Infarmed
A Autoridade do Medicamento analisou 22 protetores solares à venda em Portugal e concluiu que os fatores de proteção...

O Infarmed, que tem a responsabilidade de supervisionar os produtos cosméticos, realizou este ano uma ação de supervisão do mercado de protetores solares, avaliando a sua qualidade laboratorial e analisando o seu fator de proteção. Entre 2007 e 2018 foram fiscalizados mais de 250 protetores solares.

Segundo os resultados do estudo, dos 22 produtos com função de protetores analisados depois de colhidos em diversos locais de venda ao público, todos “apresentaram um fator de proteção solar correspondente à categoria declarada no rótulo”.

Após 154 ensaios laboratoriais realizados, o Infarmed não encontrou nenhum caso em que o fator de proteção não correspondesse ao indicado no rótulo.

Também a nível das análises para determinar a contaminação por bactérias, os produtos mostraram cumprir os limites estabelecidos.

“Pode-se assim concluir que, do ponto de vista da qualidade e segurança, todos os produtos analisados se encontravam conformes, considerando a legislação em vigor”, indica a Autoridade do Medicamento no seu estudo.

As análises do Infarmed incidiram especialmente nos protetores solares com fatores de proteção entre 30 e 50.

A Autoridade do Medicamento aproveita para lembrar que apenas os cremes com fator de proteção acima de 30 “apresentam proteção elevada”, já que a proteção entre 6 e 10 é baixa e entre 15 e 25 é média.

São ainda recordados conselhos de utilização, como colocar o protetor solar de das em duas horas e após nadar ou transpirar.

Tal como a generalidade das autoridades de saúde, o Infarmed indica ainda que a proteção do sol não se pode ficar pelo uso do protetor, aconselhado a que se evite a exposição solar entre as 12:00 e as 16:00, por exemplo.

Associação de Fertilidade
Alguns casais cujo tratamento de infertilidade foi suspenso devido à decisão do Tribunal Constitucional de acabar com o...

“Há pessoas que estão a pegar nos seus embriões - que estão criopreservados em centros portugueses - e a levá-los a centros espanhóis, para lá poderem fazer a transferência”, disse a presidente da (APF), Cláudia Vieira, que falava à Lusa a propósito da passagem de 100 dias sobre a decisão do Tribunal Constitucional.

Segundo Cláudia Vieira, este processo evita que “a pessoa tenha de retomar todo um processo desgastante e também economicamente difícil”.

O acórdão do Tribunal Constitucional, que pôs fim ao anonimato dos dadores de gâmetas e suspendeu a gestação de substituição, criou “um vazio legal que afetou de forma transversal” a lei da Procriação Medicamente Assistida, tendo “como consequência imediata o cancelamento de inúmeros tratamentos” e o retrocesso dos processos de gestação de substituição já aprovados ou em avaliação pelo Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida (CNPMA).

“Na altura em que foi conhecido o acórdão houve vários casais preocupados”, tendo estes sido contactados pelos centros de procriação medicamente assistida para os informar de que não poderiam usar os gâmetas doados e de que os tratamentos tinham que ser suspensos, contou Cláudia Vieira.

Recentemente, o CNPMA lançou um despacho que, “de alguma forma”, permite aos casais que têm embriões criopreservados iniciar um novo tratamento com dadores não anónimos.

“Isto vem, de alguma forma, dar uma luz, mas são processos a que os casais vão ter de ser de novo submetidos, não só a nível clínico, que é bastante doloroso, mas também a nível financeiro”, frisou.

Além disso, vai sobrecarregar o Serviço Nacional de Saúde, que já está “totalmente bloqueado nas suas respostas”.

Para Cláudia Vieira, tudo isto seria desnecessário se o TC tivesse tido a preocupação de “não aplicar as suas recomendações de forma retroativa”, e lamenta que, passados 100 dias, nada tenha sido feito para acautelar a situação destas famílias e de milhares de embriões que estão em risco de “ficarem sem projeto de parentalidade”.

“Preocupa-nos que já tenham passado 100 dias, pode parecer pouco tempo para algumas pessoas, mas, para estes casais, o relógio continua a contar e a idade da mulher vai agravando e tudo isto tem repercussões no SNS, que não aceita mulheres acima dos 40 anos”, alertou.

A APF lançou recentemente a campanha “Vidas Congeladas”, que alerta para a necessidade urgente de legislar e de promover um debate público, com a recolha de testemunhos de vários quadrantes da política e da sociedade civil.

“Consideramos que é fundamental que exista um debate alargado sobre a questão do anonimato dos dadores de gâmetas e da gestação de substituição e, por isso, pedimos a todos os grupos parlamentares para nos enviarem pelo menos um testemunho sobre esta temática, com ideias construtivas para o debate e para a revisão da atual legislação tendo em conta as recomendações do TC”, salientou.

Mas, para “nossa grande surpresa, e apesar da nossa insistência, os grupos parlamentares do PS e PSD nem sequer nos responderam”, disse, lamentando esta posição.

“Se nem sequer estão dispostos a contribuir para a discussão, leva-nos a pensar que os calendários políticos não são compatíveis com o interesse destas pessoas e, acima de tudo, com o direito constitucional de constituírem a sua família”, lamentou.

Administração Regional de Saúde
A Administração Regional de Saúde do Norte assinou hoje novos contratos com o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança...

Em comunicado, a Administração Regional de Saúde (ARS) Norte distribuiu-as entre 14 camas na Unidade de Convalescença de Valença, na Unidade Local de Saúde do Alto Minho, 15 na Unidade de Convalescença de Macedo de Cavaleiros, na Unidade Local de Saúde do Nordeste e 20 camas para a Unidade de Longa Duração e Manutenção, na Santa Casa da Misericórdia de Vinhais.

