Infarmed
Alguns lotes de preservativos Durex estão a ser retirados do mercado pelo fabricante por não cumprirem os requisitos de pressão...

Segundo o Infarmed, em causa estão alguns lotes dos preservativos Durex Real Feel (12 unidades) e Durex sem látex (12 unidades), fabricados pelo laboratório Reckitt Benckiser Healthcare.

“Apenas os preservativos de lotes afetados podem apresentar um aumento do risco de rutura durante a sua aplicação ou uso, devendo sempre ser seguida a informação constante na rotulagem do produto”, refere a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde.

O Infarmed recomenda aos consumidores que verifiquem com as autoridades os números dos lotes afetados e, se tiverem embalagens destas em casa, os devolvam ou diretamente ao fabricante, contactando a linha de apoio da Durex (808 203 300), no local onde foi comprado ou em qualquer farmácia.

“Os distribuidores, retalhistas e farmácias devem parar a comercialização dos lotes afetados, proceder à sua recolha do mercado e colocá-los em quarentena para posterior devolução”, acrescenta o Infarmed.

DGS
A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, disse hoje que houve mais de 500 mortos entre domingo e terça-feira, mas salientou...

“Temos de ser cautelosos a analisar os dados e o impacto da mortalidade e cautelosos a comparar-nos com outros países que utilizam metodologias diferentes”, afirmou Graça Freitas no balanço da resposta operacional e das medidas adotadas pelas várias entidades na sequência do calor extremo registado nos últimos dias, que decorreu na Autoridade Nacional de Proteção Civil, em Lisboa.

Analisando o impacto do calor e da mortalidade nos dias 5, 6 e 7 de agosto, onde foi registada uma onda de calor, a diretora-geral da Saúde adiantou que “houve uma variação diária no conjunto de mais de 500 óbitos registados”.

“Mas isto é uma análise muito bruta, o que quer dizer que temos de analisar as quinzenas por corredores de probabilidades de ocorrência de morte”, disse, explicando que é preciso estudar as mortes esperadas numa determinada quinzena e aquelas que de facto se observam.

Isto porque “muitas vezes há picos”, com as pessoas que estavam mal e que morreram durante uma onda de calor. “Obviamente que nas semanas seguintes a mortalidade desce”, disse, explicando que, em Portugal, se contabiliza “o impacto na mortalidade geral por todas as causas”.

No século XXI houve três fenómenos de temperaturas extremas adversas: em 2003, 2013 e 2018, disse a diretora-geral da Saúde, explicando que devido às variações nas datas em que acontecem, às vezes, não se pode “comparar exatamente o período homólogo do calendário, porque as temperaturas não seguem sempre o calendário”.

Por isso, explicou, “recorremos a um método de fazer médias, a partir de maio, da mortalidade diária e esse é o nosso primeiro indicador, quantas pessoas estão a morrer em relação a cada um dos dias”.

Graça Freitas ressalvou ainda que as respostas na área da saúde distinguem muito das do século XX, porque os mecanismos e a capacidade de mobilizar recursos, de trabalhar em rede, ativar serviços e cuidados complementares “é muitíssimo maior”.

Analisando a procura dos cuidados de saúde pelos portugueses nos últimos dias, Graça Freitas disse que, foi a partir de sábado, que se começou a notar um impacto maior.

“O centro de contacto SNS 24 tem tido um aumento moderado, que, neste momento, é de cerca de mais de mil chamadas por dia”, e o INEM teve “um aumento moderado, que depois passou a mais intenso, [atingindo] mais 5.000 contactos do que é habitual”, avançou.

Segundo a responsável, o serviço de urgência apresentou no domingo, segunda e terça-feira mais sete mil episódios do que o habitual.

“Um bom indicador é que não houve um aumento dos internamentos”, o que quer dizer que muitos dos utentes “terão sido tratados e hidratados sem necessidade de internamento”.

Já nos centros de saúde a procura está de acordo com a época, sublinhou Graça Freitas, onde estiveram elementos do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), da ANPC e o primeiro-ministro, António Costa.

 

Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica
Cientistas em Portugal conseguiram recriar em laboratório certas zonas do cérebro usando células estaminais, com resultados...

A investigadora Catarina Brito, do Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica (IBET), afirmou que isso permite ir mais longe no estudo de doenças que afetam essa matriz, impossível de replicar quando se analisam animais ou culturas de células individuais.

Para o conseguir, a equipa do IBET usou recipientes especiais usados em biofarmacêutica, onde se fazem culturas celulares para vacinas e outros produtos farmacêuticos, feitos à medida das necessidades dos investigadores.

Ali, conseguiram as células estaminais (células indiferenciadas, que não estão comprometidas com nenhuma função do corpo), e induziram-nas para serem células do sistema nervoso central, não apenas neurónios.

A diferença desta experiência é que os investigadores conseguiram manter as células "durante largos meses" ligadas num ambiente tridimensional e estas começaram a "expelir matriz" e foi possível atingir resultados parecidos com a matriz do cérebro.

"Não se trata de bocados de cérebro. Não temos aqui nenhum 'mini-cérebro'. O foco nos últimos 50 anos foi sempre a célula, o neurónio, mas cada vez mais se percebe que a relação com o exterior é importante, o que está fora da célula", afirmou.

No futuro, a investigação deverá passar por usar células de pessoas com doenças neurológicas degenerativas raras em que há desregulação da matriz do cérebro.

“Dê sangue à vida”
É já uma mensagem solidária reforçada sempre que chega o verão: dar sangue. Há sete anos que o MAR Shopping Matosinhos e o...

