um foco distinto da doença está também a propagar-se numa região remota do noroeste da República Democrática do Congo (RDC), de uma estirpe diferente daquela que atinge a África ocidental.

Já matou 40 pessoas em 71 casos desde que surgiu, a 11 de Agosto, segundo um balanço datado de 15 de Setembro. Dois outros países africanos registaram igualmente casos da doença: a Nigéria, com oito mortos em 21 casos, de acordo com um balanço de 14 de Setembro, e o Senegal, com um caso diagnosticado, de um estudante da Guiné-Conacri cuja cura as autoridades senegalesas anunciaram a 10 de Setembro.

A doença, também designada como febre hemorrágica do vírus Ébola, tem uma taxa de mortalidade de quase 90%. A infecção ocorre por contacto directo com os fluidos corporais, sangue, líquidos biológicos ou secreções. O período de incubação oscila entre os dois e os 21 dias. O doente torna-se contagioso a partir do momento em que os sintomas se manifestam – apenas não o é durante o período de incubação.

Segundo a OMS, é possível dizer que não há mais transmissão de Ébola num país “42 dias depois de o último caso ser registado”.

 

ONU reforça operações nos países afectados com 16,8 milhões de euros

O Programa Alimentar Mundial (PAM) anunciou hoje que irá reforçar as suas operações na Guiné-Conacri, na Libéria e na Serra Leoa, os três países mais afectados pelo surto de Ébola, graças a contribuições de 16,8 milhões de euros.

As contribuições do Banco Mundial e Fundo internacional para a Agricultura e o Desenvolvimento (IFAD) destinam-se a apoiar a assistência alimentar nos países afectados pela epidemia de Ébola", referiu aquela agência das Nações Unidas em comunicado.

Numa altura em que a comunidade humanitária internacional está a ser muito solicitada, esta contribuição irá reforçar as operações do PAM nas regiões afectadas pela pior epidemia de Ébola registada até à data, indica o documento.

Com esta contribuição, o PAM irá ajudar 1 milhão de pessoas na Guiné-Conacri, na Libéria e na Serra Leoa. Até hoje, a organização assistiu 147.000 pessoas nestes três países.

"Não podemos atender as necessidades de saúde destas comunidades sem encarar os problemas cada vez maiores da fome e da segurança alimentar (...) Acolhemos este apoio crítico, o PAM irá ajudar a atender as necessidades alimentares urgentes das famílias e das comunidades afectadas (...) sem comida nem agua não se pode combater a epidemia de forma efectiva", disse, em Roma, o director-executivo do PAM, Ertharin Cousin.

Aquela agência da ONU irá receber 14,44 milhões de euros do Banco Mundial que serão distribuídos entre as operações na Guiné-Conacri (5,48 milhões de euros) Serra Leoa (4,64 milhões de euros) e Libéria (4,32 milhões de euros. Esta doação faz parte de um programa de assistência de 105 milhões de euros aprovados pelo Banco Mundial na terça-feira. A promessa de 2,32 milhões de euros do IFAD anunciada na quarta-feira irá permitir ao PAM preservar a segurança alimentar nas comunidades locais dentro de todos os países afectados pelo Ébola.

O PAM é a maior agência humanitária internacional, cujo objectivo é a luta contra a fome, distribuindo comida em zonas em situações de emergência. Em 2013, assistiu mas de 80 milhões de pessoas em 75 países.

 

Equipa de sensibilização do governo é morta em vila na Guiné-Conacri

Sete responsáveis locais e jornalistas guineenses, desaparecidos terça-feira durante uma campanha de sensibilização sobre o vírus Ébola no sul da Guiné-Conacri, foram mortos por habitantes da vila de Womé, anunciou hoje o Governo.

Os sete corpos foram encontrados naquela vila, que fica próxima de N´Zérékoré, a segunda maior cidade da Guiné, numa região de floresta, declarou à rádio o ministro da Comunicação guineense, Alhoussein Kaké Makanéra. A maior parte dos habitantes de Womé fugiu da vila.

Os cadáveres, que estavam numa fossa séptica de uma escola primária, são “dos membros da delegação governamental que estavam a fazer uma campanha de sensibilização junto das populações sobre como se comportar neste período de riscos com a epidemia do Ébola”, disse à agência francesa AFP o porta-voz do Governo, Albert Damantang Camara. “É realmente triste e é duro de acreditar, mas foram mortos friamente pelos aldeões de Womé”, acrescentou o porta-voz, assegurando que o Governo fará “tudo ao seu alcance para travar e levar os responsáveis diante das autoridades judiciais competentes”.

Camara lamentou “as vítimas inocentes”, assassinadas com machetes e tiros, indicando ainda que entre os mortos estão responsáveis da área da saúde locais e jornalistas de rádio.

Os aldeãos, que atacaram e mataram os integrantes da delegação governamental, suspeitaram que a equipa de sensibilização vinha matá-los, isso porque, segundo eles, o Ébola “não é mais que uma invenção dos brancos para matar os negros”, explicou o tenente tinha Richard Haba, da polícia local. Nos confrontos de terça-feira, 21 pessoas ficaram feridas e seis pessoas foram detidas pelas autoridades policiais. No dia posterior, o Governo enviou uma outra delegação, chefiada pelo ministro da Saúde, para tentar acalmar a situação na vila.

