Incumprimentos das regras
A Agência Portuguesa do Ambiente está a analisar a aplicação de multas para o incumprimento das regras do ruído, que obrigam...

Além dos trabalhos em curso sobre a transposição para o direito nacional da diretiva da União Europeia, alterando um dos anexos da anterior lei sobre ruído ambiente, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) refere que está a ser "ponderada a introdução de um regime contraordenacional".

Questionada acerca da existência de penalizações em caso de incumprimentos da obrigação de apresentação de mapas estratégicos de ruído e de planos de ação com medidas para resolver as situações em que os limites são ultrapassados, a APA respondeu que, "durante o corrente ano serão lançados os trabalhos para a definição da primeira Estratégia Nacional para o Ruído ambiente (ENRA), cujo enquadramento está previsto nos princípios fundamentais do Regulamento Geral do Ruído e invoca que seja definido 'um modelo de integração da política de controlo de ruído nas políticas de desenvolvimento económico e social e nas demais políticas setoriais com incidência ambiental, no ordenamento do território e na saúde'".

Afirmando estarem ainda em curso os trabalhos para transposição de diretivas europeias referentes ao ruído ambiente, a entidade tutelada pelo Ministério do Ambiente acrescentou estar “a ser ponderada a introdução de um regime contraordenacional".

Atualmente, são seis os municípios que, com base na sua dimensão, estão obrigados a apresentar mapas estratégicos de ruído, documentos que 'medem' os níveis de barulho: Amadora, Lisboa, Matosinhos, Odivelas, Oeiras e Porto. Todos já o fizeram com exceção do Porto.

Sempre que o mapa de ruído identifique zonas onde os limites são ultrapassados, devem ser elaborados planos de ação com medidas para resolver a situação. Estes documentos podem incluir igualmente ações preventivas.

Além daquelas cidades, também devem elaborar mapas e planos de ação os aeroportos de Lisboa e Porto, assim como infraestruturas rodoviárias (553 troços) e ferroviárias.

Entre as ações da APA tentando "a boa implementação" daquela obrigação, está a elaboração de diretrizes para harmonizar e facilitar a realização de mapas de ruído, publicadas no seu 'site', assim como a realização de "várias reuniões de reforço e esclarecimento", em coordenação com o Instituto de Mobilidade e Transportes, com os vários concessionários rodoviários e ferroviários.

A APA diz ainda ter coordenado sessões técnicas entre as infraestruturas e os municípios de modo "a facilitar a articulação e a troca de informação".

No âmbito do acompanhamento destas obrigações, "tem igualmente havido várias interações de notificação com as entidades envolvidas para obtenção de um compromisso de calendarização das entregas em falta", acrescenta a APA.

A exposição a níveis de ruído elevados pode provocar distúrbios do sono, doenças cardiovasculares, perda da produtividade no trabalho e no desempenho no trabalho.

 

Agência Portuguesa do Ambiente
O Porto é a única das seis cidades que têm obrigação de apresentar mapas dos níveis de ruído que não o fez, enquanto Lisboa,...

"Todos os municípios abrangidos, com exceção do Porto, têm já os seus mapas estratégicos de ruído reportados à Comissão Europeia", refere a Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

Atualmente, são seis os municípios que, com base na sua dimensão, estão obrigados a apresentar mapas estratégicos de ruído: Amadora, Lisboa, Matosinhos, Odivelas, Oeiras e Porto.

Sempre que o mapa de ruído identifique zonas onde os limites são ultrapassados, devem ser elaborados planos de ação com medidas para resolver a situação. Estes documentos podem incluir igualmente ações preventivas para evitar a degradação do meio acústico.

Além daquelas cidades, também devem elaborar mapas e planos de ação os aeroportos de Lisboa e Porto, assim como as infraestruturas rodoviárias (553 troços) e ferroviárias com determinada dimensão.

A entidade competente para elaborar mapas estratégicos de ruído das grandes infraestruturas de transporte aéreo é a ANA – Aeroportos de Portugal e "já apresentou os mapas devidos", refere a APA.

No que respeita às grandes infraestruturas de transporte rodoviários são as respetivas concessionárias que têm aquela função e todas já submeteram parte ou a totalidade dos mapas devidos, acrescenta a entidade tutelada pelo Ministério do Ambiente.

Entre as localidades, segundo a APA, "foram reportados três planos de ação, pelos municípios de Lisboa, Odivelas e Oeiras", enquanto para os aeroportos foram apresentados os dois planos, correspondentes às instalações de Lisboa e Porto.

Relativamente às grandes infraestruturas de transporte rodoviário, até agora a APA recebeu 140 planos de ação em conformidade com as regras, o que representa cerca de 25% do total.

"As grandes infraestruturas de transporte ferroviário ainda não submeteram à APA qualquer plano de ação", aponta a entidade.

O limiar crítico de ruído durante a noite, entre as 23:00 e as 07:00, é de 55 decibéis.

A exposição a níveis de ruído elevados pode provocar distúrbios do sono, doenças cardiovasculares, perda da produtividade no trabalho e no desempenho no trabalho.

Os últimos dados disponíveis no sítio da internet da APA referem-se a julho de 2017 e apontam para a existência de 429.670 pessoas expostas a níveis de ruído superiores a 55 décibeis, à noite.

Em Penafiel
Vinte e seis doentes do Hospital Padre Américo, em Penafiel, estão em isolamento por serem portadores ou terem sido infetados...

Salientando que “de momento não há razão para nenhum alarme e todas as medidas estão a ser tomadas de acordo com recomendações”, o Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS) - do qual faz parte o Hospital Padre Américo - refere que a deteção da bactéria “não é recente”, mas, “dado o número de casos, foi necessário tomar mais medidas”, nomeadamente ao isolamento dos doentes em causa.