Como em anos anteriores, a unidade móvel do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) volta a marcar presença no MAR Shopping Matosinhos para realizar novas colheitas de sangue. Os interessados devem dirigir-se ao parque exterior do centro comercial, junto à entrada MAR, na próxima terça-feira, 14 de agosto, entre as 14h00 e as 19h00.

Para Ofélia Alves, responsável de programação e colheitas do Centro de Sangue e Transplantação do Porto - IPST, “no verão os pedidos de dádiva de sangue são reforçados pelo aumento das necessidades. Além de um ato solidário, contribuir para esta causa pode ajudar a salvar vidas. Temos, assim, de continuar a sensibilizar as pessoas para importância de doar sangue, sobretudo em alturas em que as reservas registam maior escassez no stock.”, sublinha a responsável. E acrescenta, “promover e divulgar a dádiva de sangue junto dos mais jovens continua a ser vital, para garantir a autossuficiência de sangue no futuro.”

A parceria entre o MAR Shopping Matosinhos e o IPST permitiu já angariar mais de 600 dadores inscritos. A terceira e última colheita do ano, que antecipa o período crítico do Natal, tem data agendada para 14 de dezembro.

 

Hiperatividade nas crianças durante as férias não tem de ser um dilema
Muito se tem escrito sobre a Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA), o que ajuda n

Muito embora possa ser considerada a perturbação neuro-comportamental mais comum na infância, com uma prevalência que varia entre 3 a 7%, sobretudo em rapazes, o diagnóstico apenas pode ser feito por profissionais especializados e com critérios científicos.

Mas para melhor se perceber o que é esta perturbação, destaquemos os seus sintomas típicos, que consistem num padrão persistente de falta de atenção e/ou comportamental caracterizado por um grau exagerado de atividade e impulsividade, sendo estes sintomas considerados desadequados na fase do desenvolvimento da criança/jovem pela sua intensidade e prejuízo significativo que acarreta no funcionamento e na vida escolar e relacional. Estes evidenciam-se mais frequentemente no contexto escolar ou noutras situações que exigem uma atenção persistente e um esforço mental mais prolongado, situações que não sejam tão apelativas, ou que impliquem regras e interações em grupo.

E como lidar com este problema durante as férias?

Com a chegada das férias de verão, e principalmente no mês de agosto, altura em que vários colégios, creches e grupos de ocupação de tempos livres estão encerrados, chegam os momentos de pânico para os “graúdos”, que precisam de pensar em formas de ocupar os dias dos seus filhos, de modo a que o seu período de descanso não se transforme num filme do género “um dia a casa vem abaixo”.

Com os dias menos estruturados e previsíveis, e é mesmo bom que assim seja, pois férias são férias, ficam algumas dicas para que os pais não ficarem à “beira de um ataque de nervos” e consigam aproveitar em sossego as suas merecidas férias:

  • Como ponto de partida deverá clarificar as regras junto de todos os adultos que interagem com a criança. Não há nada pior que os adultos se desautorizarem à frente dos mais novos. Por exemplo, se é para todos fazerem as refeições juntos à mesa, não pode haver o adulto que permite o tabuleiro no sofá para se assistir à TV.
  • Para interagir com uma criança com diagnóstico de PHDA é necessário que o adulto esteja bem consigo mesmo, tenha tranquilidade e segurança, bem como paciência e disponibilidade para ouvir, cuidar, conversar, e colocar limites de uma forma razoável. Cuide de si mesmo e faça por ter momentos que lhe deem alegria e prazer.
  • Saia à rua, vá passear ao ar livre, andar de bicicleta, dar mergulhos na piscina, vá ao cinema ou ao teatro. Basicamente aproveite o bom tempo. Se preferir, fique em casa com os seus filhos a ver televisão, jogar os tradicionais jogos de tabuleiro, cozinhar ou a realizar pequenas tarefas domésticas. Evite envolvê-los em atividades que requeiram um esforço mental persistente.
  • Dentro da confusão saudável dos dias de férias, é importante que exista uma rotina, pois perante a previsibilidade do ambiente, a criança saberá com o que contar, sentindo-se mais segura. Na manhã de cada dia, explique como prevê ser o dia e o que se espera de todos os que estão envolvidos.
  • Quando propuser atividades, programe-as para terem curta duração, pois a criança terá dificuldade em manter a atenção em tarefas.
  • Quando uma tarefa aparecer mal feita, tente explicar o que correu mal e onde se pode melhorar, pois não é de propósito que estas crianças não conseguem prestar atenção aos pormenores.
  • Acompanhe-as de igual forma em algumas das tarefas e faça por estas serem divertidas, aproveitando o tempo para conversarem e falarem sobre interesses, preocupações, objetivos, pois são geralmente crianças muito sensíveis, inseguras e que dão pouco valor a si mesmas, pois já se sentiram rejeitadas e incompreendidas diversas vezes. Reforce o que o seu filho tem de bom e faça-o sentir-se seguro.
  • É muito frequente parecer não ouvir quando lhe fala diretamente, como se tivesse o pensamento noutro assunto, mesmo na ausência de uma distração óbvia, o que vai dar origem à perda de objetos necessários, como óculos, brinquedos, chaves, etc. Não deixe de advertir, porém tente não fazer disso “uma tempestade num copo de água”.
  • Tente colocar-se no papel da criança e, se tiver dúvidas, questione-a sobre “o queria dizer quando disse aquilo”, pois o que para si é evidente, para ela pode não ser.
  • Tente não dar demasiada importância quando o seu filho fica demasiado frustrado, zangado, ou teimoso, sobretudo na adolescência. Geralmente, não conseguirá que o ouça nesse momento. Por isso espere por um momento mais oportuno em que esteja mais disponível para o ouvir.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Indústria farmacêutica
A Essential Pharma Limited notificou hoje a Concorrência da compra do controlo exclusivo sobre um conjunto de ativos relativos...

