OMS
A Europa registou, no primeiro semestre deste ano, 41 mil casos de sarampo, um número superior ao de qualquer outro ano desta...

O recorde anual tinha sido registado no ano passado, quando foram contabilizados 23.927 casos, avança a Organização Mundial de Saúde (OMS) num relatório que inclui 53 países da região europeia (os 28 da União Europeia, a Rússia e a Europa de Leste), com uma população aproximada de 900 milhões de habitantes.

O número mais baixo, adianta, foi registado em 2016, quando os casos de sarampo contabilizados se ficaram pelos 5.273.

Entre janeiro e junho deste ano, sete países registaram mais de 1.000 infetados: França, Grécia, Itália, Rússia, Sérvia, Geórgia e Ucrânia, tendo este último sido líder destacado, com mais de 23 mil casos.

Os relatórios mensais dos Estados-membros referem 37 mortes por sarampo este ano, sendo a Sérvia o país mais afetado, com 14 casos.

A diretora regional da OMS, Zsuzsanna Jakab, considerou o aumento de casos “dramático” e apelou a todos os países da zona europeia para que apliquem, de imediato, “medidas apropriadas ao contexto para evitar que a doença se propague ainda mais”.

“A saúde de todos começa com a imunização”, lembrou.

A OMS sublinhou que o vírus do sarampo é “extremamente contagioso” e é transmitido com rapidez entre pessoas suscetíveis, sublinhando que, para prevenir surtos, é necessário, pelo menos, uma cobertura de imunização de 95%, com duas doses de vacina a cada ano, em cada comunidade.

Além disso, refere, é essencial conseguir chegar e vacinar crianças, adolescentes e adultos que não foram vacinados de forma sistemática no passado.

Embora a cobertura da vacina tenha passado, no último ano, de 88% para 90% das crianças em idade de vacinação, continuam a existir grandes diferenças a nível local, alerta a OMS, que refere existirem comunidades com 95% de cobertura e outras que ficam abaixo dos 70%.

De acordo com os últimos números da Comissão Regional Europeia para a verificação da eliminação do sarampo e da rubéola, 43 dos 53 países membros já interromperam a transmissão endémica do sarampo.

Portugal registou este ano, um surto de sarampo na região Norte, tendo sido confirmados 112 casos entre fevereiro e abril, 103 dos quais com ligação ao hospital de Santo António, no Porto. Todos os casos foram curados.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) recomenda aos portugueses que verifiquem o seu boletim de vacinas e se vacinem caso seja necessário, e para ligarem para o número 808 24 24 24 se estiveram em contacto com um caso suspeito de sarampo ou tiverem dúvidas.

Segundo a DGS, em pessoas vacinadas a doença pode, eventualmente, surgir com um quadro clínico mais ligeiro e menos contagioso.

Quem já teve sarampo está imunizado e não voltará a ter a doença.

A vacina contra o sarampo faz parte do Programa Nacional de Vacinação, que deve ser administrada aos 12 meses e aos cinco anos.

Hospital
A situação dos doentes isolados no Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa devido à bactéria multirresistente ‘klebsiella...

Em comunicado, o Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS), em Penafiel, distrito do Porto, esclarece que “foram rastreados todos os doentes internados, não havendo mais nenhum doente infetado”.

“Os portadores da bactéria ainda internados (não infetados) irão tendo alta ao longo dos próximos dias, de acordo com as diferentes patologias que levaram ao internamento (e que não foi a bactéria em causa)”, sustenta.

De acordo com o hospital, “os seis doentes infetados ainda internados terão também previsivelmente a sua situação clínica resolvida em breve”.

O número de doentes isolados no Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS) devido a bactéria multirresistente aumentou na passada semana de 26 para 35, situação que aquela unidade de saúde explicou com o “rigor acrescido” no rastreio.

Na quinta-feira, o centro hospitalar referiu existirem “em isolamento 35 doentes, sendo que destes se mantém o mesmo número de infetados, sete, e os restantes são somente portadores”.

“Tal como referido anteriormente, e em paralelo com o trabalho de pesquisa e de isolamento definidos para o efeito, o CHTS acrescentou nova metodologia (por biologia molecular) nas análises, que realizava regularmente, de modo a permitir maior celeridade na disponibilização dos resultados junto dos profissionais que monitorizam esta situação”, acrescenta.

Segundo a administração do hospital, “é comum verificar-se a existência da bactéria em questão”, sem que tal seja “motivo de grande preocupação, mas sim, vigilância e acompanhamento apropriados para o efeito”.

“Na maioria dos casos, quando detetados, as pessoas apenas são portadoras e não infetadas”, sendo que “na comunidade hospitalar, não existindo contacto com outro tipo de infeção, a bactéria desaparece ao fim de algum tempo, motivo pelo qual, e preventivamente, os portadores são colocados em isolamento (enfermarias específicas), tal como aconteceu no CHTS”.

 

Siga estes seis conselhos
Peso da mochila pode deixar sequelas graves na coluna, alerta a campanha “Olhe pelas Suas Costas”.

Com o regresso às aulas a aproximar-se chega também a hora de pais e educadores escolherem a mochila que crianças e jovens vão carregar diariamente para a escola no próximo ano letivo. A campanha “Olhe Pelas Suas Costas” alerta para a importância de uma escolha correta da mochila, tendo em conta as características ergonómicas da mesma.

“Hoje em dia as crianças carregam demasiado peso às costas, o que pode provocar dores e problemas potencialmente graves na coluna vertebral a longo prazo. O tamanho, o material da mochila e o peso a transportar são fatores decisivos no momento da escolha, para assegurar o bem-estar da criança e a saúde da coluna em crescimento”, explica Bruno Santiago, neurocirurgião e coordenador da campanha nacional “Olhe pelas suas costas”.

“O peso exagerado e a má colocação da mochila às costas, diariamente, podem provocar dores e é muito importante recordar os pais e educadores que devem optar por mochilas confortáveis, deixando a estética para segundo plano, pois o mais importante é a saúde da coluna das crianças e jovens”, conclui o responsável.

A campanha partilha, assim, seis recomendações para ajudar à escolha de uma mochila que minimize os riscos para a coluna vertebral das crianças:

  1. O peso da mochila, incluindo o material e livros escolares, não deve ultrapassar 10% do peso corporal da criança/jovem;
  2. É recomendado que a criança transporte apenas o material necessário para cada dia – pode ser vantajoso optar por uma mochila de menor dimensão para evitar a tendência de transportar material em excesso;
  3. A escolha deve recair sobre uma mochila que tenha vários compartimentos, de forma a distribuir o peso e não sobrecarregar os ombros. Os materiais mais pesados devem ser colocados junto ao corpo para evitar alterações da postura;
  4. A mochila deve ter duas alças largas e almofadadas, de modo a não desencadear contraturas musculares na criança;
  5. A mochila deve ser colocada ao centro da coluna da criança e o tamanho não deve ultrapassar o nível superior dos ombros, recomendando-se ainda uma utilização simétrica nos dois ombros;
  6. Se o percurso até à escola for longo e sem escadas a mochila com rodas (trolley) pode ser uma opção, uma vez que alivia a carga nas costas. No entanto estes modelos podem conduzir a esforços ao subir escadas e transportes públicos e o plástico ou o metal da sua estrutura habitualmente são pesados, podendo  ser prejudiciais para as costas da criança quando colocadas aos ombros.