Adiantando terem já sido identificados 26 casos, mas que “não há profissionais afetados”, o Conselho de Administração (CA) do hospital explica que os doentes sinalizados são, “na sua grande maioria, portadores” da bactéria, não tendo sintomas.

“Só uma minoria é infetada e, nesses, a infeção em si não é mais grave. Torna-se é mais difícil de tratar por termos menos opções terapêuticas (antibióticas) disponíveis”, afirma.

Segundo a administração hospitalar, “estas bactérias estão em circulação na comunidade”, pelo que “é difícil encontrar a origem”.

Em linha com as recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS) no sentido de uma “restrição dos contactos” nestas situações, o hospital determinou que os doentes afetados “têm períodos mais curtos de visita (30 minutos de manhã e 30 minutos de tarde), para reduzir o número de visitas nas enfermarias em causa”. Ainda implementadas foram “medidas de rastreio dos contactos”.

“As pessoas internadas em ambiente hospitalar estão doentes e, por isso, em risco. O risco é maior quando existe resistência a antibióticos, mas de momento não há razão para nenhum alarme”, refere, acrescentando que “a população em geral não corre riscos”.

No início da próxima semana a administração do CHTS fará um novo ponto de situação.

Após sentença
A farmacêutica Bayer garantiu que o glifosato, composto usado em herbicidas, é “seguro e não cancerígeno”, após a sentença de...

A garantia decorre de “provas científicas, sujeitas a exames regulares à escala mundial” e de “dezenas de experiências práticas de utilização do glifosato”, disse um porta-voz da farmacêutica alemã Bayer, não identificado pela agência AFP.

Na sexta-feira, um tribunal de São Francisco, nos Estados Unidos, condenou a Monsanto a pagar 290 milhões de dólares (253 milhões de euros) por não ter informado sobre os perigos do herbicida Roundup, na origem do cancro desenvolvido por um jardineiro.

Os jurados determinaram que a Monsanto agiu "com maldade" e que o seu herbicida Roundup, ainda que na sua versão profissional RangerPro, “contribuiu consideravelmente" para a doença do jardineiro Dewayne Johnson.

A gigante americana Monsanto, comprada pela alemã Bayer, foi processada pelo jardineiro de 46 anos, com um cancro em fase terminal, que vaporizou com o herbicida Roundup durante vários anos.

A Monsanto já anunciou, em comunicado, que vai recorrer da sentença e reiterou que o glifosato não provoca o cancro e não foi responsável pela doença do jardineiro americano.

“A decisão do tribunal contradiz as conclusões científicas”, corroborou o porta-voz da Bayer.

O glifosato, presente no produto Roundup, é uma substância muito controversa, que tem sido objeto de estudos científicos contraditórios quanto à presença de elementos cancerígenos.

Criticado em todo o planeta, mas raramente proibido ou condenado, o glifosato é considerado, desde 2015, como “provavelmente cancerígeno” pela Organização Mundial de Saúde.

Após dois anos de intensos debates, a União Europeia renovou, em finais de 2017, a licença do glifosato por cinco anos.

Missão de prevenção
Três especialistas portugueses vão integrar uma missão internacional de prevenção e resposta rápida ao Ébola para ajudar Angola...

Segundo a microbiologista do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, Ana Pelerito, uma das especialistas que integra a equipa que vai dar formação em Luanda, entre 13 e 18 de agosto, o objetivo é “poderem estar preparados” para prevenir e controlar um possível surto de vírus em Angola.

Serão cerca de 15 elementos de diferentes países que vão focar-se na gestão de casos, colheita e transporte de amostras, rastreamento de contactos, descontaminação, investigação de surtos e mobilização social, numa formação transversal que abrange desde a componente laboratorial aos procedimentos a adotar nas fronteiras.

“A minha intervenção tem a ver com a parte de diagnóstico laboratorial. Vou participar nesta formação explicando quais são as melhores amostras para detetar esta infeção, como é que essas amostras têm de ser colhidas, como é que tem de ser processadas, como têm de ser transportadas até chegar ao laboratório, qual é a manipulação que se deve fazer no laboratório para depois lá, ou se tiverem de ser enviadas para outro país as amostras estarem em condições para serem identificadas”, explicou Ana Pelerito.

De Portugal, além de Ana Pelerito, integram também a missão médica um infeciologista do Centro Hospitalar de São João, no Porto, e uma médica de saúde pública da Autoridade de Saúde – Sanidade Internacional da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.

O apoio foi solicitado no âmbito da assistência técnica da Organização Mundial da Saúde (OMS) ao Ministério da Saúde de Angola face à epidemia do Ébola, sendo a missão coordenada pela rede internacional de resposta a emergências em Saúde Pública, GOARN (Global Outbreak Alert and Response Network).

O novo surto de Ébola no leste da RDCongo causou, até agora, dez vítimas mortais, segundo o Ministério da Saúde local. As autoridades do país estão a investigar as causas das mortes de outras 27 pessoas para determinar se foram infetadas pelo vírus Ébola e identificaram outros 54 casos “suspeitos”.

O décimo surto do vírus Ébola na RDCongo foi declarado a 01 de agosto nas proximidades da cidade de Beni (leste).

Em julho, as autoridades declararam o fim do surto de Ébola que atingira o noroeste do país e que matou 33 pessoas.

EUA
Um tribunal de São Francisco, nos Estados Unidos, condenou sexta-feira o gigante agroquímico norte-americano Monsanto a pagar...

Os jurados determinaram que a Monsanto agiu "com maldade" e que o seu herbicida 'Roundup', ainda que na sua versão profissional RangerPro, contribuiu "consideravelmente" para a doença do jardineiro Dewayne Johnson.

A Monsanto, comprada pela alemã Bayer, foi processada pelo jardineiro americano, de 46 anos, vítima de um cancro em fase terminal, após ter vaporizado com o herbicida 'Roundup' durante vários anos.

