Conselhos para aliar a saúde ao merecido descanso
Verão é sinónimo de férias, de descanso, de dias de lazer. E ainda que se mudem as rotinas, não se devem descurar os cuidados...

Tudo começa com os hábitos alimentares. “O maior consumo de refrigerantes ácidos açucarados, de gelados, de saladas temperadas com vinagre ou limão, de mais frutas e sumos naturais, muitos deles acídicos, de bebidas isotónicas energéticas, muitas vezes associadas à prática desportiva, ou até mesmo de determinados cocktails em momentos sociais, pode ser lesivo e criar condições para o aparecimento ou agravamento de problemas dentários”, refere o especialista.

Um destes problemas é a “erosão (corrosão) dentária, desgaste provocado por causas químicas internas e/ou externas, que é um dos problemas dentários mais comuns e muitas vezes subdiagnosticado”, com qualquer coisa como “quase 30% da população adulta europeia a sofrer de desgaste dentário (esta prevalência tem vindo a aumentar e pode até assumir valores mais significativos em determinados escalões etários)”.

Explica o médico dentista que “a ingestão de alimentos e bebidas acídicas provocam uma desmineralização dos tecidos duros dos dentes (nomeadamente do esmalte, mas também do cemento e dentina, quando expostos), com diminuição da sua resistência e dureza, criando condições para a sua perda progressiva”.

Para evitar que isto aconteça, não tem de abdicar do divertimento em férias, mas tentar reforçar os cuidados, nomeadamente a 3 níveis: “reduzir a exposição aos fatores etiológicos”; “aumentar a resistência dos tecidos dentários à desmineralização; e reduzir o desgaste mecânico provocado pela escovagem, mastigação ou mesmo hábitos parafuncionais como ‘apertar os dentes’ ou roer as unhas, por ex.”.

O que significa que, se tem alguns dos sintomas ou doença acima descritos, “deve evitar este tipo de alimentos e bebidas, ou pelo menos minimizar o seu consumo e os seus efeitos”, explica João Ramos, que para isso deixa outros conselhos. “Por exemplo, quando consome bebidas acídicas, como um simples sumo de laranja ou limonada, deve fazê-lo com recurso a uma ‘palhinha’, o que só por si reduz o contacto e o efeito na superfície dentária. Quando se consomem bebidas acídicas durante o exercício físico, e não só, deve terminar com um golo ou dois de água simples, que deve manter na boca durante alguns segundos.”

A estes cuidados juntam-se outros como: “depois da ingestão de bebidas ou alimentos muito acídicos, não se deve escovar os dentes de imediato, pois aumenta-se o risco de desgastar os tecidos dentários por abrasão mecânica da escova e da pasta. Deve-se esperar que a saliva neutralize e remineralize, se possível, os tecidos desmineralizados superficialmente (pelo menos 30 minutos). Por outro lado, pacientes de elevado risco de erosão e desgaste dentário podem usar escovas e pastas menos abrasivas e com maior concentração de flúor”.

Para quem tem por hábito trocar a comida caseira pela ida ao restaurante, este não deve ser um motivo para deixar a higiene oral em casa. “Pelo contrário”, reforça o médico dentista. “Podem socorrer-se de kits de viagem mais pequenos, podem também mastigar uma pastilha elástica neutra e sem açúcar (ou até mesmo contendo fosfato de cálcio) durante alguns minutos, que promove alguma limpeza mecânica e estimula a secreção salivar e/ou até efetuar bochechos com elixires apropriados (fluoretados). Importa referir que nenhum destes procedimentos complementares substitui a correta escovagem e passagem do fio dentário.”

Fundamental é ainda, antes da ida para férias, agendar uma consulta com o dentista, para “todos os pacientes e mormente para aqueles que já possuem os problemas diagnosticados, que possuem tratamentos de reabilitação oral em curso ou que possuem fatores de risco adicionais como o bruxismo, doenças periodontais, diminuição da secreção salivar (sensação de boca seca), consumo elevado de açúcares, refluxo gastro-esofágico, bulimia, hábitos parafuncionais, alcoólicos, ou mesmo consumo de determinados medicamentos como aspirina e anti-histamínicos”.

Praia do Cabo do Mundo
A bandeira azul da Praia do Cabo do Mundo, em Matosinhos, continuou esta segunda-feira arriada, aguardando-se os resultados das...

Segundo o comandante da Zona Marítima do Norte, Rodrigues Campos, o "resultado das análises entretanto efetuadas continuam por chegar", pelo que o "desaconselhamento de banhos vai manter-se até a Agência Portuguesa do Ambiente emitir o seu parecer".

"Enquanto não obtivermos o resultado das análises a bandeira azul vai continuar arriada", reforçou o comandante.

A Praia do Cabo do Mundo foi fechada após ter sido detetado, na sexta-feira, um "escorrimento para o mar" com origem alegadamente numa Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) que existe em Leça da Palmeira (Matosinhos), escreve o Sapo.

"À vista desarmada a praia apresenta-se limpa depois dos serviços da Câmara de Matosinhos terem feito a limpeza do areal", divulgou Rodrigues Campos, sem que isso possa ser "entendido como a praia estar pronta" par receber os veraneantes.

A Câmara de Matosinhos admitiu no sábado que a praia poderia vir a ser reaberta esta segunda-feira com bandeira azul, tendo em conta a "pouca quantidade derramada" para o areal, mas, até ao momento, essa realidade continua por confirmar-se.

 

Estudo
Inquérito realizado a jovens universitários australianos revela que menos de metade sabe quando a fertilidade feminina começa a...

