Em Lisboa
O Grupo de Estudos do Cancro de Cabeça e Pescoço promove, na quarta-feira em Lisboa, um “dia aberto” à população, em que serão...

A iniciativa decorre no âmbito da Segunda Semana Europeia para o Cancro da Cabeça e do Pescoço, que decorre entre hoje e sexta-feira e visa alertar a população para os sintomas desta doença, disse à agência Lusa Ana Castro, da direcção do grupo de estudos.

Todos os anos surgem, em Portugal, entre 2.500 a 3.000 novos casos de cancro de cabeça e pescoço, uma doença que afecta maioritariamente pessoas a partir dos 40 anos, mas que tem vindo a atingir os mais jovens.

O consumo excessivo de tabaco e álcool são os principais factores de risco para o aparecimento desta doença.

Ana Castro contou que continuam a aparecer “muitos doentes com diagnósticos muito avançados” desta doença, que muitos desconhecem.

“É um tipo de patologia que habitualmente não se fala. Falamos do cancro da mama, do cancro do cólon, mas muitas pessoas nem sequer sabem do que estamos a falar quando mencionamos o cancro da cabeça e pescoço”, adiantou a especialista.

Para Ana Castro, é importante alertar as pessoas para os sinais precoces que possam aparecer e orientá-las para procurarem um médico.

Nesse sentido, o grupo de estudos convida as pessoas com factores de risco, como fumadores e alcoólicos, ou que apresentem sintomas da doença a participarem no “dia aberto”, que decorre a partir das 11:00 no jardim do Campo Grande, em Lisboa.

Feridas na boca que não cicatrizem, alterações da voz, língua dorida ou com úlceras, rouquidão persistente, nariz entupido, hemorragias nasais, dificuldade ao engolir e caroços no pescoço são alguns sintomas desta patologia.

Além do “dia aberto”, o grupo de estudos promove durante esta semana várias acções, como a colocação de cartazes nos centros de saúde e hospitais, uma campanha de rua, com a distribuição de informação sobre a doença, sessões de esclarecimento nas escolas primárias e secundárias e a realização de um vídeo sobre a doença destinado às crianças.

Apesar de fazer um balanço positivo das últimas campanhas, Ana Castro disse que as pessoas que participam não são as que têm mais factores de risco ou sintomas da doença.

“Nos outros anos conseguimos detectar algumas lesões iniciais nestes dias abertos realizados nos hospitais” e, por isso, o “saldo é claramente positivo, mas achamos que podemos prestar um serviço diferente à comunidade se formos ao encontro das pessoas”, explicou.

Por esta razão, o grupo de estudos resolveu este ano “sair dos hospitais e ir para a rua”.

“É uma forma diferente de abordar” a população e “iremos avaliar no final desta semana se o caminho será fazer o dia aberto na rua ou no hospital”.

A campanha decorre em simultâneo em Portugal, Espanha, Itália, Alemanha, França, Inglaterra, Polónia, Turquia, Dinamarca, Finlândia e Holanda.

28 de Setembro, Lagoa de Albufeira, Sesimbra
Com o objectivo de estimular a actividade física na diabetes, no próximo dia 28 de Setembro, a Associação de Jovens Diabéticos...

A Associação de Jovens Diabéticos de Portugal (AJDP), em conjunto com a WeGoAdventures e a CliVip, agenda para dia 28 de Setembro duas actividades físicas ao ar livre. Pelas 10h00 terá início uma caminhada de dificuldade baixa, com cerca de 8 km, pelos trilhos que rodeiam a Lagoa de Albufeira, onde é possível contemplar a diversa avifauna desta região. Após um piquenique de convívio ao almoço, para quem gosta de desportos aquáticos, o desafio estende-se para a tarde e, pelas 14h00, a AJDP organiza, um passeio de canoa.

O presidente da AJDP, Carlos Neves, refere que “fazer desporto permite prevenir complicações da diabetes e ajuda a controlar os níveis de glicemia. Para além dos benefícios que acarreta ao nível da saúde, quando feito em grupo, promove o convívio e a partilha de experiências de pais e jovens.”

O ponto de encontro para esta actividade é o parque de estacionamento do Restaurante de Praia, na Lagoa de Albufeira. As inscrições estão abertas até dia 24 de Setembro, para as submeter é necessário contactar: [email protected], indicando o nome, um contacto e o número de participantes. A participação na caminhada é gratuita e o passeio de canoa tem o custo de 10€ (inclui colete e seguro).

A AJDP sugere o uso de equipamento adequado à actividade desportiva, que levem água, e também material de prevenção para hipoglicémias (sumo, açúcar, bolachas). 

OMD congratula-se
Os Ministérios da Saúde e da Economia decidiram criar um grupo de trabalho para analisar o regime jurídico aplicável aos actos...

Esta iniciativa surge na sequência de denúncias da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) e de mais seis Ordens Profissionais da área da saúde dando conta da falta de regras na publicitação de actos e serviços de Saúde e para os perigos que esta lacuna representa para a saúde pública.

O despacho já foi publicado em Diário da República e o grupo de trabalho tem 90 dias para apresentar conclusões.

Orlando Monteiro da Silva, bastonário da OMD, mostra-se “muito satisfeito com a decisão rápida dos Ministérios da Saúde e da Economia já que a actual situação é intolerável, pondo em causa a Saúde Publica. Sendo a medicina dentária uma das áreas mais afectadas com a publicitação enganosa de produtos e serviços, acreditamos que este grupo de trabalho vai ser capaz de produzir resultados que permitam salvaguardar os interesses dos consumidores e, sobretudo, proibir certo tipo de publicidade e penalizar os prevaricadores”.

A ausência de regras específicas na publicidade no sector da saúde levou a Entidade Reguladora da Saúde (ERS) a emitir este mês uma recomendação que impõe aos anunciantes especiais cuidados na publicitação de produtos e serviços, incluindo que obedeçam aos princípios da licitude, veracidade, transparência e completude que lhe são impostos, que não fomente a procura ou a realização de atos de saúde desnecessários, que a mensagem publicitária não induz os utentes em erro.

