Solidariedade
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) lançou a iniciativa «Mensagem H2 – MSH2», que consiste em fazer chegar a...

De acordo com o CHUC, a iniciativa insere-se no «Projeto H2 – Humanizar o Hospital», criado para atenuar a situação de isolamento em que se encontram os doentes internados, salientando que a "situação criada pela pandemia covid-19 veio introduzir alterações profundas na realidade hospitalar".

"Atualmente, um dos aspetos mais preocupantes no que diz respeito à humanização dos cuidados hospitalares é a situação de grande isolamento em que se encontram os doentes infetados, nomeadamente nas unidades de cuidados intensivos ou intermédios, obrigatoriamente afastados do contacto familiar durante várias semanas", salienta o centro hospitalar em comunicado.

Por outro lado, acrescenta, "a situação idêntica também se verifica com os doentes internados por outras patologias, uma vez que as atuais regras de gestão clínica obrigam a uma marcada limitação (ou mesmo proibição) das visitas".

Desenvolvimento do projeto será «progressivo e dinâmico»

De acordo com o CHUC, o desenvolvimento da iniciativa «MSH2» do «Projeto H2» será progressivo e dinâmico, dividido em duas fases distintas: a primeira, focada principalmente nos doentes covid-19, e a segunda, em que serão também abrangidos os doentes internados com outras patologias.

"A dinâmica da sua progressão será ajustada de acordo com o que a prática vier a aconselhar", adianta o comunicado, referindo que, "para os doentes e para as respetivas famílias, esta situação de isolamento e afastamento é, naturalmente, geradora de grande angústia e sofrimento".

A iniciativa MSH2, que recebeu parecer favorável da Comissão de Ética do CHUC, funciona através de um sistema de mensagens em suporte digital, com acesso através da página institucional do centro hospitalar na Internet, conclui o CHUC.

 

Hospitais
O Hospital Dr. Francisco Zagalo – Ovar (HFZ-Ovar) registou no último fim-de-semana os dois primeiros pacientes recuperados da...

“Em ambos os casos cumpriram-se os critérios de estabilidade clínica para obterem alta hospitalar. Ou seja, evoluíram para uma melhoria clínica (resolução, sobretudo, dos sintomas respiratórios), não tiveram febre durante pelo menos três dias (sem estarem a fazer a respetiva medicação para a temperatura) e realizaram dois testes negativos num intervalo de 24 horas”, explicou a médica Inês Costa, a trabalhar na enfermaria dedicada à Covid-19 do HFZ-Ovar.

Os dois doentes infetados – um homem de 74 anos, internado desde 17 de março, e uma mulher de 62 anos, internada desde 19 de março – fizeram tratamento com antipalúdico, recorrendo-se à hidroxicloroquina, um fármaco usado há muitos anos no tratamento de doenças reumatológicas e que está a ser aplicado, em Portugal, em pacientes com Covid-19.

Refira-se que, de acordo com o HFZ-Ovar, neste momento, a unidade hospitalar tem 16 camas ocupadas com doentes com infeção pelo novo coronavírus que não exigem cuidados intensivos.

O hospital – com os poucos recursos de que dispõe – teve de se organizar muito rapidamente, abrindo um serviço dedicado a doentes em Covid-19”, vincou Inês Costa, salientando, porém, que “o trabalho que está a ser desenvolvido é sustentável e bem alicerçado naquilo que são as melhores práticas nacionais e internacionais. Nesse pressuposto, estamos a fazer um esforço por manter essa lógica”, acrescentou a clínica.

 

Covid-19
A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) criou uma linha de resposta a necessidades sinalizadas por instituições dos...

As instituições com necessidades de apoio podem contactar a ESEnfC, para o email [email protected]. Desta forma, a ESEnfC e os seus alunos estão, também, a corresponder ao apelo do país para o reforço de emergência às instituições públicas e do terceiro setor, com atividade na área social e da saúde, durante a pandemia da doença COVID-19.

Com vista à melhor articulação desta iniciativa, a ESEnfC partilhou esta bolsa de voluntários com o Instituto de Emprego e Formação Profissional.

Apelo à oferta de equipamentos de proteção e de alojamento para voluntários deslocados

Neste exercício de cidadania, a ESEnfC recomenda aos estudantes, assim como às instituições beneficiárias, a condição da existência de equipamentos de proteção individual. Com vista a incrementar a disponibilidade destes equipamentos, a ESEnfC apela à cooperação de particulares, empresas e instituições parceiras, sob a forma de mecenato social, para a doação de equipamentos ou outro tipo de apoios para reforço da segurança dos estudantes voluntários.

No imediato, o pedido de colaboração situa-se ao nível do fornecimento de equipamentos de proteção individual (máscaras, luvas, óculos...) e da disponibilização de quartos (pensões, hotéis ou equipamentos de alojamento local) para repouso dos prestadores de auxílio, sempre que necessário: concretamente, nas situações em que o apoio requerido vier a implicar deslocações para zonas do país distantes da cidade de Coimbra ou do local de residência dos estudantes voluntários.

Quem quiser cooperar poder canalizar as ofertas para a Escola Superior de Enfermagem de Coimbra e mostrar a disponibilidade de cedência de alojamento gracioso, também para o email [email protected].

 

Quanto mais dormir, melhor
Sempre que se aproxima uma onda de gripe, são várias as dicas de saúde que começam a surgir.
Mulher deitada na cama

Por que é que o sono é tão importante para o bom funcionamento do sistema imunológico? Qual o papel do sistema imunológico na saúde?

Felizmente, a tendência da privação do sono em prol do sucesso está a diminuir. Em vez disso, o sono tornou-se um símbolo de status de tendência: quanto mais se dorme, melhor. Este é um desenvolvimento bastante importante, porque uma noite de sono de qualidade também fortalece o nosso sistema imunológico. Um sistema imunológico que funcione bem é a espinha dorsal da nossa saúde, é essencial para a nossa defesa contra vírus, como muitos estudos independentes por todo o mundo demonstram.

Os vírus infetam as nossas células acoplando-se às proteínas da superfície e injetando a sua própria matéria. Como resultado, a produção das nossas próprias células é invadida e começa a produzir mais e mais vírus. Quando este processo é concluído, a célula infetada morre e liberta esses novos vírus que, por sua vez, infetam outras células. No entanto, somos regularmente expostos a uma variedade de vírus e o nosso sistema imunológico tem as suas próprias funções de proteção. Membros proeminentes das nossas defesas internas são as chamadas células assassinas naturais - um tipo de glóbulos brancos. Estas detetam as células infetadas e param a sua atividade ou removem-nas antes que novos vírus sejam reproduzidos.

Para termos células assassinas naturais suficientes no corpo, o sono é de extrema importância. Se dormimos pouco regularmente, somos muito mais suscetíveis a doenças e infeções. Investigadores estudaram como é que o número de glóbulos brancos (células assassinas naturais) se desenvolve sob privação de sono. Resultado: os grupos de teste que dormiram apenas quatro horas em vez de oito tiveram uma redução na proporção das suas células assassinas naturais em 70%. Esta é uma descoberta impressionante e um apelo claro para garantir sempre um sono de qualidade.

Quantas horas devemos dormir por noite e quando devemos ir para a cama?

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda entre sete a nove horas de sono por noite. Ao contrário da crença popular, não é possível compensar o sono perdido. Não há um horário uniforme ou ideal para ir para a cama. Mas existe o relógio biológico interno - chamado pelos biólogos de cronógrafo - o ritmo circadiano. Durante o ciclo dia-noite da Terra, este relógio interno é sincronizado repetidamente. No entanto, a sincronização dos nossos relógios internos é muito individual, o que explica a existência de madrugadores e pessoas que preferem acordar tarde.

