Regras do ruído
O secretário de Estado do Ambiente disse esperar ter até final do ano "uma situação bastante mais interessante" no...

"Temos a grande expectativa de, até final do ano, alterarmos significativamente o panorama e podermos reportar a Bruxelas uma situação bastante mais interessante do que aquela que tínhamos no início deste ano", afirmou à agência Lusa Carlos Martins.

Nas câmaras municipais, quanto aos mapas de ruído, "só temos uma em atraso com a entrega, o município já foi intimado a fazê-lo, através da Secretaria de Estado da Administração Local, já demos nota da nossa preocupação", disse o governante.

A preocupação, disse, "está agora mais focada nas infraestruturas, rodoviárias e ferroviárias, onde os concessionários ainda têm bastante atraso na entrega de todos os troços sujeitos a esta legislação" que obriga à apresentação de mapas e de planos para os casos em que o barulho ultrapassa determinados níveis.

Carlos Martins disse que "tem havido articulação" com o Ministério do Planeamento e Infraestruturas e que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) "tem-se relacionado diretamente" com a Refer e a Infraestruturas de Portugal "no sentido de suprirem o que ainda está para resolver" nesta matéria.

O secretário de Estado disse ainda que está a ser realizado pela APA e pelas Comissões de Coordenação de Desenvolvimento Regional (CCDR) um trabalho para criar um guia sobre ruído, a ser aprovado ainda este ano.

O documento "vai ajudar sobretudo os municípios e as entidades licenciadoras para fatores de ruído, como os espetáculos ou as festas, muitas vezes em espaço aberto, que passarão a ter no guia um conjunto de referências sobre a maneira como licenciar, como medir e como fiscalizar", explicou Carlos Martins.

O objetivo é também "uniformizar de norte a sul tudo o que é posicionamento das autoridades que tem a ver com o ruído, o que nem sempre acontecia", havendo, por vezes, "entendimentos diferentes sobre alguns temas", acrescentou.

A 12 de agosto, a APA disse estar a analisar a aplicação de multas para o incumprimento das regras do ruído, que obrigam grandes cidades e infraestruturas de transportes a terem mapas e planos para reduzir o barulho.

Além dos trabalhos em curso sobre a transposição para o direito nacional da diretiva da União Europeia, alterando um dos anexos da anterior lei sobre ruído ambiente, a APA referia estar a ser "ponderada a introdução de um regime contraordenacional".

Atualmente, são seis os municípios que, com base na sua dimensão, estão obrigados a apresentar mapas estratégicos de ruído, documentos que 'medem' os níveis de barulho: Amadora, Lisboa, Matosinhos, Odivelas, Oeiras e Porto. Todos já o fizeram com exceção do Porto.

Sempre que o mapa de ruído identifique zonas onde os limites são ultrapassados, devem ser elaborados planos de ação com medidas para resolver a situação. Estes documentos podem incluir igualmente ações preventivas.

Além daquelas cidades, também devem elaborar mapas e planos de ação os aeroportos de Lisboa e Porto, assim como infraestruturas rodoviárias (553 troços) e ferroviárias.

A exposição a níveis de ruído elevados pode provocar distúrbios do sono, doenças cardiovasculares, perda da produtividade no trabalho e no desempenho no trabalho.

Lesões persistentes
Lábios gretados, inchados ou descolorados são, muitas vezes, sinónimo de problemas de saúde menos vi
Saúde dos lábios

Apesar de muita gente não dar importância ao aspeto dos lábios, associando algumas alterações de cor, tamanho ou superfície a agressões externas ou ao natural processo de envelhecimento, a verdade é que algumas destas alterações podem não ser tão “inofensivas” quanto se pensa e indicar problemas de saúde.

É, por isso, importante que, preste atenção aos seus lábios, sobretudo, se apresentar lesões ou sinais persistentes.

Lábios secos

Desidratação, queimaduras solares, tempo frio ou clima seco podem ser a causa dos lábios secos.

Por outro lado, o ressequimento da pele pode surgir como consequência de uma reação alérgica a batons, cremes dentários, alimentos ou bebidas. Os lábios podem tornar-se duros e secos, especialmente o inferior.

Beber bastante água, enxaguar bem a boca depois de lavar os dentes e usar hidratantes labiais adequados pode ajudar a reverter este quadro.  

Lábios severamente rachados ou com fissuras

Vários fatores podem deixar os lábios com fissuras, rachaduras e outras lesões de superfície, tais como:

  • Uso de medicamentos que secam a boca, como a isotretinoína
  • Quimioterapia
  • Molhar compulsivamente os lábios (com a língua), mantendo-os sempre húmidos e expostos aos germes da boca
  • Desordens nutricionais, como anemia e falta de vitaminas

Nestes casos mais severos, o dermatologista pode prescrever uma pomada de corticosteroides para interromper a descamação.

Lábios Inflamados

Devido à inflamação dos lábios, as bordas da boca podem tornar-se doridas, ficar irritadas, rachadas ou descamar. A queílite pode ser a consequência de uma deficiência em vitamina B2 na alimentação, pelo que o médico especialista pode recomendar a toma de um suplemento vitamínico.

Quando esta lesão atinge os cantos da boca designa-se de queílite angular, vulgarmente conhecida por “boqueira”. As suas causa podem ser:

  • Uso de dentaduras mal adaptadas
  • Uso de aparelhos odontológicos
  • Candidíase oral (infecção causada por um fungo e que deixa um aspecto esbranquiçado e macerado nos cantos da boca)
  • Má higiene oral
  • Problemas de pele que causem lesão ao redor da boca, como dermatite atópica, psoríase ou dermatite seborreica
  • Compulsão por lamber os lábios, mantendo-os sempre húmidos e expostos aos germes da boca
  • Consumo excessivo de alimentos ricos em açúcar, que favorece o crescimento do fungo Candida
  • Uso de corticoides inalatórios, que favorecem o crescimento de germes na cavidade oral


Sempre que apresentar lesões labiais persistentes, procure um especialista. Nem todas as alterações labiais são "inofensivas" 

Lábios inchados

Uma reação alérgica pode fazer com que os lábios inchem. A reação pode ser causada pela sensibilidade a determinados alimentos ou bebidas, medicamentos, produtos cosméticos ou partículas irritantes presentes no ar. Mas, com frequência, a causa do inchaço permanece desconhecida.

No entanto, alguns quadros clínicos como o angioedema hereditário podem causar inchaços recorrentes.

Assinalam-se ainda algumas doenças não hereditárias – como o eritema multiforme, queimaduras solares ou por um clima frio e seco ou alguns traumatismos – que podem provocar alterações no volume dos lábios.

Neste caso, o seu tratamento irá depender da causa. Quando se consegue identificar de imediato a causa e tratá-la, os lábios voltam à sua forma normal.

Para reduzir o inchaço causado pela reação alérgica,  utiliza-se um creme corticosteroide.

Porém, em alguns casos, pode ser necessário recorrer à cirurgia para retirar o excesso de tecido labial e melhorar a sua aparência.

Lábios com bolhas

Herpes simples é uma infeção viral que cursa com dor, inchaço e bolhas nos lábios. Dura entre sete a dez dias e desaparece sem deixar cicatrizes. Geralmente, sente-se um desconforto no local antes do aparecimento da ferida.

Uma vez que se adquire a infeção, ela tende a reaparecer sempre no mesmo local quando ocorre queda da imunidade – stress, cansaço e exposição solar podem reativar a infeção.