O grupo de trabalho criado pelos Ministérios da Saúde e da Economia vai funcionar na dependência do Gabinete do Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, sendo constituído por um coordenador da Administração Central do Sistema de Saúde e representantes da Direcção-Geral da Saúde, do INFARMED — Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, do Instituto Português do Sangue e da Transplantação, da Inspecção-Geral das Actividades em Saúde e do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências e da Direção-Geral do Consumidor.

Haverá ainda um representante de cada uma das Ordens Profissionais da área da saúde: Ordem dos Médicos, Ordem dos Farmacêuticos, Ordem dos Médicos Dentistas, Ordem dos Enfermeiros, Ordem dos Nutricionistas, Ordem dos Psicólogos e Ordem dos Biólogos.

Dia do Farmacêutico - 26 de Setembro
A Ordem dos Farmacêuticos lança uma campanha pelo “Uso Responsável do Medicamento - Somos Todos Responsáveis”. Sensibilizar,...

“Existe um potencial perdido na forma como os medicamentos são utilizados pela sociedade e pelos sistemas de saúde. O medicamento certo nem sempre chega ao doente certo, nem os doentes recebem consistentemente as doses correctas – segundo a OMS, estima-se que 50% dos cidadãos não tomam correctamente os medicamentos.”

Muitas doenças não são tratadas de forma optimizada, levando a intervenções mais caras e a despesas de saúde e segurança social mais elevadas. Estes resultados negativos afectam os doentes individuais e, paralelamente, estendem-se aos sistemas de saúde e à sociedade como um todo”, explica Ema Paulino, Presidente da Secção Regional de Lisboa da Ordem dos Farmacêuticos.

“Em Portugal, no ano de 2009, cerca de 2,1% do PIB português foi investido em gastos com medicamentos. Não obstante a sua eficácia, os medicamentos podem ser perigosos e desnecessariamente caros, a menos que sejam utilizados de forma responsável.

“Estima-se que o Uso Responsável do Medicamento pode proporcionar poupanças de 370 mil milhões de euros, correspondentes a cerca de 8% da despesa mundial em Saúde, que podem ser direccionados para o desenvolvimento dos sistemas de saúde”, finaliza Ema Paulino.

Esta campanha pretende ser o ponto de partida para um debate alargado sobre como, em conjunto, poderemos responder a este desafio.

A campanha tem associado um site www.usoresponsaveldomedicamento.com e vai estar na TVI, RTP, TSF e Rádio Comercial.

Ébola
A Serra Leoa descobriu 70 cadáveres e 150 novos casos de Ébola durante o recolher obrigatório de três dias para ajudar a conter...

A maioria dos seis milhões de habitantes da Serra Leoa esteve confinada às suas casas a partir de sexta-feira e durante 72 horas, enquanto cerca de 30.000 voluntários andaram de casa em casa a identificar os doentes e a informar sobre as medidas para prevenir a doença.

“Temos um excesso de cadáveres para enterrar, mas isso é habitual desde o início da epidemia. Agora temos pelo menos 150 novos casos”, declarou Steven Gaojia, chefe do centro de operações de emergência.

As autoridades da Serra Leoa já tinham anunciado a descoberta de 70 corpos e Gaojia precisou que os cadáveres tinham sido descobertos em Freetown e nos arredores da capital.

O ministro da Saúde, Abubakarr Fofanah, declarou à agência France Presse que os agentes envolvidos na operação conseguiram visitar 80 por cento das casas, considerando que a iniciativa foi um sucesso.

“Aprendemos muitas coisas durante esta operação (…) é possível que ela seja retomada”, disse.

Fofanah adiantou que as autoridades não podem “dar números sobre o total de cadáveres descobertos” durante a operação, pois aguardam “os resultados que devem vir de outras partes do país”.

Segundo o ministro, um dos aspectos conseguidos da operação foi a interrupção dos “enterros nocturnos”, prática seguida pelas famílias para encobrir a morte dos infectados com o vírus do Ébola.

Os habitantes da Serra Leoa retomaram hoje a sua vida normal depois da operação inédita do recolher obrigatório para lutar contra a epidemia do Ébola, que já matou 562 pessoas no país.

Mais de 2.600 pessoas morreram devido à doença desde o início do ano nos três países da África Ocidental mais afectados: Serra Leoa, Libéria e Guiné-Conacri, segundo a Organização Mundial de Saúde.

Abaixo dos 60 anos
A retinopatia diabética é o resultado do aparecimento de lesões originadas pela diabetes mellitus a nível da retina, no olho. A...

No dia 29 de Setembro assinala-se o Dia Mundial da Retina e a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO) lembra que o doente diabético pode apresentar um risco de cegueira cerca de 25 vezes maior face à restante população. Prevenção e tratamento precoce são fundamentais no combate a esta doença.

Esta patologia ocular é a mais conhecida complicação microvascular da diabetes e pode ser de dois tipos distintos: a retinopatia diabética não proliferativa e a proliferativa, sendo esta última a mais grave com alterações importantes nas estruturas internas posteriores do olho.

Paulo Torres, presidente da SPO, refere que “as fases iniciais doença podem evoluir sem qualquer tipo de sintomas, sendo por isso uma fase silenciosa e enganadora da doença. Nas fases mais avançadas, o principal sintoma é a perda, muitas vezes de uma forma irreversível, da acuidade visual, geralmente consequência do edema macular que se vai instalando com destruição da área mais nobre da retina. Quando isto acontece, estamos perante as formas graves de retinopatia diabética”.

O risco de desenvolver esta patologia atinge em particular todos os doentes diabéticos de longa data (com mais de vinte anos de evolução de doença) mesmo com algum controlo eficaz da glicose no sangue, e todos aqueles que por qualquer razão não têm a sua diabetes metabolicamente controlada. A par disto, muitos doentes diabéticos apresentam também outras comorbilidades como sejam a hipertensão arterial, a obesidade e a nefropatia que podem agravar a doença ocular. 