Além do ritmo circadiano, os bioquímicos também nos afetam quando estamos cansamos. No líquido cefalorraquidiano, esses compostos bioquímicos acumulam-se no corpo durante o dia e aumentam o nosso desejo de dormir. Por outro lado, enquanto dormimos, estas substâncias são decompostas. Um dos bioquímicos mais importantes é a adenosina. A adenosina inibe as “áreas ativas” do cérebro e provoca-nos o sentimento de cansaço. A cafeína atua como um inibidor da adenosina. Como a cafeína tem um período ativo de seis a oito horas antes de ser completamente degradada, deve ser evitada a partir do final da tarde.

O que mais pode ser feito para promover um bom sono?

Antes de mais, gostaria de destacar o relógio interno e a sua ligação com a luz e o escuro. O relógio interno é amplamente controlado pela melatonina. Os recetores dos nossos olhos são sensíveis à luz azul e sinalizam ao cérebro que é de dia e, por isso, devemos estar alertas e acordados. Para que a melatonina mantenha um ciclo saudável de sono/ vigília, telemóveis ou computadores, por exemplo, devem ser utilizados apenas até duas horas antes da hora de dormir. Para além deste, existe outro motivo: estudos comprovam que atividades online, como contatos sociais ou consulta de notícias atuais, podem impedir que estejamos calmos e relaxados adormecer.

Eu também recomendo dormir a uma temperatura ambiente de cerca de 19°C e beber mais água durante o dia do que à noite. Abraçar algo quente ou tomar um banho também pode melhorar a rapidez e facilidade com que adormecemos. O calor dilata os vasos sanguíneos nas mãos e nos pés. Parece paradoxal, mas isso liberta o excesso de calor corporal, e é exatamente isso que o corpo precisa para adormecer e dormir.

Devido à situação que vivemos atualmente, que cuidados é que as pessoas que estão a praticar teletrabalho devem ter em relação ao sono?

As pessoas que tiveram de montar o seu escritório em casa devem idealmente escolher um local fora do quarto ou, pelo menos, um canto separado para trabalhar. Recomendamos áreas compartimentadas para a rotina diária e para o trabalho, e locais para descanso e lazer. Isto também se aplica a horários - embora não deva sair de casa, é importante separar o horário de trabalho dos intervalos e, conscientemente, terminar o período de trabalho a uma hora estipulada.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Covid-19
A disponibilidade contínua de medicamentos, em especial aqueles que são utilizados para tratar doentes com COVID-19, está a...

Alguns Estados-Membros da UE indicaram que está a começar a haver escassez de certos medicamentos utilizados para o tratamento de doentes com COVID-19 ou esperam que essa escassez ocorra muito em breve. Estes incluem medicamentos usados em unidades de terapia intensiva, como certos anestésicos, antibióticos e relaxantes musculares, bem como medicamentos que têm vido a ser utilizados na covid-19. Por conseguinte, as autoridades da UE estão a colocar em prática medidas adicionais para mitigar o impacto da pandemia na cadeia de fornecimento de medicamentos de forma coordenada.

O número de escassez de medicamentos aumentou nos últimos anos e a questão é agravada nesta pandemia por vários fatores, como por exemplo, o bloqueio em fábricas devido à quarentena, problemas logísticos causados pelo encerramento das fronteiras, proibições de exportação, bloqueios em países terceiros que fornecem medicamentos para a EU ou aumento da demanda devido ao tratamento de pacientes COVID-19. Para evitar escassez de produtos, alguns Estados-Membros impuseram restrições ao número de pacotes que podem ser prescritos aos pacientes ou comprados pelos cidadãos.

Para ajudar a mitigar as interrupções no fornecimento, o Diretor Executivo da UE do Grupo sobre a Escassez de Medicamentos Causados por Grandes Eventos, que fornece liderança estratégica para ações urgentes e coordenadas sobre a escassez dentro da UE nesta pandemia, está atualmente a criar, juntamente com a indústria farmacêutica, um sistema, o sistema i-SPOC (único ponto de contato da indústria), para acelerar a interação sobre a escassez entre a indústria e o Grupo. Com este sistema, cada empresa farmacêutica reportará diretamente à Agência Europeia de Medicamentos, tanto para medicamentos autorizados centralmente quanto nacionalmente, escassez antecipada ou escassez atual de medicamentos críticos utilizados no contexto do COVID-19. Ressalta-se que, paralelamente, essas empresas continuarão reportando tais carências às autoridades competentes nacionais em causa.

O sistema i-SPOC, semelhante à rede single point of contact (SPOC) criada em 2019 entre a EMA (Agência Europeia de Medicamentos) e as autoridades competentes nacionais para compartilhar informações sobre a escassez de medicamentos, baseia-se na nomeação de um i-SPOC em cada empresa farmacêutica, que alimentará informações sobre a atual ou antecipada escassez de medicamentos relacionados ao COVID-19 à EMA. Este novo mecanismo permitirá uma melhor supervisão das questões de abastecimento em curso, independentemente da rota de licenciamento e um fluxo mais rápido de informações com a indústria farmacêutica com o objetivo de mitigar e, se possível, prevenir escassez no contexto dos medicamentos COVID-19.

No contexto da pandemia, a EMA e a rede da UE estão considerando medidas de mitigação, como ações regulatórias para apoiar o aumento das capacidades de produção, por exemplo, através da aceleração da aprovação de uma nova linha de produção ou local. Também estão em curso discussões com a indústria farmacêutica para aumentar a capacidade de produção de todos os medicamentos utilizados no contexto do COVID-19 e, em particular, para medicamentos potencialmente em risco de escassez de suprimentos.

Além disso, as autoridades europeias estão a considerar áreas onde as regras regulatórias poderiam ser aplicadas com maior flexibilidade durante a pandemia para garantir o fornecimento de medicamentos críticos. Embora a escassez de medicamentos seja tratada a nível nacional pelas autoridades competentes nacionais, a EMA foi convidada a assumir o papel de coordenadora central para apoiar ativamente as ações de prevenção e gestão dos Estados-Membros durante esta extraordinária crise de saúde. Trata-se de um novo tipo de atividade que não pode fazer uso dos mecanismos existentes e significa que a Agência tem que colocar em prática novos processos ad hoc e priorizar recursos para essa atividade. A Agência tem, por exemplo, recolhido proativamente informações dos Estados-Membros para monitorizar ou antecipar a escassez de nível da UE em ambientes hospitalares. Também se relacionou com os Estados-Membros sobre como a proibição de exportação de 14 substâncias ativas (APIs) emitidas pelas autoridades indianas impacta a disponibilidade de certos medicamentos nos Estados-Membros.

Medicamentos
A Comissão Europeia aprovou a utilização do ácido bempedóico e a sua combinação fixa com ezetimiba para o tratamento de adultos...

O ácido bempedóico tem um mecanismo de ação único complementar às estatinas e outras terapêuticas antidislipidémicas, permitindo uma redução adicional do c-LDL sobre as outras terapêuticas antidislipidémicas, quando comparado com placebo. As duas aprovações foram suportadas pelos resultados do programa de estudos CLEAR, realizado com mais de quatro mil doentes com risco cardiovascular elevado ou muito elevado.