 

Entrevista
Em Portugal, todos os anos são diagnosticados cerca de 3 mil novos casos de cancro nas vias aerodige

O que é o Cancro de Cabeça e Pescoço? Que tumores fazem parte desta terminologia?

O Cancro de Cabeça e de Pescoço agrupa todos os cancros das vias aerodigestivas superiores, ex: cancro da laringe, o cancro da cavidade oral, cancro da língua, cancro da orofaringe, cancro das glândulas salivares, cancro da hipofaringe e das fossas nasais. 

Quais os tumores mais frequentes e seus sintomas?

Os tumores mais frequentes são os da laringe, da cavidade oral, da língua, da orofaringe e das glândulas salivares. Os sintomas mais comuns são um inchaço ou uma ferida na cavidade oral, dificuldade em engolir, dores de ouvidos, rouquidão ou dores de garganta que não resolvem e persistem por mais de 3 semanas.

Contudo, podemos falar ainda de outros sinais de alerta como o aparecimento de manchas brancas ou vermelhas nas gengivas, palato, língua ou parede interna da cavidade oral, obstrução nasal permanente, dores de cabeça persistentes e um aumento de volume de glândulas salivares.

Qual a sua incidência e quais os grupos mais atingidos? Que causas lhe estão associadas?

O Cancro de Cabeça e de Pescoço é a quarta patologia com maior incidência em Portugal e estima-se que afete cerca de 3 000 indivíduos por ano. O cancro de cabeça e pescoço sempre foi associado ao consumo excessivo de álcool e tabaco, por isso, era mais prevalente em homens, a partir dos 50 anos de idade.

Hoje em dia, assistimos a casos de pessoas cada vez mais jovens, que não fumam nem bebem bebidas alcoólicas e cujo aparecimento está relacionado com o Vírus do Papiloma Humano (HPV).

Outros comportamentos como o excesso de exposição aos raios solares, exposição a produtos industriais como madeiras, níquel e outros metais pesados, asbesto (amianto) ou radioterapia e uma dieta pobre em vegetais e frutas, podem levar ao Cancro de Cabeça e de Pescoço.

Uma vez que este tipo de cancro é, habitualmente, diagnosticado numa fase tardia, quais os principais sinais de alerta?

Todos os sinais são sinais de alerta, desta forma, se os sintomas mais frequentes como um inchaço ou uma ferida na cavidade oral, dificuldade em engolir, dores de ouvidos, rouquidão ou dores de garganta incessantes persistem ao longo de três semanas deve consultar um especialista.

Quais os grandes riscos deste tipo de cancro?

O Cancro de Cabeça e de Pescoço implica alterações que condicionam o estilo de vida do doente, na medida em que podem existir mudanças na imagem corporal, como, após a remoção do tumor, a perda de tecidos, de dentes ou de maxilar. Esta degradação ou ausência de tecidos é um entrave ao suporte de próteses.

Mas acarreta ainda riscos a nível psicológico do próprio doente, é necessário fazer um acompanhamento mais aceso que vai desde um médico dentista, a um psicólogo e fisioterapeuta.

É possível estabelecer uma relação entre o aumento da incidência do HPV e o cancro da cabeça e pescoço? O que representa esta ligação?

O HPV é muito comum e acredita-se que vai afetar a maioria das pessoas em algum momento das suas vidas, sendo considerada a doença sexualmente transmissível (DST) mais frequente. Alguns tipos de HPV, conhecidos como HPVs de alto risco, são conhecidos por aumentarem o risco de desenvolvimento de alguns cancros como cancro do ânus, cancro do colo do útero, cancro do pénis, cancro da vulva, cancro da vagina e cancro de cabeça e pescoço.

Na maioria dos casos, esta infeção não apresenta sintomas e é eliminada pelo organismo naturalmente. Contudo, o vírus pode permanecer latente no organismo e em alguns indivíduos originar o desenvolvimento de alterações celulares, que evoluem para doenças. Esta relação é justificada pelo comportamento sexual de risco, como a não utilização de proteção, e número de parceiros sexuais.

Quanto ao tratamento, quais as opções terapêuticas atualmente disponíveis para tratar o cancro de cabeça e pescoço?

A terapêutica do Cancro de Cabeça e de Pescoço pode ser feita a dois níveis, mediante o estadio da doença. Se nos depararmos com um estadio precoce, quando os tumores ainda são pequenos, sem invasão de estruturas adjacentes, o tratamento unimodal, seja cirúrgico ou de radioterapia, permite elevadas taxas de cura.

Contudo, numa fase já avançada, é necessário adotar uma terapêutica multimodal, ou seja, contamos com uma equipa multidisciplinar que vai desde radioterapia, cirurgia, quimioterapia, agentes biológicos e imunoterapia.

Qual a sua taxa de cura / sobrevivência?

A taxa de cura/ sobrevivência varia mediante a fase em que é diagnosticada a doença. Numa fase já avançada, 60% dos doentes contam com uma esperança média de vida de cinco anos. Contudo, quando diagnosticado numa fase inicial, o tratamento deste tipo de cancro tem uma taxa de sucesso entre os 80 e 90%.  

Em matéria de prevenção, quais os principais cuidados a ter?

A prevenção deste tipo de cancro passa por ter em consideração os comportamentos de risco, como garantir uma boa higiene oral com um acompanhamento regular de um dentista, não fumar, evitar o consumo de bebidas alcoólicas, garantir uma dieta em frutas e legumes, apresentar cuidados na exposição solar e na prática sexual utilizar proteção.

Na sua opinião, a população está devidamente sensibilizada para este tipo de cancro? Que mensagem gostaria de deixar?

É muito importante estarmos atentos aos sinais, muitas vezes os sintomas são confundidos com outras condições benignas e caímos no erro de não apostar na nossa saúde. Esta deve ser uma das nossas maiores preocupações. Contudo, deveria ainda de existir um maior fluxo de comunicação sobre este tipo de cancro. A população poderia estar mais sensibilizada, assim como deveria ser premente a insistência da cessação de hábitos nocivos e passar a implementar programas de diagnóstico precoce.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Guarda Nacional Republicana
Segundo Guarda Nacional Republicana, foram detidos 234 condutores alcoolizados, o que representa 52% do total de pessoas...

Mais de metade das 445 pessoas detidas durante esta semana pela Guarda Nacional Republicana (GNR) em flagrante delito estavam a conduzir sob efeito de álcool, e outros 16% não tinha carta de condução, anunciou na passada sexta-feira a polícia.

Segundo a GNR, foram detidos 234 condutores alcoolizados, o que representa 52% do total de pessoas detidas na semana entre 10 e 16 deste mês. A polícia deteve ainda 74 pessoas por conduzirem sem carta, escreve o Observador, o que significa uma parcela de 16% relativamente ao total.

Ainda nas estradas, a GNR detetou mais de 10.000 infrações numa semana, mais de um terço das quais (3.849) por excesso de velocidade.

As operações registaram ainda infrações de 620 pessoas por condução com excesso de álcool, de 501 condutores por falta de inspeção ao veículo, e de 380 por falta ou incorreta utilização do cinto de segurança ou do sistema de retenção para crianças.

O tráfico de estupefacientes, que deu origem à detenção de 50 pessoas, e a posse ilegal de armas, que levou a 12 detidos, foram — a seguir à condução com álcool – os crimes mais frequentes esta semana nas estradas patrulhadas pela GNR.

