Doença Autoimune
De origem autoimune, estima-se que a Artrite Reumatoide afete 1% da população nos países ocidentais.
Mãos com artrite reumatoide

A Artrite Reumatoide (AR) é uma doença crónica, inflamatória e auto-imune que se caracteriza pela inflamação das articulações, podendo conduzir à sua destruição. Os doentes frequentemente sentem dor e dificuldade em mobilizar as articulações, o que se verifica predominantemente de manhã ou após períodos de repouso.

É uma doença sem cura mas com tratamento. Se for tratada de modo precoce eficaz, tem bom prognóstico vital e funcional e o doente poderá levar uma vida normal a longo prazo. Nos últimos anos, houve uma melhoria substancial no tratamento desta doença, com o aparecimento de novos fármacos inovadores.

Em Portugal, cerca de 0,8 a 1,5% da população tem AR. Globalmente afecta quatro vezes mais mulheres que homens e os picos de incidência ocorrem por volta dos 30-40 anos e aos 80 anos, mas pode-se desenvolver em qualquer faixa etária.

Qual a causa?

A causa é autoimune. Ocorre uma desregulação do sistema imunitário, havendo uma reacção deste sistema contra estruturas do próprio individuo. A causa dessa desregulação é desconhecida.

Quais as manifestações?

A manifestação mais característica é a presença de artrite ou inflamação das articulações. O doente sente edema, dor e, por vezes, rubor e calor das articulações. Ocorre igualmente rigidez articular ou, sensação de prisão dos movimentos, especialmente no início da manhã ou depois de períodos de repouso. Geralmente afeta as pequenas articulações das mãos e dos pés. À medida que a doença progride, mais articulações podem inflamar, incluindo punhos, ombros, cotovelos, ancas e joelhos. Os sintomas constitucionais (por exemplo, o cansaço, febre, sudorese e perda de peso) são comuns. De modo menos frequente, pode ocorrer secura ocular e inflamação ocular (esclerite e episclerite), úlceras de perna, nódulos reumatóides (localizados nos cotovelos, joelhos, dorso das mãos, pulmão) ou serosite (inflamação de pleura ou pericárdio).

Como se faz o diagnóstico?

O diagnóstico deve ser o mais precoce possível, tendo em vista o início atempado do tratamento. Este fator é essencial uma vez que permite evitar o dano nas articulações que artrite pode provocar se levar muito tempo sem ser tratada.

O diagnóstico é essencialmente clínico, ou seja, com base na observação médica. No entanto, é habitual realizar um estudo laboratorial que inclui parâmetros de inflamação no sangue (velocidade de sedimentação e proteína C reativa), fator reumatoide (positivo em 60-70% dos doentes com AR) e anticorpo contra péptidos citrulinados ou anti-CCP (mais específico do que o fator reumatoide). São igualmente requisitadas radiografias das articulações envolvidas e, ocasionalmente, ecografia articular.

Como se trata?

Existe atualmente vários tratamentos para a AR. O mais importante é a adesão ao tratamento escolhido, uma vez que o seu cumprimento vai permite manter inactiva a inflamação e a destruição das articulações que é causada pela doença.

Como medidas gerais, o doente com AR deverá adoptar um estilo de vida saudável, abandonar o tabagismo e perder peso em caso de excesso ponderal. A prática de exercício físico deve ser recomendada.

O tratamento específico da AR inclui os chamados DMARDs (medicamentos modificadores de artrite reumatóide), que podem ser utilizados isoladamente ou em combinação. Os fármacos mais usados são metotrexato, leflunomida, sulfassalazina, hidroxicloroquina e azatioprina. O início precoce do tratamento com DMARDs é recomendado para controlar os sintomas e sinais de AR, bem como limitar dano radiológico (diminuir o risco de deformidades). Actualmente o estado português fornece uma comparticipação de 100% a doentes sob metotrexato e leflunomida, o que traduziu um marco importante para a adesão a estes tratamentos. O metorexato é actualmente é o DMARD de primeira escolha devido ao seu bom perfil de eficácia e toxicidade. Existe a formulação oral e subcutânea, sendo que esta última tem habitualmente eficácia superior.

Outros tratamentos incluem as infiltrações intra-articulares de corticosteróides, os anti-inflamatórios, os analgésicos e os corticosteróides em doses baixas (por exemplo, prednisolona).

Em doentes que não têm resposta eficaz aos tratamentos prévios e que se mantêm com doença ativa, pode ser utilizados os agentes biotecnológicos. Estão aprovados para o tratamento da AR em Portugal os seguintes fármacos: fármacos inibidores do fator de necrose tumoral ou anti-TFN (infliximab, adalimumab, etanercept, golimumab, certolizumab), anti-recetor da interleucina 6 (tocilizumab), inibidor da activação das células T (abatacept), anti-CD20 (rituximab) e anti-interleucina-1 (anakinra). Estes tratamentos são sub-cutâneos ou endovenosos.

O programa de reabilitação dirigido (fisioterapia) tem um papel complementar importante assim como a colaboração da Ortopedia, dependendo do estadio da doença e do seu grau de dano articular. 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Covid-19
A Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos envia hoje uma mensagem de encorajamento e de esperança a todos os profissionais...

Nesta época de rápidas mudanças, que afetam com maior expressão o Serviço Nacional de Saúde, é importante assegurar que os profissionais de saúde estejam devidamente protegidos e se encontrem onde são mais necessários.

Importa ainda realçar que os Cuidados Paliativos são uma componente essencial desta “linha da frente”, face ao sofrimento causado a tantos doentes e famílias.

 Entre as mais diversas intervenções, os Cuidados Paliativos podem marcar a diferença na abordagem aos sintomas físicos, como a falta de ar; na prevenção e redução dos problemas clínicos, como por exemplo em contexto comunitário ou Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas – onde as equipas comunitárias de suporte em Cuidados Paliativos são tão importantes. Podem ajudar também a que as pessoas mais vulneráveis não recorram aos serviços de urgência e a internamentos evitáveis. Podem ajudar as famílias a lidar com várias situações de sofrimento decorrente da exposição à doença grave e à terminalidade. Sabemos que o luto nestas circunstâncias será um período difícil, que deve ser devidamente apoiado, e isso também faz parte das nossas competências.

 Duarte Soares, Médico e Presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos “encoraja os profissionais de Cuidados Paliativos a serem proativos, mostrando-se como um pilar fundamental das nossas instituições de saúde e da comunidade. Reiteramos hoje – como no passado – que a prestação de Cuidados Paliativos é um direito humano elementar, sobretudo em situações de crise humanitária como a que vivemos”.

“Entendemos também que os profissionais de Cuidados Paliativos devem colaborar nas decisões éticas difíceis, apoiando os profissionais de medicina de urgência ou cuidados intensivos” reforça Duarte Soares.

Com esta mensagem, a APCP pretende renovar a total disponibilidade de trabalhar junto das entidades públicas, do sector social e privado, para apoiar os serviços de “agudos”, abordando as necessidades paliativas de uma forma mais alargada, particularmente na transição para os cuidados de fim de vida.

“Colaboraremos decisivamente para promover o apoio psicológico, emocional e social a doentes, melhorando o bem-estar de famílias, cuidadores e profissionais durante e após esta pandemia”, afirma Duarte Soares.

“Existem fortes motivos para confiar nos profissionais de Cuidados Paliativos no país, agora e no futuro. Não deixaremos ninguém para trás”, conclui o médico e presidente da APCP.