Fruto desta parceria, prossegue a nota de imprensa, passam a estar disponíveis 241 camas de Convalescença, 817 camas de Média Duração e Reabilitação, 1.577 camas de Longa Duração e Manutenção, 25 camas de Cuidados Paliativos e 1.593 lugares de Equipas de Cuidados Continuados Integrados.

Na área da Pediatria, passam a haver dez camas de Cuidados Pediátricos Integrados e dez lugares de Ambulatório Pediátrico, enquanto na da Saúde Mental há 55 lugares em Unidade Socio-Ocupacional, oito visitas/dia em Equipa de Apoio Domiciliário e 14 lugares em Residência Autónoma.

Ainda nesta área, a parceria resultou em 24 lugares de Residência de Apoio Total, seis lugares em Residência de Treino de Autonomia tipo A - Infância e Adolescência e 10 lugares Unidade Socio-Ocupacional infância e adolescência.

Segundo a ARS Norte, a "capacidade total instalada é, agora, de 4.390 camas, a que corresponde um encargo financeiro do Estado, anual, da ordem de 55 milhões de euros".

Administração
O Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro vai abrir o procedimento concursal para a integração de 81 trabalhadores...

“A luta foi decisiva para esta primeira fase” do processo, que passa pela integração no mapa de pessoal do Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro (CMRRC), afirmou em comunicado o Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (STFPS) do Centro, que pugna pela “contagem de todo o tempo de serviço na carreira e outros direitos” daqueles trabalhadores.

Na quarta-feira, o STFPS do Centro recebeu a informação de que “o processo foi desbloqueado na segunda-feira” e que a administração do antigo Hospital Rovisco Pais, na Tocha, concelho de Cantanhede, “estava agora com todas as condições para abrir o procedimento concursal”.

A presidente do conselho de administração do Centro de Medicina e Reabilitação, Margarida Sizenando, confirmou esta informação.

“Estamos a iniciar a abertura dos processos concursais e vamos fazer o possível para que o processo seja rápido, porque é uma necessidade”, adiantou Margarida Sizenando.

Segundo uma nota do sindicato, assinada pelo dirigente José Manuel Dias, “a todo o momento, os trabalhadores serão convocados para entregarem nos Recursos Humanos a documentação que lhes for exigida para o procedimento concursal”, ao abrigo do Programa de Regularização Extraordinária dos Vínculos Precários na Administração Pública (PREVPAP), aprovada pela Assembleia da República.

“Após tantos anos a recibo verde, 81 trabalhadores precários vão ser integrados como trabalhadores efetivos do Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro”, na Tocha, distrito de Coimbra, congratula-se a organização.

José Manuel Dias recorda que “diversas foram as lutas dirigidas pelo STFPS do Centro, nas quais se destaca a greve de 10 e 11 de julho”, que incluiu uma concentração no primeiro dia.

Por sua vez, Margarida Sizenando disse que os 81 profissionais com vínculo precário abrangidos neste processo representam 32% do total de trabalhadores do Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro.

Os precários são maioritariamente assistentes operacionais e assistentes técnicos, a que se juntam “alguns técnicos superiores”, dos quais vários trabalham a recibo verde há quase 15 anos, de acordo com a presidente do conselho de administração.

Banco Mundial
A população da Índia deverá ultrapassar a da China, atualmente o país mais populoso do mundo, no ano de 2022, de acordo com...

“A China, com 1,4 mil milhões de habitantes é o país mais populoso do mundo em 2017. No entanto, a Índia, segundo país mais populoso, com 1,3 mil milhões de pessoas, deverá superar a população da China até 2022”, revela dados do Banco Mundial, disponíveis no portal da instituição sobre saúde, nutrição e população mundial, através de gráficos e tabelas que apresentam previsões até 2050.

Em 2022, as previsões indicam que a população da Índia será de 1.411.415.000 enquanto a China terá 1.404.652.000 habitantes.

Segundo os dados, a taxa de fertilidade da China diminuiu drasticamente desde a década de 1970.

Os dados também indicam que, embora o México e o Japão tenham população semelhante (129 milhões e 127 milhões, respetivamente) em 2017, as estruturas etárias desses países parecem muito diferentes.

As pirâmides populacionais dos dois países mostram que a população do México é muito mais jovem do que a do Japão. O México tem mais jovens e o Japão tem mais idosos.

A população com mais de 65 anos aumentou rapidamente desde os anos 90 no Japão. No entanto, a população com mais de 65 anos no México deverá exceder 10 milhões em 2020 e aumentar de forma constante. Estima-se que as diferenças na população com idades entre 65 anos ou mais entre o Japão e o México diminuam até 2050.

No que toca à saúde, o estudo refere, por exemplo, que as mulheres são mais vulneráveis ao VIH do que os homens, especialmente na África Subsaariana. Em 20 países da África Subsaariana, mais de 60% da população afetada pelo VIH são mulheres.

Em outras regiões, menos da metade da população afetada pelo HIV são mulheres (sul da Ásia: 33%, América Latina e Médio Oriente: 38%). Segundo o Programa das Nações Unidas para o Combate ao VIH/Sida (UNAIDS), fatores estruturais, comportamentais e biológicos estão a aumentar o risco de infeção pelo VIH entre as mulheres.

Os dados indicam que há mudanças na causa da morte em países de baixo rendimento nos últimos 16 anos.

Em países de alto rendimento, a maioria das mortes é causada por doenças não transmissíveis, como doenças cardíacas e AVC, enquanto a maioria das mortes em países de baixo rendimento é causada por doenças transmissíveis.

Na Zâmbia, Quénia, Malauí, Níger e Botsuana, com a maior proporção de causas de morte por doenças transmissíveis, mais de 78% das mortes foram causadas por doenças transmissíveis em 2000.