Relativamente ao tratamento da retinopatia diabética, Paulo Torres explica que “nas formas em que há doença ocular manifesta, as principais formas de tratamento são a fotocoagulação laser e as injecções intra-vítreas de fármacos antiangiogénicos e ou de corticosteróides. A decisão de quando tratar e como tratar depende somente da decisão médica e de acordo com o quadro clínico encontrado e com a avaliação do potencial risco para perda de visão. O tratamento isolado ou combinado, laser e injecções intra-vítreas, podem reduzir em mais de 50 por cento o risco de perda visual grave. Já nas fases mais graves da retinopatia diabética proliferativa, o tratamento de eleição é quase sempre o cirúrgico. No entanto, aqui o prognóstico visual é, em muitos casos, reservado”.

Mais do que tratar, é fundamental prevenir. “A prevenção da retinopatia diabética deve ser efectuada a todos os doentes diabéticos através de rastreios”, defende o presidente da SPO. “Há em Portugal programas para rastreio da retinopatia dibética em alguns centros de saúde, onde os doentes diabéticos são submetidos a uma fotografia do fundo ocular para depois, caso apresentem lesões, serem orientados para uma consulta de oftalmologia da especialidade”, afirma o especialista.

A Sociedade Portuguesa de Oftalmologia recomenda que todos os diabéticos sejam seguidos por um oftalmologista e lembra que as fases iniciais da doença são silenciosas sem sintomatologia, o que pode negligenciar ou atrasar a ida ao médico.  Os cuidados indispensáveis são o controlo metabólico rigoroso e a ida a consultas de oftalmologia de rotina que cujo intervalo será ditado pelo quadro clínico e risco de perda irreversível de visão para cada indivíduo.

Em Portugal, estima-se que a diabetes afecte cerca de um milhão de indivíduos e que cerca de metade destes nunca tenham sido avaliados em consulta de oftalmologia.

Dia da Sensibilização para o Cancro da Tiróide
Para assinalar o Dia da Sensibilização para o Cancro da Tiróide, celebrado a 24 de Setembro, a Associação das Doenças da...

A patologia da tiróide é muito frequente, estima-se que cerca de cinco por cento da população sofra de alterações da função tiroideia (hipotiroidismo e hipertiroidismo). A doença da tiróide é particularmente comum na mulher, sobretudo a partir da meia-idade, provavelmente relacionado com fatores hormonais, mas também devido a uma maior vigilância médica neste grupo.

Devido em grande parte à maior utilização dos meios auxiliares de diagnóstico, nomeadamente a ecografia da tiróide, são detetados nódulos da tiroide em quase metade da população. A maior parte destes nódulos são benignos no entanto entre 5 a 10% dos casos podem ser malignos. Habitualmente o cancro a tiróide tem um prognóstico excelente, desde que previamente diagnosticados, correctamente tratados e tendo um seguimento adequado.

Celeste Campinho, presidente da Associação das Doenças da Tiróide (ADTI), refere que “a divulgação e informação sobre a patologia nodular da tiróide para a população em geral são fundamentais. Com esta campanha pretendemos esclarecer e informar, sobretudo as mulheres, para uma doença muito frequente, habitualmente com um curso benigno. A malignidade é relativamente rara, tem habitualmente um bom prognóstico, sendo, contudo, fundamental o diagnóstico precoce, tratamento adequado e vigilância periódica. É importante evitar uma ansiedade excessiva perante um diagnóstico de nódulo da tiróide.

Podermos contar com o apoio do Grupo Lúcia Piloto nesta iniciativa é muito importante e prestigiante para nós, não só pelo facto de conseguirmos contactar directamente com um público feminino, como pela notoriedade, reconhecimento e posicionamento que o Grupo Lúcia Piloto tem a nível nacional.”.

As doenças da tiróide geralmente são tratáveis. Contudo, quando não são diagnosticadas e tratadas convenientemente podem trazer consequências graves, afectando o funcionamento dos outros órgãos e sistemas. O funcionamento da tiróide é fácil de avaliar através de uma análise laboratorial e caberá ao médico decidir se a pessoa deve ou não efectuar essa análise, após a avaliação clínica.

Unidades Saúde CUF
Os Hospitais CUF Descobertas, CUF Infante Santo e CUF Porto, as Clínicas CUF Alvalade, Belém, Cascais, Torres Vedras e o...

O grande objectivo é a prevenção. A rede Saúde CUF promove no próximo sábado, dia 27 de Setembro, entre as 9h e as 13h, em oito unidades espalhadas pelo país, uma campanha de rastreio que tem como objectivo detectar precocemente as doenças da próstata.

Destinada a todos os homens com mais de 50 anos, esta é uma iniciativa gratuita na qual os participantes fazem uma consulta com um especialista de urologia e realizam uma análise ao sangue, que avalia a concentração do PSA, o antigénio específico da próstata. Os participantes são ainda convidados a responder a um questionário de sintomas e a fazer uma avaliação do fluxo urinário (sempre que esta estiver disponível).

Para participar, basta fazer uma marcação telefónica através do número da unidade Saúde CUF onde se pretende realizar o rastreio. Os contactos estão disponíveis em www.saudecuf.pt. As marcações estão sujeitas à disponibilidade de cada unidade.

A Hipertrofia Benigna da Próstata e o Cancro
A realização deste tipo de consulta e exames reveste-se de importância para a saúde do homem quando existem doenças tão frequentes como a Hipertrofia Benigna da Próstata (HBP), a qual afecta homens de todas as raças e culturas e que constitui um verdadeiro problema de saúde pública. Cerca de 50% dos homens, entre os 50-60 anos, e mais de 80% acima dos 80 anos são afectados por esta patologia. A HBP é responsável por dificuldades em urinar (jacto urinário fraco, micção frequente diurna e nocturna, esforço miccional, etc.), sendo que, quando não detectada atempadamente, pode causar complicações na bexiga e nos rins. Pode ainda coexistir com o cancro da próstata e inflamação da próstata.