Lábios pálidos ou descolorados

Esse aspeto pode ser sinal de anemia, de doenças cardíacas que dificultam a circulação do sangue, ou de doenças pulmonares que comprometem a oxigenação do sangue. Se a cor dos lábios estiver amarelada, pode indicar alguma doença no fígado.

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Novos veículos
O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) prevê renovar até 2021 a frota de ambulâncias em Postos de Emergência Médica ...

“O plano do INEM para a renovação desta frota de Ambulâncias prevê que se proceda à substituição de 75 viaturas em cada ano entre 2018 e 2021, altura em que a frota de ambulâncias se encontrará totalmente renovada”, refere o INEM num comunicado hoje divulgado, recordando que, no ano passado, “procedeu já à renovação de 41 Ambulâncias de Socorro sediadas em PEM”.

Os PEM funcionam em corporações de bombeiros ou delegações da Cruz Vermelha Portuguesa que têm protocolo com o INEM, “para dar resposta a emergências médicas pré-hospitalares”. Para isso, os PEM “dispõem de uma ambulância de socorro do Instituto, disponível 24 horas por dia para atender aos pedidos de ajuda de quem liga o 112”.

O INEM assina hoje 75 protocolos com corporações de bombeiros de todo o país para a aquisição de 75 ambulâncias, num “investimento de “3,7 milhões de euros, destinados a subsidiar integralmente a compra”, com o objetivo “de melhorar a capacidade de resposta do Sistema Integrado de Emergência Médica”.

A assinatura destes protocolos “marca também uma nova forma de aquisição das ambulâncias: ao invés de ser o Instituto a comprá-la, é adquirida diretamente pela corporação de bombeiros”.

“O INEM pagará uma verba de 50 mil euros para a aquisição, manutenção e seguro da ambulância. E, a partir do primeiro ano de vida, irá igualmente subsidiar a corporação de bombeiros nas despesas com manutenção, reparações e seguro”, lê-se no comunicado hoje divulgado.

Atualmente, o INEM tem 326 ambulâncias a funcionar em PEM, “apresentando parte da frota necessidade de renovação”.

IPMA
Todos os distritos de Portugal continental e os arquipélagos da Madeira e dos Açores apresentam hoje risco muito elevado e...

Em risco muito elevado estão os distritos de Vila Real, Bragança, Viseu, Guarda, Coimbra, Beja e Faro, no continente, Funchal e Porto Santo, na Madeira, e as ilhas das Flores e Terceira (grupos ocidental e central dos Açores, respetivamente).

Os distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Leiria, Castelo Branco, Santarém, Lisboa, Portalegre, Setúbal e Évora, no continente, e as ilhas do Faial e S. Miguel (grupos central e oriental) estão hoje em risco elevado de exposição à radiação UV.

Para as regiões com risco muito elevado e elevado, o IPMA recomenda a utilização de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol, protetor solar e evitar a exposição das crianças ao Sol.

O índice ultravioleta varia entre 1 e 2, em que o risco de exposição à radiação UV é baixo, 3 a 5 (moderado), 6 a 7 (elevado), 8 a 10 (muito elevado) e superior a 11 (extremo).

O IPMA prevê para hoje períodos de céu muito nublado, apresentando-se pouco nublado ou limpo na região Norte e no interior da região Centro até final da manhã, possibilidade de ocorrência de aguaceiros e trovoada, em especial no interior e a partir da tarde.

A previsão aponta também para vento fraco a moderado do quadrante leste, tornando-se do quadrante sul a partir do final da manhã e soprando de noroeste no litoral oeste.

Está ainda prevista neblina ou nevoeiro matinal em alguns locais da faixa costeira, pequena subida da temperatura mínima, em especial nas regiões do interior e subida da máxima, em especial no litoral oeste.

As temperaturas mínimas no continente vão variar hoje entre os 14 graus Celsius (em Braga, Porto, Leiria e Aveiro) e os 23 (em Portalegre) e as máximas entre os 27 (em Aveiro) e os 38 (em Évora, Beja e Castelo Branco).

Na Madeira prevê-se períodos de céu muito nublado, possibilidade de ocorrência de períodos de chuva fraca nas vertentes norte no final do dia e vento fraco a moderado do quadrante norte.

No Funchal as temperaturas entre os 25 e os 21 graus Celsius.

Nas ilhas do Corvo e Flores (grupo ocidental) prevê-se céu pouco nublado, aumentando de nebulosidade para a tarde, aguaceiros a parir do fim do dia e vento fraco, tornando-se bonançoso de oeste.

Nas ilhas Graciosa, São Jorge, Faial, Pico e Terceira (grupo central) prevê-se céu muito nublado com boas abertas, possibilidade de aguaceiros fracos especialmente a partir da tarde e vento fraco.

O IPMA prevê para as ilhas de S. Miguel e Santa Maria períodos de céu muito nublado com abertas, aguaceiros geralmente fracos, especialmente na madrugada e manhã e vento fraco a bonançoso de norte.

As temperaturas vão variar entre os 20 e os 27 graus em Santa Cruz das Flores, na Horta e em Ponta Delgada e entre os 20 e os 26 graus em Angra do Heroísmo.

Campanha “Amigos na Demência” recebe apoio solidário
A campanha “Amigos na Demência” da Alzheimer Portugal vai contar com o apoio solidário de Susana Novais Santos, campeã...

Esta ação, que compreende um percurso com cerca de 13 quilómetros, tem como objetivo angariar fundos para a campanha lançada em Portugal no passado mês de julho. Com a hora de partida marcada para as 8h30, prevê-se que a equipa de nadadores chegue à meta a partir do meio-dia.

José Carreira, presidente da Alzheimer Portugal, refere que “esta travessia solidária, e o gesto da Susana em particular, são um grande exemplo de como nós, enquanto cidadãos, podemos ser “Amigos na Demência”. Basta querermos aprender um pouco mais sobre como é viver com demência e depois transformar essa aprendizagem numa ação (que pode ser pequena ou grande) em favor da Pessoa com Demência”.

Susana Novais Santos, neurocientista de profissão, é atualmente a única mulher portuguesa que conseguiu efetuar o percurso da Ilha das Berlengas até Peniche a nado. Para o próximo desafio, a atleta convidou os nadadores Paulo Sousa, Tomás Metcalfe, Brian Fortune e José Faustino.

A campanha “Amigos na Demência” é uma iniciativa da Alzheimer Portugal, que visa mudar a forma como o nosso país pensa, age e fala sobre a demência. Integrada no movimento global “Dementia Friends”, esta iniciativa tem como objetivo geral aumentar a compreensão sobre as demências no nosso país e convidar os cidadãos a comprometerem-se ativamente na melhoria do dia a dia das pessoas com demência.

Tecnologia inovadora disponibiliza aconselhamento parental
Já se encontra disponível a “Aurora”, um programa de conversação online que disponibiliza um acompanhamento automático aos pais...

Disponível no Facebook Messenger, mediante inscrição prévia, a “Aurora” permite a qualquer pai ou mãe esclarecer dúvidas sobre o funcionamento do sono do seu bebé e/ou criança, bem como receber diariamente novas informações e dicas que minimizem as dificuldades sentidas durante a noite, e que ajudem a identificar os aspetos que se adaptam melhor à rotina de sono de cada família.

Cláudia Morgado, farmacêutica e consultora parental de 35 anos, mãe de dois filhos e criadora desta tecnologia, explica que “perante o atual panorama de desvalorização da qualidade do sono ininterrupto das crianças, foi necessário desenvolver um chatbot que ajudasse os pais a perceber as necessidades de sono em cada idade, assim como compreender quais as mudanças necessárias para alcançar longas noites de sono saudável partilhadas por toda a família”.