“As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte na Europa, matando mais de quatro milhões de pessoas todos os anos. O c-LDL elevado é uma das principais causas dos ataques cardíacos, AVC’s e outros eventos que podem conduzir à morte” afirmou Alberico L. Catapano, presidente da Task Force das recomendações ESC/EASe, Professor de Farmacologia no Departamento de Ciências Farmacológicas e Biomoleculares na Universidade de Milão. “As recomendações da ESC/EAS indicam a redução consistente do c-LDL de forma a minimizar o risco cardiovascular. A aprovação do ácido bempedóico e a sua combinação fixa com ezetimiba oferece uma nova e importante opção de tratamento que pode ser associada a outras terapêuticas antidislipidémicas para ajudar a reduzir o c-LDL nas pessoas com maior risco de ocorrência de ataque cardíaco ou AVC”.

O ácido bempedóico é um tratamento novo, de primeira linha, económico, que reduz o colesterol e que pode ser combinado com outros tratamentos para uma maior otimização destes valores.  Permite uma redução adicional do c-LDL até 28% em relação a outras terapêuticas antidislipidémicas (corrigido por placebo) sendo um inibidor da adenosina trifosfato citrato liase (ACL), uma enzima que é responsável pela produção de colesterol no fígado.

O comprimido de uma associação fixa de ácido bempedóico e ezetimiba que combina duas formas complementares de redução dos níveis de colesterol de uma forma conveniente, tomado uma vez ao dia, potencia a adesão ao tratamento pelos doentes também pela diminuição do número de comprimidos a tomar. O ácido bempedóico inibe a produção de colesterol no fígado enquanto a ezetimiba reduz a absorção do colesterol dietético no intestino. Num ensaio clínico de fase 3, quando comparado com placebo, esta substância ativa permitiu uma redução de 38% do c-LDL em doentes de alto risco que já tomavam a dose máxima tolerada de estatinas.

A análise de segurança, envolvendo mais de 3600 doentes, confirmou que o ácido bempedóico é bem tolerado e, no geral, as taxas de eventos adversos foram similares às do grupo placebo. Devido ao seu novo mecanismo de ação, o ácido bempedóico não é ativado no sistema músculo-esquelético o que diminui potencialmente a ocorrência de eventos adversos relacionados com o tecido muscular.

Até à data verifica-se que 80% dos doentes não atingem os valores de c-LDL definidos pelas recomendações ESC/EAS mesmo sob terapêuticas, tais como as estatinas, e consequentemente têm um risco acrescido da ocorrência de um ataque cardíaco ou AVC.

Saúde mental
Criada em parceria com Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, a Fundação Calouste Gulbenkian e a Ordem dos Psicólogos...

A Linha de Aconselhamento Psicológico conta com 63 novos psicólogos que prestam aconselhamento quer a profissionais de saúde, proteção civil e forças de segurança, quer à população em geral.

Este novo serviço como objetivos “ajudar a uma melhor gestão de emoções como o stress, a ansiedade, angústia, medo; promover a resiliência psicológica e reforçar o sentimento de segurança da população e dos cuidadores encaminhando para entidades de apoio emergente em caso de necessidade”.

Na fase inicial de funcionamento, este projeto vai ser acompanhado por uma comissão que irá otimizar a integração e articulação com a rede de serviços de Saúde Mental.

A Fundação Calouste Gulbenkian, no âmbito do Fundo de Emergência COVID-19 e em linha com prioridade que sempre deu à saúde mental, contribuiu com um montante de 300 mil euros.

A Ordem dos Psicólogos prestou o seu contributo na conceção e desenho da linha, na formação dos profissionais e ainda na supervisão clínica do serviço.

O SNS 24 reforça, assim, uma das suas missões, que passa por assegurar melhor acessibilidade à saúde e maior eficiência na gestão dos recursos, prestando mais apoio aos cidadãos, designadamente a lidar com o isolamento e os problemas de saúde mental associados, no momento crítico que o país atravessa.

 

 

Covid-19
O avião da TAP fretado pelo Estado português, com 20 toneladas de equipamento e material médico proveniente de Pequim,...

O Airbus A330-941 chegou a Lisboa também com um milhão de máscaras cirúrgicas, 6.680 máscaras FFP2, 17 mil fatos de proteção e três mil viseiras.

“Sinalizamos neste dia a chegada ao nosso país da primeira entrega de novos ventiladores no âmbito do plano de reforço da capacidade em que temos vindo a trabalhar intensamente, em articulação com várias áreas governativas. Além da Saúde, os Negócios Estrangeiros, os Assuntos Fiscais, Economia e Defesa”, afirmou a Secretária de Estado Adjunta e da Saúde, Jamila Madeira.

“Num contexto de grandes exigências no mercado internacional por todos conhecidas, com o contributo inestimável de várias entidades privadas e com a valiosa intervenção do melhor da nossa diplomacia, está a ser possível fazer chegar a Portugal este equipamento que é, como sabemos, imprescindível no sucesso do combate a esta pandemia e, acima de tudo, para salvar vidas”, acrescentou Jamila Madeira.

Entre os doadores do material destacam-se a EDP, a empresária Ming-Chu Hsu, a REN, o ISCTE, a câmara de Vizela e o treinador de futebol Vítor Pereira.

O material vai ser distribuído por várias unidades hospitalares de todas as regiões do país.

 

Universidade de Coimbra
Dois grupos de investigadores da Universidade de Coimbra (UC) obtiveram financiamento para o estudo de doenças do cérebro e do...

O projeto DYNABrain, uma ERA Chair, visa o recrutamento para o Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra (CNC-UC) de um grupo de investigação de excelência na área de Neurociências de Sistemas e Computacionais, aplicadas ao estudo de doenças neuropsiquiátricas e neurodegenerativas. Adicionalmente, prevê a criação de um programa doutoral em Neurociências Integrativas para a formação de investigadores de topo nesta área de investigação. O projeto é coordenado por Ana Luísa Carvalho, líder de grupo no CNC-UC e professora no Departamento de Ciências da Vida (DCV) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC).

"O projeto DYNABrain recrutará um grupo de investigação na área de Neurociências de Sistemas, e capitaliza na excelente capacidade de investigação existente na UC na área de Neurociências Celular e Molecular e no estudo de Doenças do Cérebro", refere Ana Luísa Carvalho.

"A área de Neurociências de Sistemas tira partido de avanços tecnológicos recentes que permitem identificar circuitos e redes neuronais na base do comportamento, e de que forma alterações na sua atividade estão relacionadas com doenças neuropsiquiátricas e com a fase inicial de doenças neurodegenerativas. O DYNABrain permitirá ainda otimizar a formação avançada na área de Neurociências na UC", explica.

Já o projeto RESETageing, que tem como coordenador nacional o investigador Lino Ferreira, líder de grupo no CNC-UC e investigador coordenador na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), foi financiado na categoria Twinning, permitindo a várias instituições, com diferentes competências e indicadores de desempenho, partilhar as melhores práticas entre si.

Este projeto tem como objetivo potenciar as competências científicas e de inovação da Universidade de Coimbra na área do envelhecimento cardiovascular, uma vez que as doenças cardiovasculares são a principal causa de morbilidade/mortalidade em Portugal. Colaboram no RESETageing três parceiros internacionais com elevado conhecimento na área do envelhecimento: a Universidade de Newcastle upon Tyne (Reino Unido), a Universidade de Maastricht (Países Baixos) e o Leibniz Institute on Aging - Fritz Lipman Institute (Alemanha).

