Investigadores do Instituto Pasteur conseguem isolar e produzir estirpes do novo coronavírus
Embora equipas chinesas e australianas também já tenham conseguido isolar estirpes do novo coronavírus, esta é a primeira vez que se consegue repetir a experiência na Europa.
Os cientistas do Instituto Pasteur recolheram amostras do coronavírus (2019-nCoV) de dois doentes franceses e conseguiram replicar vírus similares, usando células já conhecidas.
A produção em laboratório do ‘2019-nCoV’ torna-o, assim, “disponível para a investigação”, refere o Instituto Pasteur.
De acordo com o instituto, as culturas do coronavírus podem ser testadas e manipuladas com substâncias antivirais conhecidas ou novas (que possam ser candidatas a uma vacina).
Os investigadores podem ainda estudar como se comporta o novo coronavírus e, desta forma, identificar as suas fragilidades, que permitam ”desenvolver estratégias terapêuticas”.
Segundo a equipa de cientistas, a análise dos anticorpos presentes nas pessoas infetadas pelo ‘2019-nCoV’ permitirá também que seja desenvolvido um teste serológico adaptado à despistagem da infeção a uma escala maior.
Este teste permitirá saber, entre as pessoas que contactaram com o novo coronavírus, qual a proporção que pode ser infetada sem desenvolver sintomas, o que, para o Instituto Pasteur, facultará “dados mais precisos sobre a capacidade de transmissão deste vírus”.