Espaço de referência na divulgação da Pneumologia
Sociedade Portuguesa de Pneumologia renova imagem do seu portal e aposta na internacionalização dos seus associados.

“Respire Saúde” é o desafio lançado pela Sociedade Portuguesa de Pneumologia em www.sppneumologia.pt. Com um visual renovado e potencialidades acrescidas, esta é a mais recente ferramenta para a comunicação e consulta mais rápida e mais eficaz que se exige o numa altura em que estão abertas as fronteiras para a internacionalização dos seus associados através de acordos assinados com a European Respiratory Society (ERS).

Baseado em novos conceitos de Design e Comunicação, o novo site promete ser um espaço de referência na divulgação da Pneumologia e suas práticas clínicas em língua portuguesa. Através de uma navegação fácil e intuitiva, disponibiliza acesso a uma vasta biblioteca científica com destaque para a Revista Portuguesa de Pneumologia, informações sobre as Comissões de trabalho da SPP, Normativas, recomendações e informações sobre congressos e eventos.

Segundo Carlos Robalo Cordeiro ”a presença no online é hoje fundamental para a promoção do conhecimento e a troca de experiencias. A ciência assim o exige e como tal este é o resultado de mais de um ano de trabalho de uma equipa multidisciplinar que visa estreitar relações com a sociedade e com os profissionais de saúde, envolvendo-os cada vez mais na defesa e promoção da saúde respiratória”.

A renovada imagem do site surge numa altura em que a SPP aposta na internacionalização dos seus associados, abrindo caminhos para um conhecimento global. “Os Associados da SPP podem agora, em simultâneo, ser Sócios da ERS, de pleno direito, sem encargos adicionais directos. Esta é uma condição societária que terá eficácia a partir de 1 de Janeiro de 2015”, acrescenta o Presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia.

O entendimento já assinado inclui, entre diversas iniciativas, a possibilidade de realizar sessões em língua portuguesa, nos Congressos da ERS, de ter a participação obrigatória de speakers nacionais nos eventos, contar com a presença de membros destacados representando oficialmente a ERS nos congressos nacionais e muitas outras alíneas de renovação do relacionamento SPP/ERS. O acordo inclui sobretudo o acesso dos sócios conjuntos SPP/ERS a todas as facilidades e instrumentos que a Sociedade Europeia disponibiliza aos seus membros, sem restrições, nomeadamente no âmbito editorial e de formação.

 

Abrantes
No próximo dia 18 de Setembro, a Associação Cultural Palha de Abrantes promove uma conversa com Maria João Berhan da Costa...

A Associação Cultural Palha de Abrantes vai promover no espaço Chiado, dia 18 de Setembro, quinta-feira, às 21:30, uma conversa com Maria João Berhan da Costa subordinada ao tema "A crise afecta a saúde?".

Na semana seguinte, dia 25 de Setembro, e também às 21:30, o espaço Chiado, no centro histórico da cidade, vai receber Pedro Almeida Ferreira para "dois dedos de conversa" sobre os mercados e as políticas públicas de educação.

Pedro Almeida Ferreira é licenciado em História pelo ISCTE e Mestre em Ensino de História e Geografia do 3.º Ciclo do Ensino Básico e Secundário, colaborando actualmente com a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

 

Sintra
A Câmara Municipal de Sintra anunciou a realização, no próximo sábado, de um ‘workshop’ que pretende ajudar os familiares a...

De acordo com a autarquia, “esta iniciativa pretende capacitar familiares para melhor gerirem comportamentos e características específicas de pessoas com demência, procurando promover o bem-estar e manutenção da qualidade de vida quer dos cuidadores quer dos doentes”.

A participação neste ‘workshop’ é gratuita e realizada em parceria com a Operação Nariz Vermelho, a Associação Alzheimer Portugal e o Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa.

A iniciativa realiza-se no sábado, às 15:00, no Palácio Valenças, e está inserida no projecto Cuidar Melhor, que assegura o funcionamento de um Gabinete de Apoio aos Cuidadores das Pessoas com Demência, em Sintra.

Previsão de um aumento de 6% em 2014
Em 2013, o volume de negócios deste sector situou-se nos 1240 milhões de euros, valor que representa um aumento de 6,4% face a...

Segundo o estudo Sectores Portugal: “Saúde Privada” publicado pela Informa D&B, a crescente penetração dos seguros de saúde entre os portugueses, o aumento das receitas derivadas das convenções para o atendimento de pacientes provenientes da saúde pública e a cessão da gestão de hospitais públicos a entidades privadas favoreceram nos últimos anos o crescimento da facturação das entidades gestoras de clínicas em Portugal.

Em 2013, o volume de negócios situou-se nos 1240 milhões de euros, representando um aumento de 6,4% face a 2012, ano em que tinha registado uma variação de 13,1%.

As receitas das clínicas privadas cresceram nesse exercício 3,1%, até aos 893 milhões de euros, enquanto a gestão privada de estabelecimentos públicos gerou um negócio de 347 milhões de euros, mais 16% do que em 2012.

No que respeita à evolução da facturação inerente aos prémios de seguros de saúde, em 2013 manteve-se a tendência ascendente, até atingir os 571 milhões de euros, face aos 551 milhões registados no ano anterior.

O número de clínicas privadas com fins lucrativos com actividade em Portugal situa-se actualmente nas 40, com uma oferta de 2871 camas, representando uma média de 70 lugares por estabelecimento.

Verifica-se uma significativa concentração geográfica das clínicas privadas com fins lucrativos, reunindo as zonas Norte e Lisboa cerca de 70% do total da oferta. É de assinalar que os estabelecimentos de maior dimensão se situam em Lisboa, onde a capacidade média por clínica supera as 100 camas.

Quanto às quotas de mercado dos principais operadores privados gestores de clínicas, os dois principais reuniram 64% do total em 2013. Considerando os cinco principais operadores, a participação situou-se nos 87%, o que reflecte a elevada concentração empresarial do sector.

A progressiva recuperação da economia portuguesa e a saturação do sistema público de saúde favorecerão o crescimento da facturação das empresas do sector de saúde privada a curto e médio prazo. Em 2014, estima-se que as empresas do sector de clínicas privadas atinjam uma facturação agregada de 1315 milhões de euros, mais 6% do que em 2013, prevendo-se uma aceleração moderada do crescimento em 2015.

 

Dados gerais -2013

 

Número de clínicas privadas com fins lucrativos (a)

41

Número de camas de clínicas privadas com fins lucrativos (a)

2.871

Número médio de camas por clínica privada com fins lucrativos (a)

70

Mercado (milhões de euros)

 

Clínicas privadas com fins lucrativos

1.240

Seguros de saúde (b)

571

Concentração (quota de mercado conjunta das cinco principais entidades)

 

Clínicas privadas com fins lucrativos

87,3

Seguros de doença

75,1

Mercado (% var. 2013/2012)

 

Clínicas privadas com fins lucrativos

+6,4

Seguros de saúde (b)

+3,6

Previsão da evolução do mercado (% var. 2014/2013)

 

Clínicas privadas com fins lucrativos

+6,0

Seguros de saúde (b)

+4,2

(a) Abril 2014. Exclui as unidades dedicadas exclusivamente a cirurgia ambulatória. Exclui estabelecimentos públicos e clínicas privadas sem fins lucrativos geridos por entidades privadas. (b) facturação por prémios de seguros de saúde.

