Beleza
Com o verão a menos de um mês de distância, o tiro de partida para a corrida ao biquíni já começou. O que significa que, para...

Alterar o corpo é, sem surpresas, o principal objetivo. Não é, por isso, de estranhar que as cirurgias com maior procura tenham como objetivo isso mesmo, situação que é transversal a ambos os sexos. “O contorno corporal é procurado tanto por homens como por mulheres”, refere o especialista. Mas há intervenções exclusivas para elas e para eles. É o caso do aumento do peito, “uma das cirurgias mais procuradas, nesta época, por mulheres. No caso dos homens, o que nos pedem mais são as diminuições de peito (ginecomastia)”.

 O especialista refere que o contorno corporal, também conhecido como lipoescultura, remove (ou também adiciona) a gordura em excesso. “A mamoplastia de aumento é o procedimento de cirurgia plástica mais popular do mundo e permite o aumento dos seios das mulheres. No caso dos homens, a redução da mama é o que muitos procuram, aquilo que chamamos de ginecomastia, que resulta de uma acumulação de gordura ou de um aumento anormal da glândula mamária.”

Apesar do aumento da procura nesta época, Luiz Toledo defende que a preparação deveria ter começado mais cedo. “Isso é uma coisa que leva tempo. Há que amadurecer a ideia, pensar bastante, consultar o cirurgião, preparar-se física e financeiramente. Só após uma decisão amadurecida, quando se tem confiança de que esse é o procedimento adequado e que o cirurgião tem as qualificações necessárias, é possível seguir adiante com confiança.”

 

Estudo
O terceiro estudo do programa SELECT, um programa robusto que avalia upadacitinib em monoterapia no tratamento de doentes com...

De acordo com este estudo, à semana 14 de tratamento, ambas as doses de toma diária única de upadacitinib (15 mg e 30 mg) alcançaram os objetivos primários, com taxas significativamente superiores de ACR20 e baixa atividade da doença (LDA) quando comparado com terapêutica estável contínua com metotrexato. Ambas as doses alcançaram também todos os principais objetivos secundários, incluindo a proporção de doentes que alcançou remissão e melhorias na função física (definidas como uma alteração no HAQ-DI em relação aos valores iniciais). Upadacitinib, um inibidor seletivo oral de JAK1, não está aprovado pelas autoridades regulamentares e a sua segurança e eficácia não foram ainda estabelecidas.

"Estes resultados mostram que upadacitinib em monoterapia pode proporcionar respostas clínicas significativas, incluindo baixa atividade da doença, remissão e melhoria significativas na função física”, afirmou o Josef S. Smolen, do Departamento de Medicina, Divisão de Reumatologia, da Faculdade de Medicina de Viena, Áustria, e primeiro autor da publicação. “Os resultados deste estudo suportam o potencial de upadacitinib como opção terapêutica importante para doentes com artrite reumatoide.” 

A artrite reumatoide é uma doença crónica e debilitante que afeta cerca de 23,7 milhões de pessoas em todo o mundo.

O Metotrexato é frequentemente utilizado como terapêutica de primeira linha na artrite reumatoide, mas muitos doentes não respondem à terapêutica ou são intolerantes a metotrexato, o que os coloca em risco de progressão da doença. Após uma resposta inadequada a metotrexato em monoterapia, este é frequentemente utilizado como terapêutica concomitante com DMARDs biológicos, de modo a otimizar a eficácia destes.

“Os resultados publicados na The Lancet são um incentivo para nós", afirmou Carlo Pasetto, diretor geral da AbbVie Portugal. "Os dados deste estudo, o terceiro dos seis que constituem o programa de ensaios clínicos SELECT na artrite reumatoide, que avalia o potencial de upadacitinib nesta doença, ajudam a aprofundar o nosso conhecimento acerca da natureza complexa da artrite reumatoide.” 

 Os resultados mostraram que, à semana 14, 68 e 71% dos doentes que passaram para upadacitinib 15 mg e 30 mg em monoterapia, respetivamente, alcançou ACR20 quando comparado a 41% dos doentes que continuou o tratamento com metotrexato (p<0,0001 para ambas as doses). Foi alcançada ainda baixa atividade da doença (definida como DAS28[PCR] ≤ 3,2) em 45% dos doentes tratados com upadacitinib 15 mg e em 53% dos doentes tratados com upadacitinib 30 mg à semana 14.

O estudo mostrou também que uma proporção significativamente superior de doentes tratados com upadacitinib, nos grupos de ambas as doses, alcançou remissão clínica (definida como DAS28[PCR] < 2,6), ACR50 e ACR70 à semana 14, em comparação com os doentes que continuaram a terapêutica com metotrexato. 28 e 41% dos doentes tratados com upadacitinib nos grupos de 15 mg e 30 mg, respetivamente, alcançou remissão clínica (definida como DAS28[PCR] < 2,6), comparativamente a 8% dos doentes que continuou com metotrexato (p≤0,0001 para ambas as doses).

Foi alcançada ACR50 e ACR70 em 42 e 23%, e em 52 e 33% dos doentes nos grupos de upadacitinib 15 mg e 30 mg, respetivamente, vs. 15 e 3% dos doentes que continuaram a terapêutica com metotrexato.

No estudo, o perfil de segurança de upadacitinib foi consistente com o registado anteriormente nos estudos de fase 3 do SELECT. Verificou-se a ocorrência de acontecimentos adversos graves em 5 por cento e 3% dos doentes nos grupos de upadacitinib 15 mg / 30 mg, respetivamente, em comparação com 3% no grupo de metotrexato.

Verificou-se a ocorrência de três acontecimentos adversos cardiovasculares major (MACE) em doentes com fatores de risco cardiovascular (CV) conhecidos (um no grupo de 15 mg e dois no grupo de 30 mg). Um MACE no grupo de 15 mg foi um AVC hemorrágico fatal causado pela rotura de um aneurisma. Não foram notificadas outras mortes. Foi notificada uma embolia pulmonar (adjudicada) no grupo de 15 mg, num doente com múltiplos fatores de risco conhecidos. Foram notificadas três neoplasias no estudo, uma no grupo de metotrexato e duas no grupo de 15 mg. Um doente no grupo de upadacitinib 15 mg e um no grupo de metotrexato registaram uma infeção grave. Foi notificado herpes zoster num (1%) doente no grupo de metotrexato, três (1%) no grupo de 15 mg, e seis (3 %) no grupo de 30 mg.

Ação de sensibilização
O Instituto Português de Oncologia (IPO) de Coimbra assinala o Dia Mundial sem Tabaco, no dia 31 de Maio, com a realização do...

A iniciativa destina-se a toda a comunidade hospitalar e pretende sensibilizar para a problemática do tabagismo nas instituições de saúde.

O tabaco é atualmente responsável por cerca de 85% a 90% dos casos de cancro do pulmão, sendo por isso “primordial que os profissionais de saúde estejam comprometidos com a cessação tabágica, não só tomando o exemplo, como incentivando os fumadores a deixar de fumar”, refere Lourdes Barradas, diretora do serviço de pneumologia do IPO de Coimbra.

