Sociedade Portuguesa de Diabetologia
A Sociedade Portuguesa de Diabetologia, com o apoio da AstraZeneca, organiza, no próximo dia 2 de abril, a sessão “Desa¬fios na...

Com a intervenção de João Raposo, presidente da Sociedade Portuguesa de Diabetologia, do virologista José Miguel Azevedo-Pereira, a sessão irá abordar as características da COVID-19, a epidemiologia e as estratégias de prevenção, assim como o desafio para a pessoa com diabetes em período de pandemia pela COVID-19. Paralelamente, Rita Nortadas especialista em Medicina Interna e Secretária Geral da Sociedade Portuguesa de Diabetologia, partilhará as boas práticas para o sucesso da consulta de diabetes à distância, garantido o melhor acompanhamento destes doentes, considerados um dos grupos de maior risco do novo Coronavírus.

Para participar os profissionais de saúde devem aceder ao link disponibilizado no site da Sociedade Portuguesa de Diabetologia (www.spd.pt).

Financiamento europeu
Centros de Investigação e Instituições de Ensino Superior nacionais viram 22 projetos aprovados nos últimos concursos do...

Uma parte significativa dos projetos aprovados é da área da saúde, com foco na investigação em novas terapias antivíricas e imunologia, doenças do cérebro e neurológicas, e na saúde do envelhecimento. Os projetos na área da engenharia abordam temas como a segurança alimentar, biotecnologia alimentar, sistemas sustentáveis de energia, materiais sustentáveis e digital. Existem ainda projetos financiados nas áreas da biotecnologia marinha, ambiente e inovação social.

As entidades nacionais registaram um desempenho acima da média dos restantes estados membros, apresentando uma taxa de sucesso de 32% face à média dos países da UE 27 (18%). Os Centros de Investigação viram aprovados 12 projetos e as entidades de Ensino Superior 10, obtendo um total de financiamento de 18.7 M€ e de 15.3 M€, respetivamente.

A região Norte do país foi a que obteve mais financiamento – 13.5 M€, ou seja 40% do total obtido pelas entidades nacionais, e Lisboa e Vale do Tejo a que conseguiu mais projetos aprovados (9). O Alentejo viu o projeto “Waste to Hydrogen”, do Instituto Politécnico de Portalegre, alcançar um apoio de perto de 900 mil euros.

 

Opinião
Nos últimos 25 anos assistimos a um progresso considerável no tratamento dos doentes com Acidente Va

O AVC é uma emergência médica, sendo atualmente a principal causa de morte e incapacidade permanente em Portugal. A cada hora 3 portugueses sofrem um acidente Vascular Cerebral, um deles não sobrevive, e metade dos sobreviventes ficarão com sequelas incapacitantes.

O que podemos melhorar?

Em primeiro lugar devemos PREVENIR! O AVC pode ser evitado em cerca de 80% dos casos. Temos de prevenir um primeiro evento, mas também evitar a recorrência. Existem fatores determinantes como a genética, a idade ou o género, que não são passíveis de ser alterados, mas controlar a pressão arterial, tratar a diabetes e a dislipidemia; adotar uma alimentação adequada, pobre em gorduras e sal; praticar exercício físico regularmente; não fumar (fumar duplica o risco de ter um AVC), nem consumir bebidas alcoólicas, são  formas de reduzir o risco de sofrer um AVC. Em muitos casos, a alteração dos hábitos do dia-a-dia não é suficiente, sendo obrigatório iniciar terapêutica farmacológica para correção dos fatores de risco. Em todas as situações em que existe patologia associada deve ser feito seguimento regular em consulta, seguindo as orientações do médico assistente.

É também importante promover a EDUCAÇÃO DA POPULAÇÃO, no sentido de ser capaz de reconhecer os sinais de alarme. Temos de alertar para o facto de o AVC ser uma situação potencialmente ameaçadora de vida, uma verdadeira emergência médica e, fundamentalmente, da necessidade de intervenção precoce. Entre os sintomas mais frequentes salienta-se um conjunto de manifestações comumente conhecido pelos “5 F’s”. São eles: a Face descaída, dando uma sensação de assimetria do rosto; a diminuição da Força num braço (acompanhada ou não de diminuição de força na perna); a dificuldade na Fala, dificuldade em ter qualquer tipo de discurso, fala arrastada ou existência de discurso pouco compreensível e sem sentido; a Falta súbita de visão, alteração da visão ou diminuição abrupta num ou em ambos os olhos ou visão dupla; e a Forte dor de cabeça, dor de cabeça muito intensa e diferente do habitual. Sempre que estes sinais surgirem, deve ser contactado o 112, que disponibilizará os meios de auxílio específicos, ao acionar a VVAVC, para transportar o doente ao hospital com capacidade para proporcionar o tratamento adequado, no mais curto espaço de tempo.

Depois da ativação da VVAVC é importante o TRATAMENTO, adaptado a cada situação, de acordo com tipo de AVC. Nesta fase, a organização do sistema de seleção e referenciação para terapêutica endovascular é determinante. Temos que garantir o acesso ao tratamento ao maior número de doentes possível, diminuir as assimetrias que se verificam ao nível das várias regiões (os grandes centros têm o acesso mais facilitado) e otimizar a disponibilidade de meios (a nível de equipamento e recursos humanos). Assim, além da adequada gestão dos recursos disponíveis é fulcral garantir o investimento adequado.

Por fim, é imprescindível não descurar a REABILITAÇÃO, aumentando a referenciação e a disponibilidade de unidades diferenciadas. A reabilitação assume um papel preponderante a vários níveis:  recuperação funcional, cognitiva e psicossocial; integração social; melhoria de qualidade de vida; manutenção de atividade e grau de independência.

São assim prioritárias campanhas de informação e formação à população, além da intervenção das entidades públicas no sentido de priorizar o investimento para a abordagem desta devastadora patologia.