Fonte: Estudo Sectores Portugal de DBK: “Saúde Privada”

 

Ordem dos Médicos
O bastonário da Ordem dos Médicos revelou hoje que cerca de 50% dos médicos afirmam que os “doentes faltam mais às consultas”...

Além das faltas a consultas, mais de 60% dos médicos questionados “deparam-se com o abandono frequente de terapêuticas no Serviço Nacional de Saúde (SNS)” devido “à incapacidade financeira invocada pelos doentes”, sublinhou José Manuel Silva, bastonário da Ordem dos Médicos.

O bastonário falava numa cerimónia de comemoração dos 35 anos do SNS em Coimbra, dinamizada pela Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, em que se procedeu à rega da “Oliveira do Serviço Nacional de Saúde”, onde divulgou os resultados de um inquérito realizado em parceria entre o Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE) e a Ordem dos Médicos (OM). O mesmo estudo revela também que “um terço dos médicos deixam de prescrever medicamentos com frequência no SNS devido à incapacidade financeira invocada pelos doentes”, referiu o bastonário.

Quanto à qualidade dos serviços prestados no Serviço Nacional de Saúde, 65% dos médicos “afirmam que nas respectivas instituições existem faltas recorrentes de material para o exercício da profissão”, cerca de 60% dos profissionais consideram que a qualidade do SNS foi afectada pelo “menor acesso a actividades de formação” e 80% afirmam ter “menos tempo para orientação de internos”.

O questionário mostra ainda que 80% dos médicos inquiridos “considera que os cortes já aplicados no financiamento do SNS” comprometeram “a qualidade e acessibilidade dos cuidados”, salientou.

Segundo José Manuel Silva, “não vale a pena discutir a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde, quando não há sustentabilidade do país”. “Temos a classe política menos bem preparada e menos honesta da Europa”, criticou, considerando que é necessário mudar essa classe para que “o país e o SNS tenham futuro”.

Os resultados apresentados reportam-se apenas aos 1631 inquéritos “já validados”, já que o questionário foi enviado a todos os médicos inscritos na Ordem, tendo respondido 3448 médicos.

Na cerimónia de comemoração dos 35 anos do SNS estiveram também presentes o antigo ministro socialista, António Arnaut, o presidente da secção regional, Carlos Cortes, o presidente da Câmara de Coimbra, Manuel Machado, a presidente da Liga dos Amigos dos Hospitais da Universidade de Coimbra, Isabel Garcia e o reitor da Universidade de Coimbra, João Gabriel Silva, entre outros.

 

Em Castelo Branco e na Covilhã
A União dos Sindicatos de Castelo Branco lançou hoje um abaixo-assinado que pede a “revogação” da portaria que reclassifica os...

Esta acção da União dos Sindicatos de Castelo Branco (USCB) serve para assinalar os 35 anos da criação do Serviço Nacional de Saúde (SNS) em Portugal e insere-se na semana de informação, esclarecimento e luta “Pelo Direito à Saúde - defender o SNS”.

O coordenador da USCB, Luís Garra, disse que o abaixo-assinado que pede a revogação ou a alteração da portaria 82/2014 de 10 de Abril (que reclassifica os hospitais) tem como objectivo “assegurar por escrito que as valências e especialidades existentes em cada um dos hospitais do distrito (Centro Hospitalar da Cova da Beira e Hospital Amato Lusitano) se irão manter”.

O sindicalista explicou que, após a recolha de assinaturas, o documento “vai ser entregue na Assembleia da República e ao ministro da Saúde”.

A USCB sublinha que “é verdade que o Governo, pela voz de um seu secretário de Estado, veio dizer que não vai encerrar nenhuma valência ou especialidade no distrito”.

Contudo, o sindicato realça que “uma coisa é o que se diz e outra, bem diferente, é a que está escrita e a prova é que depois de ter dito isto avançou com uma comissão técnica para decidir em definitivo o que vai fechar, à luz da tal portaria”.

“Não podemos aceitar que isto venha a acontecer. Isto significaria mais um ataque ao SNS e mais um atentado à nossa região, que já hoje tem carências gritantes, e porque a sua população é cada vez mais afastada dos serviços de saúde”, lê-se no comunicado.

A USCB alerta também para a “falta de médicos, enfermeiros administrativos e auxiliares” e para os encerramentos de “extensões de saúde, serviços de atendimento permanente (SAP) e serviços de urgência” na região. Argumenta ainda que “aumentaram os tempos de espera nos serviços de urgência”.

 

Hoje é o Dia Mundial do Linfoma
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A Associação Portuguesa de Leucemias e Linfomas organiza no próximo dia 21 de Setembro, às 10 horas, no Parque da Cidade, no Porto uma iniciativa para chamar a atenção do Linfoma – Pedalar Contra o Linfoma. Damos Tudo. Uma doença que em Portugal surge em cerca de 2 mil pessoas todos os anos. “Junte-se a esta causa e Dê o seu melhor. Juntos damos tudo contra o Linfoma”. Mais informações em http://apll.org

O linfoma é uma doença dos linfócitos. Assemelha-se a um cancro na medida em que a regulação dos linfócitos afectados sofre alterações.

Dado que os linfócitos circulam por todo o organismo, estes linfócitos anómalos podem agrupar-se noutras zonas do corpo para além dos gânglios linfáticos, como no baço, medula óssea ou outros órgãos do corpo. De facto, os linfomas podem formar-se em quase toda a parte. Pode também dar-se o caso de afectarem mais do que uma parte do organismo simultaneamente.

 

No Dia Mundial da Sépsis
O director do Serviço de Medicina Intensiva do Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal, José Júlio, disse que a Madeira, desde...

“A sépsis tem diferentes aspectos de gravidade, há sépsis pouco graves e sépsis muito graves e, para aquelas formas muito graves, conseguimos reduzir a mortalidade em cerca de 10%”, revelou o médico à agência Lusa, à margem da assinatura de um protocolo de cooperação entre o Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira (SESARAM) e a Universidade da Madeira (UMa) para monitorização da sépsis.

José Júlio, que também faz parte da Via Verde Consultiva da Sépsis a nível nacional, adiantou que a Madeira implementou um sistema precoce de detecção que não só funciona nos hospitais como em todos os centros de saúde da Região com serviços de urgências.

José Júlio explicou que, “desde 2009, foi criado um sistema de resposta rápida” à sépsis.

“Naquelas formas mais graves de sépsis, que anteriormente tinham mortalidades de 40%, conseguimos reduzi-las para 30%, ou seja, em cada 100 morriam 40, agora em cada 100 passaram a morrer 30”, realçou.

O médico, no Dia Mundial da Sépsis, que se assinalou no dia 13 de Setembro, revelou que o SESARAM tem-se preocupado em transmitir à população “o que se pode fazer para evitar a sépsis”, uma infecção generalizada que pode levar à disfunção de alguns órgãos.

Cumprir o programa nacional de vacinações, lavar as mãos e ter estilos de vida saudáveis são algumas das medidas que a população deve seguir nesta área.

O Coordenador Nacional da Via Verde da Sépsis, José Artur Paiva, considerou a Madeira “um caso exemplar” no combate à sépsis: “É um dos dois exemplos nacionais em que a Via Verde da Sépsis não funciona só ao nível do Serviço de Urgência mas tem um processo continuado com início no pré-hospitalar, passando pelo Serviço de Urgência e, também, pela emergência inter-hospitalar”.

 

Programa Nacional para a Saúde Mental da Direcção-Geral da Saúde
O director do Programa Nacional para a Saúde Mental da Direcção-Geral da Saúde, Álvaro Carvalho, afirmou que Portugal tem dos...