Valormed
A Valormed recolheu 560 toneladas de resíduos de medicamentos no primeiro semestre, mais 8% do que no mesmo período de 2017,...

"Foram [recolhidas] 560 toneladas, este número é bom para nós e tudo leva a crer que, se o segundo semestre se comportar como o primeiro, vamos ultrapassar a quantidade de resíduos que recolhemos no ano 2017", avançou o diretor-geral da entidade gestora dos resíduos de embalagens vazias e medicamentos fora de uso.

Nos primeiros seis meses, "o crescimento foi de cerca de 8% em relação a 2017", apoiado em campanhas de informação e sensibilização, nomeadamente nas escolas do primeiro ciclo, e "estamos satisfeitos com estes números ainda que estejamos muito longe do que seria ideal", referiu Luís Figueiredo.

Até 2020, quando termina a licença da Valormed, "o potencial de recolha é de 20%, estamos em crer que, também com a ação das farmácias e das nossas iniciativas de informação e sensibilização, conseguimos atingir essa meta", realçou o responsável.

Segundo Luís Figueiredo, estudos efetuados com base em valores médios apontam para que estejam a ser recolhidos "cerca de 19% dos medicamentos que foram colocados no mercado".

As 2.900 farmácias distribuídas pelo país são os pontos de retoma dos resíduos de medicamentos gerados a nível doméstico, ou seja, são os únicos locais onde os portugueses devem depositar os restos dos remédios que não usaram ou aqueles que já passaram o prazo de validade.

Além dos medicamentos para humanos, a Valormed também tem a tarefa de recolher os remédios utilizados na veterinária, que representam 30 toneladas. Não recolhe resíduos hospitalares.

"Da totalidade de resíduos que recebemos, cerca de 42% enviamos para reciclagem - papel, plástico, vidro e cartão -, e os 58% restantes são enviados para incineração segura, com valorização energética", especificou o diretor-geral da Valormed.

Do total recolhido, 214,6 toneladas de resíduos foram recicladas, 322,9 toneladas incineradas e 1,7 toneladas são de embalagens de medicamentos veterinários.

O medicamento não é um produto que se consuma no imediato, explicou Luís Figueiredo, e pode ficar em casa do consumidor até, pelos menos, ao final do prazo de validade, que varia, mas pode ir até cinco anos.

É difícil ter dados acerca da quantidade de medicamentos que não foram consumidos nem entregues nas farmácias, depois do seu prazo terminar.

Além disso, lembrou, os utentes não separam os diversos materiais que compõem o medicamento, e só era possível ter uma ideia da quantidade de medicamento propriamente dito depositado se o fizessem.

"Para isso era preciso ter não um, mas vários contentores para o plástico, papel e vidro, e os restos de medicamentos", explicou.

O diretor-geral da Valormed apelou aos portugueses para que façam regularmente uma inspeção à sua farmácia doméstica e entreguem os medicamentos fora do prazo para, depois, a entidade lhes dar “o tratamento ambiental adequado", por uma questão de proteção da saúde pública e preservação do ambiente.

Incêndios
O INEM tem três unidades móveis de intervenção psicológica de emergência (UMICE) na zona afetada pelo fogo de Monchique,...

As UMICE são constituídas por um psicólogo e um técnico de emergência pré-hospitalar, que procuram dar resposta aos pedidos de apoio e solicitações que têm surgido diariamente, disse à agência Lusa a coordenadora do Centro de Apoio Psicológico e de Intervenção em Crise do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), Sónia Cunha.

No terreno, estas unidades, nesta fase que ainda é de emergência, procuram fazer uma triagem dos casos, "avaliação e promoção de estratégias", por forma a minimizar "o desenvolvimento de patologias, como as perturbações de stress que são associadas à vivência de traumas", explicou.

Nesse sentido, todos os casos que são sinalizados são depois referenciados para os níveis de resposta seguinte, nomeadamente "os centros de saúde e as unidades de saúde mental".

Em situações de grandes incêndios, a missão destas unidades "é primeiramente fazer a triagem de reações e das primeiras necessidades".

"Existindo reações intensas ou menos adaptativas, procuramos promover a estabilização emocional, por forma a que as pessoas consigam controlar as suas emoções, sem deixar de as viver e verbalizar, mas de forma controlada e funcional", aclarou Sónia Cunha.

De acordo com a coordenadora, neste tipo de casos a rede de suporte, como os familiares e amigos, é fundamental, funcionando como "primeiro reduto".

"Nestas situações de ameaça da própria vida, de familiares ou da integridade dos bens, há uma maior ativação emocional e uma maior dificuldade em tomar decisões e em serem protetoras delas próprias. O objetivo é ajudar a controlar essas emoções para que as pessoas consigam ser racionais e tomar as decisões", sublinhou".

O incêndio rural, combatido por mais de mil operacionais, deflagrou na sexta-feira à tarde em Monchique, no distrito de Faro, e atingiu também o concelho vizinho de Silves, depois de ter afetado, com menor impacto, os municípios de Portimão (no mesmo distrito) e de Odemira (distrito de Beja).

Hoje de manhã, o incêndio foi dado como dominado.

Há 41 feridos, um dos quais em estado grave.

De acordo com o Sistema Europeu de Informação de Incêndios Florestais, as chamas consumiram cerca de 27 mil hectares. Em 2003, um grande incêndio destruiu cerca de 41 mil hectares nos concelhos de Monchique, Portimão, Aljezur e Lagos.

Na terça-feira, ao quinto dia de incêndio, as operações passaram a ter coordenação nacional, na dependência direta do comandante nacional da Proteção Civil, depois de terem estado sob a gestão do comando distrital.

 

Após escândalo de saúde pública
As autoridades sanitárias chinesas anunciaram hoje que vão oferecer aconselhamento e inoculação gratuitos de vacinas contra a...

