Em França
Perante o olhar de surpresa dos visitantes, seis corvos especialmente treinados para recolher beatas de cigarro participam nas...

Esta ideia original, escreve o Sapo, surgiu há anos na mente de um dos falcoeiros do parque, a partir da observação dessas aves, explicou à agência de notícias France Presse o diretor do parque dedicado à história francesa, Nicolas de Villiers.

A espécie escolhida para esta tarefa "é um pássaro particularmente inteligente, que, quando se encontra em ambiente afetivo, comunica com os humanos e estabelece uma relação com estes através de jogos", explicou.

Como funciona?
Christophe Gaborit, especialista no adestramento de aves de rapina, fabricou uma pequena caixa dividida ao meio.

"De um lado, colocou alguns petiscos, que os corvos adoram, e deixou o outro lado vazio, para que as aves pudessem colocar ali as beatas e outros pequenos dejetos", conta De Villiers.

Quando os corvos depositavam um objeto na caixa, um mecanismo providencia um petisco. "Eles aprenderam muito rápido", acrescentou entre risos.

"Mas o objetivo não é simplesmente limpar", assevera.

"Os visitantes são, no geral, cuidadosos, no entanto pretendemos realizar uma ação pedagógica e mostrar que a natureza nos pode mostrar como cuidar do meio ambiente", assinalou.

Estudo
O período até 2022 poderá registar temperaturas ainda mais elevadas do que o esperado, com anos "anormalmente quentes&quot...

O trabalho realizado por investigadores das universidades de Brest, na França, e Southampton, no Reino Unido, e pelo Instituto Real Holandês de Meteorologia "mostra que, a nível geral, [o período] 2018-2022 pode ser ainda mais quente que o esperado com base no aquecimento global" atualmente aceite.

"O aquecimento causado pelas emissões de gases com efeito de estufa não é linear: parece ter descido no início do século XXI, um fenómeno conhecido como hiato do aquecimento global. Um novo método para prever as temperaturas médias, no entanto, sugere que os próximos anos serão provavelmente mais quentes que o esperado", refere a informação divulgada.

Menos fenómenos de frio intenso
O sistema agora desenvolvido, e no qual se baseiam as conclusões do estudo publicado na Nature Communications, não utiliza as técnicas tradicionais de simulação, escreve o Sapo. A nova alternativa usada pelos investigadores aplica um método estatístico para procurar simulações climáticas dos séculos XX e XXI, utilizando vários modelos de referência para encontrar "analogias" entre as condições atuais do clima e deduzir possibilidades para o futuro.

"A precisão e confiança deste sistema de probabilidade é, pelo menos, equivalente aos métodos atuais, principalmente para o objetivo de simular o hiato do aquecimento global do início deste século", salienta a informação divulgada.

O novo método prevê que a temperatura média do ar pode ser anormalmente alta entre 2018 e 2022, devido a uma baixa probabilidade de ocorrência de fenómenos de frio intenso.

O fenómeno de subida da temperatura é ainda mais realçado no que respeita aos valores para a superfície do mar, o que se explica pela elevada probabilidade de eventos de calor, que, em determinadas condições, podem levar a um aumento das tempestades tropicais.

Atualmente, o novo método só é aplicável para médias globais, mas, os cientistas querem agora adaptá-lo para serem realizadas previsões regionais e para tendências de precipitação e seca, além da temperatura.

Ageing Report 2018
Projeções indicam que, no espaço de meio século, a população com idade para trabalhar em Portugal diminuirá 37%.

Portugal é um dos países mais envelhecidos do mundo e um dos países da União Europeia em que os homens deixam o mercado de trabalho mais tarde. Como será no futuro? As projeções do recentemente divulgado Ageing Report 2018, um relatório que a Comissão Europeia produz de três em três anos, não são animadoras no médio e longo prazo.

A trajetória do envelhecimento da população em Portugal vai continuar e será mesmo uma das mais acentuadas em comparação com a média esperada para os outros países da União Europeia. Até 2070, Portugal deverá perder 2,3 milhões de pessoas, mais de um quinto da população atual. Seremos, então, apenas 8 milhões, escreve o jornal Público.

Portugal já é hoje o segundo país mais envelhecido da União Europeia, a seguir à Alemanha, recorda Ricardo Pocinho, especialista em envelhecimento ativo, que alerta para a necessidade de o país se preparar para esta transformação acelerada, com programas de educação para a saúde e para o envelhecimento, de maneira a evitar a evolução inexorável para “uma sociedade altamente dependente”.

Até 2070, ainda segundo o Ageing Report 2018, a população com 65 ou mais anos aumentará 27% e será três vezes superior aos jovens. No espaço de meio século, a população com idade para trabalhar (entre os 15 e os 64 anos, de acordo com a definição do Eurostat) sofrerá um recuo ainda superior, de mais de 37%. Em 2070 perspectiva-se que sejam apenas 4,2 milhões, quando atualmente são 6,7.

Quanto à idade de reforma, ao longo dos últimos anos esta tem vindo a aumentar em Portugal, ao ritmo de um mês em cada ano, indexada ao aumento da esperança de vida. É agora de 66 anos e quatro meses. Mas dados recentes da OCDE (que consideram o período entre 2011 e 2016) indicam que os homens portugueses deixam o mercado de trabalho mais tarde, aos 69 anos, representando este o sétimo valor mais alto no conjunto dos países da UE.

As mulheres portuguesas reformam-se mais cedo, em média antes dos 65 anos neste período. Seja como for, ainda segundo o Eurostat, Portugal está no topo da lista dos países da UE com a percentagem mais elevada de pessoas com 65 anos que ainda trabalham.

IPMA
Todos os distritos de Portugal continental e as ilhas da Madeira e dos Açores estão com índice de radiação ultravioleta muito...

Para as regiões com risco muito elevado e elevado, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) recomenda a utilização de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol, protetor solar e evitar a exposição das crianças ao Sol.

O índice ultravioleta varia entre 1 e 2, em que o risco de exposição à radiação UV é baixo, 3 a 5 (moderado), 6 a 7 (elevado), 8 a 10 (muito elevado) e superior a 11 (extremo

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera prevê para hoje no continente céu pouco nublado ou limpo, apresentando períodos de maior nebulosidade no litoral e na região Sul até final da manhã.

Durante a tarde, prevê-se um aumento da nebulosidade nas regiões do interior, com possibilidade de ocorrência de aguaceiros e trovoada.

O vento soprará em geral fraco do quadrante norte, soprando temporariamente moderado (25 a 35 km/h) nas terras altas, e tornando-se moderado a forte (20 a 40 km/h), por vezes com rajadas até 65 km/h, de noroeste no litoral oeste a partir da tarde.

As previsões apontam ainda para neblina ou nevoeiro matinal em alguns locais e para uma pequena descida da temperatura máxima no litoral Norte e Centro.

Para o arquipélago dos Açores, são esperados períodos de céu muito nublado com boas abertas, com o vento a soprar fraco.

Na ilha da Madeira, as previsões apontam para períodos de céu muito nublado e aguaceiros, em geral fracos e em especial nas vertentes norte e terras altas.

O vento será predominando de norte, soprando forte, por vezes com rajadas até 65 km/h, nas terras altas e nos extremos leste e oeste da ilha da Madeira, em especial a partir da tarde.