“Temos dos maiores consumos de tranquilizantes, sobretudo de benzodiazepinas [fármacos ansiolíticos utilizados no tratamento de situações de ansiedade e insónias], a nível da UE e, contrariamente ao que se passou nos outros países, em que esse consumo tem vindo a reduzir com o aumento do consumo dos antidepressivos, em Portugal tem continuado a aumentar”, disse Álvaro Carvalho à agência Lusa.

O director do Programa Nacional para a Saúde Mental da Direcção-Geral da Saúde (DGS) deslocou-se a Castelo Branco para participar num simpósio da Associação de Apoio e Estudo às Psicognosis na Raia Central (ASPSI).

O aumento do consumo de antidepressivos também “tem sido significativo” no país, explicou o responsável da DGS.

Contudo, sublinhou, quando comparado com outros países da UE, “embora em Portugal tenha vindo a aumentar, não está longe das médias de outros países europeus”.

“Neste âmbito, até ver, não me parece que haja sinais para alarme, mas com as benzodiazepinas sim”, adiantou Álvaro Carvalho.

“Temos que rapidamente aumentar a educação médica neste âmbito e da população, porque sabemos que muitas vezes há a disponibilização destes fármacos sem ser por prescrição médica”, defendeu.

O responsável explicou ainda que, brevemente, vai ser publicada uma análise na segunda edição do “Portugal, Saúde Mental em Números”, onde será feita “uma primeira análise de quem consome o quê e de quem prescreve o quê”.

 

Resposta dos serviços na área da saúde mental é ainda insuficiente

Álvaro Carvalho admitiu que a resposta dos serviços na área da saúde mental é ainda insuficiente. “Concordo inteiramente [que a resposta é insuficiente] e tanto concordo que um dos pontos maiores do desenvolvimento de toda a proposta [do Plano Nacional de Saúde Mental] vai exactamente no sentido de aprofundar e desenvolver a articulação com os cuidados de saúde primários, isto no conceito de saúde mental”, disse Álvaro Carvalho.

Para o responsável, aos poucos, foi sendo aceite pelos profissionais médicos que há situações, normalmente as mais frequentes, “que são perfeitamente resolúveis a nível dos cuidados de saúde primários (medicina geral e familiar), e para os especialistas apenas devem ficar os casos mais complexos”.

“Com o desenvolvimento do conceito de saúde mental, que integra a psiquiatria e a psiquiatria infantil, mas que não se esgota nos especialistas (inclui enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais), foi sendo notório que era fundamental essa proximidade entre serviços de saúde mental e os cuidados de saúde primários”, adiantou.

Álvaro Carvalho explicou ainda que os estudos epidemiológicos que são conhecidos internacionalmente “mostram que as pessoas quando tem problemas de saúde mental recorrem prioritariamente e espontaneamente aos cuidados de saúde primários”.

“Se melhorarmos a capacidade diagnóstica e terapêutica dos profissionais dos cuidados de saúde primários, temos a possibilidade de as pessoas serem melhor tratadas e mais precocemente”, disse. E, nos casos em que o doente é enviado para o especialista, Álvaro Carvalho sublinha que este “deve ter uma articulação regular com os colegas da medicina geral e familiar, para que haja uma potenciação da intervenção”.

 

Infarmed alerta:
A autoridade que regula o sector do medicamento (Infarmed) alertou para a venda ilegal, através da rede social Facebook, de um...

Uma nota do Infarmed refere que este organismo “constatou a existência de inúmeras páginas anónimas no Facebook que anunciam a venda de medicamentos contendo a substância activa sibutramina (por exemplo, Reductil ou o seu genérico)”.

“Estas páginas electrónicas não são autorizadas, sendo as suas vendas ilegais”, alerta o Infarmed, garantindo que “os medicamentos por elas comercializados são também ilegais ou falsificados, pelo que a sua utilização constitui um elevado risco para saúde”.

Este organismo recorda que “a comercialização de medicamentos contendo sibutramina foi suspensa em toda a União Europeia, em 2010, por se verificar que os riscos da utilização destes medicamentos são muito superiores aos seus benefícios enquanto parte integrante de um programa de perda de peso”.

Na nota, que pode ser consultada na sua página, o Infarmed alerta aos utentes para que “não adquiram medicamentos através da Internet em sites não autorizados”.

A quem já adquiriu estes produtos, o Infarmed apela a que não os utilizem, “uma vez que a sua qualidade, segurança e eficácia constituem um risco para a saúde”.

 

Direcção-Geral da Saúde anuncia
As incidências de infecção hospitalar da corrente sanguínea pela bactéria Staphylococcus aureus e por MRSA diminuíram em 3 e 5%...

O Staphylococcus aureus é uma bactéria frequentemente causadora de infecção e com elevada agressividade e que, quando adquire resistência à meticilina - forma habitualmente designada pelo acrónimo MRSA -, torna-se mais difícil de tratar, exigindo antibióticos específicos para tratamento e promoção ou manutenção de internamento hospitalar, explica a Direcção-Geral da Saúde (DGS) em comunicado.

Portugal era um dos países europeus com mais elevada taxa de resistência daquele tipo, tendo, segundo a DGS, a incidência deste agente resistente aumentado de 45,5 para 54,6% entre 2003 e 2011, isto é, 54,6% dos Staphylococcus aureus eram resistentes à meticilina em 2011.

“Há evidência deste panorama estar a melhorar. De facto, a taxa de resistência à meticilina do Staphylococcus aureus diminuiu em cerca de 15% nos últimos dois anos (2011 para 2013) e em cerca de 13% no último ano (2012 para 2013). Mais do que isso, as incidências de infecção hospitalar da corrente sanguínea por Staphylococcus aureus e por MRSA diminuíram em 3 e 5%, respectivamente, entre 2012 e 2013”, salienta a DGS.

Para esta descida, a DGS aponta a oportunidade da criação, em Fevereiro de 2013, do Programa de Prevenção e Controlo de Infecções e de Resistência aos Antimicrobianos, com estatuto de programa de saúde prioritário, e a organização de uma cadeia vertical de gestão desde o Departamento de Qualidade na Saúde da Direcção-Geral da Saúde, onde o programa está sediado, até às unidades locais de saúde, passando pelas Administrações Regionais de Saúde.

Paralelamente, a publicação e divulgação de novas normas que regulam as precauções básicas de controlo de infecção, a prevenção de feridas, a prevenção de infecção do local cirúrgico, a correcta utilização de antibióticos em profilaxia cirúrgica e a duração de terapêutica antibiótica levaram a que o antibiótico fosse usado menos vezes e por menos tempo.

“Indicador desta estratégia é o facto da razão entre antibióticos de espectro largo (mais indutores de resistência bacteriana) e de espectro estreito (com menor capacidade de indução de resistência) ter diminuído em 2013 em cerca de 10%, após aumento sustentado entre 2003 e 2012”, observa a DGS.

A DGS espera que a implementação de equipas de apoio à prescrição de antibióticos em todos os hospitais e Agrupamentos de Centros de Saúde, o lançamento da Campanha Nacional de Precauções Básicas de Controlo de Infecção, a publicação prevista de uma Norma “anti-MRSA” e a crescente adesão das unidades de saúde às redes nacionais de vigilância epidemiológica “consolidem ainda mais estes resultados positivos”.