No entanto, a proporção de causas de morte por doenças não transmissíveis aumentou nestes países em 2016. No Botswana, por exemplo, a percentagem de mortes causadas por doenças transmissíveis tem vindo a diminuir rapidamente, enquanto a proporção de mortes por doenças não transmissíveis aumentou entre 2000 e 2016.

 

Estudo
Algumas superbactérias dos hospitais estão a tornar-se cada vez mais resistentes aos desinfetantes à base de álcool que estão...

As loções e géis que contêm desinfetantes à base de álcool isopropílico e etílico são amplamente utilizados no mundo e ajudavam, até agora, a reduzir drasticamente um tipo de bactéria chamada Staphylococcus aureus resistente à meticilina (SARM).

Mas, segundo o Sapo, investigadores notaram um aumento de infeções de uma bactéria que vive no intestino, a Enterococcus faecium, que pode ser transmitida através de cateteres e respiradores em ambientes hospitalares.

"As infeções de E. faecium resistentes aos medicamentos aumentaram apesar do uso de desinfetantes com álcool e atualmente representam uma das principais causas de infeções adquiridas nos hospitais", lê-se no relatório publicado na revista Science Translational Medicine.

Causa de sépsis
Os enterococos representam aproximadamente um em cada 10 casos de infeções bacterianas no mundo, e são a quarta e quinta causa de sépsis - infeção generalizada no organismo - na América do Norte e Europa, respetivamente.

Acredita-se que o E. faecium, em particular, cause um terço das infeções por enterococos na Austrália, 90% dos quais são resistentes ao antibiótico ampicilina e 50% também são resistentes à vancomicina.

Para compreender melhor as razões da propagação desta bactéria, os cientistas analisaram amostras de bactérias recolhidas em dois hospitais de Melbourne, Austrália, entre 1997 e 2015.

"As amostras isoladas recolhidos depois de 2009 foram em média mais tolerantes ao álcool em comparação com as bactérias retiradas antes de 2004", conclui o estudo que adianta que são necessários mais estudos para confirmar se estas bactérias são cada vez mais resistentes aos desinfetantes em outros hospitais no mundo.

 

Artigo de Opinião
Com a chegada do calor caraterístico do verão, muitos são aqueles que retiram o seu par de ténis do

Antes sequer de pensar em sair de casa para correr, deve considerar o tipo de calçado que vai utilizar. Não basta chegar à loja e escolher um par de ténis da secção de desporto. É preciso ter em conta alguns fatores, tais como o peso da pessoa ou o tipo de piso em que irá correr, e comprar em consonância ténis com amortecimento suficientemente capaz de minimizar o impacto dos pés contra o solo. Mas mais importante que isso é que o calçado se adeque corretamente aos pés, de modo a não causar fricção.

Após este passo, segue-se a fase de preparação para a realização de uma corrida: os exercícios de aquecimento. Estes são responsáveis por prevenir o aparecimento de lesões nos músculos do nosso corpo no decorrer da corrida, dado que estimulam a flexibilidades dos mesmos. Passados 5 a 10 minutos de aquecimento, o indivíduo fica apto para o esforço físico que se segue.

Para quem está a iniciar esta nova rotina, nos primeiros tempos não deve exagerar no tempo, distância e intensidade de corrida. Uma pessoa destreinada corre maior risco de se lesionar, pois o corpo não se encontra preparado para tal nível de esforço. Importa aqui perceber aquilo que cada um é capaz de fazer, para que se possa gradualmente aumentar a intensidade de treino. Já no caso de sentir algum tipo de dor ou sensação anormal decorrentes da prática de exercício físico, deve cessar a atividade e procurar a ajuda de um especialista.

Terminada a corrida, o último passo a tomar é a realização de alongamentos, que irão promover a circulação sanguínea e aliviar a tensão acumulada nos músculos. Estes devem ter uma duração entre 5 a 10 minutos, e podem ser complementados com massagens nos pés. Contudo, os músculos necessitam muito mais do que alguns minutos para recuperar, pelo que será necessário organizar uma rotina de treino responsável, na qual poderá correr um a dois dias seguidos, e descansar no terceiro dia.

Seguindo as recomendações anteriores, aliadas a uma correta alimentação e hidratação, assim como a uma boa rotina de sono, será mais fácil fazer o desporto que gosta sem que para isso corra o risco de vir a ter uma ou mais lesões. Ainda assim, se tiver alguma dúvida, poderá consultar um Podologista, que o ajudará a escolher o calçado certo para si, bem como diagnosticar e tratar possíveis complicações nos seus pés que possam prejudicar a prática de atividade física ou até a sua qualidade de vida.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Especialista alerta
O presidente do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto admite que as gaivotas são um problema de saúde pública e...

As “aves não são infelizes”, nem precisam que “se dê de comer à mão”, considerou Henrique Barros, presidente do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISUP), defendendo a necessidade de uma maior prevenção junto à população para que coloque o lixo urbano nos locais convenientes.

“Se as pessoas tivessem cuidado de colocar o lixo nos sítios em que deve ser colocado, e depois os municípios tivessem o cuidado de o recolher convenientemente, e se as pessoas não promovessem a alimentação à mão às gaivotas," era uma forma de controlar o fenómeno, acredita aquele investigador na área da sáude pública.

O fenómeno da quantidade das gaivotas não é caso para alarmismos, mas a prevenção deve ser constante, reitera Henrique Barros.

“Não vale a pena fazer alarmismo, isto não é como o caso dos morcegos para aquela doenças infecciosas graves de África ou não é como a raiva. Não estamos a falar de coisas destas, mas é possível que havendo um grande desequilíbrio ecológico se criem condições para algumas dessas espécies [como as gaivotas] possam transformar-se em portadores de agentes infecciosos”, observou, recordando ainda a discussão em torno da “gripe das aves”.