As temperaturas máximas previstas para hoje são de 28 graus centígrados em Lisboa, 25 no Porto e em Faro, 32 em Bragança, 33 em Beja e 33 em Castelo Branco, 27 no Funchal e em Ponta Delgada.

No 1.º semestre
O lucro da José de Mello Saúde aumentou 3,3% no primeiro semestre deste ano, face a igual período de 2017, atingindo os 13,7...

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a José de Mello Saúde diz que nos primeiros seis meses do ano “apresentou uma 'performance' positiva em todas as linhas da sua atividade assistencial, […] 'performance' esta que “reflete uma trajetória de crescimento operacional sustentado, em paralelo com a implementação da sua estratégia de investimento e expansão geográfica, consolidando a sua posição de liderança no setor privado de saúde”.

No período em análise, os proveitos operacionais totalizaram 344 milhões de euros, um crescimento de 7,3%, sendo que nos hospitais privados os proveitos cresceram 8,3%, “como resultado do crescimento em todas as áreas assistenciais”.

A José de Mello Saúde refere que, no primeiro semestre, realizou 1,3 milhões de consultas (aumento de 8,7% face ao período homólogo), 351 mil urgências (subida de 8,0%) e 4.000 partos (mais 7,5%), acrescentando que 50,2 mil doentes foram operados (+5,9%) e que houve um aumento de 3,0% no número de doentes saídos do internamento (40,1 mil doentes).

O EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado baixou 2,2%, passando de 39,1 milhões de euros no primeiro semestre de 2017 para 38,2 milhões de euros em igual período deste ano.

O EBIT (lucro operacional) consolidado baixou 15,3%, de 24,7 milhões de euros no primeiro semestre de 2017 para 20,9 milhões de euros, “em virtude da 'performance' negativa do segmento público”, lê-se no comunicado.

Já o EBIT “do segmento privado teve uma performance positiva, registando uma evolução de 25,0 para 25,5 milhões de euros (um crescimento de 1,8%), enquanto que no segmento público o EBIT passou de 0,8 para -4,0 milhões de euros”, refere a José de Mello Saúde.

A dívida financeira líquida consolidada diminuiu 12 milhões de euros (-3,6%) para 326,5 milhões de euros, enquanto a dívida financeira bruta consolidada totalizou 408,8 milhões de euros, uma redução de 12,8 milhões de euros face ao final de 2017, “por via tanto da redução dos empréstimos como por via da redução dos ‘leasings’ contratados”.

Hospitais de São Tomé
A cooperação portuguesa entregou hoje ao Ministério da Saúde de São Tomé um lote de medicamentos e consumíveis avaliado em...

Esses medicamentos foram entregues no quadro do projeto 'Saúde para Todos' e somam-se a outro lote já recebido, no âmbito de um apoio anual que totaliza mais de 78 mil euros.

Fonte hospitalar disse aos jornalistas que, nos últimos meses, o principal hospital do país, Aires de Menezes, "tem-se confrontado com carências de medicamentos diversos".

A diretora dos Cuidados de Saúde, Mariza Conceição, agradeceu o gesto da cooperação portuguesa, sublinhando que "este lote de medicamentos vem, em grande medida, fortalecer o sistema nacional de saúde no que diz respeito aos cuidados de saúde primários".

Desde 2005 que Portugal tem dado apoio a São Tomé e Príncipe na área da saúde, que inclui o envio trimestral de equipas médicas especializadas e fornecimento de medicamentos.

"É sempre com grande satisfação que podemos contribuir pela reposição de 'stock' para a melhoria da qualidade de saúde em São Tomé e Príncipe", disse o responsável consular da embaixada de Portugal na capital são-tomense.

Unicef
Mais de seis em cada dez crianças e adolescentes brasileiros são afetados pela pobreza e quase metade dos menores vivem em...

O estudo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef)., denominado "Pobreza na Infância e na Adolescência", mostra que, no Brasil, 32 milhões de menores (61%) vivem na pobreza, nas suas mais variadas dimensões.

Destes, seis milhões são afetados apenas pela pobreza monetária. Ou seja, vivem em famílias monetariamente pobres, mas têm os seis direitos analisados pelo estudo garantidos.

Outros 12 milhões, além de viverem em situação de pobreza monetária, têm um ou mais direitos negados, estando numa situação de privação múltipla.

Há ainda 14 milhões de crianças que, embora não sejam monetariamente pobres, têm um ou mais direitos negados.

Somando esses dois últimos grupos, o país conta com quase 27 milhões de crianças e adolescentes (49,7% do total) com um ou mais direitos negados, em situação de "privação".

O estudo da agência das Nações Unidas mostra que a pobreza na infância e na adolescência no Brasil vai além da pobreza monetária, identificando um conjunto de privações de direitos a que as crianças são submetidas.

"Incluir a privação de direitos como uma das faces da pobreza não é comum nas análises tradicionais sobre o tema, mas é essencial para dar destaque ao conjunto dos problemas graves que afetam as possibilidades de meninas e meninos desenvolverem o seu potencial e garantir o seu bem-estar", explica Florence Bauer, representante da Unicef no Brasil.

No estudo, foram analisadas o rendimento familiar e o acesso dos menores a seis direitos: educação, informação, proteção contra o trabalho infantil, moradia, água e saneamento.

A ausência de um ou mais desses seis direitos coloca os jovens em situação de "privação", já que, considera o Fundo, os direitos de crianças e adolescentes são indivisíveis e têm que ser garantidos em conjunto.

No conjunto de aspectos analisados, o saneamento é a privação que afeta o maior número de crianças e adolescentes (13,3 milhões), seguido da educação (8,8 milhões), água (7,6 milhões), informação (6,8 milhões), moradia (5,9 milhões) e, por fim, o trabalho infantil (2,5 milhões).

As privações de direito também afetam de forma diferente cada grupo de meninas e meninos brasileiros. Os adolescentes têm mais direitos negados (58% para o grupo de 11 a 13 anos, e 59,9% para os de 14 a 17 anos) que as crianças mais jovens (39,7% para o grupo de até cinco anos e 45,5% para as crianças de seis a dez anos).

Os moradores de zonas rurais são mais afetados pelas privações do que aqueles que residem em zonas urbanas.

O estudo aponta ainda que crianças e adolescentes negros sofrem mais violações do que crianças e adolescentes brancos, reflexo da discriminação racial e exclusão que muitos jovens sofrem no Brasil. Moradores das regiões norte e nordeste enfrentam mais privações do que os do Sul e Sudeste. .

De acordo com a Unicef, compreender cada uma destas dimensões é essencial para desenhar políticas públicas capazes de reverter a pobreza na infância e na adolescência.

Estudo
Uma equipa internacional de cientistas descobriu que uma alteração da proteína CPEB4, encarregada do desenvolvimento dos genes...

Os resultados desta investigação, que identificam a proteína CPEB4 como um “novo alvo terapêutico” para onde dirigir futuros estudos, foram publicados pela revista Nature, indicou hoje o Conselho Superior de Investigações Científicas espanhol (CSIC) em comunicado.