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Fonte: 
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
NEUrgMI
O Núcleo de Estudos de Urgência e do Doente Agudo (NEUrgMI) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) considera que...

Nesse sentido os internistas que trabalhem no Serviço de Urgências deverão ter:

  • Acesso a informação crucial e permanente por parte das instituições e da tutela;
  • Possibilidade de protecção individual adequada (norma 13/2020 da DGS);
  • Possibilidade de trabalhar em Serviços de Urgência com adequada definição de circuitos (desde o ADC à alta para domicílio ou ao internamento), tal como define a Norma 04/2020 da DGS.

A COVID-19 é uma doença emergente, conhecida desde há poucos meses, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, pelo que todo o conhecimento que temos sobre ela reside sobretudo na experiência de vida real dos vários países que têm sido vítimas desta pandemia, nomeadamente da China e da Itália. Apesar disto, neste pouco tempo, tem sido impressionante o avolumar de artigos científicos sobre a epidemiologia, o diagnóstico e o tratamento desta nova doença.

Sabe-se que 80% da população terá sintomas ligeiros, estando preconizado a quarentena em casa, sob medidas de alívio de sintomas, nomeadamente paracetamol para a febre, descanso, reforço hídrico.

Sabe-se que 15% da população terá sintomas moderados a graves. Irão precisar de internamento Hospitalar. Nesse subgrupo encontram-se os doentes com várias comorbilidades. O papel do Internista será fundamental na optimização terapêutica.

Sabe-se que 5% da população irá evoluir de forma mais grave, necessitando de admissão em Unidade de Cuidados Intensivos (a Sociedade de Cuidados Intensivos emitiu uma série de recomendações e orientações terapêuticas).

Actualmente os fármacos utilizados são off-label. Tratando-se de um vírus novo, ainda estamos todos numa fase de intensa investigação. Estudos robustos e sólidos serão necessários (a Norma 04/2020 de 23.03.2020 da DGS apresenta uma tabela com esquema terapêutico). Existem vários algoritmos terapêuticos, talvez não muito diferentes entre si, mas não validados.

Como todas as doenças agudas, a porta de entrada destes doentes será o Serviço de Urgência dos nossos Hospitais, pelo que o NEUrgMI não podia deixar de se manifestar junto dos internistas que estão neste momento na linha da frente no combate a este agente invisível (nos SUs, nas enfermarias, nos internamentos COVID-dedicados, nas UCIs).

Muitas já foram as orientações e normas emanadas pela DGS consoante a evolução da doença, desde a sua fase inicial, passando pela fase de epidemia até à de pandemia; desde a fase de contenção até à actual fase de mitigação.

Se pensarmos que estamos perante uma maratona, temos um longo caminho pela frente.

Esperamos que o conhecimento e as medidas adoptadas (nomeadamente o isolamento social) aplanem a curva de incidência de novos casos de forma a que o SNS e os nossos Hospitais consigam dar resposta.

A resposta que o Serviço de Urgência terá que dar é um desafio enorme para todos.

Covid-19
No momento atual de pandemia da Covid-19, a Fundação Rui Osório de Castro (FROC) disponibiliza 100 mil euros para garantir que...

Este donativo será destinado à compra de um ecógrafo para o serviço de cuidados intensivos pediátricos do Hospital CHUC – Pediátrico de Coimbra, equipamento de proteção individual e de desinfeção e outros bens ou equipamentos que possam vir a ser identificados como necessários pelos três centros de referência de oncologia pediátrica que existem em Portugal e pelas famílias das crianças com doença oncológica.

Através da Hovione, que se encontra a produzir solução antissética de base alcoólica (SABA), comummente designada por gel álcool, a FROC irá também assegurar a disponibilidade desta solução desinfetante ao seu público-alvo. Esta ação é coordenada com a Acreditar – Associação de Pais e Amigos das Crianças com Cancro.

Cristina Potier, Diretora da FROC, afirma: “Esta situação de emergência nacional e mundial é totalmente inesperada e ainda não sabemos quanto tempo durará. Perante este cenário, não podíamos ficar de braços cruzados, e excecionalmente vamos apoiar as nossas crianças e as suas famílias fora da nossa área de atuação. Queremos responder às suas necessidades e suas famílias. Elas são sempre a nossa prioridade. Estas necessidades são identificadas pelos três centros de referência de oncologia pediátrica e pela Acreditar”.

Paralelamente, e já na sua área de atuação, a Fundação disponibiliza no Portal de Informação Português de Oncologia Pediátrica (PIPOP) uma secção especialmente dedicada à Covid-19. Nesta área, as famílias encontram indicações básicas sobre os cuidados que devem ter, como lidar e como falar sobre o tema com ligações para outros sites com informação em que se pode confiar. 

Balanço
Duas farmácias continuam encerradas devido a casos de infeção por Covid-19 nas suas equipas. “Farmacêuticos comunitários...

No dia 23 de Março fechou uma farmácia em Vila Nova de Gaia e no dia seguinte outra no distrito de Bragança.

Ao todo, a epidemia já levou ao encerramento de sete farmácias. Cinco já reabriram, após exames realizados a toda a equipa.

"Os farmacêuticos comunitários e as suas equipas estão na primeira linha de combate ao vírus e atendem muitos casos suspeitos, porque grande parte da população está habituada a resolver as suas dúvidas e afeções respiratórias nas farmácias", relata Nuno Flora, secretário-geral da Associação Nacional das Farmácias. "As equipas das farmácias estão a trabalhar em condições especialmente difíceis, com escassez de máscaras, desinfetantes e outros equipamentos de proteção, o que deve merecer o reconhecimento e respeito de todos", conclui este responsável.