O governante de N´zérékoré denunciou hoje numa rádio local que “pessoas na sombra manipulam as populações sob o pretexto de que o Ébola não passa de uma invenção dos brancos”.

O primeiro-ministro Mohamed Said Fofana condenou “com a mais firme energia o assassínio de cidadãos guineenses, que representavam o Estado no exercício das suas funções”, referindo que "sete corpos foram descobertos, num total de nove desaparecidos".

 

OMS apela a manutenção dos esforços para travar epidemia

A Organização Mundial de Saúde (OMS) apelou para que se mantenham os esforços para conter a epidemia de Ébola em África, após o assassínio de sete pessoas na Guiné-Conacri que ensinavam a população a prevenir a doença.

“Estas mortes devem ser investigadas, mas não devem deter-nos no nosso diálogo com as comunidades. Devemos continuar a explicar-lhes o nosso trabalho e a demonstrar empatia pelas vítimas, as suas famílias e a comunidade”, disse o médico Pierre Formenty, especialista da OMS para o Ébola. “De outro modo, não será possível que nos escutem e não se poderá controlar o surto”, adiantou o epidemiólogo, que regressou a Genebra após um mês na Libéria a trabalhar para deter a propagação do vírus.

“As populações das zonas rurais sofrem muito e não confiam nos governos”, referiu Formenty, adiantando que o incidente “mostra a complexidade” do que se enfrenta para travar a epidemia.

 

IPO-Porto defende
Oncologistas reunidos hoje num encontro sobre Sarcomas, no IPO/Porto, defenderam a necessidade de concentrar o tratamento dos...

Os especialistas defendem que o tratamento deste tipo de tumores é muito complexo e deve ser efectuado por equipas multidisciplinares especializadas, em hospitais que disponham dos recursos e da experiência necessários para a abordagem correcta deste tipo de tumores. O diagnóstico preciso e o primeiro tratamento são determinantes para o prognóstico da doença e a taxa global de sobrevivência não ultrapassa os 50% aos cinco anos.

“Por ser tão raro, há hospitais que apenas tratam um caso destes por ano, não tendo a experiência necessária para prestar o melhor tratamento. Consideramos que só as instituições de saúde que estão preparadas para o diagnóstico e tratamento adequados aos sarcomas devem receber pacientes portadores destes tumores. Unidades hospitalares como o IPO-Porto, com experiência com utentes nesta situação deveriam ser as únicas instituições responsáveis pelo tratamento da doença”, sustentou Augusto Moreira, especialista do Serviço de Oncologia Cirúrgica do IPO-Porto e promotor do curso.

O especialista reforçou a ideia de que “estes tumores são em cerca de 50% dos casos fatais e um tratamento multidisciplinar especializado poderá resultar numa diminuição desta taxa”.

Em declarações à Lusa, Augusto Moreira referiu que as últimas estatísticas oficiais disponíveis, de 2008, revelam que “no norte do país só existiram 182 casos durante esse ano” com esta patologia.

“Se num ano surgem 182 sarcomas no norte do país, se esses casos se espalharem por dez hospitais, quer dizer que cada hospital tratará 18 durante, o que é claramente insuficiente”, sublinhou.

Segundo o oncologista, as recomendações internacionais defendem que “os centros que tratam sarcomas de partes moles, devem tratar pelo menos 100 por ano e pelo menos 50 sarcomas de ossos. Se nós tivermos no norte do país 182, quer dizer que se houvesse só um centro estaria bem, se existirem dois já é dividir demasiado a experiência”.

“A nossa pretensão não é substituir-nos aos decisores políticos e a quem gere estas coisas, é tão só chamar a atenção para os factos. O ideal seria direccioná-los para um centro que tivesse experiência, que tratasse muitos casos destes e que, quer do ponto de vista de diagnóstico, quer de tratamento conseguisse obter melhores resultados”, frisou, referindo também uma “maior racionalidade de custos”.

Os sarcomas podem surgir em qualquer local do corpo humano, sendo mais frequentes nos membros e abdómen, têm origem muitas vezes desconhecida e manifestam-se de forma pouco específica, muitas vezes pouco valorizada, levando a diagnósticos tardios.

O tratamento é obrigatoriamente multidisciplinar com recurso a armas como cirurgia, radioterapia e quimioterapia, podendo haver situações com necessidade do uso de todas elas e outras em que só se usa uma ou mais do que uma, numa sequência que varia em função do caso concreto.

 

Da infância para a idade adulta
A Sociedade Portuguesa de Nefrologia Pediátrica quer que as consultas de transição, da infância para a idade adulta, de doentes...

Pela convicção de que a “partilha” entre especialistas de crianças e de adultos é “benéfica” para o sucesso do tratamento, a discussão em volta das consultas de transição é um dos temas em destaque na 47.ª Reunião Anual da Sociedade Europeia de Nefrologia Pediátrica, que teve início quinta-feira e se prolonga até sábado no Porto.

O presidente da Sociedade Portuguesa de Nefrologia Pediátrica, Caldas Afonso, disse que os médicos pediatras “cada vez mais passam doentes crónicos que antes morriam e, logo, os colegas de adultos manifestam necessidade em ganhar experiência com estes jovens doentes quando os recebem”.