Projetos de resposta à pandemia
Uma pulseira que permite a monitorização digital, nas suas casas, de pessoas diagnosticadas e/ou suspeitas de infeção por SARS...

Estas são três soluções criadas pelo Health Cluster Portugal (HCP), através da sua rede temática Smart Health Network, para dar resposta à pandemia. Os projetos, que já estão a ser desenvolvidos no terreno, envolvem start-ups e empresas nacionais, parceiros internacionais, instituições de i&d e hospitais. 

O objetivo é apoiar o esforço e a dedicação dos profissionais de saúde no combate à Covid-19 usando o know-how, experiência e conhecimento nos domínios das tecnologias médicas e de saúde digital dos associados do HCP.

Covidmonitoring – Monitorização digital à distância

Esta solução permite a monitorização digital de indivíduos diagnosticados e/ou suspeitos de infeção por SARS-CoV-2, a Covid-19, nas suas casas, através de uma pulseira que monitoriza remota e localmente diferentes parâmetros do utilizador: temperatura, nível de saturação de oxigénio, frequência cardíaca, variabilidade do ritmo cardíaco, frequência respiratória, nível de atividade física e ciclos de sono. Esta plataforma integra esta informação com a de outras aplicações de recolha de dados epidemiológicos gerando alertas mediante o estado clínico do indivíduo. Estes alertas, assim como os parâmetros medidos, são disponibilizados em formato de relatório gráfico aos médicos de família e de saúde pública para que possam realizar a vigilância ativa dos casos.

Este projeto está a ser promovido pelo Health Cluster Portugal em parceria com Centro de Medicina Digital P5, HealthySystems, CINTESIS, TonicApp, Promptly, 2CA-Braga, Centro Hospitalar Universitário São João, Medtronic e Astrazeneca. 

CovidVentilSupport – esclarecimento e apoio à distância na utilização de ventiladores

A utilização eficaz e segura dos equipamentos de ventilação mecânica invasiva, que se prevê necessária em cerca de 5% dos casos da Covid-19, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, requer recursos humanos adequadamente habilitados e treinados, num processo que pode ser longo e exigente. Em Portugal existem equipamentos de diversos fornecedores e as recentes aquisições e/ou doações ao Serviço Nacional de Saúde de novos equipamentos, dificultam a rotatividade de utilização destes por profissionais de saúde devidamente habilitados. Este projeto prevê a criação de uma central telefónica de âmbito nacional para apoio técnico e de suporte à operação destes equipamentos, sustentada por clínicos especialistas nesta área. Esta linha permitirá reencaminhar de forma semiautomática as chamadas dos clínicos que estão a operar os equipamentos para o médico de apoio disponível e com as valências específicas em determinado equipamento, previamente identificado na bolsa de profissionais a ser constituída. Numa primeira fase, a iniciativa será implementada no Centro Hospitalar Universitário São João e no Hospital de Braga, podendo ser estendida a todo o território nacional.

Este projeto é promovido pelo Health Cluster Portugal em parceria com Fraunhofer, Promptly, Centro Hospitalar Universitário São João, 2CA-Braga, Plux, Medtronic, HealthySystems.

CovidLearning – e-learning para formações rápidas em COVID-19

Este projeto permite dotar médicos/enfermeiros não especialistas, internos, ou de outras especialidades, de competências e conhecimento em procedimentos clínicos relativos à doença Covid-19. A solução irá utilizar uma plataforma de e-learning já existente e será dado acesso a todos os médicos e enfermeiros. Os conteúdos serão produzidos por uma bolsa de médicos/enfermeiros especializados em Covid-19 tendo sempre por base as diretrizes da Direção-Geral de Saúde.

Este projeto é promovido pelo Health Cluster Portugal, tendo como parceiros Centro de Medicina Digital P5, HealthySystems, CINTESIS, TonicApp, Promplty, 2CA-Braga, Centro Hospitalar Universitário São João, Medtronic e Astrazeneca.

De acordo com Joana Feijó, Diretora de Desenvolvimento de Negócio do HCP, “a pandemia tem criado uma pressão ímpar no setor da saúde, à qual o cluster tem respondido de uma forma concertada, com entreajuda e espírito empreendedor. São disso exemplo estes projetos que trazem novas soluções na luta contra o coronavírus, que o HCP promove através da sua Smart Health Network, que reúne entidades com atividade relevante nos domínios das tecnologias médicas e da saúde digital.”

Programa de estudos clínicos
Foi tratado o primeiro doente fora dos EUA como parte de um programa global de estudos clínicos para o sarilumab em doentes...

Este é o segundo estudo de Fase 2/3, multicêntrico e duplamente cego, como parte do programa Kevzara COVID-19. A Sanofi e a Regneron continuam a colaborar com as autoridades de saúde de todo o mundo para garantir a abrangência do estudo a mais locais.

“A Sanofi e a Regeneron estão a trabalhar incansavelmente para iniciar rapidamente testes em todo o mundo, que ajudarão a determinar se o Kevzara poderá desempenhar um papel na abordagem da crise de saúde global da COVID-19. Estes estudos clínicos vão fornecer dados importantes para determinar se o Kevzara melhora as complicações das pessoas infetadas com COVID-19 em risco de vida, combatendo as respostas inflamatórias hiperativas nos pulmões quando atingidos pelo vírus. Neste contexto sem precedentes, somos profundamente gratos pela colaboração diária com as autoridades de saúde que nos permitem realizar o trabalho clínico tão rapidamente”, afirmou John Reed, M.D., Ph.D., chefe global de investigação e desenvolvimento da Sanofi. "Além deste estudo clínico, com o objetivo de ajudar doentes críticos de COVID-19, continuamos a produzir vacinas para a prevenção de doenças, e a desenvolver esforços para fornecer outros medicamentos importantes que podem ajudar doentes atingidos por este coronavírus".

O Kevzara é um anticorpo monoclonal totalmente humanizado que inibe a via da interleucina-6 (IL-6) ao ligar-se e bloquear o recetor da IL-6. A IL-6 pode desempenhar um papel na condução da resposta inflamatória hiperativa nos pulmões de doentes gravemente infetados por COVID-19. O papel da IL-6 neste processo é apoiado por dados preliminares de um estudo de braço único na China que usou outro inibidor de receptor de IL-6.

“Dados de um estudo de braço único na China sugerem que a via da interleucina-6 pode desempenhar um papel importante na resposta inflamatória hiperativa nos pulmões de doentes com COVID-19. Apesar dessa descoberta encorajadora, é imperativo realizar um estudo aleatório adequadamente desenhado para que se possa compreender o verdadeiro impacto do Kevzara, algo que estamos a fazer agora através deste programa global de estudos clínicos”, adiantou George D. Yancopoulos, MD, Ph.D., Co Fundador, Presidente e Diretor Científico da Regeneron. "Além do programa Kevzara, a Regeneron continua a avançar rapidamente com um novo conjunto de anticorpos para a prevenção e tratamento da COVID-19".

O estudo fora dos EUA vai avaliar a segurança e a eficácia da adição de uma dose intravenosa única de Kevzara aos cuidados de suporte habituais, em comparação com os cuidados de suporte habituais e placebo. O estudo clínico tem um desenho adaptável com duas partes e prevê o recrutamento de aproximadamente 300 doentes. Vai recrutar pessoas hospitalizadas de vários países que estejam gravemente infetados por COVID-19.

