Novo serviço
Os portugueses vão poder receber medicamentos em casa em todo o país. Um novo serviço farmacêutico postal permite aos cidadãos...

O novo serviço arranca esta quinta-feira, 26 de março, e resulta de uma parceria entre os CTT – Correios de Portugal e a Associação Nacional das Farmácias (ANF). Os cidadãos podem aceder à listagem de farmácias aderentes nos sites www.farmaciasportuguesas.pt e www.ctt.pt. Aí encontrarão os endereços de e-mail e contactos telefónicos disponíveis para realizar as suas encomendas numa farmácia à sua escolha.

Os CTT garantem a entrega, no dia seguinte, de todas as encomendas realizadas até às 16 horas. Tendo em conta o atual contexto de epidemia, o serviço será disponibilizado a um preço promocional, até 30 de abril, de 3 euros + IVA por entrega. O serviço está preparado para responder às receitas médicas, mas também as necessidades de outros medicamentos e produtos de saúde.

“Com este novo serviço os CTT ajudam os portugueses a cumprir as recomendações da DGS, entregando em casa os medicamentos, contribuindo para a segurança e bem-estar de todos”, diz João Sousa, administrador dos CTT.

“Como maior rede de Saúde Pública em Portugal, as farmácias assumem a responsabilidade de adotar todas as medidas úteis à contenção desta epidemia”, declara Cristina Gaspar, vice-presidente da ANF.

Os CTT estão desde a primeira hora a implementar medidas de mitigação de contágio por CoViD-19 na sua rede de retalho e em todo o processo de tratamento e entrega de correio e encomendas.

 

 

Covid-19
A Associação São Francisco de Assis - Cascais, entidade participada pelo município e que tem com o objetivo de proteger os...

Uma iniciativa decorrente de uma necessidade que já se começou a fazer sentir nas várias Freguesias do Concelho e que visa responder aos pedidos de ajuda de pessoas em situações de maior fragilidade ou em isolamento social, que se veem impedidas de cuidar dos seus animais de companhia, não obstante todas as medidas de contenção já tomadas pelo município, e que foi consubstanciada num repto lançado aos vários voluntários que já colaboram regularmente com a Associação e a outros que se queiram juntar, num apelo à solidariedade e à cidadania.

“O Concelho de Cascais tem atuado com serenidade e determinação face ao contexto de pandemia que o país atravessa, tendo desde cedo implementado um já vasto pacote de medidas de contenção”, comenta Nuno Piteira Lopes, Vereador da Câmara Municipal de Cascais.

João Salgado, Vice-Presidente Executivo da Associação acrescenta que “o bem-estar animal não pode ser esquecido, mesmo numa situação difícil como esta. É por isso que na Associação mantivemos os serviços mínimos para assegurar o conforto e a saúde dos animais residentes, bem como o piquete de resgate e recolha de animais perdidos ou abandonados, a funcionar 24h e o corpo clínico de medicina veterinária, disponível para urgências, em concomitância com o apoio aos sem abrigo, que muitas vezes recusam ajuda por recear ter de deixar para trás os seus animais, situação que também já recebeu resposta do município com o nosso apoio”. O Vice-Presidente conclui que “dada a situação atual é fundamental mantermo-nos unidos e protegermo-nos, não só a nós, como também aos animais que podem ficar sem cuidadores caso os seus tutores adoeçam. Felizmente, o Concelho está solidário e todos os dias nos chegam voluntários prontos a entrar em ação em caso de necessidade.”

 

 

Tumores
Continua a ser uma das doenças mais prevalentes não só em Portugal, como no resto da Europa e, embor
Mulher ruiva com fita adesiva na boca

O cancro colorretal atinge todos os anos, em Portugal, cerca de 7 mil pessoas. Numa grande percentagem de casos, o diagnóstico chega já em estadios avançados da doença, estando assim reduzidas as hipóteses de sobrevivência. A falta de conhecimento e a desvalorização dos sintomas, quer por parte dos doentes quer de alguns médicos, são apontadas como as principais causas para um diagnóstico tardio. Por outro lado, sabe-se que o tabu ainda associado a este tipo de cancro leva a que poucos queiram falar sobre a doença. Por isso, para Vítor Neves, presidente da Europacolon, é essencial que se desmitifique a patologia e que se consiga fazer entender que os exames de rastreio não são um «bicho de sete cabeças».

“O cancro colorretal é uma doença muito grave e mortal, cuja incidência continua a subir exponencialmente”, afirma o presidente da Europacolon acrescentando que grande parte dos casos correspondem a “tumores encontrados no estadio 3 ou 4, quando metastizaram”, o que se traduz em reduzidas taxas de sobrevivência.  

De acordo com Vítor Neves, o rastreio precoce é a solução no combate a esta doença. “Faz-se bem em alguns países da Europa e se funcionasse em Portugal salvar-se-iam muito mais pessoas e poupavam-se milhões de euros ao Serviço Nacional de Saúde”, revela.

No entanto, apesar de o rastreio de base populacional, indicado a todas as pessoas a partir dos 50 anos, ter sido apresentando em 2016, “teimosamente continua a não existir”. Apesar de “estar melhor do que há 2 ou 3 anos”, Vítor Neves garante que ainda há um longo caminho a percorrer até que este esteja acessível a todos. A falta de equipamentos e técnicos para a realização do rastreio é apontado com um dos problemas a resolver. “Os meses de atraso nos exames complementares também não ajudam”, acrescenta demonstrando que existe, no país, um conjunto de problemas que contribuem para um diagnóstico tardio.

O exame de rastreio ideal é, de acordo com o presidente da Europacolon, a colonoscopia total. No entanto, revela, “ainda existe muito tabu a respeito do exame”. Por isso, a associação que preside decidiu disponibilizar uma linha de apoio para esclarecer as dúvidas sobre este exame de diagnóstico e sua preparação. “As pessoas pensam que a preparação é difícil e que o exame pode ser doloroso”, explica. No entanto este é “o teste gold” que permite identificar e remover eficazmente lesões pré-cancerígenas. “Na pesquisa de sangue oculto – o outro método de rastreio – não são detetados pólipos em fase primária”, revela esclarecendo que, embora os pólipos “apareçam naturalmente com a idade, podem degenerar em adenocarcinoma”. Não obstante, a pesquisa de sangue oculto nas fezes é ainda o método de rastreio mais utilizado no país, apesar de não ser o mais fiável, apresentando 50% de falsos positivos.

Embora o rastreio seja dirigido à população a partir dos 50 anos, este pode ser realizado mais cedo sempre que exista história familiar da doença ou na presença de sintomas. Entre os grupos que apresentam maior risco estão aqueles que sofre de doenças inflamatórias intestinais. Sabe-se ainda que 5 a 10% dos casos de cancro colorretal são genéticos.