Lino Ferreira nota que "o envelhecimento demográfico na Europa, e em particular em Portugal, tem vindo a acentuar-se ao longo dos anos. Em Portugal, por cada 100 jovens existem atualmente 154 idosos (em 1960 existiam apenas 27), por outro lado a esperança média de vida aumentou cerca de 7 anos no mesmo período. Hoje uma pessoa com 65 anos vive, em média, mais 20 anos, no entanto apenas 7 desses anos são anos de vida saudável. Durante os restantes anos as pessoas sofrem múltiplas doenças e incapacidades, que têm um impacto significativo quer no seu bem-estar, quer nas economias das diferentes sociedades".

"Este é o segundo projeto de tipologia Twinning no âmbito do programa Horizonte 2020 que a Universidade de Coimbra consegue captar financiamento, ambos na área das doenças cardiovasculares", conclui o investigador.

Segundo Cláudia Cavadas, vice-reitora da UC para a área da investigação, "estes dois projetos vão permitir potenciar a investigação de excelência na Universidade de Coimbra, nomeadamente na área das neurociências e no envelhecimento cardiovascular. Este financiamento vai ainda contribuir para formar uma nova geração de jovens investigadores nessas áreas científicas, com uma componente de formação avançada noutras competências, nomeadamente relacionadas com a inovação e empreendedorismo".

 

Opinião
A doença cardiovascular, como enfartes agudos do miocárdio ou acidentes vasculares cerebrais (AVC) c
Pés com ténis em degraus de madeira

As pessoas com diabetes, colesterol elevado, excesso de peso / obesidade ou hipertensão arterial apresentam um risco elevado de desenvolver doença cardiovascular. O número de pessoas com pelo menos um destes fatores de risco tem vindo a aumentar de forma dramática, em Portugal e no mundo. Atualmente quase um terço dos portugueses são hipertensos ou apresentam excesso de peso e 15% dos doentes são diabéticos.

Estes fatores de risco são, muitas vezes, silenciosos, e é importante estarmos atentos e controlarmos o peso, a tensão arterial e o açúcar no sangue regularmente. O acumular de fatores de risco vai levar ao desenvolvimento de aterosclerose, ou seja, as nossas artérias ‘envelhecem’ precocemente, tornando-nos mais suscetíveis de sofrer um enfarte ou um AVC. Uma pessoa com mais de 60 anos, que fume e apresente hipertensão arterial ou colesterol elevado apresenta um risco superior a 10% de ter um enfarte em 10 anos.

Como podemos melhorar a nossa saúde vascular?

A atividade física é um dos elementos que mais contribui para a redução de risco vascular, principalmente nas pessoas que apresentam outras doenças.

A ideia de que para o exercício físico ser eficaz as pessoas têm que treinar como atletas de alta competição deve ser posta de parte, assim como a ideia do ‘para fazer só isto, mais vale não fazer nada’. Qualquer exercício é mais eficaz do que nenhum exercício. Atividades tão simples como levantar-se da cadeira de trinta em trinta minutos podem ter um impacto significativa na nossa saúde cardiovascular.

A atividade física deve ser adaptada a cada pessoa, e deve ser iniciada de forma gradual, para que seja bem tolerada e não um instrumento de tortura. Não vale a pena pedir a uma pessoa que nunca fez exercício para ir correr a maratona, mas talvez uma caminhada de 30 minutos três vezes por semana não pareça assim tão complicado.

Está documentado também, que a atividade física regular, reduz eficazmente a pressão arterial e a sensibilidade à insulina (que é o primeiro passo para controlar a diabetes).

Qual é a quantidade de exercício ideal para reduzir o risco?

O mais recomendado pelas sociedades europeias e internacionais que se dedicam ao estudo da doença cardiovascular é a realização de 150 minutos de atividade física moderada por semana. O que pode corresponder a uma caminhada diária, acompanhada ou não de treino de musculação (força) ou outras atividades como natação, ioga ou desportos coletivos.

Qual o tipo de exercício mais eficaz?

Todos os tipos de exercício são eficazes para reduzir o risco cardiovascular, mas o ideal parece ser a conjugação de exercício aeróbico (corrida, caminhada) com exercício de força (musculação).

Não perder peso significa que não estou a ser eficaz?

Não. Está comprovado que mesmo não havendo perda de peso, o exercício reduz a percentagem de massa gorda e aumenta a percentagem de massa magra (músculo), pelo que o peso de pode manter, apesar de nos tornarmos metabolicamente mais saudáveis.

Que outras medidas podem ser tomadas?

O exercício só por si já apresenta uma elevada eficácia na redução de risco, no entanto, a conjugação com uma dieta equilibrada, preferencialmente acompanhada por um nutricionista, traz benefício adicional. Não esquecer que a prevenção é o caminho a seguir, para não correr atrás do prejuízo quando a doença já está instalada. Se formos eficazes na prevenção evitamos ou atrasamos a necessidade de intervenções médicas, sejam elas na forma de comprimidos ou cirurgias.

Nesta fase de contingência o que posso fazer?

Com as limitações impostas pelo isolamento social temos que ser mais criativos no que toca ao exercício físico. Numa era de redes sociais, em que estar em casa não significa estar isolado, existem inúmeros programas de exercício online que podemos seguir. Exercício simples como saltar à corda, agachamentos, abdominais, pranchas, burpees, ioga ou alongamentos podem facilmente ser feitos em casa e em família.

É importante dizer também, que quando estamos doentes, com sintomas de COVID-19 ou outros, o importante é descansar e manter a hidratação adequada, não sendo o momento adequado para iniciar um programa de exercício.

O que devo reter deste artigo?

O importante é não estar parado à frente da televisão e do computador, o sedentarismo é o que nos faz perder mais anos de vida, existem alternativas simples para tornar a nossa vida menos sedentária, por isso levante-se e ande, pela sua saúde.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Quarentena
O projeto PsiQuaren10 do ISPA – Instituto Universitário, coordenado pela Professora Ivone Patrão, está a desenvolver um estudo...

As três preocupações atuais mais identificadas são: a saúde (contágio, exposição e evolução negativa da doença), o desemprego e a crise financeira. Ao nível do impacto psicossocial, 58% sente que a quarentena perturbou muito as suas rotinas; 35% sente que a quarentena tem perturbado muito o seu sono e 16% sente que necessita de apoio psicológico para lidar com a quarentena. Ao nível do impacto emocional 51% sentem-se muito ansiosos, 37% sentem-se exaustos; 35% sentem-se irritados e 28% sentem-se muito deprimidos.

Totalizando até à data 317 participantes, 38% destes indicam que sentem mais conflitos familiares agora do que antes da quarentena e na questão do tempo passado online, 85% das pessoas referem agora passar mais horas na Internet.

As maiores necessidades durante a quarentena são o convívio social, a manutenção ou existência de rotinas/ocupação do tempo e preocupações com o exercício físico, saúde e/ou alimentação. 

O projeto PsiQuaren10, com o objetivo de acompanhar os portugueses durante a quarentena, ganhou forma nas redes sociais (Facebook e Instagram). Com esta iniciativa pretende-se fazer uma intervenção psicossocial de curta duração, num momento de crise, promovendo o bem-estar durante e após a quarentena por Covid-19.

O estudo, desenvolvido online, tem por objetivo identificar as necessidades e preocupações dos portugueses para melhor ir ao seu encontro. Além da informação veiculada nas redes sociais de promoção de estratégias para lidar com a situação atual, os utilizadores poderão também contar com consultas online, cumprindo as normas da Ordem dos Psicólogos Portugueses e sendo talhadas às facilidades de acesso de cada um.