Os cientistas têm evidência preliminar de que a IL-6 pode desempenhar um papel fundamental na condução da resposta imune inflamatória que causa a síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) em doentes gravemente infetados com COVID-19. Numa série inicial de casos clínicos de doentes da China, não revistos por um grupo de peritos científicos, um conjunto de 21 doentes com COVID-19 teve uma rápida redução da febre e 75% (15 em 20) reduziram a necessidade de oxigénio suplementar poucos dias após receberem o outro anticorpo recetor de IL-6 (tocilizumab). Com base nestes resultados, a China atualizou as diretrizes de tratamento da COVID-19 e aprovou o uso deste inibidor de IL-6 para tratar indivíduos com doença grave ou crítica.

A utilização de Kevzara para tratar os sintomas da COVID-19 é experimental e não foi avaliada por nenhuma autoridade reguladora.

Sobre o estudo clínico

Este estudo de fase 2/3, aleatório, duplamente cego e controlado por placebo utiliza um desenho adaptativo para avaliar a segurança e eficácia do Kevzara em adultos hospitalizados com complicações graves devido à COVID-19. Para participar no estudo, os doentes devem ter pneumonia e ser hospitalizados com COVID-19, confirmada em laboratório, classificada como grave ou crítica, ou sofrerem de disfunção em múltiplos órgãos. Após receber a dose estipulada pelo estudo, serão avaliados durante 60 dias, ou até à alta hospitalar ou morte.

Na segunda fase do estudo, os doentes serão distribuídos aleatoriamente 2: 2: 1 em três grupos: dose mais elevada de Kevzara, dose mais baixa de Kevzara e placebo.

Os resultados desta fase serão utilizados de forma adaptativa para determinar a transição para a terceira fase, de forma a defenir objetivos, número de doentes e doses.

Se o estudo continuar com os três grupos de tratamento até o fim, espera-se o recrutamento de aproximadamente 300 doentes, dependendo do estado do surto de COVID-19 e da proporção de doentes com COVID-19 grave.

Sobre a injeção de sarilumab

Atualmente, o Kevzara está aprovado em vários países para o tratamento da artrite reumatoide (AR) ativa moderada a grave em doentes adultos com uma resposta inadequada a, ou intolerantes a um ou mais fármacos antirreumáticos modificadores da doença. O Kevzara foi desenvolvido, em conjunto, pela Sanofi e pela Regeneron sob um acordo de colaboração global. O Kevzara é um anticorpo monoclonal totalmente humano. Liga-se especificamente ao recetor de IL-6 e provou inibir a sinalização mediada pela IL-6. A IL-6 é uma proteína do sistema imunológico, produzida em quantidades aumentadas em doentes com artrite reumatoide e tem sido associada à atividade da doença, destruição das articulações e outros problemas sistémicos. O Kevzara está a ser investigado devido à sua capacidade de reduzir a resposta imune inflamatória hiperativa associada à COVID-19, com base em evidência de níveis elevados de IL-6 em doentes gravemente infetados com coronavírus.

Diagnóstico
Os Municípios de Bragança e Mirandela, o Hospital Privado de Bragança e o Hospital Terra Quente, com a colaboração de um...

Estes Centros de Testes COVID-19, possibilitarão a realização de testes em todos os concelhos do distrito de Bragança, conforme futura identificação de necessidades e prioridades.

“Considerando a evolução epidemiológica da COVID-19 no Distrito de Bragança, com aumentos significativos, quer nos profissionais de saúde, quer no universo de pessoas idosas, com particular incidência os lares de terceira idade”, a instalação destes Centros de Testes COVID-19 tem como objetivo complementar a atividade da ULSNE, acelerando o rastreio à população.

De acordo com o comunicado enviado por estes municípios é esperada a realização de 400 testes por semana, “minimizando custos, evitando deslocações desnecessárias e duplicação de exames”. 

 

Para fazer em casa
A manutenção da mobilidade desempenha um papel bastante relevante no alívio de diversos tipos de dor. No âmbito do Dia Mundial...

A dor pode servir de sinal de aviso para algo errado com o nosso organismo, como uma lesão, iminente ou real, desempenhando um papel importante de prevenção e recuperação das funções normais do organismo. No entanto, também pode ocorrer depois de a lesão estar tratada, e aí estamos perante uma dor crónica. Para além do sofrimento e do decréscimo da qualidade de vida, a dor crónica provoca alterações fisiopatológicas que vão contribuir para o aparecimento de comorbilidades e alterações orgânicas e psicológicas.

Segundo Ana Pedro, Presidente da APED, “os exercícios e recomendações mencionados, feitos na medida permitida pela dor e sempre aconselhados por um médico, ajudam a fortalecer a musculatura e a manter a mobilidade articular, com o objetivo de ajudar o doente a manter a sua qualidade de vida e funcionalidade.”

Exercícios para a região cervical

Para fortalecimento do pescoço e ombros

  • Flexão do pescoço contra resistência: sentado numa cadeira, com o corpo direito e a palma da mão contra a testa, pressione ligeiramente a mão durante 3 a 5 segundos. Realize este exercício 5 vezes;
  • Inclinação lateral: coloque a mão acima da orelha e pressione durante 3 a 5 segundos, descanse e repita 5 vezes no mesmo lado, e de seguida 5 vezes no outro;
  • Potenciação dos ombros: sentado numa cadeira com as costas direitas e os braços ao longo do corpo, levante os ombros de forma alternada, como se quisesse tocar com eles nas orelhas. Aguarde uns segundos e baixe-os lentamente. Repita 10 vezes;
  • Rotação dos ombros: sentado numa cadeira, faça rotações lentas com os ombros para a frente e de seguida para trás, mantenha as costas direitas e realize pelo menos 5 rotações em cada sentido, lentamente.

Para alongamento da musculatura, evitar encurtamentos e melhorar contraturas

  • Alongamento da região posterior do pescoço;
  • Alongamento lateral do pescoço com a ajuda da mão;
  • Rodar a cabeça para a direita e para a esquerda até chegar ao limite natural, manter a posição durante 5 segundos em cada lado e voltar ao centro;
  • Flexão lateral, inclinando a cabeça para um lado, de modo a tocar no ombro com a orelha.

Recomendações e exercícios para a região lombar

  • Evitar posturas forçadas;
  • Utilizar calçado com sola que absorva o impacto;
  • Não efetuar rotações da coluna com objetos pesados nos braços;
  • Ao sentar, manter sempre as costas direitas e bem apoiadas.
  • Além disto, é importante fortalecer, tonificar e alongar a musculatura lombar realizando exercícios diários, como:
  • Deitar de barriga para cima, com as pernas fletidas e as mãos na nuca, e levantar a cabeça e os ombros do chão;
  • Deitar com uma almofada debaixo da barriga, levantar uma perna afastando-a ligeiramente do chão e levantar logo de seguida a outra perna;
  • Com as mãos e os joelhos apoiados no chão, esticar a perna levantando-a para trás;
  • Manter as mãos e os joelhos apoiados no chão, com as costas direitas. Começar por curvar as costas com a barriga para dentro e depois para baixo;
  • Deitar de barriga para cima, com as pernas fletidas, os pés apoiados no chão e os braços ao longo do corpo. Levantar os glúteos do chão, mantendo essa posição durante 3 segundos e baixar;
  • Deitar de barriga para baixo, arquear as costas para trás, ajudando com os cotovelos ou com as mãos, o quanto for possível;
  • Deitar de barriga para cima, levar os joelhos ao peito, segurando-os com as mãos e mantê-los o mais próximo possível do corpo;
  • Deitar de barriga para cima, levar os joelhos ao peito e, de seguida, deixá-los cair para um lado enquanto vira a cabeça para o lado contrário.
Programa abem: Rede Solidária do Medicamento
Oito dias após a sua criação, o Fundo Solidário “Emergência abem: COVID-19” conta já com donativos no montante total de 56.022...