“O sono é uma função vital para todos: para além do descanso físico, permite ao cérebro executar várias funções que durante o dia seriam impossíveis, tais como tornar as memórias recordáveis a longo prazo ou transformar experiências vividas em aprendizagens. À nascença, o bebé vem com um padrão de sono muito diferente do dos adultos, o que dificulta a tarefa dos pais. Não assumi-lo como uma prioridade, de mesma forma que respirar ou comer o são, acaba por ter implicações graves, como as manifestadas no comportamento ou desenvolvimento das crianças, ou até na produtividade dos próprios pais”, sublinha a consultora.

Este serviço de assistência virtual encontra-se disponível através da seguinte ligação: http://m.me/curricula.pt?ref=12apress

Especialista
Um estudo publicado pelo American Journal of Neuroradiology, revelou que cerca de 50% das crianças s

De acordo com o especialista, “A fase escolar é marcada por transformações significativas na vida das crianças e adolescentes, a nível motor e psicossocial pelo que é importante que os pais estejam atentos às queixas dos filhos e que intervenham na sua correção postural a fim de criar bons hábitos preventivos. Sensibilizar a população mais jovem a promover hábitos saudáveis e educá-los para uma postura vigilante em relação à coluna, é indispensável.” O especialista adianta também que: “Será a partir dos 7 anos que o seu olhar deve estar mais atento aos pormenores e às queixas dos mais novos. Para que consigam também aprender a desvendar corretamente o que sentem. Incentive-os a falar proativamente sobre as dores e a sua descrição”.

De acordo com o médico ortopedista, “As dores nas costas nas crianças podem ser provocadas por inúmeros factores, sendo os principais relacionados com uma má postura à secretária ou à mesa, um excesso de carga no transporte das mochilas, falta de exercícios de fortalecimento muscular da zona lombar e um aumento dos hábitos sedentários (muitas horas sentados), obesidade, assim como o excesso de tempo passado nos dispositivos móveis. Também algumas lesões ou quedas podem acabar por gerar episódios pontuais de dores na coluna.”

Os cuidados que deve ter com a coluna do seu filho no regresso às aulas:

1. Uso de tecnologias

Embora acabem por facilitar o entretenimento em casa, e até o estudo, o uso de tecnologias também acaba por contribuir para que a coluna seja sujeita a posturas prejudiciais: cabeça curva e mal apoiada, sustentação do corpo em cotovelos ou outras posições que coloquem a coluna em tensão.

Segundo um estudo australiano muito recente da Curtin University of Technology, metade dos estudantes (46,7%) com uma utilização superior a 7 horas de computador por semana têm dores no pescoço e ombros frequentemente, além de serem 2 vezes mais vulneráveis a desenvolver problemas músculo-esqueléticos no futuro. “Os estudos realizados na área revelaram que a força e peso exercidos no pescoço a olhar para o telemóvel correspondem a uma pressão extrema para esta zona, que pode conduzir a um desgaste precoce e a degenerações, traduzindo-se em queixas, principalmente nas zonas lombar e cervical”. Explica Luís Teixeira.

Dica para os pais

Controle os horários de uso destes aparelhos e limite o seu uso, instituindo pausas obrigatórias; assegure-se de que no momento da sua utilização as costas estão bem apoiadas e que o dispositivo não obriga a que tenham a cabeça inclinada. Ensine-os a movimentarem o pescoço de um lado para o outro tocando nos ombros, para aliviar a tensão na região cervical.

2. Postura à secretária

Tente corrigir a postura junto dos seus filhos enquanto estão a desenvolver hábitos. “As retrações musculares são típicas de quem permanece muito tempo sentado. Embora não possa controlar a mobília utilizada na escola, pode fazer algumas mudanças em casa com o uso de uma cadeira confortável com um apoio lateral (nos braços), com um ângulo reto mas não rígida, e que acompanhe as costas enquanto fazem os trabalhos de casa. Os seus pés devem também estar bem apoiados no chão, num ângulo de 90ºC. Se tem em casa um adolescente que passa bastante tempo ao computador, incentive-o também a fazer pausas com uma caminhada rápida e um espreguiçar (ou outro tipo de alongamento), no mínimo, a cada 40 minutos.” Destaca o especialista que salienta também a importância da hidratação.

3. Peso das mochilas

Um estudo realizado pela Spine Matters apontou alguns resultados preocupantes dentro desta temática: 1/3 das crianças em idade escolar tem dores nas costas, mas não vai ao médico. O especialista alerta para as consequências de uma carga desadequada e contínua durante o período escolar – e fase de crescimento das crianças e adolescentes, sendo que vários estudos têm apontado para uma correlação entre o peso das mochilas e o aumento de dores nas costas nas crianças, dores de cabeça frequentes e falta de concentração nas aulas: “Muitos alunos suportam 15% ou mais do que o seu peso corporal em mochilas desadequadas, afetando os ângulos dos ombros, pescoço, tronco e membros inferiores, assim como a postura de forma global ao provocar uma curvatura anormal nas costas.”

Dica para os pais

Procure pesar as mochilas, evitando este resultado, e incentive o seu filho a organizar e planear os materiais necessários para cada dia de escola, evitando sobrecargas desnecessárias. Confirme também se a escolha é a mais adequada, se distribui o peso uniformemente, tem as alças ajustadas, um encosto maleável e divisórias que ajudem na distribuição do peso, não existindo oscilação. E as malas com rodinhas ao contrário do que muitas vezes se pensa, não são a melhor solução, uma vez que sobrecarregam um lado.

4. Prática de atividades desportivas na escola e fora dela

A prática da atividade física é importante para o desenvolvimento e fortalecimento muscular, mas também de uma boa postura, melhor mobilidade e resistência para o futuro. Além disso, a prática desportiva previne a obesidade, uma das principais causas de dores nas costas em qualquer idade. Luís Teixeira, recomenda a prática de desportos aquáticos “pela ausência de impacto nas articulações que permite uma liberdade de movimento e normalidade na respiração e circulação benéficas aos desenvolvimento da criança. A atividade física bem orientada por professores de educação física quer a nível escolar ou extracurricular é altamente vantajosa.”

5. Um colchão errado

Apesar de menos frequentes, as dores causadas por uma má postura durante o sono também podem surgir. Pelo que uma almofada adequada (e ortopédica), assim como um bom colchão, são sempre algo a considerar. A relação entre a cabeça/tronco da criança é diferente da do adulto, devendo as suas almofadas por esse motivo ser mais baixas. “Verifique se a almofada está bem colocada deitando a criança de lado e identificando se deixa o pescoço, a cabeça e a coluna alinhados.” Aconselha o médico ortopedista e especialista em patologia da coluna vertebral.

6. Excesso de stress

“Embora seja um conceito ainda negligenciado, o stress e a ansiedade nas crianças devem ser considerados”, salienta o médico. Embora os seus problemas lhe possam parecer em menor escala, como o excesso de trabalhos de casa ou a dificuldade de os executar, estas perturbações e ansiedade podem desenvolver tensões musculares desproporcionais e/ou originar dores nas costas. Ajude-os criando tempo livre para que possam brincar e ser crianças. Inscreva-os também em atividades desportivas, para que trabalhem diferentes grupos articulares e musculares.