“A operação de concentração em causa consiste na aquisição, por parte da Essential Pharma Limited, do controlo exclusivo sobre um conjunto de ativos relativos ao medicante Priadel, atualmente propriedade da Sanofi”, lê-se no aviso da Autoridade da Concorrência (AdC) publicado na imprensa.

A autoridade acrescentou ainda que “quaisquer observações sobre a operação de concentração em causa” devem ser remetidas no prazo de dez dias úteis.

De acordo com a AdC, a Essential Pharma dedica-se ao fabrico e comercialização de produtos farmacêuticos, não tendo presença em Portugal.

Por sua vez, a Sanofi está ligada à mesma atividade que a Essential Pharma, mas está presente em Portugal.

 

Hospital do Funchal
O Serviço Regional de Saúde da Madeira informou hoje ter sido notificado um “caso provável” de sarampo, de uma cidadã do Reino...

O Instituto de Administração da Saúde refere em comunicado que o caso foi notificado hoje, tratando-se de uma mulher com 45 anos que não estava vacinada.

“Este é um caso importado que se encontra em investigação, não havendo ainda confirmação laboratorial pelo Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge, pode ler-se no mesmo documento.

A mesma informação adianta que o Serviço de Saúde da Madeira (SESARAM), “em articulação com as autoridades de saúde, está a implementar os procedimentos necessários, de acordo com as normativas em vigor” e que “todos os profissionais de saúde em contacto com a doente estão a ser acompanhados, designadamente a vacinação”.

A secretaria da Saúde lembra que “o sarampo é uma doença contagiosa, podendo provocar doença grave, principalmente em indivíduos não vacinados”.

A cobertura vacinal do sarampo na Madeira é de entre 97% e 99% nas idades de referência.

Tendo em conta que se têm verificado surtos de sarampo em alguns países europeus devido à existência de comunidades não vacinadas, o SESARAM reforça que a “vacinação é a principal medida de prevenção”, sendo gratuita e administrada em todos os centros de saúde da região.

A mesma nota refere que a vacinação é recomendada para crianças (aos 12 meses e aos 5 anos) e para os adultos nascidos a partir de 1970, sem história credível de sarampo e que em caso de dúvida, os utentes devem contactar o seu centro de saúde e/ou o seu médico assistente.

Estudo
Continuam a surgir novas evidências sobre a utilidade dos estudos genómicos para que o oncologista possa ampliar os seus...

Segundo este estudo, em 86% dos mais de 350 casos analisados o estudo combinado de biópsia sólida e líquida proporcionou informação molecular muito valiosa, diferente da que se tinha obtido anteriormente, que serviu para o oncologista prescrever o tratamento mais adequado para cada um dos seus doentes.

O documento reflete um estudo detalhado das mutações genéticas discrepantes entre os dois tipos de biópsia que têm um impacto funcional na proteína correspondente. De acordo com os resultados obtidos, em 97% dos casos essas mutações adicionais detetadas na biópsia líquida forneceram valor clínico, predizendo sensibilidade ou resistência a terapias direcionadas.

Este estudo foi elaborado por Ana Finzel, Gregori Ghitti e Jean-François Laes, uma equipa científica especializada em medicina personalizada e oncologia de precisão da OncoDNA, promotora de tecnologias de cuidado neste campo clínico. Através desta pesquisa, procurou-se demonstrar se a informação genética fornecida pelo sequenciamento de biópsias sólidas e líquidas pode dar mais pormenores sobre a heterogeneidade do tumor e entender a utilidade clínica da adição de perfis sanguíneos à análise do tecido padrão em doentes com cancro.

Especificamente, analisaram-se as informações recolhidas de 351 doentes com tumores sólidos em estadio IV para os quais se dispunha de perfis moleculares das biópsias sólidas e líquidas, com enfoque na informação molecular discrepante encontrada entre amostras de tecido e sangue. Estes foram caracterizados molecularmente de maio de 2016 a novembro de 2017 usando o estudo OncoSTRAT&GO, que combina a análise por NGS de variantes genéticas em biópsias sólidas e líquidas.

“A chegada de estudos ultra-quantitativos mostrou que os cancros humanos apresentam mutações genéticas temporais (diferentes durante o curso da doença) e heterogeneidade espacial intratumoral, que abrigam subclones com aberrações genómicas partilhadas e únicas que respondem diferentemente aos tratamentos. A discrepância espacial pode ser explicada pela heterogeneidade dentro do tumor primário e pela presença de metástases. Impulsionado pelo modelo darwiniano, durante o processo metastático há uma seleção dos clones 'mais eficientes', devido a forças externas, como o tratamento dado ao doente ou ao ambiente do tumor, por exemplo, a presença de hipóxia", avalia o estudo.

 

Ministério
O número de candidatos ao concurso deste ano para médicos recém-especialistas foi o mais elevado de sempre, segundo o...

Em declarações, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde sublinhou que a captação de médicos do atual concurso para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) “foi superior ao que acontece em anos anteriores”. Fernando Araújo afirma mesmo que “os números são muito positivos” e que “nunca tinham concorrido tantos médicos”.

O concurso para a entrada de médicos recém-especialistas no SNS ficou com 117 das 1.234 vagas por preencher, o que representa menos de 10% de vagas vazias.

Concorreram este ano 1.117 médicos, quando no ano passado, por exemplo, concorreram 810 profissionais, disse o secretário de Estado.