Doentes desvalorizam sintomas, mas não são os únicos

Os principais sinais de alarme do cancro colorretal são a presença de sangue nas fezes ou a emissão de sangue após as dejeções e a alteração dos hábitos intestinais (ter mais ou menos dejeções do que era habitual) ou das características das fezes. Pode ainda surgir perda de peso, fadiga, dor abdominal, urgência ou falsa vontade em evacuar.

E se por um lado existe um elevado número de pessoas que não estão despertas para a sintomatologia associada à doença, outros há que os desvalorizam. “Ninguém gosta de falar de cancro do intestino. Não gostam os doentes, não gostam os médicos, não gosta a comunicação social”, lamenta Vítor Neves. E este pudor, associado a todas as dificuldades que impedem o diagnóstico precoce, só serve para condenar ainda mais pessoas ao insucesso do tratamento. “2/3 destes doentes poderiam ser salvos”, realça.

Por isso, “é preciso as pessoas estarem atentas aos sinais e é preciso que os médicos valorizem os sintomas”, apela o presidente da Europacolon segundo o qual a inação de alguns clínicos pode ser fatal. Neste âmbito revela que há dois tipos de médicos: “os que pensam que as pessoas andam a inventar doenças e os mandam embora e os que são desinteressados”. “Entre os 50 e os 74 anos é obrigatório fazer o rastreio”, alerta pelo que é essencial que qualquer pessoa, ao apresentar sintomas, peça ao seu médico para realizar o exame de diagnóstico. “Se (os médicos) não passarem o rastreio, devem ligar para a Europacolon. Nós definimos se estão dentro das linhas de inclusão e falamos com o Centro de Saúde para perceber porque a pessoa não fez o rastreio”, explica.

Atualmente, e no âmbito do mês de sensibilização para o Cancro Colorretal, a Europacolon, em parceria com as farmácias Holon, está a levar a cabo a realização de rastreios gratuitos, através da Pesquisa de Sangues Oculto nas Fezes, na tentativa de contrariar os números dramáticos associados a esta doença.  

A iniciativa decorre durante os meses de março e abril nas farmácias Holon aderentes.

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Região de Aveiro
A Universidade de Aveiro (UA) vai realizar testes de rastreio à covid-19 em amostras biológicas recolhidas nos hospitais da...

Os primeiros rastreios vão começar dia 30 de março no Instituto de Biomedicina (iBiMED), uma das unidades de investigação da UA. “Estão reunidas na UA as condições ideais para ajudar a região na monitorização da covid-19”, garante Artur Silva, Vice-reitor da UA para a área da Investigação. Condições essas, sublinha o responsável, que garantem a segurança não só dos profissionais que estarão envolvidos no rastreio como também da comunidade académica em geral.

Nos últimos 6 anos, a UA criou um conjunto de novos laboratórios de Medicina Molecular, incluindo laboratórios para o estudo de vírus respiratórios, tendo recentemente obtido um importante projeto da União Europeia no valor de 900 mil euros, na área da virologia, em parceria com as Universidade de Leiden e de Munique.

Os novos laboratórios do Departamento de Ciências Médicas (DCM), criados no âmbito do plano de desenvolvimento do iBiMED, assegura Artur Silva, Vice-reitor da UA para a área da Investigação, “reúnem as condições recomendadas pela Organização Mundial de Saúde para a realização de testes de rastreio do SARS-CoV-2”.

Os testes serão realizados em quatro laboratórios com nível de biossegurança elevado (BSL2), com pressão negativa, ar filtrado com filtros HEPA, câmaras de fluxo laminar de nível de segurança BSL2 e sistemas de esterilização por UV. “Estes laboratórios têm ainda um sistema de esterilização térmica de material biológico que garante a destruição dos consumíveis, reagentes e amostras biológicas usadas no laboratório”, refere o responsável.

Os investigadores do iBiMED que utilizam estes laboratórios, lembra Artur Silva, são sujeitos a um exame de biossegurança e a treino específico, havendo, por esta razão, “recursos humanos treinados para a realização de investigação em ambientes de elevada biossegurança”.

Uma vez que o vírus SARS-CoV-2 pode ser inativado quimicamente no momento da recolha das amostras biológicas nos hospitais da região, que os equipamentos de processamento automático de amostras clínicas existentes nos laboratórios reduzem ao máximo a exposição dos investigadores ao SARS-CoV-2, que foi possível criar um circuito fechado para a circulação dos investigadores e de amostras clínicas e que existem kits de proteção dos investigadores, a biossegurança está garantida pela UA.

Opinião
A vitamina D têm sido alvo de um número crescente de pesquisas nos últimos anos, incluindo sua inter
Alimentos e quadro de ardósia com vitamina d escrito

O que é

A vitamina D, ou colecalciferol, mais que uma vitamina é uma pró-hormona esteróide que aumenta a expressão dos receptores da vitamina D, sobretudo no intestino delgado, receptores esses que regulam a absorção de cálcio e fósforo no intestino. Assim, a vitamina D tem como principal função manter a homeostase do cálcio, mas são também atribuídas à vitamina D funções extra-ósseas importantes, graças à ativação de recetores presentes em diversos sistemas de órgãos, nomeadamente muscular, imunitário, cardiovascular e neurológico e com participação na regulação da apoptose, proliferação celular e inflamação. [i], [ii], [iii]

Durante as últimas décadas, estabeleceu-se que o sistema endócrino da vitamina D é operacional em, pelo menos, na maioria dos tecidos do corpo humano, [iv] estando cerca de 3% do genoma humano regulado, direta ou indiretamente, pela hormona.[v]

Metabolismo

A principal fonte da vitamina D é representada pela formação endógena nos tecidos cutâneos após a exposição à radiação ultravioleta B.1, [vi], [vii] Uma fonte alternativa de vitamina D é a dieta, responsável por apenas 20% das necessidades corporais, mas que assume um papel de maior importância em idosos, pessoas institucionalizadas e habitantes de climas temperados.2

Resumindo o metabolismo da vitamina D, esta é produzida pela pele quando exposta ao sol ou pode ser ingerida na dieta ou como suplemento, e é convertida em 25-hidroxivitamina D (25-OHD, ou calcidiol) no fígado (esta é a forma circulante e a que se doseia no sangue). Por sua vez, a 25-OHD é convertida em 1,25-dihidroxivitamina D (1,25-OH2D, ou calcitriol) no rim (esta é a forma ativa da hormona).