7. Valorize as suas queixas

O médico aconselha os pais a escutarem as queixas e saberem identificar os sinais: “É importante que os pais estejam atentos às queixas de dor nas costas, mudança na postura (se a criança se inclina para a frente, para trás ou para o lado) ou se tem marcas das alças da mochila nos ombros. Quando existir alguma dor, é importante que se questione sobre as atividades do dia da criança que podem ter causado um desconforto, como um novo exercício físico. No caso de uma dor recorrente, com aumento progressivo, que persista durante a noite, durante os períodos de repouso, ou que dure mais de uma semana é importante despistar o caso com um especialista. Febre, alterações de sensibilidade ou perda de força são motivo de alerta, pelo que não deve esperar tanto tempo", conclui o especialista.

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Estudo
Os avanços na tecnologia dos exames oftalmológicos vão poder ajudar os médicos a diagnosticar a doença de Alzheimer através da...

A partir de equipamentos semelhantes aos que já estão disponíveis na maioria dos consultórios oftalmológicos, os investigadores detetaram sinais de Alzheimer numa pequena amostra de 30 pessoas, segundo um estudo publicado no "Journal of the American Medical Association Opthalmology".

As pessoas que participaram no estudo, todos com mais de 70 anos sem sintomas visíveis da doença de Alzheimer, submeteram-se à realização de um exame PET ou à análise do líquido cefalorraquidiano.

Cerca de metade, escreve o Sapo, registou a presença de níveis elevados da proteína beta-amilóide ou tau, as chamadas proteínas do Alzheimer, o que sugere que, com o tempo, eventualmente desenvolverão demência.

Neste grupo, os cientistas também observaram um afinamento da retina, algo que os especialistas já tinha detetado notado em necropsias de pessoas que morreram em decorrência da doença de Alzheimer.

Alterações na retina
"Nos pacientes com níveis elevados de beta-amilóide ou tau, detetámos um afinamento significativo no centro da retina", comenta Rajendra Apte, um dos investigadores e professor de Oftalmologia e Ciências Visuais da Universidade de Washington, em St. Louis.

"Todos temos uma pequena área desprovida de vasos sanguíneos no centro das nossas retinas que é responsável pela nossa visão mais precisa. Descobrimos que esta zona que carece de vasos aumentou significativamente em pessoas com doença de Alzheimer [em estado] pré-clínico", indicou o especialista.

Contudo, o estudo não revela se os participantes com retinas mais finas desenvolveram, de facto, Alzheimer. Por essa razão, o diretor de investigação da Sociedade Americana de Alzheimer, Doug Brown, qualificou a investigação como "fascinante", mas foi cauteloso.

"Sem confirmar que algumas das pessoas com Alzheimer pré-clínico desenvolveram realmente a doença, precisamos de comprovar isso com um grupo muito maior durante um período mais longo para tirar conclusões firmes", disse Brown, que não participou neste estudo.

Sara Imarisio, chefe de investigação do Centro de Investigação de Alzheimer do Reino Unido, concorda com Doug Brown. "Embora os testes oculares usados neste estudo sejam relativamente rápidos, económicos e não invasivos, pelo facto de só terem participado 30 pessoas no estudo, ainda precisamos de ter mais investigações antes de poder dizer o quão útil poderá ser este método", assinalou.

Mais casos de demência
Os especialistas acreditam que a doença de Alzheimer começa a causar danos no cérebro duas décadas antes dos primeiros sinais de perda de memória.

Cerca de 50 milhões de pessoas vivem com demência em todo o mundo e espera-se que esse número aumente nas próximas décadas à medida que a população envelhece.

O Alzheimer é a forma mais comum de demência e não tem cura. A detecção precoce desta patologia neurodegenerativa pode possibilitar intervenções medicamentosas que mantêm a doença sob controlo.

Os investigadores dizem que a retina e o sistema nervoso central estão interconectados, motivo pelo qual as mudanças no cérebro se podem refletir nas células da retina.

A principal autora do estudo, Bliss E. O'Bryhim, médica residente no Departamento de Oftalmologia e Ciências Visuais, declarou: "Esta técnica tem um grande potencial para se converter numa ferramenta de deteção que ajude a decidir quem deve submeter-se a testes mais custosos e invasivos para a doença de Alzheimer antes dos sintomas clínicos".

Os autores do estudo admitem que é necessário mais investigação para confirmar esta técnica, mas têm a esperança de um dia poderem ajudar a detetar sinais de Alzheimer em pessoas em idade precoce.

Glifosato e cancro
Processos dispararam e entretanto empresa foi condenada a pagar 250 milhões de euros de indemnização a um jardineiro que alegou...

O número de ações judiciais nos EUA contra a Monsanto, comprada há pouco tempo pela Bayer, disparou para cerca de 8000, levando a farmacêutica alemã a preparar-se para anos de disputas legais nos tribunais sobre os alegados riscos de cancro dos herbicidas à base de glifosato.

A Bayer, que comprou a Monsanto por 63 mil milhões de dólares (cerca de 54,5 mil milhões de euros) em junho, já tinha revelado que a empresa era alvo de 5200 mil processos. O número cresceu para 8000 no final de julho, escreve o Diário de Notícias.

"Estes números podem aumentar ou diminuir com o tempo, mas nossa opinião é que o número não é indicativo do mérito dos casos dos queixosos", disse Werner Baumann, da Bayer, por teleconferência na quinta-feira.

As ações da Bayer cairam mais de 10% desde que a Monsanto foi condenada a pagar cerca de 250 milhões de euros a DeWayne "Lee" Johnson, por não ter informado o jardineiro sobre o perigo da utilização do herbicida e daquele ter estado na origem de um cancro no homem de 46 anos.

O CEO da empresa reiterou a visão da Bayer de que o veredito do júri norte-americano no dia 10 de agosto foi inconsistente com as conclusões dos reguladores e que tencionam pedir ao juiz para anular a decisão do júri. "Se necessário", vão depois contestar a decisão nos tribunais da Califórnia, que levará pelo menos um ano.

Quando questionado sobre se a Bayer pondera recorrer a acordos fora do tribunal, Baumann assegurou que tencionam :"defender vigorosamente este caso e todos os casos futuros".

A Bayer salientou que a procura por glifosato e por sementes que toleram o herbicida não foi afetada pelo veredito. "É uma ferramenta inestimável para os produtores", disse Liam Condon, diretor da divisão de Ciência de Colheitas da multinacional.

9,5 milhões de euros
O Conselho Geral e de Supervisão da ADSE considera preocupante a evolução do saldo do subsistema de saúde previsto no seu...

No parecer sobre a proposta de orçamento do subsistema de saúde dos funcionários públicos para o próximo ano, ontem divulgado, o Conselho refere que "o saldo previsto em 2019 é de 9,5 milhões de euros, contra um saldo estimado de 58,2 milhões de euros em 2018", uma evolução "preocupante", devendo ser revisto.

"Este orçamento torna ainda mais prioritárias medidas relativas ao controlo e contenção da despesa, combate à fraude, publicação de novas tabelas, alargamento, reforço dos recursos humanos e materiais e outras medidas que veem sendo debatidas nos órgãos da ADSE", é apontado na conclusão do parecer aprovado por unanimidade.

A proposta para a gestão das contas em 2019 responde a alertas que o Conselho tem vindo a efetuar, como "a maior preocupação com a informação em geral e dos beneficiários, em particular e a celebração de novas convenções".

É proposta ao conselho diretivo do sistema uma revisão das suas previsões, para passar de uma execução em 2018 de 395.161.920 euros (em 13 meses) para 379.355.443 euros em 2019 (12 meses).