O Fundo Solidário “Emergência abem: COVID-19” foi criado para garantir o acesso aos medicamentos, produtos e serviços de saúde a quem está em isolamento social. Promovida pela Associação Dignitude, no âmbito do Programa abem: Rede Solidária do Medicamento, esta iniciativa pretende levar Saúde a quem que se encontra mais frágil no período da pandemia do coronavírus.

“Estamos a travar uma batalha à escala global a que ninguém pode ficar indiferente. Todos somos afetados pela pandemia COVID-19 e todos somos poucos para dar resposta a esta situação. É em momentos difíceis que temos de nos unir para ajudarmos quem precisa. É por isso que apelamos à solidariedade dos portugueses que contribuam para esta causa”, afirma Maria de Belém Roseira, embaixadora da Associação.

Através da articulação com as entidades parceiras do Programa abem: (Autarquias, Instituições Particulares de Solidariedade Social, Cáritas e Misericórdias), os beneficiários abem: inseridos em grupos de risco já podem receber os medicamentos de que precisam em suas casas. Adicionalmente, poderão também usufruir desta possibilidade outros cidadãos que devido à Pandemia COVID-19 apresentem necessidades específicas, desde que referenciados por entidades parceiras e apoiados no acesso a medicamentos, produtos e serviços de saúde.

Os donativos podem ser feitos no website www.abem.pt ou por transferência bancária para o IBAN: PT50.0036.0000.99105930085.59. Os doadores podem enviar comprovativo de transferência, nome e NIF para [email protected] , para que lhes seja emitido o recibo de donativo.

O Programa abem: Rede Solidária do Medicamento da Associação Dignitude é uma iniciativa apoiada pela Portugal Inovação Social, através de Fundos da União Europeia.

Profissionais de saúde
A Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC), organiza, durante a tarde de hoje, um Webinar dirigido a todos os...

A rápida evolução e propagação da Covid-19 por todo o mundo, e agora em fase de mitigação em Portugal, obrigou os sistemas de saúde a profundas adaptações do seu funcionamento. Naturalmente, e à semelhança do que aconteceu noutros países europeus, “foi necessário mobilizar com urgência a comunicação social, a população e o Serviço Nacional de Saúde para o combate à pandemia”, salienta Vítor Tedim Cruz. “No entanto, esse esforço pode estar a ter um impacto negativo no funcionamento da Via Verde para o AVC e na capacidade da população em diferenciar uma situação emergente, como é um AVC, de uma situação potencialmente urgente, como é a infeção por SARS-CoV-2”, afirma o especialista de Neurologia,  esclarecendo que “no primeiro caso, a escala continua a ser aferida em minutos, enquanto no segundo, falamos certamente de dias ou semanas”. 

Neste contexto, a SPAVC mostra-se preocupada com “o impacto potencialmente dramático que este facto terá nas taxas de mortalidade global do nosso país, bem como no estado funcional dos doentes com AVC”, salienta João Sargento Freitas, também médico neurologista e membro da SPAVC. Assim, “urge perceber, quantificar e agir perante estes dados, correndo o risco de não conseguirmos evitar as suas consequências também a este nível”.

Procurando facilitar o diálogo entre os profissionais de saúde envolvidos na abordagem do AVC, esta sociedade médica organiza, durante a tarde de hoje, um fórum de discussão em formato de webinar, em parceria com a iniciativa Angels. O programa de trabalhos previstos inclui reflexões multidisciplinares sobre diferentes momentos da cadeia de tratamento do AVC, integrando ainda a apresentação dos resultados de um inquérito quantificativo aplicado pela SPAVC a todas as Unidades de AVC e centros com capacidade para tratamento trombolítico, procurando sinalizar problemas e tendências, bem como analisar especificidades regionais.

Pretende-se, com este debate, partilhar perspetivas, experiências e opiniões, na tentativa de desenvolver uma “estratégia para mitigar os efeitos deletérios desta pandemia também no AVC, de modo a garantir que todos os doentes possam receber os melhores cuidados, mas também que haja profissionais sãos e devidamente protegidos que possam propiciar esses cuidados”, refere João Sargento Freitas.

“Neste momento, os profissionais procuram orientações práticas que os ajudem a gerir esta situação de múltiplos desafios e limitações”, reforça a coordenadora a iniciativa Angels em Portugal, Cláudia Queiroga, afirmando que “a Angels tem como missão garantir o melhor tratamento aos doentes com AVC, estando ao lado das instituições e dos profissionais para que isso seja possível”.

“Por tudo isto, temos de nos unir e discutir em conjunto os nossos problemas, nesta casa que é a SPAVC. Só assim conseguiremos depois no terreno, ter o discernimento e convicção para defender o que é mais relevante, para mantermos os bons resultados que vínhamos conseguindo no tratamento dos doentes com AVC em Portugal, apesar da pandemia COVID-19”, finaliza Vítor Tedim Cruz, que integra a Direção da SPAVC.

Os profissionais receberão um convite da SPAVC para acompanhar a reunião, que resultará num parecer oficial em nome da Sociedade, a divulgar às entidades decisoras na área da Saúde. Caso se inclua no grupo dos destinatários desta iniciativa e tenha interesse em acompanhar o debate, entre em contacto com a SPAVC.

Pandemia
O alerta é feito pelo Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, que apelou, esta semana, junto...

Em nota publicada na sua página oficial, o Infarmed chama a atenção para a necessidade de “assegurar a permanente disponibilidade de gases medicinais [como o oxigénio, por exemplo] e dispositivos médicos com qualidade, tendo em conta os planos de contingência, as necessidades acrescidas de abastecimento e os novos intervenientes que possam surgir neste contexto de pandemia, como hospitais de campanha”.

O Infarmed lembra ainda que, no âmbito da pandemia de Covid-19, “foi determinado, em termos de Saúde Pública, sem prejuízo de outras prioridades, que o abastecimento e transporte de algumas categorias de medicamentos como os gases medicinais, e o transporte de algumas categorias de dispositivos médicos, como concentradores de oxigénio e ventiladores, são importantes e essenciais tanto para hospitais e outras instituições de saúde, como para o domicílio dos doentes e pessoas mais vulneráveis”.

Para garantir o abastecimento contínuo do mercado e evitar o alastrar da pandemia, o Infarmed pede aos fabricantes e distribuidores de gases medicinais e de dispositivos médicos para assegurarem que “as instalações e equipamentos, o pessoal adstrito às diversas operações, bem como a estrutura e organização internas se encontram adequados e suficientes, de forma a disponibilizar eficazmente e com rapidez as quantidades de medicamentos e de dispositivos médicos que os clientes precisam”.

Recomenda também que adotem as medidas adequadas e necessárias com vista à proteção da saúde de todo o pessoal (incluindo os motoristas), tais como a formação eficaz relativamente às instruções de higiene e fardamento, verificando o seu cumprimento.

O Infarmed alerta ainda para a necessidade de adotarem medidas cautelares adicionais, para evitar que os motoristas, técnicos e o pessoal de distribuição contactem com os colaboradores e doentes das entidades onde entregam e/ou instalam estes produtos, incluindo nos domicílios de utentes, “privilegiando a utilização de sistemas eletrónicos e permanecendo apenas o tempo considerado necessário naqueles locais”.