A investigação, coliderada por José Lucas, investigador do CSIC e do Centro de Investigação Biomédica em Rede sobre Doenças Neuro-degenerativas, e por Raúl Méndez, investigador do Instituto de Investigação Biomédica de Barcelona, estudou como os defeitos na proteína CPEB4 podem fazer com que o desenvolvimento de 200 genes se desregule, o que aumenta a suscetibilidade ao autismo.

“Este trabalho é um exemplo de como a expressão de centenas de genes tem que estar perfeitamente coordenada para o correto funcionamento dos órgãos e das células que o compõem, neste caso os neurónios e o cérebro”, explicou Méndez.

Os cientistas avaliaram também a função da proteína CPEB4 como “um possível elo” entre os fatores ambientais que alteram o desenvolvimento do cérebro, tal como as infeções durante a gravidez, e os genes com predisposição para o autismo.

Na maioria dos casos, o transtorno autista não tem associado qualquer sintoma específico, nem na aparência da pessoa, nem na neurologia, manifestando-se apenas pelo interesse limitado do doente em relação a certas atividades e pela dificuldade em relacionar-se com os outros.

Segundo os investigadores, conhecer as bases biológicas do autismo pode facilitar a elaboração de futuras terapias experimentais e de ferramentas para um melhor diagnóstico da doença.

OMS
Portugal tem baixo risco de importação de poliomielite, segundo uma avaliação da Organização Mundial de Saúde divulgada hoje...

Segundo a última avaliação da Comissão para a Certificação da Erradicação da Poliomielite da Região Europeia da Organização Mundial da Saúde, Portugal tem “baixo risco de importação desta doença”, cujo último caso foi registado em Portugal em 1986.

Em comunicado, a Direção-Geral da Saúde (DGS) afirma que para esta “avaliação positiva” contribuiu “a forte aposta no Programa Nacional de Erradicação da Poliomielite” e a articulação com os serviços de saúde, que “têm sido fundamentais para este sucesso”.

“Mais de 30 anos volvidos, a poliomielite já não assusta pais, nem filhos. Hoje, são poucas as pessoas que se lembram da doença e das marcas que deixava para toda a vida”, tendo o caminho para a sua eliminação sido iniciado em Portugal com uma maciça campanha de vacinação em 1965.

Desde então, têm sido “mantidos elevados níveis de cobertura vacinal” resultantes da aplicação do Programa Nacional de Vacinação, sublinha a DGS.

Mas – defende – “é preciso dar continuidade ao trabalho desenvolvido pois a doença está oficialmente eliminada em Portugal e na Europa desde 2002, no entanto, continua a registar-se a circulação de vírus em alguns países da África e da Ásia”.

A Direção-Geral da Saúde lembra que a vacinação é a “melhor medida preventiva” para reduzir o risco de circulação do vírus da poliomielite a nível mundial e a única que permite erradicar a doença do planeta.

A poliomielite é uma doença infecciosa que afeta especialmente o cérebro e a espinal medula, podendo levar à paralisia dos músculos. É muito contagiosa e atinge sobretudo crianças muito novas.

O poliovírus pode transmitir-se através da ingestão de água ou alimentos contaminados por fezes.

Em Portugal, onde a doença foi oficialmente eliminada em 2002, a vacina é administrada cinco vezes como medida profilática às crianças com 2, 4 e 6 meses e 1,5 e 5 anos.

Encontrado nas Astúrias
Portugal não detetou a presença do mosquito da espécie invasora de origem asiática 'Aedes japonicus', encontrada...

O 'Aedes japonicus’ "ainda não foi detetado em Portugal", avançou Maria João Alves à agência Lusa, depois de, a 01 de agosto, responsáveis do programa Mosquito Alert, em Espanha, terem identificado, pela primeira vez, aquele mosquito, nas Astúrias.

"Depois da primeira identificação em França em 2000, tem sido identificado apenas no Europa central e agora no norte de Espanha", referiu a investigadora do Centro de Estudos de Vetores e Doenças Infecciosas do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge.

A entidade recebeu "a informação da deteção de 'Aedes japonicus' nas Astúrias" já que, explicou, os países europeus com vigilância de vetores (seres que transmitem doenças), grupo que inclui os mosquitos, estão reunidos em várias redes e comunicam entre si e com o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC).

No âmbito da atividade de vigilância da Rede de Vigilância de Vetores (REVIVE), em 2017, foram feitas capturas em 216 concelhos de Portugal e vigiados cinco aeroportos, um aeródromo e 12 portos, de acordo com o preconizado no Regulamento Sanitário Internacional.

Maria João Alves apontou que as mudanças do clima "são sem dúvida importantes para os vetores, mas o fator mais associado às novas introduções são o movimento de pessoas e bens e as atividades comerciais associadas".

Assim, "a vigilância é feita em contínuo numa distribuição geográfica ampla" e, quando é detetada uma nova espécie, "devem ser realizados estudos das condições ambientais (clima é uma delas) para a instalação desse vetor no local e implementadas medidas de mitigação", especificou.

Sublinhando que no REVIVE é dada atenção a qualquer nova espécie identificada, Maria João Alves afirmou que o ‘Aedes japonicus’ nunca foi detetado em Portugal, mas duas outras espécies invasoras foram encontradas, o 'Aedes aegypti' na Madeira, desde pelo menos 2005, a que se juntaram alguns espécimes de 'Aedes albopictus', identificados pela primeira vez no norte, em setembro do ano passado.

O mosquito agora detetado nas Astúrias, apontou a investigadora, "é uma espécie com origem asiática adaptada a climas moderados, mas por, exemplo, não sobrevive em criadouros naturais (charcos, pneus, buracos nas árvores) em que a temperatura suba aos 30ºC" (graus centígrados).

"Aparentemente tem pouca capacidade de transmissão de agentes infecciosos (provado apenas em experiências laboratoriais que pode transmitir alguns vírus)", acrescentou.

Quanto às duas espécies já encontradas em Portugal, "são invasivas e com capacidade vetorial", ou seja, "podem transmitir vírus como dengue, 'zika' e 'chikungunya'", mas para que haja transmissão é necessária a conjugação de vários fatores como uma grande densidade dos mosquitos, a presença dos vírus, por exemplo, na forma de casos humanos de importação, a presença de pessoas suscetíveis à infeção e a existência de fatores ambientais favoráveis, salientou a coordenadora da REVIVE.

Estudo
Um estudo publicado no Journal of the European Academy of Dermatology and Venereology – JEADV revelou que metade dos doentes...

O estudo envolvendo mais de 8.300 pessoas com psoríase (moderada a grave) em 31 países, incluindo Portugal, revelou que, em média, os doentes tentaram quatro tratamentos diferentes e precisaram de consultar três profissionais médicos diferentes antes de obter uma pele limpa. Para quase 30% dos doentes, isso traduziu-se em mais de meia década de espera para identificar um tratamento eficaz. Além disso, dos 43% dos entrevistados que confirmaram que conseguiram obter uma pele limpa ou quase limpa, mais de metade não acreditavam que fosse um objetivo de tratamento alcançável.