O evento conta com a participação do ilusionista Luís de Matos e inclui, no período da manhã, uma ação de sensibilização e rastreio ao monóxido de carbono e, durante a tarde, uma tertúlia com o tema «Hospital sem tabaco – realidades e perspectivas».

 

 

Hospitais
O projeto do Serviço de Cirurgia Cardiotorácica do Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ), para operar doentes de...

De acordo com o diretor do Serviço de Cirurgia Cardiotorácica, Paulo Pinho, «a realização deste tipo de cirurgias, quando indicadas clinicamente, proporciona ao doente uma intervenção sem internamento, permitindo uma recuperação mais cómoda e rápida em ambiente domiciliário, com vigilância e segurança asseguradas, contribuindo ainda para o combate às listas de espera».

Esta medida insere-se numa estratégia do CHUSJ em aumentar o regime de ambulatorização cirúrgica e, simultaneamente, associar maior diferenciação e complexidade aos atos praticados, tal como acontece na Europa e nos Estados Unidos da América.

Doença neurológica crónica
A Esclerose Múltipla atinge cerca de 8 mil portugueses.
Mulher com olhar pensativo

O que é a esclerose múltipla (EM)?

É uma doença crónica inflamatória e degenerativa que afeta o sistema nervoso central. O processo é mediado por uma alteração do sistema imune que provoca o aparecimento de lesões recorrentes a nível do encéfalo, nervos óticos e medula espinhal. Estas lesões atingem principalmente a mielina (substância esbranquiçada que envolve os prolongamentos neuronais), mas também os neurónios em si, causando assim a perda de função destas estruturas e levando ao aparecimento dos sintomas associadas à doença.

Qual a prevalência da doença em Portugal? E no mundo?

Estima-se que em Portugal existam entre 7 a 8 000 portadores de EM; a nível mundial o número de casos de EM ultrapassa os 2 300 000. Por razões que ainda se desconhecem a EM atinge maioritariamente as mulheres (3:1). Importa referir que a doença se manifesta em adultos jovens (entre os 20-40 anos), representando neste escalão etário uma das principais causas de incapacidade de origem neurológica.  

Existem fatores de risco para a esclerose múltipla?

As causas da EM não são ainda conhecidas. Os dados disponíveis sugerem que a EM resulta de uma combinação adversa de vários fatores genéticos e ambientais. A infeção pelo vírus Epstein-Barr, baixos níveis de vitamina D, o tabagismo, a obesidade e o trabalho por turnos são alguns dos fatores de risco de natureza ambiental que, face a uma suscetibilidade genética podem contribuir para aumentar o risco de desenvolver doença.

A esclerose múltipla é uma doença hereditária?

A suscetibilidade genética para a doença traduz a presença de características do ADN que podem estar presentes em outros membros da família. É reconhecida a existência de alguma agregação familiar – cerca de 20% dos portadores de EM têm um familiar afetado -, não se identificando contudo um padrão de transmissão.

O risco de um familiar vir a desenvolver EM é, de um modo geral, proporcional à quantidade de informação genética partilhada com o doente (grau de parentesco). Os filhos de um portador têm um risco de desenvolver a doença 15 a 40 vezes superior à população normal. Todavia, se atendermos que a prevalência da EM é baixa (Portugal 0.7 a 0.8/ 1000) esse risco relativo para os descendentes é de 10 a 32/1000, o que é pouco significativo e não deve interferir no planeamento familiar.

Quais são os sintomas de esclerose múltipla?

As manifestações da doença são muito variadas e dependem em grande parte da localização das lesões no sistema nervoso central. Os sintomas mais comuns são: perda da sensibilidade de um membro, falta de força, incoordenação dos movimentos, dificuldades na marcha, perda de visão, visão dupla, tonturas/vertigens e dificuldades no controlo da urina. Para além destes sintomas de origem focal, é muito frequente a ocorrência de fadiga, sintomas depressivos e perda de funções cognitivas.

Quais são e como se classificam as formas clínicas de esclerose múltipla?

Em cerca de 75-80% dos casos a doença evolui por “surtos-remissão”. O surto representa o aparecimento de sintomas de novo pela ocorrência de novas lesões no sistema nervoso; após algumas semanas estas manifestações tendem a regredir (remissão), podendo contudo deixar sequelas definitivas. Com a evolução da doença e a repetição de surtos tendem a acumular-se os défices e a consequente incapacidade.

Após 15-20 anos de evolução, cerca de 50% dos doentes começam a apresentar formas progressivas – agravamento lentamente progressivo dos défices (“secundária-progressiva”).

Num pequeno grupo de doentes a doença tem desde o início um curso progressivo, com ou sem surtos – formas “primárias-progressivas”.

Como se faz o diagnóstico?

Não existe nenhum teste específico para confirmar o diagnóstico. O diagnóstico de EM é estabelecido pela conjugação de dados clínicos e dos resultados da Ressonância magnética, tendo como base critérios que estão estabelecidos internacionalmente.

Quais são os tratamentos disponíveis?

Nas últimas 2 décadas registaram-se avanços notáveis no tratamento da EM. Atualmente dispomos de mais de uma dezena de fármacos que, ao atuarem nas alterações imunológicas presentes na doença, permitem modificar o seu curso reduzindo a ocorrência de surtos e a evolução para formas secundárias-progressivas.

É importante que o tratamento seja iniciado precocemente e que este seja ajustado de acordo com a evolução da doença. A par da eficácia estes fármacos trouxeram também alguns problemas de segurança. A complexidade do tratamento da EM aumentou significativamente e é crucial que todos os doentes sejam acompanhados regularmente em consultas especializadas.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Unidade especializada
O Hospital Cruz Vermelha (HCV), unidade hospitalar nacional de referência com mais de 50 anos, vai inaugurar, no próximo dia 31...

O Heart Center distingue-se dos serviços clássicos de cardiologia ou da área cerebrovascular. Trata-se de um centro dedicado à prevenção, através da prestação de cuidados de saúde especializados com base em tecnologias inovadoras e altamente diferenciadas e, ao mesmo tempo, a todo o tipo de tratamentos com procedimentos minimamente invasivos e cirurgias complexas. Tudo com o apoio de uma equipa multidisciplinar, composta por especialistas de topo das diversas áreas, desde a cardiologia, cirurgia cardio-torácica ou cirurgia vascular, passando pelos exames complementares de diagnóstico como a ecocardiografia ou a imagiologia, até à reabilitação cardíaca, completando todo o ciclo.

Segundo Luís Baquero, coordenador do Heart Center, “O doente encontra aqui resposta ampla para qualquer problema do foro cardiovascular, com um modelo integrado de abordagem, sempre da forma menos invasiva e mais efetiva possível, com acompanhamento constante e multidisciplinar em articulação com os vários níveis de cuidados e equipas, o que já se faz nos países mais avançados, como na Alemanha e Estados Unidos mas que ainda falta trazer a Portugal.”

Os novos equipamentos deste centro são uma novidade em Portugal e primam por uma inovação sem igual. “Os mais recentes equipamentos adquiridos permitem fazer o acompanhamento dos doentes em casa, com recurso à telessaúde e a transmissão de dados, que permitem avaliar e acompanhar sinais como a pressão arterial, o peso ou as arritmias. O doente passa a ser parte ativa do seu tratamento, permanentemente acompanhado pela equipa médica. Temos dispositivos únicos com equipamentos de última geração, que vão permitir intervenções minimamente invasivas com redução de infeções e das incisões que permitem a redução de complicações”, continua a explicar Luis Baquero.