“São doentes que nos acompanham ao longo de uma vida: uma criança que cresce e é um jovem, um adolescente, e é preciso continuar com rotinas, com tratamentos. O ambiente pediátrico é muito personalizado. O ambiente de adultos é muito impessoal”, descreveu Caldas Afonso.

O presidente da Sociedade Portuguesa de Nefrologia Pediátrica disse que as famílias das crianças passam por “uma relutância muito grande” no momento da passagem “para o colega de adultos”, pelo que defendeu que o processo seja discutido a nível nacional e internacional para que seja “calmo e programado”. “Pretendemos que haja, seja implementada e obrigatória, uma consulta de transição em que esteja o colega de adultos. Uma espécie de passagem de testemunho”, vincou Caldas Afonso. O responsável falava âmbito de um encontro europeu de nefrologia pediátrica que se realiza pela segunda vez em Portugal - a última vez ocorreu há 30 anos - e que junta cerca de oito centenas de especialistas da área, 90% dos quais estrangeiros e 30% de fora da Europa, conforme dados da organização.

A discussão à volta de uma nova proposta de tratamento para a cistinose, “patologia que tem grande mobilidade e rapidamente conduz a uma insuficiência renal crónica terminal com necessidade de diálise e transplante”, é outro dos destaques deste evento, no qual se iniciaram formações para jovens especialistas.

“São cursos dedicados a jovens pediatras e nefrologistas pediatras. O curso vai prolongar-se até os próximos dois congressos, ou seja, estendendo-se por três anos. Aos países que têm menos condições formativas, porque muitos deles nem têm especialistas, foram dadas bolsas para permitirem que estejam aqui representados e em formação”, descreveu Caldas Afonso.

O encontro junta pela primeira vez três sociedades da área: a EWOPA (European Working Group on Psychosocial Aspects of Children with Chronic Renal Failure), ERA-EDTA (European Renal Association-European Dialysis and Transplant Association) e IPNA (International Pediatric Nephrology Association).

 

Estudo revela:
Um estudo divulgado por uma organização não-governamental da Guiné-Bissau revela que existe “um grande conhecimento da lei” que...

O estudo foi feito pela organização não-governamental (ONG) Djinopi e centrou-se nas comunidades islamizadas de Bissau e Bafatá, duas das regiões da Guiné-Bissau onde a prática da excisão feminina é mais acentuada, mesmo perante a lei que a criminaliza, aprovada no Parlamento em 2011.

A partir das respostas de homens das duas comunidades, o estudo concluiu que cerca de 89% acreditam que a excisão “é uma lei, um dever” que todas as mulheres muçulmanas devem cumprir para que possam ser aceites na comunidade.

A socióloga guineense Cremilde Alves, autora do estudo, diz que “tudo isso não passa de um preconceito” que precisa de ser “desconstruído” na mente dos homens, uma vez que a religião islâmica não tem nada a ver com a prática da excisão.

Acreditar que uma mulher não excisada não poderá cumprir tarefas domésticas “é um mito” que não tem fundamentação no Islão, mas em crenças ancestrais, diz a investigadora que percorreu as duas comunidades para perceber como era tratado o fenómeno.

Cremilde Alves afirma que existe “uma certa confusão” na interpretação dos preceitos religiosos na Guiné-Bissau, uma vez que nos países islâmicos, como é o caso da Arábia Saudita, a prática de excisão não é observada.

Para a investigadora, a prática só poderá ser justificada com crenças pré-islâmicas na Guiné-Bissau porque mesmo com a Fatwa (decreto religioso) pronunciada em 2013 pelos líderes islâmicos do país contra a excisão, a mutilação persiste em várias comunidades do país. A prática de excisão feminina é mais acentuada na etnia Fula (uma das mais representativas do país) que a consideram uma honra.

“Ficou evidente que tanto os homens como as mulheres desse grupo étnico estão muito ligados à questão da honra feminina” de quem tenha sido submetida à excisão, sublinha a investigadora, que recomenda um trabalho de “desconstrução dessa verdade” através de campanhas de sensibilização.

O estudo revela também que existe nas duas comunidades, Bissau e Bafatá, “um certo preconceito” das mulheres em relação àquelas que não tenham sido submetidas à excisão, classificadas como “impuras e sujas”.

 

Até ao fim do ano
O Serviço Nacional de Saúde vai contratar mais de mil enfermeiros até final do ano, anunciou a Administração Central do Sistema...

Até hoje já foi autorizada a contratação de 585 enfermeiros, e já está “em fase final de autorização” a contratação de outros 344, totalizando 929 processos de contratação, diz um comunicado a Administração Central do Sistema de Saúde.

No ano passado as instituições do SNS recrutaram 579 enfermeiros, diz a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), acrescentando que o Ministério da Saúde está consciente da necessidade de reforçar a capacitação do SNS em enfermeiros.

A 21 de Agosto a ACSS já anunciava que tinham sido contratados este ano 409 enfermeiros e que iriam ser contratados mais “um número significativo” de profissionais.

A Ordem dos Enfermeiros tem alertado para o estado de exaustão em que se encontram os enfermeiros, apontando os turnos longos e o elevado número de doentes por enfermeiro.

De exaustão fala também o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, motivo pela qual, e pela contratação de mais profissionais, marcou uma greve nacional para os dias 24 e 25.