O anterior aumento de prevalência daquela bactéria resistente (MRSA) estava habitualmente associado a menor cumprimento das precauções básicas de controlo de infecção, nomeadamente adequada higiene das mãos, correcto uso de luvas e boa higiene ambiental, bem como ao uso menos sensato de antibióticos.

 

Serviço de ortopedia do CHUC
O tratamento de tumores ósseos malignos em crianças apresenta hoje, em Portugal, uma taxa de sucesso na casa dos 73%, disse o...

A percentagem de sobrevida coloca Portugal no pelotão da frente dos países europeus com melhores resultados no tratamento da doença, segundo Gabriel Matos explicou à agência Lusa.

Não sendo o tipo de doença oncológica mais frequente em crianças e adolescentes - representa apenas cerca de 10% -, de acordo com o responsável médico, os tumores ósseos primitivos manifestam-se anualmente em cerca de 20 a 25 pessoas.

“Desde o fim da década de 1990 que a taxa de sucesso no tratamento destes tumores anda entre os 70 e 80% e não tem passado daí, o que é um avanço muito grande comparativamente ao final da década de 1970”, sublinhou.

No futuro, Gabriel Matos antevê uma evolução dos tratamentos através de terapias moleculares direccionadas e reconstrução de tecidos moles que ficam, por vezes, também afectados. No entanto, alertou para a necessidade dos diagnósticos serem cada vez mais precoces e dos doentes serem encaminhados para tratamentos em centros de referência com experiência neste tipo de tumores.

O serviço de ortopedia do Hospital Pediátrico de Coimbra, que integra o Centro Hospital e Universitário de Coimbra (CHUC), chefiado por Gabriel Matos, é um centro de referência nacional no tratamento dos tumores ósseos malignos, recebendo doentes de todo o país e também de Cabo Verde e Angola.

“Somos um centro diferenciado e reconhecido pelos nossos pares, que leva a que hospitais de todo o país, do Norte ao Algarve, encaminhem doentes para esta unidade, como acontece, por exemplo, com o IPO do Porto, com quem temos um protocolo”, explicou o médico.

Na terça-feira, o serviço de ortopedia do CHUC realiza o simpósio “100 tumores ósseos malignos no Hospital Pediátrico de Coimbra” para celebrar a “marca histórica de 100 crianças tratadas por patologia oncológica músculo-esquelética”. A iniciativa pretende ser uma “celebração da vida”, nas palavras de Gabriel Matos, em que se juntam profissionais de saúde na discussão do estado da arte no diagnóstico e tratamento dos tumores ósseos, bem como antigos doentes que, agora na idade adulta, vão participar com o seu depoimento.

O simpósio vai debater o “Tratamento dos Tumores Ósseos no HP: celebrando o Passado e construindo o Futuro!”,”Imagens que valem diagnósticos: do RX à RM”, “A Biópsia: pedra angular no diagnóstico e tratamento” e “Que opções para o tratamento cirúrgico dos tumores ósseos em idade pediátrica?”.

“E quando as crianças crescem e se tornam adultos: que perspectivas?”, “A vida para Além do Tumor: Viva o Presente!” e “Heróis do Pediátrico: histórias de perseverança, coragem e sonhos” serão também temas em discussão.

 

Causa mais frequente de insucesso escolar
A dislexia é talvez a causa mais frequente de baixo rendimento e de insucesso escolar.

A intervenção é um desafio que se coloca a todos os responsáveis pela saúde e desenvolvimento infantil. É importante sinalizar, encaminhar e intervir nas crianças precocemente. Trata-se de uma área tão determinante na capacidade de aprendizagem e consequentemente no percurso de suas vidas. É essencial a intervenção terapêutica adequada para o desenvolvimento de estratégias de leitura, realizadas com a ajuda do Terapeuta da Fala especializado. A família e a escola têm um papel de grande importância, e devem conhecer as características do disléxico.

 

O que é a dislexia

A dislexia é talvez a causa mais frequente de baixo rendimento e de insucesso escolar. Na grande maioria dos casos não é identificada, nem corretamente tratada. Esta dificuldade de aprendizagem é uma realidade dos nossos dias, já muito falada, mas adormecida novamente e abafada por outros diagnósticos nomeadamente pelo da hiperatividade.

Dar a conhecer os conceitos básicos desta perturbação, de modo a permitir a qualquer pessoa, a identificação dos sinais de risco e de alerta, levando a uma procura rápida de ajuda e por isso uma intervenção atempada, evitando-se consequências mais graves, é essencial.

Colocar a hipótese do seu diagnóstico e encaminhar para uma avaliação e intervenção especializada precocemente poderá evitar o sofrimento da criança e da família, tal como trazer mais qualidade de vida e aumento do rendimento escolar.

A dislexia é uma incapacidade específica de aprendizagem, de origem neurobiológica, caracterizada por dificuldades na aprendizagem da leitura e da escrita. A leitura é uma das aprendizagens mais importantes, porque é a chave que permite o acesso a todos os outros saberes e às vivências na sociedade. Aprender a ler embora seja uma competência complexa, é relativamente fácil para a maioria das pessoas. Contudo um número significativo de pessoas, embora possuindo um nível de inteligência médio ou superior, manifesta dificuldades na sua aprendizagem.

Até há poucos anos a origem desta dificuldade era desconhecida, era uma incapacidade invisível, um mistério, que gerou mitos e preconceitos estigmatizando as crianças, os jovens e os adultos que não conseguiam ultrapassar esta dificuldade. Imensas vezes as crianças foram rotuladas de “preguiçosas”, “com falta de inteligência”, “distraídas”, “desmotivadas”, “com falta de concentração”, entre outras conotações.

Nos últimos anos, os estudos realizados por neurocientistas utilizando a Ressonância Magnética Funcional, permitiram observar o funcionamento do cérebro durante as atividades de leitura e escrita, levando a um conjunto consistente de conclusões sobre as seguintes questões: Como funciona o cérebro durante as atividades de leitura? Quais as competências necessárias a essa aprendizagem? Quais os défices que a dificultam? Quais as componentes dos métodos educativos que conduzem a um maior sucesso?

Os Estados Unidos têm sido pioneiros na investigação científica, na legislação educativa e na orientação sobre os métodos de ensino, que provaram ser os mais eficientes. Na Europa não existe uma base legal comum que apoie as crianças disléxicas. A grande maioria continua sem ser diagnosticada e sem beneficiar de uma intervenção especializada.

 

Sinais e sintomas de alerta

Sendo a dislexia como uma perturbação da linguagem, que tem na sua origem dificuldades a nível do processamento fonológico, podem observar-se algumas manifestações antes do início da aprendizagem da leitura. Existem alguns sinais de alerta que podem indiciar dificuldades futuras. Se esses sinais forem observados e se persistirem ao longo de vários meses os pais devem procurar uma avaliação especializada. Não se pretende ser alarmista, mas sim estar consciente de que se uma criança mais tarde tiver problemas, os anos perdidos não podem ser recuperados. A intervenção precoce é provavelmente o fator mais importante na recuperação dos leitores disléxicos.