O que sabem e não sabem sobre a fertilidade? Na Austrália, foi feito um inquérito a 1 215 alunos universitários sobre o assunto. Mais de metade não identifica a idade em que a fertilidade feminina diminui e apenas um quinto sabe quando esse declínio começa nos homens. Noventa por cento dos jovens inquiridos consideram importante ou muito importante acabar os estudos e arranjar trabalho antes de serem pais. A questão é se será tarde demais, escreve a Notícias Magazine.

A fertilidade feminina cai significativamente entre os 35 e os 39 anos. Nos homens, acontece mais tarde, entre os 45 e os 49 anos. Os resultados do inquérito feito na Austrália demonstram que é preciso educar e informar os jovens sobre os limites da fertilidade e que biologicamente é preciso perceber quais as condicionantes.

Pode não parecer mas a poluição atmosférica é uma das condicionantes. Não interfere apenas nas doenças respiratórias, também reduz a fertilidade feminina e masculina e aumenta o risco de abortos. As conclusões saíram de um estudo feito por médicos do centro de pesquisa do Hospital do Mar de Barcelona, Espanha, encomendado pela Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva. Mais poluentes no ar, mais riscos para a saúde reprodutiva.

Partículas finas, dióxido de nitrogénio, dióxido de enxofre, monóxido de carbono são Contaminantes que interferem na fertilidade.

Os especialistas debruçaram-se sobre vários contaminantes. Partículas finas, dióxido de nitrogénio, dióxido de enxofre, monóxido de carbono. E perceberam que, de facto, há uma relação entre altos níveis de partículas não recomendáveis para os pulmões e a redução de taxas de gravidez. Depois da inalação, entram na corrente sanguínea e causam danos na saúde. O dióxido de nitrogénio, segundo o estudo feito em Espanha, aumenta o risco de abortos na reprodução espontânea e na fertilização in vitro quando há uma exposição permanente a altas concentrações desse gás.

O enxofre e o monóxido de carbono também aumentam a taxa de aborto. “Em suma, o número de recém-nascidos vivos na fertilização in vitro é reduzido, a taxa de implantação do embrião diminuiu e os abortos aumentam”, adiantou, ao jornal El País, Miguel Checa, coordenador do estudo e da secção de reprodução humana do serviço de ginecologia e obstetrícia do Hospital do Mar.

Os espermatozoides alteram-se com a contaminação do ar. A qualidade do esperma é afetada, o ADN é fragmentado, a cabeça oval do espermatozoide pode mesmo ficar deformada quando os homens estão expostos a altos níveis de poluição do ar. Esta investigação tem sido o ponto de partida para outras pesquisas que querem perceber os efeitos, a longo prazo, da poluição na saúde reprodutiva.

 

Calor
O serviço de urgência do hospital do Funchal registou nos últimos três dias mais de 1.200 atendimentos de pessoas com sinais e...

De acordo com a informação divulgada pelo Serviço Regional de Saúde da Madeira (SESARAM), a maioria dos utentes que deram entrada naquele serviço desde sábado até às 19:00 de ontem foram na “maioria pessoas com mais de 65 anos”.

Nos últimos dias, o arquipélago da Madeira tem estado sob aviso laranja (o segundo mais grave de uma escala de quatro) devido ao tempo quente, que passou ontem a amarelo.

O SESARAM “em virtude do aumento do número de atendimentos registados” nas urgências daquela unidade hospitalar, relembra a necessidade da importância da adoção de medidas de combate aos efeitos do calor.

Beber água, mesmo quando não tem sede; permanecer em ambientes frescos ou com ar condicionado; sempre que necessário procurar locais climatizados; evitar a exposição direta ao sol são algumas das sugestões enunciadas.

O serviço de saúde madeirense também aconselha o uso de roupa de algodão larga, leve e fresca, bem como de chapéu de abas largas, protetor solar e alimentar-se com refeições mais leves e comer mais vezes por dia.

Também sublinha que no caso de grupos mais vulneráveis, como crianças, idosos, doentes crónicos, grávidas, pessoas com mobilidade reduzida, “os cuidados devem ser redobrados, nomeadamente uma correta hidratação, evitar exposição solar e não ingerir bebidas alcoólicas ou muito açucaradas”.

A nota conclui que esta informação deve ser “complementada com a leitura atenta do folheto informativo” intitulado "Verão! Saudável e Seguro”, do Instituto de Administração da Saúde (IASAUDE).

A Madeira está sob aviso laranja do IPMA até as 21:00 horas de quarta-feira, tendo ontem os termómetros atingido aos 29º no Funchal e 25º em Porto Santo.

Onda de calor
As chamadas para a emergência médica tiveram um “aumento substancial” nos últimos dias, tendo-se registado mais 20% de...

Questionado sobre se houve um aumento de chamadas e se era possível relacioná-las com o calor intenso dos últimos dias, fonte oficial do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) explicou que a procura dos serviços de emergência médica registou um aumento de 20% nas chamadas realizadas para os Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), “motivadas sobretudo pelo agravamento de situações de doença crónica”.

Segundo o INEM, o aumento “muito substancial” do número de chamadas de emergência e a consequente ativação de meios “justifica-se pela onda de calor verificada nos últimos dias”.

O aumento correspondeu a “umas significativas” 764 chamadas a mais, por dia, entre quarta-feira e domingo, comparando com o período homólogo do ano passado.

O aumento do número de chamadas teve “naturalmente impacto” no funcionamento dos CODU, apesar do “reforço de operacionais”, que tiveram um “esforço acrescido”, segundo a fonte.

Ontem, a Associação de Proteção e Socorro (APROSOC) disse em comunicado que na última madrugada, às 02:30, o CODU do INEM tinha 18 chamadas em espera e que o número de chamadas em “call-back” (recuperação de chamadas desligadas) era cerca de 90.

A fonte do INEM disse que “naturalmente que os tempos de espera para atendimento das chamadas são mais elevados, em consequência do acréscimo muito significativo da procura dos serviços de emergência médica”.