No início do mês o ministro da Saúde, Paulo Macedo, reconheceu hoje a existência de “insatisfação” entre os profissionais do sector, mas considerou “anormais” e em “risco de banalização” as greves que afectam apenas o SNS. Nos últimos meses têm decorrido greves sectoriais da classe.

 

Pela primeira vez
Cinco serviços do Centro Hospitalar da Cova da Beira receberam esta semana, e pela primeira vez, a certificação europeia de...

De acordo com a nota enviada à agência Lusa, os serviços em causa são o “Hospital de Dia, Bloco Operatório, Cirurgia de Ambulatório, Unidade de Acidentes Vasculares Cerebrais e a Comissão de Controlo de Infecção”, sendo que o certificado é atribuído pelo cumprimento da norma europeia ISO 9001-2008.

O Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB), que integra os Hospitais da Covilhã e do Fundão, sublinha ainda que, além destes cinco, 12 outros serviços “revalidaram a certificação”, designadamente o de Consultas Externas, Anatomia Patológica, Patologia Clínica, Imunohemoterapia, Farmácia, Gabinete de Gestão da Qualidade, Recursos Humanos, Gestão de Formação, Serviço de Instalações e Equipamentos, Unidade de Medicina Reprodutiva, Serviço de Pediatria - Unidade de Neonatologia e Unidade de Emergência e Urgência Pediátrica e Neonatal, Unidade de Cuidados Intensivos.

"A certificação dos Serviços do CHCB foi atribuída pela Empresa Internacional de Certificação e, até ao final do ano, o CHCB aguarda a certificação do Gabinete de Auditoria Interna, Cirurgia, Logística, Ginecologia e Obstetrícia e Serviço Social", acrescenta o comunicado.

O CHCB recorda igualmente que esta certificação junta-se à acreditação da Joint Commission Internacional, “servindo ambas para garantir que todas as actividades cumprem requisitos de qualidade e segurança baseados nas melhores práticas internacionais”.

 

Gravidez:
Uma equipa de investigadores espanhóis descobriu uma forma nos fetos problemas como o Síndrome de Down através de imagens...

O método inovador, o quantus FLM, apresentado no Congresso Mundial da Sociedade Internacional de Ultrassonografia em Obstetrícia e Ginecologia, é o primeiro teste não-invasivo do género, informa um comunicado da Clínic-Barcelona, escreve o portal Boas Notícias.

O estudo mostrou que o teste através de ultra-sons obtém resultados semelhantes aos da amniocentese (que utiliza amostras de líquido amniótico para despistar Síndrome de Down e outros problemas) através uma análise computorizada das imagens recolhidas durante o procedimento.

A amniocentese é um teste de diagnóstico pré-natal que recolhe líquido amniótico que envolve o bebé, através de uma punção abdominal, retirado directamente da barriga da mãe e é feita a partir da 15.ª semana de gestação.

A equipa lidera por Eduard Gratacós, director do Clínic-Hospital Sant Joan de Déu, em Barcelona, e professor na Universidade de Barcelona, utilizou a nova tecnologia em 150 casos de alto risco.

A ideia surgiu em 2006, pela mão de Gratacós, mas o quantus FLM só foi lançado este ano, oito anos depois, pela parceira feita com a Transmural Biotech.

O teste da Clínic-Barcelona terá um custo de setenta euros, segundo o La Vanguardia.

 

Ministro da Saúde garante:
O ministro da Saúde, Paulo Macedo, garantiu que Portugal “não está num impasse” no que respeita ao tratamento da hepatite C e...

“Nós num impasse não estamos porque conseguimos tratar os doentes e temos esta posição já muito forte que é a de que o preço devia ter uma base europeia. Cada país a negociar é muito mais fraco”, disse Paulo Macedo comentando assim a notícia de que o Governo português se prepara para apresentar aos restantes países da União Europeia uma proposta sobre a compra de fármacos para a hepatite C.

O ministro da Saúde aproveitou para reiterar que considera “importante ter um racional de preço”, lembrando que “este preço [o que consta da proposta portuguesa] pelo menos tem um racional face àquilo que foi estabelecido para outros países”.

“O que pretendemos é haver uma discussão em termos europeus pela ameaça que é este tipo de preço ao serviço nacional de saúde de cada país. Os países não conseguem suportar”, disse, referindo-se a reacções negativas de países como EUA, da Inglaterra e da França.

Questionado sobre as informações de que algumas famílias de doentes com esta doença ameaçam instaurar processos na justiça devido à espera por tratamento, Paulo Macedo sublinhou que Portugal tem “critérios que definem quais os doentes prioritários: e esses, a nossa informação é que os conseguiremos tratar atempadamente. Já temos várias dezenas de doentes em tratamento. Passamos de ter zero pessoas tratadas para várias dezenas de pessoas tratadas”, disse.

"Volto a lembrar um aspecto: os doentes são tratados de várias formas, de acordo com o seu genótipo, e não apenas por este medicamento. Conseguimos tratar um conjunto maior de doentes porque há a possibilidade de concorrência a curto prazo e não ficarmos completamente capturados pela indústria farmacêutica", acrescentou.

 

Ministro admite lista “significativa” para transplantes renais

Presente na 47.ª Reunião Anual da Sociedade Europeia de Nefrologia Pediátrica que reúne no Porto cerca de oito centenas de especialistas da área, o ministro da Saúde, Paulo Macedo, admitiu que a lista de espera para transplante renal é “significativa”, defendendo a necessidade de avançar para uma recuperação mais intensa.