Sally Shaywitz (2003) refere alguns sinais de alerta:

  • Os disléxicos manifestam evidentes dificuldades em automatizar a descodificação das palavras, em realizar uma leitura fluente, correta e compreensível;
  • As pessoas com dislexia, possuem baixa sensibilidade face a estímulos com pouco contraste, com baixas frequências espaciais ou altas-frequências temporais;
  • No Jardim-de-infância e Pré-primária a linguagem de “bebé” é persistente;
  • A criança forma frases curtas, palavras mal pronunciadas, com omissões e substituições de sílabas e fonemas;
  • Têm dificuldade em aprender: nomes: de cores (verde, vermelho), de pessoas, de objetos, de lugares...
  • Têm dificuldade em memorizar canções e lengalengas;
  • Têm dificuldade na aquisição dos conceitos temporais e espaciais básicos: ontem/amanhã; manhã/a manhã; direita/esquerda; depois / antes...
  • Têm dificuldade em aperceber-se de que as frases são formadas por palavras e que as palavras se podem segmentar em sílabas;
  • Durante a leitura soletram as palavras em vez de uma leitura fluente;
  • Não sabem as letras do seu nome próprio;
  • Têm dificuldade em aprender e recordar os nomes e os sons das letras;
  • Apresentam tendência para adivinhar as palavras, apoiando-se no desenho e no contexto, em vez de as descodificar.

 

Atualmente sabe-se que a dislexia é uma perturbação parcialmente herdada, com manifestações clínicas complexas, incluindo dificuldades na leitura, no processamento fonológico (do som), na memória de trabalho, na capacidade de nomeação rápida, na coordenação sensoriomotora, na automatização e no processamento sensorial precoce. Diversos estudos têm demonstrado a hereditariedade da dislexia.

No nosso país em relação à distribuição por sexos tem-se verificado que o número de rapazes com dislexia é, pelo menos, duas vezes superior ao das raparigas.

Tem sido considerado que o défice cognitivo que está na origem da dislexia persiste ao longo da vida, ainda que as suas consequências e expressão variem sensivelmente.

 

Como funciona o apoio no nosso país

No nosso país o Decreto-lei 319/91, aplicado às crianças com necessidades educativas especiais, não fazia qualquer referência em relação à metodologia reeducativa a adotar, em 2008 surge o decreto-lei n.º 3/2008 com diretrizes específicas de atuação com as crianças com necessidades educativas especiais. Todas as crianças têm o direito fundamental à educação. A revisão do decreto-lei n.º 3/2008 e substituído decreto-lei n.º 21/2008, veio enquadrar as respostas educativas a desenvolver no âmbito da adequação do processo educativo às necessidades educativas especiais dos alunos, com limitações significativas ao nível da atividade e participação, num ou vários domínios da vida, decorrentes de alterações funcionais e estruturais de permanente e das quais resultam dificuldades continuadas ao nível da comunicação, da aprendizagem, da mobilidade, da autonomia, do relacionamento interpessoal e da participação social.

Em Portugal a avaliação/diagnóstico da Dislexia, faz-se apoiada num instrumento de avaliação designado por CIF - Classificação Internacional da Funcionalidade, Incapacidade e Saúde, da Organização Mundial de Saúde, servindo de base à elaboração do programa educativo individual.

Os pais podem recorrer ao apoio da APPDAE – Associação Portuguesa de Pessoas com dificuldades de Aprendizagem Específicas.

Uma situação preocupante é a deficiente formação não só dos professores, mas o que é ainda mais grave, é a deficiente formação dos responsáveis pela formação dos professores.

Um sinal muito positivo é o interesse crescente que este tema tem suscitado, nos últimos anos tendo sido realizados diversos congressos, seminários, jornadas, entre outros... Contudo ainda não é suficiente.

A Associação Internacional de Dislexia, promove ativamente a utilização dos métodos multissensoriais e indica os princípios e os conteúdos educativos a ensinar.

Atualmente existem conhecimentos que permitem avaliar e diagnosticar as crianças com dislexia. Existem provas específicas para avaliar as diferentes competências que integram o processo do leitor.

Neste momento estamos a assistir, com a situação económico-social a cortes na área da educação, nomeadamente no número de professores/horas disponíveis por criança no apoio especial, com a agravante que não tem havido investimento nas ajudas técnicas, nomeadamente para comunicação aumentativa ou alternativa em crianças com necessidades educativas especiais e que fariam toda a diferença no rendimento escolar destas crianças.

Será que o sistema educativo em Portugal tem respostas para esta nova geração de crianças? Com problemáticas diferentes e também com outras capacidades? Nos Estados Unidos e em alguns países da Europa, existem escolas específicas e adaptadas para crianças com dificuldades de aprendizagem, em que o mais importante são os alunos e não o sistema. O aluno é visto numa visão holística podendo fazer as suas escolhas e os professores possuem grande autonomia com os seus alunos. A Pedagogia faz abordagem a vários métodos de ensino, por exemplo o método Montessori, é um dos escolhidos para estas crianças nos Estados Unidos da América. A American Montessori Society (MAS) foi fundada em 1960 e tem como objetivo principal ajudar a criança a atingir a totalidade do seu potencial em várias áreas da vida. Também as escolas mundiais Waldorf existentes em vários países da Europa (Suíça, Alemanha, Holanda, Grã-Bretanha, Áustria) e na América do Norte, estão em expansão. O método Waldorf utiliza metodologias diferentes das tradicionais e defende a educação com base na Intelligent Heart colocando ênfase na vertente emocional. Atualmente existem diversos programas educativos a nível mundial, tais como: “Treino da percepção visual de Frostig”; “Treino da audição dicotómica de Tomátis”; “Treino de desenvolvimento motor de Delacato”; “Método Distema”, entre outros.

 

A importância de sinalizar e intervir precocemente

A intervenção é um desafio que se coloca a todos os responsáveis pela saúde e desenvolvimento infantil: médicos, enfermeiros, psicólogos, licenciados em ciências da educação, investigadores, professores das escolas superiores de educação, professores, pais e governantes.

Os resultados dos estudos recentemente publicados pela OCDE, sobre o nível de literacia e o sucesso escolar, colocam Portugal nos últimos lugares constituindo mais um sinal de alerta e preocupação.

A avaliação pode ser feita em qualquer idade porque os testes são selecionados de acordo com esta. Não existe um teste único, que possa ser usado para avaliar a dislexia, devem ser realizados testes que avaliem as competências fonológicas, a linguagem compreensiva e expressiva (a nível oral e escrito), o funcionamento intelectual, o processamento cognitivo e as aquisições escolares.

É importante sinalizar, encaminhar e intervir nas crianças precocemente, quer nas que estejam em risco, como nas que apresentam dificuldades. Torna-se imprescindível intervir nesta área que é tão determinante na capacidade de aprendizagem e consequentemente no percurso de suas vidas, uma vez que a capacidade de leitura é necessária para quase tudo no dia-a-dia.

É importante alertar e sensibilizar para os sinais indiciadores de futuras dificuldades, possibilitar a avaliação e intervenção precoce.

A intervenção terapêutica adequada para o desenvolvimento de estratégias de leitura, realizadas com a ajuda do Terapeuta da Fala especializado, é essencial para o êxito da aprendizagem.

A família tem um papel de grande importância, assim como a escola. Ambos devem conhecer as características do disléxico, respeitando os seus limites e valorizando muito o seu potencial.

É importante que a equipa escolar conheça os aspetos característicos da dislexia, o funcionamento leitor do disléxico e esteja pronta e disponível para atender a estas necessidades especiais. A escola bilingue não é indicada para uma criança com dificuldades de linguagem, pois ela deverá lidar com vários idiomas simultaneamente, com diferentes estruturas fonéticas e gramaticais, o que tornará mais complexa a aprendizagem da língua escrita.