Vitamina D e o Sistema Imunitário

A vitamina D têm sido alvo de um número crescente de pesquisas nos últimos anos, incluindo sua interação com o sistema imunológico, o que não é uma surpresa, tendo em vista a expressão do receptor de vitamina D em uma ampla variedade de tecidos corporais como cérebro, coração, pele, intestino, gónadas, próstata, mamas e células imunológicas, além de ossos, rins e paratireoides.[viii]

A vitamina D parece interagir com o sistema imunológico através de sua ação sobre a regulação e a diferenciação de células como linfócitos, macrófagos e células natural killer (NK), além de interferir na produção de citocinas in vivo in vitro. Entre os efeitos imunomoduladores demonstrados destacam-se: diminuição da produção de interleucina-2 (IL-2), do interferon-gama (INFγ) e do fator de necrose tumoral (TNF); inibição da expressão de IL-6 e inibição da secreção e produção de autoanticorpos pelos linfócitos B.[ix], [x]

Também a evidência do benefício da suplementação da vitamina D na redução do número de infeções respiratórias agudas está em crescimento. Uma revisão da Cochrane demonstra diminuição no número de exacerbações graves de asma, precipitadas por infeções virais do trato respiratório superior em indivíduos suplementados com vitamina D.[xi] Estudos com indivíduos com doença pulmonar obstrutiva crónica suplementados com vitamina D também demonstraram menos exacerbações moderadas a severas por diminuição do número de infeções respiratórias.[xii]

Causas da carência e recomendações para suplementação

A exposição solar constitui a fonte mais importante de vitamina D, pelo que o moderno estilo de vida nas cidades, com muitas horas diárias passadas em espaços fechados, ou seja, com pouca exposição solar, está a condicionar uma deficiente produção de vitamina D.

5 a 10 minutos de exposição direta dos braços e pernas produz cerca de 3.000 Unidades Internacionais (UI) de vitamina D3; um protetor solar fator 8 reduz a síntese de vitamina D em 95%; múltiplos estudos mostram que a deficiência de vitamina D é comum em países com muito sol quando a maior parte da pele está coberta por roupa (países árabes, Índia, entre outros). [xiii], [xiv]

De acordo com as normas de orientação clínica da Endocrine Society, a suplementação com vitamina D deve obedecer aos seguintes critérios: 400 UI – 1.000 UI (crianças 0 aos 12 meses); 600 UI – 1.000 UI (1 aos 18 anos); 600 UI – 2.000 UI (19 aos 70 anos); 800 UI – 2.000 UI (acima dos 70 anos).

Resumo

Vitamina D é um nutriente essencial que nosso corpo utiliza em muitos processos vitais. No mundo atual, a depleção dos níveis de vitamina D, constitui um problema de saúde pública, que parece estar a agravar.

É crucial saber-se que o nosso sistema imunitário depende da vitamina D, entre outras coisas. As evidências sugerem que a deficiência de vitamina D pode ter um papel importante na regulação do sistema imunológico e, provavelmente, na prevenção das doenças imunomediadas.

Garantir níveis adequadas de vitamina D contribui assim para a nossa saúde e bem-estar!




[i]Arnson Y, Amital H, Shoenfeld Y. Vitamin D and autoimmunity: new etiological and therapeutic considerations. Ann Rheum Dis 2007; 66:1137-42. 

[ii] Holick MF, Binkley NC, Bischoff-Ferrari HA, Gordon CM, Hanley DA, Heaney RP et al. Evaluation, treatment, and prevention of vitamin D deficiency: an Endocrine Society clinical practice guideline. J Clin Endocrinol Metab. 2011; 96(7):1911-30.

[iii] Heaney RP, Horst RL, Cullen DM, Armas LA. Vitamin D3 distribution and status in the body. J Am Coll Nutr. 2009; 28(3):252-6

[iv] Robert P. Heaney,Vitamin D in Health and Disease. Clin J Am Soc Nephrol. 2008 Sep; 3(5): 1535–1541.

[v] Zittermann A, Gummert JF. Nonclassical vitamin D action. Nutrients. 2010; 2(4):408-25.

[vi] Bringhurst FR, Demay MB, Kronenberg HM. Hormones and Disorders of Mineral Metabolism. In: Kronenberg HM, Melmed S, Polonsky KS, Larsen PR editors. Williams Textbook of Endocrinology, 11 ed. Philadelphia: Elsevier, 2008.        

[vii] Leventis P, Patel S. Clinical aspects of vitamin D in the management of rheumatoid arthritis. Rheumatology 2008; 47:1617-21.  

[viii]  Jones BJ, Twomey PJ. Issues with vitamin D in routine clinical practice. Rheumatology 2008; 47:1267-68.

[ix] Lemire JM, Ince A, Takashima M. 1,25-Dihydroxyvitamin D3 attenuates the expression of experimental murine lupus of MRL/I mice. Autoimmunity 1992; 12(2):143-8.         

[x] Linker-Israeli M, Elstner E, Klinenberg JR, Wallace DJ, Koeffler HP. Vitamin D(3) and its synthetic analogs inhibit the spontaneous in vitro immunoglobulin production by SLE-derived PBMC. Clin Immunol 2001; 99:82-93.

[xi] Martineau AR, Cates CJ, Urashima M, Jensen M, Griffiths AP, Nurmatov U, et al. Vitamin D for the management of asthma. Cochrane Database Syst Rev. 2016;9:CD011511.

[xii] Martineau AR, James WY, Hooper RL, Barnes NC, Jolliffe DA, Greiller CL, et al. Vitamin D3 supplementation in patients with chronic obstructive pulmonary disease (ViDiCO): a multicentre, double-blind, randomised controlled trial. Lancet Respir Med. 2015;3(2):120-30.  

[xiii] Zeeb H, Greinert R. The role of vitamin D in cancer prevention: does UV protection conflict with the need to raise low levels of vitamin D? Dtsch Arztebl Int. 2010; 107(37):638-43.

[xiv] Alves M, Bastos M, Leitão F, Marques G, Ribeiro G, Carrilho F. Vitamina D–importância da avaliação laboratorial. Rev Port Endocrinol Diabetes Metab. 2013;8(1):32–39.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo
Um estudo recentemente publicado na revista científica Aging and Disease mostra que as células estaminais mesenquimais (MSCs,...

As MSCs têm sido amplamente testadas em terapia celular para o tratamento de várias doenças e a segurança e eficácia da sua administração foram já documentadas em muitos ensaios clínicos, especialmente em doenças inflamatórias com envolvimento do sistema imunitário. As MSCs podem desempenhar o seu papel principalmente de duas maneiras: através da capacidade de diferenciação e de efeitos imunomoduladores. A capacidade de diferenciação poderá permitir reparar tecidos lesados, enquanto o seu efeito imunomodulador pode levar à regulação da atividade do sistema imunitário.

O tecido do cordão umbilical constitui uma das melhores fontes de MSCs e a sua capacidade imunomoduladora tem sido demonstrada em vários estudos baseados na aplicação destas células em humanos.

No estudo agora publicado, investigou-se a capacidade da administração de MSCs do tecido do cordão umbilical melhorar o estado de saúde de sete doentes com pneumonia por COVID-19. Os resultados clínicos destes doentes, assim como as alterações nos níveis das funções inflamatórias e imunológicas e os efeitos adversos, foram avaliados durante 14 dias após a administração das células.