A nível de investimento, o HCV soma cerca de 10 milhões de euros aplicados neste projeto, uma parceria com a Siemens Healthineers Portugal, líder mundial em tecnologias aplicadas à Saúde. Para Teresa Magalhães, Presidente da Comissão Executiva do HCV, “Este é um investimento que faz sentido para a nossa estratégia, que passa por nos posicionar como centro de referência na prevenção e tratamento das doenças cardiovasculares. Sentimos que ainda há muito a fazer em Portugal na área das doenças cardiovasculares e queremos oferecer o que de melhor se faz em Portugal.” O HCV é já reconhecido, pela Direção-Geral da Saúde, como centro de referência nas cardiopatias congénitas.

O Heart Center vem, por fim e como princípio, consolidar os valores do HCV. “Prestar os melhores cuidados de saúde ao doente, através dos mais prestigiados meios técnicos e humanos, baseados no rigor e na melhor prática clínica. Serão sempre estes os valores do novo centro e do nosso hospital”, termina Teresa Magalhães.

Luís Baquero, Coordenador do Heart Center; Teresa Magalhães, Presidente da Comissão Executiva; Alexandre Abrantes, Presidente do Conselho de Administração do Hospital da Cruz Vermelha; Francisco George, Presidente Nacional da Cruz Vermelha Portuguesa; Ana Santos Pinto, Secretária de Estado da Defesa Nacional; e Marta Temido, Ministra da Saúde, serão os nomes presentes na inauguração deste centro.

No mesmo dia, toda a população é convidada a realizar rastreios gratuitos cardiovasculares no novo centro, no piso 3 do HCV, em Sete Rios, Lisboa.  

Investigação
A celebrar o seu 30º aniversário, o iBET – Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica – aposta na modernização das suas...

Late Stage R&D and Bioproduction Unit é o novo nome do edifício que irá dar apoio e suporte ao desenvolvimento de projetos de investigação em biofármacos.

Atualmente, o Instituto desenvolve em simultâneo cerca de 70 projetos de I&D (investigação e desenvolvimento), assegurados por cerca de 230 investigadores, incluindo doutorados, engenheiros, técnicos e bolseiros. As suas competências são apoiadas por uma rede académica e empresarial dinâmica e multidisciplinar o que, juntamente com a sua estrutura orientada para a obtenção de resultados, lhe permite transferir o conhecimento que cria para as empresas dos sectores alimentar e farmacêutico, ajudando-as a inovar, a criar valor, emprego e crescimento económico.

Com um legado de 30 anos, o iBET é atualmente a maior organização privada sem fins lucrativos portuguesa, dedicada a investigação em biotecnologia e perspetiva a continuidade na inovação e no crescimento sustentável. Esta foi a base que motivou a renovação da Unidade Piloto, agora com uma superfície total de 1100,00 m², inaugurada hoje, 28 de maio de 2019, durante o evento de comemoração do 30º aniversário do iBET, que conta com a presença de ilustres convidados das áreas da política, da indústria farmacêutica e agroalimentar.

Este projeto contou com um investimento total de aproximadamente 1 milhão de euros (dos quais 375 M€, financiados pelo FEDER), que permitiu criar:

  • Quatro novos laboratórios versáteis para acolher projetos em regime de campanhas de Late Stage R&D;
  • Laboratórios modernizados com dimensões apropriadas às escalas agora necessárias para desenvolvimento de biofármacos;
  • Um espaço administrativo em regime open space, com capacidade para 16 postos de trabalho, um gabinete e uma zona de trabalho informal junto a uma sala de reuniões (que se pode converter num pequeno auditório);
  • Uma área técnica para o equipamento de apoio e suporte: armazém, salas de arcas, duas câmaras frias e um átrio de serviço para rececionar grandes volumes;
  • Uma copa e espaço de descanso e bem estar para convívio entre colegas;
  • Um meeting point.

Paula Alves, CEO do iBET, refere que: “tendo em conta a evolução tecnológica, as necessidades do mercado e o nível de excelência e entrega da equipa do iBET, o espaço antigo foi-se tornando insuficiente e nalguns aspectos obsoleto. Agora temos a Unidade subdividida em dois pisos, o que permite aumentar a capacidade de desenvolvimento e de produção simultânea de diferentes biofármacos articulando-se melhor com as atuais exigências do setor – mais produtos em escalas menores. Desta forma o novo espaço vem reforçar a capacidade de investigação e desenvolvimento do iBET, gerando valor para si e para os seus sócios e parceiros”.

Com a aposta nesta infraestrutura modernizada e tecnologicamente avançada, o iBET pretende i) aumentar a capacidade de projetos de investigação a decorrer em simultâneo; ii) reforçar progressivamente os quadros qualificados; iii) aumentar as atividades desenvolvidas com os sócios empresariais das áreas farmacêuticas e agro-indústria; iv) desenvolver a área de Bioprocessos e Suporte Analítico que dá apoio à caracterização de Biofármacos; v) potenciar as áreas estratégicas da Terapia Génica, Terapia Celular e Vacinas; vi) reforçar as condições que permitam angariar mais clientes e vii) crescer em volume de prestação de serviços.

Ao longo do seu percurso, o iBET desenvolveu um modelo de colaboração com a indústria farmacêutica internacional que se traduz na implementação de laboratórios satélite no Instituto, com equipas exclusivamente dedicadas e projetos de grande dimensão e profundidade. Neste momento o iBET tem quatro laboratórios satélite: Merck (Alemanha e Boston), Bayer (Alemanha), Novartis (Suíça) e Sanofi (Alemanha, França e Boston). Este modelo contribui directamente para capitalizar as competências técnico-cientificas do iBET e para o aumento da empregabilidade e retenção de talento cientifico, pelo que o iBET espera que esta restruturação da Unidade Piloto permita reforçar estas parcerias, com a criação de mais laboratórios satélite.

“A renovação da nossa Unidade Piloto tem subjacentes objetivos ambiciosos que vão potenciar o crescimento do iBET, a vários níveis. É com grande orgulho que hoje inauguramos a Late Stage R&D and Bioproduction Unit e apresentamos este espaço às pessoas e entidades que têm acompanhado e contribuído para as três décadas de sucesso do instituto. Estamos confiantes em afirmar que este investimento nos vai permitir criar riqueza com base nos conhecimentos da Biologia, Bioquímica e Engenharia, por mais e novos 30 anos”, acrescenta a CEO do Instituto.

Pioneiro na Biotecnologia em Portugal e uma referência global na sua aplicação à saúde, desenvolvimento de vacinas, biofármacos e novas terapêuticas mais eficazes, o iBET tem vindo a aplicar os princípios da Biotecnologia à Nutrição Clínica, à Indústria Alimentar e ao setor Agroflorestal.

A celebração dos seus 30 anos vem reforçar a valorização do papel da instituição na investigação nacional. 