As farmácias suspendem a sua atividade em caso de infeção para a realização de testes a toda a equipa, após o período de janela para manifestação do vírus.

 

Disponível 24h por dia
A Linde Saúde acaba de disponibilizar uma Linha de Apoio à Ventilação exclusivamente dirigida aos médicos e profissionais de...

A linha de apoio vai estar disponível 24 horas por dia, sete dias por semana para ajudar no combate a esta crise de saúde pública.

“Devido à situação imposta pela COVID-19, uma parte dos doentes pode ter necessidade de ser ventilado, sobretudo os mais críticos. A diversidade das equipas de profissionais de saúde bem como a variedade de ventiladores disponíveis levará a uma necessidade de adaptação técnica rápida e competente. Conscientes do nosso papel perante o cenário atual, criámos uma linha de atendimento efetuado por profissionais de saúde, que através da sua experiência e conhecimento poderão contribuir para o esclarecimento de dúvidas ou dificuldades dos que se dedicam a 100% a ajudar os doentes com necessidade de ventilação, para que consigam fazer o seu trabalho com segurança e dar uma resposta ainda mais rápida”, destaca Maria João Vitorino, Homecare Business Manager da Linde Saúde. 

“Vivemos momentos de enorme angústia e incerteza, em que a capacidade de antecipar as dificuldades e potenciar a agilidade, segurança do doente e eficácia terapêutica, podem fazer a diferença. É precisamente nesse sentido que a Linde Saúde reuniu a sua equipa mais experiente em ventilação para, através deste número de apoio, ajudar os que estão na linha da frente no combate a esta pandemia”, conclui Maria João Vitorino.

 

Iniciativa
Transmissão em direto no Facebook volta a permitir o esclarecimento de dúvidas dos doentes oncológicos, desta vez sobre...

Depois do sucesso da primeira sessão online, a Associação Careca Power, a Europacolon Portugal - Associação de Apoio ao Doente com Cancro Digestivo, e a Evita – Associação de Apoio a Portadores de Alterações nos Genes relacionados com o Cancro Hereditário, com o apoio da AstraZeneca, promovem uma segunda sessão online, com transmissão em direto nas suas páginas de Facebook, no próximo sábado, 28 de março, pelas 16h. Desta vez, o objetivo passa por esclarecer os doentes oncológicos e os seus familiares sobre os direitos legais destes doentes no contexto de pandemia.

Quais as principais mudanças durante esta situação excecional que vivemos? O que muda e o que se mantém na proteção social a estes doentes? No caso dos doentes que exercem atividade no atendimento ao público, que medida devem adotar - continuar a trabalhar ou colocar baixa médica? Estas e outras questões serão respondidas por um painel de especialistas, entre eles, um jurista e um fiscalista, numa conversa moderada pela jornalista Fernanda Freitas, e na qual, uma vez mais, se espera responder às dúvidas colocadas na zona de comentários das três páginas, ao longo da transmissão.

As entidades promotoras pretendem assim “continuar a promover o esclarecimento dos doentes oncológicos e dos seus familiares e amigos, neste contexto atípico que vivemos”. Quanto ao tema, as associações de doentes adiantam que “a escolha foi feita com base nas inúmeras dúvidas que nos têm chegado e, portanto, sentimos a necessidade de ajudar a esclarecê-las com uma sessão dedicada especificamente a estas questões mais legais”.

Enfarte Agudo do Miocárdio
A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) está preocupada com a possibilidade de que a atual pandemia por...

“Pressentimos uma diminuição, a nível nacional, do número de angioplastias primárias realizadas, isto é, de procedimentos por cateterismo destinados ao tratamento do Enfarte Agudo do Miocárdio, uma das principais causas de mortalidade no nosso país. Alguns doentes, por eventual receio de serem contagiados por COVID-19 no hospital, poderão não estar a ligar ao 112 na presença dos sintomas típicos “, alerta João Brum Silveira, presidente da APIC.

E acrescenta: “As pessoas com doença cardiovascular, especialmente aquelas que sofrem de doença cardíaca isquémica, mantêm algum risco de enfarte, independentemente da pandemia COVID-19. Por isso, não devem ignorar sintomas como dor forte e persistente no peito, principalmente se acompanhada de falta de ar, suores, náuseas e vómitos, o que pode significar um enfarte agudo do miocárdio. Na presença destes sintomas, é atualmente desaconselhada a ida direta do doente aos serviços de urgência. Deve sim, ligar rapidamente ao 112 e seguir as instruções que lhe forem fornecidas”.

Neste momento, todos os Laboratórios de Hemodinâmica do nosso país inseridos no SNS estão ativos e continuam a assistir regularmente as pessoas com doença cardiovascular urgente. As equipas de cardiologia de intervenção que trabalham nesses Laboratórios estão preparadas para trabalhar no contexto da pandemia por COVID-19.

“Apesar da situação de saúde pública em que nos encontramos, existem percursos protegidos e adequados no hospital para as pessoas que sofrem de problemas cardiovasculares agudos e necessitam de assistência urgente”, conclui João Brum Silveira.

 

Prestação de socorro
O presidente da Associação Portuguesa de Bioética (APB), Rui Nunes, defende a existência de um quadro ético bem definido para a...

“É urgente antecipar a possibilidade de o Serviço Nacional de Saúde (SNS) não conseguir dar resposta atempada a todos os doentes infetados pelo COVID-19 que necessitem de ser internados nas unidades de Cuidados Intensivos”, sustenta.

De acordo com Rui Nunes, “importa que exista um quadro bem definido de priorização ética, caso se verifique escassez de recursos neste domínio, ou se verifique uma procura desproporcionada de acesso a cuidados intensivos face à oferta existente durante um período concreto e específico”.