A função pulmonar e os sintomas destes doentes melhoraram significativamente em dois dias após a administração de MSCs. Entre eles, dois doentes com síndrome COVID-19 comum e um com doença grave recuperaram e receberam alta 10 dias após o tratamento. Após a administração de MSCs, registou-se uma alteração nas populações de células do sistema imunitário destes doentes que sugere a sua recuperação. Para além disso, o perfil de moléculas pró e anti-inflamatórias melhorou nos doentes que receberam MSCs.

De acordo com os autores deste estudo, a administração intravenosa de MSCs do tecido do cordão umbilical revelou-se segura e eficaz para o tratamento de doentes com pneumonia por COVID-19, principalmente nos doentes em estado crítico. Ainda segundo este artigo, a terapia com MSCs inibe a hiperativação do sistema imunitário e promove a reparação celular endógena, melhorando o microambiente pulmonar após a infeção por COVID-19.

O artigo revela que as MSCs do tecido do cordão umbilical conseguiram curar ou melhorar significativamente os resultados funcionais dos doentes. A realização de estudos adicionais que incluam um maior número de doentes é necessária para validar a eficácia desta intervenção terapêutica.

O novo coronavírus, que inicialmente causou um surto da doença em Wuhan, na China, já se espalhou pelo mundo inteiro, constituindo neste momento uma ameaça global. De acordo com o conhecimento atual, em alguns doentes, a gravidade da COVID-19 pode mesmo levar à morte e um dos mecanismos mais importantes subjacentes à deterioração dos doentes é a tempestade de citocinas. Esta reação imunológica exacerbada ocorre após um acentuado aumento de moléculas pró-inflamatórias e pode comprometer seriamente a vida dos doentes. Desta forma, prevenir e reverter esta reação imunológica descontrolada que ocorre nos doentes com pneumonia grave por COVID-19 pode ser a chave para os salvar. Vários estudos têm demonstrado que as MSCs têm uma função imunomoduladora poderosa e abrangente. Por essa razão, estas células podem ter efeitos benéficos na prevenção ou atenuação da tempestade de citocinas.

Covid-19
A European Respiratory Society (ERS) junta-se ao apelo dos que têm feito soar o alarme a propósito do controlo das fronteiras e...

Cada atraso no transporte de suprimentos, devido ao bloqueio das fronteiras, põe os profissionais de saúde em perigo e os doentes em risco acrescido. Um mercado europeu unificado deve facilitar a luta europeia conjunta contra a pandemia da COVID-19. As fronteiras não devem ser barreiras nesta luta.

O presidente da ERS, Thierry Troosters, afirmou: “as restrições nas fronteiras representam um fardo desnecessário e perigoso para os sistemas de cuidados intensivos que já estão a enfrentar desafios sem precedentes. Os esforços incansáveis ​​dos nossos médicos e intensivistas da área respiratória deixarão de ser eficazes se não puderem confiar nos princípios do mercado interno, na solidariedade entre os Estados-membros e na cadeia transfronteiriça de suprimentos médicos essenciais”.

Este apelo surge na sequência de alguns relatórios que constatam o facto de que as exportações de dispositivos médicos - incluindo máscaras e outros equipamentos de proteção individual, respiradores, ventiladores, kits de teste e consumíveis -, para os Estados-membros, estarem a ser interrompidas devido às proibições de exportação dentro da UE e que foram aplicadas por vários Estados-membros. Apesar da introdução do regime de autorização de exportação em toda a Europa, alguns Estados-membros mantiveram as suas proibições de exportação.

Além disso, alguns Estados-membros introduziram controlos ou começaram a impedir a passagem de camiões nas suas fronteiras, o que coloca em risco o fluxo livre de suprimentos e medicamentos essenciais. Tais ações violam, não apenas os princípios do mercado interno, mas também colocam em risco a população europeia, atrasam a batalha efetiva contra o vírus SARS Cov2 e, principalmente, impõem uma pressão desnecessária aos profissionais de saúde.

“O impacto da proibição das exportações vai ser sentido pelos sistemas de saúde de todo o mundo, uma vez que as cadeias de suprimentos globais estão interligadas. Isto vai colocar desnecessariamente inúmeras vidas em risco. As instituições da UE e os governos devem agir rapidamente, apoiando o comércio livre e transporte de mercadorias, para permitir a livre circulação de suprimentos médicos em todas as regiões”, alertou o presidente da sociedade.

A ERS apela a todos os Estados-membros a agirem no melhor interesse da saúde pública europeia, respeitando sempre os princípios do mercado interno, em particular para os suprimentos que salvam vidas em outros Estados-membros em todas as linhas de assistência à saúde.

Thierry Troosters acrescentou: “apelamos à Comissão Europeia para promover plenamente as diretrizes recentemente adotadas sobre as fronteiras, de forma a garantir o mais possível o fluxo livre e facilitado dos dispositivos médicos essenciais e aplaudimos o sucesso muito recente no estabelecimento de corredores para o transporte de suprimentos médicos através das chamadas Green Lanes. Esperamos que os países respeitem as diretrizes da Green Lane e que garantam que esses corredores permaneçam intatos durante a pandemia.”

Inovação
A Lusíadas Saúde e a Outsystems acabam de criar uma aplicação móvel que permite avaliar sintomas suspeitos de Covid-19 e...

A app #TodosPorUm está programada para fazer uma primeira avaliação dos sintomas introduzidos pelo utilizador reunindo informação e unindo critérios, podendo-lhe ser recomendado que faça uma avaliação médica adicional. A partir deste momento, o doente é automaticamente reencaminhado para um chat com um profissional de saúde que é responsável por acompanhar o seu processo e dar as orientações clínicas necessárias naquele momento.

Quando um doente é encaminhado para o chat, todos os médicos e enfermeiros do país que estiverem ligados à aplicação recebem uma notificação. Ao clicar “aceitar” no seu dispositivo móvel, o profissional de saúde fica automaticamente responsável por acompanhar o processo desse doente. A aplicação móvel é totalmente gratuita para profissionais e para pacientes. Todos os profissionais de saúde de norte a sul do país podem colaborar em regime de voluntariado, bastando apenas que descarreguem a aplicação e submetam o seu registo para validação.

A Lusíadas enfatiza que a aplicação móvel não substitui cuidados de saúde regulares ou de emergência médica. Se estiverem muito doentes, obviamente devem tomar as medidas necessárias já preconizadas previamente. É uma forma de dar a oportunidade aos profissionais de ampliar acesso aos cuidados de saúde e prevenir a corrida aos hospitais, centros de saúde e clínicas quando não é benéfico clinicamente.