Opinião
O tabagismo é a principal causa evitável de doença e morte a nível mundial, e 7 em cada 10 fumadores
Mulher parte cigarro ao meio

Os benefícios de deixar de fumar são inúmeros, mas resumem-se à melhoria e mesmo reversão dos malefícios causados pelo consumo, nomeadamente:

  • A melhoria de sintomas respiratórios ao final de 1 a 9 meses;
  • A diminuição do risco cardiovascular para metade ao final de 1 ano;
  • A reversão total do risco acrescido para Acidentes Vasculares Cerebrais ao final de 5 anos;
  • A diminuição do risco de neoplasia pulmonar para metade (e diminuição do risco de forma variável de todas as outras neoplasias relacionadas com o tabagismo) ao final de 10 anos;
  • A reversão total do risco de Doença Arterial Coronária ao final de 15 anos;
  • A melhoria na aparência cutânea e da saúde oral, a diminuição dos encargos financeiros, entre outros aspetos.

O médico de Medicina Geral e Familiar tem um papel fundamental na cessação tabágica, uma vez que além do contacto privilegiado com os utentes, tem conhecimento em todas as áreas evolvidas no processo, o que permite uma abordagem médica holística. Importa referir o apoio fundamental de outros profissionais de saúde, nomeadamente enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais e nutricionistas.

Nas consultas de cessação tabágica é feita uma abordagem multidisciplinar, cuja base são estratégias relacionadas com alterações de estilo de vida, às quais frequentemente se associa medicação como a Terapêutica de Substituição Nicotínica ou psicofármacos dirigidos à cessação tabágica, que aumentam consideravelmente a probabilidade de sucesso.

Atendendo aos malefícios do tabagismo e benefícios da sua cessação, recomenda-se vivamente aos fumadores ativos que procurem apoio para deixar de fumar nos cuidados de saúde primários, os médicos devem ser encarados como aliados para a saúde, o bem-estar global, a felicidade.

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Tabagismo: parar de fumar não é apenas uma questão de força de vontade

Está na hora de deixar de fumar!

80 por cento dos fumadores querem parar de fumar

Fonte: 
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo
Um estudo recente, publicado na revista científica The Lancet, vem demonstrar que os doentes que tenham sofrido um acidente...

O facto de a aspirina ajudar a diluir o sangue levou a que os especialistas receassem que os seus pacientes utilizassem este fármaco pelo facto de acreditarem que podia agravar ou potenciar as hemorragias. No entanto, uma nova investigação vem sugerir que para além de não aumentar o risco de hemorragia, a aspirina pode bem preveni-la.

Os investigadores envolvidos nesta pesquisa ressalvam que este novo dado precisa ser validado através de mais estudos, pelo que aconselham os doentes a seguir sempre as recomendações do seu médico assistente, em vez de se automedicarem.

Embora os benefícios, a aspirina não pode ser utilizada por qualquer

A aspirina é conhecida por ser um analgésico eficaz, sendo também utilizada para ajudar a combater a febre.

No entanto, a aspirina de 75 mg é, frequentemente, usada para tornar o sangue mais fluído prevenindo o risco de enfarte e AVC. No entanto, ela pode levar que a que o paciente sofra hemorragias mais facilmente, pelo que a sua toma não é recomendada a todos.

Por outro lado, está associada a indigestão e, mais raramente, pode conduzir ao desenvolvimento de úlceras gástricas.

Nas crianças pode conduzir ao desenvolvimento de uma doença rara conhecida por Síndrome de Reye e que pode provocar lesões irreversíveis no fígado e cérebro.

O Estudo

A investigação que permitiu concluir que a Aspirina pode ajudar a prevenir o Acidente Vascular Cerebral hemorrágico, envolveu cerca de 550 pessoas no Reino Unido que sofreram uma hemorragia cerebral enquanto tomavam medicamentos antiplaquetários usados para evitar a ativação e agregação das plaquetas para prevenir trombose em pacientes de risco, como a aspirina, dipiridamol ou clopidogrel.

Metade dos pacientes foram escolhidos aleatoriamente para continuar a medicação (após uma pequena pausa imediatamente após o sangramento no cérebro), enquanto a outra metade foi orientada a parar.

Durante os cinco anos do estudo, 12 daqueles que continuaram a tomar a medicação não sofreram uma hemorragia cerebral, em comparação com 23 daqueles que pararam.

O trabalho está sendo apresentado na Conferência da European Stroke Organization, em Milão.

O que dizem os investigadores

De acordo com os autores deste estudo, a pesquisa não pode provar que a aspirina previne acidentes vasculares cerebrais futuros, mas parece estar ligada a um risco menor. Tão pouco sugere que a aspirina seja sempre segura. Mas sugere que mais pacientes - aqueles com hemorragia ou derrames cerebrais - podem se beneficiar do tratamento diário.

Não está claro, no entanto, se as descobertas do estudo serão aplicadas a todos os pacientes na vida real.

De acordo com Rutsam Salman, um dos autores do estudo, ainda não se sabe ao certo o que é o mais correto. "Os médicos hesitam em dar aspirina ou drogas semelhantes à aspirina para pessoas que tiveram esse tipo de derrame. As diretrizes britânicas e europeias não dão nenhuma recomendação, porque não há evidências suficientes”, refere.

"Acho que agora confirmamos a segurança com essas descobertas. Certamente parece que a aspirina é segura o suficiente para dar", afirma. Salman afirma, no entanto, que é necessário mais trabalho para confirmar se a aspirina pode realmente diminuir o risco de hemorragias cerebrais, bem como coágulos.

Metin Avkiran, da Fundação Britânica do Coração, que financiou a pesquisa, explicou que cerca de um terço das pessoas que sofrem uma hemorragia cerebral, também conhecida como AVC hemorrágico, o fazem quando tomam um medicamento antiplaquetário, como a aspirina, para reduzir o risco de ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral isquémico.

"Agora temos uma forte indicação de que os doentes podem continuar a tomar esses medicamentos após a hemorragia cerebral sem aumentar o risco de outro, o que é uma nova informação crucial para pacientes e médicos", refere advertindo, no entanto, que os pacientes devem falar com um médico antes de considerar a mudança de medicação.

Campanha
A Sociedade Portuguesa de Ginecologia (SPG) recorda, a propósito do Dia Internacional da Saúde Feminina, assinalado a 28 de...

O objetivo da campanha “Mulheres Como Eu” - #MinhaSaúdeMinhaPrioridade, é sensibilizar a população portuguesa para as doenças do foro ginecológico, às quais todas as mulheres e todos os que as rodeiam devem estar atentos e informados.

“As mulheres desempenham na nossa sociedade um papel muito importante. Tendem a renegar para segundo plano as questões relacionadas com a sua saúde, pois colocam em primeiro lugar o trabalho ou a família, por exemplo. O nosso objetivo é sensibilizar, pela divulgação de informação científica, para a saúde sexual e reprodutiva, pois estão em causa doenças que podem afetar a qualidade de vida social e profissional, ou mesmo a fertilidade das mulheres”, explica Teresa Mascarenhas, presidente da SPG.

Endometriose, Miomas Uterinos, Pólipos, Hemorragias Uterinas Anormais e Cancro Uterino (cancro do colo do útero e cancro do endométrio) são as cinco patologias em que se centra esta campanha por terem um peso significativo da nossa sociedade e poderem, em alguns casos, comprometer a fertilidade da mulher.