O Conselho aponta que a verba prevista para o regime convencionado passa de 340 milhões de euros, orçamentados em 2018, para 438 milhões, ou seja, mais 98 milhões e regista "o reforço da verba para as visitas domiciliárias de verificação da doença (mais que duplica), face às novas responsabilidades com os professores".

"É uma área sensível em que a ADSE deve atuar com o devido cuidado", aconselha.

Realça o registo no orçamento de poupanças de 10 milhões de euros, como consequência da revisão das tabelas do regime livre e convencionado, e de outros 10 milhões de euros, como consequência do reforço do combate à fraude.

Nas previsões para as receitas, a proposta de orçamento inscreve uma diminuição de 7,3% face ao orçamento de 2018, e de menos 0,04% face ao valor de execução previsto para 2018, "o que não é aceitável", defende o Conselho.

"Está previsto para 2019 uma receita com contribuições de 576.034.755 euros, contra uma previsão de execução em 2018 de 576.257.432 euros. De 2016 para 2017 as receitas subiram 0,6% e de 2017 para 2018 prevê-se que subam 0,5%", justifica.

O Conselho de Supervisão regista o facto de ser incluída nas receitas uma verba de 13,8 milhões de euros para reposição das contribuições dos beneficiários isentos do pagamento de contribuições por terem pensões muito reduzidas.

"Todavia, nada se refere relativamente ao pagamento relativo a anos anteriores. Refira-se que o custo efetivo com estes beneficiários é superior a 40 milhões de euros", especifica.

É saudado o reforço dos meios humanos, com o recrutamento de 17 técnicos e 30 assistentes técnicos.

O Conselho considera que os impactos positivos da revisão das tabelas e do combate à fraude se deveriam refletir no valor das contribuições.

"Os representantes dos beneficiários reiteram a sua posição comum de defesa da redução do valor das comparticipações para a ADSE pagas pelos beneficiários, que não pode ser confundida com qualquer aumento dos salários e pensões", esclarece.

O parecer regista ainda que, na proposta de orçamento, "não é assumido qualquer compromisso de regularização da situação das autarquias, sem impacto financeiro negativo para a ADSE".

O Conselho geral reitera a necessidade de "resposta urgente do Governo as questões como as dívidas do Estado, no montante de 180,9 milhões de euros, nas contas de 2017" e apoia o aumento para o dobro das verbas ligadas à aquisição de material informático e de tecnologias de informação na ADSE.

Estudo
Diferentes tipos de anticorpos humanos cooperam para bloquear etapas distintas de infeções por filovirus, como o ébola, indica...

O estudo, publicado na revista PLOS Pathogens, dá uma nova visão sobre como o sistema imunológico humano se protege contra a infeção por ébola, podendo contribuir para o desenvolvimento de terapias baseadas em anticorpos.

A investigação foi feita por Philipp Ilinykh e outros responsáveis da divisão médica da Universidade do Texas, da Universidade de Vanderbilt, e do Instituto Ragon, todos dos Estados Unidos.

Uma epidemia de ébola entre 2013 e 2016 matou mais de 11.000 pessoas em vários países de África ocidental, demonstrando a necessidade urgente de tratamento contra o vírus do ébola e os altamente patogénicos filovirus relacionados. Os filovírus são vírus altamente mortais para o ser humano e o ebolavirus faz parte dessa família.

Apesar dos esforços intensos de colaboração internacional não há até agora um tratamento contra as doenças provocadas por filovírus. Terapias baseadas em anticorpos requerem uma melhor compreensão do mecanismo subjacente ao efeito protetor.

Embora o sistema imunológico humano possa produzir fortes respostas contra os filovírus, os efeitos em várias etapas da infeção não são ainda claros.

Tentando responder a isso os investigadores avaliaram os mecanismos subjacentes aos efeitos antivirais de um painel de anticorpos monoclonais (proteínas que o sistema imunológico usa para identificar e neutralizar corpos estranhos) obtidos de vários sobreviventes das infeções provocadas pelo vírus do ébola.

Em 2019
Governo Regional da Madeira quer, em 2019, rastrear 100% dos grupos de risco dos cancros do colo do útero e colo retal,...

O governante falava durante a visita que realizou à Unidade Móvel do Rastreio do Cancro da Mama, junto ao Centro de Saúde de Machico, facultando um diagnóstico gratuito a cerca de 4.151 mulheres.

"O rastreio do colo do útero e do colo retal, onde temos já um rastreio oportunista de cerca de 60% dos casos, será organizado e, estes, e o do cancro da mama e da retinopatia diabética [já cobertos em 100%] irão ficar concentrados no Centro de Rastreio da Região Autónoma da Madeira que será uma realidade a partir de 2019", disse Pedro Ramos.

Por ano são detetados na Madeira 100 novos casos de cancro da mama, 80% dos quais com resultados positivos devido à sua deteção precoce.

A população feminina, com idade compreendida entre os 45 e os 69 anos, residente no concelho de Machico, será convocada para o rastreio.

Num primeiro momento, o rastreio será dirigido às mulheres residentes nas freguesias de Santo António da Serra e Santa Cruz, seguindo-se Machico, Água de Pena, Caniçal e, por fim, Porto da Cruz.

As autoridades de saúde aconselham, no caso do cancro do colo do útero, o rastreio, de três em três anos, a mulheres entre os 25 e os 60 anos, se já tiverem iniciado a vida sexual.

No cancro do colo retal, as orientações são para que seja feito o rastreio, de dois em dois anos, a mulheres e homens entre os 50 e os 70 anos.

Governo
O parlamento quer medidas urgentes do Governo para acabar com o problema ambiental e de saúde pública relacionado com fábricas...

A resolução, que recomenda ao Governo "medidas urgentes" para acabar com o problema relacionado com laboração de três fábricas nos concelhos de Ferreira do Alentejo e Alvito, distrito de Beja, foi aprovada pelo parlamento no passado dia 18 julho.

A resolução resulta de cinco projetos de resolução apresentados por BE, PSD, PCP, CDS-PP e PEV que recomendavam ao Governo medidas para resolver o problema e que foram aprovados pelo parlamento no passado dia 29 de junho.

Trata-se da laboração da AZPO - Azeites de Portugal, na aldeia de Fortes, e da Casa Alta - Sociedade Transformadora de Bagaços, no Parque Agroindustrial do Penique, perto da aldeia de Odivelas, no concelho de Ferreira do Alentejo, e da fábrica da UCASUL - União de Cooperativas Agrícolas do Sul, no concelho de Alvito.

A resolução recomenda ao Governo que determine a realização de estudos epidemiológicos e ambientais para averiguar o impacto da laboração da AZPO na qualidade do ar e na saúde pública das populações afetadas.

Outra das medidas recomendadas ao Governo é que ordene a monitorização e a avaliação contínuas da atividade das fábricas, através da instalação de sistemas para avaliar a qualidade do ar à saída das chaminés e análises semanais, com "especial incidência" durante as campanhas de apanha de azeitona, quando a laboração aumenta.

A resolução também recomenda ao Governo que tome medidas urgentes para assegurar a monitorização das emissões de poluentes gasosos das chaminés das fábricas, da qualidade do ar e da água das ribeiras em Fortes e áreas limítrofes e da existência ou não de contaminação por poluentes com origem nas unidades industriais.