E acrescentou que “nenhuma chamada fica sem resposta”, até porque o sistema “call-back” permite recuperar chamadas desligadas ou que caíram antes de serem atendidas, havendo profissionais com a função específica de fazer essas chamadas de volta.

De acordo com o INEM, o sistema de triagem nos CODU “permite avaliar rapidamente a situação clínica das vítimas” e estabelecer prioridades no envio de meios de emergência médica, pelo que apesar do aumento de atividade “tem sido possível manter uma resposta às várias situações”.

“O INEM, fruto do aumento dos pedidos de socorro já referido, tem atendido perto de 5.000 chamadas de emergência por dia, e repudia publicações em alguns fóruns que têm como único objetivo provocar ansiedade e alarme na população portuguesa”, adiantou a mesma fonte.

Os cidadãos, salientou a fonte, “podem e devem confiar no INEM e nas restantes instituições” que compõem o Sistema Integrado de Emergência Médica.

O INEM relembrou também que o 112 apenas deve ser usado em situações de emergência, e que as situações referentes a aconselhamento na área da saúde têm o Centro de Contacto do Serviço Nacional de Saúde, o SNS24, através do número 808 24 24 24.

 

Incêndios
O fogo rural que deflagrou em Monchique na sexta-feira já consumiu entre 15.000 e 20.000 hectares, mas já foi considerado...

"A grande progressão de área ardida, que anda neste momento entre os 15.000 e 20.000 hectares, a enorme parte desta área ardida foi ontem a partir das 15:00, 16:00 até à noite", estimou Jorge Botelho.

O responsável, também presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve, falava após uma reunião de uma hora no Centro de Meios Aéreos de Loulé, acompanhada pelo secretário de Estado da Proteção Civil e na qual foi feito um ponto de situação às últimas 72 horas.

Jorge Botelho acrescentou que, neste início de tarde, "95% do perímetro do fogo está considerado dominado e há 5% que não está".

O comandante distrital de operações de socorro, Vítor Vaz Pinto, esclareceu que 95% do perímetro "não tem chama ativa", mas tem "alguns pontos quentes que merecem preocupação".

"O facto de não conseguirmos operar com meios aéreos dificulta que nas áreas em que não há acessos terrestres possamos garantir que não vai haver ali reativações fortes", acrescentou.

Vaz Pinto sublinhou que, durante a madrugada de hoje, "foi possível debelar e extinguir uma frente de fogo superior a 13 quilómetros só com recurso a operacionais no terreno e a máquinas de rasto".

O comandante operacional afirmou que os 5% ainda ativos "estão em áreas inacessíveis a meios terrestres", mas não especificou a zona geográfica por não estar na área de operações.

Jorge Botelho assegurou que as autoridades estão "a trabalhar para que a normalidade possa ser reposta nas condições possíveis" em relação às pessoas que foram retiradas de suas casas e colocadas em espaços provisórios.

Os técnicos de Segurança Social, sublinhou, estão "em permanência desde o primeiro dia no terreno" e, entretanto, chegou "um reforço" de assistentes sociais e psicólogos, oriundos do distrito de Setúbal.

Jorge Botelho concluiu que há confiança nos operacionais para debelarem nas próximas horas este “episódio grave" que afetou dois municípios no Algarve (Monchique e Silves, distrito de Faro) e um no Baixo Alentejo (Odemira, distrito de Beja).

Neste fogo, que obrigou à evacuação de várias localidades, há registo de 25 feridos, um dos quais grave.

Estudo
Um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e do Centro Hospitalar São João permitiu comprovar a eficácia do...

O coordenador do estudo, Francisco Cruz, explicou hoje que não havia, até à data, confirmação se a injeção de botox na bexiga, procedimento que já vinha sendo utilizado no tratamento desta patologia, era de facto eficaz ou se se tratava de um efeito placebo.

Assim, para esclarecer a questão, os investigadores levaram a cabo um estudo clínico que permitiu avaliar de perto a evolução e os sintomas descritos pelos pacientes após a administração do fármaco.

“Os resultados foram positivos e os pacientes demonstraram uma melhoria significativa face ao grupo de controlo. O uso de botox tem a vantagem de, ao contrário de outros tratamentos, não ter de ser administrado diariamente”, afirmou o urologista.

De acordo com Francisco Cruz, a longo prazo, “esta patologia reduz drasticamente a qualidade de vida dos pacientes pois, além de um enorme desconforto, desenvolvem uma maior necessidade de urinar”.

As causas para o aparecimento da Dor Pélvica Crónica – que pode afetar uma em cada 200 mulheres - não estão completamente esclarecidas e, por isso, o tratamento passa, frequentemente, por tratamentos analgésicos.

O estudo foi desenvolvido por Rui Almeida Pinto e Francisco Cruz – médicos urologistas do CHSJ e docentes da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.

Em Portugal
Os números indicam que desde o ano de 2008 morrem mais pessoas do que aquelas que nascem.

Neste ano de 2018 já morreram, em Portugal, cerca de 71 mil pessoas. Comparativamente com 2016 e 2017, anos também recordes no número de mortes, este valor é três vezes superior ao registado em igual período.

Nos últimos anos, escreve o Sol, Portugal viu os seus números relacionados com a mortalidade a aumentar de forma gradual e constante. Há dez anos, por exemplo, 104 mil pessoas morreram no espaço de um ano.

Os números indicam que desde o ano de 2008 morrem mais pessoas do que aquelas que nascem. O ano passado foi o pior ano em termos demográficos: houve mais 24 mil óbitos do que nascimentos.

No passado mês de junho, o Instituto Nacional de Estatística (INE) previu que Portugal chegará a 2080 com 7,7 milhões residentes no país. Em 2033, segundo as mesmas previsões, o número será já inferior a 10 milhões.