“O que nós sabemos hoje em dia, isso é muito claro, é que quando mexemos nos equilíbrios ecológicos criamos problemas” e ao fazer essa mudança “criam-se condições para que possa ser introduzido ou que circule um agente que nós não estávamos à espera”, explica Henrique Barros, observando que as gaivotas deveriam andar a comer peixe no mar, mas não no lixo das cidades.

Um estudo científico revelou que as gaivotas que habitam no Porto tanto se alimentam de queques e carne na Baixa da cidade, como comem peixe ao longo do rio Douro até Pinhão (Vila Real) e vão à lota de Matosinhos.

Segundo a Sociedade Portuguesa de Estudos das Aves (SPEA), o aumento de ataques de gaivotas no Porto pode explicar-se com o crescente número de restaurantes perto do rio Douro, uma consequência da elevada procura turística naquela área.

 

Calor
O aviso vermelho, o mais grave, foi prolongado em 11 distritos de Portugal continental até ao início da tarde de domingo por...

Com temperaturas acima dos 40 graus previstas para hoje, os distritos de Lisboa, Setúbal, Bragança, Évora, Guarda, Vila Real, Santarém, Beja, Castelo Branco, Portalegre e Braga vão estar em aviso vermelho até às 14:59 de domingo.

Os restantes distritos de Portugal continental estão sob aviso laranja, o segundo mais grave.

Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), esta persistência de valores elevados das temperaturas máximas, que na quinta-feira bateram recordes históricos, deve-se a um anticiclone que transporta ar quente do norte de África e faz com que as noites sejam tropicais.

Na quinta-feira, oito locais do continente bateram recordes de temperatura máxima no centro e sul do país. O IPMA registou estes valores históricos nas estações de Castelo Branco (42,2 graus celsius), Odemira (41,9), Nelas (41,3), Anadia (43,8), Coruche (44,9), Setúbal (42,6), Alvalade (43,8) e Zambujeira do Mar (41,1).

Para hoje, o IPMA prevê tempo excecionalmente quente, com céu geralmente limpo, aumentando temporariamente de nebulosidade nas regiões do interior durante a tarde, com condições favoráveis à ocorrência de trovoada.

A previsão aponta para temperaturas máximas acima dos 30º e a ultrapassar os 40º em muitos locais. Os termómetros vão subir até aos 44º em Santarém, 43º em Setúbal, Évora, Beja e Castelo Branco, 42º em Lisboa e Portalegre, 41º em Braga e 40º em Vila Real e Sines. Já as mínimas não vão baixar dos 18º (Leiria).

Nos Açores, o IPMA prevê períodos de céu muito nublado com boas abertas, aguaceiros, mais prováveis na madrugada e manhã, e temperaturas máximas a subirem até aos 27º em Santa Cruz das Flores, e 26º em Angra do Heroismo, Ponta Delgada e Horta.

Para a Madeira está previsto céu com períodos de muita nebulosidade, tornando-se geralmente pouco nublado a partir da tarde, com os termómetros a subirem até os 26º no Funchal e 27º em Porto Santo.

 

Governo
O Presidente da República promulgou ontem o decreto-lei que obriga o Governo a abrir concurso no prazo de um mês para contratar...

Numa nota publicada na página oficial da Presidência da República afirma-se, sem outros comentários, que “o Presidente da República promulgou o Decreto da Assembleia da República nº 240/XIII, que estabelece a obrigatoriedade de procedimento concursal para recrutamento dos médicos recém-especialistas que concluíram com aproveitamento a formação específica”.

O diploma, uma iniciativa do PCP, visa reforçar o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e foi aprovado por unanimidade em plenário a 18 de julho, depois de ter sido debatido na comissão de Saúde.

Ao obrigar à abertura de concurso no prazo de um mês para contratar médicos recém-especialistas o decreto-lei pretende evitar atrasos na abertura desses concursos, o que muitas vezes levava os jovens médicos a irem para o setor privado ou então para outros países.

Por isso o diploma agora promulgado estipula que o recrutamento dos médicos se faz por concurso, com vista à constituição de vínculo de emprego público na modalidade de contrato de trabalho em funções públicas.

Na exposição dos motivos do diploma, sublinhava-se que se assiste há vários anos a atrasos na abertura por parte do Ministério da Saúde dos procedimentos concursais para colocação dos médicos especialistas no SNS.

"Atrasos que ganharam mais expressão no ano passado (2017), registando-se um atraso de oito meses na publicação dos concursos", referia o texto.

Nota ainda que esta situação fragiliza o SNS, porque os médicos não estão nos hospitais e centros de saúde que deles necessitam ou estão em exercício de funções sem estarem integrados na carreira médica, acabando muitos deles por abandonar o SNS, optando pelo setor privado ou pela emigração.

Por estas e outras razões, "importa que seja estabelecido um calendário preciso para a abertura dos procedimentos concursais, para que não haja atrasos e para que o Serviço Nacional de Saúde não perca profissionais", lê-se na fundamentação do projeto.

Em janeiro, o Sindicato Independente dos Médicos denunciou que pelo menos 200 dos cerca de 700 médicos recém-especialistas que aguardavam há meses por um concurso já saíram para o estrangeiro ou para hospitais privados e parcerias público-privadas.

 

Ministério da Saúde
O Brasil registou este ano 1.053 casos confirmados de infecção por sarampo até dia 01 de agosto, informou o Ministério da Saúde...

O novo boletim indica que houve um aumento de 232 casos confirmados desde o último levantamento, divulgado no dia 17 de julho.

Este ano, o país enfrenta dois surtos de sarampo nos estados de Roraima e Amazonas.

O sarampo estava erradicado no Brasil, mas voltou devido à importação do vírus da Venezuela, onde a doença se espalhou e tem aumentado os problemas da população que sofre os efeitos de uma grave crise económica e social.

Segundo o Governo brasileiro, até esta quarta-feira, foram confirmados 742 casos de sarampo no Amazonas e outros 4.470 permanecem em investigação.