Identificar medidas urgentes para mitigar efeitos poluentes e soluções para acabar com a atividade poluente do ar, solos e água a implementar pelas fábricas e concluir e executar eventuais processos contraordenacionais e informar o parlamento das decisões finais são outras medidas.

A resolução recomenda também ao Governo para apreciar licenças de exploração atribuídas às fábricas para ver se estão de acordo com as condições de laboração, sujeitar a renovação ou a emissão de novas licenças para a atividade ao regime de Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) e concretizar as medidas de minimização dos impactes em função dos resultados das avaliações.

Também é recomendado ao Governo estabelecer um período transitório para reconversão ou adaptação da AZPO, cuja laboração está suspensa desde junho por ordem do IAPMEI - Agência para a Competitividade e Inovação e devido a infrações graves cometidas pela fábrica.

A resolução recomenda ainda ao Governo refletir nas medidas os resultados dos estudos e análises realizados, estabelecendo prazos e compromissos que envolvam todos os interessados.

Estudo
Um grupo de cientistas anunciou na quarta-feira ter encontrado vestígios de uma mulher da pré-história, filha de mãe Neandertal...

O fragmento de osso com 90 mil anos foi encontrado no sul da Sibéria, sendo a primeira vez que foi descoberto um descendente direto daqueles dois grupos, segundo o estudo publicado na revista Nature.

As espécies humanas 'Homo neanderthalensis' e 'Homo denisova' desapareceram há cerca de 40 mil anos, os primeiros viveram na Europa e na Ásia, enquanto os segundos só foram encontrados na caverna onde aquele fragmento apareceu.

Estudos genéticos já realizados mostraram um cruzamento entre os dois grupos, tal como com a atual espécie humana (Homo sapiens), o que deixou um traço no DNA dos humanos atuais, mas o trabalho agora divulgado é o primeiro a identificar uma criança de primeira geração com pais Neandertal e Denisova, escreve o Sapo.

Prova "fascinante"
"É fascinante encontrar prova direta desta mistura", disse Svante Paabo, um dos autores do estudo, que reconheceu estar surpreendido pela descoberta, dado terem sido encontrados relativamente poucos vestígios de grupos de outras espécies humanas que coexistiram com o Homo sapiens.

Encontrar sinais de um descendente dos dois grupos, que são mais diferentes entre si do que quaisquer outros grupos humanos atualmente existentes, parece um raro golpe de sorte, afirmou Svante Paabo, geneticista no Max Planck Institute for Evolutionary Anthropology, em Leipzig, na Alemanha.

Mas, o achado não revela a frequência com que aconteceu aquela mistura e onde, referiu Ron Pinhasi, antropólogo na Universidade de Viena, que também participou no estudo.

Segundo os investigadores, o pequeno fragmento de osso pode ser de um braço ou de uma perna de uma fêmea com pelo menos 13 anos.

A comparação com outro DNA antigo mostra que os genes que herdou da mãe estão mais relacionados com o 'Homo neanderthalensis' que viveu na Europa do que com outros da mesma espécie encontrados na caverna, o que aponta para a existência de migrações.

Nos Açores
A associação Abraço vai promover formações e rastreios nos Açores, em 2018 e 2019, num plano que pretende sensibilizar...

“O nosso principal objetivo é sensibilizar as pessoas para a necessidade de fazer o rastreio, porque muitas vezes as pessoas acham que não pertencem a grupos de risco e por isso não têm de fazer o rastreio”, adiantou, em declarações à agência Lusa, o presidente da associação, Gonçalo Lobo.

Outro dos objetivos da Abraço é “sensibilizar os profissionais de saúde para terem uma linguagem menos culpabilizadora e menos julgativa”, para que “as pessoas possam ter um diálogo aberto e franco com eles e também agilizar o mais rápido possível as consultas”.

Esta será a primeira iniciativa da Abraço nos Açores, onde a associação ainda não tem sede, e conta com um apoio de 10 mil euros por parte do executivo açoriano.

Na origem deste plano está a elevada incidência de alguns fatores de risco de transmissão destas doenças nos Açores, como o número de pessoas que utilizam drogas injetáveis.

“Sabemos que a percentagem de ocorrência de casos [entre pessoas que utilizam drogas injetáveis] é muito superior e que devido à desestruturação que estão a ter nesse momento da sua vida não estão tão sensibilizados para a importância da sua saúde”, salientou Gonçalo Lobo.

De acordo com o relatório do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD) de 2016, a Região Autónoma dos Açores era uma das que apresentavam as mais elevadas prevalências de consumo recente e atual de qualquer droga na população entre os 15 e os 74 anos.

O projeto vai arrancar com seis formações dirigidas a profissionais de saúde e a profissionais de ciências sociais e humanas e educação, nas ilhas de São Miguel e Terceira, que poderão abranger cerca de uma centena de pessoas.

Paralelamente, vão ser promovidos cerca de 500 rastreios ao VIH, através do projeto “Teste em Casa”, que “permite o conhecimento do estatuto serológico sem necessidade do contacto cara-a-cara”.

“O envelope não está identificado, a pessoa recebe o kit para fazer o rastreio em casa e sabe automaticamente qual é o seu resultado. A partir daí pedimos à pessoa para nos disponibilizar o resultado e depois podemos ajudar na ligação aos cuidados de saúde, a ter a consulta médica, a fazer as análises e a entrar em tratamento”, explicou o presidente da Abraço.

Segundo Gonçalo Lobo, este novo projeto “vai mitigar a questão da vergonha, da culpa, do medo de as pessoas virem a saber”.

Citando dados da Secretaria Regional da Saúde, a Abraço adianta que desde 2015 foram pedidas 523 autorizações para tratamento da hepatite C nos Açores, numa média de 150 pedidos por ano.

Já no que diz respeito ao VIH, a região notificou 13 novos casos de infeção por VIH, em 2016, tendo sido diagnosticados 18 casos de VIH e três de SIDA, em 2011 e 2012, de acordo com o Departamento de Doenças Infecciosas do Instituto Nacional de Saúde, três casos de SIDA.

Ainda assim, a Abraço alerta para o facto de muitos doentes serem acompanhados em Portugal continental, não sendo, por isso, possível quantificar o número real de casos de infeção por VIH.

A declaração de Paris, de 2014, estabelece como objetivos da ONUSIDA para 2020 que 90% das pessoas que vivem com infeção pelo VIH conheçam o seu estatuto serológico, que destas 90% estejam em tratamento e que destas 90% tenham carga vírica suprimida.

Professora de Harvard alerta
Óleo de coco é "puro veneno", garantiu Karin Michels, professora da Universidade norte-americana de Harvard durante...

Anunciado como um "super alimento" por uma vasta comunidade de marcas e adeptos da vida saudável, o óleo de coco é, afinal, "uma das piores coisas que se pode comer". A garantia é da médica e epidemiologista Karin Michels, escreve o Sapo, docente numa das instituições de ensino mais prestigiadas dos mundo, a Universidade de Harvard.

Defendido por alguns entusiastas da nutrição como uma opção natural e saudável, este ingrediente é rico em ácidos gordos saturados, que aumentam o colesterol mau (LDL), o que para Karin Michels, que é também diretora do Instituto de Prevenção e Epidemiologia de Tumores da Universidade de Friburgo na Alemanha, é "puro veneno".

Apesar da poderosa campanha de marketing que advoga os benefícios do óleo de coco, não há, na realidade, estudos que o comprovem do ponto de vista científico. Há, sim, a certeza de que o óleo de coco tem mais de 80% de gordura saturada, que é, sem dúvida, altamente maléfica para a saúde. "Puro veneno", resume a professora universitária ao longo da sua palestra na Alemanha.