"Tivemos uma redução no número de transplantes renais. Fizemos várias alterações na recolha de órgãos e estamos a aumentar significativamente o número de transplantados, quer na área renal quer nas outras áreas. Na área renal temos de fazer uma recuperação mais significativa", sustentou Paulo Macedo.

Paulo Macedo defendeu a aposta em “centros de referência devidamente identificados” e destacou o facto de esta semana ter sido decidido que “o apoio aos doentes transplantados passou a ser idêntico ao de doentes oncológicos”.

Na intervenção que fez, o ministro apontou a existência de cerca de 800 mil pessoas que sofrem problemas renais crónicos em Portugal, referindo que são descobertos cerca de 2 mil novos casos todos os anos e reconhecendo que a lista de espera para transplante é “significativa”.

Sobre o tratamento de doentes renais, o ministro da Saúde assegurou que não fará qualquer descentralização de tratamentos que envolvam especialização.

“Faremos alguma descentralização no acompanhamento mas há áreas que não queremos descentralizar. Que fique muito claro: Há áreas que são de grande especialização e que os doentes ganham. Não faremos numa área de grande especialização dispersão pelo país. Não fazemos nós nem nenhum país do mundo”, acentuou.

O ministro da Saúde aproveitou para destacar que, neste encontro, que não se realizava em Portugal há 30 anos, junta pela primeira vez três sociedades da área, referindo-se à EWOPA (European Working Group on Psychosocial Aspects of Children with Chronic Renal Failure), ERA-EDTA (European Renal Association-European Dialysis and Transplant Association) e IPNA (International Pediatric Nephrology Association).

“O sector da nefrologia e da insuficiência renal crónica constitui uma das nossas prioridades”, garantiu o ministro da Saúde, perante algumas centenas de especialistas da área, 90% dos quais estrangeiros, conforme dados da organização que destaca a presença de representantes dos quatro continentes.

De Coimbra
A organização não-governamental Saúde em Português, sediada em Coimbra, inicia no sábado uma missão exploratória de sete dias...

A equipa, constituída pelo médico Humberto Vitorino e a enfermeira Susana Jorge, parte para a Tunísia no sábado, onde pretende desenvolver um “diagnóstico da situação e um levantamento das necessidades de saúde em Gabes”, cidade no sul da Tunísia, com cerca de 110 mil habitantes, disse à agência Lusa Hernâni Caniço, presidente da Saúde em Português.

No terreno, “vão desenvolver-se reuniões com o director regional de saúde e com o director do hospital da cidade e procurar três aspectos: a possibilidade de um programa de educação e promoção da saúde para a população, levantamento de existência de doenças transmissíveis e estabelecer um plano de prevenção dessas doenças e analisar quais são as necessidades da região em cuidados curativos e de reabilitação”, informou.

O diagnóstico a ser feito em Gabés vai permitir “elaborar projectos que ajudem ao desenvolvimento”, frisou Hernâni Caniço, referindo que poderão ser vários projectos e com uma intervenção “de um ano ou mais”.

Para além do trabalho em Gabés, a equipa vai-se reunir na capital da Tunísia, Tunes, com “agentes de desenvolvimento, como a Organização Mundial de Saúde, a delegação da União Europeia e o embaixador português”, disse o presidente daquela ONG.

O trabalho na Tunísia, que se realiza entre sábado e 27 de Setembro, é mais uma das múltiplas missões que a Saúde em Português tem realizado desde a sua fundação, em 1993. Esta ONG de Coimbra já participou em diversas intervenções de ajuda humanitária e de emergência, como é o caso de Guiné-Bissau, em 1998, Sri Lanka, em 2004 e Haiti, em 2010.

 

Estudo da Agência para os Direitos Fundamentais
As mulheres portuguesas estão “bem informadas” sobre a violência de género, mas é preciso assegurar que denunciam os abusos e...

A especialista Joanna Goodey, que está em Lisboa para discutir os resultados de um estudo da Agência para os Direitos Fundamentais (FRA, na sigla em inglês), explicou que Portugal “está em linha com a média da União Europeia” no que respeita à sensibilização para o problema.

Aliás, destacou, “as portuguesas são as que, de entre todos os Estados-membros, mais consciencialização têm sobre uma generalizada violência contra as mulheres”.

A percepção da violência de género como “muito” ou “bastante” comum “pode ser vista como positiva”, disse a perita. “As portuguesas estão bastante bem informadas. Se compararmos com outros Estados-membros, estão mais bem informadas”, comparou.

O estudo da FRA, realizado em 2012 e cujos resultados foram divulgados em Março, entrevistou 1.500 mulheres em Portugal e 70 por cento delas disseram estar a par de campanhas de informação. “Isto significa que algo está a funcionar, pois as mulheres estão conscientes do problema”, avaliou Joanna Goodey, avisando que “a sensibilização tem de continuar, não é algo que se pode financiar apenas por um ano”.

Por outro lado, a denúncia não corresponde à informação. “Temos de encorajar as mulheres a reportarem as ofensas”, frisou a perita, recordando que o estudo mostra que “a grande maioria das mulheres não denuncia", o que faz com que a justiça não actue.