Lento e silencioso, o Cancro da Próstata é o 3º cancro mais frequente em Portugal e a 2ª causa de morte. A cirurgia da próstata, a prostatectomia, constitui a 2ª mais frequente realizada no homem acima dos 50 anos.

Dadas as características das doenças da próstata é imperativo ultrapassar a relutância em consultar um médico ou os eventuais medos associados ao cancro e à cirurgia. A realização de exames e consultas periódicas permitem a detecção precoce das doenças prostáticas e o seu tratamento atempado, com implicações mínimas na qualidade de vida do homem.

Contactos para marcação nas unidades Saúde CUF:

CUF Belém Clínica - 213 612 300

CUF Cascais Clínica - 211 141 400

CUF Descobertas Hospital - 210 025 200

CUF Infante Santo Hospital - 213 926 100

CUF Porto Hospital - 220 039 000

CUF Porto Instituto - 220 033 500

CUF Torres Vedras Clínica - 261 008 000

Também conhecida por espondilartrose
A espondilose é o resultado de um conjunto de alterações provenientes da artrose.
Espondilose

A espondilose, ou espondilartrose, caracteriza-se por haver uma degenerescência do disco intervertebral. Ou seja, dito de uma forma mais simples é, um problema causado pelo desgaste dos discos da coluna vertebral que leva a uma diminuição do espaço entre as vértebras. Este aperto comprime os nervos, através do crescimento do osso da vértebra – o osteófito - que fica ligeiramente saliente e que é vulgarmente conhecido por bico de papagaio. A doença pode também chamar-se de espondilose cervical se afectar apenas a cervical, ou espondilose lombar, se as alterações ocorrerem na zona lombar.

A dor é o principal sintoma referido pelos doentes, muitas vezes caracterizada como “uma moinha” com ocorrência de guinadas de curta duração – lumbagos. Quando a dor erradia para a perna estamos perante a dor ciática, geralmente acompanhada de formigueiro, mais intensa e persistente.

É uma doença reumática que afecta ambos os sexos e, habitualmente, surge após os 40 anos de idade, sendo que é um problema característico de profissões duras. Isto é, há determinados grupos profissionais, como os agricultores, os estivadores, os pescadores e as empregadas domésticas que, implicitamente, estão sujeitos a maior desgaste articular, logo, mais propensos a esta doença, que, todavia, pode afectar toda a gente.

Sintomas da espondilose

Ao nível da coluna lombar, as dores assemelham-se a "moínhas" na grande maioria dos casos. Podem, porém, surgir episódios agudos muito dolorosos, lancinantes, em guinada e de curta duração, denominados lumbagos.

Outras vezes, as dores lombares com as mesmas características do lumbago, irradiam ao longo da face posterior ou postero-externa do membro inferior, no trajecto do nervo ciático, denominando-se ciáticas. A ciática acompanha-se frequentemente de formigueiros e adormecimento dos membros inferiores e exacerba-se com os esforços de tossir, espirrar, rir e evacuar (manobras de Valsava).

Tratamento da espondilose

O melhor tratamento da espondilose é o repouso, de preferência, numa superfície dura. Algumas horas a alguns dias são quase sempre suficientes para que o lumbago e a ciática melhorem significativamente.

Contudo, a maioria dos casos necessita de tratamento medicamentoso, podendo ser necessário prescrever analgésicos, anti-inflamatórios não esteróides e relaxantes musculares.

Alguns indivíduos com ciática pioram nos primeiros dias do período de repouso, o que não significa ineficácia do tratamento, pelo que devem prosseguir com o mesmo plano terapêutico.

Artigos relacionados

"O alívio da dor é um direito dos doentes"

«As doenças reumáticas são mais comuns do que se julgava», afirma especialista

Doenças reumáticas são o principal motivo de consulta nos cuidados de saúde primários

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Saiba mais
As espondilartropatias seronegativas atingem preferencialmente a coluna vertebral e as articulações
Espondilartropatias

 

O que são as espondilartropatias seronegativas (EASN)?
São um grupo de doenças reumáticas crónicas que atingem preferencialmente a coluna vertebral e as articulações sacroilíacas, causando importante incapacidade em idades jovens.

 

 

Neste grupo de doenças multi-sistémicas incluem-se:

Quais são os factores de risco?
As espondilartropatias seronegativas aparecem normalmente em idades jovens, e, tendencialmente, em indivíduos do sexo masculino, embora seja cada vez mais comum em ambos os sexos.

É também reconhecida alguma susceptibilidade genética em algumas destas doenças, havendo alguma tendência para a agregação familiar.

Quais são os sintomas?
Dor na coluna e nas articulações, dor lombar, rigidez, entre outros.

Como se diagnosticam?
O diagnóstico é essencialmente clínico, embora a sua confirmação requeira, normalmente, o recurso a meios complementares de diagnóstico, como as radiografias.

O diagnóstico precoce não é fácil, pois o tempo que decorre entre os primeiros sinais e sintomas da doença e o reconhecimento das alterações radiológicas típicas pode chegar a cinco anos.

Alguns doentes podem apresentar apenas dor torácica e rigidez, sem evidência radiográfica de sacroileíte ou mesmo sem lombalgia inflamatória, o que dificulta ainda mais o diagnóstico.

Qual é o tratamento?
O tratamento da maior partes das EASN visa o alívio da dor, da rigidez e da fadiga, a manutenção de posturas adequadas e bons estados funcionais a nível físico e psicossocial.

Além da informação e da educação do doente, faz também parte do programa de intervenção terapêutica a prática de exercício (como a natação e exercícios indutores de extensão) ou de actividade desportiva regular.

O exercício também é um factor determinante do prognóstico, com eficácia demonstrada na mobilidade da coluna dorsal e lombar e do bem-estar dos doentes, bem como a utilização de agentes físicos e o ensino de práticas de correcção postural.

A terapêutica completa-se com o recurso a medicamentos e, nalguns casos, também à cirurgia, normalmente para substituição de algumas articulações.