Fernando Araújo reconhece que este concurso vem demonstrar que “quanto mais célere for a abertura de concursos, mais capacidade há de captar profissionais”.

As várias estruturas médicas pressionaram este ano o Governo para que não se atrasasse a abrir os concursos para os jovens que terminaram o internato este ano, depois de no ano passado o concurso ter demorado mais de 10 meses a abrir. Este ano o concurso foi aberto cerca de três meses depois.

As 1.234 vagas postas a concurso eram entre 10% a 15% superiores ao número dos médicos recém-especialistas que terminaram o internato, tendo o Ministério da Saúde explicado que o objetivo era tentar captar médicos de fora do SNS.

Questionado sobre se este objetivo falhou, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde indicou que “houve alguns médicos de fora” do SNS que concorreram, mas ainda não há dados totais e objetivos que permitam perceber quantos.

“Também não esperávamos uma avalanche de médicos de fora”, adiantou.

O bastonário da Ordem dos Médicos disse já igualmente que a proporção de candidatos a concorrer a este concurso é até mais alta que o habitual.

“Este concurso abriu mais vagas do que os potenciais candidatos. Numa análise que é ainda superficial, a percentagem de candidatos recém-especialistas deste concurso é mais alta do que o habitual. Isto mostra quanto mais cedo abrem os concursos maior é a percentagem de ocupação de vagas”, disse à agência Lusa o bastonário Miguel Guimarães.

 

Serviço Nacional de Saúde
O concurso para a entrada de médicos recém-especialistas no Serviço Nacional de Saúde ficou com 117 das 1.234 vagas por...

“Este concurso abriu mais vagas do que os potenciais candidatos. Numa análise que é ainda superficial, a percentagem de candidatos recém-especialistas deste concurso é mais alta do que o habitual. Isto mostra que quanto mais cedo abrem os concursos, maior é a percentagem de ocupação de vagas”, disse à agência Lusa o bastonário da Ordem dos Médicos.

O jornal Público noticia hoje que das 1.234 vagas postas a concurso, concorreram 1.117 médicos, ficando por preencher 117 vagas (menos de 10%).

O bastonário dos Médicos, Miguel Guimarães, entende que este concurso “terá sido um daqueles em que mais recém-especialistas concorreram”, indicando que houve até várias especialidades com mais candidatos do que vagas abertas.

As várias estruturas médicas pressionaram este ano o Governo para que não se atrasasse a abrir os concursos para os jovens que terminaram o internato este ano, depois de no ano passado o concurso ter demorado mais de 10 meses a abrir.

Quando foram anunciadas as 1.234 vagas para o concurso deste ano, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, explicou que abriu entre “10% a 15% de vagas acima dos médicos que terminaram o internato”, sobretudo para tentar captar médicos de fora do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Em relação a este objetivo, o bastonário dos Médicos entende que pode ter falhado, mas indica que é necessário aguardar por dados mais concretos do Ministério da Saúde.

Das 1.234 vagas, 378 eram para medicina geral e familiar e 856 para áreas de especialidade hospitalar e para saúde pública.

 

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Portugal, incluindo as ilhas, está hoje com índice muito elevado de exposição aos raios ultravioletas, segundo informação do...

Perante risco muito elevado, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) recomenda a utilização de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol, protetor solar e evitar a exposição das crianças ao sol.

O índice ultravioleta varia entre 1 e 2, em que o risco de exposição à radiação UV é baixo, 3 a 5 (moderado), 6 a 7 (elevado), 8 a 10 (muito elevado) e superior a 11 (extremo).

O IPMA prevê para hoje uma pequena descida da temperatura, céu temporariamente nublado no litoral oeste com possibilidade de chuva fraca a partir do fim da tarde.

As temperaturas máximas hoje não devem ultrapassar os 32 graus celsius em Castelo Branco e as mínimas não descerão abaixo dos 13º (Viseu).

Nas ilhas, o IPMA prevê aguaceiros fracos nas ilhas açorianas dos grupos Ocidental (Flores e Corvo) e Oriental (São Miguel e Santa Maria), com temperaturas que não vão passar dos 27º (Santa Cruz das Flores e Horta), e possibilidade de aguaceiros fracos nas vertentes norte, em especial a partir do final da tarde. os termómetros vão variar entre os 21º (Funchal e Porto Santo) e os 28º (Funchal).

Associação Portuguesa de Hospitalização Privada
Cerca de quatro milhões de portugueses, 800 mil dos quais beneficiários da ADSE, recorrem por ano aos hospitais privados, que...

“Há aqui um peso enorme da ADSE, porque representa uma boa fatia dos hospitais privados, nós não dizemos que não, e temos gosto e vontade em servir os seus beneficiários”, mas “há limites”, disse em entrevista o presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP), Óscar Gaspar.

Os limites são impostos pelo valor conferido a um procedimento médico: “Não podemos prestar algum tipo de cuidados se o valor que é atribuído fica abaixo do preço de custo nalguns casos. Em janeiro fizemos as contas e havia muitos casos desses”, disse Óscar Gaspar

Fazendo um retrato do setor em Portugal, o presidente da associação disse que “a hospitalização privada é hoje uma realidade muito importante” no país, traduzida em 117 hospitais privados, num total de 225, que asseguram mais de 6,5 milhões de consultas de especialidade por ano (34% do total das consultas) e mais de 250 mil cirurgias (28%).

“Temos também cerca de um terço das camas hospitalares no país”, disse Óscar Gaspar, citando os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), que mostram um aumento da procura por estes cuidados.

Segundo o responsável, a rede continua a aumentar, havendo “investimentos muito grandes” em Lisboa e no Porto e construção de novos hospitais em Vila Real, na Madeira e em São Miguel, nos Açores, o que mostra que é um setor que tem vindo “a ganhar peso”.