 

 

 

O SITEU (Sindicato de Todos os Enfermeiros Unidos) revela que há cada vez menos enfermeiros no Serviço Nacional de Saúde. “Os...

A pandemia Covid-19 está a provocar o caos nos serviços, tendo já alastrado às IPSS, como lares, hospitais privados e cuidados continuados.

Gorete Pimentel, presidente da direção do SITEU, revela que “o défice de enfermeiros no Serviço Nacional de Saúde (SNS) é crónico e denunciado há muitos anos, mas o enorme afluxo de doentes nas últimas semanas está a tornar a situação impossível. Os enfermeiros estão a trabalhar horas intermináveis sem folgas, sem condições de proteção mínimas, expostos ao contágio. E a situação ainda vai piorar mais com a subida esperada de casos nas próximas semanas”.

O número de enfermeiros doentes com Covid-19 sobe todos os dias, o que deixa os serviços ainda mais depurados.

O SITEU denuncia as condições que o Governo está a oferecer para a entrada de novos enfermeiros, com contratos de 4 meses e a ganhar 6,42 euros por hora.

Gorete Pimentel questiona “quem quererá ir para o olho do furacão nestas condições, sem treino e sem equipamento de proteção? Numa altura em que não sabemos quando atingiremos o pico, quanto mais regressar á normalidade?”

Situação gravíssima nos Cuidados Intensivos

A presidente do SITEU lembra que “são necessários três a quatro meses para que um enfermeiro seja integrado numa unidade de cuidados intensivos. Estes tempos não estão a ser respeitados, e já há enfermeiros sem treino em unidades de cuidados intensivos. Há instituições que, apesar do grau de exigência de uma Unidade de Cuidados Intensivos, têm quatro enfermeiros para nove doentes em cuidados intensivos, não cumprindo com as dotações mínimas seguras, de dois doentes para um enfermeiro em situação normal sem necessidade de uso específico de EPI. Há ainda unidades de cuidados intensivos que não têm a área de coorte definida, os enfermeiros estão a vestir e a despir o EPI na área infetada, correndo um grande risco de infeção”.

“Os doentes em cuidados intensivos necessitam de um cuidado e vigilância especializados, com um conhecimento técnico científico ‘dominado’, existindo uma sobrecarga ainda maior agora com a Covid-19 por causa dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) que têm de ser vestidos e despidos de modo rigoroso para o enfermeiro não se infetar”, acrescenta Gorete Pimentel.

O SITEU salienta que apenas os enfermeiros que se encontravam em bolsas de reserva de recrutamento de concursos anteriores estão a entrar para as instituições, com a esperança de ficarem com uma renovação de contrato quando esta emergência nacional passar.

Para Gorete Pimentel “os enfermeiros que não estão nesta bolsa de recrutamento, e que têm agora a possibilidade de exercer a sua profissão, pensam duas vezes, se o devem fazer. Porque recursos materiais, conseguem-se, mas recursos humanos de mão-de-obra qualificada são finitos, e as máquinas não se ligam sozinhas. Os doentes internados, em qualquer tipo de instituição, não se cuidam sozinhos, necessitam sempre de cuidados de enfermagem. Desde o beber um copo de água até o virar-se na cama, desde a administração da medicação até à vigilância, e se esta surte o efeito pretendido, desde a prevenção e promoção do bem-estar e da sua saúde – são necessários enfermeiros”.

O SITEU exige ao Governo que contrate imediatamente enfermeiros para reforçar as equipas de saúde, pois mais tarde será tarde demais e não haverá enfermeiros nos hospitais. Para que os enfermeiros aceitem os contratos que lhes oferecem, o SITEU considera que são necessários incentivos que valorizem a profissão e reconheçam os riscos adicionais a que os enfermeiros estão expostos, nesta altura de pandemia, com turnos ainda mais exigentes, com maior rotatividade e a que acresce um ainda maior desgaste físico e emocional.

Mesmo que assintomáticos
Os doentes oncológicos são muitas vezes sujeitos a tratamentos que alteram a sua capacidade imunológica inata e poderão estar...

No âmbito das medidas gerais de prevenção e controlo, a Direção-Geral da Saúde publicou uma norma no âmbito da abordagem a estes doentes. Este documento determina,  por exemplo, que a reorganização dos serviços de saúde permita uma diminuição do número de vezes que o doente oncológico se desloca às unidades de saúde, que os profissionais que prestam cuidados a este grupo façam autovigilância de sinais e sintomas sugestivos de COVID-19 e que, mediante a implementação dos planos de contingência, haja uma redução da força de trabalho em cerca de 10-15%, com possibilidade de recurso à teleconsulta.

Tal como está previsto na norma 004/2020, a organização da prestação de cuidados devem permitir que as unidades que prestam cuidados a doentes oncológicos tenham um circuito de doentes separado fisicamente da restante atividade assistencial. Se não existir um edifício hospitalar próprio para estes doentes, a norma considera que possam ser transferidos para outras unidades de saúde, “onde exista a possibilidade de manter a separação física do circuito do doente oncológico dos restantes doentes”.

Por outro lado, lê-se na norma, “as unidades hospitalares dedicadas exclusivamente à Doença Oncológica (Instituto Português de Oncologia) não devem prestar cuidados a doentes com suspeita ou confirmação de COVID-19”.

Nestes doentes, as medidas de distanciamento social e restantes recomendações gerais são particularmente importantes. Adicionalmente, “todos os doentes oncológicos devem fazer autovigilância dos sintomas (febre, tosse e dificuldade respiratória), antes de aceder a qualquer unidade de saúde”.

A norma determina também quando é que os doentes oncológicos devem ser testados para SARS-CoV-2, mesmo que estejam assintomáticos, nomeadamente antes de iniciar a quimioterapia e a radioterapia. Se existir um caso positivo, “o seu circuito hospitalar deve ser o definido para os doentes com COVID-19”. Nesses casos, devem suspender o tratamento sistémico com quimioterapia até resolução da infeção, ou, caso estejam indicados para radioterapia, adiar o seu início. Caso não possa ser adiado, “os doentes devem ser referenciados para unidades hospitalares capacitadas para o tratamento de doentes COVID-19 que disponham de serviços de radioterapia”. E o mesmo se aplica aos procedimentos cirúrgicos.

Covid-19
O Secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, afirmou, na conferência de imprensa de ontem onde foram apresentados...

O Secretário de Estado referiu que “Foram oferecidos 400 ventiladores invasivos por diversas entidades, muitos dos quais já chegaram aos hospitais, outros com previsões de entrega em breve. Recebemos 140 ventiladores não invasivos cedidos a título de empréstimo, a maioria já entregues por todo o País. Para além disso, foram adquiridos cerca de 900 pela Administração Central do Sistema de Saúde, alguns dos quais já em Portugal. 144 chegam já no próximo domingo”.

António Lacerda Sales afirmou ainda que, na próxima semana, chegam a Portugal mais 200 mil testes, acrescentando que todos os dias a SPMS – Serviços Partilhados do Ministério da Saúde está a trabalhar “para que sejam repostos os kits de testagem e material de proteção individual”.

A este propósito, o Secretário de Estado disse que estão encomendadas mais 400 mil zaragatoas, das quais 80 mil chegam amanhã e as restantes com entregas previstas nas próximas semanas e que “farão face aos constrangimentos, que resultam da elevada procura, numa situação adversa e com as limitações que todos conhecemos”.