Os doentes com EASN devem ser tratados por reumatologistas.

Fonte: 
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
DECO
Cerca de metade das pessoas que recorrem às urgências hospitalares fazem-no por não conseguir atendimento no centro de saúde ou...

Com base em 3.556 respostas a inquéritos lançados em outubro de 2013, a associação de defesa do consumidor conclui que aumentou o número de doentes que vai ao hospital por não conseguir ser atendido nos centros de saúde.

Do total de inquiridos, há ainda 12% que alega não ter recorrido aos serviços de urgência por falta de dinheiro para pagar a taxa moderadora.

As conclusões do inquérito, divulgadas hoje na revista Teste Saúde, mostram que há cinco anos, num estudo semelhante, apenas um quarto dos inquiridos apresentou motivos idênticos para recorrer ao hospital.

“Os resultados mostram um claro aumento do recurso às urgências hospitalares por falta de resposta dos cuidados de saúde primários”, refere o artigo.

Em 2009, eram quatro em cada 10 os utentes que foram atendidos nos centros de saúde a precisar de uma consulta urgente.

No actual inquérito, o número baixou para metade, com apenas dois em cada 10 a conseguir, quando precisa, consulta urgente nos cuidados de saúde primários.

Outra das razões para os utentes optarem pelas urgências dos hospitais é a convicção de que há “melhores condições de tratamento e de que os profissionais são mais eficientes, por estarem mais habilitados a lidar com situações graves”.

Numa análise à pulseira atribuída na triagem feita nos hospitais, o artigo da Teste Saúde refere que apenas 13% dos inquiridos estariam a necessitar de cuidados imediatos ou quase imediatos (com pulseira vermelha ou laranja).

A pulseira verde ou azul (não urgente ou pouco urgente) foi recebida por quatro em cada 10 utentes questionados.

Em comparação com o inquérito realizado há cinco anos, o tempo de espera para ser visto pelo primeiro médico aumentou ligeiramente, de 70 para 72 minutos.

Contudo, analisando desde o ano 2000, o tempo de espera para ser visto pelo primeiro médico nos hospitais públicos aumentou quase 10 minutos.

Já nos cuidados primários, o tempo de espera aumentou de 55 minutos em 2009 para 62 minutos este ano, depois de uma tendência decrescente entre 2000 e 2009.

Apesar deste aumento, o nível de satisfação dos utentes dos centros de saúde manteve-se igual ao verificado em 2009.

Em relação aos hospitais, a satisfação regista níveis sem alterações (65 em 100 pontos), com os doentes a queixarem-se sobretudo da demora dos resultados dos exames e do tempo “desperdiçado na sala de espera, cujas condições de higiene e conforto desagradam a cerca de um terço dos utentes”.

Nos hospitais privados, os níveis de satisfação são melhores (77 pontos em 100), mas um em cada 10 utilizadores mostra-se descontente com o funcionamento dos serviços.

Portugal propõe hoje à UE
O Ministério da Saúde apresenta hoje a proposta de Portugal para definição de preço máximo do sofosbuvir para tratamento da...

A proposta de Portugal aponta para a fixação do preço do medicamento em 4.151 euros, cerca de 11 vezes menos do que o valor da primeira proposta de preço apresentada pela farmacêutica americana que comercializa este fármaco (48 mil euros).

A autoridade portuguesa do medicamento (Infarmed) considera que os preços propostos pela indústria farmacêutica constituem uma barreira significativa no acesso ao tratamento dos doentes a nível europeu.

“No sentido de permitir o acesso destes medicamentos aos doentes que deles precisam é necessário encontrar um preço justo e comportável para os sistemas de saúde europeus. Neste sentido, é imprescindível delinear uma estratégia europeia comum que inclua um processo de negociação conjunto com a indústria farmacêutica”, afirma.

Assim, considerando o preço estabelecido para o medicamento sofosbuvir no Egipto (cerca de 700 euros) e o respectivo PIB (5,93 vezes mais baixo que o PIB da Zona Euro), Portugal propõe a constituição de uma aliança conjunta dos Estados Membros para a definição de um preço máximo por tratamento com este medicamento 5,93 vezes superior ao preço proposto no Egipto.

Sexta-feira em Lisboa
O próximo Conselho Nacional do PSD, órgão máximo do partido entre congressos, realiza-se na sexta-feira, em Lisboa, e tem como...

“O presidente do PSD informou ontem os conselheiros nacionais de que o segundo Conselho Nacional temático será sobre natalidade e realiza-se em Lisboa na próxima sexta-feira, dia 26”, adiantou a mesma fonte.

Neste Conselho Nacional vai estar presente Joaquim Azevedo, professor e coordenador do grupo de trabalho nomeado pelo Governo para aumentar a natalidade em Portugal, informou a mesma fonte do PSD, partido que hoje realiza o primeiro Conselho Nacional temático em Ansião, no distrito de Leiria, sobre territórios de baixa densidade.

O primeiro-ministro e líder do PSD anunciou no passado dia 07 que ainda em setembro o partido iria aprovar a sua estratégia em matéria de natalidade, ressalvando que não se pode confundir política de natalidade com política fiscal.

"Não confundam política de natalidade com uma política fiscal, porque não é a mesma coisa. Pode haver aspectos de fiscalidade que sejam importantes para uma política de natalidade, mas não resumam uma política de natalidade à política fiscal", afirmou Pedro Passos Coelho, no encerramento da Universidade de Verão do PSD, em Castelo de Vide.

Prometendo que o partido iria apresentar ainda em setembro a sua estratégia para a natalidade, que terá por base o estudo coordenado por Joaquim Azevedo (um dos 'professores' que passou pela Universidade de Verão), o primeiro-ministro sublinhou que o objectivo não é colocar o Estado a dizer que as pessoas têm de ter mais filhos, mas ter políticas públicas que removam os entraves aos casais que querem ter filhos.