Portugal tem a segunda pior taxa de natalidade da Europa, com 1,36 nascimentos por cada mulher e a campanha “Mulheres Como Eu” pretende ser um contributo na consciencialização para os problemas do sistema reprodutor feminino, com diagnósticos mais atempados e acesso a tratamentos minimamente invasivos em fases precoces, que podem fazer a diferença.

Apoiada pelas Farmácias Portuguesas e pela Medtronic, a campanha “Mulheres Como Eu” contará com informação disponível a todos os utentes das mais de 2.000 farmácias que compõem a rede de farmácias da Associação Nacional das Farmácias.

“Para as Farmácias Portuguesas faz todo o sentido associarmo-nos a esta campanha de divulgação de informação e encorajar as mulheres a valorizarem a sua saúde, fazendo dela uma prioridade e assegurando que conhecem e compreendem sintomas e possíveis soluções. Pela nossa porta entram diariamente milhares de portugueses com quem partilhamos, assim, informação essencial para potenciar o conhecimento”, afirma Pedro Ferreira, Diretor-geral das Farmácias Portuguesas.

Exames
Os encargos do Estado com exames e análises pagos a privados ascenderam a 473 milhões de euros, em 2018, avança hoje a edição...

De acordo com os dados avançados, este montante representa um aumento de 5,3% face ao ano anterior, após registar-se uma taxa de crescimento médio de 2,3% nos três anos anteriores.

“Foram abertas novas convenções no ano passado, o que fez aumentar o acesso dos utentes”, explicou fonte oficial da Administração Central do Sistema de Saúde, ao Público. Uma tendência que se prevê que se mantenha ao longo deste ano tendo em conta que nos primeiros dois meses do ano já se gastaram mais de 84 milhões com meios complementares de diagnóstico e terapêutica.

De acordo com a notícia, as áreas de endoscopia gastroenterológica e da medicina física e reabilitação foram as que mais custaram ao Estado. A explicação prende-se com o aumento de procura nestes setores. O número de convenções com os privados, nomeadamente para realizar exames de endoscopia gastroenterológica, cresceu para responder à falta de capacidade do Sistema Nacional de Saúde.

Segundo o Relatório Anual Acesso a Cuidados de Saúde nos Estabelecimentos do SNS e Entidades Convencionadas 2017, os gastos de 2018 foram os mais altos dos últimos nove anos. Tendo o maior aumento sido registado entre 2017 e 2018, altura em os encargos com os privados subiram de 450 milhões de euros para 473,8 milhões.

 

 

Entrevista
Designada internamente como “Mordomo Digital”, a Santa Casa da Misericórdia do Porto tem agora à dis

Numa altura em que muito se fala na Humanização da Medicina, o que representa o desenvolvimento desta aplicação?

Um dos desafios mais evidentes da gestão em Saúde, seja pública ou privada, é a aposta contínua na melhoria da qualidade dos cuidados de saúde prestados aos cidadãos. A tecnologia permitiu a evolução de técnicas e metodologias com impacto relevante na eficiência das instituições de saúde e no sistema de saúde como um todo, que se traduz em melhores resultados em saúde relevantes para os cidadãos para a obtenção de ganhos na gestão. Exemplo disso é a solução de reconhecimento de voz para registo de notas clínicas desenvolvida pela Glintt, em cooparceria com a Santa Casa da Misericórdia e a AB Consulting. Esta é uma solução que pretende revolucionar os registos clínicos, tendo como principal objetivo a redução do tempo do médico alocado a tarefas de carácter administrativo, permitindo-lhe prestar um cuidado de maior proximidade e mais atento às necessidades do doente. Neste sentido, torna-se claro o contributo positivo da presente solução para uma maior humanização do cuidado a prestar, aliando a tecnologia aos processos implementados e às pessoas envolvidas no sentido de contribuir para uma maior capacitação dos profissionais de saúde no âmbito da prática da Medicina focada nas necessidades reais dos cidadãos.

Quais as principais funcionalidades e quais as principais vantagens, não só para o médico, mas também para o doente, do aplicativo?

Para o médico:

  • Redução do tempo alocado a tarefas de caráter administrativo;
  • Maior disponibilidade para um cuidado mais personalizado e mais atento às necessidades do doente;
  • Eliminação do erro;
  • Mobilidade do médico, o qual pode efetuar registos sem necessidade de estar fisicamente preso a um computador tradicional.

Para o doente:

  • Acesso a um cuidado mais próximo e mais alinhado com as suas necessidades;
  • Estabelecimento de uma relação de maior confiança com o profissional de saúde
  • Maior segurança da informação.

Como surgiu a ideia para a sua criação? E em que fase de desenvolvimento se encontra?

A ideia surge da necessidade de disponibilizar soluções, que permitam aumentar a mobilidade e, consequentemente, a produtividade dos profissionais de saúde, não descurando o foco nas necessidades do cidadão. Retirando partido da voz enquanto forma natural de relacionamento, e tendo em consideração a agilização das tarefas a realizar pelo médico, a presente solução encontra-se desenvolvida e em utilização em formato piloto pelos médicos da Santa Casa da Misericórdia do Porto.

Comparando com que existe no mercado, o que a distingue?

Trata-se de uma solução inovadora e única, que se distingue pela sua capacidade de integração do texto, gerado na solução, no processo clínico eletrónico, no doente certo e no episódio correto.

Esta aplicação estará apenas acessível para os médicos da Santa Casa da Misericórdia do Porto, ou irá chegar a outras instituições?

Neste momento, os médicos da Santa Casa da Misericórdia do Porto já se encontram a utilizar a solução, dado que o projeto-piloto se encontra em fase de exploração desde março de 2019. Considera-se um projeto em evolução, uma vez que se encontra previsto num futuro próximo alargar o âmbito da solução a outras áreas funcionais da atividade médica, além dos registos clínicos. Como exemplo, destaca-se a prescrição de exames por parte do médico, através do reconhecimento de voz.

Além do que se encontra previsto a nível de novas funcionalidades, a estratégia passa também pela respetiva “produtização”, apostando na replicação deste projeto de inovação para outras instituições de saúde. Pretendemos, assim, que este tipo de tecnologia possa representar benefícios de valor a um número cada vez maior de instituições e profissionais de saúde, e cidadãos.

Os médicos já a testaram? Quais as opiniões?

A solução está em utilização no âmbito do projeto-piloto em curso na Santa Casa da Misericórdia do Porto. A adopção dos profissionais de saúde tem sido muito elevada e o feedback tem sido muito positivo. As mais-valias aqui descritas são, de facto, reconhecidas pelos users, o que representa uma motivação acrescida para o desenvolvimento de novas funcionalidades que retirem partido da “voz” como fator impulsionador da mobilidade e da produtividade clínica.

Na sua opinião, e de um modo geral, para onde caminhamos no que diz respeito à transformação tecnológica da saúde? O que podemos esperar do futuro?

De um modo geral, acredito que a transformação tecnológica no setor da saúde deve passar pelo desenvolvimento de inovação incremental e disruptiva, nunca esquecendo o seu potencial de aplicação no dia-a-dia das instituições e dos profissionais de saúde, tendo sempre em consideração as necessidades reais dos cidadãos e da sociedade, no geral, de forma a potenciar a criação de ganhos de valor em saúde.