“Na Lusíadas Saúde acreditamos no potencial da tecnologia para aumentar a segurança nos sistemas de saúde, assim como para ampliar capacidade de resposta, mantendo bem claro a importância da relação profissional-doente. Estamos cientes do trabalho dos profissionais no terreno, por isso, quisemos contribuir com uma ferramenta, aberta a todos os Médicos e Enfermeiros portugueses, que pudesse apoiar a população, no momento atípico que vivemos. Com a Outsystems remamos em conjunto para em 4 dias de desenvolvimento e 3 de testes ter a #TodosPorUm live”, diz Vasco Antunes Pereira, CEO da Lusíadas Saúde.

Paulo Rosado, CEO da OutSystems acrescenta que, "desde que a OutSystems lançou, na semana passada, o programa de ativação da sua comunidade global dedicado a ajudar na criação de 20 aplicações úteis e relevantes no combate ao COVID-19, temos estado todos ansiosamente à espera de ver os resultados finais e o impacto que vão ter  na sociedade. Esta aplicação, que estamos a desenvolver em forte colaboração com o Grupo Lusíadas Saúde, vai ser muito significativa para todas as pessoas que estão neste momento isoladas e a questionar o seu estado de saúde. De forma a evitar que estas se dirijam imediatamente ao hospital, sem antes terem um primeiro aconselhamento de profissionais de saúde, criámos em apenas 4 dias uma aplicação que permitirá ter um canal de comunicação direto com médicos e enfermeiros. Juntamente com especialistas do grupo, garantimos que estas pessoas recebem as diretrizes corretas, consoante os seus diagnósticos, sem ter que sair de casa. Agora é tempo de lançar, ouvir o feedback, e responder rapidamente."

O desenvolvimento desta App contou com a articulação direta do Engenheiro da Outsystems - Bruno Pereira e da Médica da Lusíadas Saúde - Sofia Couto da Rocha que ao envolverem as duas instituições conseguiram em 7 dias ter a App pronta e testada.

"Conforme o número de infetados vai subindo, o medo irá aumentar entre todos e isso poderá levar muitas pessoas que não estão infetadas, ou que não necessitam de cuidados diferenciados, para os Hospitais. Tínhamos que conseguir ter um outro meio onde médicos e enfermeiros pudessem aconselhar quem necessitasse. É aí que surge este projeto, alavancado na tecnologia OutSystems e no knowhow da Lusíadas, permitindo encurtar um processo de meses a uma semana. Todos os médicos e enfermeiros têm apenas que efetuar o download da aplicação e poderão começar a ajudar. O sonho que guia este projeto desde o primeiro instante é que consigamos todos voltar às vidas que tínhamos antes desta pandemia. Conseguiremos fazer a diferença, mas só juntos, só #todosporum!", refere Bruno Pereira, engenheiro da Outsystems.

“Num momento de pandemia, onde as necessidades se tornam inúmeras, a inovação tem que ser capaz de quebrar barreiras e potenciar a capacidade de resposta dos serviços de saúde. Somente unindo-nos em prol da literacia em saúde, ao potenciar as mensagens das entidades competentes, e, dando um canal de contacto estruturado entre os cidadãos e os profissionais de saúde, podemos combater este flagelo. O nosso objetivo é criar um mecanismo útil de resposta a quem precisa, diferenciando-se de outras soluções pelo facto de promover uma aproximação rápida e direta aos profissionais de saúde. Com a equipa da Outsystems, já estamos a trabalhar numa versão 2, também com apoio técnico para os profissionais.” explica Sofia Couto da Rocha, Médica e Gestora de 2 unidades do Grupo Lusíadas Saúde - Clínica Lusíadas Parque das Nações e Clínica Lusíadas Almada.

Com o objetivo de aumentar a literacia em saúde, esta app vai ainda disponibilizar uma área dedicada ao esclarecimento de dúvidas frequentes, com base em fontes de informação credíveis na área da saúde, potenciada por um robot que ajuda a responder a perguntas.

Recomendações
"O uso de lentes de contacto de silicone hidrogel continua a ser seguro e, até à data, não há qualquer referência ou...

O material utilizado nas lentes de contacto é um composto com base em silicone, mas com composição substancialmente diferente da borracha de silicone. Borracha de silicone é um vedante/isolante de superfícies e foi o composto analisado num recente estudo do Journal of Hospital Infection onde se pretendia determinar o tempo de vida do vírus em diferentes superfícies. Este material não é utilizado em quaisquer lentes de silicone hidrogel, pelo que a sua associação às lentes de contato é errada.

Apesar disto, aconselha a APLO, "na pandemia atual e como sempre, devem ser sempre observadas todas a regras essenciais para uma utilização segura de lentes de contacto:

  • Lavagem das mãos correta antes e depois da manipulação das lentes de contacto; Respeito pelo período de uso e descarte das lentes de contacto, assim como as rotinas de limpeza;
  • Ao menor sinal de inflamação ou desconforto, interromper o uso;
  • Substituição frequentemente do estojo e restantes utensílios utilizados no manuseamento das lentes de contacto".
  • O seu Optometrista está sempre disponível para prestar todas as informações necessárias. Em caso de dúvida, contacte-o por telefone ou meios eletrónicos. Ele dará instruções sobre como proceder em função do seu caso.

Para sua segurança e segurança de todos, evite sair der casa. Respeite o isolamento e distanciamento social tal como indicado pela Direção-Geral de Saúde.

 

 

 

 

 

DGS
A Direção-Geral da Saúde (DGS) recomenda um reforço da higiene após a saída do isolamento por causa do risco de o vírus sair...

“Devido à crescente evidência de excreção do vírus através das fezes de doentes em fase de convalescença, particularmente nas crianças, recomenda-se um reforço da higiene pessoal após libertação do isolamento”, aconselha a DGS.

Na orientação divulgada, dirigida aos profissionais do sistema de saúde, a DGS diz ainda que as pessoas sujeitas a isolamento por causa do novo coronavírus só podem ser libertadas dessa condição depois de não apresentarem quaisquer sintomas e de as amostras do trato respiratório serem negativas.

Na nota, a autoridade de saúde explica ainda que os critérios para a declaração completa da eliminação do vírus e resolução da doença Covid-19 implicam pelo menos duas amostras negativas do trato respiratório superior, colhidas com um intervalo de 24 horas.

Nesta orientação, a DGS informa que todas as amostras duvidosas ou que necessitem de análise complementar devem ser enviadas ao Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe e outros Vírus Respiratórios do Departamento de Doenças Infeciosas, do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge.

 

Programa Nacional de Vacinação
A Direção-Geral da Saúde (DGS) reforça que a vacinação no âmbito do Programa Nacional de Vacinação (PNV) é uma medida de saúde...