Farmacêuticos lançam
A Ordem dos Farmacêuticos lança esta semana uma campanha pelo uso responsável dos medicamentos, recordando dados da Organização...

Ema Paulino, presidente da Secção Regional de Lisboa da Ordem dos Farmacêuticos, explicou à agência Lusa que a campanha vai dirigir-se aos cidadãos em geral, mas também os profissionais de saúde.

“A adesão à terapêutica por parte do doente não é só da responsabilidade do utilizador final”, afirmou, indicando que os médicos, enfermeiros ou farmacêuticos podem contribuir, através de aconselhamento aos utentes.

“Uso do Medicamento – Somos Todos Responsáveis” é o mote da campanha, que vai circular a partir de hoje nos órgãos de comunicação social e também na internet.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), metade dos cidadãos não tomam correctamente os medicamentos, com a Ordem dos Farmacêuticos a salientar que nem sempre o remédio certo chega ao doente certo e que nem todos os pacientes recebem consistentemente as doses correctas”.

De acordo com Ema Paulino, globalmente estima-se que o uso responsável do medicamento possa gerar poupanças de 370 mil milhões de euros, correspondentes a cerca de 8% da despesa mundial em Saúde.

No âmbito da campanha, a Ordem dos Farmacêuticos vai promover sessões de esclarecimento e debate, a realizar até ao final deste ano, enquanto no próximo ano, deverão ser apresentadas recomendações sobre o uso racional do medicamento dirigidas especificamente para Portugal.

Governo anuncia
O governo espanhol anunciou no passado sábado que irá repatriar da Serra Leoa um missionário infectado com o vírus Ébola, o...

As análises feitas a Manuel Garcia Viejo, de 69 anos, director de um hospital em Lunsar, na Serra Leoa, “deram positivo (em relação ao Ébola)”, tendo o missionário “expressado desejo de ser transferido para Espanha”, refere um comunicado divulgado sábado pelo ministério da Saúde espanhol.

A ministra da Saúde, Ana Mato, reuniu-se com representantes dos ministérios dos Negócios Estrangeiros e da Defesa “para tratarem da transferência”.

O Governo da Serra Leoa impôs um recolher obrigatório de três dias que obriga os cidadãos a permanecerem em casa, para tentar deter a propagação do vírus Ébola, que já fez 562 mortos no país.

Durante o recolher obrigatório, que estará em vigor até domingo, cerca de 30.000 voluntários andarão de casa em casa a identificar as pessoas doentes, a distribuir 1,5 milhões de sabonetes e a informar os cidadãos sobre as medidas para prevenir o Ébola, explicou o Governo em comunicado.

Em agosto, um padre espanhol de 75 anos tornou-se no primeiro europeu a morrer devido ao vírus do Ébola no actual surto.

Miguel Pajares foi infectado na Libéria, onde trabalhava com doentes.

O Ébola já matou mais de 2.600 pessoas na África Ocidental.

Em novembro
O Instituto francês de Saúde e Investigação Médica vai testar o antiviral japonês favipiravir (Avigan), um dos tratamentos...

O ensaio clínico vai começar, no início de novembro, com cerca de 60 doentes na Guiné, precisou Jean-François Delfraissy que dirige o Instituto de Microbiologia e Doenças Infecciosas do Instituto francês de Saúde e Investigação Médica (Inserm), numa entrevista publicaDa sábado no jornal Le Monde.

“Vamos testar o efeito de dosagens elevadas desta molécula sobre o homem, os seus efeitos sobre a carga viral e a mortalidade”, acrescentou.

Não existe actualmente nenhum tratamento homologado para lutar contra o vírus Ébola que atinge actualmente, de forma violenta, quatro países da África ocidental, no pior surto registado desde sempre.

Existem diversos tratamentos experimentais em todo o mundo, mas estes produtos não estão, geralmente, disponíveis, em grandes quantidades.

Entre estes encontra-se o favipiravir, um antiviral contra a gripe homologado em março pelo Japão, mas que pode ter também efeitos sobre o Ébola, apresentando como principal vantagem o facto de poder ser administrado sob a forma de comprimidos, mais fáceis de usar em zonas com infraestruturas de saúde precárias.

Um porta-voz da empresa japonesa Toyama Chemical, uma filial da Fujifilm, que desenvolveu o antiviral, assegurou em agosto que as reservas eram suficientes para mais de 20 mil pessoas.

Em Cascais, Oeiras e Sintra
Mais de 400 pessoas, designadas como "cuidadores" de doentes de Alzheimer, foram atendidas desde 2013 por técnicos do...

Criado em abril de 2013 com o objectivo de incluir os direitos das pessoas com demência e apoiar os seus familiares, o projecto Cuidar Melhor, apoiado pela Associação Alzheimer Portugal, surgiu primeiro no concelho de Cascais e só em junho deste ano chegou a Oeiras e a Sintra.

Segundo a coordenadora do projeto, Catarina Alvarez, mais de 400 pessoas já pediram a ajuda dos técnicos, com formação a 80 familiares na presença de 200 profissionais.

"Queremos, acima de tudo, melhorar, desdramatizar e valorizar o acto de cuidar", disse a responsável.

Fazer um diagnóstico actualizado, sensibilizar a população, desenvolver o espaço Café Memória e criar gabinetes técnicos são os objectivos principais do Cuidar Melhor.

Os gabinetes de apoio oferecem informação, encaminhamento, apoio jurídico, alívio ao cuidador, apoio psicológico, avaliação neuropsicológica, estimulação cognitiva e formação.

De acordo com Catarina Alvarez, há a intenção de vir a incluir serviços clínicos a preços sociais, bem como alargar o projecto a outros concelhos.

"É muito importante que as pessoas procurem ajuda mais cedo, porque quanto mais cedo se diagnosticar a doença, mais fácil é ajudar", acrescentou a coordenadora.

Técnicos do Cuidar Melhor fazem uma vez por semana uma visita presencial às pessoas já diagnosticadas, nos três concelhos, embora o apoio mais frequente seja através da linha telefónica (210 157 092).