“Mudar a lei é uma coisa, mas, acima de tudo, são necessários serviços onde as mulheres se sintam seguras para pedir ajuda e assistência”, distinguiu Goodey, frisando que esses serviços “precisam de dinheiro”, o que “deve ser garantido pelo Estado”.

Segundo a perita, o estudo da FRA “teve um grande impacto a vários níveis”, levando “muitos países a revigorar a discussão sobre o assunto”.

Joanna Goodey – que, em Lisboa, já se encontrou com a secretária de Estado da Igualdade, Teresa Morais, e foi oradora num seminário sobre apoio às vítimas de violência – será ouvida hoje pelos deputados portugueses.

A perita está a fazer o acompanhamento do estudo da FRA, visitando os Estados-membros da UE para apresentar e discutir os resultados.

“Há muitos estereótipos, as pessoas assumem que alguns países têm piores resultados e que outros saem sempre melhor”, reconheceu, para justificar as altas taxas de violência verificadas nos países escandinavos, o que pode ser atribuído ao facto de o assunto ser discutido em público, mas também de problemas como “o elevado consumo de álcool”.

O estudo da FRA, o maior sobre violência de género alguma vez realizado na UE, com 42 mil inquiridas nos 28 Estados-membros, concluiu que uma em cada três mulheres europeias foi ou será vítima de pelo menos um episódio de abuso sexual, físico ou psicológico.

Reconhecendo que se vive “um momento difícil” com a mudança nas instituições europeias, Goodey disse estar expectante face ao que acontecerá nos próximos meses.

Destacando que a violência “afecta a economia também”, a perita considerou que “a questão é saber se a Comissão Europeia e os Estados-membros serão capazes de incluir a violência contra as mulheres como um assunto central para a igualdade de género”.

A primeira reacção das instituições da UE ao estudo da FRA “foi positiva”, com os Estados-membros a reconhecerem a importância de lidar com as estatísticas divulgadas no estudo. “Mas é preciso saber se isso terá efeitos nas políticas europeias”, disse.

Grupo de peritos refere
Apenas 20% dos enfermeiros portugueses são especialistas e destes a maioria emigra, porque as instituições de saúde em Portugal...

O coordenador da Unidade de Ensino de Enfermagem da Universidade Católica Portuguesa, Sérgio Deodato, disse que os enfermeiros especialistas são os primeiros a emigrar à procura de uma melhor situação profissional, pois recebem “condições de excelência noutros países”, a propósito do encontro de um grupo de peritos que decorreu ontem para debater o futuro das especialidades de enfermagem em Portugal.

“Não temos o número de especialistas necessário. Temos conhecimento científico e tecnológico avançado em muitas áreas, como os cuidados intensivos e a oncologia, mas depois não existem enfermeiros formados para os usar”, afirmou, acrescentando que estes meios ficam subaproveitados porque são utilizados por enfermeiros de cuidados gerais, sem especialização.

Citando dados da Ordem dos Enfermeiros, Sérgio Deodato afirmou que 80% dos enfermeiros não têm especialidade. “Com a crise, os enfermeiros ficam com formação, com grau académico de mestre, e depois chegam às instituições de saúde e não são contratados como tal, mas como eram (cuidados gerais). O principal empregador é o Estado e as razões são económicas e financeiras. É profundamente injusto, enfermeiros a prestar cuidados especializados com a categoria e o rendimento igual ao que tinham”, considerou. A este problema acresce outro que é o fim das dispensas no Serviço Nacional de Saúde para fazer formação.

Hoje os enfermeiros não são dispensados para fazer a especialidade, situação agravada pelo alargamento do horário de trabalho para as 40 horas semanais, que os deixa com pouco tempo livre e extremo cansaço para ainda fazerem formação.

“Se este esforço não é reconhecido posteriormente, os enfermeiros acabam por achar que não vale a pena o investimento, de tempo e financeiro”, lamentou o responsável, sublinhando que quem perde são os utentes, que têm tecnologia e conhecimento científico ao seu dispor, mas que não é utilizado por falta de profissionais especializados.

Estudo da The Health Foundation
A The Health Foundation publica no seu portal o estudo que desenvolveu com o principal objectivo de analisar as respostas...

A crise global financeira, que começou em 2007, tem sido uma das recessões económicas mais graves jamais registadas e seu impacto ainda hoje é muito sentido. O Reino Unido foi um dos muitos países que viu sua economia encolher, ao lado de um aumento da dívida nacional e crescentes níveis de desemprego. Em resposta, os governos têm feito - muitas vezes profundos - cortes nos gastos públicos, embora a saúde tenha sido relativamente protegido em relação a outros sectores.

Para perceber como a crise tem afectado os cuidados de saúde a The Health Foundation realizou um estudo que teve por objectivo fornecer evidências sobre a austeridade e os cuidados de saúde a partir de uma perspectiva internacional em geral, com especial atenção para as quatro questões seguintes:

  1. Que políticas têm os sistemas de saúde internacionais adoptado perante a crise financeira?
  2. Qual o sucesso que essas medidas conseguiram em termos de ganhos de eficiência e custos?
  3. Qual o impacto dessas medidas – desejado ou inesperado – na qualidade dos cuidados de saúde?
  4. O que o Sistema de Saúde do Reino Unido pode aprender com as experiências de outros países?

O estudo analisou a realidade de seis países: Canadá, Dinamarca, Irlanda, Países Baixos, Portugal e Espanha.