Para este crescimento, contribuiu, segundo o estudo “A Saúde Privada em Portugal”, a capacidade de investimento, tecnologia de ponta, bons profissionais, e, acima de tudo, o foco no doente, apontou.

“A própria estatística do INE diz que, em termos de equipamento, por exemplo para mamografias, há 62 no público e 60 no privado, para ressonâncias magnéticas há 44 no privado e 37 no público e para TAC há 92 nos privados e 188 nos públicos.

Para o antigo secretário de Estado da Saúde, o crescimento da procura de pessoas da ADSE pelos hospitais privados também está relacionada com esta nova realidade, porque “sentem que os hospitais privados têm competências que há 15 anos não teriam”.

“Houve aqui uma evolução muito grande do sistema de saúde”, rematou.

Questionado sobre se o Serviço Nacional de Saúde corre o risco de ficar apenas para os pobres, disse quem “enquanto cidadão” não quer acreditar que se chegue a esse ponto: “ouvindo as declarações de diversos responsáveis políticos, da esquerda até mais à direita, não me parece que alguém em Portugal queira um SNS só para pobres”.

“Agora cabe a quem está à frente do Ministério da Saúde ter uma estratégia que impeça que isso aconteça, porque de facto há uma série de pessoas hoje em Portugal que, pelos rendimentos que têm, já não abdicam de ter um seguro privado e poderem optar pelos cuidados de saúde que necessitam”, disse Óscar Gaspar, adiantando já há cerca de 2,4 milhões de pessoas em Portugal com seguro de saúde.

Para o responsável, o SNS deve ter “um financiamento adequado” do Serviço Nacional de Saúde, para que possa estar “bem apetrechado”, em termos de equipamentos e de profissionais,

“Nós defendemos que haja um sistema misto em Portugal, não temos nenhum tipo de aspiração em ter a totalidade da prestação de cuidados de saúde, entendemos que deve continuar a coexistir o público e o privado”, rematou.

Hospitais privados
A Associação Portuguesa de Hospitalização Privada defende que a ADSE deve adotar a tabela da Ordem dos Médicos para uniformizar...

“Se é uma tabela que é do conhecimento de todas as partes, se tem praticamente todos os atos escritos e bem definidos, porque é que nos vamos estar a desentender sobre uma tabela que é reconhecidamente incompleta por parte da ADSE, quando temos uma tabela da Ordem dos Médicos que é muito melhor”, disse o presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP), Óscar Gaspar.

Na sua opinião, devia servir mesmo para ser “a tabela em Portugal”, uma vez que a tabela do subsistema de saúde dos funcionários públicos é “incompleta, desajustada, desatualizada e mais uma série de adjetivos”.

A tabela dos atos médicos tem vindo a ser discutida nos últimos meses entre a associação e a ADSE, tendo o subsistema de saúde dos funcionários públicos reconhecido, em fevereiro, que a adoção da tabela da Ordem dos Médicos (TOM) era “um bom passo” para a codificação, mas ficou-se “por aí”.

“Respondeu-nos por escrito que é uma proposta no bom sentido, que estariam disponíveis para assumir a TOM, mas estamos em agosto e continuamos a ter uma tabela que não é a da Ordem dos Médicos”, lamentou.

Para o antigo secretário de Estado da Saúde, é “muito importante” que quando há codificação de um determinado ato médico se saiba exatamente o ele quer dizer e que “seja claro” para o médico que o faz, para quem o codifica, para o hospital e para “quem tem que pagar essa fatura”.

Por esta razão, a proposta de adoção da tabela da Ordem dos Médicos “pareceu-nos não só séria como absolutamente razoável”, defendeu, questionando: “Se a tabela existe, porque é que não se utiliza?”

Para Óscar Gaspar, “não faz nenhum sentido” haver codificações diferentes para o mesmo ato médico, consonante o utente seja beneficiário de um seguro ou da ADSE.

“Quando um médico faz um determinado procedimento a um cidadão que está no hospital não sabe, ou não tem que saber, se aquele cidadão vem da ADSE, se tem um seguro, se é um particular, está a fazer aquilo que é necessário para o cidadão”, adiantou.

Lembrou, a este propósito, que a própria ADSE tem duas tabelas, a do regime livre que não é igual à do regime convencionado.

“O mesmo ato clínico tem duas codificações diferentes e é por isso que, quando às vezes se fala em sobreconsumo, e que num determinado ato há três ou quatro parcelas que são debitadas, a nossa perceção é que na generalidade dos casos isso tem a ver com a definição do próprio ato e com o facto de porventura haver discrepância entre aquilo que é o entendimento do codificador e do médico sobre o ato e o entendimento da tabela da ADSE”, sustentou.

Para Óscar Gaspar, as regras devem ser “tão claras, de aplicação tão óbvia, que não levante problemas onde eles não deviam de existir”, porque “o problema financeiro sempre existirá, o problema de negociação entre o que é caro e o que não é caro sempre existirá, mas outras coisas que são matéria clínica, científica devem estar afastadas daquilo que é a negociação entre as partes”.

A proposta da associação foi no sentido de haver um trabalho conjunto com a ADSE e com a própria Ordem dos Médicos para adoção desta tabela pelo subsistema de saúde.

Os beneficiários da ADSE descontam 3,5% do seu vencimento para terem acesso a uma rede de cuidados diferenciada nas unidades privadas de saúde, sendo atualmente a adesão voluntária.

Privados
Os hospitais privados consideram que a ADSE vive um problema de envelhecimento dos seus beneficiários, que não se resolve...