Assim, e na possibilidade desse cenário poder concretizar-se, a Associação Portuguesa de Bioética recomenda que sejam considerados os seguintes critérios éticos de priorização na admissão de cuidados intensivos:

1.    Respeito pelo valor intrínseco da pessoa humana, pela sua dignidade e direitos fundamentais. O que implica:

a)    Valorização do paciente como um todo, e não a doença de forma isolada, incluindo a perceção de gravidade por parte do médico e a gestão global dos recursos disponíveis;

b)   Igualdade e não discriminação em razão de qualquer característica arbitrária, como a nacionalidade, o género, a etnia, ou a idade cronológica (a idade por si só não deve ser, em caso algum, o único elemento a considerar nas estratégias de priorização);

c)    Respeito pela vontade previamente manifestada através de uma Diretiva Antecipada de Vontade (Testamento Vital ou Procurador de Cuidados de Saúde) sendo recomendável a consulta ao RENTEV.

2.    Partilha do processo de tomada de decisões entre a equipa de saúde, o doente e a família, sendo de promover, entre todos, uma comunicação franca e transparente, dada a natureza extraordinária da situação.

3.    Existência de critérios claros, explícitos e transparentes de priorização na admissão a cuidados intensivos:

a)   Estes critérios devem ser consensuais, aprovados pelas associações profissionais representativas, e universalmente implementados em todo o território nacional, independentemente de se tratar de uma unidade do setor público, privado ou social;

b)    Face a situações de escassez de recursos e à impossibilidade de admissão de todos os doentes que necessitem de cuidados intensivos, deve valorizar-se a maximização da sobrevivência até à alta hospitalar, a maximização do número de anos de vida salvados, ou a maximização das possibilidades de viver cada uma das etapas da vida;

c)    Deve dar-se especial atenção a pacientes críticos e instáveis que necessitam de monitorização e tratamento intensivo que não possa ser proporcionado fora de uma Unidade de Cuidados Intensivos;

d)    Deve ter-se em consideração o princípio do custo de oportunidade: admitir um paciente pode implicar negar a outro a admissão – evitar, portanto, como regra absoluta o critério “primeiro a chegar primeiro a admitir;

e)    Ponderar, numa situação de absoluta escassez de recursos e equipamentos, a admissão de pessoas em que se preveja um benefício mínimo – tal como situações de fracasso multiorgânico estabelecido, risco de morte elevado calculado por escalas de gravidade, situações funcionais muito limitadas, ou condições de fragilidade muito avançada.

f)     Aplicação destes critérios de um modo uniforme a todas as pessoas – e em todos os hospitais públicos, publicamente financiados, do setor privado ou social – e não de forma seletiva a doentes de idade ou com patologias crónicas.

4.    Planeamento de ações de suporte psicológico aos doentes, familiares e profissionais, dado o impacto emocional e o distress moral de decisões éticas de elevada complexidade;

5.    Acompanhamento da aplicação destes critérios pelas autoridades de saúde e entidades reguladoras, bem como supervisão do usufruto dos demais direitos dos doentes.

A definição destes critérios, assegura Rui Nunes, “irá facilitar a missão dos médicos num cenário de procura excessiva dos Cuidados Intensivos”. “Os nossos profissionais de saúde já estão a lidar com elevados níveis de stress e exaustão, pelo que temos todos, profissionais, tutela e a própria Sociedade Civil, a responsabilidade de ajudar a facilitar a tomada de decisões num cenário de rutura”, conclui o presidente da Associação Portuguesa de Bioética.

Universidade de Coimbra
Uma equipa de investigadores do Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território (CEGOT) da Universidade de Coimbra ...

A iniciativa conta com o apoio da Câmara Municipal de Coimbra e das Juntas de Freguesia e Uniões de Freguesia.

Este questionário, disponível em: https://pt.surveymonkey.com/r/saude-freg-coimbra, é dirigido a «todos os indivíduos, com idade igual ou superior a 15 anos, a residir em freguesias do município de Coimbra, incluindo os estudantes de ensino superior, imigrantes e trabalhadores deslocados que se encontram neste momento a residir no concelho» explica a equipa de investigação, que apela à participação dos munícipes.

As respostas «serão fundamentais na identificação das necessidades, problemas e expectativas em relação às condições do lugar de residência e à forma como estas influenciam a qualidade de vida e bem-estar», salienta.

Atendendo ao atual contexto de pandemia de COVID-19, são também colocadas questões relacionadas, tais como o impacto do estado de emergência decretado na vida dos munícipes e a resposta local à crise provocada pela pandemia.

A equipa garante a confidencialidade dos dados e o anonimato dos inquiridos. «Não haverá qualquer divulgação ou comunicação de resultados individuais. Os dados recolhidos serão exclusivamente utilizados para fins de investigação científica fundamental e aplicada», asseveram os investigadores.

O concelho de Coimbra integra o conjunto de 57 municípios da Rede Portuguesa de Municípios Saudáveis, onde este questionário também será aplicado no âmbito do projeto “Atlas da Saúde”, uma ferramenta de apoio à definição de políticas municipais de promoção de saúde e de estilos de vida saudáveis.

 

 

Fase de mitigação
A Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve abriu três áreas dedicadas à Covid-19, denominadas ADC-Comunidade, nos...

Os espaços foram abertos na quinta-feira, dia 26 de março, na sequência da entrada de Portugal na fase de mitigação da pandemia de Covid-19.

Estas áreas, criadas nos Centros de Saúde de Portimão, Olhão e Tavira, com equipas constituídas por médico, enfermeiro, assistente operacional, administrativo e equipa de limpeza, são destinadas apenas a atendimento de utentes com suspeitas de infeção pelo SARS-CoV-2.

Os ADC-Comunidade dos centros de saúde são compostos por salas de observação, área de receção, de espera e instalações sanitárias separadas dos restantes utentes, e vão funcionar num espaço completamente separado do atendimento aos doentes que não apresentem suspeitas de covid-19.