Mais de 36.000 hospitais do país foram destacados para oferecer aqueles serviços, que permitirão a qualquer cidadão ser gratuitamente vacinado contra a raiva, doença viral que todos os anos causa, em média, 2.000 mortos na China, segundo a Organização Mundial de Saúde.

Também permitirá aos pacientes que estiveram em processos de vacinação com doses fornecidas pela empresa implicada no escândalo, a Changsheng Biotech, mudar gratuitamente para inoculações produzidas por outras firmas, informou o jornal Global Times.

Uma investigação à empresa confirmou que a Changsheng recorreu a material fora de prazo no fabrico de vacinas contra a raiva para uso humano, e que não registou corretamente as datas ou os números de série dos produtos, pelo menos desde 2014.

O Global Times detalha que, até à data, não se registaram casos mortais entre pessoas que receberam vacinas adulteradas.

Trata-se do mais recente escândalo de saúde pública na China, acentuando a desconfiança da população.

Já em 2016, mais de 130 pessoas foram detidas na China, num escândalo com a venda ilegal de vacinas fora de validade e armazenadas sem condições.

Em 2008, um outro escândalo de saúde pública na China resultou na morte de seis crianças e danos para a saúde de outras 300 mil, devido a leite em pó contaminado com melamina.

Administração Regional de Saúde
Os 31 postos de saúde de praia do Algarve atenderam, durante o mês de julho, 2.067 pessoas, das quais 33 foram encaminhadas...

“Destes atendimentos, 1.159 foram para tratamentos e suturas, 244 foram devido a picadas de peixe-aranha e insetos, 394 para medições de pressão arterial, 111 para administrar injeções e 126 para realizar testes de glicemia, tendo sido registados durante este período 33 encaminhamentos para outras unidades de saúde”, contabilizou a Administração Regional de Saúde (ARS) algarvia num comunicado.

A mesma fonte frisou que cerca de 68% das pessoas atendidas nesses postos - que funcionam ao abrigo de uma colaboração entre a ARS e a Cruz Vermelha Portuguesa – “não são residentes na Região do Algarve” e, destes, “52% são residentes noutras regiões do país e 16% são estrangeiros”.

Quanto aos restantes 32%, residiam no distrito de Faro, acrescentou a ARS, que disponibiliza este serviço desde 01 de julho até 16 de setembro.

Estes números são ligeiramente inferiores aos registados no ano anterior, quando foram realizados, em julho, 2.413 atendimentos nos 32 postos de saúde de praia que no verão funcionavam ao longo da costa algarvia, segundo os dados disponibilizados pela ARS do Algarve no ano passado.

A ARS recordou que os postos de saúde de praia funcionam entre as 10:00 e as 19:00 e prestam “cuidados de saúde de enfermagem”, respondem a “situações clínicas que possam ser tratadas no local”, funcionam “como ponto de esclarecimento e de triagem” e, “em caso de necessidade, encaminha o utente para uma unidade de saúde mais adequada”.

“Os recursos afetos aos Posto de Saúde de Praia são potenciados através da comunicação por via telefónica entre os enfermeiros dos Posto de Saúde de Praia e o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM, permitindo uma integração adequada com o dispositivo de emergência pré-hospitalar”, precisou a ARS.

No sotavento algarvio (este), os postos de praia funcionam em Vila Real de Santo António (Monte Gordo e Manta Rota), em Castro Marim (Altura, Praia Verde e Cabeço), em Tavira (Barril, Ilha de Tavira e Praia de Cabanas), em Olhão (Ilha da Armona e Ilha da Fuseta), em Faro (Ilha de Faro, Ilha da Culatra e Ilha do Farol) e em Loulé (Praia do Ancão, Vilamoura e Quarteira), segundo o mapa divulgado pela ARS.

No barlavento (oeste), o serviço está disponível em Albufeira (Galé, praia das Belharucas, praia dos Tomates e Rocha Baixinha nascente), em Lagoa (Praia Grande/Ferragudo), em Silves (Armação de Pêra), em Portimão (Alvor, Vau e Praia da Rocha), em Lagos (praia da Luz e Porto de Mós), em Vila do Bispo (Mareta e Salema) e em Aljezur (Odeceixe e praia de Monte Clérigo).

Ministro da Saúde
O ministro da Saúde do Brasil, Gilberto Occhi, anunciou que o país vacinou 45 mil venezuelanos que entraram na fronteira pelo...

"Temos aproximadamente, até junho, cerca de 45 mil pessoas venezuelanas vacinadas no Brasil. Isto é um quantitativo do início deste ano quando houve uma entrada maior destas pessoas da Venezuela", disse o ministro, numa conferência com jornalistas estrangeiros.

"Hoje a obrigatoriedade de vacinação é para todos aqueles que pedem abrigo no Brasil. Aqueles que pedem passagem ou visto de turista e não precisam do apoio social do Brasil não são obrigados a vacinarem-se", acrescentou.

O ministro brasileiro afirmou, porém, que com o aumento de casos de sarampo e possibilidade da entrada de novas epidemias o país estuda passar a exigir vacinação de todos os venezuelanos que entrem na fronteira pelo estado de Roraima.

"Estamos em negociação com o Ministério da Justiça, a advocacia-Geral da União e outros órgãos do Governo brasileiro para ver se haverá uma condição de exigir vacinação [dos venezuelanos] que entrarem no Brasil. Ainda não há nada decidido", explicou.

"Como Ministério da Saúde entendemos que devido a esta intensidade de pessoas que estão entrando, e pela falta de um programa de vacinação robusto na Venezuela, temos que ter uma preocupação", completou.

O representante do Governo brasileiro também informou que não tem tido apoio efetivo dos órgãos de saúde da Venezuela.

Segundo a equipa do Ministério da Saúde brasileiro, o país não tem sequer dados exatos sobre a cobertura vacinal da Venezuela ou sobre números de casos de sarampo, febre amarela e difteria ou outras epidemias com casos registados no país vizinho.