Os resultados do estudo “Clear About Psoriasis” salientam o forte impacto psicológico, além de físico, da psoríase nos doentes, que vai muito além das lesões na pele. Um estudo levado a cabo em Portugal tinha já demonstrado o peso da patologia na qualidade de vida dos doentes. Mais de metade dos inquiridos do estudo “PeSsOa”, que envolveu 400 portugueses com psoríase, revelou ter tido sintomas relacionados com a doença moderados a graves todos os dias (36.3%) ou quase todos os dias (19.9%) na semana anterior. Mais de um quarto (25.3%) afirmaram que a psoríase tinha um forte impacto na sua qualidade de vida. As dimensões de qualidade de vida mais afetadas são ansiedade/depressão – tendo 48,2% referido estar moderadamente ansiosos ou deprimidos e 7% referiram estar extremamente ansiosos ou deprimidos – e dor ou desconforto – tendo 36% referido dor ou desconforto moderados e 4,7% dor ou desconforto extremos.

 

Já fez 17 mortos
A época da transmissão do vírus do Nilo Ocidental na Europa ocorre, normalmente, entre julho e outubro. Este ano, os casos...

A febre do Nilo Ocidental chegou mais cedo à Europa este ano e já atingiu mais pessoas do que em anos anteriores, reporta o Eurosurveillance, a revista europeia sobre a vigilância, epidemiologia, prevenção e controlo de doenças infecciosas.

Os casos de infeção com o vírus do Nilo Ocidental seguem um padrão sazonal regular, entre julho e outubro, com o número mais alto dos casos a serem reportados desde meados de agosto a meados de setembro. Nos anos anteriores, escreve o Observador, os primeiros casos foram reportados a partir da semana 28 (meados de julho). Este ano, os primeiro casos foram reportados na Grécia na última semana de junho (semana 26), podendo referir-se a infeções que se iniciaram no final do mês de maio.

Além disso, o pico dos casos (número máximo durante um determinado período) também foi atingido mais cedo este ano. Entre 2014 e 2017, foram reportados cinco a 25 casos nas semanas 25 a 31 (entre meados de junho e início de agosto). Para o mesmo período — este ano, até 3 de agosto —, tinham sido reportados 168 casos.

A última atualização, de 9 de agosto, feita pelo Centro Europeu para a Prevenção e Controlo da Doença (ECDC, na sigla em inglês) aponta para 335 casos e 17 mortos: nova na Sérvia, três em Itália, três na Grécia, um no Kosovo e um na Roménia. A maioria dos novos casos foram reportados em Itália — que passou de 38 até 3 de agosto para 123 a 9 de agosto — e na Sérvia — que passou de 70 para 102, no mesmo período. A Grécia e a Roménia tem mais 16 casos e a Hungria mais 13.

A antecipação das condições de primavera em algumas destas áreas pode justificar a presença do mosquito que transmite o vírus mais cedo. Em março, maio e junho choveu mais do que a média dos anos 1981 a 2010. Já em abril, embora tenha tido uma precipitação normal, teve temperaturas mais altas do que a média.

Há vários trabalhos de investigação que indicam que as variações dos fatores ambientais, como temperatura e precipitação, podem ser fatores preditivos da transmissão da febre do Nilo Ocidental, refere a Eurosurveillance. Temperaturas altas podem aumentar a replicação do vírus e diminuir o período de incubação dentro do mosquito, o que facilita a circulação do vírus e o aparecimento de surtos.

Portugal está entre os países da União Europeia (e limítrofes) que, entre 2014 e 2018, reportaram casos de febre do Nilo Ocidental. Na lista estão também a Áustria, Bulgária, Chipre, Croácia, Espanha, França, Grécia, Hungria, Itália, Kosovo, Roménia, Sérvia e Turquia. Em 2015, foi reportado um caso de febre do Nilo Ocidental no Algarve.

Uma das causas da transmissão do vírus é pelos mosquitos do Culex (a que vulgarmente chamamos melga), mas não é a única. A transmissão pode acontecer durante o transplante de órgãos ou transfusões de sangue que estejam contaminados, de mãe para filho durante a gravidez (se a mãe tiver a doença) e laboratórios que trabalhem com o vírus.

O sistema de notificação das doenças animais da Comissão Europeia também assinalou também uma antecipação da época de transmissão entre equídeos (cavalos e burros). A ECDC aponta 11 surtos em Itália, três surtos na Hungria e dois surtos na Grécia. Dez dos 11 surtos em Itália foram reportados na última semana.

Estudo
Dormir menos do que sete horas diárias ou mais do que as oito recomendadas pode aumentar o risco de mortalidade e de doenças...

Os resultados do estudo conduzido por investigadores da Universidade de Keele, no Reino Unido, foram obtidos a partir da análise de 74 estudos que envolveram 3.340.684 participantes.

A equipa investigou a relação entre a duração do sono e os índices de mortalidade e de eventos cardiovasculares como ataque cardíaco, acidente vascular cerebral (AVC) e doença coronária, escreve o Sapo.

O estudo "exerce um importante impacto sobre a saúde pública na medida em que demonstra que o sono excessivo é um marcador de maior risco cardiovascular", diz Chun Shing Kwok, autor principal do estudo.

Segundo o estudo, os cientistas apuraram que dormir mais de sete a oito horas "poderá estar associado a um grau de malefícios moderado" em comparação com dormir menos.

Relação em forma de J
A relação em forma de J detetada pelos investigadores demonstrou que o risco de mortalidade e doença cardiovascular aumentava com uma maior duração do sono.

Dormir nove horas, por exemplo, apresentava um risco de morte 14% mais elevado, enquanto um sono de 10 horas fazia aumentar esse mesmo risco para 30%.

Relativamente ao risco cardiovascular, a equipa observou que o sono insuficiente estava associado a um aumento de 44% no risco de doença coronária.

Saiba porque é importante vacinar
A vacinação é um dos meios mais baratos e eficazes de prevenir doenças infeciosas graves.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, as vacinas evitaram pelo menos 10 milhões de mortes entre 2010 e 2015, e protegeram muitos milhões de pessoas de doenças como o sarampo, a pneumonia ou a tosse convulsa. Para compreendermos a sua importância, o que é a vacina e qual o seu papel no processo de imunização?

Vacina é um produto preparado obtido a partir de microrganismos (do todo, de componentes estruturais ou dos seus genes), com propriedades antigénicas, suscitando no vacinado uma resposta imunitária protetora (imunização) contra a doença provocada pelo microrganismo correspondente.

A ação das vacinas assenta na ativação dos mecanismos imunológicos protetores do receptor da vacina, com estimulação da formação de anticorpos, da imunidade celular, ou de ambos. Os anticorpos produzidos podem inativar toxinas, neutralizar vírus, prevenir a sua ligação a receptores celulares, facilitar a fagocitose e destruição bacteriana, interagir com o complemento promovendo a lise bacteriana e prevenir a sua adesão às superfícies das mucosas.

A avaliação da resposta imunológica à maioria das vacinas inclui a medição do nível de anticorpos séricos. Embora a deteção de determinado nível sérico se possa considerar protetora e indique imunidade após vacinação, a diminuição ao longo do tempo não significa necessariamente suscetibilidade à doença respetiva. Com efeito, a maioria das vacinas induzem memória imunológica, pelo que uma nova administração do antigénio ou uma resposta anamnéstica após exposição garantam proteção contra a doença ou pelo menos proteção contra a doença grave.