 

Principais conclusões

• Grandes mudanças e, em alguns casos cortes significativos, estão a ser realizados nos cuidados de saúde, sem qualquer programa para monitorizar ou avaliar o seu impacto;

• A crise financeira apresenta-se tanto como um estímulo como uma barreira à reforma dos sistemas de saúde;

• Medidas a curto prazo para controlar os custos têm sido mais prevalentes do que os esforços de reforma estrutural, uma medida que se prevê improvável e sustentável;

• As estratégias de reforma de sucesso são baseadas na forte liderança central e diálogo construtivo das partes interessadas e engajamento;

• Os países do estudo de caso forneceram algumas, limitadas, evidências sobre o impacto das medidas de austeridade sobre os custos e qualidade dos cuidados de saúde.

 

O caso de Portugal

Como a Irlanda e Espanha, Portugal foi um dos países da UE mais afectados pela crise financeira. O PIB teve um crescimento negativo em 2009 (-2,9%), 2011 (-1,3%), 2012 (-3,2%) e 2013 (-1,4%). Em 2008, o défice orçamental foi de 2,9% do PIB, chegando a 9,4% no ano seguinte, com uma taxa de desemprego de quase 10%. Em Maio de 2011, Portugal recebeu um resgate, supervisionado pela Troika e incluiu cortes substanciais nas despesas públicas, como condição de apoio financeiro, conforme descrito no Memorando de Entendimento (MOU). O MOU continha mais de 50 medidas e acções relacionadas com a saúde, com o objectivo de economizar € 664M só no sector da saúde. A principal consequência foi um corte dramático nos gastos públicos com a saúde.

No entanto, foi amplamente divulgado de que as medidas descritas no Memorando de Entendimento não se focavam apenas em metas de redução de custos e contenção a curto prazo, mas também pretendia uma reforma a longo prazo do Serviço Nacional de Saúde para enfrentar os desafios persistentes. Houve inclusive comentadores que observaram, “o desejo de criar mecanismos para o controlo futuro dos gastos com saúde no sector público. Estes mecanismos envolvem a avaliação de desempenho e de referência, a utilização das forças da concorrência nos concursos públicos, bem como a introdução de melhores práticas de transparência e de informação na evolução do Serviço Nacional de Saúde. Muitas das medidas são importantes e merecem ser implementadas, mesmo fora da actual crise”.

Sabemos que em Portugal foram várias as medidas postas em prática para responder à crise. O estudo analisa-as bem como o seu impacto nos cuidados de saúde na população portuguesa

O estudo completo pode ser lido em http://www.health.org.uk/publications/international-responses-to-austerity/?utm_source=Email+Alert&utm_medium=email&utm_campaign=New+publication+from+the+Health+Foundation+-+International+responses+to+austerity

Investigadores do Porto
Investigadores da Universidade do Porto adaptaram à população portuguesa um teste neuropsicológico, criado na Argentina em 2009...

A Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto realça que o teste neuropsicológico - denominado Institute of Cognitive Neurology Frontal Screening (IFS) - dura cerca de 10 minutos e permite detectar défices nas funções executivas do doente.

A Universidade do Porto (UP) salienta que o teste “é simples, rápido e avalia diferentes componentes das funções executivas. A versão original deu provas de permitir identificar de forma eficiente a presença de demência, assim como de distinguir diferentes tipos de demência”.

Segundo os investigadores Helena Moreira, César Lima e Selene Vicente, esta nova ferramenta evidencia a necessidade de considerar que outras capacidades cognitivas, para além da memória, podem estar comprometidas desde o início da manifestação clínica da doença.

Apesar das dificuldades de memória serem o sintoma mais conhecido da doença, os investigadores lembram que existem outras alterações presentes na fase inicial da sua manifestação.

“Estas incluem dificuldades nas chamadas funções executivas, um conjunto de capacidades cognitivas superiores essenciais para o funcionamento normal no dia-a-dia, envolvendo aspectos como o planeamento de acções, a resolução de problemas, a atenção ou a realização de tarefas novas”, frisaram.

Na opinião dos investigadores, as mudanças podem contribuir para as dificuldades experienciadas pelos doentes no dia-a-dia em tarefas como a gestão do dinheiro, dos medicamentos ou na conclusão de actividades em casa ou no trabalho.

Algumas destas complicações podem “estar presentes” antes das dificuldades de memória serem “significativas”, pelo que a sua identificação é “importante” durante o processo de diagnóstico.

O estudo de adaptação e validação à sociedade portuguesa envolveu 225 pessoas, 204 saudáveis e 21 doentes de Alzheimer em fase inicial, seguidos no Serviço de Neurologia do Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga.

“O grupo de doentes obteve um desempenho significativamente inferior ao dos saudáveis, mesmo depois de controlados aspectos como idade, níveis de escolaridade, dificuldades cognitivas globais e depressão”, salientou.

O estudo foi realizado numa colaboração entre a FPCEUP e o Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga. Os resultados foram publicados no último número da revista Journal of Alzheimer’s Disease.

Alzheimer é uma doença neurodegenerativa para a qual ainda não existe cura e, em Portugal, estima-se que atinja 90 mil pessoas.

 

1.º Congresso da Beira Interior
Mais de 500 profissionais de todo o país são esperados no 1.º Congresso Médico da Beira Interior, a realizar na Guarda, entre...