"Nada saudável", dizem cientistas
Segundo a BBC, o óleo de coco é visto pela comunidade científica como uma gordura "nada saudável", embora a opinião pública tenha uma outra percepção - mais positiva - em relação àquele ingrediente.

Este alimentos contém níveis de gorduras saturadas muito altos (86%), maiores do que os da manteiga (51%) ou da banha de porco (39%), por exemplo.

No Reino Unido, a maioria dos nutricionistas defende que o consumo do óleo de coco, por ser rico em gordura saturada, deve ser feito apenas em ocasiões pontuais, usando, em alternativa, gorduras como o azeite ou o óleo de girassol.

O vídeo da conferência da professora de Harvard está a tornar-se viral nas redes sociais.

A "American Heart Association" já tinha alertado, em junho de 2017, para os malefícios decorrentes do consumo exagerado de óleo de coco para a saúde cardiovascular.

Vila Real
A Junta de Cerva e Limões criou uma equipa que está preparada para intervir “o mais rapidamente possível” quando são detetados...

O presidente da Junta de Cerva e Limões, Fernando Lourenço, disse hoje que a equipa é constituída por dois sapadores florestais, que receberam formação e dispõem do equipamento necessário para retirar e destruir os ninhos encontrados nesta localidade, uma das que possui mais registos de vespa asiática no distrito.

“Quando é detetado um ninho é alertada a junta e a atuação é imediata. Ainda na quarta-feira nos comunicaram que estava localizado um ninho numa chaminé de um emigrante e nós, durante a tarde, fomos fazer a remoção do ninho do local”, referiu.

Fernando Lourenço disse ter a perceção de que “o perigo parece estar mais perto das pessoas”.

Inicialmente os casos reportados diziam respeito a ninhos de vespa velutina construídos em árvores e normalmente colocados em sítios de difícil acesso e, agora, estão a ser identificadas situações em varandas de casas e até em chaminés.

“Neste momento estão a aparecer em qualquer sítio e é necessário combatermos isso o mais rápido possível”, frisou.

Segundo o presidente, no ano passado foram identificadas cerca de “duas dezenas de ninhos de vespa asiática”, situação que disse que se “foram acumulando porque o município não tinha capacidade para dar resposta a todos os casos com a rapidez desejada”.

“Então nós optamos por pedir ao município para nos fornecer esse tipo de equipamento, dar formação a dois sapadores e, desta forma, somos mais eficazes. Ao sermos contactados tentamos em 24 horas fazer a remoção do ninho”, sublinhou.

A apicultura é uma atividade com “alguma expressão” nesta localidade, com vários produtores que comercializam o mel e os seus derivados.

A presença da vespa asiática foi confirmada no distrito de Vila Real em 2015, tendo sido detetada, pela primeira vez, no concelho de Ribeira de Pena.

Na zona controlada de apicultura, que abrange os concelhos de Vila Pouca de Aguiar e Ribeira de Pena e é gerida pela associação Aguiarfloresta, há 179 apicultores e 7.900 colónias.

O presidente da Aguiarfloresta, Duarte Marques, disse à Lusa que a questão da vespa velutina é uma “situação que obviamente preocupa, mas que ainda não é alarmante”.

“É uma situação que está a ser acompanhada de forma a que sejam despoletadas as medidas necessárias”, frisou.

Segundo o responsável, a Aguiarfloresta tem “feito um trabalho com os apicultores no sentido de os formar e os capacitar para a colocação de armadilhas e para a monitorização dessas mesmas armadilhas para ver a evolução da praga no território”.

No entanto, até agora, afirmou, as “perdas efetivas na produção são pouco significativas dada a pouca presença das vespas”.

A vespa velutina é uma espécie asiática que exerce uma ação destrutiva sobre as colmeias de abelhas melíferas e pode constituir perigo para a saúde pública.

Esta espécie de vespa predadora foi introduzida na Europa através do porto de Bordéus, em França, em 2004. Os primeiros indícios da sua presença em Portugal surgiram em 2011, mas a situação só se agravou a partir do final do ano seguinte.

Angola
Ativistas de luta contra o VIH/SIDA em Angola defenderam ontem a necessidade de uma maior abertura para a identificação da...

A preocupação foi abordada durante o encontro mensal realizado pela Rede Angolana de Organizações Não-Governamentais de Luta contra o SIDA (ANASO), que agrega um total de 315 instituições e associações.

Na sua intervenção, o secretário executivo da ANASO, António Coelho, referiu que, em Angola, a prevalência do VIH é de 2%, percentagem que sobe para 11% entre o grupo de trabalhadoras do sexo e para 9% entre os homossexuais, dados que considerou preocupantes.

Atualmente, a população-chave é definida com base em critérios em que figuram homossexuais, lésbicas, heterossexuais e até os seus parceiros, bem como as trabalhadoras do sexo.

Em declarações, Pombal Maria, da associação Ação Humana, disse haver necessidade de África analisar a situação, porque "há muitos outros grupos com comportamentos de risco".

Pombal Maria cita, como exemplo, a população prisional, cuja situação sobre a sua sexualidade "não se conhece".

"É preciso fazer um estudo, como se relacionam os homens, porque há o direito à sexualidade na prisão. Isso parece que não é claro no nosso país e é possível que dentro dessa população prisional haja uma prevalência muito alta nesse grupo", apontou.

Além desse grupo, o ativista mencionou os homens com alto poder económico, cujo comportamento face às "elevadas assimetrias" em Angola não é controlado.

"Não se consegue controlar o comportamento dos homens que têm muito dinheiro, porque do outro lado estão aqueles que nada têm. E o que temos estado a ver, no dia-a-dia, com muitos comentários empíricos, é um comportamento promíscuo, quase adolescente, porque, além de terem duas, três, quatro mulheres, têm mais sete, oito ou 15 namoradas", referiu.

"Eu penso que a África, em relação ao VIH, tem de dizer o que entende por população-chave, um conceito africano, porque o conceito da nossa região, e de países como o nosso, é muito diferente dos que existem na Holanda, Bélgica, Suíça. É radicalmente diferente", concluiu.

No encontro, outras contribuições indicaram ainda como grupos a estudar os moradores de rua ou até os pescadores, "grupos de que ninguém fala".

Segundo Elisabeth Duarte, da Associação Angolana de Luta contra o SIDA, há três semanas, constatou, num trabalho que realizou, que muitas trabalhadoras do sexo são mulheres ou acompanhantes de pescadores, salientando que elas são provenientes do Zango, no município de Viana, aí permanecendo durante uma ou duas semanas.

"Na Europa não há este tipo de situações. Temos, então, de trabalhar com a nossa realidade", sublinhou.

Incêndios
O Ministério da Agricultura desmentiu ontem o Movimento Associativo de Apoio às Vítimas de Midões quanto às ajudas aos...

“O Ministério da Agricultura desmente categoricamente o teor do comunicado” do Movimento Associativo de Apoio às Vítimas de Midões (MAAVIM), “no que às medidas de apoio aos agricultores afetados pelos incêndios do ano passado diz respeito, e repudia a atitude demagógica deste movimento”, refere o gabinete do ministro Luís Capoulas Santos.