"Nós não tivemos nenhum tipo de apoio da Venezuela, pelo contrário, o Brasil ofereceu apoio ao Governo venezuelano para que pudéssemos ajudá-lo com algum tipo de vacina. Da parte da Venezuela, o Brasil não recebeu nada", afirmou.

Quanto à população indígena que vive na fronteira destes dois país e, que segundo organizações como a Survival International, correm grave risco de extermínio com o avanço do sarampo, já que têm baixa imunidade, o Governo brasileiro disse que tem atuado para os proteger.

"O Brasil tem uma política especial voltada para esta população. Os índios venezuelanos da tribo Warao estão a ser abrigados em lugares diferentes das demais populações da Venezuela que pediram abrigo no Brasil. Eles estão sendo tratados e vacinados", frisou Gilberto Occhi.

Já Carla Domingues, coordenadora do programa nacional de imunizações do Ministério da Saúde, acrescentou que o "Brasil já tem uma política de vacinação para população indígena há muitos anos com um calendário especial que é acompanhado pela Secretaria de Saúde do Índio".

Segundo a responsável, os índios que são isolados, ou seja, que não têm contacto com a população urbana porque vivem de forma natural nas florestas da região, não correm o risco de se infectarem por sarampo porque a transmissão desta doença ocorre pelo contacto de pessoa para pessoa.

"Estamos a monitorizar estas tribos [isoladas] à distância e se houver risco de qualquer doença temos uma frente para atender", concluiu.

Madeira
O Instituto de Saúde da Madeira confirmou ontem um caso de sarampo notificado na quarta-feira, de uma portuguesa de 45 anos...

O Instituto de Saúde da Madeira (IASAUDE) destaca que se trata de um caso importado e que se realizou uma reunião com o Serviço Regional de Saúde (SESARAM) para “análise e avaliação da situação atual”.

Informação divulgada pelo instituto refere também que o SESARAM, “em articulação com as autoridades de saúde, procedeu à identificação dos contactos” da doente, estando a ser “implementadas as medidas necessárias, de acordo com as normas e orientações da Direção-Geral da Saúde”.

Na Madeira a cobertura vacinal do sarampo é “muito elevada”, entre os 97 e os 99 por cento, recorda o IASAUDE, apontando que a vacina contra esta doença é gratuita em todos os centros de saúde da região.

O presidente do IASAUDE, Herberto Jesus, mencionou que o último caso de sarampo registado na Madeira foi o de uma turista alemã, em 2013.

Especialista
O Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia e Espinho realizou, pela primeira vez em Portugal, uma nova cirurgia de extração de...

Através de um sistema ótico, com recurso a uma câmara, o novo método, realizado pelo Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia e Espinho (CHVNGE), consiste numa “incisão na pele de três ou quatro centímetros, no meio das costelas,” que permite retirar a parte do brônquio onde se encontra o tumor, explicou o cirurgião responsável pela intervenção, José Miranda.

A cirurgia, realizada por via fechada e designada de ‘sleeve’ lobectomia com reimplantação brônquica por cirurgia toracoscópica uniportal, consiste na reimplantação do brônquio com recurso a técnicas manuais.

“A reimplantação brônquica consiste em retirarmos o fragmento do brônquio onde está incluído o tumor. De seguida, fazemos uma sutura manual, de modo a que o brônquio volte a ficar ligado à árvore brônquica”, contou o cirurgião.

Para José Miranda uma das vantagens deste método é a “incisão na pele”, visto que, comparada com a cirurgia clássica realizada por via aberta – designada de reimplantação brônquica por cirurgia toracoscópica uniportal – “esta é uma incisão de quatro centímetros e não ao longo das costelas”.

Esta nova técnica surge também como “alternativa à remoção total do pulmão”, designada de pneumectomia, que segundo o cirurgião tem uma taxa de mortalidade elevada.

“A pneumectomia tem uma [taxa de] mortalidade operatória nos 10% e 15%. Não faz qualquer sentido o paciente correr um risco tão elevado numa cirurgia que é de rotina e não de urgência”, salientou.

A cirurgia, que durou cerca de quatro horas, realizou-se pela primeira vez na terça-feira, dia 07 de agosto, precisamente 70 anos após o Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia e Espinho, na época apelidado de Sanatório Dom Manuel II, ter realizado a primeira cirurgia torácica.

Segundo José Miranda, o paciente submetido à intervenção inovadora, e que estava a ser preparado há dois meses para a operação, hoje encontrava-se bem-disposto e a “recuperar super bem”.

Administração Central do Sistema de Saúde
O concurso deste ano para médicos recém-especialistas obteve a maior taxa de candidatos relativamente às vagas disponibilizadas...

“A avaliação dos resultados correspondentes à fase de apresentação de candidaturas aos procedimentos concursais, primeira época, destinados à contratação de profissionais para as áreas de Medicina Geral e Familiar, Hospitalar e de Saúde Pública, certifica que nos concursos de 2018, lançados pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) a 26 de julho, foi registado o maior número de vagas para novos médicos especialistas (1.234) e o maior número de candidatos (1.117)”, com uma taxa de 90,5%, afirma o organismo em comunicado.

A ACSS adianta que as 1.234 vagas abertas este ano estão 11,9% acima do número de médicos recém-especialistas formados em 2018 (mais 131 vagas).

“Estes concursos da primeira época de 2018 registaram uma elevada taxa de interesse por parte de médicos que concluíram a especialidade noutras épocas anteriores, com destaque para a área da Medicina Geral e Familiar, onde em 351 candidatos, 51 são provenientes de épocas anteriores (14,5% do total de candidatos)”, sublinha ainda.

De acordo com os dados, em 2016 foram abertas 1.074 vagas e houve 907 candidatos (84,5%) e em 2017 houve 820 vagas às quais se candidataram 705 profissionais (86%).