Segundo Cláudia Vaz, presidente da comissão organizadora do evento de âmbito nacional, são esperados na Guarda “sobretudo médicos internos, mas também especialistas”.

O 1.º Congresso Médico da Beira Interior é promovido pelas comissões de internos das três unidades de saúde da Beira Interior: Unidade Local de Saúde da Guarda, Unidade Local de Saúde de Castelo Branco e Centro Hospitalar Cova da Beira (Covilhã).

O tema da iniciativa é a urgência nas várias especialidades, como pediatria, medicina interna, medicina geral e familiar, neurologia, psiquiatria, cardiologia, ortopedia, gastrenterologia, cirurgia e pneumologia.

“Escolhemos o tema da urgência porque achamos que era um tema abrangente. Sendo o primeiro evento, achámos que tínhamos que ter um tema apelativo e a urgência acaba por ser o principal na actividade médica, é sempre a primeira preocupação”, justificou  Cláudia Vaz, na conferência de imprensa de apresentação do congresso.

A iniciativa pretende promover a troca de experiências entre os profissionais de saúde das três unidades da região e os colegas oriundos de locais como Coimbra, Porto e Lisboa, esclareceu a responsável.

O congresso médico, a realizar no Teatro Municipal da Guarda, pode ser “muito importante no futuro, até mesmo na partilha de experiências e de doentes”, acrescentou.

Para além de sessões teóricas, no último dia dos trabalhos, 27 de Setembro, haverá cursos práticos no Hospital Sousa Martins, que também servirão para mostrar aos participantes a unidade de saúde e o novo pavilhão que foi inaugurado recentemente, segundo os organizadores.

“É importante que o congresso sirva para dizer que no interior acabamos por conseguir um bom trabalho, tanto em termos científicos como de organização”, disse Francisco Carvalho, outro elemento da organização.

Os promotores adiantaram que o Congresso Médico da Beira Interior de 2015 será realizado na Covilhã e o de 2016 em Castelo Branco.

 

Grupo de alto nível
O grupo de alto nível sobre População e Desenvolvimento considera, em carta divulgada hoje a propósito da Assembleia Geral das...

No documento “Uma agenda inacabada: direitos sexuais e reprodutivos no século XXI”, o Grupo de Alto Nível para a Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento apela aos líderes mundiais para apoiarem o “relatório visionário” do secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, e a não perderem a “oportunidade” de assegurar que os direitos sexuais e reprodutivos estarão “no centro” da agenda para o desenvolvimento pós-2015.

Desvalorizando a controvérsia que frequentemente acompanha o debate sobre os direitos sexuais e reprodutivos, o grupo de alto nível – órgão independente composto por 26 líderes de todas as regiões do mundo e co-presidido pelos ex-chefes de Estado Joaquim Chissano (Moçambique) e Tarja Halonen (Finlândia) – defende que a agenda de direitos sexuais e reprodutivos deve ser ajustada “às realidades do século XXI”.

Actualmente, 800 mulheres e raparigas morrem diariamente em consequência de causas relacionadas com a gravidez e o parto “que poderiam ser prevenidas”, se garantido o acesso a métodos contraceptivos, assinala o grupo, frisando que mais de 200 milhões de mulheres “gostariam de prevenir uma gravidez, mas não têm meios para o fazer”.

Em nome do grupo, Joaquim Chissano e Tarja Halonen admitem, “enquanto antigos chefes de Estado, (…) as dificuldades no debate de certos assuntos”. Porém, sublinham, “a liderança política genuína é o abrir de novos caminhos para as liberdades fundamentais, oportunidades e escolhas das pessoas”.

Munidos de “visão” e “coragem”, os líderes mundiais, que na próxima semana se voltarão a concentrar em Nova Iorque para os trabalhos da Assembleia Geral das Nações Unidas, serão capazes de “orientar a agenda” dos direitos sexuais e reprodutivos “para o futuro”, acreditam.

“Todos estes desafios mundiais podem ser efectivamente tratados através de uma vontade política e forte liderança no que respeita à saúde e aos direitos sexuais e reprodutivos”, consideram.

“Ao invés da redutora preocupação com o crescimento da população”, o grupo de alto nível lista “recomendações concretas e comprovadas”, e “com custos controlados”, entre as quais “expandir o acesso ao aborto seguro e legal e assim deter as dezenas de milhares de mortes e incontáveis danos resultantes de procedimentos inseguros todos os anos”.

É necessário ainda “assegurar que os jovens têm a informação, a educação e os serviços de que precisam para fazerem escolhas informadas sobre a sua sexualidade” e “deter as taxas altíssimas de gravidez de adolescentes, que são a causa principal da morte de raparigas nos países em desenvolvimento”, menciona o documento.

“Acabar com a pandemia do HIV e parar os 2.400 novos casos” de infecção com o vírus da SIDA que se registam “todos os dias, só entre a juventude”, deve ser outro dos desígnios, sugere o grupo.

“O preço da inacção tem grandes consequências para os indivíduos, as suas famílias, sociedades e economias. É um impedimento para a saúde, produtividade e potencial das pessoas”, alertam.

A “inacção” – avisam – “sobrecarrega os sistemas de saúde e enfraquece os orçamentos públicos, e rouba o capital humano dos países”, recursos “fundamentais para enfrentar os desafios prementes do desenvolvimento”.

 

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