No que diz respeito aos jovens e aos idosos, as tendências serão bastante distintas: se, por um lado, o número de jovens vai diminuir de 1,4 milhões para 900 mil, por outro, o número de idosos vai aumentar de 2,2 milhões para 2,8 milhões.

Saúde respiratória
A Fundação Portuguesa do Pulmão alertou hoje a população para os efeitos dos incêndios florestais na saúde respiratória,...

A organização de saúde explica, em comunicado, que os incêndios florestais são “acontecimentos com graves impactos para o meio ambiente e para a saúde respiratória das populações”, enviando para a atmosfera “milhões de toneladas de gases com efeito de estufa”.

Os seus efeitos nefastos atingem sobretudo os grupos mais vulneráveis, nomeadamente crianças, idosos, doentes cardiovasculares, pessoas que sofrem de doenças respiratórias e os que combatem os incêndios no terreno.

Na saúde respiratória, os seus efeitos são “muito penalizadores”, sendo causa de processos inflamatórios de toda a via aérea (faringe, laringe, traqueia e brônquios), de infeções brônquicas e pulmonares e descompensação de doenças respiratórias pré-existentes (asma, bronquiectasias, DPOC e outras), sendo especialmente penalizados os doentes com insuficiência respiratória crónica, refere a Fundação Portuguesa do Pulmão (FPP) em comunicado.

A FPP aconselha todos os que respiram o ar poluído dos incêndios florestais, mas sobretudo aqueles que sofrem de doenças respiratórias, a tomarem algumas atitudes preventivas, como abandonar a área onde se está a desenrolar o incêndio e evitar a inalação de fumo, utilizando uma máscara ou um lenço humedecido.

Não deixar o fumo entrar na habitação, fechando as janelas e calafetando as frinchas, evitar permanecer ao ar livre, reduzir a atividade física e beber líquidos, não fumar dentro de casa, não acender velas nem qualquer aparelho que funcione a gás ou a lenha, não usar tintas, vernizes, detergentes ou desinfetantes, são outros conselhos da organização.

Se a pessoas tiver ar condicionado deve colocar a opção de recirculação de ar, evitando deste modo que o ar exterior entre dentro de casa, e se tiver de atravessar de carro uma zona com fumo, deve manter as janelas e os ventiladores fechados, e ligar o ar condicionado se o carro o tiver.

Recomenda ainda às pessoas que estiverem sob tratamento respiratório para cumprirem rigorosamente o esquema que lhe foi proposto pelo seu médico, sem esquecer a eventual medicação SOS.

Estudo
O plástico é uma fonte importante de gases com efeito de estufa, nomeadamente os sacos de plástico, que produzem metano...

Essas emissões, nomeadamente de metano e etileno, não têm sido tidas em conta nos cálculos dos cientistas sobre a influência nas alterações climáticas da libertação de gás com efeito de estuda na atmosfera, indica o estudo, publicado na revista científica PLOS ONE.

Os investigadores, escreve o Sapo, fizeram testes em todos os tipos de produtos, como garrafas de água, sacos, embalagens e produtos industriais, e concluíram que o polietileno, o polímero mais usado, era o emissor "mais prolífico".

Ainda que não tenham sido determinadas as quantidades de gases libertados, os investigadores advertem que é urgente faze-lo, tendo em conta as oito mil milhões de toneladas de plástico no planeta, e uma produção que deve duplicar nas próximas décadas.

Descoberta acidental
Sarah-Jeanne Royer, investigadora da Universidade do Havai, explicou, citada pela BBC, que a descoberta foi acidental, já que os investigadores mediam o gás metano proveniente da atividade biológica da água do mar, quando perceberam que as garrafas de plástico que usavam com as amostras produziam mais metano do que os insetos aquáticos.

"Foi uma descoberta totalmente inesperada", disse Royer à BBC, explicando que membros da equipa de pesquisa estavam a usar frascos de polietileno para estudar a produção biológica de metano e estranharam as concentrações muito maiores do que o esperado, descobrindo então que parte das emissões vinha da própria garrafa.

A equipa descobriu também que o plástico mais usado, o que serve para fazer os tradicionais sacos de supermercado, é o que produz maior quantidade de gases com efeito de estufa, que aumenta com a temperatura. Depois de 212 dias ao sol esse plástico emitia 176 vezes mais metano do que no início da experiência.

Os investigadores dizem no estudo que a radiação solar ao atuar na superfície do plástico vai acelerando a produção de gás, que acontece mesmo no escuro.

Até agora, a ligação entre os plásticos e as alterações climáticas centrava-se no uso de combustíveis fósseis para produzir esses plásticos.

Segundo Ashwani Gupta, da Universidade de Maryland, Estados Unidos, o polietileno de baixa densidade emite etileno, metano e propano, mesmo a baixas temperaturas, o que contribui para as emissões de gases com efeito de estufa.

Ainda citada pela BBC a investigadora Sarah-Jeanne Royer admitiu que as quantidades de metano e etileno produzidas a partir do plástico são pequenas, mas advertiu que à medida que o plástico se rompe mais superfície fica exposta, aumentando a quantidade de gases que chega à atmosfera. "Se olharmos para todo o plástico produzido desde 1950 ele está quase todo ainda no planeta, apenas se está a decompor e pedaços cada vez mais pequenos", disse.

Estudo
Chama-se "Angiostrongylus cantonensis", vive nos pulmões dos ratos e pode ser contraído pelos seres humanos através...

Depois do alerta à volta do parasita do sushi, um novo estudo adverte para o risco do consumo de caracóis e caranguejos infetados por um verme raro.