O apoio educativo é uma estrutura de resposta que não tem serviço especializado. É evidente que não lhes vai fazer mal, mas não se estará sequer a tocar na génese do seu problema. No entanto, são estas crianças disléxicas que não ficam atingidas pela educação especial, que acabam nos apoios educativos. Como intervêm com elas? Naturalmente, trabalham para sistematizar conhecimentos. Mas as crianças disléxicas, prioritariamente não precisam disso. Precisam essencialmente desenvolver pré-competências de leitura, escrita e matemática que mesmo tendo a criança 8 ou 15 anos de idade, não estão desenvolvidas e deveriam estar adquiridas, muito antes do início das aprendizagens simbólicas (ler, escrever e calcular).

A identificação de um problema é a chave que permite a sua resolução. Quanto mais cedo um problema for identificado mais rapidamente se pode obter ajuda. A identificação, sinalização e avaliação das crianças que evidenciam sinais de futuras dificuldades antes do início da escolaridade, permite a implementação de programas de intervenção precoce que irão prevenir ou minimizar o insucesso.

Em síntese, prevenir o insucesso antes de acontecer, mas para isso é necessário investir na realização de formações para profissionais (educadores/professores), como para pais. Investir em meios de diagnóstico eficazes de uma forma precoce e na intervenção especializada e talvez introduzir mudanças efetivas no sistema educativo.

 

Referências Bibliográficas

1. AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION (1996).DSM IV: Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais. Climepsi Editores.

2. LYON R, Shaywitz S & B. (2003). A Definition of Dyslexia - Annals of Dyslexia. Vol. 53, pág. 1-14.

3. SHAYWITZ, Sally (2003).   Overcoming Dyslexia. Published by Alfred A. Knopf. Pág. 53-58.

4. MORAIS, J. (1997). A Arte de Ler, Psicologia Cognitiva da Leitura. O ensino da leitura. Edições Cosmos. Lisboa. Pág. 241-272.

5. SNOWLING, M. J.. (2001). Dislexia. Ajudando a Superar a Dislexia. Livraria Santos Editora Ltda. Pág. 177-297.

6. CARROLL, Lee e TOBER, Jan. (2005). As crianças índigo. Sinais de Fogo. Lisboa. ISBN 978-972-8541-66-8.

Andreia Eunice Pinto Magina, Enfermeira Especialista em Saúde Mental e Psiquiátrica, Licenciada em Ciências da Educação, Instrutora de Massagem Infantil certificada pela IAIM, Unidade de Cuidados na Comunidade de Oliveira de Azeméis, ACES EDV II – Aveiro Norte

Este texto foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.

 

 

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Um sintoma natural que não deve ser negligenciado
As causas da tosse podem ser variadas, desde infecção em qualquer ponto das vias respiratórias, aler
Tipos de tosse

A tosse é uma resposta fisiológica à irritação das vias aéreas, que funciona como um importante mecanismo de defesa do sistema respiratório, permitindo a expulsão de secreções e/ou material estranho. Assim, a tosse não é uma doença, mas um sintoma de alerta para algumas doenças do aparelho respiratório.

Aliás a tosse não é mais do que um mecanismo de limpeza das vias respiratórias, que permite expelir as secreções e partículas estranhas através de uma expulsão súbita de ar. Trata-se, no fundo, de uma defesa do organismo, que faz da tosse também um alerta para uma eventual infecção ou alergia, ou mesmo para doenças mais graves. Assim, deve-se resistir à tentação de suprimir a tosse, uma vez que é a forma que o nosso corpo encontra de nos dizer que algo não está bem.

As causas da tosse podem ser variadas, desde a existência de uma infecção em qualquer ponto das vias respiratórias, alergias, asma, presença de corpos estranhos, irritação das vias aéreas por substâncias como o fumo do tabaco, entre outras. Na maioria das vezes, a tosse passa em alguns dias ou semanas e o organismo restabelece-se naturalmente. Contudo a tosse pode ser classificada, quanto à sua duração, de aguda – quando de curta duração - ou de crónica – quando de longa duração. Por outro lado, a tosse pode ainda ser caracterizada de produtiva (com expectoração) e tosse não produtiva (ou seca).

Tipos de tosse

Nem todas as tosses são iguais, mas todos tossimos. Umas vezes sem darmos por isso, quando a tosse resulta de um mecanismo automático do sistema respiratório, outras com intenção social, quando queremos chamar a atenção... E outras ainda, como sintoma de doença: é o que acontece frequentemente quando chega o Inverno e, com ele, as constipações.

A tosse pode caracterizar-se, segundo a sua duração, de aguda ou de crónica. A tosse aguda, habitualmente de curta duração e associada a sintomas de constipação, é passível de tratamento com a ajuda do seu farmacêutico sem recurso a consulta médica. Já nos casos crónicos, de longa duração, aconselha-se a observação por um médico, pois as causas podem ser as mais variadas.

Por outro lado, a tosse pode ainda ser seca ou produtiva, dependendo da causa. Ou seja, a tosse seca, irritativa, por vezes induzida por um “formigueiro” na garganta é aquela que não tem expectoração. É uma tosse habitualmente incomodativa que vai aumentando a irritação da garganta e é a resposta a estímulos irritativos da faringe, laringe e vias respiratórias superiores.

Já a tosse produtiva, ou com expectoração, facilita a remoção de partículas estranhas. Esta tosse não deve ser suprimida com antitússicos, uma vez que levaria à acumulação das secreções e atrasar a recuperação. O aspecto e cor da expectoração pode indicar se se trata de uma situação mais grave. Habitualmente, quando a expectoração é amarelo-esverdeada é sinal de infecção e quando é sanguinolenta e espumosa é sinal de bronquite, pneumonia ou outra situação mais grave.

Causas da tosse

Enquanto sintoma, a tosse pode ter várias causas: pode resultar de uma infecção respiratória viral como a constipação ou a gripe, pode ser uma manifestação de alergia ou da doença pulmonar obstrutiva crónica, cujo principal causa é o tabaco. Pode ainda ser provocada por refluxo gastroesofágico, uma vez que a “subida” de ácidos provenientes do estômago, através do esófago, pode afectar as vias respiratórias.

A influência de factores externos como a poluição ambiental, a exposição a substâncias químicas e ao fumo do tabaco (activo ou passivo) também faz parte desta equação.

Tratamento da tosse

Conforme já vimos a tosse não é sempre igual. Dependendo do tipo de tosse e qual a suposta origem utilizam-se vários medicamentos. Enquanto a tosse episódica não origina habitualmente grandes preocupações, a tosse crónica deve ser encarada com mais atenção. A tosse seca e a tosse com expectoração também levam a cuidados muito distintos. Conhecer as diferenças ajuda a adequar o tratamento.

As formas mais simples de hidratar e lubrificar as vias respiratórias passam pela ingestão de líquidos (de preferência água e infusões com mel e limão) e chupar rebuçados, preferencialmente sem açúcar, para reduzir a irritação. Se a estas medidas se acrescentar a inalação através de um nebulizador ou aparelho para aerossóis os resultados são melhores: ajudam a amolecer as secreções no caso da tosse produtiva facilitando a sua expulsão e, no caso da tosse seca, permitem a hidratação da mucosa. Dormir com a cabeceira da cama ligeiramente levantada também pode aliviar a tosse seca durante a noite.

A estes cuidados devem juntar-se outros gestos preventivos: tapar o nariz e a boca com um lenço, de preferência descartável, quando se tosse e lavar depois as mãos com água e sabão, para minimizar o risco de as partículas libertadas pela tosse contagiarem outras pessoas, no caso de a origem da tosse ser infecciosa.