O estado de Roraima confirmou 280 casos da doença e outros 106 continuam em investigação.

Também foram identificados casos de sarampo nos estados de São Paulo (1), Rio de Janeiro (14), Rio Grande do Sul (13), Rondônia (1) e Pará (2).

O Governo brasileiro anunciou na última terça-feira que pretende aplicar 28,3 milhões de doses das vacinas entre os dias 06 e 31 de agosto numa campanha para vacinar 11 milhões de crianças com idade entre 01 a 5 anos contra o sarampo e a poliomielite.

Ao apresentar a campanha, o ministro da Saúde brasileiro, Gilberto Occhi, enfatizou que o país está em alerta face ao regresso de doenças antes erradicadas.

"Às vezes enfrentamos uma situação como essa [do sarampo], que nos traz um alerta, porque temos uma falsa impressão de que a doença foi eliminada do país", disse.

"É a cobertura vacinal elevada que faz a doença desaparecer. E é por isso que devemos continuar a vacinar os nossos filhos, para manter essas doenças longe do Brasil", acrescentou.

Os 26 estados do país e o Distrito Federal foram abastecidos com 13,4 milhões de vacinas Tríplice viral, que protege contra sarampo, rubéola e papeira.

Estudo
Um desequilíbrio da acidez e alcalinidade (pH) nas células do cérebro pode ser uma das causas de Alzheimer, segundo um estudo...

Esta descoberta poderá ajudar no futuro em casos de diagnóstico precoce da doença, considerou Rajini Rai, professor de fisiologia da Faculdade de Medicina da Universidade Johns Hopkins.

Quando os processos celulares não conseguem eliminar as chamadas proteínas beta-amiloides, estas acumulam-se à volta dos neurónios, o que leva à degeneração das células nervosas e à deterioração de faculdades como a memória, segundo os cientistas.

Para reverter esta acumulação, os investigadores introduziram enzimas histona deacetilase (HDAC) em células de ratos, que responderam com sucesso à estabilização do pH.

O uso destes inibidores está aprovado pela Agência da Segurança Alimentar e de Medicamentos norte-americana (FDA, na sigla em inglês) em pacientes com certos tipos de cancro de sangue, mas não para os doentes de Alzheimer, já que não conseguem ultrapassar a barreira de sangue de entrada no cérebro.

De acordo com o estudo, publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), essa incapacidade é um desafio significativo para o uso direto dos medicamentos para tratar distúrbios cerebrais.

Para descobrir se vale a penas centrar os esforços na conceção de HDACs capazes de chegar ao cérebro, os investigadores planeiam novas experiências para averiguar se estes inibidores têm o mesmo efeito nas células de pacientes humanos.

Especificamente, os cientistas encontraram evidencias no desequilíbrio da química ácido-alcalina dos endossomos, os organelos que transportam os nutrientes das células, como uma das causas do Alzheimer.

"No momento em que se diagnostica o Alzheimer, grande aprte do dano neurológico já está feito e é muito provável que seja tarde demais para reverter a progressão da doença", disse Rao.

Portanto, é necessário focarmo-nos nos primeiros sintomas da doença, "sabendo que a biologia e a química dos endossomos é um fator importante muito antes de o declínio cognitivo começar", acrescentou.

Atualmente, não existe qualquer medicação que possa prevenir ou reverter a doença de Alzheimer, a demência mais comum entre os idosos e que afeta 50 milhões de pessoas em todo o mundo.

Calor
As unidades de saúde da região Centro estão preparadas, caso haja necessidade, para aumentar os recursos humanos face à onda de...

Segundo João Pedro Pimentel, da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC), o reforço de profissionais de saúde "está previsto e será decidido localmente".

"Não é uma medida generalizada, porque tem de ser tomada a cada momento e em cada local. Haverá hospitais que, eventualmente, possam precisar de reforços e haverá outros que não", sublinhou.

O diretor regional do departamento de saúde pública da ARSC acrescentou que, se houver necessidade, os centros de saúde que não estão abertos 24 horas vão também alargar os seus horários de atendimento.

João Pedro Pimentel explicou que a ARSC tem em vigor, desde 01 de maio, um plano de verão que se estende até 30 de setembro, que consiste na divulgação de um conjunto de medidas de saúde pública que permita manter a população, sobretudo os mais idosos, dependentes e doentes crónicos, em conforto térmico e com hidratação.

No âmbito do plano de contingência acionado na região, o especialista acrescentou também que, localmente, existe a identificação pela Proteção Civil de locais de abrigo [como escolas e igrejas] para a população enfrentar a onda de calor.

"Depois, há também uma medida muito importante, que é feita onde há idosos que vivem sozinhos, em que a GNR tem um perfeito conhecimento da sua situação e que, numa altura destas, precisa de apoio de alguma maneira", disse.

De acordo com João Pedro Pimentel, existe um conjunto de medidas de saúde pública que são amplamente divulgadas, com recurso às rádios locais, e a "intervenção diária junto dos lares da rede nacional de cuidados continuados e de todas as instituições que recebem idosos para terem níveis de hidratação e conforto térmicos adequados".

O diretor regional do departamento de saúde pública adianta ainda que a ARSC criou, "atempadamente, patamares de resposta a situações de catástrofe, que são acionados a nível regional, dos Agrupamentos de Centros de Saúde e dos hospitais".

SPMI: conselhos para ultrapassar a onda de calor
Agosto chegou com as tão aguardadas temperaturas de verão. Este tardou, mas segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera...

“Nos idosos o principal problema é a sua menor capacidade de termorregulação, ou seja, o seu organismo não tem a mesma capacidade para dar resposta às elevadas temperaturas. Além disso, este é um grupo etário que toma, na sua grande maioria, medicação e existem algumas situações que reduzem a sensação de calor, ou a sensação de sede, além de poderem interferir com o equilíbrio dos líquidos.” As crianças são igualmente um grupo de risco “porque são particularmente sensíveis à desidratação e porque até uma certa idade não se conseguem exprimir, por exemplo para pedir água”.