A Associação Portuguesa de Hospitalização Privada está a realizar um estudo sobre a sustentabilidade do subsistema de saúde dos funcionários públicos, ainda sem conclusões definitivas, mas que aponta para “um envelhecimento muito significativo do universo dos beneficiários”.

Em entrevista, o presidente da Associação, Óscar Gaspar, deu o exemplo dos utilizadores dos hospitais privados: cerca de 18% do total das pessoas que recorrem aos privados têm acima de 60 anos, mas esta proporção sobe para 38% no caso dos beneficiários da ADSE.

“A estrutura etária da ADSE é mais pesada e isto tem de ser acautelado, exige um esforço grande e estudos muito sérios sobre a sustentabilidade”, afirmou, acrescentando que o estudo da associação que dirige deverá estar concluído dentro de algumas semanas e será entregue à ADSE e aos Ministérios da Saúde e das Finanças.

Por isso, sublinha que “é um erro” julgar que “se resolve” esse problema “cortando no preço a praticar aos privados”.

Óscar Gaspar entende que o subsistema tem sido sustentável até hoje, embora avise que “no médio e longo prazo” possa haver problemas, decorrentes não só do envelhecimento, que leva ao aumento da procura de cuidados, como ao aumento da despesa em saúde que se verifica em todo o sistema, seja público ou privado.

Os hospitais privados reconhecem que “nalgumas áreas” há um consumo de cuidados e recursos de saúde que é superior entre os beneficiários da ADSE, mas entende que isso pode estar precisamente relacionado com a “média etária mais elevada”.

“A análise sobre a pirâmide etária é muito clara, é uma evidência. Fica também claro [no estudo] que o preço que é praticado [pelos privados] à ADSE não está desalinhado. O preço pago pela ADSE está significativamente abaixo. Em consultas de especialidade, ninguém paga menos do que a ADSE”, afirmou.

Aliás, o responsável avisa que há limites para os preços a praticar, havendo mesmo casos em que o valor atribuído a um ato “fica abaixo do preço de custo”.

Óscar Gaspar não descarta a necessidade de estudar um eventual consumo sobredimensionado de cuidados por parte dos beneficiários da ADSE e garante que os privados “não querem aumentar o fator quantidade”.

CUF garante
A rede de saúde CUF garantiu ontem que não houve “qualquer quebra de segurança nos dados dos doentes” por um vírus informático...

“O acesso ao sistema informático da rede de unidades CUF foi afetado, na passada sexta-feira, pelo aparecimento de um vírus informático, não tendo, no entanto, havido qualquer quebra de segurança nos dados dos doentes”, lê-se numa nota de esclarecimento do grupo José de Mello Saúde.

A mesma nota refere que “de imediato foram ativados todos os planos de segurança e contingência” e que, “apesar do impacto significativo do vírus no sistema” o funcionamento da “grande maioria da atividade clínica”, entre os quais o bloco operatório e os cuidados intensivos, “esteve sempre assegurado”.

“Para que a reposição total do sistema aconteça de forma mais rápida foi necessário proceder a algumas desmarcações não urgentes, de consultas e exames, estando estas a ser remarcadas para o final desta semana ou para o início da próxima, tentando desta forma minimizar o incómodo para os doentes”, explica a nota.

O grupo José de Mello Saúde adianta ainda que está a “trabalhar afincadamente, desde o primeiro momento, em estreita articulação com todas as autoridades competentes, nomeadamente com o Centro Nacional de Cibersegurança”.

Associação Portuguesa de Hospitalização Privada
Centenas de médicos dos hospitais privados estão a ser inibidos de prestar serviços aos beneficiários da ADSE sem que haja...

Em entrevista, o presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP), Óscar Gaspar, estima que sejam cerca de 400 os médicos de várias especialidades hospitalares que estão disponíveis para atender beneficiários da ADSE e que há meses que estão sem resposta.

“Há centenas de médicos nos hospitais privados que estão disponíveis para prestar serviço aos beneficiários da ADSE, mas há uma decisão administrativa de esses médicos não poderem prestar serviço”, afirmou Óscar Gaspar.

“A ADSE diz que lhe compete verificar quais os médicos de cada instituição que podem ou não podem [prestar serviço aos seus beneficiários]. Há várias centenas de médicos que estão inscritos na plataforma, que solicitaram a adesão ao sistema e que há muitos meses que não têm o ‘OK’ por parte da ADSE”, acrescentou.

O responsável adianta que não tem havido resposta ou explicações sobre esta questão por parte da ADSE “nem aos médicos, nem aos hospitais privados”.

Óscar Gaspar confessa-se “espantado” com o “comportamento de grande discricionariedade” da parte da ADSE no relacionamento com os hospitais privados, considerando que “devia haver uma abordagem de negociação e de identificação clara dos problemas”.

“Mesmo em janeiro, quando houve intenção de cortar 10% nos privados, a única coisa que foi dita é que era preciso poupar 42 milhões de euros, não foi apresentado qualquer racional clínico”, indicou.

O presidente da APHP refere que, na semana passada, a associação foi confrontada com um email da ADSE que aponta novamente para um corte de 10% no que o subsistema pretende pagar aos privados pela prestação de cuidados de saúde aos funcionários e aposentados do Estado.

“O que dissemos em janeiro mantém-se. Esse corte não é possível. Temos de trabalhar numa base de sustentabilidade. Os preços que os privados praticam à ADSE estão até abaixo dos que estão a ser praticados às seguradoras. Havendo um problema de sustentabilidade da ADSE, o fulcro não está nos preços que os privados praticam”, declarou Óscar Gaspar, advertindo que pode estar a ser limitado o acesso dos beneficiários.