Entre os restantes motivos para as detenções contam-se seis por furto, quatro por cultivo de produto estupefaciente, três por violência doméstica, outros três por roubo e um por danos.

As operações de prevenção e combate da criminalidade violenta levaram ainda a várias apreensões, como sete armas de fogo e 18 armas brancas, seis veículos, além de vários milhares de doses de haxixe, cocaína, anfetaminas, heroína e canábis.

A Guarda apreendeu ainda 45 aves, 978 artigos contrafeitos, 318 quilos de pescado, 468 quilos de bivalves e 670 euros em dinheiro.

Estudo
Já se sabia que o uso de quantidades regulares de canábis aumenta o risco de desenvolver problemas de saúde mental, incluindo...

Um novo estudo liderado por Ana Sebastião, investigadora principal do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes e Professora da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, em colaboração com investigadores da Universidade de Lancaster, no Reino Unido, mostra que o consumo prolongado de canábis ou substâncias à base de canábis prejudica a memória.

O trabalho publicado na revista científica Jornal of Neurochemistry revela as consequências para consumidores recreativos e também para quem usa estas drogas no combate à epilepsia, esclerose múltipla e dor crónica, explica o Instituto de Medicina Molecular (iMM) numa nota publicada no seu site.

Segundo a referida instituição de ensino portuguesa, escreve o Sapo, com a legalização em vários países da canábis ou drogas derivadas da canábis, houve um aumento do número de consumidores de longo prazo, estando disponíveis variedades mais potentes para consumidores recreativos.

Deficiências significativas
O grupo de investigadores liderado por Ana Sebastião, em colaboração com Neil Dawson e o seu grupo na Universidade de Lancaster, estudaram os efeitos de um fármaco canabinóide específico (designado por WIN 55,212-2) e descobriram que ratinhos expostos a estas substâncias desenvolvem "deficiências de memória significativas".

Os estudos de imagem do cérebro mostraram que este composto prejudica a função nas principais regiões envolvidas na aprendizagem e na memória, e, a longo prazo, a capacidade destas regiões comunicarem entre si.

"De forma geral, o nosso trabalho mostra claramente que a ingestão prolongada de canabinóides, quando não usada por razões médicas, tem um impacto negativo na função cerebral e na memória. É importante entender que o mesmo composto que pode restabelecer um equilíbrio sob certas condições de doença, como epilepsia ou esclerose múltipla, pode causar desequilíbrios acentuados em indivíduos saudáveis. Como para todos os medicamentos, as terapias baseadas em canabinóides não têm apenas ações benéficas para a doença, têm também efeitos secundários negativos", afirma Ana Sebastião.

Um estudo anterior realizado pela mesma equipa de investigadores mostrou que a exposição aguda aos canabinóides resulta em défices de memória, um efeito que pode ser evitado através da administração simultânea de um fármaco da família de cafeína.

"Estes resultados são muito importantes para o desenvolvimento de estratégias farmacológicas que tenham como objetivo diminuir os efeitos secundários das terapias à base de canabinóides, que são eficazes contra vários distúrbios do sistema nervoso", explica Ana Sebastião, na referida nota.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Os 18 distritos do continente e os arquipélagos dos Açores e da Madeira apresentam hoje um risco muito elevado de exposição à...

Os 18 distritos do continente (Braga, Viana do Castelo, Porto, Vila Real, Bragança, Viseu, Aveiro, Coimbra, Leiria, Guarda, Castelo Branco, Portalegre, Lisboa, Setúbal, Santarém, Évora, Beja e Faro), Funchal e Porto Santo (arquipélago da Madeira) e as ilhas das Flores, Faial, Terceira e São Miguel (Açores) estão em risco muito elevado.

Para as regiões com risco muito elevado e elevado, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) recomenda a utilização de óculos de sol com filtro ultravioleta (UV), chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol, protetor solar e evitar a exposição das crianças ao Sol.

O índice ultravioleta varia entre 1 e 2, em que o risco de exposição à radiação UV é baixo, 3 a 5 (moderado), 6 a 7 (elevado), 8 a 10 (muito elevado) e superior a 11 (extremo

O IPMA prevê para hoje no continente céu pouco nublado ou limpo, apresentando períodos de maior nebulosidade durante a tarde no interior das regiões Centro e Sul, com possibilidade de ocorrência de aguaceiros dispersos e trovoada.

A previsão aponta ainda para vento fraco a moderado predominando do quadrante leste, soprando de noroeste no litoral oeste durante a tarde e sendo moderado a forte de nordeste nas terras altas até final da manhã e a partir do final da tarde.

Está ainda prevista uma pequena subida da temperatura mínima nas regiões Norte e Centro.

As temperaturas mínimas vão variar entre os 16 graus Celsius (na Guarda e em Bragança) e os 25 (em Portalegre) e as máximas entre os 31 (na Guarda) e os 38 8em Évora, Santarém e Leiria).

Na Madeira prevê-se céu em geral pouco nublado, apresentando períodos de maior nebulosidade nas vertentes norte e ilha de Porto Santo até ao início da manhã, vento fraco a moderado do quadrante norte, predominando do quadrante leste nas terras altas e pequena subida de temperatura.

No Funchal as temperaturas vão oscilar entre os 20 e os 27 graus.

Nos Açores, o IPMA prevê para as ilhas das Flores e Corvo (grupo ocidental) períodos de céu muito nublado com boas abertas, possibilidade de aguaceiros fracos a partir do final do dia e vento sudoeste bonançoso, rodando para oeste.

Nas ilhas Terceira, Graciosa, Pico, Faial e S. Jorge (grupo central) prevê-se céu geralmente pouco nublado e vento fraco.

Para as ilhas de S. Miguel e Santa Maria (grupo oriental) estão previstos períodos de céu muito nublado com boas abertas, aguaceiros fracos em especial na madrugada e manhã e vento nordeste bonançoso a moderado.

Em Santa Cruz das Flores as temperaturas vão variar entre os 22 e os 29 graus, na Horta entre os 21 e os 28, em Angra do Heroísmo entre os 20 e os 27 e em Ponta Delgada: 21 e os 27 graus.

Gestão dos Direitos dos Artistas
Mais de 700 pessoas participaram no rastreio nacional da voz artística promovido pela GDA - Gestão dos Direitos dos Artistas,...

Em declarações, Luís Sampaio, explicou que o rastreio, "o primeiro realizado em Portugal", já passou por 10 capitais de distrito (Lisboa, Vila Real, Bragança, Beja, Portalegre, Faro, Évora, Setúbal, Santarém e Leiria), chegando, nos dias 30 e 31 de agosto a Viana do Castelo.

A campanha nacional, uma ideia da fundadora da Unidade de Voz do Egas Moniz, a cirurgiã otorrinolaringologista Clara Capucho, resulta de uma parceria entre a GDA, o Ministério da Saúde e o Centro Hospitalar Lisboa Ocidental.

"É a primeira vez que se faz um rastreio da voz em Portugal. O projeto da doutora Clara Capucho irá ser importante para, no final, com os dados todos tratados, perceber e estudar a utilização da voz", referiu o presidente da GDA, a entidade que em Portugal gere os direitos de propriedade intelectual de músicos, atores e bailarino.

Já segundo Clara Capucho, citada em comunicado, o rastreio nacional "é uma forma de chamar a atenção dos cantores e dos atores portugueses para os cuidados regulares que devem ter com o seu aparelho vocal".