Nesta primeira fase, os ADC-Comunidade vão funcionar todos os dias de semana, entre as 8 e as 20 horas, podendo o horário vir a ser alargado, caso se venha a justificar, de acordo com informação da ARS Algarve.

Encaminhamento é feito pelo SNS 24

No Centro Hospitalar Universitário do Algarve já se encontram a funcionar duas áreas dedicadas à covid-19: ADC-Serviço Urgência, 24 horas por dia, junto aos serviços de urgência da unidade hospitalar de Faro e de Portimão.

A ARS Algarve reforça ainda a importância de que “as pessoas que apresentem sintomas respiratórios ou febre”, antes de se deslocarem a estas áreas dedicadas à Covid-19, devem, em primeiro lugar, contactar o Centro de Contacto do Serviço Nacional de Saúde (SNS 24), através do número 808 24 24 24, que, após a avaliação, as “encaminhará para o serviço de saúde mais adequado”.

No decorrer da próxima semana, a ARS Algarve, em articulação com os três Agrupamentos de Centros de Saúde, Barlavento, Central e Sotavento, vai alargar o número de ADC-Comunidade nos principais centros de saúde da região.

Rede de 13 postos de colheita

Complementarmente à abertura de ADC-Comunidade nos Cuidados de Saúde Primários, a ARS Algarve indica que, em articulação com os laboratórios convencionados da região, vai criar uma rede de 13 postos de colheita covid-19 convencionados, distribuídos pelo Algarve e que servirão para efetuar os testes prescritos nas ADC-Comunidade e através do SNS 24.

No âmbito da reorganização da prestação de cuidados urgentes, nesta fase de mitigação em curso, informa ainda a ARS Algarve que os quatro serviços de urgência básica (SUB) do Centro Hospitalar Universitário do Algarve, em Lagos, Loulé, Albufeira e Vila Real de Santo António, “estão a funcionar em exclusivo para o atendimento a doentes não covid-19”, com o objetivo de “garantir o necessário acesso e segurança no tratamento e prestação de cuidados de saúde a toda a população”. 

Diabetes
As sociedades científicas na área da diabetes - Sociedade Portuguesa de Endocrinologia Diabetes e Metabolismo, a Sociedade...

Em comunicado estas entidades esclarecem que "atempadamente, as três principais companhias farmacêuticas da área das insulinas - Novo-Nordisk, Lilly Portugal - Produtos Farmacêuticos e Sanofi abasteceram o mercado com mais 20% da insulina do que é o consumo habitual", sendo por isso desnecessário "procurar fazer armazenamento suplementar de insulina porque não há, nem se prevê que haja, qualquer falha no abastecimento". 

De modo a esclarecer qualquer dúvida, fazem saber que será criada uma linha de informação.  "Neste momento de incerteza, os profissionais de saúde garantem a sua total disponibilidade para qualquer esclarecimento e estas três sociedades vão criar uma linha de informação em que médicos esclarecerão todas as suas dúvidas. Juntos é mais fácil ultrapassarmos todas as dificuldades", realçam.

Apoio
A Unidade de Psicologia Clínica e o Centro de Responsabilidade Integrado de Psiquiatria (CRI) do CHUC agilizaram e planearam...

O apoio foi concretizado na criação de duas linhas telefónicas de “Apoio Psicoemocional”: uma linha com “indicações precisas para os profissionais do CHUC, com necessidade de suporte emocional, e que se destina a todos os profissionais que necessitem de ajuda psicoemocional”.

Foi ativada uma outra linha que está disponível entre as 9 e as 23 horas, diariamente, para os doentes com Covid-19 e seus familiares, pessoas em vigilância e população em geral, através do contacto de telemóvel: 969 325 220.

Atento à complexidade da presente epidemia e o reflexo que se poderá traduzir no equilíbrio emocional da população, o CRI de Psiquiatria do CHUC desenvolveu estas respostas de apoio, visando, entre outros, os seguintes objetivos: ajudar as pessoas para que lidem com os sentimentos de angústia, desespero, tensão, revolta e tristeza.

No comunicado, o CRI de Psiquiatria adianta ainda que as consultas agendadas dos doentes seguidos nas consultas de psiquiatria ficaram sem efeito, com o psiquiatra assistente a promover o contacto telefónico com o utente (consulta não presencial). As consultas vão ser remarcadas após este período de contingência.

O CRI de Psiquiatria informa ainda que caso o doente não tenha medicação suficiente ou necessite de entrar em contacto com um médico para qualquer problema que envolva a sua saúde mental deve fazê-lo pelo endereço eletrónico (consulta.scid@chuc.min-saude.pt) ou pelo telefone 239796485, entre as 10 e as 17 horas.

 

Covid-19
A fase de mitigação da pandemia da covid-19 já está em vigor, por determinação da Direção-Geral da Saúde (DGS), envolvendo todo...

A preparação dos hospitais e centros de saúde para a covid-19 está definida numa norma que estabelece o modelo de abordagem da pessoa com suspeita de infeção ou com infeção, durante a despistagem, o encaminhamento e o tratamento dos casos.

A fase de mitigação é a terceira e a mais grave fase de resposta à doença covid-19 e é ativada quando há transmissão local, em ambiente fechado, e/ou transmissão comunitária.

A resposta é focada na atenuação dos efeitos da doença e na diminuição da sua propagação, minimizando nomeadamente a mortalidade associada.

Modelo de abordagem ao doente

Nesta fase, os doentes ligeiros ficam em casa, os moderados vão aos centros de saúde, os graves, mas não críticos, são encaminhados para os hospitais e os críticos são internados.

Centros de saúde e hospitais terão de dispor de áreas dedicadas à doença covid-19.