De acordo com o comunicado divulgado pela DGS, perante a necessidade de adotar medidas de carater excecional e temporário para prevenção da transmissão da infeção por COVID-19, a DGS estabelece as seguintes prioridades de vacinação:

  • Vacinação recomendada até aos 12 meses de idade, inclusive. As crianças devem cumprir atempadamente a vacinação recomendada no primeiro ano de vida, que confere proteção precoce contra onze doenças potencialmente graves.
  • Aos 12 meses, as vacinas contra o meningococo C e contra o sarampo, papeira e rubéola são muito importantes. A situação epidemiológica do sarampo a nível mundial não permite adiar esta vacina.
  • Às crianças que têm estas vacinas em atraso, recomenda-se a vacinação o mais brevemente possível.
  • Deve contactar a sua Unidade de Saúde.
  • Vacinação BCG das crianças com risco identificado de tuberculose grave, de acordo com Norma da DGS
  • Vacinação de doentes crónicos e outros grupos de risco no âmbito do PNV
  • Grávidas – Devem procurar ativamente a vacinação contra a tosse convulsa, que tem como objetivo a proteção do bebé nos primeiros meses de vida. A vacinação poderá ser adiada, mas nunca para além das 28 a 32 semanas de gestação. Deve contactar a sua Unidade de Saúde.

Poderá consultar o esquema vacinal recomendado do PNV no site da DGS e deverá verificar o registo vacinal no Boletim Individual de Saúde ou no Portal do SNS.

 

Ajudar sem sair da casa
A Associação Dignitude, promotora do Programa abem: Rede Solidária do Medicamento, lançou a Emergência abem: COVID-19, para...

A embaixadora da Associação Dignitude esclarece que a iniciativa pode ser alargada a novos beneficiários, referenciados por entidades parceiras locais como Câmaras Municipais, Juntas de Freguesia, IPSS, Cáritas e Misericórdias. Pessoas que, no momento atual, apresentam necessidades específicas, decorrentes da pandemia do novo coronavírus e do Estado de Emergência declarado no dia 18 de março.

Para responder a este desafio foi criado o Fundo Emergência abem: COVID-19, para o qual todos os portugueses são convidados a contribuir, na certeza de que todos os donativos efetuados são exclusivamente utilizados na aquisição de medicamentos, produtos e serviços de saúde para quem mais precisa. É possível ajudar com um donativo no Website www.abem.pt ou por transferência bancária, para o IBAN: PT50.0036.0000.99105930085.59

O Fundo arranca com um primeiro donativo da Associação Dignitude e da Fundação AGEAS, que contribuem com 25.515,58 €.

“Apelamos à solidariedade dos portugueses”, diz Maria de Belém Roseira. “Estamos a travar uma batalha à escala global a que ninguém pode ficar indiferente. Todos somos afetados pela pandemia COVID-19 e todos somos poucos para dar resposta a esta situação”, sublinha.

Iniciativa apoiada pela Portugal Inovação Social, através de Fundos da União Europeia.

 

Causas, sintomas e tratamento
Bastante frequente, e quase sempre de resolução espontânea, o terçolho ou hordéolo corresponde a uma
Olho com terçolho

Vulgarmente conhecido como "terçolho", um hordéolo não é mais do que um abcesso palpável, avermelhado e doloroso que se forma na pálpebra em resultado da obstrução de uma ou mais glândulas sebáceas, localizadas no bordo ou espessura das pálpebras. À medida que ocorre a acumulação de líquido sebáceo, o abcesso aumenta de tamanho e torna-se cada vez mais sensível.

Entre as causas, o médico oftalmologista Eugénio Leite, destaca a “falta de higiene das mãos ou pálpebras, o uso inadequado e incorreto de cosméticos ou de limpeza dos mesmos”, como sendo as mais frequentes. “Situações de inflamação da raiz das pestanas, blefarite, na sua forma crónica são potenciadoras de provocarem uma disfunção das glândulas e como tal também potenciarem o aparecimento de hordéolos”, acrescenta o especialista.

De acordo com o médico, entre aqueles que estão mais predispostos ao desenvolvimento de hordéolos estão as pessoas com pele mais oleosa, seborreia ou olho seco. Estes são também os que desenvolvem quadros de blefarite crónica. Uma doença frequentemente negligenciada pelos doentes, “sobretudo nas suas fases iniciais”, mas que resulta em processo inflamatórios crónicos que, por ser recorrentes e dolorosos, são difíceis de gerir. O seu tratamento “é simples, contudo muito trabalhoso e moroso, e o doente deve ser disciplinado para obter resultados e boa qualidade de vida”.

Quais os sintomas do terçolho?

Segundo Eugénio Leite, nas suas fases iniciais, o primeiro sintoma é o aparecimento de vermelhidão numa zona na pálpebra. Só depois surge um “nódulo com hipersensibilidade, dor e com pus, de cor amarelada, no centro da zona inchada”. Embora apenas uma parte da pálpebra possa ser afetada, há casos em que “as pálpebras podem inflamar-se de forma totalmente difusa”. Para além disso, “pode haver lacrimejo, sensibilidade à luz (fotofobia) e prurido e sensação de corpo estranho no olho”.

A qualidade da visão só é afetada, excecionalmente, se o hordéolo possuir grandes dimensões, revela o especialista acrescentando que apesar de ser uma doença simples pode, como em tantas outras, apresentar complicações. “Mas a regra diz-nos que um hordéolo, “terçolho”, desaparece com tratamento simples na maioria das vezes. E pode drenar ao fim de 5 a 7 dias, contudo, pode necessitar de mais tempo, até cerca de um mês. Em alguns casos a sua evolução complica-se e tem que se proceder à sua remoção cirúrgica”, esclarece.

Como se trata?

O tratamento médico consiste na aplicação de pomada oftalmológica (antibiótico) na zona afetada durante cerca de 8 a 10 dias, e ao qual se pode juntar “a aplicação de compressas quentes ou máscara de gel sobre as pálpebras por períodos de 15 minutos, duas a quatro vezes por dia, de modo a abrir os poros da pele, liquefazer as secreções e facilitar a drenagem das glândulas”.

No "terçolho" ou hordéolo interno, como a infeção é mais profunda, a aplicação do antibiótico local deve ser coadjuvada com antibióticos orais.

O terçolho não deve ser espremido sob pena de se agravar o quadro e deve manter-se uma higiene cuidada das pálpebras. Por outro lado, durante o tratamento “não se deve utilizar maquilhagem ou lentes de contacto”.

“Nas situações em que o tratamento médico não resulta, é necessário realizar uma pequena cirurgia de modo a facilitar a drenagem do hordéolo ou terçolho, e retirando a cápsula do “terçolho” evitando assim o seu reaparecimento. Mas, tal como foi referido anteriormente este tipo de doença está muitas vezes associado a blefarites e a doenças do filme lacrimal”, explica Eugénio Leite.

Não obstante, como solução e terapêutica mais duradoura, o especialista sugere uma tecnologia inovadora e não invasiva: o E-EYE. “Um dispositivo médico criado especificamente para o tratamento da síndrome do olho seco devido à disfunção das glândulas de meibómios, ou seja, a forma evaporativa e a mais comum”, começa por explicar. Este “utiliza luz intensa pulsada (IPL), a energia, o espectro e o período de tempo são definidos com precisão para estimular as glândulas de meibómios para que elas retomem a sua função normal, promovendo uma melhoria na qualidade da lágrima”.