"A exigência permanente a que a voz profissional está sujeita desenvolve algumas patologias que, se não forem detetadas cedo e corrigidas, comprometem a prazo a qualidade do desempenho artístico", especificou.

Dirigido aos artistas do distrito, mas aberto a toda a população, o rastreio passará, nos dias 30 e 31 de agosto, por Viana do Castelo, tendo lugar na Unidade de Saúde Familiar Gil Eanes.

Até final do ano serão percorridas todas as 18 capitais de distrito de Portugal, bem como as regiões autónomas da Madeira e dos Açores.

O rastreio resulta de uma parceria entre a GDA, o Ministério da Saúde e o Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, "cuja Unidade de Voz do Hospital Egas Moniz se distingue como o principal ponto do Serviço Nacional de Saúde na prestação de cuidados de saúde diferenciados na área da voz a artistas portugueses".

O objetivo do rastreio nacional é assegurar a possibilidade de diagnóstico precoce de doenças do aparelho vocal em regiões onde os artistas não têm acesso a exames específicos.

"O nosso apelo é para que os artistas não percam esta oportunidade para avaliar o seu aparelho vocal e que a população em geral, sobretudo os fumadores, venham fazer o exame", reforçou Luís Sampaio.

No primeiro dia (30), o rastreio decorrerá entre as 10:00 e as 13:00 e das 15:00 às 18:00. No dia seguinte, o rastreio decorrerá entre as 09:00 e as 13:00 e, de tarde, no mesmo horário da véspera.

Veterinários
A Ordem dos Veterinários alertou hoje para o aumento de animais abandonados e realojados em centros de recolha, admitindo estar...

De acordo com a Ordem liderada por Jorge Cid, registou-se, em 2017, um aumento de 22% no número de animais abandonados, face ao ano anterior, sendo que, este ano, já foram recolhidos 14.000 animais.

“O número de abandonos em Portugal contínua a ser muito expressivo, realidade que deixa a Ordem dos Médicos Veterinários apreensiva face à capacidade dos Centros de Recolha Oficiais para acolherem e tratarem estes animais”, referem os veterinários em comunicado divulgado na véspera do Dia Internacional do Animal Abandonado, que se assinala no sábado.

Embora diversas entidades estejam a trabalhar para dar resposta a estes números, o esforço ainda é insuficiente, admite a Ordem.

Para os veterinários, o problema vai até agravar-se quando, daqui a cerca de um mês, entrar em vigor a lei que proíbe o abate de animais errantes como forma de controlo da população.

Este ano, e segundo dados associados à campanha de vacinação antirrábica disponibilizados pela Direção Geral de Alimentação e Veterinária, já foram recolhidos cerca de 14.000 animais em Centros de Recolha Oficiais.

Número que o bastonário Jorge Cid considera dever-se, “em grande medida, a desinformação face à nova lei”, que leva “a um abandono precipitado dos animais”.

O bastonário lembrou ainda que a Ordem lançou um cheque-veterinário “para ajudar a resolver este problema e garantir o cumprimento da lei com o necessário apoio da classe médico-veterinária”.

O cheque-veterinário serve para apoiar os municípios a cuidar de animais abandonados sem os abater, mas também os centros de recolhimento e até famílias carenciadas.

Para tal, existe uma rede de prestação de cuidados de saúde primários, nomeadamente vacinas, desparasitação e esterilização, e que já conseguiu tratar 2.000 animais em 201 centros de atendimento de 12 municípios.

“A forma positiva como o cheque-veterinário está a ser recebido e implementado revela uma importante tomada de consciência por parte das entidades decisoras relativamente a este problema real que são os animais em risco no nosso país”, afirmou Jorge Cid.

Em Portugal, mais de metade dos lares têm, pelo menos, um animal de estimação e têm sido criadas medidas para promover os direitos e bem-estar quer dos animais quer dos donos.

Em maio do ano passado, os animais conquistaram um novo estatuto jurídico, que os reconhece como seres vivos dotados de sensibilidade e os autonomiza face a pessoas e coisas.

A lei não é, no entanto, consensual, já que, por exemplo, o abandono de um cão ou de um gato à porta de uma associação ou de um canil municipal, durante uma noite ao frio e à chuva, só é punida se daí lhes advier danos graves que lhes causem a morte ou sofrimento para o resto da vida.

Por enquanto, o abandono sem dolo é um ato reprovável, mas não é punível.

Estas medidas “ajudam a combater estes números, mas, infelizmente, ainda não são suficientes”, concluiu Jorge Cid.

Universidade do Porto
Numa altura em que a taxa de natalidade portuguesa atingiu recentemente o seu mínimo, estando na cauda da Europa, uma equipa...

Pedro Xavier, presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina da Reprodução, acredita que este é apenas um passo para aumentar o conhecimento e que o envolvimento dos profissionais de saúde reprodutiva na prevenção é crucial.

Estes vídeos estão a ser testados pela equipa em ensaios randomizados controlados há mais de um ano, envolvendo mais de uma centena de casais. Ainda são aceites voluntários, bastando para isso aceder à página de facebook ‘Casais e famílias em construção’.

Na sequência de uma revisão sistemática publicada pela equipa no Upsala Journal of Medical Sciences (1), que aponta para a importância de informação personalizada neste domínio, a equipa desenvolveu um vídeo informativo para que os jovens casais e mulheres a considerar terem filhos no futuro se possam informar acerca das principais causas de infertilidade e quais os comportamentos preventivos que podem adotar.

Sendo o aumento da idade materna a principal causa de problemas ao nível da conceção espontânea (não esquecendo que há também evidência recente da influência da idade paterna), “é importante que os jovens casais reflitam sobre como priorizar a transição para a parentalidade quando estão a pesar todos os outros fatores na balança como a carreira, formação e estabilidade económica”, adianta Juliana Pedro.

“Não temos a pretensão que as pessoas comecem a ter mais filhos e mais cedo, mas que apenas estejam conscientemente informados acerca da idade ideal na qual devem começar a planear uma família – por exemplo, sabemos hoje que se a família pretendida contemplar um filho, a idade máxima da mãe recomendada para engravidar deve ser 32 anos, e no caso de serem desejados dois filhos não deve ultrapassar os 27”.

O segundo vídeo é dirigido já para os casais que estão a tentar conceber um filho, no sentido de detetar o melhor momento conducente a uma gravidez espontânea enquanto se enfrenta o stress relacional inerente a vários meses de tentativas falhadas. “O planeamento familiar em Portugal infelizmente ainda não contempla informação sobre como planear uma família, consiste na maioria dos casos em informar e prescrever no sentido de evitar uma gravidez”, afirma Mariana Martins, coordenadora da secção de Psicologia da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia.

“Num estudo anterior (2) reunimos evidência de que a população jovem mantém expetativas elevadas acerca da facilidade de procriar, quer seja espontaneamente, quer com recurso às técnicas de reprodução assistida”. Estes dados revelaram que os jovens adultos acreditam que a probabilidade de uma mulher de 25 anos engravidar se estiver na fase de ovulação é de 85%, quando na verdade é de 35%. O mesmo acontece quando se pergunta qual a probabilidade de uma mulher de 35 anos engravidar recorrendo à procriação assistida, tendo os jovens dado uma resposta média na ordem dos 60%, muito acima da percentagem real de 25%.

A equipa atribui estas falsas perceções à educação sexual, que ainda é centrada na prevenção da gravidez, e ao mediatismo de certos casos que recorrem a estas técnicas fazendo com que pareça fácil (sendo o exemplo mais carismático em Portugal o de Cristiano Ronaldo).