Nos hospitais com serviços de pediatria, «poderá ser adequado a reorganização dos serviços» para «dedicar unidades hospitalares exclusivamente ao tratamento de doentes com Covid-19 em idade pediátrica, após ser esgotada a capacidade de resposta dos hospitais de referência identificados para o tratamento dos doentes Covid-19 em idade pediátrica».

Testes de despistagem

De acordo com a norma para a fase de mitigação, fazem testes de despistagem à covid-19 as pessoas com suspeita de infeção, isto é, que apresentam sintomas como febre, tosse persistente ou tosse crónica agravada e dificuldade respiratória.

Contudo, em caso de não ser possível testar toda a gente com suspeita de covid-19, a DGS definiu uma cadeia prioritária:

  • Primeiro, são os doentes com critérios de internamento hospitalar;
  • Segundo, os recém-nascidos e as grávidas;
  • Terceiro, os profissionais de saúde com sintomas.

Seguem-se os doentes com comorbidades (como asmáticos, insuficientes cardíacos, diabéticos, doentes hepáticos ou renais crónicos, pessoas com doença pulmonar obstrutiva crónica e doentes com cancro) ou pessoas com imunidade mais frágil; e as pessoas em situação de maior vulnerabilidade, como residentes em lares ou que estão em unidades de convalescença.

Por último, são testadas as pessoas em contacto próximo com estes doentes.

Ponto de situação

Portugal regista hoje 60 mortes associadas à covid-19, mais 17 do que na quarta-feira, e 3.544 casos de infeção, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde

O relatório da situação epidemiológica em Portugal, com dados atualizados até às 24 horas de quarta-feira, indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes (28), seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (18), da região Centro (13) e do Algarve (1).

Desde o dia 1 de janeiro, existem 22.257 casos suspeitos, dos quais 2.145 aguardam resultado laboratorial.

Há 16.568 casos que não se confirmaram e 43 doentes que já recuperaram. Em vigilância pelas autoridades de saúde estão 14.994 casos.

A fase de mitigação é a terceira e a mais grave fase de resposta à doença Covid-19 e é ativada quando há transmissão local, em ambiente fechado, e/ou transmissão comunitária.

Em, Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 2 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 2 de abril.

Além disso, o Governo declarou, no dia 17, o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.

Especialista em comportamento animal
É de extrema importância que se explique a todos os que têm animais em casa, também eles de quarente
Homem careca com cão golden retriever

Dentro de casa

  • Importa manter as rotinas diárias, dentro do possível, para que quando tudo volte à normalidade não existam alterações no comportamento dos nossos animais. Principalmente se forem animais mais idosos, que se podem desorientar com uma maior facilidade com a alteração de rotina/hábitos, nestes casos manter a rotina torna-se ainda mais importante.
  • No caso dos cães, animais cuja sociedade se baseia nos vínculos com os outros, e como a nossa vida irá voltar à normalidade (esperemos que em breve!) é importante garantir que eles mantêm a independência que tinham antes. Por isso, é preciso que eles tenham momentos no seu dia-a-dia em que estejam sozinhos. Isto não significa pô-los à parte, significa que eles tenham uma zona da casa onde têm brinquedos, onde, por exemplo, escondemos biscoitos para procurarem. O objetivo é que eles se entretenham nesse espaço de uma forma positiva, mas sozinhos, tal como faziam quando os tutores estavam fora de casa a trabalhar.
  • Devemos fomentar todo o tipo de brincadeira e aqui as crianças podem ser uma ajuda. Todo o tipo de jogos e interações são bem aceites, sobretudo os de exploração e os que envolvem o olfato. Um exemplo de uma brincadeira muito simples é colocar dentro de uma caixa de ovos de cartão alguns pedaços de maçã de forma a que o cão tenha de roer a caixa para chegar ao prémio, a maçã.
  • No caso dos gatos, não há nada melhor do que uma caixa de cartão para os entreter.
  • Ainda no que diz respeito aos gatos nunca nos podemos esquecer de respeitar a sua natureza.
  • Isto significa, sobretudo quando há crianças em casa, que os gatos que estão habituados a estar sozinhos em casa, consigam manter este hábito. Assegure que cada gato tem um local que se possa isolar, se assim o entender, durante o dia.

Fora de casa 

  • Infelizmente, as regras do Estado de Emergência não se aplicam apenas às pessoas, mas também aos seus amigos de quatro patas. Neste sentido os passeios devem ser curtos, o que não quer dizer que tenham de ser aborrecidos.
  • Os cãos têm de andar sempre de trela e nunca soltos, e as trelas devem ter no mínimo 2 metros para que o cão possa ter alguma liberdade de movimento.
  • Para tornar estes passeios mais divertidos devemos deixá-los usar o olfato, um dos sentidos que os cães mais gostam de usar, tornando assim estes passeios que embora curtos, possam ser interativos, por isso é deixá-los cheirar.
  • Devemos evitar que se aproximem de outros cães e de pessoas, pois não sendo transmissível podem ser transportadores do vírus, temos de perceber que o pêlo é a roupa do cão e as patas os seus sapatos. Mais uma vez, o isolamento social não se aplica só às pessoas, mas também aos nossos animais. Ao contrário do que sempre se recomenda, infelizmente, nesta fase a distância social é para todos!
  • Para que os nossos amigos de quatro patas que tanto gostam de receber festas, consigam fazer os seus passeios sem aproximação a pessoas ou cães, o tutor deve tentar sempre que o cão só preste atenção ao seu tutor e, premiá-lo com um prémio, por exemplo, uma guloseima.
  • Se forem os primeiros passeios do cachorro, sendo a socialização deveras importante, deverá ser mantida e apresentando estímulos novos, mas mantida a distância de segurança e, para que haja uma associação positiva, premiá-lo com festas e biscoitos.

Tanto dentro como fora de casa, se existirem este tipo de cuidados, poderá significar evitar problemas futuros quando tudo voltar à normalidade.