Quando os cuidados mais simples não são suficientes, a tosse pode interferir seriamente com o quotidiano dos que dela sofrem. Nestes casos, a solução pode passar por um tratamento farmacológico, com recurso a medicamentos sempre com aconselhamento profissional. É que a tosse é natural, mas não deve ser negligenciada.

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Fique esclarecida
Normalmente surgem muitas dúvidas quando se põe a hipótese de colocar implantes mamários.
Mulher com pontos de interrogação indicativos de dúvida

Gravidez e amamentação

Os implantes mamários não interferem com a capacidade de amamentação. Não existe evidência de aumento de doenças em crianças amamentadas por mulheres com implantes mamários.

Cancro mamário

Não existe associação conhecida entre cancro da mama e implantes mamários.

Mamografia

Todos os implantes mamários interferem com a capacidade dos raios X em detectarem sinais precoces de cancro mamário, quer por bloquearem os raios X, quer por comprimirem o tecido mamário.

As mulheres com implantes mamários devem informar o seu médico radiologista, para que o método mais apropriado de detecção de cancro mamário possa ser utilizado, o que pode passar por mais doses de radiação para a execução do rastreio do cancro da mama, por necessidade de obtenção de ângulos adicionais.

Por outro lado evitar-se-á, durante a execução do exame, o exercício de pressões elevadas na mama de forma a minimizar o risco de ruptura.

A colocação de implantes submusculares (por debaixo do músculo) torna a obtenção de imagens mamográficas mais fáceis que com os implantes colocados em cima do músculo (subglandulares).

Por vezes formam-se depósitos de cálcio em torno do implante mamário que podem não ser facilmente distinguíveis de cancro mamário. Por esse motivo podem determinar, por vezes, a execução de biópsia ou eventual cirurgia para esclarecimento da situação.

Viagens

Os implantes mamários não estão sujeitos a perigo de ruptura durante as viagens de avião.

Outras precauções

Informe-se de forma clara quais as implicações da colocação de implantes mamários nas diferentes actividades físicas e consumo de tabaco.

Implicações financeiras

Procure esclarecer-se junto do seu cirurgião e da instituição onde vai ser operada dos custos inerentes à cirurgia, consultas subsequentes, meios de acompanhamento, nomeadamente, para detectar rupturas e de eventuais cirurgias posteriores que se venham a revelar necessárias (por exemplo em caso de ruptura ou contractura).

Implantes mamários: um compromisso a longo prazo

Deve ter em conta que a decidir-se pela colocação de implantes mamários está assumir um compromisso para o resto da vida, uma vez que não existe garantia vitalícia para o procedimento. Com efeito, numa mulher jovem é provável que venham a ser necessárias novas intervenções ao longo da vida para manter os benefícios alcançados. Esclareça-se junto do cirurgião, acerca do número de cirurgias que poderá esperar no futuro.

Deve seguir os conselhos do cirurgião devendo ser observada em consultas regulares de forma a detectar qualquer alteração. Procure esclarecer a duração desse acompanhamento e se este deve ter lugar quando surgem queixas ou se é feito numa base periódica.

Deve obter e conservar a informação relativamente aos implantes aplicados: fabricante, lote, estilo e número de catálogo.

Deve estar atenta a qualquer alteração que detecte nas mamas durante a sua actividade diária, nomeadamente, no banho e quando se veste.

Consentimento informado para a cirurgia O consentimento para a cirurgia deve ser o culminar de um processo informativo da tomada de decisão. Deve equacionar se todas os seguintes requisitos estão preenchidos:

  • Uma explicação sobre o significado de assinar o consentimento informado;
  • Se todas as suas dúvidas estão esclarecidas;
  • Se está na posse de todos os detalhes da cirurgia a efectuar bem como dos tratamento subsequentes;
  • Se está informada sobre o que irá provavelmente sentir após a cirurgia;
  • Se está informada acerca das alterações esperadas a curto e longo prazo após a cirurgia bem como das possíveis complicações;
  • Se está informada de quais são e qual o destino que terão os seus dados num eventual sistema nacional de recolha de dados sobre implantes mamários;
  • Se pode recusar a cirurgia até ao último minuto se mudar de opinião.

Fontes de informação

Sempre que necessário deverá procurar obter informações adicionais sobre os implantes mamários. Enumeram-se algumas da fontes de informação possíveis:

  • Médico assistente
  • Médico especialista na área
  • Infarmed
  • Fabricante dos implantes mamários
  • Ordem dos Médicos

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O que são?
Alertas são informações que descrevem problemas de qualidade ou segurança de medicamentos de uso hum
Alertas medicamentos

Alertas de segurança -informações ou recomendações relacionadas com as precauções que se devem ter na utilização de um medicamento ou produto de saúde.

Alertas de qualidade - Qualquer suspeita de defeito de qualidade proveniente de reclamações, acções de inspecção, análises laboratoriais, alertas de farmacovigilância ou alertas internacionais relacionados com medicamentos ou produtos de saúde; estas informações podem resultar da iniciativa das empresas ou da intervenção do Infarmed.

A comunicação rápida desta informação às entidades envolvidas no circuito do medicamento a nível nacional é garantida através do sistema rápido de alertas de qualidade nacional.

O sistema rápido de alertas de qualidade europeu permite a troca rápida de informação entre todas as autoridades competentes da União Europeia (UE) e outros parceiros internacionais.

Existem dois tipos de alertas de qualidade:

Retirada ou suspensão de lote - A informação destina-se, primariamente, aos profissionais envolvidos na distribuição e dispensa de medicamentos; Presta informação sobre os lotes de um produto ou medicamento que não podem ser utilizados. Os restantes lotes podem continuar a ser utilizados.

Retirada ou suspensão de produtos - Presta informação sobre um produto ou medicamento que não pode ser utilizado independentemente do lote. Nesta categoria encontram-se as revogações ou suspensões da Autorização de Introdução no Mercado (AIM) dos medicamentos e as interdições de comercialização de produtos de saúde.

Os alertas têm tratamentos diferentes consoante o risco que acarretam, dividindo-se em:

Classe 1 – pode causar efeitos graves na saúde.

Classe 2 – pode ter efeitos na saúde dos utilizadores, mas menos graves que os de classe 1.

Classe 3 – em princípio, não tem efeitos directos na saúde dos utilizadores.

Legenda:

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Ordem dos Nutricionistas recomenda aos pais e educadores
Em tempo de regresso às aulas, a Ordem dos Nutricionistas relembra a necessidade de, desde cedo, serem incutidos bons hábitos...

A Direcção-Geral da Educação definiu orientações para os refeitórios e os buffets escolares. O refeitório escolar constitui um espaço privilegiado de educação para a saúde, promoção de estilos de vida saudáveis e de equidade social, uma vez que fornece refeições nutricionalmente equilibradas, saudáveis e seguras a todos os alunos, independentemente do estatuto socioeconómico das suas famílias.

A Circular n.º 3/DSSEAS/DGE/2014, da Direcção-Geral da Educação, estabelece a oferta alimentar nos refeitórios escolares, nomeadamente no que respeita à lista de alimentos autorizados, à constituição da ementa e, ainda, às capitações dos géneros alimentícios. Esta circular vem introduzir regras importantes para garantir a melhor qualidade nutricional e alimentar aos alunos. Todavia é importante, garantir que as escolas cumprem os pressupostos nutricionais emanados por estas orientações, pelo que o apoio de profissionais habilitados (nutricionistas e dietistas) é fundamental para assegurar que as refeições sejam adequadas.