(1) Pedro J, Branda o T, Schmidt L, Costa ME & Martins MV. What do people know about fertility? A systematic review on fertility awareness and its associated factors, Upsala Journal of Medical Sciences. 2018, 123(2): 71-81.

(2) Conceição C, Pedro J, Martins MV. Effectiveness of a video intervention on fertility knowledge among university students: a randomised pre-test/post-test study. The European Journal of Contraception & Reproductive Health Care. 2017 22(2):107-13.

 

Estudo
Novo estudo do Instituto Gulbenkian de Ciência e do Centro de Investigação em Biomedicina da Universidade do Algarve revela que...

Uma equipa de investigação do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC) e do Centro de Investigação em Biomedicina (CBMR)/ Universidade do Algarve, liderada por Raquel Oliveira (IGC) e Rui Gonçalo Martinho (CBMR/ UAlg), descobriram que um mecanismo de controlo da divisão celular pode estar associado a um aumento dos erros na distribuição dos cromossomas.

Este processo pode ter impacto no desenvolvimento de patologias como o cancro, a infertilidade ou certas doenças congénitas. O estudo foi publicado na revista científica Current Biology, escreve o Sapo.

O ciclo celular do ser humano é composto por um conjunto de etapas que as células têm de realizar para dividir-se e duplicar-se. Uma correta divisão das células é importante para assegurar que as novas células recebem o número exato de cromossomas - onde se encontra localizada a nossa informação genética. Quando há falhas neste processo, os erros associados podem contribuir para o desenvolvimento de diversas doenças.

O polícia sinaleiro das células
A investigação, agora publicada, foca-se num mecanismo de regulação, o chamado “checkpoint mitótico” (ou via de controlo da mitose), crucial para garantir a correta separação dos cromossomas. Este “checkpoint mitótico” funciona como uma espécie de polícia sinaleiro que pára o trânsito sempre que há problemas de modo a prevenir acidentes.Raquel Oliveira, investigadora do Instituto Gulbenkian Ciência créditos: Sandra Ribeiro / IGC

Até aqui já tinha sido comprovado que a ação “checkpoint mitótico” é importante para prevenir falhas na distribuição dos cromossomas durante a divisão celular, uma vez que consegue detetar erros dentro das células e parar o processo de divisão. O trabalho de investigação feito por esta equipa vem mostrar que nem sempre é assim e que, por vezes, a ação do policia sinaleiro pode ser contraproducente. Os investigadores mostraram que este era o caso quando as células apresentavam problemas na “cola” que une os cromossomas. Na presença destes erros irreversíveis, a ação continuada do “checkpoint mitótico” pode levar a um aumento dos erros genéticos.

Como explica Rui Martinho “se o problema for irreversível e se o polícia sinaleiro parar continuadamente o trânsito, a solução é pior que o problema, exacerbando a probabilidade de ocorrerem acidentes graves”.

A experiência, levada a cabo com a mosca-da-fruta Drosophila melanogaster, vem assim “abanar” um dogma científico – de que a função do “checkpoint mitótico” é sempre benéfica para as células em divisão.

"Checkpoint mitótico" alvo de terapias contra o cancro
Este estudo mostra que “erros associados à perda de coesão entre os cromossomas, comuns em várias doenças humanas, poderão até ser parcialmente corrigidos pela remoção do polícia sinaleiro, ao contrário do que seria de esperar”, explica Raquel Oliveira”.

O “checkpoint mitótico” é atualmente um dos alvos da terapia do cancro. A equipa está neste momento a testar se a observação descrita em mosca-da-fruta também se verifica em células humanas. Se for o caso, poderemos estar diante de uma importante descoberta que ajudará a compreender o papel do “checkpoint mitótico” e da coesão dos cromossomas no desenvolvimento das várias patologias. Estes resultados podem também vir a contribuir para a definição de estratégias terapêuticas, quer no cancro, quer em outras patologias associadas a erros na divisão celular.

 

Estudo
Que os chamados vegetais crucíferos são bons para o intestino, nunca houve dúvidas, mas a explicação para esse fenómeno foi...

Uma equipa de investigação do Francis Crick Institute, um centro de pesquisa biomédica localizado em Londres, descobriu que são produzidas substâncias químicas anticancerígenas quando legumes e verduras são digeridos no intestino do ser humano.

A investigação, escreve o Sapo, centrou-se em como essas verduras alteram o revestimento intestinal, a partir da análise de ratinhos e intestinos em miniatura criados em laboratório. Assim como a pele, a superfície do intestino humano é constantemente regenerada, num processo que dura até cinco dias para estar concluído e entrar num novo ciclo.

O estudo publicado na revista científica "Immunity" mostra que substâncias químicas presentes nos vegetais crucíferos são vitais nesse processo de renovação do intestino.

Cancro do intestino: quais os sintomas?
Os sintomas do cancro do intestino incluem sinais persistentes de sangue nas fezes, alterações nos hábitos intestinais, como ir à casa de banho com mais frequência.

Dor na barriga, inchaço ou desconforto são outros dos sintomas a ter em conta.

Cansaço e emagrecimento sem razão aparente também integram a lista de sinais a estar atento.

A substância essencial
Durante a investigação, os cientistas debruçaram-se sobre uma substância chamada Indol-3-Carbinol (I3C), produzida a partir da mastigação e que já se tinha revelado importante em estudos anteriores. Essa substância é modificada pelo ácido gástrico à medida que continua a sua jornada no sistema digestivo.

Na parte inferior do intestino, essa substância tem a capacidade de alterar o comportamento das células do intestino, que regeneram o revestimento intestinal, e das células do sistema imune que controlam as inflamações.

Segundo a radiotelevisão britânica BBC, o estudo mostrou que dietas ricas em Indol-3-Carbinol protegiam os ratos de cancro, mesmo os mais predispostos geneticamente para a doença.

"Mesmo quando os ratinhos começaram a desenvolver tumores, quando lhes trocámos a dieta, para uma apropriada, isso impediu a progressão do tumor", comenta Gitta Stockinger, investigadora do Francis Crick Institute.

"Este estudo em ratinhos sugere que não é apenas a fibra presente em legumes e verduras, como os brócolos e o repolho, que ajudam a reduzir o risco de cancro do intestino, mas também as moléculas encontradas nesses vegetais", acrescenta o investigador Tim Key, do Cancer Research UK.

"Estudos mais aprofundados ajudarão a descobrir se as moléculas desses alimentos têm o mesmo efeito nas pessoas. Mas, enquanto isso, já existem muitos bons motivos para se comer mais verduras e legumes", conclui.

 

Estudo
De acordo com um estudo publicado no American Journal of Preventive Medicine, da American Cancer Society, a exposição passiva...

As pessoas que foram expostas de forma passiva ao fumo do tabaco durante a infância têm uma maior probabilidade de desenvolver doença pulmonar obstrutiva crónica mais tarde na vida, mesmo nunca tendo sido fumadoras ativas, aponta um estudo publicado esta quinta-feira no American Journal of Preventive Medicine, da American Cancer Society. Já a exposição durante a idade adulta, conclui ainda o mesmo documento, está associada a uma taxa mais elevada de mortalidade.

Os autores analisaram ao longo de duas décadas a ligação entre a exposição ao fumo na infância e na idade adulta a mortes de diferentes causas, num universo de 70.900 homens e mulheres que nunca foram fumadores ativos, escreve o jornal Público.