No entanto, todos os tutores que tenham dúvidas ou precisem de ajuda para alguma situação específica, o ideal é que consultem um especialista em comportamento animal que permita antecipar potenciais doenças comportamentais.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Novo serviço
Os portugueses vão poder receber medicamentos em casa em todo o país. Um novo serviço farmacêutico postal permite aos cidadãos...

O novo serviço arranca esta quinta-feira, 26 de março, e resulta de uma parceria entre os CTT – Correios de Portugal e a Associação Nacional das Farmácias (ANF). Os cidadãos podem aceder à listagem de farmácias aderentes nos sites www.farmaciasportuguesas.pt e www.ctt.pt. Aí encontrarão os endereços de e-mail e contactos telefónicos disponíveis para realizar as suas encomendas numa farmácia à sua escolha.

Os CTT garantem a entrega, no dia seguinte, de todas as encomendas realizadas até às 16 horas. Tendo em conta o atual contexto de epidemia, o serviço será disponibilizado a um preço promocional, até 30 de abril, de 3 euros + IVA por entrega. O serviço está preparado para responder às receitas médicas, mas também as necessidades de outros medicamentos e produtos de saúde.

“Com este novo serviço os CTT ajudam os portugueses a cumprir as recomendações da DGS, entregando em casa os medicamentos, contribuindo para a segurança e bem-estar de todos”, diz João Sousa, administrador dos CTT.

“Como maior rede de Saúde Pública em Portugal, as farmácias assumem a responsabilidade de adotar todas as medidas úteis à contenção desta epidemia”, declara Cristina Gaspar, vice-presidente da ANF.

Os CTT estão desde a primeira hora a implementar medidas de mitigação de contágio por CoViD-19 na sua rede de retalho e em todo o processo de tratamento e entrega de correio e encomendas.

 

 

Covid-19
A Associação São Francisco de Assis - Cascais, entidade participada pelo município e que tem com o objetivo de proteger os...

Uma iniciativa decorrente de uma necessidade que já se começou a fazer sentir nas várias Freguesias do Concelho e que visa responder aos pedidos de ajuda de pessoas em situações de maior fragilidade ou em isolamento social, que se veem impedidas de cuidar dos seus animais de companhia, não obstante todas as medidas de contenção já tomadas pelo município, e que foi consubstanciada num repto lançado aos vários voluntários que já colaboram regularmente com a Associação e a outros que se queiram juntar, num apelo à solidariedade e à cidadania.

“O Concelho de Cascais tem atuado com serenidade e determinação face ao contexto de pandemia que o país atravessa, tendo desde cedo implementado um já vasto pacote de medidas de contenção”, comenta Nuno Piteira Lopes, Vereador da Câmara Municipal de Cascais.

João Salgado, Vice-Presidente Executivo da Associação acrescenta que “o bem-estar animal não pode ser esquecido, mesmo numa situação difícil como esta. É por isso que na Associação mantivemos os serviços mínimos para assegurar o conforto e a saúde dos animais residentes, bem como o piquete de resgate e recolha de animais perdidos ou abandonados, a funcionar 24h e o corpo clínico de medicina veterinária, disponível para urgências, em concomitância com o apoio aos sem abrigo, que muitas vezes recusam ajuda por recear ter de deixar para trás os seus animais, situação que também já recebeu resposta do município com o nosso apoio”. O Vice-Presidente conclui que “dada a situação atual é fundamental mantermo-nos unidos e protegermo-nos, não só a nós, como também aos animais que podem ficar sem cuidadores caso os seus tutores adoeçam. Felizmente, o Concelho está solidário e todos os dias nos chegam voluntários prontos a entrar em ação em caso de necessidade.”

 

 

Tumores
Continua a ser uma das doenças mais prevalentes não só em Portugal, como no resto da Europa e, embor
Mulher ruiva com fita adesiva na boca

O cancro colorretal atinge todos os anos, em Portugal, cerca de 7 mil pessoas. Numa grande percentagem de casos, o diagnóstico chega já em estadios avançados da doença, estando assim reduzidas as hipóteses de sobrevivência. A falta de conhecimento e a desvalorização dos sintomas, quer por parte dos doentes quer de alguns médicos, são apontadas como as principais causas para um diagnóstico tardio. Por outro lado, sabe-se que o tabu ainda associado a este tipo de cancro leva a que poucos queiram falar sobre a doença. Por isso, para Vítor Neves, presidente da Europacolon, é essencial que se desmitifique a patologia e que se consiga fazer entender que os exames de rastreio não são um «bicho de sete cabeças».

“O cancro colorretal é uma doença muito grave e mortal, cuja incidência continua a subir exponencialmente”, afirma o presidente da Europacolon acrescentando que grande parte dos casos correspondem a “tumores encontrados no estadio 3 ou 4, quando metastizaram”, o que se traduz em reduzidas taxas de sobrevivência.  

De acordo com Vítor Neves, o rastreio precoce é a solução no combate a esta doença. “Faz-se bem em alguns países da Europa e se funcionasse em Portugal salvar-se-iam muito mais pessoas e poupavam-se milhões de euros ao Serviço Nacional de Saúde”, revela.

No entanto, apesar de o rastreio de base populacional, indicado a todas as pessoas a partir dos 50 anos, ter sido apresentando em 2016, “teimosamente continua a não existir”. Apesar de “estar melhor do que há 2 ou 3 anos”, Vítor Neves garante que ainda há um longo caminho a percorrer até que este esteja acessível a todos. A falta de equipamentos e técnicos para a realização do rastreio é apontado com um dos problemas a resolver. “Os meses de atraso nos exames complementares também não ajudam”, acrescenta demonstrando que existe, no país, um conjunto de problemas que contribuem para um diagnóstico tardio.