Quanto a um retomar das negociações, o responsável entende que “a bola está claramente do lado da ADSE”. Aliás, a associação escreveu há semanas às duas tutelas (Saúde e Finanças) a indicar que a mudança de presidente na ADSE “podia ser aproveitada para uma mudança de ciclo e para haver uma negociação sobre diversas matérias”.

Contudo, Óscar Gaspar adianta que não tem havido qualquer reunião ou tentativa de diálogo por parte da ADSE.

Os beneficiários da ADSE descontam 3,5% do seu vencimento para terem acesso a uma rede de cuidados diferenciada nas unidades privadas de saúde, sendo atualmente a adesão voluntária.

Banhistas e veraneantes
O município da Marinha Grande alertou hoje que as águas junto à foz do rio Lis, em Vieira de Leiria, e do Ribeiro de São Pedro,...

Na sequência de uma comunicação da Unidade de Saúde Pública (USP) à Câmara da Marinha Grande, no distrito de Leiria, a autarquia, liderada por Cidália Ferreira (PS), apelou à população para não utilizar as duas zonas para banhos.

Embora ambos os locais não estejam considerados como zona balnear identificada, o município refere, numa nota de imprensa, que estas águas são frequentadas por muitos banhistas e veraneantes, "pelo que se justifica uma atenção especial, no que respeita às condições de segurança, salubridade e qualidade da água".

No comunicado, a autarquia informa que está a acompanhar a situação e irá promover a monitorização sistemática da qualidade das águas do rio Lis e do ribeiro de São Pedro, nomeadamente através da realização de análises periódicas, por forma a precaver qualquer situação que possa colocar em causa a saúde pública.

A autarquia aconselha a população e turistas a utilizar as praias balneares de Vieira de Leiria, Pedras Negras, Praia Velha e São Pedro de Moel, por terem "vigilância, acessibilidades e controlo da qualidade da água".

De entre as praias balneares do concelho, Vieira de Leiria e São Pedro de Moel foram distinguidas como praias acessíveis pela Administração da Região Hidrográfica, por estarem dotadas das condições necessárias para que os cidadãos com mobilidade condicionada possam aceder aos areais e, sempre que possível, também à água, refere a autarquia.

São Pedro de Moel, Pedras Negras e Praia Velha foram, mais uma vez, classificadas como "Praia com Qualidade de Ouro", pela Quercus - Associação Nacional de Conservação da Natureza, que anualmente distingue as praias costeiras e fluviais com melhor qualidade da água.

Já as praias Vieira Norte (a norte da foz do rio Lis), Samouco, Concha, Valeiras e Água de Madeiros (na área situada no concelho da Marinha Grande) são desaconselhadas para utilização, por não serem consideradas como águas balneares pela Agência Portuguesa do Ambiente, adverte ainda a autarquia.

Mergulhos de Verão
Acidentes de mergulho são a 4ª causa de lesão medular e a velocidade do impacto determina irreversibilidade dos danos cervicais.

Com a aproximação dos dias de calor, Luís Teixeira, médico ortopedista especialista em patologia da coluna vertebral, alerta os portugueses para alguns comportamentos de risco nas praias, piscinas, zonas balneares, costeiras ou fluviais portuguesas, com especial enfoque nos mergulhos que podem provocar alguns traumatismos graves, como situações de paraplegia ou tetraplagia. O também Presidente da Associação Sem Fins Lucrativos Spine Matters pretende sensibilizar a população, sobretudo a mais jovem, a principal atingida (os jovens do sexo masculino, entre os 15 e os 30 anos, representam mais de 75% do grupo de risco de pessoas que sofre acidentes de mergulho entre Junho e Setembro), para os perigosos "mergulhos de verão" e para os cuidados que podem prevenir lesões dramáticas, estendendo o alerta a alguns desportos aquáticos como o surf, o stand up paddle ou o bodyboard.

Os acidentes de mergulho, são a 4ª causa de lesão medular, demonstrando os estudos que a sua maioria ocorre em lugares com uma profundidade inferior a 150 cm. Quando superior a 3m/s, a velocidade do impacto é suficiente para causar lesões cervicais irreversíveis. O médico explica que com alguns cuidados é possível prevenir alguns comportamentos de risco, nomeadamente, trabalhando na velocidade do impacto, na forma como se entra na água e na fiscalização mais atenta da zona do mergulho.

As estatísticas apresentadas pelo Sistema Nacional de Saúde resumem alguns dados importantes:

  • A maioria dos acidentes ocorre durante atividades de lazer;
  • Os acidentes são mais frequentes em piscinas do que no mar;
  • 96% dos traumatismos atingem a coluna cervical;
  • 15% dos acidentados ficaram em condição de tetraplegia;
  • 92% ocorrem em indivíduos do sexo masculino;
  • 85% dos acidentes acontecem entre os meses de maio e setembro.

De acordo com um estudo publicado na revista de Cirurgia Ortopédica e Traumatologica Francesa, e recordado pelo médico ortopedista, na grande maioria dos casos a vítima desconhece ou conhece mal o local em que se dá o acidente.

"Na execução do mergulho a pessoa atinge cerca de 15 km/h", esclarece o médico cirurgião ortopédico. "Contudo, quando esse mergulho é executado numa posição quase vertical, a velocidade descreve uma trajetória descendente muito veloz em direção ao fundo da piscina. Por outro lado, e em praias com muita ondulação, as pessoas tendem a mergulhar em zonas de rebentação em que ainda têm pé, sendo frequente a postura incorreta. No momento do impacto no solo, a posição da cabeça e coluna vertical vão determinar tudo, mas antes é a análise do espaço que se torna fundamental", alerta o especialista que não esquece também que entre 38% a 47% dos casos ocorrem após consumo de drogas ou de bebidas alcoólicas."