O investigador principal, Ryan Diver, garante em comunicado que "este é o primeiro estudo a identificar a associação entre exposição na infância a fumo passivo e morte de uma doença pulmonar obstrutiva crónica na meia-idade ou mais tarde" – sendo que aumenta em 31% a probabilidade desta causa de morte. Aquilo que estava já mais estabelecido era o efeito de curto prazo da exposição indireta ao fumo, com problemas como asma e infecções respiratórias.

A doença pulmonar obstrutiva crónica é "quase sempre causada pelo contacto com agentes poluentes, principalmente o fumo de tabaco" e resulta na "diminuição do calibre das vias aéreas respiratórias e destruição do tecido pulmonar", recorda a Fundação Portuguesa do Pulmão.

O estudo adianta ainda que a exposição na infância não está associada a um aumento da mortalidade em geral naquela idade. Já a exposição em idade adulta durante 10 horas ou mais por semana pode aumentar em 9% a probabilidade de morte – algo que está em linha com a investigação já existente. Além disso, a exposição em adulto está ainda associada a um risco 27% maior de morte devido a uma cardiopatia isquémica, 23% maior de morte causada por AVC e 42% maior de morte causada por doença pulmonar obstrutiva crónica.

"Em geral, estes resultados apresentam provas adicionais para que se reduza a exposição a fumo passivo ao longo da vida", conclui o estudo. "Precisamos de ter atenção aos efeitos do fumo passivo 0151 parecem ser duradouros. Precisamos de continuar a reduzir a exposição", avisa Diver, citado pelo Washington Post.

 

Opinião
A Síndrome da Morte Súbita do Lactente é a principal causa de mortalidade pós-neonatal no primeiro a

A definição da síndrome de morte súbita do latente (SMSL) foi sofrendo alterações ao longo dos tempos, com o intuito de identificar critérios de diagnóstico mais preciso e aceites universalmente. Facto que ainda hoje permanece um desafio1 para a comunidade científica. Desta dificuldade em haver um conceito universalmente aceite, resulta uma incongruência dos certificados de óbito, na inclusão/exclusão inadequada de cada caso e na dificuldade em comparar dados estatístico1.

A primeira definição surge em 1969, pelo Dr. Bruce Beckwith e era definida como a “morte súbita de qualquer criança, inesperada atendendo à história, e cujo exame post-mortem não demonstra uma causa adequada para a mesma”1-7. Outras definições foram surgindo, sendo a mais consensual a que surgiu em 2003, pelo mesmo autor e que a definiu como sendo a “morte súbita de uma criança com menos de um ano de idade, durante o sono, e que permanece por explicar após uma investigação composta pela realização de uma autópsia completa, pela revisão das circunstâncias da morte e pela elaboração de uma histórica clínica”1-7.

Outra definição bastante utilizada foi a apresentada em 1989 pelo National Institute of Child Health and Human Development que a definiu como sendo a “morte súbita de uma criança com menos de um ano de idade, que se mantém inexplicável após a investigação do caso, incluindo uma autópsia completa, análise das circunstâncias da morte e uma revisão da história”1-7.

Diagnóstico
O diagnóstico é feito pela história clinica detalhada, investigação das circunstâncias da morte e uma autópsia completa que elimine outras causas. Morte que ocorre em crianças aparentemente saudáveis, com menos de um ano de idade e durante o sono.

Fatores de risco
Dos fatores de risco destacam-se a posição de dormir (posição ventral), até treze vezes mais; a idade, com maior incidência entre os dois e os quatro meses (90% dos casos)2; o sexo, mais comum no masculino (60%); a raça, mais frequente nos índios e negros no que na raça branca (1,5 a 2 vezes); a prematuridade e o baixo peso ao nascimento (3,5 vezes mais frequente em crianças com peso ao nascer abaixo de 1500 gr e 2,5 vezes em crianças com peso entre 1500 e 2500gr); o tabagismo durante e após a gravidez (três vezes mais), mesmo que deixe de fumar após o parto e sempre que ocorra uma morte por SMSL na família, existe a probabilidade de ocorrer nos futuros irmãos três a cinco vezes mais do que em outras crianças.

Outros estudos têm apresentado como estando associados à SMSL os seguintes fatores de risco: anomalias cerebrais do latente na utilização da serotonina, essencial para diminuir o dióxido de carbono e que estaria diminuída durante o sono; nível socioeconómico baixo; o consumo de álcool, sobretudo nos primeiros três meses de gravidez; mães adolescentes; parto pré-termo; APGAR reduzido; gravidez não vigiada; não serem alimentados por leite materno e não usar a chupeta.

Referir que a nível sezonal, ocorre com maior frequência no inverno4 e durante a noite. 

Epidemiologia
Actualmente a SMSL é a primeira causa de mortalidade pós-neonatal nos países desenvolvidos2 e a terceira causa de morte na infância3. Nos países onde existem estudos as taxas de incidência variam entre 0,09% no Japão e 0,8% na Nova Zelândia2. Em Portugal, desconhece-se com precisão a incidência2, contudo parece variar entre 0,17% e 0,22%8.

Fisiopatologia
Apesar de enormes avanços na medicina nos últimos anos, permanece ainda hoje desconhecida a causa exata desta síndrome. Atualmente é unanime que a SMSL é de etiologia multifatorial e a hipótese do Triplo Risco tem sido a mais consensual para a explicar. É apresentada, resumidamente, como se segue5:

  • Período crítico do desenvolvimento – primeiros seis meses de vida;
  • Evento de stresse – posição prona para dormir; exposição ao fumo do tabaco; superfície macia para dormir; partilha da cama; sobreaquecimento da criança; entre outros;
  • Vulnerabilidade subjacente – possível anormalidade do tronco cerebral ou uma mutação genética.

Quanto à posição ventral de dormir, a razão mais comum, parece estar associada com um sono mais profundo e um aumento do limiar do despertar. Outras hipóteses sugerem a inalação de CO2, a obstrução de vias aéreas superior e a menor capacidade de despertar em resposta a eventos nocivos (hipoxia e hipercapnia)6.

Prevenção
A partir da década oitenta do século passado, as diversas Academias de Pediatria, baseadas nos estudos que evidenciavam que a maioria dos óbitos ocorriam com as crianças a dormir em decúbito ventral, começaram diversas campanhas a aconselharem o decúbito dorsal até, pelo menos, aos seis meses. Apenas com estas campanhas os resultados foram impressionantes e a diminuição das mortes foi significativa.

Ao longo dos tempos a Associação Americana de Pediatria vem emitindo recomendação para prevenir a SMSL, sendo as últimas datadas de julho de 2018 e são, resumidamente, as seguintes7:

  • Deitar a criança em posição de supina – posição que diminui o risco de aspiração aquando do refluxo gastroesofágico;
  • Deitar a criança numa superfície (colchão) duro, coberto por um lençol justo, sem outro tipo de roupa de cama (almofadas, travesseiros ou protetores de berço) – evita que a criança sufoque ou fique inalando o mesmo ar;
  • O aleitamento materno, se possível, é recomendado – pois trata-se de um fator protetor e deve ser realizado até os seis meses;
  • A criança deve dormir no quarto dos pais, contudo noutra superfície;
  • Oferecer chupeta na hora de dormir – estudos apontam como fator protetor;
  • Evitar exposição ao fumo do tabaco, álcool e drogas elícitas durante e após a gestação;
  • Evitar sobreaquecer e cobrir a cabeça da criança;
  • As grávidas devem ter um acompanhamento adequado (protocolo);
  • Evitar o uso de dispositivos comerciais que contenham inconsistências com as recomendações de sono seguro;
  • Não usar monitores cardiorrespiratórios para reduzir o risco de morte súbita (não há evidência cientifica que o comprove);
  • Nas consultas de Saúde Infantil, os profissionais de saúde devem aconselhar os pais/cuidadores destas recomendações, assim como os média devem seguir diretrizes de sono seguro nos suas publicidades;
  • Manter pesquisas visando eliminar as mortes.