No domingo comemorou-se o Dia Mundial do Alzheimer e, pelo terceiro ano consecutivo, assinalou-se a data com o "Passeio da Memória", uma iniciativa que começou por se realizar apenas em Oeiras e que este ano chegou a 15 cidades.

"É incrível ver a adesão das pessoas, o interesse e sucesso desta iniciativa. É importante chegar ao maior número de pessoas e alertar para o impacto da doença", disse Catarina Alvarez.

O Passeio da Memória consiste numa caminhada solidária, de seis quilómetros, mediante o pagamento de dois euros de inscrição, que revertem para a Associação Alzheimer Portugal.

"Este evento segue o objectivo de chamar a atenção das pessoas, sensibilizar a população e alertar para a importância do diagnóstico atempado. Contabilizamos já a inscrição de 300 pessoas, o que é bom", concluiu Catarina Alvarez.

Os dados mais recentes apontam para a existência de 153 mil pessoas com demência em Portugal, das quais 90 mil têm doença de Alzheimer.

Bailarina Isabel Galriça
A bailarina Isabel Galriça criou "Uncertain Body", um conjunto de coreografias sobre a doença de Alzheimer, para...

"Esta coreografia é uma homenagem à minha mãe", disse a bailarina da Companhia Nacional de Bailado (CNB) à agência Lusa sobre o projecto, composto por cinco pequenas coreografias, na sua maioria solos, que está a finalizar.

Isabel Galriça tem 38 anos, é solista da CNB desde os 17 e descreve a coreografia "Uncertain Body" ("Corpo Incerto" em tradução livre), como "uma viagem através do movimento, da mente".

É a primeira coreografia que criou até hoje, depois de vinte anos a trabalhar na companhia nacional, onde foi convidada a entrar por Jorge Salavisa assim que concluiu os estudos na Escola de Dança do Conservatório Nacional.

O impulso para coreografar surgiu pela experiência da mãe, de 74 anos, que desenvolveu a doença há cerca de quatro anos. A família, sobretudo Isabel e o pai, têm acompanhado com grande angústia o agravamento da perda de faculdades cognitivas.

"Um adulto volta a ser uma criança", compara a bailarina, que conhece a doença já desde o falecimento da avó, uma doença que a vitimou e agora atinge a mãe. Há uma elevada probabilidade de Isabel vir a sofrer da mesma enfermidade.

Embora existam medicamentos que atrasem o evoluir desta doença - que é a forma mais comum de demência - não existe uma cura para esta perda de funções cognitivas (memória, orientação, atenção e linguagem), causada pela morte de células cerebrais.

O nome vem do médico Alois Alzheimer, o primeiro a descrevê-la, em 1906.

Isabel Galriça quis abordar a situação familiar na sua própria linguagem artística - a dança - para homenagear a mãe e desmistificar a doença: "Existe uma vergonha de procurar ajuda, de aceitar a doença".

"É muito difícil todo o drama emocional, a luta interior de querer recordar, o próprio esquecimento. Criar esta coreografia foi a forma que encontrei de exprimir a minha dor. Dedico-a à minha mãe", disse à Lusa a bailarina, que já trabalhou com coreógrafos como Anne Teresa Keesmecker, William Forsithe, Mauro Bigonzetti, Rui Lopes Graça, Paulo Ribeiro e Olga Roriz.

"Uncertain Body" é composto por cinco coreografias, três solos já concluídos - num deles, Isabel dança enrolada numas tiras que lhe prendem os movimentos do corpo - e outras duas, ainda não finalizadas, que são para ser dançadas por um bailarino (que representa o pai) e um em dueto.

As peças coreográficas "representam momentos e estados de pessoas com a doença de Alzheimer e também de quem as rodeia".

Nelas são explorados "sentimentos, lembranças, vivências, criando um estudo pessoal e biográfico, do movimento", segundo a criadora.

Isabel Galriça procura agora uma instituição cultural onde possa vir a apresentar “Uncertain Body” no sentido de "chamar a atenção da sociedade para esta doença, que necessita de mais apoios fora dos grandes centros urbanos".

A Associação Alzheimer Portugal, com sede em Lisboa, possui delegações no centro, no norte e na Madeira, e núcleos de apoio em Coimbra e Aveiro, além de promover projectos e grupos de suporte no país.

O Dia Mundial da Doença de Alzheimer celebra-se no domingo, dia 21 de setembro, data instituída pela Alzheimer's Disease International (ADI), entidade internacional que reúne cerca de uma centena de associações em todo o mundo para apoiar doentes e familiares.

Dia 21 de setembro também é o dia do aniversário de Isabel Galriça, nascida em 1976.

Enfermeiros:
O Bastonário da Ordem dos Enfermeiros criticou hoje as contratações a “conta-gotas” que tem sido feitas para suprir as graves...

“As necessidades de saúde das pessoas não se coadunam com processos de contratação burocráticos negligentes, completamente indolentes e obsoletos”, afirmou o Enf.º Germano Couto em Coimbra, na cerimónia de entrega de cédulas aos novos enfermeiros da Região Centro. Segundo o Bastonário, há colegas que se aposentam e não são substituídos, há situações de doença ou de licenças parentais que não obtêm o necessário apoio de retaguarda.

A Região Centro, na sua perspectiva, tem sido um exemplo dessas políticas.

Atendendo ao número de inscritos na Ordem dos Enfermeiros (OE) no final do ano de 2013, os seis distritos da Região Centro dispunham de 6,4 enfermeiros por 1000 habitantes, um número muito aquém dos países da OCDE, que é de 8,6 profissionais.

“Significa uma carência de 5000 enfermeiros no total do sector público, privado ou social”, na Região Centro, acentuou o Bastonário.

Reportando-se às 35 visitas realizadas no primeiro semestre do corrente ano pela Secção Regional do Centro (SRC) da OE, revelou que nelas se verificou que em 75% dos serviços de saúde existiam carências de enfermeiros e deficiências de funcionamento.