Por outro lado, o futuro deve passar pelo investimento e foco da tecnologia, não só, no tratamento da doença, mas também na sua prevenção e promoção da saúde. Como tal, como tendências futuras, destaco a evolução constante da área da genómica, a qual tem permitido uma aposta mais vocacionada numa medicina personalizada. Também a inteligência artificial tem permitido o desenvolvimento de novas ferramentas como os assistentes virtuais de saúde, que representam um apoio fundamental para o idoso e respetivos cuidadores informais.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Congresso Europeu
As doenças neurodegenerativas vão estar em destaque no EUNOS 2019, o maior congresso europeu de neuro-oftalmologia, que este...

Joana Ferreira, oftalmologista do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central e professora de oftalmologia da NOVA Medical School, uma das moderadoras de uma sessão sobre o tema, confirma que “estas doenças são um dos mais importantes problemas médicos e socioeconómicos da atualidade, não sendo ainda conhecidas as causas do seu aparecimento”.

“As doenças neurodegenerativas são condições muito debilitantes, ainda sem cura, que afetam pessoas de todas as idades e resultam da degeneração progressiva e/ou morte de neurónios – as células responsáveis pelas funções do sistema nervoso. Esta degradação pode afetar o movimento do corpo (ataxias) e o funcionamento do cérebro, originando demência”, explica.

Ao nível da oftalmologia, há também doenças neurodegenerativas, sendo uma delas a neuropatia ótica hereditária de Leber (LHON), que “é uma doença mitocondrial neurodegenerativa que afeta o nervo ótico, muitas vezes caracterizada por perda de visão súbita nos portadores adultos jovens, cujo diagnóstico atempado e a terapêutica precoce possivelmente melhora o prognóstico de alguns casos”. Trata-se de uma doença rara, hereditária, incapacitante e que provoca uma perda de visão rápida e, na maior parte dos casos, permanente em jovens ou adultos, afetando gravemente a sua qualidade de vida.

A intervenção médica nas doenças neurodegenerativas é, segundo a especialista, “geralmente tardia e é preciso apostar no diagnóstico precoce, de forma a travar a evolução rápida, que põe em causa o bem-estar e a qualidade de vida dos doentes, cuidadores e famílias”.

É nesse sentido que tem evoluído a ciência e a medicina. “Nos últimos anos, os avanços do conhecimento científico nas áreas da Genética e das Neurociências têm modificado, de forma progressiva, o uso de ferramentas moleculares que permitem a identificação pré e pós-sintomática de doenças neurodegenerativas, criando esperança para novas possibilidades terapêuticas”, refere Joana Ferreira.

“Encontrar tratamentos para impedir ou reverter a progressão das doenças neurodegenerativas é um dos objetivos principais da investigação sobre o cérebro”, acrescenta, assim como “identificar genes ‘protetores’ ou fatores de estilo de vida benéficos”, capazes de nos dar “indicações muito importantes sobre a prevenção e eventual cura para algumas destas doenças”.

De acordo com a especialista, “a rápida evolução das ferramentas moleculares tem possibilitado não apenas diagnosticar com precisão um número cada vez maior de doenças genéticas, como também detetar indivíduos assintomáticos”.

E ainda que muitos dos exames moleculares disponíveis para a deteção de doenças neurodegenerativas ainda estejam numa fase inicial, “torna-se necessária a realização prévia de muitos estudos populacionais para assegurar a verdadeira contribuição dos genes que sofrem mutações para o desenvolvimento da doença”.

O tema vai estar em destaque na 14ª reunião da Sociedade Europeia de Neuroftalmologia (EUNOS), organizada este ano em conjunto com o Grupo Português de Neuroftalmologia, e “abrange todas as áreas da neuroftalmologia e os temas mais atuais, desde a ciência básica à prática clínica”. Um encontro que, afirma Joana Ferreira, se reveste de “extrema importância, uma vez que o avanço da ciência e especificamente das neurociências resulta da partilha e comunicação entre os diferentes cientistas. Os palestrantes têm oportunidade de apresentar os seus diferentes trabalhos, podendo assim discuti-los entre os pares e melhorá-los não só no seu centro, mas também em futuros estudos multicêntricos, cada vez mais multidisciplinares. Desta forma, incentiva-se o enriquecimento do saber académico, reunindo profissionais, especialistas, internos e estudantes de medicina e outros grupos de profissionais e investigadores com interesses em comum. Eventos como este são sem dúvida uma forma ímpar de trocar informações e ampliar a cultura científica e formação”.

A sessão sobre doenças neurodegenerativas vai realizar-se no dia 18 e contará com a intervenção de João Paulo Cunha, diretor e neuroftalmologista do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central e professor de Oftalmologia da NOVA Medical School, Francesca Cordeiro, diretora do Glaucoma and Retinal Neurodegeneration Research Group do Institute of Ophthalmology, University College London e ainda Gordon Plant, neuroftalmologista do National Hospital for Neurology and Neurosurgery and Moorfield's Eye Hospital.

Doenças da Tiroide
Estima-se que 1 em cada 10 portugueses sofra de alguma disfunção da tiroide.
Mulher com ar preocupado a olhar-se ao espelho

A glândula tiroide tem vindo a ganhar protagonismo nas últimas décadas devido ao um aumento significativo da identificação, diagnóstico e tratamento de patologias relacionadas com a mesma.

Se por um lado, o maior acesso aos cuidados de saúde de aos exames complementares de diagnóstico possam ter contribuído para o maior alerta sobre este assunto na população em geral, a verdade é que a popularidade desta glândula tem razões bem fundamentadas já que as hormonas por ela produzidas são responsáveis pela regulação de inúmeras funções do nosso organismo, que vão desde o peso, à energia necessária para enfrentar o dia-a-dia sem casaco, desempenho cognitivo, fertilidade, controlo térmico, entre outros.

Em termos estatísticos, a sua importância também se impõe. Encontra-se estimado que as doenças da tiroide afetem 1 em cada 10 portugueses, predominando no sexo feminino e aumentando a incidência com a idade.

Quando falamos de doenças da tiroide estas incluem desde alterações de funcionamento (acima do normal ou abaixo do normal) até a existência de nódulos.

Quando identificadas, estas patologias devem ser preferencialmente tratadas e seguidas por especialistas dedicados à área (endocrinologistas). Relembrar que cada caso é um caso, pelo que a necessidade de tratamento e tipo de tratamento (tratamento médico ou medico-cirúrgico) dependerá da situação particular de cada um.

Convém assim saber reconhecer alguns sinais de alarme nos quais uma avaliação a esta glândula pode estar indicada:

  1. Se sentir cansaço anormal, sonolência, intolerância ao frio pode estar perante uma situação de baixa produção hormonal – Hipotiroidismo
  2. Se sentir ansiedade exagerada sem motivo, palpitações, perda ponderal ou intolerância ao calor – pode tratar-se da situação oposta – excesso hormonal – hipertiroidismo.
  3. Se notar um aumento do volume do seu pescoço, na localização da glândula, com ou sem dor pode tratar-se de um nódulo.