Numa resposta por escrito, na sequência de uma nota divulgada ontem por aquela organização, com sede no concelho de Tábua, distrito de Coimbra, o Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural (MAFDR) realça que, “no âmbito das medidas de apoio aos agricultores, visando a recuperação da sua atividade produtiva e dos seus meios de subsistência, implementadas e operacionalizadas na sequência dos incêndios ocorridos no ano de 2017, os apoios atribuídos e já pagos totalizam 65,91 milhões de euros”.

O MAFDR salienta que “a lista nominal e os montantes recebidos individualmente estão disponíveis” na página da internet do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP): www.ifap.pt/noticia?assetId=6.

O MAAVIM pediu ontem a intervenção do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerando que persiste a falta de respostas do Governo para as famílias afetadas pelos fogos de 2017.

O movimento decidiu recorrer a Marcelo Rebelo de Sousa, após o ministro da Agricultura ter anunciado que o Governo disponibiliza cinco milhões de euros para apoiar os agricultores algarvios cujas explorações foram atingidas, na semana passada, pelo incêndio que eclodiu em Monchique e que alastrou a concelhos vizinhos.

“Ouvindo hoje as promessas anunciadas para os afetados dos incêndios de Monchique”, o movimento liderado pelo empresário de Tábua Fernando Tavares Pereira “relembra que as medidas abertas para o Algarve deveriam ser aplicadas diretamente a quem tudo perdeu”.

Na sua opinião, “anunciar cinco milhões para algumas centenas de agricultores continua a ser o método de propaganda” do Governo.

“A Assembleia da República deve obrigar urgentemente o Governo a abrir o apoio aos mais de 3.000 agricultores que ficaram de fora dos apoios, pela confusão dos procedimentos, para terem acesso aos apoios e alterar as regras do 6.2.2. para que possa ser executado com tabelas com valores reais”, afirma ainda.

A “operação 6.2.2.” inclui as medidas do Governo para apoio ao restabelecimento do potencial produtivo dos agricultores lesados pelos fogos de 2017.

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O cuidador do doente com Alzheimer

O papel do cuidador do doente com Alzheimer é extremamente importante, uma vez que assegura a satisfação das necessidades do doente e garante o fornecimento dos cuidados assistenciais. Além disso, é reconhecida a sua influência na redução dos problemas comportamentais e na deterioração das capacidades funcionais.

É normal que ao longo do tempo o cuidador sinta tristeza pela sensação de que a pouco e pouco vai perdendo alguém que lhe é muito querido. Sentirá também frustração, pois tem a consciência de que todos os seus cuidados, atenção e carinho não impedem a progressão da doença. Vai sentir culpa, pela falta de paciência que por vezes tem, pelo sentimento de revolta em relação ao próprio doente, pela situação que vive e por poder admitir a hipótese de procurar um lar.

Poderá também sentir solidão, pelo afastamento gradual da família e dos amigos, pela impossibilidade de deixar o doente, pela falta de convívio. Todos esses sentimentos negativos não significam que não seja um bom prestador de cuidados e de apoio. São apenas reacções humanas.

Por tudo isto, a tarefa de cuidar de um doente com Alzheimer é difícil e exige uma disponibilidade quase permanente, o que dá origem a que múltiplos factores contribuam para o desgaste do cuidador. Nesse sentido, frequentemente, o cuidador é ele próprio vítima de doença apresentando isolamento social, dificuldades psicológicas e até problemas financeiros. Nessa altura será necessário intervir junto do cuidador a diferentes níveis: apoio psicológico e assistência médica, educação e informação (através do médico assistente e associações de doentes) e apoio social.

Uma vez que são necessárias, diariamente, várias acções rotineiras para cuidar do doente com Alzheimer, sugere-se ao cuidador a adopção de diversas medidas para minimizar a fadiga física e psicológica.

Comunicação com o doente com Alzheimer

É normal o doente não encontrar as palavras que precisa para se expressar ou não compreender os termos que ouve. Assim, esteja próximo e olhe bem para o seu doente, olhos nos olhos, quando conversam e fale clara e pausadamente e num tom de voz nem demasiado alto nem demasiado baixo. Por outro lado, evite os ruídos (rádio, televisão ou conversas próximas) e mantenha uma atitude carinhosa e tranquilizadora, mesmo quando o doente parece não reagir às tentativas de comunicação e às expressões de afecto.

Minimizar os perigos do doente com Alzheimer

Andar sem saber para onde e com que objectivo é característico dos doentes de Alzheimer, a partir de uma determinada fase. Constitui um perigo uma vez que a memória do doente está afectada e não se lembra de coisas simples como o seu nome ou onde mora.

Se o doente quiser sair de casa, não deve impedi-lo de o fazer. É preferível acompanhá-lo ou vigiá-lo à distância e, depois, distraí-lo e convencê-lo a voltar a casa. Contudo, é importante que o doente tenha consigo algo que o identifique, por exemplo, uma pulseira com o nome, morada e telefone. Por outro lado, ajuda se prevenir os vizinhos e comerciantes próximos do estado do doente, uma vez que o podem ajudar em caso de o doente se perder. Em casa, feche as portas de saída para a rua, para evitar que o doente vá para o exterior sem que dê por isso. Tenha uma fotografia actualizada do doente, para o caso deste se perder e precisar de pedir informações.

Os cuidados diários do doente com Alzheimer

É normal o doente deixar de reconhecer a necessidade de cuidar da sua higiene pessoal e diária, como tomar banho, de lavar os dentes, etc. Não o obrigue e não complique, tente aguardar um pouco para que mude de "disposição”.

Tarefas como vestir-se podem, a certa altura, embaraçar o doente, ou mesmo recusar-se a fazê-lo. Para simplificar pode preparar as peças de roupa pela ordem que devem ser vestidas, evitar laços, botões, fechos de correr (substitua-os por velcro), sapatos com atacadores, etc. E, enquanto o doente tiver autonomia, deixe-o actuar conforme ainda pode. Procure elogiar o seu bom aspecto.

Na hora da refeição dê-lhe tempo para comer tranquilamente e não o contrarie se ele quiser comer à mão. Dê-lhe bocados pequenos de alimentos sólidos, ou se achar necessário pode optar por alimentos passados ou batidos. Deixe o doente sentado durante algum tempo após a refeição.

O doente com Alzheimer e a agressividade

Em certas fases da doença é normal que o doente se torne agressivo. Sente-se incapaz de realizar tarefas simples (vestir-se, lavar-se, alimentar-se), reconhece que está a perder a independência, a autonomia e a privacidade, o que é muito frustrante. A agressividade pode manifestar-se de diversas formas, tais como ameaças verbais, destruição de objectos que estejam próximos ou mesmo violência física.

Se possível, procure compreender o que originou a reacção agressiva. Não deve partir do princípio que o doente o quer agredir ou ofender pessoalmente, por isso, evite discutir, ralhar ou fazer qualquer coisa que se assemelhe a um castigo. Procure manter-se calmo, não manifeste ansiedade, medo ou susto. Fale calma e tranquilamente e procure desviar a atenção do doente para qualquer outra coisa. Por outro lado, não seja demasiado exigente com a rotina diária do doente, deixe que o doente faça o que ainda lhe é possível fazer, ao seu ritmo, sem pressas e sem exigir a perfeição, não critique, antes pelo contrário, elogie (mas não exagere), ajude, mas de forma a não parecer estar a dar ordens e esteja atento a sinais que possam indiciar crise iminente e procure distrair a atenção do doente.

Seja como for, não tente lidar com tudo sozinho, uma vez que pode deprimir-se ou esgotar-se. Conheça os seus limites e procure ajuda e aconselhamento médico se não conseguir lidar com a situação.

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