Contudo, ainda que estes sejam os dois grupos mais vulneráveis nesta altura de calor, o especialista alerta que os cuidados devem ser tidos por todos: “beber água, mesmo quando não se sente sede, garantindo uma correta hidratação; optar por locais mais frescos e evitar andar na rua nas horas de maior calor ou ir à praia nestes períodos, principalmente com crianças; preferir comidas mais frescas e leves, comendo mais vezes ao longo do dia e evitando grandes quantidades de cada vez, assim como alimentos não conservados no frio, não frescos, não preparados na altura e excesso de bebidas alcoólicas.”

Nos períodos em que as temperaturas estiverem mais elevadas, um duche de água tépida ajuda a controlar o calor. Evitar cozinhar no forno, que contribui para o aquecimento da casa; usar roupa mais clara, menos apertada e mais fresca, optando por roupas de algodão, em detrimento das roupas sintéticas; não esquecer a proteção da cabeça e dos olhos, usando um chapéu e óculos de sol (mesmo as crianças); e usar protetor solar no dia-a-dia são mais alguns conselhos que o internista nos deixa para que possamos passar estes dias de calor com maior qualidade. Afinal, pedimos o verão e ele não nos falhou!

 

Doença dos pezinhos
Uma equipa luso-americana desenvolveu um modelo animal para o estudo da PAF (Polineuropatia Amiloidótica Familiar), também...

A técnica passou pela introdução de mutações causadoras da doença num modelo animal, a C. Elegans, capaz de simular todo o processo degenerativo que ocorre no ser humano. A prova da eficácia do modelo foi feita com fármacos já disponíveis no mercado e com outros em fase final de ensaios pré-clínicos.

Algumas mutações na TTR (Transtirretina) são as responsáveis pelo desenvolvimento da PAF, escreve o Sapo, uma doença neurodegenerativa com grande ligação a Portugal e vulgarmente conhecida por doença dos pezinhos ou paramiloidose.

Esta doença hereditária resulta da produção de TTR anómala no fígado que, dada a conformação da forma mutada, acaba por se depositar noutras áreas do organismo, nomeadamente nos nervos periféricos levando à sua progressiva degeneração.

Como explica em comunicado Miguel Alves-Ferreira, investigador do i3S e um dos envolvidos no projeto, "o fígado é como uma fábrica que está a produzir um produto errado que se deposita noutro sítio; o fígado em si não sofre consequências dessa produção". Por isso as terapêuticas passam, essencialmente, por evitar a formação dos agregados de TTR que se depositam nos nervos periféricos, ou pela eliminação a fonte produtora da proteína. Desta forma, o transplante de fígado também pode ser uma solução. Embora radical, até há bem pouco tempo essa era a única solução terapêutica.

Ratos são mais caros
Um dos problemas no estudo deste tipo de doenças, afirma Miguel Alves-Ferreira, "é encontrar modelos para os estudos pré-clínicos nos quais se possam testar potenciais terapias".

Já existem modelos animais, como ratos e moscas, mas, "ou acumulam a proteína no mesmo órgão onde ela é expressa, ou não apresentam depósitos da proteína mutada (os agregados), situação muito diferente daquilo que se observa nos humanos". Além disso, os ratos são modelos de manutenção dispendiosa e com ciclos de vida muito longos. 

A equipa voltou-se, por isso, para um modelo muito simples e com o ciclo de vida muito curto, a C. Elegans. "Trata-se de um nemátodo (um conjunto de animais cilíndricos e alongados) muito simples, muito bem conhecido, com um sistema nervoso muito bem estudado e é muito fácil de manter em grandes quantidades no laboratório", adianta o investigador. Por outro lado, "a nossa abordagem técnica permite recapitular o processo degenerativo que se observa nos humanos".

De facto, a equipa conseguiu gerar C. Elegans que produzem TTR mutada no músculo, acumulando os agregados noutra parte, precisamente no sistema nervoso.

Para testar a fidelidade do novo modelo, os investigadores aplicaram tratamentos para a PAF com fármacos já disponíveis comercialmente, bem como outros que estão em fase de testes pré-clínicos. Concluíram que o novo modelo em C. Elegans, nas palavras de Miguel Alves-Ferreira, "não só recapitula a doença como apresenta resposta aos tratamentos muito similar à esperada, de acordo com os estudos já existentes".

A ciência fica assim apetrechada com um modelo que apresenta inúmeras vantagens na investigação da doença. Por outro lado, explica-nos o investigador, "a caracterização deste modelo pode ser transposta facilmente para outras doenças neurodegenerativas".

A equipa portuguesa que participou no estudo contou também com a investigadora Carolina Lemos, também do i3S, e é fruto de uma estreita colaboração com o "The Scripps Research Institute", na Califórnia.

Calor
Os distritos de Bragança, Vila Real, Viseu, Guarda e Castelo Branco vão estar na sexta-feira sob aviso amarelo, o terceiro mais...

Segundo os avisos do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), estes cinco distritos estarão sob aviso a partir das 11:59 de sexta-feira e até ao final do dia (20:59) devido às condições favoráveis para ocorrência de trovoadas.

Estes avisos somam-se aos outros que estavam já ativos nestes distritos e noutros seis, num total de 11. Todos estes distritos estão desde hoje sob aviso vermelho, o mais grave, por causa da persistência de temperaturas elevadas, no âmbito da onda de calor que afeta o território nacional e que se prolonga por vários dias.

A onda de calor que atinge o país durante os próximos dias, com o dia de hoje a ser o dia mais quente, fará com que se possam registar nalguns locais “máximos históricos” de temperatura.