A Administração Central do Sistema de Saúde recorda que até 2015 os concursos estavam descentralizados nas Administrações Regionais de Saúde (ARS) e nos hospitais, sendo que as vagas colocadas a concurso na primeira época foram de 658 em 2013, 708 em 2014 e 685 em 2015.

O secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, já tinha afirmado na quarta-feira à agência Lusa que a captação de médicos do concurso deste ano para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) “foi superior ao que acontece em anos anteriores”.

As estruturas profissionais e sindicais dos médicos pressionaram este ano o Governo para que houvesse atrasos na abertura dos concursos para os jovens que terminaram o internato este ano, depois de no ano passado o concurso ter demorado mais de 10 meses a abrir. Este ano o concurso foi aberto cerca de três meses depois.

As 1.234 vagas postas a concurso estavam 11,9% acima do número de médicos recém-especialistas formados em 2018 (mais 131 vagas), o que tinha como objetivo, segundo o Ministério da Saúde, tentar captar médicos de fora do SNS.

Questionado sobre se este objetivo falhou, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde indicou que “houve alguns médicos de fora” do SNS que concorreram, mas ainda não há dados totais e objetivos que permitam perceber quantos.

“Também não esperávamos uma avalanche de médicos de fora”, adiantou.

Durex
Os lotes de preservativos da Durex que estão a ser recolhidos do mercado por falhas nos testes de pressão de rutura têm prazos...

Numa nota, a Durex recorda que esta recolha começou na semana passada e “resulta de testes feitos pela própria empresa”, que mostraram “que os lotes específicos dos preservativos Durex Real Feel e Durex Sem Látex que se encontravam em comercialização em Portugal podem não cumprir os requisitos para a pressão de rutura quando se aproximam do final do prazo de validade”.

“Não existe uma preocupação imediata na segurança dos consumidores e apenas um número limitado de lotes se encontra afetado”, sublinha a Durex.

A empresa acrescenta que os passos seguintes no processo de recolha voluntária “estão a decorrer com normalidade”, com a colaboração de todos os parceiros de retalho.

“A Durex lamenta qualquer incómodo causado. Todos os consumidores que detenham preservativos destes lotes serão reembolsados”, acrescenta.

Numa informação publicada no seu ‘site’, o Infarmed explica que em causa estão alguns lotes dos preservativos Durex Real Feel (12 unidades) e Durex sem látex (12 unidades), fabricados pelo laboratório Reckitt Benckiser Healthcare.

“Apenas os preservativos de lotes afetados podem apresentar um aumento do risco de rutura durante a sua aplicação ou uso, devendo sempre ser seguida a informação constante na rotulagem do produto”, refere a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde.

O Infarmed recomenda aos consumidores que verifiquem com as autoridades os números dos lotes afetados e, se tiverem embalagens destas em casa, os devolvam ou diretamente ao fabricante, contactando a linha de apoio da Durex (808 203 300), no local onde foi comprado ou em qualquer farmácia.

“Os distribuidores, retalhistas e farmácias devem parar a comercialização dos lotes afetados, proceder à sua recolha do mercado e colocá-los em quarentena para posterior devolução”, acrescenta.

 

MOPEAD
Através do portal desenvolvido pela GMV, serão utilizados algoritmos inteligentes para selecionar os candidatos adequados à...

Como único sócio tecnológico do projeto de investigação científico-clínico H2020 MOPEAD (Models of Patient Engagement for Alzheimer's disease), a GMV desenvolveu o portal https://www.mopeadstudy.eu/ que já está operacional para selecionar as pessoas que se encontrem numa fase inicial da doença de Alzheimer. Este projeto inovador tem como principal objetivo consolidar um sistema de diagnóstico precoce de Alzheimer sob o modelo de “Ciência Cidadã” em que cidadãos anónimos colaboram com a investigação. Um dos seus aspetos mais inovadores apoia-se na ampla participação sobre a qual se baseia a investigação: o projeto deverá envolver pelo menos 2000 pessoas com idades compreendidas entre os 65 e os 85 anos e de nacionalidade alemã, sueca, eslovena, espanhola e holandesa, selecionadas por meio de algoritmos inteligentes e com tecnologia Big Data desenvolvida pela GMV.

O trabalho de investigação realizado no âmbito do projeto MOPEAD ajudará a definir novas ações terapêuticas para tratar a doença de Alzheimer e para determinar as pessoas adequadas para participar em testes clínicos que permitam desenvolver novos medicamentos capazes de a parar ou atrasar. Como afirma Mercé Boada, Diretora médica da instituição que lidera o projeto, a Fundació ACE (Barcelona Alzheimer Treatment & Research Center), também investigadora principal no projeto MOPEAD, “identificar os sintomas da doença, tão cedo e tão bem quanto possível, é essencial para se entender o processo neuro-degenerativo e para se encontrarem tratamentos mais eficazes nestas primeiras etapas da demência”.

Por sua vez, como afirmou Inmaculada Pérez Garro, Diretora da área de Saúde da GMV, “perante um problema de saúde desta dimensão, a tecnologia permite melhorar os resultados das investigações trabalhando com dois conceitos-chave: dados e provas”. Para isso, “tem que se maximizar o esforço na seleção de pacientes e harmonizar os dados obtidos dos próprios cidadãos, serviços de saúde, indústria, investigação, etc., garantindo a privacidade e comprometendo-se com a obtenção de provas”.

Estratégias de publicidade online no processo de seleção
Na primeira fase do projeto, a seleção de cidadãos com risco de problemas cognitivos está a ser empreendido não apenas de maneira presencial, em clínicas especializadas, mas também online, através da plataforma desenvolvida pela GMV, orientada para estimular o recrutamento e baseada em ferramentas de Big Data e engenharia de software para a área da saúde que garantem anonimato e segurança dos dados.