Em todo o mundo há cerca de três mil registos de contaminação pelo parasita Angiostrongylus cantonensis. Este verme que nasce nos pulmões de ratos pode infetar o ser humano através da ingestão de caracóis, lagostins, caranguejos ou centopeias, entre outros animais, escreve o Sapo.

Segundo um estudo publicado em julho no The American Journal of Tropical Medicine and Hygiene, o consumo de uma centopeia crua levou uma mulher a dar entrada num hospital de Guangzhou, na China, em novembro de 2012.

Crus ou mal cozinhados
Após uma bateria de exames, os médicos detetaram um elevado número de eosinófilos, um tipo de glóbulos brancos, no sangue, o que deu a indicação da existência de uma infeção parasitária.

Mais análises permitiram chegar ao diagnóstico final: meningite eosinofílica.

Os ratos infetados, transmissores, defecam as larvas de vermes, que por sua vez caracóis, lesmas, caranguejos e lagostins, entre outros, podem ingerir e transmitir ao ser humano se ingeridos crus ou cozinhados de forma deficiente.

Uma vez no organismo, os vermes podem chegar ao cérebro humano.

A infeção por Angiostrongylus cantonensis pode ainda afetar o sistema nervoso central, causar inflamação cerebral, meningite eosinofílica, paralisia e, em casos extremos, a morte.

Não há, no entanto, registo de casos de infeção por este parasita em Portugal.

ISUP
O aumento de turistas no Porto significa mais oferta de serviços sexuais e mais infeções sexualmente transmissíveis, como VIH,...

“Da mesma maneira que aumentaram o número de restaurantes, que aumentaram os hotéis, também é natural que aumente a oferta de serviços sexuais”, logo também há maior probabilidade de risco de transmissão de doenças via sexual, como o VIH (Síndrome da imunodeficiência adquirida), gonorreia, sífilis ou a hepatite B, sustenta o presidente do ISUP.

Em entrevista sobre o impacto do turismo na saúde pública no Porto, Henrique Barros defende ações de prevenção junto dos habitantes do Porto em consultas médicas, mas também iniciativas junto dos turistas que visitam a cidade, como por exemplo entregar no Aeroporto Sá Carneiro folhetos informativos sobre saúde em geral, saúde sexual e preservativos.

“Pensamos muito em nos defender quando saímos, mas numa consulta o médico nunca nos fala dos riscos que se correm por vir muita gente para o Porto”, constatou o presidente do ISUP, defendendo que a população do Porto deve ser informada dos malefícios para a saúde com o aumento de turistas, mas sem atitudes “xenófobas” ou “nem anticosmopolitas”.

O presidente do ISUP refere que essa prevenção deve ser feita dando informações sobre infeções possíveis, designadamente as transmitidas via sexual, como o VIH, hepatite B, sífilis ou gonorreia.

“Estas circunstâncias do turismo, que aumentam os contactos interpessoais relativamente curtos e relativamente frequentes, aumentam a probabilidade de introdução na nossa sociedade de casos de infeção e, naturalmente, também nós, enquanto cidade, exportarmos os nossos casos de infeção”, referiu, considerando este um “problema de saúde pública”, mas sem ser uma “calamidade”.

O turismo pode ser “um problema de saúde pública na medida em que pode levar a um aumento da frequência de algumas infeções e, portanto, o que a saúde pública deve fazer é prevenir”, criando condições para “aumentar a atenção” e “estar consciente de que o problema existe”, porque é “natural que numa cidade que tenha muito turismo, tenha de haver prevenção de doenças”.

Henrique Barros acrescenta que as infeções transmitidas por via sexual não são controláveis, porque depende muito do comportamento individual e da vontade de cada pessoa querer ou não correr riscos.

Sobre o sarampo, e o caso que se registou no Porto e que terá sido introduzido, aparentemente, por um turista, a probabilidade de se repetir é baixa, mas pode repetir-se.

“É natural que um surto volte a acontecer e não demore dez anos, porque a não adesão aos programas vacinais está a crescer um pouco nos países mais ricos”, recorda o especialista, que defende a vacinação de 100% da população. “Se todos estiverem protegidos, podem vir os sarampos todos que quiserem” que em Portugal não vão provocar problemas.

As cidades, defende, “têm de ser capazes de programar e planear a forma de prever e mitigar o impacto do turismo na saúde” e essa prevenção deve ser tanto ao nível das doenças e infeções, como ao nível do ambiente.

“Se há mais turistas, há mais lixo, isso é normal. Se não há uma resposta mais atenta numa cidade como a nossa, que está a ficar com gaivotas por todo o lado, só isso já pode promover determinadas patologias, circulação de agentes que não ocorreria” sem esse aumento de população turística, conclui.

A Direção-Geral de Saúde declarou em março deste ano "a existência de um surto" de sarampo em Portugal, depois de terem sido confirmados sete casos daquela doença na região Norte do país. O sarampo provocou 35 mortes em 2017, incluindo uma em Portugal.

A região Norte de Portugal fechou 2017 com um crescimento nas dormidas de 8,0%, atingindo 7,4 milhões, ou seja, mais 547,4 mil dormidas face ao período homólogo anterior.

Ministério
O Ministério da Justiça garantiu hoje que já foi autorizada a abertura de concurso para os especialistas em medicina legal,...

Numa nota, o Ministério indica que a Ordem dos Médicos tem conhecimento de que o aviso de abertura do concurso “foi enviado para publicação em Diário da República há cerca de duas semanas”.

“A abertura do concurso para ingresso na carreira médica de medicina legal já foi autorizada e, nessa sequência, foi desenvolvido e finalizado o procedimento interno de mobilidade para os médicos do mapa”, adianta o Ministério.

O colégio da especialidade de medicina legal da Ordem dos Médicos denunciou no domingo atrasos na abertura de concursos, com profissionais à espera há mais de dois anos e a assumir responsabilidades de especialistas, mas a ser remunerados como internos em formação.