“Isso coloca em risco a vida dos utentes, aumenta a morbilidade e a possibilidade de erros de medicação ou outros eventos adversos”, considerou o Bastonário da Ordem dos Enfermeiros.

Perante essa grave carência, e o estado de exaustão, de enfermeiros, a OE não podia deixar de reclamar o fecho de camas hospitalares e de encarar a interposição de uma acção judicial contra a ministra das Finanças, que considera a principal responsável pelo bloqueio do Governo a novas contratação, explicou. No entanto, a Ordem dos Enfermeiros encara como positiva a recente disponibilidade do ministro da Saúde em simplificar os processos de substituição de colegas em licenças parentais ou em baixa por doença.

Para o Bastonário da OE, além da necessidade de serem contratados mais profissionais, é preciso que Portugal altere o paradigma, e adopte uma abordagem centrada no cidadão, e não no profissional de saúde, respeitando uma proposta da OCDE.

“É preciso deixar de apostar numa Saúde extremamente medicalizada e investir na prevenção da doença e na promoção de hábitos de vida saudáveis”, apostando numa saúde preventiva com enfermeiros, e pondo termos a “grupos instalados que preferem manter o actual status quo a defender o superior interesse do cidadão”, explicou.

Na intervenção na cerimónia, a Presidente do Conselho Directivo da SRC, Enf.ª Isabel Oliveira, afirmou que “nenhuma crise, por mais profunda que seja, pode por em causa o direito de um cidadão português a uma saúde acessível de qualidade, em segurança”, porque “o Direito à Saúde e o Direito à Vida são direitos fundamentais de valor reforçado”. Lamentou que, por falta de perspectivas em Portugal, sejam outros países a acolher enfermeiros portugueses, reconhecendo a excelência das competências adquiridas nos anos do curso.

Contudo, exortou-os a não esmorecerem, porque o “momento adverso da Enfermagem irá terminar” em Portugal, tanto mais cedo quanto mais se exercitar a cidadania, assumindo a enfermagem como missão de vida, e como uma causa em prol do cidadão.

Na sua intervenção, o Presidente do Conselho de Enfermagem Regional do Centro, Enf.º Hélder Lourenço, defendeu que a redução dos custos da saúde em Portugal só se conseguirá com a aposta em mais enfermeiros nas instituições.

À Cerimónia Solene de Reconhecimento Profissional e Vinculação à Profissão, que hoje decorreu em Coimbra, assistiu a maioria dos 540 novos enfermeiros da Região Centro.

 

APCL lança campanha de agradecimento
“Obrigado. Estamos vivos e felizes” é o mote da campanha que começa no dia 22 de Setembro e marca o Dia Internacional da...

A Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL) vai lançar na sua página de Facebook uma campanha de agradecimento dirigida a todos os que contribuem para o tratamento e acompanhamento dos doentes com Leucemia Mielóide Crónica (LMC). “Obrigado. Estamos vivos e felizes” é o mote da campanha que começa no dia 22 de Setembro e marca o Dia Internacional da LMC, uma doença oncológica que em Portugal atinge cerca de 1.400 pessoas.

Já a partir de segunda-feira (22 de Setembro), a campanha estará no ar com uma aplicação que permitirá enviar postais de agradecimento às pessoas e entidades que têm vindo a contribuir para a vida dos doentes, sejam profissionais de saúde, governantes, familiares, amigos ou apoiantes da causa. Esta aplicação permitirá também que qualquer utilizador da rede social possa enviar um postal de agradecimento a alguém de quem goste, com uma imagem alusiva ao tema, podendo assim também o público em geral participar activamente neste agradecimento conjunto.

A campanha é uma forma de os doentes com LMC agradecerem a quem os acompanha diariamente e contribui para o seu tratamento, e apela também à importância das autoridades de saúde continuarem a olhar pelo seu futuro assegurando a prestação dos melhores cuidados de saúde e o acesso às terapêuticas mais adequadas.

A Leucemia Mielóide Crónica é uma doença que resulta de uma alteração adquirida – não presente no nascimento – do ADN de uma célula estaminal medular. Ocorre quando uma célula mãe pluripotencial produz células que se vão acumulando, ou seja, duram mais tempo do que as células normais, e que, por isso, passam para o sangue periférico e baço. No início do estudo da doença, o único tratamento possível era o transplante de medula óssea. Actualmente existem tratamentos que o doente pode fazer em casa, através da toma de um medicamento oral, que vieram alterar significativamente a evolução da doença, em benefício dos doentes, que podem hoje seguir um modo de vida normal e sem demais restrições.

A comunidade internacional de investigadores na área da hematologia está já a desenvolver estudos no sentido de proporcionar a oportunidade de alguns destes doentes com LMC poderem, até, interromper o tratamento mantendo a sua doença controlada. Para isso importa, cada vez mais, o doente ter acesso a informação sobre como a sua doença está a evoluir, qual o tipo de resposta que está a ter ao tratamento e de que forma pode colaborar para melhorar os resultados obtidos.

É por todo este esforço que vai desde os investigadores, passando pelos médicos, enfermeiros, farmacêuticos, familiares, amigos e até da população portuguesa que a campanha da APCL se apresenta com o mote “Obrigado. Estamos Vivos e Felizes”.

Perante os avanços no tratamento da doença, a American Cancer Society estima que o número de casos venha a aumentar nos próximos anos, devido ao facto de os doentes viverem por mais tempo. Existem 914.420 mil casos de LMC em todo o mundo e as estimativas apontam para que em 2025 esse número ultrapasse o milhão de pessoas (1.185.171). Em Portugal, a APCL estima que existam cerca de 1.400 doentes e que todos os anos surjam 120 a 150 novos casos.

O Dia Internacional da LMC comemora-se a 22/09, uma data simbólica que representa a alteração genética característica desta patologia, nomeadamente a troca de material genético do cromossoma 22 e do cromossoma 9. Esta efeméride assinalou-se pela primeira vez, tanto a nível mundial, como nacional, em 2012.

 

Páginas