Devem igualmente “comunicar e sensibilizar as autoridades de segurança e rodoviárias de que a prossecução da sua atividade de distribuição é essencial à Saúde Pública, tendo disponíveis em cada camião ou carrinha toda a documentação comprovativa necessária para apresentar e justificar a necessidade de passagem”, acrescenta.

O Infarmed refere também que os distribuidores domiciliários de medicamentos gases medicinais e de dispositivos médicos devem igualmente garantir “o retorno imediato aos respetivos fornecedores de todo o material usado e vasilhame vazio que detenham” e assegurar uma gestão adequada das equipas com formação adequada.

Doação
O material doado pela EDP chegou a Lisboa esta semana e inclui cerca de 500 mil máscaras cirúrgicas, perto de 20 mil máscaras...

Após contacto com o Gabinete da Secretária de Estado Adjunta e da Saúde, que identificou a lista de equipamentos de proteção individual (EPI) prioritários, a empresa aprovou um investimento de 500 mil euros para a aquisição e oferta desses artigos.

Todos estes materiais estão a ser entregues na Reserva Estratégica Nacional, em Lisboa, ao cuidado do Exército Português, que tem a missão de armazenar e cuidar destes equipamentos até à sua distribuição pelas cinco Administrações Regionais de Saúde (ARS) – Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve – de acordo com as necessidades de cada zona e cada unidade hospitalar.

A propósito da entrega do primeiro lote de material, a Secretária de Estado Adjunta e da Saúde, Jamila Madeira, aproveitou para agradecer a iniciativa de solidariedade da EDP com o SNS, que se junta às de várias outras entidades. “Num contexto muitíssimo exigente de procura pelos países em todos os cantos do mundo, os equipamentos entregues representam uma valiosa ajuda ao intenso trabalho que está a ser desenvolvido em várias frentes para, continuamente, ser possível reforçar a proteção dos nossos profissionais de saúde, que estão na linha da frente do combate à pandemia da Covid-19, em todo o país”, sublinhou a secretária de Estado.

Esta entrega junta-se a outras ofertas significativas que a EDP está a fazer, como é o caso dos 50 ventiladores, 200 monitores médicos e outro material de apoio que chegarão nos próximos dias”, que se juntam a várias iniciativas de apoio a empresas, fornecedores e clientes.

 

 

Campanha
A Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) lança a sua mais recente campanha de angariação de fundos “Seja...

“Um futuro melhor para as crianças e jovens com diabetes” é o mote da campanha, cujo apoio vai permitir a criação de atividades educativas e de momentos de partilha de experiências que darão a estas crianças a possibilidade de ultrapassar o impacto negativo que a diabetes possa causar no seu dia-a-dia.

Para ajudar a APDP com a realização de projetos educativos e de partilha basta inserir o NIF da APDP, 500 851 875, no quadro 11 do modelo 3, e selecionar “Instituições particulares de solidariedade social ou pessoas coletivas de utilidade pública”. Joaquim de Almeida, ator e embaixador desta causa, explica como todos podem ajudar a APDP, com a doação de 0,5% do seu IRS sem qualquer custo associado.

“A APDP é, desde 2009, o único centro nacional reconhecido pela Federação Internacional de Diabetes como Centro de Educação da Federação Internacional da Diabetes (IDF) e, desde 2011, a nível europeu, é também reconhecida como clínica de referência no tratamento de crianças e jovens (Centre of Reference for Pediatric Diabetes).”, afirma José Manuel Boavida, presidente da APDP. “Um futuro melhor depende de todos nós. Este é um apoio muito importante às crianças e jovens que a APDP tem acompanhado anualmente.”, acrescenta.

A diabetes tipo 1 caracteriza-se pela incapacidade do pâncreas em produzir insulina e a sua origem auto-imune não se prende com hábitos de vida ou de alimentação, o que exige uma atenção especial. Segundo o Relatório Anual do Observatório Nacional da Diabetes, em 2016 a diabetes tipo 1 atingia mais de três mil jovens com idades até aos 18 anos. Apesar de não existir uma idade média, sabemos que começa a aparecer cada vez mais no grupo etário abaixo dos seis anos e em proporção maior do que existia anteriormente.

O que esperar
A atual situação de pandemia que o mundo está a sofrer devido ao coronavírus SARS-CoV-2 está a transformar irremediavelmente...

Do ponto de vista da investigação, perfilavam-se avanços no CRISPR/Cas9, uma ferramenta molecular para editar ou corrigir o genoma de uma célula, e também num uso mais eficiente e combinado das chamadas ciências ‘ómicas’: genómica, metabolómica, epigenómica etc. que, mesmo tendo já vários anos de trabalho, na verdade ainda estão no início da sua jornada.

Empresas como a OncoDNA, companhia especializada em medicina de precisão para o tratamento e diagnóstico do cancro, continuam a trabalhar para promover novos avanços nesta última área. A OncoDNA tem-se dedicado ao longo dos anos à análise genómica de amostras de doentes com cancro, tecido e sangue (biópsia líquida), para oferecer mais informações sobre o perfil genético de cada tumor aos especialistas e, assim, determinar a terapia mais apropriada para o tratamento do doente.

Nos últimos 12 meses, e graças ao seu trabalho contínuo em I+D+I, a OncoDNA expandiu o número de genes analisados nos seus testes, alcançando os seus painéis de biópsia sólida OncoDEEP e OncoSTRAT&GO até 313 e, inclusive, combinando análise de tecidos com biópsia líquida em tumores sólidos em estadio IV, além de incorporar novos biomarcadores essenciais para conhecer as peculiaridades que podem ocorrer em cada doente.

Pendentes de todas as novidades

Da mesma forma, os investigadores da OncoDNA continuam atentos às diferentes publicações que estão a surgir nas revistas de maior prestígio do mundo no campo da oncologia para melhorar os seus serviços. Um exemplo disso foram as alterações adotadas há alguns meses no seu teste OncoSTRAT&GO.

Esta nova versão inclui o estudo de mutações na linha germinativa nos genes ATM, BRCA1 e BRCA2, bem como noutros genes das vias envolvidas na recombinação homóloga, que também podem ser tratados com inibidores da PARP. Uma solução que já está disponível e é especialmente útil em doentes com cancro da mama, ovário, próstata, pâncreas e triplo negativo.

A partir dos seus laboratórios e com a colaboração de diferentes hospitais e centros especializados em oncologia em todo o mundo, a OncoDNA também está a trabalhar nessa combinação de ciências ‘ómicas’, que poderiam oferecer uma visão muito mais individualizada do perfil molecular de cada doente, melhorando assim as suas perspetivas de sucesso contra o cancro. Além de poder transformá-las numa ferramenta eficaz para prever e assumir estratégias de intervenção preventiva.

Mais avanços em big data

O processamento de grandes quantidades de dados também continuará a ser fundamental no campo da medicina personalizada. E cada vez mais, levando em conta que a evolução progressiva das ciências ‘ómicas’ exigirá tecnologias que traduzam os seus resultados num idioma compreensível para os profissionais de saúde.

No caso oncológico, começam a surgir aplicações informáticas capazes de processar e traduzir em muito pouco tempo uma grande quantidade de informação genética oferecida por cada análise genómica. Como na OncoKDM, uma plataforma inteligente de interpretação genómica on-line que responde às necessidades mais imediatas dos oncologistas, patologistas e outros especialistas em biologia molecular.