Após concluírem o internato da especialidade, estes especialistas chegam a esperar mais de quatro anos pelos concursos, tendo a Ordem dos Médicos escrito ao Ministério da Justiça, que tutela esta carreira médica, a apelar para que os concursos pendentes abram rapidamente.

Segundo a presidente do colégio da especialidade de Medicina Legal da Ordem, Sofia Frazão, estão a aguardar concurso entre 10 e 20 profissionais.

Segundo uma nota da Ordem emitida no domingo, o bastonário enviou na semana passada uma carta ao Ministério da Justiça a apelar à abertura urgente dos concursos, recordando que o último concurso para recém-especialistas foi lançado em outubro de 2016.

 

Ordem dos Médicos Dentistas
A Ordem dos Médicos Dentistas apela à criação de uma carreira para os dentistas no Serviço Nacional de Saúde, lembrando que o...

Em entrevista, o bastonário Orlando Monteiro da Silva estimou que durante o próximo ano possa haver dentistas em cerca de uma centena de centros de saúde, quando atualmente existem em 55 unidades, mas recordou a necessidade de criar uma carreira para estes profissionais além de os colocar no SNS.

“Além de integrar médicos dentistas no Serviço Nacional de Saúde importa que eles sejam integrados com a estabilidade e com o enquadramento que só uma carreira específica de medicina dentária pode dar”, afirmou o bastonário.

A Ordem reclama um “estatuto adequado” para estes profissionais, consagrado através de uma carreira, cujo projeto já foi aprovado pelo Ministério da Saúde.

“Está à espera, como muita coisa, de autorização do Ministério das Finanças, para que os médicos dentistas não sejam contratados de forma relativamente precária, mas antes ter uma carreira própria dentro do Serviço Nacional de Saúde”, indica Orlando Monteiro da Silva.

Para o representante dos dentistas, a estabilidade destes profissionais é importante também para os utentes: “Não estamos a falar de centenas ou de milhares como se falam noutras profissões, estamos a falar de cerca de 100, 150 médicos dentistas que, de forma controlada, se tiverem a sua carreira, são muito mais produtivos e muito mais eficazes no atendimento à população do que se a não tiverem”.

Para 2019, o bastonário espera ainda “a concretização da bandeira do Governo” de continuar a integração da medicina dentária no SNS, alargando o número de centros de saúde com cuidados de saúde oral e tendo todos os agrupamentos de centros de saúde com consultórios de medicina dentária.

A colocação de dentistas nos cuidados de saúde primários iniciou-se com o atual Governo, primeiro através de projetos piloto que foram sendo progressivamente alargados. O secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, tem anunciado que o objetivo é ter dentistas em todos os agrupamentos de centros de saúde durante próximo ano.

Fernando Araújo também já disse publicamente que a Saúde propôs às Finanças a criação de uma carreira do médico dentista no SNS, explicando que esta recomendação partiu de um grupo de trabalho nomeado pelo Governo para analisar o enquadramento da atividade dos dentistas nos serviços públicos.

Dentistas
O bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas criticou os “cortes sistemáticos” no acesso dos utentes da ADSE à medicina dentária...

“O que vemos é que há uma incapacidade da ADSE em gerir convenientemente a sua convenção, ou seja, em ter capacidade de controle ao nível dos procedimentos que são exigidos aos profissionais no âmbito da convenção”, disse Orlando Monteiro da Silva, em entrevista à agência Lusa.

Por via dessa incapacidade, está a assistir-se a “um conjunto de cortes que não têm nenhum estudo, nenhum pensamento, nenhum objetivo, nada de científico por trás”, sublinhou.

“São cortes sistemáticos no acesso dos utentes à medicina dentária”, que se refletem ao nível das consultas, dos procedimentos, disse Orlando Monteiro da Silva, dando como exemplo a impossibilidade de um utente poder fazer “dois tratamentos no mesmo dia, porque supostamente é proibido, quando deveria ser muitas vezes precisamente o contrário”.

Para o bastonário, esta situação “é preocupante” não na perspetiva dos profissionais, mas na dos utentes da ADSE. “São estes que estão a ser afetados por este tipo de abordagem”, vincou.

Lembrando que a ADSE “é fundamental” para cerca de 1,3 milhões de beneficiários e “fulcral para a medicina dentária”, a nível do tratamento, de colocação de dispositivos ou próteses dentárias, afirmou que “a Ordem e os médicos dentistas estão preocupados com o futuro que a ADSE está progressivamente a tomar ao nível dos seus procedimentos”.

Na semana passada, a Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP)também alertou que está em risco o acesso dos beneficiários da ADSE à rede convencionada.

“Se o caminho para a sustentabilidade passa por continuamente insultar publicamente os prestadores privados e proceder a corte administrativos cegos e insustentáveis, resta aos prestadores privados aceitar que os nomeados representantes dos beneficiários pretendem acabar com este subsistema”, afirmou na altura a APHP em comunicado.

Na entrevista, o bastonário dos Dentistas defendeu também que seja “reposta uma certa normalidade de financiamento” do Serviço Nacional de Saúde, para melhorar a qualidade dos cuidados prestados e motivar os profissionais de saúde.

“Eu sou por natureza um otimista e julgo que as coisas vão sempre para melhor e raramente para pior, não vejo que na área da saúde o panorama seja tão trágico como às vezes transparece para a opinião pública”, mas “evidentemente que nestes últimos dois anos houve algum tipo de constrangimentos de cativações em termos de financiamento do Serviço Nacional da Saúde que provocaram uma crispação grande”, adiantou.

Para Orlando Monteiro da Silva, essas cativações “afetaram muito a prestação de cuidados de saúde e a qualidade com que são prestados à população”, em particular no Serviço Nacional de Saúde.