O exame de rastreio ideal é, de acordo com o presidente da Europacolon, a colonoscopia total. No entanto, revela, “ainda existe muito tabu a respeito do exame”. Por isso, a associação que preside decidiu disponibilizar uma linha de apoio para esclarecer as dúvidas sobre este exame de diagnóstico e sua preparação. “As pessoas pensam que a preparação é difícil e que o exame pode ser doloroso”, explica. No entanto este é “o teste gold” que permite identificar e remover eficazmente lesões pré-cancerígenas. “Na pesquisa de sangue oculto – o outro método de rastreio – não são detetados pólipos em fase primária”, revela esclarecendo que, embora os pólipos “apareçam naturalmente com a idade, podem degenerar em adenocarcinoma”. Não obstante, a pesquisa de sangue oculto nas fezes é ainda o método de rastreio mais utilizado no país, apesar de não ser o mais fiável, apresentando 50% de falsos positivos.

Embora o rastreio seja dirigido à população a partir dos 50 anos, este pode ser realizado mais cedo sempre que exista história familiar da doença ou na presença de sintomas. Entre os grupos que apresentam maior risco estão aqueles que sofre de doenças inflamatórias intestinais. Sabe-se ainda que 5 a 10% dos casos de cancro colorretal são genéticos.

Doentes desvalorizam sintomas, mas não são os únicos

Os principais sinais de alarme do cancro colorretal são a presença de sangue nas fezes ou a emissão de sangue após as dejeções e a alteração dos hábitos intestinais (ter mais ou menos dejeções do que era habitual) ou das características das fezes. Pode ainda surgir perda de peso, fadiga, dor abdominal, urgência ou falsa vontade em evacuar.

E se por um lado existe um elevado número de pessoas que não estão despertas para a sintomatologia associada à doença, outros há que os desvalorizam. “Ninguém gosta de falar de cancro do intestino. Não gostam os doentes, não gostam os médicos, não gosta a comunicação social”, lamenta Vítor Neves. E este pudor, associado a todas as dificuldades que impedem o diagnóstico precoce, só serve para condenar ainda mais pessoas ao insucesso do tratamento. “2/3 destes doentes poderiam ser salvos”, realça.

Por isso, “é preciso as pessoas estarem atentas aos sinais e é preciso que os médicos valorizem os sintomas”, apela o presidente da Europacolon segundo o qual a inação de alguns clínicos pode ser fatal. Neste âmbito revela que há dois tipos de médicos: “os que pensam que as pessoas andam a inventar doenças e os mandam embora e os que são desinteressados”. “Entre os 50 e os 74 anos é obrigatório fazer o rastreio”, alerta pelo que é essencial que qualquer pessoa, ao apresentar sintomas, peça ao seu médico para realizar o exame de diagnóstico. “Se (os médicos) não passarem o rastreio, devem ligar para a Europacolon. Nós definimos se estão dentro das linhas de inclusão e falamos com o Centro de Saúde para perceber porque a pessoa não fez o rastreio”, explica.

Atualmente, e no âmbito do mês de sensibilização para o Cancro Colorretal, a Europacolon, em parceria com as farmácias Holon, está a levar a cabo a realização de rastreios gratuitos, através da Pesquisa de Sangues Oculto nas Fezes, na tentativa de contrariar os números dramáticos associados a esta doença.  

A iniciativa decorre durante os meses de março e abril nas farmácias Holon aderentes.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Região de Aveiro
A Universidade de Aveiro (UA) vai realizar testes de rastreio à covid-19 em amostras biológicas recolhidas nos hospitais da...

Os primeiros rastreios vão começar dia 30 de março no Instituto de Biomedicina (iBiMED), uma das unidades de investigação da UA. “Estão reunidas na UA as condições ideais para ajudar a região na monitorização da covid-19”, garante Artur Silva, Vice-reitor da UA para a área da Investigação. Condições essas, sublinha o responsável, que garantem a segurança não só dos profissionais que estarão envolvidos no rastreio como também da comunidade académica em geral.

Nos últimos 6 anos, a UA criou um conjunto de novos laboratórios de Medicina Molecular, incluindo laboratórios para o estudo de vírus respiratórios, tendo recentemente obtido um importante projeto da União Europeia no valor de 900 mil euros, na área da virologia, em parceria com as Universidade de Leiden e de Munique.

Os novos laboratórios do Departamento de Ciências Médicas (DCM), criados no âmbito do plano de desenvolvimento do iBiMED, assegura Artur Silva, Vice-reitor da UA para a área da Investigação, “reúnem as condições recomendadas pela Organização Mundial de Saúde para a realização de testes de rastreio do SARS-CoV-2”.

Os testes serão realizados em quatro laboratórios com nível de biossegurança elevado (BSL2), com pressão negativa, ar filtrado com filtros HEPA, câmaras de fluxo laminar de nível de segurança BSL2 e sistemas de esterilização por UV. “Estes laboratórios têm ainda um sistema de esterilização térmica de material biológico que garante a destruição dos consumíveis, reagentes e amostras biológicas usadas no laboratório”, refere o responsável.

Os investigadores do iBiMED que utilizam estes laboratórios, lembra Artur Silva, são sujeitos a um exame de biossegurança e a treino específico, havendo, por esta razão, “recursos humanos treinados para a realização de investigação em ambientes de elevada biossegurança”.

Uma vez que o vírus SARS-CoV-2 pode ser inativado quimicamente no momento da recolha das amostras biológicas nos hospitais da região, que os equipamentos de processamento automático de amostras clínicas existentes nos laboratórios reduzem ao máximo a exposição dos investigadores ao SARS-CoV-2, que foi possível criar um circuito fechado para a circulação dos investigadores e de amostras clínicas e que existem kits de proteção dos investigadores, a biossegurança está garantida pela UA.

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