“A plataforma é capaz de reunir todas as informações recolhidas sobre um doente, como os resultados de qualquer tecnologia genómica, dados de patologia molecular ou informações clínicas, analisando-as e interpretando-as efetivamente a nível clínico e biológico em poucos minutos. Dessa forma, facilita a tomada de decisão do oncologista na escolha da terapia ideal para o doente ou na procura de ensaios clínicos disponíveis no seu país de origem”, explica Adriana Terrádez, diretora da OncoDNA para Espanha e Portugal.

Espera-se que soluções como as de testes genómicos ou softwares e plataformas para o processamento e interpretação de dados genómicos continuem a evoluir no futuro, a fim de melhorar o atendimento aos doentes oncológicos e tomar as decisões mais adequadas em cada caso. Nesse sentido, “trabalha-se todos os dias para que as novidades cheguem o mais rápido possível. Mesmo nestes tempos de incerteza”.

Iniciativa
Para responder às várias questões que têm surgido por parte de doentes com Esclerose Múltipla (EM) e cuidadores, sobre o COVID...

A conferência online, moderada pela Jornalista Cláudia Pinto, contará com a presença de João Cerqueira, Presidente do GEEM; Carlos Capela, Neurologista do Centro Hospitalar Lisboa Central; da Enfermeira Fátima Lopes, do Centro Hospitalar São João; da Assistente Social Ana Sofia Fonseca, da SPEM e ainda de Alexandre Guedes da Silva, Presidente da SPEM.

 “O que sabemos sobre a COVID-19 e sobre esta infeção na pessoa com EM? Quais os desafios para os doentes com EM? Quais os cuidados a ter no domicílio? Quais os direitos laborais e benefícios sociais? Qual o papel das Associações de Doentes no contexto atual de pandemia?” Estas e outras questões, serão respondidas pelos participantes, em direto, durante cerca de uma hora.

Para acompanhar o direto basta aceder às páginas de Facebook destas associações:  https://www.facebook.com/SPEMPortugal/, https://www.facebook.com/ANEM.Assoc.Nacional.Esclerose.Multipla/ ou https://www.facebook.com/TEMesclerosemultipla/.

 

Covid-19
A Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) enviou ontem uma carta ao Primeiro Ministro onde expressa a sua...

A seguir às doenças cardíacas, a diabetes acarreta um risco acrescido de complicações por infeção do novo coronavírus. De acordo com os dados, estima-se que as taxas de mortalidade por Covid-19 associadas à diabetes se situem nos 10%. Uma situação que muito preocupa José Manuel Boavida, presidente da APDP.

“Tendo consciência desta crua realidade e do significado destes números, preocupam-nos as pessoas com diabetes, com mais de 60 anos, profissionalmente ativas e que não apresentam doença incapacitante que justifique uma baixa médica. Pelo que sabemos, as pessoas com diabetes acima dos 60 anos não se encontram abrangidas pelo regime de proteção especial publicado no Decreto n.º 2-A/2020 de 20 de março e desconhecemos medidas de apoio específicas para este grupo de risco”, escreve apelando que este regime seja revisto e “e alargado às pessoas com doença crónica e mais de 60 anos”.

Recorde-se que esta associação, dentro da sua área de intervenção, tem criado mecanismos que visam a informação e proteção dos doentes. “Por acreditarmos que todos temos algo a fazer, a APDP implementou um sistema de teleconsultas, ligamos diariamente a milhares dos nossos utentes, criámos uma linha de atendimento telefónico acessível a todos os portugueses com diabetes, criámos um serviço domiciliário de entrega de medicamentos e continuamos a observar, presencialmente, novos casos de diabetes e situações urgentes”, esclarece José Manuel Boavida.

 

Covid-19
Já notou na quantidade de vezes que leva as mãos aos óculos ou que os deixa pousados em superfícies?
Mulher ruiva com óculos

Se quem utiliza óculos deve ter cuidado quanto à sua utilização e manuseamento durante a pandemia COVID-19, de forma a evitar possíveis contágios, então quem usa lentes de contacto tem de ter cuidados redobrados.

Um dos erros mais comuns é esfregar os olhos, o que deve ser evitado. Sabendo que pode ser difícil contrariar este hábito natural, é importante ter consciência que ao evitá-lo estamos a proteger a córnea e a diminuir o risco de infeção. Assim, se sentir vontade de esfregar ou mexer nos olhos, ou até de ajustar os óculos, use um lenço de papel em vez dos dedos. Os olhos secos podem levar a mais comichão ou desconforto; se for este o caso, use as suas gotas hidratantes.

Óculos – um veículo forte para a contaminação da COVID-19

Estão constantemente a ser pousados em sítios e agarrados com as mãos. Quem usa óculos deve estar alerta para o perigo acrescido de contágio, uma vez que estes podem ser um grande foco de contaminação.

Ao contrário de outros objetos, o álcool não é o mais indicado para higienizar os óculos, pois pode danificar o material da armação e os tratamentos das lentes. Estes devem ser lavados com água e sabão e só depois limpos com a microfibra que costuma acompanhar os estojos, para não a contaminar. Este procedimento deve ser repetido várias vezes ao dia.

Lentes de contacto – cuidados de higiene redobrados

Antes de colocar as lentes de contacto deve lavar as mãos com água e sabão, no mínimo, durante 20 segundos. Certifique-se de que não ficam vestígios de perfumes ou cremes - se este tipo de produtos entrar em contacto com as suas lentes, pode provocar irritação nos olhos e/ou visão turva.

Se usa maquilhagem, aplique-a depois de colocar as lentes e vice-versa – as lentes devem ser tiradas antes de remover a maquilhagem. Mantenha sempre as unhas curtas e sem arestas para evitar danificar as lentes e/ou arranhar o olho e nunca utilize as lentes de contacto de outra pessoa, especialmente se estas já tiverem sido utilizadas. O risco de contrair infeções é imenso. A nossa saliva não é uma solução estéril, por isso nunca as humedeça na boca.

Enquanto usa as lentes e de forma a evitar o contágio desta doença, ou mesmo outras infeções, existem alguns passos que deve cumprir:

  • Nunca utilize as lentes de contacto por um tempo superior ao recomendado pelo seu especialista da visão.
  • Utilize apenas gotas ou outros produtos oculares prescritos pelo seu especialista da visão. Alguns produtos de venda livre não são compatíveis com o uso de lentes de contacto.
  • Não durma com as lentes de contacto colocadas, a não ser que tenham sido prescritas para esse fim… a probabilidade de causar infeções oculares graves é maior. Quando estamos de olhos fechados, as lágrimas não fornecem aos olhos a quantidade necessária de oxigénio, fazendo com que as lentes fiquem secas e se colem aos olhos.
  • Retire as lentes de contacto antes de tomar banho, nadar ou qualquer atividade em que possa entrar água nos seus olhos.
  • Utilize óculos de sol com proteção total contra os raios ultravioleta ou um chapéu com pala/abas enquanto estiver ao sol. Apesar de algumas lentes já apresentarem proteção contra os raios UV, podem deixar os olhos mais sensíveis à luz.
  • Respeite a regra 20-20-20 quando passa muito tempo em frente a ecrãs digitais. A cada 20 minutos olhe para um objeto a 20 pés (6,1 metros) durante 20 segundos - é uma boa solução para reduzir a fadiga ocular.