António Lacerda Sales voltou a referir a importância de manter as regras de isolamento social, como forma de tentar conter a disseminação do novo coronavírus.

“Numa altura em que se renova o estado de emergência, importa manter a malha apertada ao novo coronavírus, quer através da contenção social, quer robustecendo os mecanismos de respostas do sistema de saúde, capacitando-o para as novas fases da epidemia”, afirmou.

 

 

 

 

Diagnóstico
A análise é feita pela Sociedade Portuguesa de Reumatologia, que estima ainda uma poupança média anual, por cada novo caso, de...

A Artrite Reumatóide (AR) é uma doença reumática crónica, inflamatória, imunomediada que se carateriza pela inflamação das articulações e que pode conduzir à destruição do tecido articular e periarticular. É uma doença crónica porque não tem cura, mas se eficazmente tratada, tem bom prognóstico vital e funcional. Em Portugal afeta 0,7% da população.

A data que assinala o dia foi instituída, em 1999, pelo Ministério da Saúde tendo em conta o elevado número de pessoas que, em Portugal, padecem da doença.

Apesar de atingir homens e mulheres, a artrite reumatoide é duas a quatro vezes mais incidente nestas últimas, com o pico da ocorrência a registar-se após a menopausa. No entanto, a doença pode desenvolver-se em todas as idades, incluindo na adolescência. A sua incidência aumenta com a idade e os estudos revelam que atinge o pico entre os 35 e os 50 anos. Calcula-se que a doença atinja entre 50 a 60 mil portugueses.

O surgimento desta doença resulta de uma interação complexa de múltiplos fatores genéticos, imunológicos e ambientais, cuja influência exata na origem da doença ainda está por determinar, refere Luís Cunha Miranda, presidente da Sociedade Portuguesa de Reumatologia (SPR). E acrescenta que “embora não se previna a AR, um diagnóstico precoce das DRM (Doenças Reumáticas e Músculo-esqueléticas), como no caso da Artrite Reumatoide, pode representar uma poupança média anual por cada novo caso de, aproximadamente, 30%, uma vez que a artrite reumatoide está na origem do abandono do mercado de trabalho em mais de 50% dos doentes.

A presença de artrite (inflamação nas articulações) é uma característica fundamental da doença. A inflamação articular causa alterações características: edema, dor das articulações e, por vezes, rubor e calor. Causa também rigidez, uma sensação de prisão dos movimentos, especialmente no início da manhã ou depois de períodos de repouso.

Os doentes sentem dor e dificuldade em mobilizar as articulações, mas os sintomas podem ser muito variados. Nos últimos anos, tem havido uma melhoria significativa no tratamento desta doença com o uso mais eficaz dos medicamentos existentes e dos novos que vão surgindo no mercado.

“O tratamento precoce pode resultar em melhoria substancial do prognóstico a longo prazo. A AR não é uma doença rara e a sua prevalência (frequência) varia de 0,5-1,5% da população nos países industrializados. Em Portugal estima-se que afete 0,7% da população” explica o presidente da SPR.

O Reuma.pt é, um registo nacional sobre as diversas doenças reumáticas que desde 2008, é uma das ferramentas essenciais no seguimento e na melhoria clínica dos doentes em consultas de reumatologia, melhorando a capacidade de decisão dos reumatologistas, mas igualmente a qualidade de vida e o seguimento a longo prazo destes doentes. Os dados do Reuma.pt revelam que o seguimento dos doentes com AR por parte da reumatologia tem aumentado. Em 2019, estão em seguimento, registados no Reuma.pt 8231 doentes, contra os 5002 de 2014. Também o número de consultas passou de 39805, em 2014, para as 87946, em 2019. E com isso tem havido cada vez mais um melhor controlo da doença mas dado o número de doentes existente em Portugal muito tem ainda que ser feito para fazer chegar em tempo útil estes doentes ao especialista de reumatologia.

Doença Autoimune
De origem autoimune, estima-se que a Artrite Reumatoide afete 1% da população nos países ocidentais.
Mãos com artrite reumatoide

A Artrite Reumatoide (AR) é uma doença crónica, inflamatória e auto-imune que se caracteriza pela inflamação das articulações, podendo conduzir à sua destruição. Os doentes frequentemente sentem dor e dificuldade em mobilizar as articulações, o que se verifica predominantemente de manhã ou após períodos de repouso.

É uma doença sem cura mas com tratamento. Se for tratada de modo precoce eficaz, tem bom prognóstico vital e funcional e o doente poderá levar uma vida normal a longo prazo. Nos últimos anos, houve uma melhoria substancial no tratamento desta doença, com o aparecimento de novos fármacos inovadores.

Em Portugal, cerca de 0,8 a 1,5% da população tem AR. Globalmente afecta quatro vezes mais mulheres que homens e os picos de incidência ocorrem por volta dos 30-40 anos e aos 80 anos, mas pode-se desenvolver em qualquer faixa etária.

Qual a causa?

A causa é autoimune. Ocorre uma desregulação do sistema imunitário, havendo uma reacção deste sistema contra estruturas do próprio individuo. A causa dessa desregulação é desconhecida.

Quais as manifestações?

A manifestação mais característica é a presença de artrite ou inflamação das articulações. O doente sente edema, dor e, por vezes, rubor e calor das articulações. Ocorre igualmente rigidez articular ou, sensação de prisão dos movimentos, especialmente no início da manhã ou depois de períodos de repouso. Geralmente afeta as pequenas articulações das mãos e dos pés. À medida que a doença progride, mais articulações podem inflamar, incluindo punhos, ombros, cotovelos, ancas e joelhos. Os sintomas constitucionais (por exemplo, o cansaço, febre, sudorese e perda de peso) são comuns. De modo menos frequente, pode ocorrer secura ocular e inflamação ocular (esclerite e episclerite), úlceras de perna, nódulos reumatóides (localizados nos cotovelos, joelhos, dorso das mãos, pulmão) ou serosite (inflamação de pleura ou pericárdio).

Como se faz o diagnóstico?

O diagnóstico deve ser o mais precoce possível, tendo em vista o início atempado do tratamento. Este fator é essencial uma vez que permite evitar o dano nas articulações que artrite pode provocar se levar muito tempo sem ser tratada.

O diagnóstico é essencialmente clínico, ou seja, com base na observação médica. No entanto, é habitual realizar um estudo laboratorial que inclui parâmetros de inflamação no sangue (velocidade de sedimentação e proteína C reativa), fator reumatoide (positivo em 60-70% dos doentes com AR) e anticorpo contra péptidos citrulinados ou anti-CCP (mais específico do que o fator reumatoide). São igualmente requisitadas radiografias das articulações envolvidas e, ocasionalmente, ecografia articular.

Como se trata?

Existe atualmente vários tratamentos para a AR. O mais importante é a adesão ao tratamento escolhido, uma vez que o seu cumprimento vai permite manter inactiva a inflamação e a destruição das articulações que é causada pela doença.

Como medidas gerais, o doente com AR deverá adoptar um estilo de vida saudável, abandonar o tabagismo e perder peso em caso de excesso ponderal. A prática de exercício físico deve ser recomendada.

O tratamento específico da AR inclui os chamados DMARDs (medicamentos modificadores de artrite reumatóide), que podem ser utilizados isoladamente ou em combinação. Os fármacos mais usados são metotrexato, leflunomida, sulfassalazina, hidroxicloroquina e azatioprina. O início precoce do tratamento com DMARDs é recomendado para controlar os sintomas e sinais de AR, bem como limitar dano radiológico (diminuir o risco de deformidades). Actualmente o estado português fornece uma comparticipação de 100% a doentes sob metotrexato e leflunomida, o que traduziu um marco importante para a adesão a estes tratamentos. O metorexato é actualmente é o DMARD de primeira escolha devido ao seu bom perfil de eficácia e toxicidade. Existe a formulação oral e subcutânea, sendo que esta última tem habitualmente eficácia superior.