Ponto de situação em Portugal
Apesar de haver um esforço na divulgação das medidas da prevenção, nomeadamente pela Direção Geral de Saúde (DGS), no Boletim de Saúde Infantil e Juvenil e pela Sociedade Portuguesa de Pediatria (Secção de Neonatologia), não foram ainda desenvolvidas campanhas organizadas de sensibilização alargadas, à semelhança do ocorrido noutros países.

Este facto parece confirmado pelos poucos estudos nacionais que confirmam uma baixa adesão dos pais e dos profissionais às recomendações divulgadas pelas sociedades científicas relativamente à prevenção do SMSL.

Como referido, o maior fator preventivo é deitar a criança em posição dorsal. Contudo, os referidos estudos confirmam que apenas 19,7% das mães optavam por deitar a criança nessa posição9 e noutro estudo relativo aos profissionais de saúde (médicos e enfermeiros) dos Cuidados de Saúde Primários e de Pediatria, apenas 3% e 28% respetivamente recomendavam deitar a criança em decúbito dorsal10. Num estudo mais recente (2015) 8,2% dos pais afirmam deitar a criança em decúbito dorsal, mas apenas 6,7% afirmavam optar sempre por essa posição11.

Estes resultados estão muito longe do que se pretende e que merecem alguma reflexão, pois as recomendações da DGS relativas à posição de deitar a criança já datam do início dos anos noventa.

Conclusão
Constata-se que a SMSL apesar de ser fatal pode ser prevenida. De todos os fatores de risco o dormir em posição ventral permanece o mais significativo. Assim, o simples aconselhamento do posicionamento do deitar da criança (posição dorsal) durante o sono tem um impacto importante na redução destas mortes, que pode ser ainda maior se atuarmos nos restantes fatores de risco, pois estes estão bem definidos.

Aqui é essencial melhorar os conhecimentos dos pais, só possível por uma maior sensibilização e consciencialização dos profissionais de saúde desta problemática, para estarem motivados nas orientações a darem aos pais.

 

Referências bibliográfica

1KROUS, HF (2010). Sudden unexpected death in infancy and the dilema of defining the infant death syndrome. Current Pediatric Reviews, 6: 5-12
2FERNADES, A [et al] (2012). Síndrome da morte súbita do lactente: o que sabem os pais. Acta Pediátr Port, 3 (2): 59-62
3MOON, RY & FU, L (2012). Sudden infant deadth syndrome: na update. Pediatrics in review/American Academy of Pediatrics, 33 (7): 314-20
4OLANREWAJU, O & MOON YR (2008). Sudden infant death syndrome: a review of literature. Current Pedietrics Reviews, 17 (4): 31-39
5FERNANDES, P [et al.] (2012). Síndrome da morte súbita do latente: o que sabem os pais? Acta Pediátrica Portuguesa. 43(2); 4
6HORNE, R; PARSLOW, P & HARDING, R (2004). Respiratory control and arousal in sleeping infants. Paediatric Respiratory Review. 5(3): 190-198
7American Academy of Pediatrics (2018). SIDS and other sleep-related infant death: update 2016 recommendations for a safe infant slleping environement.
8GARCIA, FE; SILVA, MM & MIRAVALLES, MIM (2014). Síndrome de la muerte súbita del lactente. CorSalud. 6 (Supl. 1): 90-95
9REMOALDO, PCA (2000). Comportamentos preventivos dos pais relacionados com o sindrome de morte súbita do lactente. Saúse Infantil. 22: 19-22
10FERREIRA, MC; GOMES, A; PINTO, E & MARQUES, R (2004). Sindrome da morte súbita do lactente. Saúde Infantil. 26: 13-22
11AZEVEDO, L; MOTA, L & MACHADO, AI (2015). Ambiente de sono seguro no primeiro ano de vida. Nascer e crescer. XXIV(1): 18-23

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
IPMA
Todas as regiões de Portugal continental e os arquipélagos da Madeira e dos Açores estão hoje com índice de radiação...

Para as regiões com risco muito elevado e elevado, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) recomenda a utilização de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol, protetor solar e evitar a exposição das crianças ao Sol.

O índice ultravioleta varia entre 1 e 2, em que o risco de exposição à radiação UV é baixo, 3 a 5 (moderado), 6 a 7 (elevado), 8 a 10 (muito elevado) e superior a 11 (extremo

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera prevê para hoje, em Portugal continental, céu geralmente pouco nublado, apresentando períodos de maior nebulosidade no litoral da região Centro e no interior do Alentejo até ao início da manhã.

O vento soprará fraco a moderado do quadrante norte, soprando temporariamente moderado de noroeste no litoral oeste, e sendo moderado a forte de nordeste nas terras altas das regiões norte e centro até final da manhã e a partir do final da tarde.

Prevê-se ainda neblina ou nevoeiro matinal no litoral da região centro e no interior do Alentejo e uma pequena subida da temperatura máxima no litoral oeste e na região sul.

Para os Açores, grupo ocidental, as previsões apontam para períodos de céu muito nublado com boas abertas e possibilidade de aguaceiros fracos, com o vento sudoeste bonançoso.

Nos grupos central e oriental, o céu apresentar-se-á geralmente pouco nublado e o vento soprará fraco.

Na Madeira, o céu terá períodos muito nublado, apresentando-se geralmente pouco nublado nas vertentes sul.

São ainda esperados aguaceiros, em geral fracos, em especial nas vertentes norte e terras altas, e vento moderado do quadrante norte, soprando por vezes forte, com rajadas até 65 km/h, nas terras altas e no extremo leste da ilha da Madeira.

As temperaturas máximas previstas para hoje são de 29 graus centígrados em Lisboa, 29 no Porto em Faro, 29 em Bragança, 34 em Beja e 34 em Castelo Branco, 27 no Funchal e em Ponta Delgada.

Alimentação saudável
Um pastel de grão, atum e espinafres, um 'burrito' de sardinha ou um empadão de cavala são algumas das receitas de...

O manual Receitas com Lata, produzido no âmbito da Estratégia Integrada para a Promoção da Alimentação Saudável (EIPAS), tem várias receitas, da autoria do chef Fábio Bernardino, à base de conservas de pescado, para “transformar uma simples conserva numa refeição ou snack rápidos de fazer, com elevada qualidade nutricional e excelente sabor”.

“As conservas de pescado, pelo seu valor nutricional, em particular associado ao seu teor em proteína de elevada qualidade, ácidos gordos da série ómega 3 e diversas vitaminas e minerais e, pela sua facilidade de utilização e baixo custo, podem ser um alimento de grande interesse para promover o consumo de pescado na população portuguesa”, diz a Direção-Geral da Saúde (DGS), em comunicado.