Quando retirar as suas lentes de contacto, deve guardá-las numa solução própria para elas. Nunca as lave ou guarde em água, nem utilize uma solução salina caseira. Nunca as desinfete com soro fisiológico, pois este não possui essa função.
Não aproveite a solução antiga, esta deve ser substituída no estojo das lentes a cada utilização. Devem ser armazenadas de acordo com os conselhos de utilização do seu especialista da visão e da própria embalagem da solução salina.
A caixa das lentes de contacto deve estar sempre limpa, para isso pode recorrer a uma solução estéril ou a água quente e deixar secar ao ar livre. Deve ser substituída, pelo menos, de três em três meses ou sempre que estiver danificada.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo
Um estudo desenvolvido por uma equipa de investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) sugere que a...

Conduzido por Francisco Caramelo, Nuno Ferreira e Bárbara Oliveiros, este estudo teve como objetivo determinar o risco de mortalidade por COVID-19 ajustado à idade, género e presença de comorbilidades como diabetes, hipertensão, doença cardiovascular, respiratória ou oncológica, doenças muito prevalentes na população portuguesa.

O trabalho, explicam os investigadores, foi desenvolvido em finais de fevereiro, «imediatamente após ter sido publicado um artigo do CDC [Centro de Controlo de Doenças] chinês que reportava a razão de letalidade dos casos confirmados na China até à data, mas não apresentava estimativas do risco de mortalidade na presença de uma ou mais características dos indivíduos, representando uma mais-valia para o artigo do CDC chinês ao quantificar o risco associado».

Para estimar as comorbilidades com maior peso na mortalidade pela doença causada pelo novo coronavírus, a equipa usou ferramentas matemáticas simples. A abordagem adotada pode ser utilizada para determinar a probabilidade de morte por COVID-19 para um paciente em particular, dada a sua faixa etária, sexo e comorbilidades associadas.

Sendo já conhecido que a taxa de mortalidade atinge mais os homens, os mais idosos, e indivíduos com comorbilidades associadas, o estudo da equipa da FMUC reporta uma maior probabilidade de mortalidade nos homens, aumentada entre 1,60 a 2,13 vezes, com 95% de confiança. «Encontramos também um aumento do risco de mortalidade associado à idade, principalmente a partir dos 50 anos, sendo este risco, em média, 6,76 vezes maior a partir desta idade, 18,82 vezes maior a partir dos 60 anos, 43,73

vezes maior a partir dos 70 anos e 86,87 vezes maior a partir do 80 anos, quando comparado com a classe de referência (até aos 20 anos)», sublinham os investigadores.

Apesar de neste momento não ser possível ainda aferir estes resultados na população portuguesa, dado que das mortes registadas nenhuma ocorreu abaixo dos 40 anos, segundo os dados da DGS, «observa-se que a distribuição da mortalidade por grupo etário, em Portugal, está próxima do que ocorre normalmente em termos de mortalidade na população portuguesa por grupo etário, segundo informações recolhidas no PORDATA. Outro fator importante é que a presença de qualquer comorbilidade, como diabetes, hipertensão, doença cardiovascular, cancro ou doença respiratória se traduz no aumento do risco de mortalidade, sendo a doença cardiovascular aquela que tem um maior peso, seguida da diabetes», afirmam.

Comentando os resultados obtidos, Francisco Caramelo, Nuno Ferreira e Bárbara Oliveiros reforçam os alertas que têm sido amplamente divulgados, salientando que, «embora a letalidade não seja, ainda, elevada em Portugal, estima-se que a percentagem de casos severos a necessitar de ventilação venha a ser muito alta; noutros países é aproximadamente de 16% e este valor conhece-se desde meados de Janeiro (China); são conhecidas situações onde os profissionais de saúde têm sido obrigados a escolher quem acede ou não a estas unidades. Esta percentagem faz com que qualquer serviço nacional de saúde fique sobrecarregado se o número de infetados for muito elevado, pelo que é crucial diminuir o número de infeções restringindo para isso o contacto social».

Agora, tal como muitos outros cientistas, e após ter submetido outro trabalho que avalia o efeito das condições meteorológicas na propagação da doença, a equipa da FMUC está focada em determinar «o pico a partir da estimativa do número máximo de casos infetados. Estamos a usar métodos de inteligência artificial, mas os modelos são muito dinâmicos no tempo e não tem sido fácil conseguirmos validar o modelo, tal como tem acontecido a outros investigadores».

Os investigadores disponibilizam ainda diariamente uma descrição detalhada com diversos indicadores sobre a evolução da doença em Portugal. Essa informação pode ser acompanhada em: https://apps.uc.pt/mypage/faculty/bcpaiva/pt/daily_covid19 e em: https://covid-pt.blogspot.com/.

Ensaio clínico
Ao longo dos últimos anos, têm sido realizados vários ensaios clínicos com o objetivo de determinar se a administração de...

Um grupo de investigadores da Universidade de Duke, nos EUA, liderado por Joanne Kurtzberg, prestigiada médica hemato-oncologista e pioneira em transplantação com sangue do cordão umbilical, conduziu um ensaio clínico em que foram observadas melhorias significativas no comportamento, comunicação, aptidões sociais e outros sintomas de autismo em crianças com PEA tratadas com o seu próprio sangue do cordão umbilical. Os resultados deste estudo sugerem que o sangue do cordão umbilical desencadeia alterações favoráveis na comunicação entre determinadas regiões do cérebro.

No seguimento dos resultados positivos obtidos neste e noutros ensaios clínicos, a Agência Reguladora norte-americana Food and Drug Administration (FDA) aprovou, em 2017, a realização de um ensaio clínico em que o centro médico da Universidade de Duke, nos EUA, foi autorizado a tratar crianças com várias doenças neurológicas, usando o seu sangue do cordão umbilical ou de um irmão compatível. Entre novembro de 2017 e junho de 2019 foram tratadas 276 crianças ao abrigo deste ensaio clínico, sobretudo casos de autismo e paralisia cerebral. Duas crianças com PEA, cujo sangue do cordão umbilical estava armazenado na Crioestaminal, foram tratadas na Universidade de Duke pela equipa de Kurtzberg.

Está atualmente a ser estudada a aplicação de células estaminais mesenquimais do tecido do cordão umbilical no tratamento de PEA, com resultados preliminares favoráveis. Recentemente, a equipa da Universidade de Duke registou um novo ensaio clínico, que pretende testar a segurança e exequibilidade da administração de células estaminais do tecido do cordão umbilical em 12 crianças, com idades compreendidas entre os 18 e os 30 meses, diagnosticadas com PEA, prevendo-se a sua conclusão para agosto de 2022.

Segundo Bruna Moreira, Investigadora do Departamento de I&D da Crioestaminal, “até ao momento, o campo emergente da terapia celular para Perturbações do Espectro do Autismo tem obtido resultados favoráveis, podendo vir a constituir uma alternativa terapêutica capaz de melhorar a sintomatologia associada a estes transtornos do desenvolvimento. A realização de mais ensaios clínicos, envolvendo um maior número de doentes, é fundamental para que seja possível retirar conclusões definitivas acerca da eficácia deste tipo de abordagem terapêutica”.

As Perturbações do Espectro do Autismo (PEA) compreendem um conjunto de transtornos do desenvolvimento infantil caracterizados por défices na comunicação e interação social e pela presença de interesses restritos e comportamentos repetitivos. Os transtornos do espectro autista resultam de alterações no normal desenvolvimento cerebral e, embora não sejam claras as razões que conduzem ao seu aparecimento, vários estudos sugerem que a inflamação ao nível do cérebro desempenha um papel importante nesse processo.

As estratégias terapêuticas atuais, nomeadamente medicação e terapia ocupacional, comportamental e da fala, têm-se revelado insuficientes, tornando-se cada vez mais importante encontrar outras respostas para o tratamento de PEA.