A plataforma web, concebida conforme o modelo de “Ciência Cidadã”, incorporou estratégias de marketing online para otimizar o seu posicionamento e conceitos como a usabilidade ou a analítica avançada. Deste modo, quando as pessoas procuram na rede conceitos relacionados com o cuidado da memória, a vida saudável ou o Alzheimer chegarão com facilidade ao portal https://www.mopeadstudy.eu/.

Uma vez aceites na plataforma, os cidadãos com idades compreendidas entre os 65 e os 85 anos têm acesso a vários testes concebidos por neurólogos e neuropsicólogos com quem se realiza uma primeira avaliação do seu estado cognitivo. Numa segunda fase, aqueles que tiverem sido identificados como suscetíveis de estudo posterior por mostrarem desordens cognitivas leves, podem ser tratados em clínicas especializadas. Em Espanha, a clínica de referência que lidera o projeto é a Fundació ACE. O Centro para a investigação da doença de Alzheimer “Karolinska Institutet” (Estocolmo), o Hospital Universitário de Liubliana, o Hospital Geral de Colónia “Uniklinik Köln” e o Hospital Universitário de Amsterdan completam o espectro dos centros participantes no projeto e que trabalharão com os pacientes recrutados nas suas áreas de influência.

Com os dados adicionais reunidos de forma presencial e facultados por neurologistas e neuropsicólogos, por médicos assistentes e endocrinologistas que identificam pacientes com fatores de risco vascular ou diabetes tipo 2 e com maiores probabilidades de terem Alzheimer e também com os dados reunidos online, a GMV irá então extrair evidências e provas por meio de tecnologias Big Data e técnicas de analítica avançada sobre os grandes volumes de dados reunidos e tratados.

115 milhões de afetados em 2050
A demência afeta mais de 35 milhões de pessoas no mundo e ultrapassará os 115 em 2050, sendo considerada o maior problema de saúde e assistência de uma geração. Por sua vez, a doença de Alzheimer é o tipo de demência mais comum, de acordo com dados extraídos de 60 a 80% de todos os casos de demência. Por outro lado, apenas entre 40 a 50% de pessoas são diagnosticadas.

Atualmente, esta doença não se deteta até que apareçam sintomas evidentes como perda de memória (quando os neurónios estão a morrer), embora a sua gestação comece entre 10 e 15 anos antes. Diagnosticá-la numa etapa precoce permite que os pacientes participem em exames clínicos para travar a deterioração, ao mesmo tempo que se oferece às famílias mais tempo para reagir e se preparar para a nova situação.

Juntamente com a GMV participam no projeto MOPEAD, liderado pela Fundació ACE (Institut Català de Neurociències Aplicades): Eli Lilly and Company Ltd, ASDM Consulting, AstraZeneca AB, European Institute of Women’s Health, GMV Soluciones Globales Internet SAU, Instituto Karolinska, KITE Innovation (Europe) Ltd, Spomincica-Alzheimer Slovenia, Hospital Universitário de Colónia, Centro Médico Universitário de Liubliana, Hospital Universitário Fundazio Vall d'Hebron-Institut de Recerca, Stichting VUmc, Alzheimer Europe.

Bélgica
As crianças de 9 e 11 anos, na Bélgica, são casos inéditos: tornaram-se os mais jovens a receber autorização para morte...

Foi autorizada a eutanásia a três menores nos últimos dois anos na Bélgica. As crianças de 9 e 11 anos tornaram-se os casos mais jovens de morte medicamente assistida conhecidos em todo o mundo. Os casos remontam a 2016 e 2017 e foram agora revelados num relatório da CFCEE, a comissão reguladora da eutanásia neste país. Em causa, estão o caso de um jovem de 17 anos que sofria de distrofia muscular, uma criança de 11 com fibrose cística e uma criança de 9 com um tumor cerebral.

A Bélgica, escreve o Observador, tem uma das leis mais permissivas do mundo relativa à eutanásia, sendo o único país que não impõe restrição de idade à aplicação da morte medicamente assistida. A lei belga, que legalizou a eutanásia em 2002, foi alterada em 2014 para permitir a eutanásia infantil sem limitação de idade e aplicada pela primeira vez em 2016.

Para que a eutanásia seja aplicada é necessário que a criança expresse o pedido de eutanásia por escrito e os pais têm de dar o consentimento. É igualmente necessária uma avaliação médica que ateste que o paciente se encontra numa “situação medicamente irreversível de sofrimento constante e insuportável que não pode ser aliviada e resultará em morte a curto prazo”, explicou Luc Proot, membro do CFCEE, ao Telegraph. Os médicos devem ainda avaliar as capacidades mentais da criança e verificar que não há sinais de que a criança “não foi influenciada por terceiros”.

A legalização da eutanásia infantil na Bélgica foi uma decisão polémica, gerando críticas tanto no país como no estrangeiro. Segundo o Telegraph, os bispos do país consideraram que a alteração à lei era “ir longe demais”. “Somos hoje perfeitamente capazes de controlar a dor física, choque ou ansiedade na iminência da morte”, escreveu um grupo de 162 pediatras belgas na altura. Em oposição, o presidente da CFCEE, Wim Distelmans, defendeu a legislação. “Felizmente, existem muito poucas crianças que encaixam nos critérios, mas isso não significa que devemos negar[-lhes] o direito de morrer com dignidade.”

No total, 4,337 optaram pela morte assistida entre 2016 e 2017 na Bélgica, sendo que a maioria sofria de cancro.  Destes, 710 eram idosos que sofriam de problemas de saúde que não eram terminais, como cegueira, e 77 eram pacientes com sofrimento psiquiátrico insuportável. A eutanásia foi ainda aplicada a 19 jovens com idades compreendidas entre 18 e 29 anos.