Para hoje, o IPMA prevê temperaturas máximas a chegarem aos 45 graus Celsius em Évora, enquanto as mínimas não vão baixar dos 17 graus (Leiria).

A situação de muito calor deve prolongar-se por pelo menos quatro dias, sendo que as noites serão “tropicais”.

Segundo as previsões do IPMA, o "período excecional de calor" prolonga-se até domingo, com a temperatura máxima do ar, "em grande parte do território do continente", a registar valores da ordem dos 40ºC, com exceção da costa algarvia, que terá máximas ligeiramente mais baixas, entre 30ºC e 35ºC.

No "período mais crítico", entre hoje e sábado, em vários locais do Alentejo, vale dos rios Douro e Tejo e na Beira Baixa a temperatura máxima poderá chegar aos 45ºC e, num ou outro local, ultrapassar este valor. Em Évora e Santarém, as máximas poderão bater os 46ºC.

As temperaturas mínimas serão também "muito elevadas", de acordo com o IPMA, atingindo valores próximos de 25ºC "em grande parte do território" e aproximando-se dos 30ºC em alguns locais do interior Centro e Sul, em especial no Alto Alentejo.

Além do calor, estão igualmente previstas poeiras no ar, o que levou a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) a alertar para a possibilidade de fraca qualidade do ar em Portugal continental durante este período, devido às concentrações de ozono e às partículas esperadas vindas do Norte de África.

Segundo a APA, as condições meteorológicas, com temperaturas muito elevadas hoje e nos próximos dias, com o aumento da concentração do ozono troposférico, sobretudo no litoral do país, e a previsão de poeiras no ar, "conduzem a uma potencial situação de fraca qualidade do ar generalizada para todo o território continental até ao final [do dia] de domingo".

"Estes poluentes têm efeitos na saúde humana, principalmente na população mais sensível, crianças e idosos, cujos cuidados de saúde devem ser redobrados durante a ocorrência destas situações", sublinha a APA, recordando as recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS), que aconselha a população a tomar medidas de proteção, como manter-se em ambientes frescos, procurar manter frescas as habitações e beber muita água, evitando o álcool.

 

Programa Humaniza
Dez instituições ligadas à saúde do continente e ilhas vão receber apoio do Programa Humaniza, traduzido em mais de cem mil...

O Programa, que tem a colaboração do Governo e o patrocínio da Fundação “La Caixa”, é a versão portuguesa de uma iniciativa que já existe em Espanha e que desde 2009 já chegou a quase 135 mil doentes e 187 mil familiares.

De acordo com informação oficial divulgada hoje, o Programa baseia-se num modelo de intervenção por equipas de apoio psicossocial, constituídas por profissionais que vão dar apoio psicológico, social e espiritual em situações de doença avançada. O objetivo é melhorar questões como a ansiedade e a tristeza, mas também a adaptação ao estado da doença, apoiando quer doentes, por exemplo doentes de cancro nos cuidados paliativos, mas também familiares.

“Esta iniciativa vem reforçar o cuidado integral realizado pelas equipas de cuidados paliativos tendo em conta tanto o apoio psicológico e emocional, social e espiritual ao doente e aos seus familiares, como o apoio no luto e a profissionais de cuidados paliativos, além do acompanhamento por parte de voluntários”, explica-se no documento.

Em resumo, o Programa (Programa de Atenção Integral a Pessoas com Doenças Avançadas) complementa a ação dos serviços públicos de saúde no apoio a doentes em final de vida e suas famílias. Mas também apoia a qualificação profissional de médicos em cuidados paliativos, a criação de equipas domiciliárias, ou o apoio a associações, entre outros.

Na sequência de um concurso lançado em fevereiro foram escolhidas as 10 entidades, que receberão 112 mil euros cada uma. A Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, o Instituto Português de Oncologia de Coimbra Francisco Gentil, o Centro Hospitalar Universitário do Algarve e o Instituto São João de Deus, em Lisboa, fazem parte da lista.

As restantes instituições são o Centro Hospitalar Lisboa Norte, o Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira, a Santa Casa da Misericórdia do Porto, a Unidade Local de Saúde do Nordeste, o Hospital Divino Espírito Santo de Ponta Delgada e a Unidade Local de Saúde da Guarda.

A Fundação “La Caixa”, do banco espanhol Caixa Bank, quer investir em Portugal, por ano, cerca de 50 milhões de euros em projetos sociais.

O apoio para os cuidados paliativos foi objeto de um acordo entre o governo de Portugal e a fundação em fevereiro deste ano.

Calor
A Agência Portuguesa do Ambiente alertou para a possibilidade de fraca qualidade do ar em Portugal continental durante o...

Segundo a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), as condições meteorológicas, com temperaturas muito elevadas hoje e nos próximos dias, com o aumento da concentração do ozono troposférico, sobretudo no litoral do país, e a previsão de poeiras no ar, "conduzem a uma potencial situação de fraca qualidade do ar generalizada para todo o território continental até ao final [do dia] de domingo".

"Estes poluentes têm efeitos na saúde humana, principalmente na população mais sensível, crianças e idosos, cujos cuidados de saúde devem ser redobrados durante a ocorrência destas situações", sublinha a APA, recordando as recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS), que aconselha a população a tomar medidas de proteção, como manter-se em ambientes frescos, procurar manter frescas as habitações e beber muita água, evitando o álcool.

"A APA continua a acompanhar esta situação, divulgando ao público toda a informação da qualidade do ar e os valores medidos nas estações de monitorização, que podem ser consultados aqui", acrescenta.

A APA classifica a qualidade do ar para hoje como média em Aveiro, Braga, Coimbra, Faro, Porto e Setúbal e apenas em Lisboa a qualidade será boa.

A escala da qualidade do ar aplicada pela APA integra cinco níveis: muito bom, bom, médio, fraco e mau.