A palavra “vacina” deriva de vacínia, doença vesiculosa dos bovinos, também chamada varíola das vacas (cowpox), provocada por um vírus do mesmo grupo do vírus da varíola humana (smallpox). As pessoas com história de vacínia (nomeadamente as leiteiras) não eram contagiadas pela varíola. Com base nesta constatação, em 1796, Edward Jenner inoculou James Phipps, de 8 anos (filho do seu jardineiro) com material das lesões de vacínia das mãos da Sarah Nelmes (leiteira), o que desencadeou uma reação febril transitória na criança. Cerca de dois meses mais tarde Jenner voltou a inocular James Phips com material de lesões de varíola não tendo a criança desenvolvido doença. Jenner demonstrou assim o papel protetor do vírus mais “fraco”, descobrindo a primeira vacina. Esta experiência seria atualmente inaceitável por questões éticas.

Cerca de 80 anos depois, Louis Pasteur verificou que a inoculação de microrganismos previamente expostos ao ar ou ao tratamento químico provocava uma doença atenuada.

Nasceu assim um novo conceito de prevenção de doenças infeciosas, fundamentada na capacidade natural de resposta ou de reação do organismo à inoculação de um agente similar ao agente microbiano “agressor” ou a um “produto” seu derivado, resposta ou reação que conferem proteção por um período habitualmente longo.

Inicialmente, o desenvolvimento das vacinas ocorreu de forma quase “empírica”, com grande desconhecimento dos complexos mecanismos imunológicos do agente e do “hospedeiro” subjacentes à proteção conferida pelas vacinas.

A compreensão cada vez maior da resposta imunológica e o desenvolvimento da biotecnologia têm permitido um aperfeiçoamento constante, com vacinas cada vez mais seguras e eficazes. Atualmente está em franco desenvolvimento a pesquisa sobre a administração das vacinas, no sentido de ultrapassar a necessidade de seringa e agulha, que cada vez mais são um obstáculo à adesão aos programas de vacinação. A via intranasal já é usada numa vacina viva contra a gripe, e outros sistemas encontram-se em investigação, nomeadamente a via transcutânea, a via oral e por aerossóis.

Porque é importante cumprir os intervalos de tempo corretos entre administração de doses e de vacinas?

O esquema de vacinação recomendado no PNV tem como objetivo obter a melhor proteção, na idade mais adequada e o mais precocemente possível. A maior parte das vacinas requer a administração de várias doses para conferir proteção adequada, devendo respeitar-se os esquemas vacinais recomendados no PNV.

Há regras em vacinação, nomeadamente as idades mínimas para administração de determinadas vacinas e os intervalos mínimos entre as doses de cada vacina.

Em relação às vacinas do PNV, intervalos superiores aos recomendados entre doses da mesma vacina não reduzem a proteção final contra a doença. No entanto, até ao cumprimento do esquema, a pessoa pode não estar completamente protegida. A interrupção do esquema vacinal PNV apenas requer que este seja completado, independentemente do tempo decorrido desde a administração da última dose.

A administração de vacinas antes da idade mínima recomendada e/ou com intervalos inferiores aos mínimos aconselhados pode diminuir a resposta imunológica. Nestes casos, as doses administradas não são consideradas válidas e terão de ser repetidas.

Que tipos de vacinas existem atualmente?

Atualmente existem os seguintes tipos de vacinas:

  1. As vacinas vivas (atenuadas) contêm estirpes modificadas de bactérias ou vírus que foram enfraquecidas (atenuadas) por passagens por um hospedeiro não natural ou por um meio desfavorável. Mantêm a capacidade de se multiplicar no hospedeiro e induzem uma forte resposta imunitária. Como exemplos de vacinas vivas citam-se: BCG, VASPR (vacina contra sarampo, parotidite epidémica e rubéola), vacina contra a varicela;
  2. As vacinas inativadas - Utilizam microrganismos inativados (mortos), de que são exemplos a vacina inativada contra a poliomielite, vacina contra a hepatite A;
  3. Fracções ou subunidades do agente infeccioso de que são exemplos a vacina acelular contra a tosse convulsa, a vacina contra o papiloma vírus humano (HPV), a vacina contra a hepatite B (VHB) ou algumas vacinas contra a gripe;
  4. Os toxoides induzem proteção através da produção de anticorpos que inativam as toxinas bacterianas. É o caso da vacina contra o tétano e a difteria;
  5. As vacinas conjugadas utilizam os polissacáridos da cápsula bacteriana em ligação com proteínas, o que permite serem imunogénicas em crianças de idade inferior a 2 anos. São exemplos as vacinas conjugadas contra o Haemophilus influenza b, o pneumococo e o meningococo do serogrupoC;
  6. As vacinas obtidas por vacinologia reversa utilizam a técnica de sequenciação do genoma com escolha dos antigénios mais adequados para a vacina. Na primeira vacina comercializada contra o meningococo do serogrupo B (Bexsero Ò) é utilizada esta técnica.
  7.  As vacinas combinadas incorporam simultaneamente vários antigénios (independentemente de se tratar de vacinas vivas ou inativadas). As primeiras vacinas utilizadas com estas características foram a DTP (vacina contra difteria, tétano e tosse convulsa) e, muito mais tarde (década de 80) a VASPR (vacina contra sarampo, parotidite epidémica e rubéola). Posteriormente as vacinas tetra (DTPa-Hib, DTPa-VIP), penta (DTPa-VIP/Hib) e hexavalentes (DTPa-VIP-VHB/Hib) permitiram reduzir significativamente o número de injeções nos programas de vacinação de rotina, contribuindo para maior humanização e adesão, possibilitando a introdução de maior número de antigénios nos programas de vacinação e garantindo simultaneamente a segurança e eficácia de todos os antigénios que compõem estas vacinas.

As vacinas apresentam contraindicações ou reações adversas? Quais as mais frequentes?

As contraindicações à vacinação são raras, muitas vezes temporárias, e referentes a vacinas específicas e situações específicas, como por exemplo: pessoas com deficiências imunitárias graves não devem ser vacinadas com vacinas vivas; grávidas não devem ser vacinadas com vacinas vivas, pois configuram um risco teórico para o feto; filhos de mães VIH positivas não devem ser vacinados com BCG até ser completamente excluída a infeção VIH no bebé.

As falsas contraindicações são muitas vezes motivo de adiamento da vacinação. Estas oportunidades perdidas de vacinação prolongam o período de suscetibilidade às doenças evitáveis pela vacinação. Alguns exemplos de falsas contraindicações são: reações locais, ligeiras a moderadas, a uma dose anterior da vacina a administrar; doença ligeira aguda, com ou sem febre (exemplo: infeção das vias respiratórias superiores, diarreia); doença neurológica estabilizada/não evolutiva, como a paralisia cerebral; criança em aleitamento materno ou mulher a amamentar; convivente com mulher grávida. Não se deve adiar a vacina VASPR (contra o sarampo, parotidite epidémica e rubéola) em crianças, que, na idade recomendada (aos 12 meses), ainda não ingeriram ovo.