A discussão sobre a eutanásia na sociedade belga reacendeu no ano passado, na sequência da demissão de um dos membros da CFCEE no ano passado. O neurologista Ludo Vanopdenbosch demitiu-se como forma de protesto contra a falha da comissão em processar judicialmente o caso de uma paciente de demência a quem foi aplicada a eutanásia a pedido da família (e não da própria). Na sequência deste caso, um conjunto de 360 profissionais de saúde e académicos assinou uma petição para a aplicação de um controlo mais apertado nos casos de morte medicamente assistida a pacientes psiquiátricos.

Bélgica, Holanda, Colômbia, Luxemburgo, Canadá e Índia são os únicos países do mundo que legalizaram a eutanásia (morte medicamente assistida). O suicídio assistido (morte assistida por um terceiro) é legal na Suíça, Alemanha, Coreia do Sul, Japão e alguns estados dos Estados Unidos.

Em Portugal, a questão da legalização da eutanásia foi votada pela primeira vez no parlamento em maio deste ano, mas chumbou por cinco votos.

Estudo
Cientistas sugerem num estudo hoje divulgado que o arsénio, conhecido pela sua toxicidade, pode ser útil no tratamento do...

Segundo o estudo, publicado na edição digital da revista científica Nature Communications, o trióxido de arsénio, cujo uso foi aprovado nos Estados Unidos em 1995, destrói uma enzima, a 'Pin1', em combinação com um fármaco utilizado no tratamento da leucemia promielocítica aguda, um subtipo de cancro do sangue e da medula óssea. O medicamento é o ácido trans-retinóico (ATRA).

A enzima 'Pin1' está associada à maioria dos cancros humanos e está especialmente ativa nas células estaminais cancerígenas (as que dão origem às células de um determinado tipo de cancro e são mais resistentes aos tratamentos).

Investigadores do Beth Israel Deaconess Medical Center, um hospital em Boston, nos Estados Unidos, concluíram, em testes de laboratório, que ratinhos com a falta de expressão da 'Pin1' são mais resistentes ao desenvolvimento de cancro, mesmo quando as suas células expressam oncogenes (genes ligados ao aparecimento de tumores) ou carecem de genes supressores de tumores (os que reduzem a probabilidade de uma célula se tornar cancerígena).

A equipa observou que, quando administrados em doses clinicamente seguras, o trióxido de arsénio e o medicamento ATRA, juntos, eliminam células estaminais cancerígenas em roedores e em culturas de células, assim como em modelos de tumores de doentes com cancro da mama triplo negativo, um subtipo de cancro da mama muito agressivo, refere a instituição hospitalar em comunicado.

 

GNR
A GNR anunciou ontem que apreendeu nas imediações da cidade do Porto 1,5 toneladas de búzios Pé de Burro (bivalve) no valor...

Os bivalves, que se destinavam à venda no mercado do Norte de Espanha, foram apreendidos numa ação de fiscalização rodoviária nas imediações do Porto e estavam dentro de uma viatura, diz em comunicado de imprensa da GNR.

A operação, que foi realizada pela Unidade de Controlo Costeiro, através do Destacamento de Controlo Costeiro de Matosinhos, permitiu apurar que os búzios Pé de Burro foram capturados numa zona proibida, por motivos sanitários.

Aqueles bivalves ao serem introduzidos no consumo, sem estarem garantidas as condições higiossanitárias, poderiam colocar em causa a saúde pública e, por isso, foram apreendidos, explica a GNR, que identificou também um homem com 57 anos durante a operação policial, tendo elaborado um auto de contraordenação.

 

Incêndios
A Direção-Geral da Saúde alertou ontem que a inalação de fumos ou de substâncias químicas e o calor podem provocar danos nas...

"Existem lesões de inalação devidas ao calor que provocam obstrução e risco de infeção. Além da lesão pelo calor, há possibilidade de lesão pelas substâncias químicas do fumo que provocam inflamação e edema com tosse, broncoconstrição e aumento das secreções", alertou a Direção-Geral da Saúde (DGS) num comunicado divulgado a propósito do fumo que alastra na região do Algarve devido ao incêndio na serra de Monchique.

As crianças, os doentes respiratórios crónicos e os idosos são os mais vulneráveis.

Segundo a organização de saúde, existe ainda a possibilidade de surgirem lesões mais tardias e mais graves, com destruição celular, que em casos extremos causam falência respiratória.

Para evitar os efeitos nefastos da exposição ao fumo, a DGS aconselha a população a permanecer no interior de edifícios, afirmando que "é a forma mais efetiva de prevenir danos".

Nas situações em que já houve inalação de fumo, a pessoa deve ser retirada do local e evitar que respire o fumo ou esteja exposta ao calor, adianta a DGS.

Os "sinais de alarme" resultantes desta situação são queimaduras faciais, sinais de dificuldade respiratória ou alteração do estado de consciência.

A DGS alerta ainda para o "mito do leite", esclarecendo que este "não é um antídoto para o monóxido de carbono. Não vem descrita em artigos científicos a sua utilidade".

Em caso de emergência deve ligar-se para o 112 e para obter informações para a linha SNS 24: 808 24 24 24.

Um incêndio rural deflagrou na sexta-feira à tarde em Monchique, no distrito de Faro, e alastrou aos concelhos vizinhos de Portimão e de Silves, onde hoje está a lavrar com intensidade e às portas daquela cidade algarvia.

Segundo um balanço feito ontem de manhã, contabilizavam-se 32 feridos, um dos quais em estado grave (uma idosa internada em Lisboa), e 181 pessoas mantêm-se deslocadas, depois da evacuação de várias localidades.

De acordo com o Sistema Europeu de Informação de Incêndios Florestais, as chamas já consumiram mais de 21.300 hectares. Em 2003, um grande incêndio destruiu cerca de 41 mil hectares nos concelhos de Monchique, Portimão, Aljezur e Lagos.

Na terça-feira, ao quinto dia de incêndio, as operações passaram a ter coordenação nacional, na dependência direta do comandante nacional da Proteção Civil, depois de terem estado sob a gestão do comando distrital.

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