Além das receitas, o manual apresenta também os valores nutricionais das conservas de pescado disponíveis em Portugal, resultado de um “trabalho de pesquisa inédito”, para permitir que quem compre pescado de conserva saiba as características nutricionais do que vai consumir.

“Felizmente, já existem conservas de pescado à venda em Portugal à data desta recolha, que apresentavam valores de sal não muito elevados e, em muitos casos, gordura de grande valor nutricional”, refere a DGS.

O manual foi criado por uma equipa de nutricionistas do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável, investigadores e pela direção do Instituto Português do Mar e da Atmosfera e pode ser consultado a partir da página www.nutrimento.pt.

 

Estudo
O consumo moderado de hidratos de carbono favorece uma vida mais saudável e longa, segundo um estudo publicado na revista...

A investigação revelou que as dietas que substituem os hidratos de carbono por proteínas ou gorduras devem ser evitadas devido à sua possível ligação com "ciclos de vida mais curtos".

Consumir "hidratos de carbono com moderação parece ser ideal para a saúde e ter uma vida mais longa", dizem os especialistas citados pela agência de notícias espanhola Efe.

 

Incêndios
A Provedora de Justiça admitiu 188 dos 195 pedidos de indemnização das vítimas dos incêndios de 2017 e avançou com um pagamento...

A Provedora de Justiça, Maria Lúcia Amaral, "decidiu avançar com um pagamento intercalar às vítimas dos incêndios de junho e outubro de 2017 que, após avaliação clínica, receberam a qualificação de 'feridos graves' do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF)", do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF), refere uma nota hoje divulgada.

Perante o elevado número de requerimentos, a complexidade da avaliação de cada caso e a tipologia diversa de danos a indemnizar, a Provedora de Justiça considerou que "este é o procedimento que melhor concilia o desejo de minimizar o dano sempre acrescido por qualquer demora e a necessidade de garantir um tratamento adequado, justo e equitativo".

Segundo a informação agora divulgada, a Provedora de Justiça "recebeu 195 requerimentos de indemnização por ferimentos graves, tendo 188 sido admitidos", no processo relacionado com os incêndios de junho e outubro de 2017, que causaram mais de 100 mortos.

Até agora, avança a entidade, 163 processos foram remetidos ao INMLCF, que concluiu a avaliação clínica de 139 vítimas dos incêndios, tendo 61 recebido a qualificação de 'ferido grave', com base nos critérios do relatório do Conselho nomeado pelo governo.

"Neste momento, o valor global das indemnizações intercalares ronda dois milhões de euros", salienta.

O montante agora adiantado a cada ferido grave "corresponde ao resultado da avaliação clínica nos três parâmetros que, à luz dos critérios fixados, têm uma quantificação mínima já conhecida: dano biológico, dor e dano estético".

Maria Lúcia Amaral espera estar em condições para que, em breve, possa ser concluída a análise necessária à formulação das propostas finais de indemnização, apresentadas com a fundamentação e explicitação dos critérios utilizados, para que cada requerente possa decidir pela aceitação ou recusa do valor proposto.

Explica ainda que, quando o parecer do INMLCF é negativo, isso significa que os danos não permitem qualificar a situação como 'ferimento grave' à luz dos critérios definidos pelo Conselho, e não será possível indemnizar estes feridos pelo mecanismo a cargo da Provedora de Justiça.

"Não significa, porém, que os danos sejam irrelevantes ou menos dignos de compensação" e para estes casos está estabelecido um outro mecanismo extrajudicial, igualmente gratuito, centrado na Comissão de Avaliação dos Pedidos de Indemnização (CPAPI).

Este mecanismo funciona junto da secretária-geral do Ministério da Justiça, estando assegurada a articulação entre a CPAPI e a Provedora de Justiça, evitando duplicação de esforços por parte dos interessados.

A Provedora relembra ainda que está sempre aberta a possibilidade de, em ação indemnizatória contra o Estado, o requerente reclamar o que entender, caso em que "será adequada a consulta de um advogado" e, se o ferido não tiver recursos económicos, pode requerer à Segurança Social a concessão de proteção jurídica.

Na semana passada, foi anunciado que o Estado já desbloqueou quase 111 milhões de euros da reserva de 187 milhões para apoios, combate, prevenção de incêndios e indemnizações pelas mortes e ferimentos graves nos fogos de junho e outubro de 2017, na região centro.

"No primeiro semestre de 2018, do conjunto das dotações orçamentais centralizadas foram utilizados 110,8 milhões de euros relativos a incêndios florestais" até 30 de junho, que corresponde a 63,1% do total de 187 milhões previstos, segundo a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO).

Hospital
O número de doentes isolados no Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, devido a uma bactéria multirresistente, aumentou de 26...

“Existem neste momento em isolamento 35 doentes, sendo que destes se mantém o mesmo número de infetados, sete, e os restantes são somente portadores”, refere hoje em comunicado o Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, em Penafiel.

No domingo, o hospital revelou que 26 doentes do Hospital Padre Américo estavam em isolamento por serem portadores ou terem sido infetados pela bactéria multirresistente ‘klebsiella pneumoniae carbapenemase’ (KPC).

Hoje, em comunicado, o Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS) assinala que a “situação verificada na semana anterior de aparecimento da Bactéria no Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa mantém-se perfeitamente controlada” e assegura que “o aumento do número conhecido de portadores, mantendo-se controlado o número de infetados, deriva do rigor acrescido (alargamento do âmbito) colocado no rastreio”.

O hospital garante que “continuam a ser rigorosamente cumpridas as orientações e protocolo emanados pela Direção-Geral da Saúde, com alargamentos de rastreio de acordo com as indicações para estes casos e daí o já previsto reconhecimento de mais alguns casos de portadores”.

“Tal como referido anteriormente, e em paralelo com o trabalho de pesquisa e de isolamento definidos para o efeito, o CHTS acrescentou nova metodologia (por biologia molecular) nas análises, que realizava regularmente, de modo a permitir maior celeridade na disponibilização dos resultados junto dos profissionais que monitorizam esta situação”, acrescenta.

Segundo a administração do hospital, “é comum verificar-se a existência da bactéria em questão”, sem que tal seja “motivo de grande preocupação, mas sim, vigilância e acompanhamento apropriados para o efeito”.

“Na maioria dos casos, quando detetados, as pessoas apenas são portadoras e não infetadas”, sendo que “na comunidade hospitalar, não existindo contacto com outro tipo de infeção, a bactéria desaparece ao fim de algum tempo, motivo pelo qual, e preventivamente, os portadores são colocados em isolamento (enfermarias específicas), tal como aconteceu no CHTS”.

No início da próxima semana, a administração do CHTS fará um novo ponto de situação.

ASAE
Cerca de 24 mil litros de um produto designado “Especial Tempero” foram apreendidos por “irregularidades na rotulagem e falta...

Em comunicado, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) refere que esta apreensão decorreu de uma investigação levada a cabo há já “vários meses”, através da Unidade Regional do Norte – Unidade de Mirandela.

A ASAE apreendeu ainda “63 mil rótulos irregulares”, sendo que o montante global da apreensão ascende os 22.600 euros.

“No decurso desta ação de fiscalização foi também efetuada uma suspensão parcial da atividade por falta de requisitos gerais e específicos de higiene”, acrescenta a ASAE.

No local foram “adicionalmente colhidas amostras para verificação dos parâmetros físico-químicos legalmente estabelecidos e suspeita do produto embalado”, conclui.

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