Outros tratamentos incluem as infiltrações intra-articulares de corticosteróides, os anti-inflamatórios, os analgésicos e os corticosteróides em doses baixas (por exemplo, prednisolona).

Em doentes que não têm resposta eficaz aos tratamentos prévios e que se mantêm com doença ativa, pode ser utilizados os agentes biotecnológicos. Estão aprovados para o tratamento da AR em Portugal os seguintes fármacos: fármacos inibidores do fator de necrose tumoral ou anti-TFN (infliximab, adalimumab, etanercept, golimumab, certolizumab), anti-recetor da interleucina 6 (tocilizumab), inibidor da activação das células T (abatacept), anti-CD20 (rituximab) e anti-interleucina-1 (anakinra). Estes tratamentos são sub-cutâneos ou endovenosos.

O programa de reabilitação dirigido (fisioterapia) tem um papel complementar importante assim como a colaboração da Ortopedia, dependendo do estadio da doença e do seu grau de dano articular. 

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A Artrite Reumatóide não é uma doença exclusivamente articular

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Covid-19
A Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos envia hoje uma mensagem de encorajamento e de esperança a todos os profissionais...

Nesta época de rápidas mudanças, que afetam com maior expressão o Serviço Nacional de Saúde, é importante assegurar que os profissionais de saúde estejam devidamente protegidos e se encontrem onde são mais necessários.

Importa ainda realçar que os Cuidados Paliativos são uma componente essencial desta “linha da frente”, face ao sofrimento causado a tantos doentes e famílias.

 Entre as mais diversas intervenções, os Cuidados Paliativos podem marcar a diferença na abordagem aos sintomas físicos, como a falta de ar; na prevenção e redução dos problemas clínicos, como por exemplo em contexto comunitário ou Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas – onde as equipas comunitárias de suporte em Cuidados Paliativos são tão importantes. Podem ajudar também a que as pessoas mais vulneráveis não recorram aos serviços de urgência e a internamentos evitáveis. Podem ajudar as famílias a lidar com várias situações de sofrimento decorrente da exposição à doença grave e à terminalidade. Sabemos que o luto nestas circunstâncias será um período difícil, que deve ser devidamente apoiado, e isso também faz parte das nossas competências.

 Duarte Soares, Médico e Presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos “encoraja os profissionais de Cuidados Paliativos a serem proativos, mostrando-se como um pilar fundamental das nossas instituições de saúde e da comunidade. Reiteramos hoje – como no passado – que a prestação de Cuidados Paliativos é um direito humano elementar, sobretudo em situações de crise humanitária como a que vivemos”.

“Entendemos também que os profissionais de Cuidados Paliativos devem colaborar nas decisões éticas difíceis, apoiando os profissionais de medicina de urgência ou cuidados intensivos” reforça Duarte Soares.

Com esta mensagem, a APCP pretende renovar a total disponibilidade de trabalhar junto das entidades públicas, do sector social e privado, para apoiar os serviços de “agudos”, abordando as necessidades paliativas de uma forma mais alargada, particularmente na transição para os cuidados de fim de vida.

“Colaboraremos decisivamente para promover o apoio psicológico, emocional e social a doentes, melhorando o bem-estar de famílias, cuidadores e profissionais durante e após esta pandemia”, afirma Duarte Soares.

“Existem fortes motivos para confiar nos profissionais de Cuidados Paliativos no país, agora e no futuro. Não deixaremos ninguém para trás”, conclui o médico e presidente da APCP.

Projetos de resposta à pandemia
Uma pulseira que permite a monitorização digital, nas suas casas, de pessoas diagnosticadas e/ou suspeitas de infeção por SARS...

Estas são três soluções criadas pelo Health Cluster Portugal (HCP), através da sua rede temática Smart Health Network, para dar resposta à pandemia. Os projetos, que já estão a ser desenvolvidos no terreno, envolvem start-ups e empresas nacionais, parceiros internacionais, instituições de i&d e hospitais. 

O objetivo é apoiar o esforço e a dedicação dos profissionais de saúde no combate à Covid-19 usando o know-how, experiência e conhecimento nos domínios das tecnologias médicas e de saúde digital dos associados do HCP.

Covidmonitoring – Monitorização digital à distância

Esta solução permite a monitorização digital de indivíduos diagnosticados e/ou suspeitos de infeção por SARS-CoV-2, a Covid-19, nas suas casas, através de uma pulseira que monitoriza remota e localmente diferentes parâmetros do utilizador: temperatura, nível de saturação de oxigénio, frequência cardíaca, variabilidade do ritmo cardíaco, frequência respiratória, nível de atividade física e ciclos de sono. Esta plataforma integra esta informação com a de outras aplicações de recolha de dados epidemiológicos gerando alertas mediante o estado clínico do indivíduo. Estes alertas, assim como os parâmetros medidos, são disponibilizados em formato de relatório gráfico aos médicos de família e de saúde pública para que possam realizar a vigilância ativa dos casos.

Este projeto está a ser promovido pelo Health Cluster Portugal em parceria com Centro de Medicina Digital P5, HealthySystems, CINTESIS, TonicApp, Promptly, 2CA-Braga, Centro Hospitalar Universitário São João, Medtronic e Astrazeneca. 

CovidVentilSupport – esclarecimento e apoio à distância na utilização de ventiladores

A utilização eficaz e segura dos equipamentos de ventilação mecânica invasiva, que se prevê necessária em cerca de 5% dos casos da Covid-19, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, requer recursos humanos adequadamente habilitados e treinados, num processo que pode ser longo e exigente. Em Portugal existem equipamentos de diversos fornecedores e as recentes aquisições e/ou doações ao Serviço Nacional de Saúde de novos equipamentos, dificultam a rotatividade de utilização destes por profissionais de saúde devidamente habilitados. Este projeto prevê a criação de uma central telefónica de âmbito nacional para apoio técnico e de suporte à operação destes equipamentos, sustentada por clínicos especialistas nesta área. Esta linha permitirá reencaminhar de forma semiautomática as chamadas dos clínicos que estão a operar os equipamentos para o médico de apoio disponível e com as valências específicas em determinado equipamento, previamente identificado na bolsa de profissionais a ser constituída. Numa primeira fase, a iniciativa será implementada no Centro Hospitalar Universitário São João e no Hospital de Braga, podendo ser estendida a todo o território nacional.

Este projeto é promovido pelo Health Cluster Portugal em parceria com Fraunhofer, Promptly, Centro Hospitalar Universitário São João, 2CA-Braga, Plux, Medtronic, HealthySystems.

CovidLearning – e-learning para formações rápidas em COVID-19

Este projeto permite dotar médicos/enfermeiros não especialistas, internos, ou de outras especialidades, de competências e conhecimento em procedimentos clínicos relativos à doença Covid-19. A solução irá utilizar uma plataforma de e-learning já existente e será dado acesso a todos os médicos e enfermeiros. Os conteúdos serão produzidos por uma bolsa de médicos/enfermeiros especializados em Covid-19 tendo sempre por base as diretrizes da Direção-Geral de Saúde.