A eficácia do tratamento aumenta com o número de sessões concluídas, sendo recomendadas, no mínimo, 3 sessões. No entanto, sugere-se que sejam realizadas algumas sessões adicionais de manutenção, de modo a favorecer o quadro clínico do doente.


Este tratamento a laser está indicado para o síndrome do olho seco, cujos principais sintomas são: sensação de corpo estranho (“areias”), ardor, picadas, comichão, fotofobia, visão desfocada, secura e vermelhidão

Segundo o especialista esta tecnologia é um método muito eficaz. “Confirma-se 84% de eficácia logo após o primeiro tratamento, com uma taxa de satisfação superior aos 86%. A eficiência está comprovada em olho seco leve, médio e severo, promovendo um alívio dos sintomas até 18 meses e com duração máxima que pode ir dos 3 aos 5 anos”, justifica.

“A maioria dos doentes submetidos a este tratamento referem um alívio dos sintomas bem como uma diminuição ou até a anulação completa da necessidade de aplicar lágrimas artificiais, o que promove, sem dúvida, uma melhoria significativa na sua qualidade de vida”, reforça acrescentado que esta tecnologia não apresenta contraindicações.  Este “é considerado um tratamento indolor e rápido. A única sensação desconfortável é a de «quente» na zona que está a ser tratada”.

O único cuidado a ter após cada sessão é o “uso de protetor solar nas 48 horas seguintes ao tratamento”.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
E apela às empresas de Telecomunicações para apoiarem esta iniciativa
A Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) criou uma linha de atendimento telefónico gratuito para prestar...

“Face à situação de previsível calamidade provocada pela pandemia mundial do COVID-19 e para reduzir a possibilidade de contágio, esta medida é uma atitude preventiva, pois evitará deslocações desnecessárias, inclusive às urgências, e dará resposta às necessidades de uma população de elevado risco, que necessita de manter um bom controlo e não pode ser abandonada nas suas casas”, explica José Manuel Boavida, presidente da APDP.

“Falamos especialmente das  pessoas com mais de 60 anos e com diabetes que devem manter uma quarentena rigorosa, não se deixando infetar e evitando todas as hipóteses de contágio. No entanto, estas pessoas continuam a necessitar que todas as suas dúvidas sejam esclarecidas, nomeadamente sobre os ajustes da própria terapêutica e de um encaminhamento eventual para uma consulta de urgência ou outro tipo de apoio por parte de equipas de saúde”, conclui José Manuel Boavida.

Serão quatro os enfermeiros especializados que darão a voz, o conforto e os cuidados à distância às pessoas com diabetes que recorram a este serviço, prevendo-se a mobilização de mais profissionais ao longo das próximas semanas.

Para que esta iniciativa possa chegar a todos aqueles que dela necessitam, a APDP apela à solidariedade das empresas de telecomunicações para que estas possam apoiar esta linha, bem como as pessoas com diabetes e seus cuidadores que dela necessitam.

O número de telefone é o 21 381 61 61 e, numa primeira fase, estará disponível das 8.00h às 20.00h, incluindo fins de semana.

 

Hospital de campanha
Além de uma sala de Cuidados Intensivos equipada para o efeito, esta Unidade Hospitalar está a preparar todas as condições para...

À entrada, o paciente passará por um processo de triagem smart, numa unidade modular hospitalar de campanha montada para o efeito, onde será submetido a testes cujo resultado fica pronto em menos de 10 minutos. Este resultado permite avaliar o estado clínico e selecionar os doentes por escala de três níveis (de cores branco, laranja e vermelho) segundo a gravidade que apresentam. 

Este processo de triagem smart permite a estratificação de risco inicial e apoio à gestão clínica da necessidade de cuidados. Assim, apoiado no algoritmo de decisão, um doente com risco médio poderá ser alocado a uma cama de cuidados intermédios para vigilância apertada de parâmetros clínicos.

Com capacidade para 240 pacientes por dia, este equipamento inovador vai ser gerido pela empresa portuguesa Biosurfit e totalmente financiado pela cadeia Pingo Doce, num montante de 30 mil euros.

 

 

 

Movimento #ProjectOpenAir
A plataforma vent2life, desenvolvida duas dezenas de voluntários no âmbito do movimento #ProjectOpenAir, estima conseguir...

O movimento #ProjectOpenAir acaba de lançar a plataforma vent2life.eu, que permite a todas as entidades interessadas, públicas ou privadas, coletivas ou individuais, identificar os ventiladores e equipamentos que têm em sua posse, sem utilização ou com necessidades de reparação, para que possam ser reabilitados.

As estimativas dos fundadores do movimento apontam para a possibilidade de se conseguirem recuperar 200 ventiladores, atualmente inoperacionais, que se encontram em diferentes locais do país. Alguns já foram inclusivamente identificados e já se encontram a ser analisados por especialistas, para voltarem ao serviço.

Os especialistas foram convidados a participar pela Ordem dos Engenheiros Portugueses, pelo Instituto Superior de Engenharia do Porto e pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, que desde cedo se prontificaram a ajudar na concretização do projeto. Também a Nova Medical School se juntou à iniciativa, mobilizando as escolas médicas portuguesas para apoiarem no contacto mais eficaz com as administrações hospitalares.

Trata-se, portanto, de um ecossistema que liga doadores de equipamentos, com especialistas capazes de assegurar a sua recuperação e as unidades de saúde beneficiárias.

Para introduzirem os equipamentos na plataforma, os interessados têm apenas de se dirigir ao site e preencher o formulário indicado. Já os especialistas que avaliam a condição dos equipamentos têm de dar provas das suas competências, após submeterem a informação. Essa avaliação é feita pela equipa de gestão da vent2life.

Plataforma desenvolvida por voluntários

A plataforma foi desenvolvida em cerca de uma semana, por um grupo de 24 voluntários, muitos a trabalhar em regime pós-laboral, aos quais se juntou uma equipa da OutSystems, também em regime de voluntariado, que assegurou o apoio técnico e toda a programação do sistema. De acordo com os fundadores do movimento, o trabalho conjunto desta equipa equivaleria a um investimento na ordem dos 200.000 Euros se o projeto tivesse um caráter comercial.

Organizações indicam os equipamentos que têm em sua posse

Espera-se agora que muitos mais equipamentos possam ser introduzidos na plataforma, para que as unidades de saúde portuguesas possam ser reforçadas com um equipamento fundamental no tratamento de doentes graves infetados com o COVID-19.

Recorde-se que o #ProjectOpenAir surgiu pela vontade de um conjunto de voluntários contribuírem para a luta contra o COVID-19, reunindo esforços que permitam dotar os profissionais de saúde dos meios técnicos necessários para prestar os melhores cuidados.