Se bem que a quase totalidade das reações adversas associados às vacinas sejam de importância minor, predominantemente reações locais e autolimitadas, há referência a eventos graves ocorrendo muito raramente, pelo que a notificação desses eventos é muito importante. A avaliação atempada permite distinguir entre verdadeiras reações às vacinas e eventos coincidentes ou temporalmente associados, mas não relacionados com a vacinação.

A notificação das reações adversas às vacinas é dirigida ao Sistema Nacional de Farmacovigilância, coordenado pelo INFARMED, que monitoriza a segurança dos medicamentos e implementa medidas de segurança sempre que necessário. Para notificar uma reação adversa basta que exista uma suspeita e qualquer pessoa pode fazê-lo, preenchendo o formulário do Portal RAM em: http://www.infarmed.pt/web/infarmed/submissaoram

Que vacinas fazem parte do Programa Nacional de Vacinação?

O atual Programa Nacional de Vacinação (2017) confere proteção contra 11 doenças: difteria, tétano, tosse convulsa, poliomielite, hepatite B, doença invasiva por Haemophilus influenzae do serotipo b, sarampo, parotidite epidémica, rubéola, Neisseria meningitidis do serogrupo C, Streptococcus pneumoniae (13 serotipos) e Vírus do Papiloma Humano (HPV) para raparigas. A vacina contra formas graves de tuberculose (BCG) passou a ser administrada apenas aos grupos de risco acrescido de doença.

O Programa Nacional de Vacinação é um programa:

Universal – aplica-se a todas as pessoas presentes em Portugal;

Gratuito para o utilizador – é financiado pelo orçamento do Estado;

As vacinas que integram o PNV - são eficazes e seguras e da sua aplicação obtêm-se os maiores ganhos em saúde. Os ganhos em saúde são o critério principal de inclusão no PNV, e a sua demonstração explica o hiato que se verifica entre a entrada de determinadas vacinas no circuito comercial e a sua inclusão no PNV;

Esquema/calendário vacinal - as vacinas aplicam-se segundo um Esquema Recomendado que constitui uma receita universal, não necessitando de prescrição médica. Um dos objetivos do PNV é obter a melhor proteção, na idade mais adequada e o mais precocemente possível, contra o maior número possível de doenças, com um esquema de primovacinação que permite, no primeiro ano de vida, a proteção contra a maioria das doenças-alvo do programa;

O PNV é um programa dinâmico. Desde 1965 houve atualização progressiva dos esquemas vacinais, de acordo com a evidência científica e a realidade epidemiológica assim como a introdução progressiva de novas e melhores vacinas, determinada por fatores epidemiológicos e pela evolução tecnológica. Durante os mais de 50 anos da sua existência foi apenas retirada a vacina contra a varíola, após a erradicação da doença (OMS, 1980) e a BCG passou, em 2016, por motivos epidemiológicos, a ser recomendada apenas a grupos de risco.

O PNV é um programa submetido a avaliação anual, interna regional e nacional, e externa internacional (ECDC e OMS).

Que outras vacinas existem, fora do Programa, cuja administração considera importante? Porquê?

A entrada de uma vacina no PNV tem sempre subjacente os ganhos em saúde. O processo de tomada de decisão é bastante complexo, suportado por forte referencial científico, epidemiológico, técnico e normativo e ainda critérios de custo-efetividade e de aplicabilidade no terreno.

A prescrição individual baseia-se em provas de segurança e eficácia, que todas as vacinas já demonstraram quando são comercializadas, e em critérios individuais avaliados pelo médico assistente.

A inclusão de uma vacina no PNV implica um tempo de avaliação mais ou menos longo para comprovar os benefícios dessa vacina para a saúde pública e, quando possível, a quantificação dos ganhos em saúde.

As vacinas contra Haemophilus influenzae b (Hib), Neisseria meningitidis C (MenC), vírus do papiloma humano (HPV), Streptococcus pneumoniae (Pn13) são exemplos de vacinas que estiveram no circuito comercial antes de serem incluídas no PNV.

Outras vacinas são oficialmente recomendadas e gratuitas apenas para grupos de risco acrescido ou em situações especiais: foi o caso da vacina contra a hepatite B para grupos de risco antes da sua inclusão no PNV; é o caso, por exemplo, da vacina contra a hepatite A em caso de surto e das vacinas contra meningococo ACWY e contra meningococo B para doentes com asplenia e defeitos do complemento.

A vacina contra a gripe é também gratuita para alguns grupos de doentes ou situações sociais, sendo que os abrangidos pela gratuitidade têm aumentado progressivamente ao longo dos anos.

O PNV é prioritário em relação às vacinas extra PNV.

Não se demonstrou ainda ganhos em saúde que justifiquem a inclusão da vacina contra rotavírus no PNV, no entanto é uma vacina eficaz e segura do ponto de vista individual. Não existe justificação epidemiológica atual para a vacinação universal contra a hepatite A, apenas recomendada em situações de surto ou de viagem.

De salientar que a epidemiologia das doenças é dinâmica e tem de ser constantemente avaliada no sentido de perceber a pertinência de novas medidas. É o caso da doença meningocócica, nomeadamente no que se refere à vacina contra meningococo B e contra meningococo ACWY (atualmente apenas recomendada em alguns grupos de risco e algumas situações de viagem), assim como a avaliação do esquema vacinal contra meningoco C. 

Que mensagem gostaria de deixar?

O PNV é um programa efetivo com grande impacto na Saúde Pública. Entre a década anterior ao PNV (1956-1965) e a década de 2006-2015 houve cerca de menos 40 000 casos de doença e 5 200 óbitos por tétano, difteria, tosse convulsa e poliomielite. O PNV foi determinante na diminuição da taxa de mortalidade infantil. O PNV consolidou a erradicação da varíola em Portugal; permitiu eliminar a poliomielite, a difteria, o sarampo autóctone, a rubéola e o tétano neonatal; permitiu controlar o tétano, a doença invasiva por N. meningitidis C e H. influenzae b, hepatite B, parotidite epidémica, tosse convulsa e formas graves de tuberculose. No futuro é expectável o controlo do cancro do colo do útero (HPV) e da doença por pneumococo. O sucesso alcançado pelo PNV deve-se à forma como foi concebido, planeado, implementado e gerido ao longo do tempo, ao empenho dos profissionais e à adesão dos cidadãos.

O PNV implica um processo de decisão de complexidade cada vez maior, decorrente do desenvolvimento científico e tecnológico com disponibilidade de cada vez mais vacinas e de alterações do padrão epidemiológico das doenças.

É importante assegurar a continuidade e aceitabilidade do PNV num contexto de crescente resistência à utilização de vacinas, destinadas a doenças eliminadas ou controladas (pela vacinação), não já percecionadas como risco. Mesmo os pais que vacinam podem ter dúvidas e medos, o que exige uma formação apurada dos profissionais nesta matéria, de modo a prestarem os esclarecimentos solicitados.

É preciso garantir a capacidade de resposta dos serviços de modo a cumprir um dos requisitos para o sucesso do PNV: “não perder oportunidades de vacinação”.

O PNV representa um direito individual de proteção mas também um dever de contribuir para a proteção da sociedade, reforçando a imunidade de grupo, com proteção dos que, por não terem idade ou apresentarem contraindicações clínicas, não podem ser vacinados.