Como ocorrem as lesões em mergulho:

  1. Ao mergulhar com o corpo curvado em local raso, a cabeça bate no solo.
  2. Após o impacto com o solo, o pescoço recebe o peso do corpo, absorvendo o impacto e produzindo uma brusca flexão ou extensão do pescoço podendo ocasionar uma fratura ou deslocamento de vértebra cervical, (geralmente a C5 ou a C6), que pode resultar em trauma da medula espinhal.
  3. A fratura ou luxação das vértebras comprime a medula responsável pela transmissão das ordens vindas do cérebro para todas as regiões do corpo humano.
  4. A compressão da medula causa uma necrose (morte dos tecidos e células da região atingida), o que impede a transmissão dos estímulos vindos do cérebro e também da sensibilidade dos membros
  5. A pessoa fica paralisada e não sente os seus membros. De acordo com o grau da lesão da medula, o mergulhador pode ficar tetraplégico, (sem movimentação nos braços e nas pernas) ou paraplégico, paralisado apenas nas pernas.

Como mergulhar de forma mais segura:

1. Verifique o espaço (a cor da bandeira, se está numa área protegida, as condições envolventes, a sinalização no local, a profundidade da água). Não corra nunca o risco de mergulhar numa zona que desconhece.

2.Confirme que não existem obstáculos à sua volta com que possa colidir, nomeadamente, rochas, pranchas, pessoas, etc.

3. Procure que a entrada na água seja feita numa posição mais oblíqua (menos vertical) de forma a atingir menor profundidade e a “amortecer” a velocidade do impacto.

4. Estique os braços e mantenha as mãos à frente, para que a cabeça esteja protegida durante o mergulho

Escola Superior de Biotecnologia
Os investigadores da Escola Superior de Biotecnologia do Porto estão a desenvolver um estudo para desvendar os mitos...

O estudo, que envolve cerca de dez investigadores e professores da Escola Superior de Biotecnologia (ESB) da Universidade Católica Portuguesa do Porto, decorre até ao final do mês e visa recolher informações sobre os hábitos alimentares dos portugueses através de um inquérito ‘online’.

Se para Paula Teixeira, uma das professoras responsáveis do estudo, “algumas ideias não deixam margem para dúvidas de que são mitos”, outras ainda precisam de ser “validadas cientificamente porque não há certeza”.

“Uma das tarefas, pela qual sou responsável, é replicar em laboratório os comportamentos e práticas que observamos nos consumidores e tirarmos as devidas conclusões”, referiu à Lusa.

Paula Teixeira afirmou que ideias pré-concebidas como “as cozinheiras terem sempre as mãos lavadas por estarem sempre a mexer em água” ou “um alimento cair ao chão e ser ingerido em menos de cinco segundos” são “completamente erradas”.

“Há também muitas pessoas que dizem que se os ovos são maus vão flutuar. É verdade que se o ovo for muito velho vai flutuar, mas um ovo pode estar contaminado com salmonela, que é o que causa problemas de segurança alimentar, e não flutua. O ovo vai ao fundo”, contou à Lusa.

O estudo desenvolvido pela ESB insere-se no projeto europeu ‘SafeconsumE’, uma iniciativa que envolve 11 países e que pretende, num prazo de cinco anos, “alterar comportamentos e dotar o consumidor de ferramentas que permitam implementar melhores práticas de segurança alimentar”, explicou a responsável.

Segundo Paula Teixeira, o estudo, que está também a ser realizado na Noruega, Alemanha, França, Roménia e Hungria, tem permitido “concluir que alguns mitos são comuns aos cinco países”.

“É muito curioso, porque apesar de serem países com realidades diferentes, muitas das práticas e dos conhecimentos são transversais”, revelou.

A professora revelou ainda à Lusa que “a tarefa final” do projeto europeu ‘SafeconsumE’ é desenvolver, no prazo de dois ou três anos, uma plataforma online que “chegue mais facilmente ao consumidor e o informe sobre as práticas de segurança alimentar”.

China
A farmacêutica chinesa Changsheng Biotech, acusada de adulterar e falsificar os registos da produção de vacinas, manteve...

A equipa de investigação do Conselho de Estado, o executivo chinês, confirmou hoje que a Changsheng recorreu a material fora de prazo no fabrico de vacinas contra a raiva, para uso humano, e que não registou corretamente as datas ou os números de série dos produtos, pelo menos desde 2014.

No final de julho, uma investigação da Administração de Alimentos e Medicamentos da China (CFDA), acusou a empresa de falsificar registos de produção de aproximadamente 113 mil vacinas contra a raiva, além de distribuir mais de 250 mil doses defeituosas contra difteria, tétano e tosse convulsa.

A presidente da empresa, Gao Junfang, e outros 14 membros da direção, foram já detidos.

As autoridades, que prometeram graves consequências para os culpados, reforçaram também o controlo sobre os fabricantes de vacinas em todo o país, numa tentativa de conter a indignação pública.

O Presidente chinês, Xi Jinping, qualificou as ilegalidades da Changsheng Biotech de chocantes e ordenou uma profunda investigação sobre este caso.

Já em 2016, mais de 130 pessoas foram detidas na China, num escândalo com a venda ilegal de vacinas fora de validade e armazenadas sem condições.

Em 2008, um outro escândalo de saúde pública na China resultou na morte de seis crianças e danos para a saúde de outras 300 mil, devido a leite em pó contaminado com melamina.

 

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