Este projeto é promovido pelo Health Cluster Portugal, tendo como parceiros Centro de Medicina Digital P5, HealthySystems, CINTESIS, TonicApp, Promplty, 2CA-Braga, Centro Hospitalar Universitário São João, Medtronic e Astrazeneca.

De acordo com Joana Feijó, Diretora de Desenvolvimento de Negócio do HCP, “a pandemia tem criado uma pressão ímpar no setor da saúde, à qual o cluster tem respondido de uma forma concertada, com entreajuda e espírito empreendedor. São disso exemplo estes projetos que trazem novas soluções na luta contra o coronavírus, que o HCP promove através da sua Smart Health Network, que reúne entidades com atividade relevante nos domínios das tecnologias médicas e da saúde digital.”

Programa de estudos clínicos
Foi tratado o primeiro doente fora dos EUA como parte de um programa global de estudos clínicos para o sarilumab em doentes...

Este é o segundo estudo de Fase 2/3, multicêntrico e duplamente cego, como parte do programa Kevzara COVID-19. A Sanofi e a Regneron continuam a colaborar com as autoridades de saúde de todo o mundo para garantir a abrangência do estudo a mais locais.

“A Sanofi e a Regeneron estão a trabalhar incansavelmente para iniciar rapidamente testes em todo o mundo, que ajudarão a determinar se o Kevzara poderá desempenhar um papel na abordagem da crise de saúde global da COVID-19. Estes estudos clínicos vão fornecer dados importantes para determinar se o Kevzara melhora as complicações das pessoas infetadas com COVID-19 em risco de vida, combatendo as respostas inflamatórias hiperativas nos pulmões quando atingidos pelo vírus. Neste contexto sem precedentes, somos profundamente gratos pela colaboração diária com as autoridades de saúde que nos permitem realizar o trabalho clínico tão rapidamente”, afirmou John Reed, M.D., Ph.D., chefe global de investigação e desenvolvimento da Sanofi. "Além deste estudo clínico, com o objetivo de ajudar doentes críticos de COVID-19, continuamos a produzir vacinas para a prevenção de doenças, e a desenvolver esforços para fornecer outros medicamentos importantes que podem ajudar doentes atingidos por este coronavírus".

O Kevzara é um anticorpo monoclonal totalmente humanizado que inibe a via da interleucina-6 (IL-6) ao ligar-se e bloquear o recetor da IL-6. A IL-6 pode desempenhar um papel na condução da resposta inflamatória hiperativa nos pulmões de doentes gravemente infetados por COVID-19. O papel da IL-6 neste processo é apoiado por dados preliminares de um estudo de braço único na China que usou outro inibidor de receptor de IL-6.

“Dados de um estudo de braço único na China sugerem que a via da interleucina-6 pode desempenhar um papel importante na resposta inflamatória hiperativa nos pulmões de doentes com COVID-19. Apesar dessa descoberta encorajadora, é imperativo realizar um estudo aleatório adequadamente desenhado para que se possa compreender o verdadeiro impacto do Kevzara, algo que estamos a fazer agora através deste programa global de estudos clínicos”, adiantou George D. Yancopoulos, MD, Ph.D., Co Fundador, Presidente e Diretor Científico da Regeneron. "Além do programa Kevzara, a Regeneron continua a avançar rapidamente com um novo conjunto de anticorpos para a prevenção e tratamento da COVID-19".

O estudo fora dos EUA vai avaliar a segurança e a eficácia da adição de uma dose intravenosa única de Kevzara aos cuidados de suporte habituais, em comparação com os cuidados de suporte habituais e placebo. O estudo clínico tem um desenho adaptável com duas partes e prevê o recrutamento de aproximadamente 300 doentes. Vai recrutar pessoas hospitalizadas de vários países que estejam gravemente infetados por COVID-19.

Os cientistas têm evidência preliminar de que a IL-6 pode desempenhar um papel fundamental na condução da resposta imune inflamatória que causa a síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) em doentes gravemente infetados com COVID-19. Numa série inicial de casos clínicos de doentes da China, não revistos por um grupo de peritos científicos, um conjunto de 21 doentes com COVID-19 teve uma rápida redução da febre e 75% (15 em 20) reduziram a necessidade de oxigénio suplementar poucos dias após receberem o outro anticorpo recetor de IL-6 (tocilizumab). Com base nestes resultados, a China atualizou as diretrizes de tratamento da COVID-19 e aprovou o uso deste inibidor de IL-6 para tratar indivíduos com doença grave ou crítica.

A utilização de Kevzara para tratar os sintomas da COVID-19 é experimental e não foi avaliada por nenhuma autoridade reguladora.

Sobre o estudo clínico

Este estudo de fase 2/3, aleatório, duplamente cego e controlado por placebo utiliza um desenho adaptativo para avaliar a segurança e eficácia do Kevzara em adultos hospitalizados com complicações graves devido à COVID-19. Para participar no estudo, os doentes devem ter pneumonia e ser hospitalizados com COVID-19, confirmada em laboratório, classificada como grave ou crítica, ou sofrerem de disfunção em múltiplos órgãos. Após receber a dose estipulada pelo estudo, serão avaliados durante 60 dias, ou até à alta hospitalar ou morte.

Na segunda fase do estudo, os doentes serão distribuídos aleatoriamente 2: 2: 1 em três grupos: dose mais elevada de Kevzara, dose mais baixa de Kevzara e placebo.

Os resultados desta fase serão utilizados de forma adaptativa para determinar a transição para a terceira fase, de forma a defenir objetivos, número de doentes e doses.

Se o estudo continuar com os três grupos de tratamento até o fim, espera-se o recrutamento de aproximadamente 300 doentes, dependendo do estado do surto de COVID-19 e da proporção de doentes com COVID-19 grave.

Sobre a injeção de sarilumab

Atualmente, o Kevzara está aprovado em vários países para o tratamento da artrite reumatoide (AR) ativa moderada a grave em doentes adultos com uma resposta inadequada a, ou intolerantes a um ou mais fármacos antirreumáticos modificadores da doença. O Kevzara foi desenvolvido, em conjunto, pela Sanofi e pela Regeneron sob um acordo de colaboração global. O Kevzara é um anticorpo monoclonal totalmente humano. Liga-se especificamente ao recetor de IL-6 e provou inibir a sinalização mediada pela IL-6. A IL-6 é uma proteína do sistema imunológico, produzida em quantidades aumentadas em doentes com artrite reumatoide e tem sido associada à atividade da doença, destruição das articulações e outros problemas sistémicos. O Kevzara está a ser investigado devido à sua capacidade de reduzir a resposta imune inflamatória hiperativa associada à COVID-19, com base em evidência de níveis elevados de IL-6 em doentes gravemente infetados com coronavírus.

Diagnóstico
Os Municípios de Bragança e Mirandela, o Hospital Privado de Bragança e o Hospital Terra Quente, com a colaboração de um...

Estes Centros de Testes COVID-19, possibilitarão a realização de testes em todos os concelhos do distrito de Bragança, conforme futura identificação de necessidades e prioridades.

“Considerando a evolução epidemiológica da COVID-19 no Distrito de Bragança, com aumentos significativos, quer nos profissionais de saúde, quer no universo de pessoas idosas, com particular incidência os lares de terceira idade”, a instalação destes Centros de Testes COVID-19 tem como objetivo complementar a atividade da ULSNE, acelerando o rastreio à população.

De acordo com o comunicado enviado por estes municípios é esperada a realização de 400 testes por semana, “minimizando custos, evitando deslocações desnecessárias e duplicação de exames”. 

 

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