Finalmente, os programas de saúde e as instituições não trabalham sozinhos e a sociedade civil é um parceiro cada vez mais importante. Tal como define o Programa Nacional de Saúde “O cidadão deve ser capacitado para assumir a responsabilidade de pugnar pela defesa da sua saúde individual e da saúde coletiva. Para exercê-la, o cidadão tem de estar informado e interiorizar tal informação ao longo de todo o ciclo de vida”.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
IPMA
Portugal está hoje com índice de radiação ultravioleta muito elevado, com exceção das ilhas açorianas do Faial e São Miguel que...

Para as regiões com risco muito elevado e elevado, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) recomenda a utilização de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol, protetor solar e evitar a exposição das crianças ao Sol.

O índice ultravioleta varia entre 1 e 2, em que o risco de exposição à radiação UV é baixo, 3 a 5 (moderado), 6 a 7 (elevado), 8 a 10 (muito elevado) e superior a 11 (extremo).

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera prevê para hoje, em Portugal continental, céu limpo, apresentando períodos de maior nebulosidade no interior da região sul até ao início da manhã e nas regiões do litoral oeste a sul do Rio Douro até ao meio da manhã.
 O vento soprará em geral fraco do quadrante norte, soprando moderado (20 a 30 km/h) de noroeste no litoral oeste e do quadrante oeste no Algarve, em especial durante a tarde e a sul do Cabo Carvoeiro.
 Nas terras altas o vento soprará moderado a forte (30 a 40 km/h), de nordeste nas regiões Norte e Centro e de noroeste na região Sul, até meio da manhã e a partir do final da tarde.

Prevê-se uma subida da temperatura máxima a norte do Baixo Alentejo, sendo pequena na faixa costeira a sul do Cabo Mondego.

Nos Açores, Grupo Ocidental, as previsões apontam para períodos de céu muito nublado, tornando-se pouco nublado a partir da tarde e aguaceiros na madrugada e manhã, como possibilidade de trovoadas na madrugada e manhã, e o vento a soprar fraco.

Nos grupos Central e Oriental são esperados períodos de céu muito nublado com abertas, havendo a possibilidade de aguaceiros fracos, e o vento será fraco.

Para a Madeira, prevê-se períodos de céu muito nublado, com o vento a soprar moderado de nordeste.

As temperaturas máximas previstas para hoje são de 28 graus centígrados em Lisboa, 29 no Porto em Faro, 31 em Bragança, 33 em Beja e 35 em Castelo Branco, 27 no Funchal e 26 em Ponta Delgada.

Estudo
O diagnóstico de leucemia infantil é algo que nenhuma família quer receber e, embora os tratamentos para a maioria dos tipos de...

Uma equipa de investigadores internacionais descobriu recentemente uma grande vulnerabilidade nesta leucemia de linhagem mista. As descobertas, publicadas na PNAS, relatam que uma proteína chamada LEDGF / p75 é regulada pela fosforilação, uma modificação molecular que altera a carga elétrica da proteína LEDGF / p75.

A LEDGF / p75, ou "fator de crescimento derivado do epitélio do cristalino", é uma proteína que contribui para a regulação da expressão génica; esse processo é feito “amarrando” outras proteínas a uma marca epigenética específica na cromatina. Esta atividade de amarração da cromatina é feita em dois importantes contextos de doença: VIH e leucemia de linhagem mista. Infelizmente, até agora pouco se sabia sobre a regulação biológica da interação da LEDGF / p75 com os parceiros de ligação, o que limitou o desenvolvimento do direcionamento terapêutico da LEDGF / p75 na doença humana.

Após uma extensa análise estrutural, os cientistas descobriram caraterísticas moleculares cruciais para a interação LEDGF / p75 com os seus parceiros de ligação. Para sua surpresa, os investigadores descobriram que essa interação é conseguida através de um modo de ligação estruturalmente conservado comum a todos os parceiros de ligação da LEDGF / p75. Isso permitiu identificar interações diretas anteriormente desconhecidas entre a LEDGF / p75 e outros fatores regulatórios transcricionais importantes. 

Esses fatores são bem conhecidos no mundo da regulação genética e incluem importantes reguladores, como o complexo Mediator. 

Estas descobertas demonstraram que a LEDGF / p75 participa numa rede muito maior de fatores envolvidos no alongamento da transcrição do que o anteriormente reconhecido. 

Também importante, foi que as descobertas revelaram pela primeira vez que a ligação entre a LEDGF / p75 e os seus parceiros de interação é fortemente modulada pela fosforilação de uma enzima chamada caseína quinase 2.

Este grande avanço permitiu aos cientistas direcionar as interações da LEDGF / p75, que podem ser usadas para desenvolver estratégias terapêuticas inteiramente novas contra a leucemia de linhagem mista. 

Numa demonstração inicial de prova de conceito, a equipa mostrou que a eliminação dos locais de fosforilação no MLL1, um dos parceiros de interação da LEDGF / p75, reduz a capacidade das células leucémicas de permanecer num estado semelhante ao cancro; curiosamente, essa interação é necessária apenas para o cancro e não parece ser necessária para o funcionamento normal das células do sangue.

Os investigadores descobriram ainda que a inibição da fosforilação, que permite a ligação da LEDGF / p75 e do MLL1, fornece uma nova e promissora rota terapêutica contra a leucemia de linhagem mista. Como essa interação é específica para o cancro e não é necessária para a função normal, estudos adicionais nessa área podem ajudar a fornecer terapias contra o cancro mais potentes e menos tóxicas. 

"O poder da biologia estrutural é a capacidade de visualizar as interações moleculares que contribuem para a doença humana", concluíram os cientistas. 

Com base nesta recente descoberta, os investigadores esperam abrir novas possibilidades para melhorar a probabilidade de sobrevivência de pacientes jovens afetados por esta doença.

Estudo
Investigadores chineses do Instituto de Zoologia da Academia de Ciências da China descobriram 21 proteínas chave, que podem...

Através de técnicas laboratoriais, os investigadores testaram 1.520 fatores de transcrição, e descobriram que onze destes eram supressores tumorais, que impediam o crescimento de células cancerígenas, enquanto outros dez tinham o potencial de causar o crescimento.

Os fatores de transcrição são proteínas chave ligadas à sequência do ADN (ácido desoxirribonucleico), que controlam a expressão genética e descodificam a informação no genoma humano.

O cancro do pulmão representa 20% de todas as mortes por cancro no mundo. Entre 80% e 90% são causados pelo consumo de tabaco, segundo a Agência Internacional de Investigação sobre o Cancro.

 

Herbicidas
A Comissão Europeia afirmou hoje que a autorização para os herbicidas com glifosato, válida para os próximos cinco anos, &quot...

Os porta-vozes da Comissão Europeia escusaram-se a comentar a decisão do tribunal norte-americano da Califórnia que condenou a multinacional Monsanto, principal responsável pela comercialização do herbicida 'Roundup', que contém glifosato, a pagar 289 milhões de dólares (cerca de 253 milhões de euros) a um jardineiro, com o argumento de que não advertiu corretamente para o risco para a saúde que pode estar associado ao produto.

"Não comentaremos um caso judicial individual nos Estados Unidos", afirmou o porta-voz Christian Spahr, em resposta a questões acerca da reação crítica da França, que se comprometeu a acabar com o uso do glifosato nos próximos três anos.