 

Acesso livre
A Sociedade Portuguesa de Cardiologia organiza amanhã dia 25 de março, pelas 21h, um webinar dedicado à pandemia de COVID-19 e...

A moderação do webinar estará a cargo do Presidente da SPC e será de acesso livre, não sendo necessário qualquer registo. O evento pretende esclarecer e elucidar os participantes sobre o impacto do COVID-19 na saúde e no dia-a-dia dos doentes cardiovasculares.

O webinar terá o seguinte programa:

A infeção COVID-19 e o sistema cardiovascular – Jorge Ferreira;

Diagnosticar atingimento cardiovascular na infeção por COVID-19. Há medicamentos a evitar? Há medicamentos promissores? – Regina Ribeiras;

Que organização hospitalar para acompanhamento de doentes com infeção COVID-19? Como proteger os profissionais? – Cristina Gavina;

Como proceder nas Síndromes Coronárias Agudas em doentes com infeção por COVID-19 – João Brum Silveira;

Para participar no evento bastará, amanhã às 21h, aceder ao seguinte link.

 

Ferramenta digital
Chama-se “Vamos ser Pais! - Curso Online” e destina-se a mães (e pais) que estão em quarentena ou em isolamento profilático por...

Através do site www.vamosserpais.pt os futuros pais podem aceder a 15 aulas que abordam os aspetos essenciais da gravidez, parto, amamentação, cuidados no pós-parto e com o recém-nascido, e disponibiliza, também, material de apoio detalhado, assim como perguntas e respostas mais frequentes. Neste curso são abordadas questões práticas, teóricas e técnicas relacionadas com a gravidez e o bebé, mas também, com a dinâmica do casal e da família.

José Almeida Bastos, Administrador e Diretor Geral de Operações Comerciais da BIAL revela que “a gravidez é uma altura de intensa alegria, sonhos e expectativas e, dado o momento de preocupação e incerteza causados pela evolução da COVID-19 em Portugal, concretamente junto das grávidas, grupo que requer maior distanciamento social, consideramos que a nossa área da saúde materno-infantil tem uma responsabilidade social acrescida e que a disponibilização deste curso seria relevante”.

José Almeida Bastos, acrescenta que “na BIAL, “acreditamos que todos temos um papel ativo no controlo desta pandemia e com este curso online esperamos estar a contribuir para dar alguma “normalização” à vida social das grávidas, que momentaneamente se encontram impedidas de vivenciar determinadas experiências, como a frequência dos cursos de preparação para o parto”.

Sendo uma ferramenta digital, todas as grávidas e acompanhantes podem aceder ao site do curso, desenvolvido por uma equipa de enfermeiros especialistas em saúde materna e obstetrícia com o objetivo de transmitir informações relevantes e esclarecer dúvidas, para que os pais possam tirar o maior proveito desta nova fase.

 

 

Em 2018 morreram 1,5 milhões de pessoas
Assinala-se hoje o Dia Mundial da Tuberculose, uma doença que, “atualmente, tem ainda uma elevada morbimortalidade, pelo que,...

Transmitida por via área, e tendo como principais sintomas febre vespertina, emagrecimento, suores noturnos e tosse persistente (superior a mais de duas semanas consecutivas), de acordo com a Organização Mundial de Saúde, em 2018, esta doença foi responsável pela morte de 1,5 milhões de pessoas. “Os grupos mais afetados são os das populações com menores rendimentos e aqueles em situações mais vulneráveis, incluindo as pessoas infetadas pelo VIH, para as quais a tuberculose é a principal causa de morte”, esclarece o médico pneumologista.

Quanto à incidência em Portugal, no ano de 2018, foi de 15,4 por 100 mil habitantes. Segundo António Domingos, “temos assistido a uma diminuição da notificação de tuberculose nos últimos anos, embora haja uma grande assimetria no nosso país. Os distritos de Porto e Lisboa, centros de elevada concentração populacional, têm uma taxa mais elevada - em 2018 estavam acima dos 20 casos por 100 mil habitantes e, por exemplo, só o concelho da Amadora atingia uma cifra superior a 40 casos por 100 mil habitantes.”

O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são, para o especialista, dois dos principais pilares para que se possa diminuir o número de casos no nosso país. “O diagnóstico é fácil, tem tratamento eficaz, embora prolongado e com alguns efeitos secundários, e é importante apostar-se nisto para se conseguir diminuir os números e caminhar para uma erradicação da doença a médio-longo prazo”, conclui António Domingos.

 

 

Covid-19: Portugal AVC alerta para as alterações na vida dos sobreviventes
Face à situação excecional que se vive e ao aumento de casos registados de contágio de COVID-19, bem
Idoso com a mão na cara

Os sobreviventes de AVC demonstram uma forte preocupação com a interrupção prolongada das terapias (fisioterapia, terapia ocupacional, terapia da fala, entre outras) para a generalidade deles, que em muitos dos casos terá consequências não reversíveis, o que quer dizer condenar a uma maior degradação da funcionalidade e da qualidade de vida.

Por outro lado, a grande dificuldade em manter uma atividade física regular, e o ainda maior isolamento a que estão expostos os sobreviventes de AVC, podem criar ou agravar complicações, antes de mais do foro psicológico.

“Sabemos que os aspetos focados podem ser, para os sobreviventes de AVC, o equivalente a falta de medicamentos noutras patologias. Desta forma, a sua privação é particularmente significativa”, explica António Conceição, presidente da associação. “É urgente que estratégias alternativas sejam ponderadas para o sobrevivente de AVC. Apelamos às autoridades de saúde para que as limitações sejam apenas as essenciais no atual quadro”, acrescenta.

A Portugal AVC chama também a atenção para a importância da Via Verde, quando ocorre o AVC. “É essencial que se mantenha plenamente funcionante, pelo seu enorme impacto na recuperação da funcionalidade e na diminuição da mortalidade. E que a população saiba que, mesmo no período de exceção que vivemos, deve de imediato ligar para o 112, quando acontece”, diz ainda o presidente da associação.

O Acidente Vascular Cerebral, com cerca de 25 mil episódios de internamento por ano, é a maior causa de incapacidade no nosso país, atingindo todas as idades e géneros. Entre as múltiplas sequelas possíveis estão as físicas e motoras (mais visíveis), mas também as consequências na capacidade de comunicação, no campo cognitivo, psicológico, de visão, entre outros.

A Portugal AVC tem divulgado na sua página do Facebook (@PT.AVC) e no site (www.portugalavc.pt) várias formas de os sobreviventes de AVC aproveitarem todas as oportunidades para fazerem exercício, e adotarem hábitos de uma vida o mais possível ativa, sem sair de casa.

Assinalando o Dia Nacional do Doente com AVC, a associação pretende também demonstrar que há vida após o AVC. Sendo essencial que, cada vez mais, se olhe para o sobrevivente, e se favoreça uma maior e melhor integração familiar, social e profissional.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

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