Os Bufetes são locais muitas vezes preferenciais para a aquisição de alimentos para os lanches da manhã e da tarde. Neste sentido, a Direcção-Geral da Educação em 2012 lançou um conjunto de orientações para os Bufetes na lógica da especificação de quais os alimentos permitidos, aqueles que se devem limitar e aqueles que não deverão ser disponibilizados às crianças.

Não podemos esquecer, no entanto, que as merendas da manhã e da tarde são os momentos ideais para recuperar a energia nas pausas das aulas, e que muitas vezes as crianças levam estas merendas de casa. Assim, os lanches que as crianças levam para a escola devem merecer um olhar atento dos pais, especialmente quanto à sua composição. Alimentos ricos em gordura, sal e açúcar não devem ser escolhidos. Para auxiliar na escolha destes lanches as Orientações para os Bufetes Escolares poderá ser uma excelente ferramenta para os pais.

A Bastonária da Ordem dos Nutricionistas, Alexandra Bento, relembra que “Criar hábitos adequados e saudáveis nos mais pequenos é uma responsabilidade dos pais e dos educadores, pelo que o arranque do novo ano lectivo é uma excelente altura para incentivar uma saudável disciplina alimentar que terá repercussões muito positivas no futuro.”

 

Ordem dos Enfermeiros:
As políticas de saúde em Portugal padecem de uma “exaustão crónica” e os cidadãos devem sair à rua, se necessário, a exigir um...

“É altura de os próprios cidadãos se juntarem aos enfermeiros e dizerem claramente que as políticas de saúde padecem de uma exaustão crónica. E fazer um ultimado aos técnicos de paliativos, em que se transformou a maioria dos eleitos deste país”, lê-se num editorial da revista Enfermagem e o Cidadão, que a Secção Regional Centro (SRC) da Ordem dos Enfermeiros (OE) hoje lança publicamente.

Nesse editorial, da autoria Enf.º José António Ferreira, membro do Conselho Directivo Regional da SRC, é afirmado ser o momento de dizer aos governantes que, ou se reciclam profissionalmente, ou terão também de emigrar, como constantemente induzem qualquer cidadão contribuinte deste país a fazê-lo.

Realça que este ano a Ordem dos Enfermeiros foi forçada a um dos verões mais activos da sua história, não apenas pela exposição pública na defesa dos altos interesses da comunidade, mas também pelo trabalho que teve de desenvolver fora do foco da comunicação social.

“Um mediatismo que os próprios enfermeiros e a sua Ordem dispensariam, não fossem os altos valores em risco e a necessidade de proclamar o supremo direito do cidadão à Saúde, a uma saúde com qualidade, em segurança e acessível, independentemente do lugar onde cada um tenha de viver, ou do abono do seu pé-de-meia”, sublinha.

Pelos cidadãos, pela qualidade e segurança, pela acessibilidade dos cuidados de saúde, que a Constituição da República ainda consagra – acrescenta, os enfermeiros prescindiram de férias, muitos prescindiram de dias de salários para fazer greve. Isto numa altura em que os governantes deste país, e os aspirantes a tal, estavam a banhos e ocupados em entretenimentos recorrentes.

Destaca que uma das expressões mais correntes neste Verão foi a “exaustão dos enfermeiros”. Há enfermeiros super-dedicados, que chegam à exaustão para responder às necessidades dos cidadãos, para conseguirem manter os seus serviços a funcionar. Mas, não conseguem nem pretendem ser super-enfermeiros. Simplesmente ENFERMEIROS.

Segundo os cálculos da Ordem dos Enfermeiros para as Dotações Seguras em cada serviço de saúde e os dados internacionais sobre a prestação de cuidados de enfermagem, faltam em Portugal cerca de 25 mil enfermeiros para satisfazer as necessidades dos seus cidadãos.

Para a OE, não se trata de um mero exercício de aritmética de jogo circunstancial, bem ao jeito lusitano, mas de uma conclusão assumida igualmente pelo Conselho Internacional de Enfermeiros.

“A sabedoria popular diz-nos que ‘ninguém é de ferro’. Nem os enfermeiros super-dedicados, porque não são super-homens enfermeiros, nem super-mulheres enfermeiras. Tal como não há super-ministros, super-políticos, super-gestores”, acentua.

Realça que com os níveis de exaustão física e psicológica que os enfermeiros atingiram não se conseguem prestar cuidados aos cidadãos sem riscos na qualidade e segurança, nem ter a disponibilidade para o humanismo que lhes está imanente.

Para a SRC da OE, a exaustão dos enfermeiros, não é meramente um problema dos enfermeiros. É um problema de quem presta e um problema de quem recebe os cuidados.

“É altura de os cidadãos clamarem pela sua saúde, e saírem à rua se necessário. Ao ajudar os enfermeiros, estão também a ajudar-se a si. Tudo pela sua saúde, e pela ‘saúde de quem lá tenham!’”, conclui.

A revista ‘Enfermagem e o Cidadão’ é hoje distribuída gratuitamente na Região Centro, numa tiragem de cerca de 14 mil exemplares. Nela se insere uma reportagem sobre a enfermagem no INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica).

Divulga ainda outras actividades socialmente relevantes desempenhadas por enfermeiros, designadamente como presidente de Junta de Freguesia, pianista ou poeta.

A musicoterapia na maternidade, a massagem infantil, uma aplicação tecnológica desenvolvida por enfermeiros para monitorização de feridas, e um artigo de opinião do Bastonário da OE, Enf.º Germano Couto, sobre a comprovação científica das causas de exaustão são outras rubricas da publicação.

 

Fundação Rui Osório de Castro
A Fundação Rui Osório de Castro lançou um folheto informativo para esclarecer sobre alguns tipos cancros que afectam mais as...

A Fundação Rui Osório de Castro lançou um folheto informativo para esclarecer sobre alguns tipos cancros que afectam mais as crianças, como a leucemia linfoblástica aguda, numa linguagem e escrita simplificada.

Um dos folhetos aborda aquela doença oncológica e refere que se deve a uma alteração no desenvolvimento das células da medula óssea, “um tecido vermelho, esponjoso que existe dentro dos grandes ossos, que produzem as células presentes no sangue”.

A criança com doença oncológica e os familiares podem ter acesso aos folhetos nas unidades pediátricas oncológicas nacionais, nos Institutos Português de Oncologia de Lisboa e Porto, no Hospital de S. João e no Hospital Pediátrico de Coimbra.

 

Sociedade de Cardiologia apresenta filme
A Sociedade Portuguesa de Cardiologia apresenta um filme sobre a modificação do estilo de vida para a redução dos factores de...

O filme de reabilitação e prevenção cardíaca “Com o coração nas mãos”, foi produzido pelo Grupo de Estudo de Fisiopatologia do Esforço e Reabilitação Cardíaca (GEFERC) da Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC).

O enfarte do miocárdio continua a manifestar-se com elevada incidência, explica um comunicado da SPC, acrescentando que, na área de intervenção coronária de emergência, Portugal tem registado vários avanços, mas, ao contrário, na reabilitação cardíaca, apesar da recente evolução, o país “continua a ocupar uma posição modesta junto dos seus parceiros europeus”.

O GEFERC associa-se à Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) com o objectivo de ligar, em Portugal, ao Projecto Stent for Life, de promoção e divulgação da intervenção coronária primária no enfarte do miocárdio.

 

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