"Uma coisa é o debate político e outra as nossas ações como instituição, e atuamos já em dezembro, com a nossa recomendação baseada nos votos dos Estados membros e nas nossas agências científicas", defendeu a porta-voz comunitária Anna-Kaisa Itkonen.

A utilização do glifosato, nomeadamente para eliminar ervas daninhas nos jardins e ruas das localidades, tem causado a discórdia entre ambientalistas e grupos de consumidores e a indústria, os primeiros dizendo que é um produto cancerígeno, a segunda que é necessário para conseguir alimentos suficientes para a população europeia.

Em abril, a Comissão Europeia apresentou uma proposta para tornar mais transparentes os processos de avaliação científica em matéria de segurança alimentar, conforme o compromisso assumido na sequência da polémica em torno do uso de glifosato.

O compromisso de rever as regras de avaliação científica de uma substância foi assumido no mesmo dia em que a Comissão aprovou a renovação da licença para a utilização do glifosato na União Europeia (UE), após dois anos de disputa sobre o seu uso.

Em outubro de 2017, foi apresentada à Comissão uma iniciativa de cidadania europeia intitulada "Proibição do glifosato e proteção das pessoas e do ambiente contra pesticidas tóxicos", com declarações de apoio de 1.070.865 cidadãos europeus.

O Parlamento Europeu tinha defendido a proibição do glifosato na UE a partir de 2022, com restrições até essa data, em oposição à proposta da Comissão para renovar a licença do herbicida.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o glifosato afeta o sistema endócrino e é uma "provável" substância cancerígena, opinião que não é partilhada pelas autoridades científicas europeias e de países como Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e Japão.

Os porta-vozes da Comissão Europeia disseram hoje que se as empresas que comercializam o produto quiserem manter a autorização além dos cinco anos terão de iniciar um processo na UE.

"Então, poderemos lançar um novo processo baseado em novas provas científicas", disseram.

Sobre o veredicto do tribunal da Califórnia, o diretor dos Assuntos Corporativos da Monsanto para Espanha e Portugal, Carlos Vicente, disse que "a decisão não muda o facto de que mais de 800 estudos e revisões científicas (...) confirmam que o glifosato não causa cancro e não causou o cancro do senhor Johnson" (o jardineiro do caso dos EUA).

"Vamos recorrer da decisão e continuaremos a defender firmemente este produto que tem uma história de 40 anos de uso seguro e continua a ser uma ferramenta vital, efetiva e segura para os agricultores e outros utilizadores", defendeu o responsável da Monsanto.

Perfil Regional de 2017
A hipertensão e o colesterol são os principais problemas de saúde dos utentes inscritos nos centros da Administração Regional...

A análise tem por base os registos de morbilidade realizados pelos médicos de família da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) em dezembro de 2016.

De acordo com este perfil, 21,1% da população da região tem hipertensão, enquanto 17,8% possui alterações do metabolismo lipídico, como é o caso do colesterol.

Em ambos os casos, os valores são inferiores à média nacional, que se situa em 22,2% e em 21,3%, respetivamente. Também quer num caso, quer no outro, as mulheres lideram o número de registos, com 22,6% versus 19,5% na hipertensão e 18,7% contra 16,8% no caso das alterações lipídicas.

Segundo o presidente da ARSLVT, Luís Pisco, os dados revelam que “o desempenho dos profissionais de saúde ao nível da prevenção, diagnóstico e tratamento das patologias crónicas se traduz num impacto positivo no ‘peso’ que a morbilidade tem na população da região”.

No ‘ranking’ regional, as restantes patologias que ocupam posições cimeiras são as perturbações depressivas, a diabetes e a obesidade, sempre numa proporção menor do que a nível nacional.

As doenças do foro mental estão identificadas em 9,1% da população, enquanto no país os registos ascendem a 10,4%. Por sua vez, 7,1% dos utentes da ARSLVT têm diabetes e obesidade, em relação aos 7,8% e 8% nacionais.

Também nestes casos as mulheres apresentam números mais elevados, especialmente nas perturbações depressivas (13,7% versus 3,9%). A exceção é feita na diabetes, onde há mais homens afetados pela doença (7,6% contra 6,6%).

Em relação às doenças transmissíveis monitorizadas pelos médicos de saúde pública da ARSLVT, há uma tendência decrescente das taxas de incidência da sida, infeção por VIH e tuberculose, “facto positivo para a saúde da região”.

De 2004 a 2016, o número de novos casos de sida desceu de 15,1/100 mil habitantes para 4,2/100 mil habitantes, acompanhando a tendência nacional.

O mesmo aconteceu com a taxa de incidência da infeção por VIH, que no mesmo período de 12 anos desceu de 35,5/100 mil habitantes para 16,1/100 mil habitantes.

Já no caso da tuberculose, os valores passaram de 39,6/100 mil habitantes para 20,6/100 mil habitantes.

Apesar da tendência decrescente, o impacto destas patologias continua a ser importante na região, dado que os números são superiores à média nacional: 4,2 (por 100 mil habitantes) contra 2,6 no caso da sida,16 contra 10,1 no que toca à infeção por VIH e 20,6 contra 17,7 no que toca à tuberculose.

O Perfil Regional de Saúde é um documento formulado pelo Departamento de Saúde Pública da ARSLVT, que assim se assume como Observatório Regional de Saúde Pública.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Portugal continental e a ilha da Madeira estão hoje com índice de radiação ultravioleta muito elevado, segundo o Instituto...

No arquipélago dos Açores, as ilhas São Miguel, Tereceira e Flores estão com risco elevado de radiação UV, enquanto a ilha do Faial está com risco moderado.

Para as regiões com risco muito elevado e elevado, o IPMA recomenda a utilização de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol, protetor solar e evitar a exposição das crianças ao Sol.

O índice ultravioleta varia entre 1 e 2, em que o risco de exposição à radiação UV é baixo, 3 a 5 (moderado), 6 a 7 (elevado), 8 a 10 (muito elevado) e superior a 11 (extremo).

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera prevê para hoje, em Portugal continental, céu geralmente limpo, apresentando-se temporariamente nublado até meio da manhã, podendo persistir no litoral das regiões Norte e Centro até ao início da tarde.

O vento soprará fraco a moderado (até 25 km/m) de noroeste, soprando moderado (20 a 35 km/h) no litoral oeste, em especial durante a tarde, e sendo por vezes forte (até 40 km/h) nas terras altas.

Prevê-se ainda neblina ou nevoeiro matinal em alguns locais e uma pequena descida de temperatura.

Para os Açores, as previsões apontam para períodos de céu muito nublado com abertas, com possibilidades de aguaceiros, e vento fraco.

Na Madeira, o céu apresentará períodos de céu muito nublado e o vento soprará moderado (15 a 30 km/h) de nordeste, soprando por vezes forte (até 40 km/h) com rajadas até 65 km/h nas terras altas e no extremo leste da ilha da Madeira até ao fim da manhã.

As temperaturas máximas previstas para hoje são de 26 graus centígrados em Lisboa, 22 no Porto, 29 em Bragança, 32 em Beja e 32 em Faro, 28 no Funchal e 26 em Ponta Delgada.

 

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