Portugal continental está debaixo de calor extremo a partir de hoje, e até final do dia de sábado, com 11 distritos sob aviso vermelho, o mais grave, devido a um anticiclone que transporta ar quente do norte de África.

 

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Todos os distritos de Portugal continental e os arquipélagos da Madeira e dos Açores, à exceção da ilha das Flores, têm hoje um...

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), a ilha das Flores apresenta risco elevado de exposição à radiação ultravioleta (UV).

Para as regiões com risco muito elevado e elevado, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

O índice ultravioleta varia entre 1 e 2, em que o risco de exposição à radiação UV é baixo, 3 a 5 (moderado), 6 a 7 (elevado), 8 a 10 (muito elevado) e superior a 11 (extremo).

Para Portugal continental, o IPMA prevê para hoje tempo excecionalmente quente, com céu pouco nublado ou limpo, e as temperaturas máximas vão estar sempre acima dos 30º Celsius, ultrapassando os 40º em Évora (45º), Beja e Setúbal (44º), Lisboa e Castelo Branco (42º) e ainda em Sines, Leiria, Coimbra e Braga (41º).

A persistência das temperaturas elevadas levou o IPMA a colocar sob aviso vermelho (o mais grave) 11 distritos de Portugal continental até ao final do dia de sábado.

Nos Açores, espera-se céu muito nublado, diminuindo a nebulosidade para o final da tarde, e períodos de chuva fraca ou aguaceiros fracos, mais frequentes na tarde. Os termómetros deverão ficar-se pelos 27º Celsius em Santa Cruz das Flores e pelos 26º em Angra do Heroísmo, Ponta Delgada e na Horta.

Para a Região Autónoma da Madeira esperam-se períodos de céu muito nublado, com abertas nas vertentes sul, e a possibilidade de ocorrência de aguaceiros fracos nas vertentes norte e nas terras altas até ao início da manhã. No Funchal a temperatura máxima não deverá ultrapassar os 26º e no Porto Santo os 25º.

Calor
A Administração Regional de Saúde do Norte avançou que hoje está ativo o nível de risco amarelo em “toda área geográfica da...

Em entrevista, o presidente da Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N), Pimenta Marinho, declarou que os serviços de saúde da região vão estar mais em alerta e disponíveis para apoiar pessoas vulneráveis, principalmente os idosos, com equipas de cuidados continuados.

Há sempre aqui uma sensação de que nestes períodos poderemos ter que dar mais algumas consultas e se necessário também alargar horários”, acrescentou Pimenta Marinho, considerando, todavia, que não deverá haver necessidade de ter de alargar horários de funcionamento das unidades.

Reforçar os meios com mais recursos humanos é outra possibilidade, avançou, referindo que há muitos casos de pessoas identificadas a morar sozinhas e que pode ser vantajoso verificar em casa se precisam de “algum apoio” ou se é preciso levar para o “hospital ou para o centro de saúde”.

Se no Norte for necessário ativar o nível de risco vermelho os internamentos têm de ser adaptados, bem como o número de camas “para que os doentes sejam atendidos e ver resolvidos os seus problemas”, com um novo modelo de organização para aumentar a capacidade de receber mais utentes, acrescentou aquele responsável.

“De acordo com o Plano de Contingência Regional Saúde Sazonal (PCRSS), foi hoje definido e divulgado que, amanhã [quinta-feira, dia 02 de agosto], toda a área geográfica da região Norte estará no nível de risco amarelo (intermédio)”, disse fonte oficial da ARS-N.

Segundo a mesma fonte, o nível de risco amarelo significa que as unidades de saúde estão em “alerta”, ou seja, se for preciso há alargamento dos horários nas unidades de saúde e os recursos humanos podem ser chamados para onde são mais necessários.

Os PCRSS têm níveis de risco com cores diferentes, sendo que o nível 1 - Verde – é para uma “Situação de vigilância” e considerada a menos grave da lista.

O nível 2 - Amarelo – é para “Previsíveis efeitos sobre a saúde” e o nível 3 – Vermelho – é para situações onde são esperadas consequências “graves em termos de saúde e mortalidade”.

O PCRSS – Módulo Verão 2018 da ARS-N, que está ativado desde 01 de maio deste ano e que se prolonga até ao próximo dia 30 de setembro tem, como principal finalidade, “prevenir e minimizar os efeitos negativos do calor intenso na saúde da população em geral e dos grupos de risco em particular”.

Os grupos classificados como vulneráveis ao calor são os idosos, crianças nos primeiros anos de vida em creches e infantários, grávidas, doentes crónicos, como as pessoas que têm problemas cardiovasculares, respiratórias, renais, diabetes e alcoolismo, obesos, acamados, pessoas com problemas de saúde mental, sem abrigo, trabalhadores de exterior e desportistas.

Durante a vaga de calor, a exposição ao calor intenso pode obrigar a cuidados médicos de emergência decorrentes de diversas perturbações no organismo, designadamente, golpes de calor, esgotamento devido ao calor, cãibras, aumento da sobrecarga cardiovascular, agravamento de doenças crónicas, lesões da pele (erupção, eritema, queimaduras solares, fadiga térmica), e problemas psicológicos (incómodo, mal-estar, irritabilidade).

De acordo com o IPMA, a temperatura vai subir de forma acentuada em Portugal continental, mantendo-se muito elevada até ao fim de semana, com os avisos laranja a passarem a vermelhos (o nível mais grave) a partir de hoje e até às 05:59 de sábado.

Os distritos abrangidos pelo aviso vermelho por causa da persistência de valores elevados da temperatura máxima são Bragança, Évora, Guarda, Vila Real, Santarém, Beja, Castelo Branco, Portalegre e Guarda.

O IPMA adverte que as temperaturas máximas vão estar "muito acima dos valores normais para a época" e podem atingir "máximos absolutos em vários locais", com máximas a rondarem os 45ºC e as mínimas a aproximarem-se dos 30ºC.

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