Em qualquer destas situações deve procurar o seu médico assistente que fará certamente os exames iniciais necessários e o encaminhará ao especialista se indicado.

Trate bem da sua tiroide estando atento e ela tratará bem de si!

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Tratamento biológico
O estudo comparativo de fase IIIb, VARSITY, demonstrou que Vedolizumab, tratamento biológico seletivo para o intestino, foi...

Os novos dados demonstram que uma maior proporção de doentes que receberam vedolizumab obteve resposta clínica à semana 14 comparativamente com adalimumab, 67.1% vs. 45.9% respectivamente. Uma separação entre os grupos de tratamento foi verificada tão cedo como na semana 6, favorecendo vedolizumab. Estes resultados foram anunciados na Digestive Disease Week (DDW) 2019®, reunião científica anual, que decorreu em San Diego, na Califórnia.

Informação exploratória adicional sobre a ausência histológica de doença na semana 52 também foi apresentada na reunião. A atividade histológica da doença é um endpoint que avalia o grau de inflamação microscópica no intestino. A ausência de doença histológica ativa é alcançada quando a inflamação é menor que um limiar de gravidade pré-definido.

No estudo VARSITY, foram vistos resultados consistentes com o tratamento vedolizumab no Índice de Geboes (<3.2) e no Índice de Histopatologia de Robarts (<5), com ausência de doença ativa histológica em 33.4% e 42.3% dos doentes tratados com vedolizumab,  comparando com 13.7% e 25.6% em doentes tratados com adalimumab, respectivamente.

 “Dados exploratórios do estudo VARSITY sugerem que mais doentes apresentaram resposta sintomática precoce e melhoria da inflamação intestinal microscópica com vedolizumab em comparação com adalimumab,” afirmou Bruce E. Sands, investigador principal do ensaio clínico e Responsável da Área de Gastroenterologia Dr. Henry D. Janowitz, do Hospital Mount Sinai e da Faculdade de Medicina Icahn, em Mount Sinai, Nova Iorque. “Na prática clínica, há uma necessidade de equilibrar a melhoria sintomática precoce com o objetivo de longo prazo do tratamento de ajudar os doentes a alcançar a remissão clínica, tornando estes resultados importantes para os médicos.”

“Os doentes beneficiam de ensaios clínicos que promovem o nosso conhecimento da doença. O estudo VARSITY compara diretamente, pela primeira vez, a eficácia e segurança de duas terapêuticas biológicas no tratamento de doentes com colite ulcerosa, enquanto fornece informações valiosas que podem ajudar a tomar decisões informadas de tratamento, além de aumentar o nosso conhecimento sobre como estes tratamentos funcionam ao nível microscópico,” disse a Diretora Médica da Takeda, Inês Nobre Guedes. “Os dados do VARSITY demonstram os resultados consistentes de vedolizumab, apoiando o uso deste tratamento como biológico de primeira linha na colite ulcerosa.” 

Sobre o VARSITY

O VARSITY é um ensaio clínico de Fase IIIb, aleatorizado, em dupla ocultação, multicêntrico, controlado ativamente para avaliar a eficácia e segurança de VEDOLIZUMAB IV vs Adalimumab SC, à semana 52, em doentes com colite ulcerosa ativa moderada a grave. O ensaio envolveu 769 doentes (VEDOLIZUMAB n=382 e Adalimumab n=386), sendo critério de inclusão terem uma resposta inadequada, perda de resposta, ou intolerância a corticosteroides, imunomodeladores ou a um anti-TNF, que não Adalimumab. Os doentes foram distribuídos por um de dois grupos de tratamento, Vedolizumab IV 300 mg e placebo SC ou Adalimumab SC 160 mg e placebo IV. O escalamento da dose não estava autorizado em nenhum dos grupos de tratamento durante o estudo. Na semana 52, 31.3% (n=120/383) dos doentes que recebram Vedolizumab IV tinham atingido o endpoint primário de remissão clínica* à semana 52, comparativamente com 22,5% (n=87/386) de doentes tratados com Adalimumab SC, com uma diferença estatisticamente significativa (p=0.0061).

Para além disso, 39.7% dos doentes em tratamento com Vedolizumab obteve o endpoint secundário de taxas significativamente mais elevadas de cicatrização da mucosa± à semana 52, comparando com os 27,7% que receberam adalimumab (p=0.0005). Verificou-se ainda uma diferença não estatisticamente significativa a favor de adalimumab na percentagem de doentes a fazer corticosteroides orais na baseline que descontinuaram os mesmos e se encontravam em remissão clínica à semana 52.

Apesar do estudo não ter sido realizado com o objectivo de comparar o perfil de segurança dos dois medicamentos biológicos, os doentes tratados com Vedolizumab (62,7%) obtiveram uma taxa inferior de efeitos adversos à semana 52, comparativamente com os doentes tratados com Adalimumab (69,25%), assim como uma taxa inferior de infeções reportadas (33,5% vs 43,5%, respectivamente. A taxa de efeitos adversos graves foi também inferior nos doentes tratados com Vedolizumab (11,0% vs 13,7%). 

Encontro científico
Investigadores de Portugal, da Finlândia e do Brasil reúnem-se, a partir de hoje, e durante três dias, na Unidade de...

Divulgar, analisar e discutir estratégias para promoção da saúde mental, prevenção e intervenção precoce em contexto comunitário, são objetivos desta iniciativa,  para a qual está ainda marcado o momento de lançamento de um aplicativo para telemóvel relacionado com a prevenção do consumo de tabaco.

Seguem-se, até dia 29 de maio, cinco workshops: “Digital interventions in supporting adolescents’ self-efficacy”; “Tecnologias para o rastreamento e intervenções breves para o uso de álcool entre gestantes”; “Rastreio e intervenções breves como possibilidades para a prática preventiva do enfermeiro na atenção primária”; “O uso das tecnologias educacionais como ferramenta para a promoção da saúde mental de crianças”; e “Intervenções assistidas por animais na promoção da saúde mental”.

De acordo com a organização do evento, «as perturbações psiquiátricas estão entre as dez principais causas de incapacidade ao longo da vida», sendo Portugal «o segundo país da Europa com maior prevalência».

Mais: de acordo com o Programa Nacional para a Saúde Mental (PNSM, 2017), para cima de um quinto dos portugueses sofre de uma perturbação psiquiátrica (22,9%), sobretudo perturbações de ansiedade (16,5%) e de humor (7,8%).

Face à dimensão da problemática, «urge a necessidade de promover melhores indicadores de saúde mental através da inovação e exploração das tecnologias aplicadas à saúde», pelo que «estratégias inovadoras utilizando metodologias interativas e diferentes recursos poderão ser ferramentas mobilizadoras do envolvimento das pessoas e grupos, para alcançar uma maior cobertura de promoção da saúde mental, a mais baixo custo», prosseguem as organizadoras do evento, as investigadoras Teresa Barroso (ESEnfC/UICISA: E), Daniela Pinto (bolseira de investigação na UICISA: E) e Fernanda Castelo Branco (Universidade Federal do Amapá, Brasil).

 

Internamento
A carência de camas de internamento, sobretudo entre os meses de dezembro e maio, foi um dos assuntos mais debatidos no 25º...