“É importante que de futuro seja corrigida essa trajetória, que seja reposta uma certa normalidade de financiamento do Serviço Nacional de Saúde, que neste momento está afetada, e que possamos ter, não só profissionais relativamente satisfeitos e motivados, mas também que a qualidade dos trabalhos a prestar seja consentânea com as perspetivas dos cidadãos, que têm um impacto grande nos próprios profissionais”, defendeu.

Destacou ainda “como positiva” a importância dada pelo Governo à medicina dentária ao colocá-la como “uma prioridade importante dentro dos cuidados de saúde primários”, de forma “muito mais evidente” do que em governos anteriores.

Para o bastonário, o projeto de colocação de médicos dentistas no Serviço Nacional de Saúde e a manutenção do programa cheque-dentista “são fundamentais para a profissão e para os utentes” do SNS.

 

Ordem dos Médicos Dentistas
O número de dentistas portugueses a trabalhar no estrangeiro duplicou nos últimos dez anos, num país que já tem quase o dobro...

Segundo o estudo “Números da Ordem”, promovido pela Ordem dos Médicos Dentistas, Portugal atingiu no ano passado um rácio de um médico dentista por 1.033 habitantes, que é praticamente o dobro do que é recomendado a nível internacional.

“Nota-se que há um aumento de emigração. Isto vem desde há cerca de 15 anos, mas acentuou-se no período de crise económica, a partir de 2008/2009”, afirmou o bastonário dos Médicos Dentistas, Orlando Monteiro da Silva, em entrevista.

Reino Unido, França, Suíça e vários países da Escandinávia são os que atraem dentistas portugueses, oferecendo melhores condições salariais e de exercício profissional.

Segundo os dados da Ordem, haverá cerca de 1.500 a 2.000 médicos dentistas portugueses a exercer no estrangeiro.

“Em contrapartida, em Portugal há dificuldade de os médicos dentistas encontrarem colocação”, refere o bastonário, sublinhando uma “dificuldade crescente de inserção no mercado de trabalho”, numa profissão essencialmente liberal e que tem ainda escassa expressão no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Em Portugal há sete faculdades de Medicina Dentária que todos os anos colocam no mercado de trabalho entre 500 a 600 profissionais.

“Com cerca de 10 mil médicos dentistas ativos e mais dois mil a exercer no estrangeiro, este número é claramente excessivo para as necessidades do país”, frisa Orlando Monteiro da Silva, lembrando que é importante para os candidatos ao Ensino Superior conhecerem a realidade de cada profissão.

A Ordem dos Médicos Dentistas insiste na necessidade de o Governo, em conjunto com as faculdades, reduzir o número de pessoas que ingressam nos cursos de Medicina Dentária, adequando-o à procura e às necessidades do país.

As faculdades devem também, segundo o bastonário, apostar mais na formação pós-graduada e especializada dos médicos dentistas e na formação de profissionais de outros países, que já é uma realidade.

Aliás, o número de alunos estrangeiros representa já um quarto do total dos estudantes de Medicina Dentária em Portugal, havendo até já uma faculdade privada que tem mais estudantes estrangeiros do que portugueses.

Esta situação é explicada pela Ordem com o reconhecimento internacional da qualidade do ensino da Medicina Dentária em Portugal, sendo que os estrangeiros que cá se formam acabam depois por regressar aos seus países de origem.

Com base no estudo “Números da Ordem” relativo a 2017, a Ordem dos Dentistas estima que a partir do próximo ano exista um médico dentista para menos de mil habitantes, quando as recomendações internacionais apontam para um dentista por cada 2.000 habitantes.

Mas em termos regionais, a distribuição de dentistas em Portugal é bastante desigual. Na área metropolitana do Porto há um dentista por cada 707 habitantes, enquanto no Baixo Alentejo há um médico dentista por cada 2.741 habitantes, sendo a região com menos profissionais.

Para a Ordem dos Dentistas, o excesso de profissionais está a “criar um flagelo na profissão” e o país não terá como os absorver.

Hospital do Espírito Santo
O empréstimo de um berço ecológico a todos os bebés que nasçam no Hospital do Espírito Santo de Évora, durante os primeiros...

Os berços serão produzidos através de "impressão em 3D" e com "recurso a materiais renováveis", nomeadamente "fibras celulósicas com origem em restos alimentares", explicou Maria João Rasga, uma das promotoras da iniciativa.

"Além de ser uma componente mais facilmente degradável no futuro, estamos a incutir também um pouco de educação ambiental neste projeto e, assim, sensibilizar as pessoas para as questões da diminuição da pegada ecológica", assinalou.

Por outro lado, a promotora do projeto sustentou que, a concretizar-se, será uma "medida igualitária", por ser destinada a todos os bebés, "independentemente da condição socioeconómica da mãe".

Inspirado no modelo finlandês, o denominado Banco de Berços (BaBe) pretende entregar a todos os bebés que nasçam na maternidade do Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) um berço que terá de ser devolvido ao fim de quatro meses para que outros recém-nascidos o possam usar.

Além do berço ecológico, o 'kit' a entregar é constituído também por um colchão com a forra de cortiça, material "autóctone do Alentejo", enxoval para a criança, roupa interior para a mãe, um tapete de atividades e um livro.

Maria João Rasga estimou que sejam necessários cerca de 300 berços ecológicos, tendo em conta que nascem no HESE cerca de 1.200 bebés por ano, frisando que, numa primeira fase, serão criados apenas 30 para perceber a aceitação das mães.

Promovido por Maria João Rasga e Anisa Shahidian, o BaBe, com um orçamento estimado de 200 mil euros, é uma das propostas apresentadas ao Orçamento Participativo Portugal (OPP) de 2018, estando em processo de votação até ao final de setembro.