Inovação
Trata-se de um ventilador de emergência para cuidados intensivos, que incorpora apenas materiais e componentes industriais...

O movimento #ProjectOpenAir acaba de anunciar que um grupo de voluntários portugueses terminou com sucesso a primeira fase do desenvolvimento de um ventilador de código aberto, para cuidados intensivos, com um valor de produção muito inferior ao padrão. Um modelo mínimo, sem a sofisticação dos habituais ventiladores pulmonares, mas que pode ser muito útil nas atuais circunstâncias e a muitos países.

Os detalhes do desenvolvimento e do equipamento foram sistematizados num artigo científico intitulado "Proof-of-concept of a minimalist pressure-controlled emergency ventilator for COVID-19", que estará disponível em breve para consulta no repositório arxiv.org.

A publicação deste artigo acontece depois da equipa ter feito uma prova de conceito bem-sucedida, nos laboratórios associados ao projeto, e da patente ter sido registada em nome da Humanidade, para que nenhuma entidade possa retirar proveitos económicos desta inovação

A ideia que esteve na base deste desenvolvimento surgiu nos primeiros dias de existência do #ProjectOpenAir, há duas semanas, e materializou-se com o contributo de várias personalidades e entidades, que incluem o LIP ( Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas), a FCT NOVA (Faculdade de Ciências e Tecnologia da NOVA), a NOVA Medical School, o ICNAS (Instituto de Ciências Nucleares aplicadas à Saúde), a Harvard University e dois engenheiros portugueses que trabalham para equipas de Fórmula 1.

De acordo com os mentores do projeto, “a grande mais-valia deste ventilador é que pode ser construído rapidamente com recurso a componentes baratos e de fácil acesso, o que significa que pode ser produzido em massa e em qualquer parte do mundo, a um baixo preço e com grande rapidez. Trata-se de um ventilador de emergência, que cumpre os requisitos mínimos necessários à ventilação de doentes COVID-19, por isso, numa altura em que o mundo corre contra o tempo para se dotar das soluções necessárias para fazer face à pandemia, esta solução pode ajudar-nos a salvar dezenas de milhares de vidas”

O #ProjectOpenAir surgiu pela vontade de um conjunto de voluntários contribuírem para a luta contra o COVID-19, reunindo esforços que permitam dotar os profissionais de saúde dos meios técnicos necessários para prestar os melhores cuidados

 

Movimento SOS.COVID19.PORTUGAL
O movimento da sociedade civil SOS.COVID19.PORTUGAL acaba de arrancar com a sua segunda campanha de angariação de fundos,...

Esta campanha respondeu ao apelo do Presidente desta instituição, Manuel Lemos, que informou que as necessidades desses equipamentos são prementes e que alguns desses estabelecimentos se encontram já em rotura.

Todo o dinheiro angariado será transformado em EPI’s, nomeadamente, máscaras, luvas, batas, fatos de proteção, proteções oculares, etc), que serão entregues pelo próprio movimento, à semelhança do que aconteceu com a campanha realizada com os hospitais, na sede da União das Misericórdias, para que esta os possa distribuir equitativamente pelos vários centros.

As necessidades atuais dos EPIS’s para quem cuida dos idosos são brutais. Nesta altura, e para um período de 60 dias, os centros necessitam de 2 milhões de luvas de latex, 4 milhões de luvas de nitrilo, 20.000 caixas de máscaras cirúrgicas, 25.000 unidades de máscaras FFP3 e 175.000 FFP2, 100,000 litros de álcool gel, batas, fatos, viseiras e toucas.

Esta nova campanha do SOS.COVID19.PORTUGAL decorrerá nas mesmas plataformas em que decorreu a dos hospitais e será coordenada em parceria com a própria União das Misericórdias.

Como referiu Mariana Roque do Vale, uma das oito fundadoras do SOS.COVID.PORTUGAL ‘Perante o momento que vivemos, e depois de confrontadas com a realidade dramática vivida pelos idosos institucionalizados,  não pudemos deixar de responder aos diversos apelos que nos chegaram através de várias pessoas e entidades, no sentido de prosseguirmos com este movimento de entreajuda.’ Refere ainda que ‘perante a situação trágica que passamos, o momento é de entreajuda e de solidariedade e o SOS.COVID19.PORTUGAL só não ajudará naquilo que não lhe seja mesmo possível fazê-lo. Sabemos que só através da solidariedade e da ajuda entre todos conseguiremos superar este momento e prepararmo-nos para o futuro’.

 

Investigação
As causas de cerca de 40% de determinados casos de meduloblastomas – tumores cerebrais agressivos que atingem as crianças – são...

Os meduloblastomas estão entre os tumores cerebrais malignos mais comuns em idade pediátrica. Eles se espalham do cerebelo para o tecido circundante e também podem se espalhar para outras partes do sistema nervoso central através do fluido cefalorraquidiano. Como crescem rapidamente, os médicos não têm muito tempo para encontrar um tratamento adequado.

Pesquisadores do EMBL, juntamente com colegas do Hopp Children's Cancer Center Heidelberg (KiTZ), conduziram a mais abrangente investigação genética relacionada ao meduloblastoma até o momento. "Analisamos o genoma e o genoma do tumor de 800 crianças, adolescentes e adultos com meduloblastoma e comparamos os dados genéticos com dados de indivíduos saudáveis", explica o autor principal, Sebastian Waszak, do EMBL.

Ao caracterizar as propriedades moleculares do meduloblastoma, os cientistas esperam ser capazes de recomendar outras opções de tratamento além de terapias padrão, e desenvolver novas terapias com foco no modo de ação. Ao analisar o genoma saudável e mutante, eles se depararam com uma diferença hereditária particularmente marcante em crianças e jovens com tumores cerebrais de um subgrupo meduloblastoma chamado Sonic Hedgehog.

Um defeito genético hereditário em 15% dos casos mostra que os tumores não são capazes de produzir a proteína complexa do elongator 1 (ELP1). Esta proteína está envolvida em garantir que outras proteínas sejam adequadamente montadas e dobradas de acordo com o código genético. Os últimos achados mostram que, sem o ELP1, grande parte da produção de proteínas em tumores é alterada: A montagem e dobragem de proteínas maiores, em particular, deixa de funcionar adequadamente, e a acumulação dessas proteínas que não funcionam coloca as células em stresse permanente, diz o diretor do KiTZ, Stefan Pfister.

Ao analisar os genomas de alguns dos pais e avós dos participantes do estudo, os pesquisadores também estabeleceram que essa nova doença genética é hereditária. "Isso torna, até agora, este defeito genético congénito o mais frequente a estar associado ao meduloblastoma", diz Jan Korbel, coautor do estudo e líder de grupo na EMBL Heidelberg. Sebastian Waszak, líder do grupo norueguês da parceria nórdica do Laboratório Europeu de Biologia Molecular, acrescenta: "Os últimos resultados mostram que cerca de 40% das crianças e jovens que sofrem desse subtipo de meduloblastoma têm uma predisposição genética congénita para a doença. Essa é uma proporção muito maior do que tínhamos assumido".

Identificar causas hereditárias do cancro com antecedência pode ajudar a tomar a decisão terapêutica certa e pode reduzir o risco de recaída em crianças. "Por exemplo, no caso de uma predisposição hereditária para quebras de DNA, certas quimioterapias ou radioterapia podem levar a tumores secundários. Nesses casos, a primeira doença não deve ser tratada com muita agressividade", diz Stefan Pfister.

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