“Não é possível continuar a ignorar este problema que afeta todos os anos os Serviços de Medicina Interna dos hospitais, principalmente na época mais fria. Tem de existir um plano de resposta delineado para cada hospital, e para isso são necessárias diretivas nacionais que garantam a equidade entre os hospitais, e que promovem dessa forma a qualidade e segurança no tratamento dos doentes”, explica João Araújo Correia, presidente da SPMI.

A SPMI realizou, no passado mês de fevereiro, um inquérito que teve como objetivo contabilizar o número de camas extra e de doentes com internamento concluído em cada Serviço de Medicina Interna. Segundo o internista, “através de uma amostra de 78 por cento do total dos serviços desta especialidade, que corresponde a uma lotação base de 4.866 camas, verificou-se que havia até então 2.142 camas extra (mais 44 por cento), com 39 por cento de doentes internados no Serviço de Urgência, 53 por cento noutros serviços e 8 por cento em camas “acrescentadas” aos Serviços de Medicina Interna”.

Tal como refere, “esta foi a primeira vez que se pôde contabilizar e justificar o enorme acréscimo de trabalho a que os internistas são submetidos num período nunca inferior a três meses, o qual deve ser contabilizado como produção adicional”.

Durante a Assembleia Geral foram ainda debatidas, entre outros assuntos, a aposta que a SPMI tem dado na criação de parcerias com outras entidades do setor, nomeadamente com a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar e com a Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, bem como a necessidade de definir critérios de certificação de áreas específicas, como as doenças autoimunes, o VIH e as doenças hepáticas.

 

Congresso
O 25º Congresso Nacional de Medicina Interna acolheu na passada 6ª feira uma conferência sobre os progressos da inteligência...

“A importância da inteligência artificial na Medicina é enorme e crescente. Hoje em dia, a quantidade de informação necessária para uma boa decisão médica é muito elevada, sobretudo em situações raras. Contudo, já existem algoritmos capazes de ler texto e de interpretar grandes quantidades de publicações científicas, assim como de gerar possibilidades de diagnóstico e de tratamento”, afirma Armando Vieira.

E acrescenta: “Isto vai permitir desenvolver uma Medicina em que os tratamentos sejam feitos à medida de cada doente, em função do seu historial, da sua genética e de todas as componentes que o tornam único”.

Durante a sua intervenção, o conferencista abordou a história da inteligência artificial e os seus progressos nos últimos 10 anos, dando particular destaque ao processamento de imagem, área em que a evolução tem sido mais notável. Segundo o orador, a descoberta de novos medicamentos é outra das mais-valias da inteligência artificial na Medicina, com grande potencial de transformação.

“A tecnologia vai permitir, também, automatizar certas tarefas dos profissionais de saúde e aliviar a carga burocrática de outras, como é o caso dos registos médicos eletrónicos, o que pode vir a trazer grandes benefícios para o sistema de saúde público”, indicou.

No segundo dia de congresso, decorreram ainda sessões sobre a diabetes tipo 2, as fragilidades na terceira idade, o fígado gordo, o cancro raro, entre outros. No final do dia realizaram-se também as reuniões dos 20 núcleos de estudos da SPMI.

 

Semana Internacional da Tiroide
Aumento de peso, depressão, falta de concentração, falta de motivação, dificuldades para engravidar ou obstipação são sinais e...

Neste momento, em Portugal, estima-se que um milhão de pessoas sofra de distúrbios da tiroide e mais de 300 milhões de pessoas por toda a Europa, embora ainda exista um grande desconhecimento das doenças associadas a esta glândula, bem como da forma como se manifestam.

No âmbito da Semana Internacional da Tiroide, que se assinala entre 25 e 31 de maio, o Hospital CUF Descobertas decidiu assinalar o Dia Mundial da Tiroide com um programa próprio que procura alargar a forma de pensar o tema e trazer novos públicos.

Assim, a função reguladora desta glândula tão relevante no equilíbrio do organismo inspira uma sessão que tem como título "A Vida sob controlo?". A pergunta será respondida numa Mesa Redonda com múltiplos olhares: o dos doentes e dos médicos, mas também de uma Pintora e de um Jornalista de temas de sociedade.

Logo após a Mesa Redonda, é possível "espreitar o futuro", numa visita guiada por dois cirurgiões às tecnologias que estão na linha da frente do tratamento da Tiroide.

À margem desta sessão, decorre uma exposição de imagens intitulada "A Atenção às Coisas", com a qual se pretende reforçar a importância de estarmos despertos para sinais que podem indiciar problemas de saúde. A atenção é um pré-requisito para conseguir controlar a vida de todos os dias.

Também no âmbito do Dia Mundial da Tiroide, que se assinala amanhã, a especialista em endocrinologia, Inês Sapinho, vai lançar o livro “Os segredos da sua Tiroide”. Um guia base dos problemas da tiroide, onde descreve os principais sinais e sintomas.

O que são as glândulas e as hormonas? Qual a importância da tiroide e quais as suas doenças? Quais os exames a realizar? São algumas das questões que vão ter resposta nesta obra, que não esquece a importância da alimentação e sua relação com as doenças da tiroide, clarificando alguns mitos.  

Além disto, no próximo dia 30 de maio, vai existir igualmente um círculo de Tertúlias, na Faculdade de Medicina do Porto, intitulado de "Tiroide: a Glândula em Forma de Borboleta".

Hipertensão Pulmonar
A Associação Portuguesa de Hipertensão Pulmonar (APHP), em conjunto com a Unidade de Doença Vascular Pulmonar do Centro...

A iniciativa realiza-se no dia 31 de maio, no Auditório Professor Alexandre Moreira do Centro Hospitalar Universitário do Porto, e surge no âmbito do encerramento das comemorações do Dia Mundial da Hipertensão Pulmonar, que decorreram durante todo o mês de maio.

“As comemorações do Dia Mundial são um momento de intervenção e um apelo à reflexão por parte das autoridades de saúde sobre algumas questões que estão a preocupar a comunidade científica e os doentes com Hipertensão Pulmonar, uma vez que põem em causa a sua saúde e bem-estar”, refere Maria João Saraiva, presidente APHP.

No “Open Day” de hipertensão pulmonar vão ser debatidos temas como: a importância de um hospital terciário e universitário na prestação de cuidados de saúde em doenças raras; história, competências e obrigações de um Centro de Referência Europeu para a Hipertensão Pulmonar; o papel da Associação de Doentes na definição das políticas de saúde para a HP; e a perspetiva do doente com hipertensão pulmonar.

Durante a iniciativa vão decorrer ainda sessões de carácter educativo para o doente com hipertensão pulmonar, nomeadamente workshops de reabilitação cardiorrespiratória, aconselhamento nutricional, acompanhamento psicológico e social. Estas sessões serão levadas a cabo por profissionais de saúde da Unidade de Doença Vascular Pulmonar do Centro Hospitalar e Universitário do Porto e serão de entrada livre.

A Hipertensão pulmonar, também referida como aumento anormal da pressão sanguínea nos vasos dos pulmões, é uma doença rara, progressiva e fatal, se não tratada adequada e atempadamente. A hipertensão pulmonar é uma consequência de mais de 50 doenças que afetam os pulmões e o coração.

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