A mesma promotora adiantou que já foi produzido "um protótipo" do berço, o qual mostra que "existe tecnologia no mercado" e que o projeto tem "pernas para andar", mas será necessário obter financiamento.

Maria João Rasgas disse esperar que "empresários e investidores possam pegar na ideia" e concretizá-la, no caso de o projeto não ser um dos escolhidos no âmbito do OPP e não obtiver recursos financeiros do Orçamento do Estado.

Sindicato
O Sindicato Independente dos Médicos valorizou a "atenção dada" pelo Governo dos Açores às preocupações por si...

Em nota enviada à imprensa, o sindicato sublinha manter a expectativa de que vários aspetos possam "ainda ser melhorados" nos Açores, dando o exemplo das listas de espera mas também o apelo a que o período normal de trabalho dos médicos de família seja dedicado à sua lista de utentes.

Para o Sindicato Independente dos Médicos (SIM), é também necessário aplicar "medidas que incentivem o internato médico" na região autónoma, "contribuindo para a fixação de mais médicos" nos Açores.

De todo o modo, o sindicato, cujo secretário-geral esteve de visita aos Açores nos últimos dias, valoriza os "anúncios feitos" pelo governante com a pasta da Saúde, Rui Luís, a propósito do encontro com o SIM.

Em foco está, por exemplo, o anúncio de concursos para recém-especialistas em medicina familiar, outro concurso para especialistas hospitalares ou a publicação do regulamento de deslocações do Serviço Regional de Saúda dos Açores, "como forma de garantir o acesso dos cidadãos aos cuidados de saúde especializados em todas as ilhas".

"O SIM saúda os médicos da Região Autónoma dos Açores e tudo continuará a fazer no sentido de melhorar as condições trabalho para que os profissionais de saúde, nomeadamente os médicos, possam exercer de forma efetiva a sua função, cuidando da saúde dos açorianos", concretiza a estrutura sindical.

 

Publicado em Diário da República
No âmbito do Decreto-Lei n.º 61/2018, publicado sexta-feira passada, dia 3 de agosto de 2018, em Diário da República, o Centro...

Este despacho, emitido na sequência da Resolução do Conselho de Ministros n.º 22/2016, de 11 de abril, cria o quadro legal para a atividade dos centros académicos clínicos e vem normalizar e potenciar a cooperação interinstitucional, já existente, “criando uma rede onde a investigação, o conhecimento e a integração entre a componente assistencial e o ensino se formalizem e concretizem.” Neste sentido, “o presente decreto-lei consagra a possibilidade de os profissionais de saúde de unidades prestadoras de cuidados de saúde integradas em centros académicos clínicos poderem dedicar até 30 % do período normal de trabalho semanal a atividades de investigação clínica, de translação e de ensino”.

O diploma aprovado hoje contempla ainda os Centros Hospitalares de S. João, do Porto, de Lisboa Central e de Lisboa Norte, E. P. E., que passam também a ser Centros Universitários, no âmbito de um projeto-piloto de hospitais universitários, que visam o “avanço e a aplicação do conhecimento e da evidência científica para a melhoria da saúde”.

Recorde-se que o Centro Hospitalar Cova da Beira é uma instituição de saúde de referência nacional e internacional, reconhecida desde 2013 como Centro Médico Académico, pela Joint Commission International.

Entrevista a uma cliente de Medical Coaching
Maggie João entrevistou uma pessoa que já recorreu ao Medical Coaching para perceber melhor os benef

O Medical Coaching é uma especialização de coaching focada em ajudar pessoas que estão a passar por um processo médico, quer por serem pacientes, quer por serem cuidadores. Este acompanhamento customizado e dedicado colmata não só o isolamento e a solidão que muitos sentem, como também gera ferramentas e recursos que vão ajudá-los a sentirem-se mais inteiros e completos e a (re)criarem o seu eu, tendo em conta o contexto em que vivem.

Poucos são os coaches que se dedicam a esta área do Medical Coaching e o nosso país não é exceção, com apenas dois medical coaches credenciados nessa área.

CF, uma lutadora de 58 anos, Mulher com M, foi submetida a uma mastectomia radical modificada bilateral nos últimos anos e mais recentemente foi diagnosticada com cancro da tiroide, tendo o mesmo já sido extraído cirurgicamente.

MJ: Como é que o Medical Coaching a ajudou?

CF: Ajudou-me a encontrar alternativas prazerosas aos momentos de tristeza; a criar novas rotinas.

MJ: De que forma o Medical Coaching a ajudou a conhecer-se melhor?

CF: Ajudou-me a descobrir competências internas/pessoais para ultrapassar adversidades.

MJ: O que mais relevante lhe ficou do programa de Medical Coaching que fez?

CF: O reencontro com a alegria; o impulso para o movimento em vez da estagnação; o reforço da resiliência.

MJ: O que mais contribuiu para os resultados que alcançou?

CF: A capacidade de compreensão da situação/do sentimento por parte da Medical Coach e a proposta e realização de “exercícios” que permitiram desmontar a sua origem e criar opções alternativas de ação.

MJ: O que acha fundamental para se estabelecer uma boa relação entre cliente e Medical Coach?

CF: Empatia entre as partes; percepção correta dos sentimentos resultantes da doença; entendimento; clareza na linguagem.

MJ: Em que medida recomendaria Medical Coaching a pessoas a passar por um processo médico idêntico ao seu?

CF: Recomendaria Medical Coaching para construção de estratégias para superar a tristeza, o desânimo - sem negação, antes com integração.

MJ: Se pudesse resumir numa palavra o que adquiriu ao longo da sua caminhada no processo de Medical Coaching, qual seria?

CF: Consciência (da capacidade de refocar)

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

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