Saúde mental
Um estudo sobre sintomas de depressão, ansiedade e stress em crianças portuguesas, publicado na revista científica BMC...

Realizado por uma equipa multidisciplinar da Universidade de Coimbra (UC), Universidade de Lisboa (UL) e Universidade Fernando Pessoa, Porto, e do Instituto Politécnico de Viseu (IPV), este estudo teve como objetivo explorar os fatores associados a sintomas de ansiedade, depressão e stress nas crianças portuguesas em idade escolar, dos 7,5 aos 11,5 anos, uma vez que existem poucos dados sobre a magnitude e causas dos problemas de saúde mental mais comuns em idades tão jovens.

Participaram no estudo 1022 crianças - 481 meninos e 541 meninas – de escolas públicas e privadas das cidades de Coimbra, Lisboa e Porto e os respetivos pais. Ao analisarem os autorrelatos das crianças, os investigadores concluíram que os rapazes reportam mais frequentemente sintomas de stress e sintomas depressivos do que as raparigas.

As diferenças entre meninos e meninas na expressão destes sintomas podem ser influenciadas pelo contexto cultural. «Poderão residir numa maior tendência das meninas para responder de forma socialmente mais desejável ou expectável», afirma Diogo Costa, primeiro autor do artigo.

Os investigadores concluíram também que as crianças de Lisboa reportam mais frequentemente sintomas do que as de Coimbra e Porto. «As crianças de Lisboa, por comparação com as de Coimbra e Porto, poderão estar expostas a características do ambiente urbano mais prejudiciais que se refletem na frequência destes sintomas. Por exemplo, poderão ter de percorrer maiores distâncias no percurso entre casa e escola, e passar mais tempo no trânsito», justifica o investigador do

Centro de Investigação em Antropologia e Saúde (CIAS) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), centro que liderou o estudo.

Esta investigação sugere ainda que os fatores parentais, em particular os sintomas depressivos, de ansiedade e de stress da mãe, interferem de forma negativa na saúde mental das crianças. Segundo Diogo Costa, «a influência (negativa) do estado emocional das mães nas emoções das crianças é bastante conhecida, sobretudo para os sintomas depressivos, e pode fazer sentir-se desde cedo. São necessários, contudo, estudos longitudinais (que acompanhem as crianças e mães ao longo do tempo) para melhor avaliar outros fatores intervenientes nesta relação, como por exemplo a vinculação entre pais e crianças».

Considerando que os sintomas de depressão, ansiedade e stress experienciados durante a infância podem ter um impacto negativo no desenvolvimento, a coordenadora do estudo, Cristina Padez, defende que «são imprescindíveis estudos longitudinais para conhecermos o impacto destes sintomas no aparecimento da obesidade infantil, um problema com uma grande expressão na generalidade dos países desenvolvidos e em que Portugal também tem taxas muito elevadas».

Este estudo, que faz parte de um projeto de investigação mais alargado, intitulado “Desigualdades na obesidade infantil: o impacto da crise socioeconómica em Portugal de 2009 a 2015”, foi cofinanciado pelo COMPETE 2020, Portugal 2020 - Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (POCI), União Europeia através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) e Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT). 

Síndrome da hipoplasia do coração esquerdo
Foi realizado um ensaio clínico pioneiro nos EUA, que concluiu que a aplicação de células estaminais do sangue do cordão...

Neste estudo, dez bebés receberam um tratamento experimental com células estaminais do seu próprio sangue do cordão umbilical, armazenadas à nascença. Durante a segunda cirurgia corretiva, por volta dos quatro meses de idade, as células de cada bebé foram injetadas no lado direito do coração, com o intuito de torná-lo mais forte e, assim, conseguir suportar a sobrecarga a que está sujeito.

O resultado esperado é o fortalecimento do ventrículo direito, o que, de acordo com estudos prévios em modelo animal, poderá resultar da libertação de moléculas, por parte das células administradas, capazes de promover a proliferação de células do coração e a formação de novos vasos sanguíneos. A hipótese que se coloca é a de que as células do sangue do cordão umbilical consigam estimular o processo de reparação “natural” do coração e, simultaneamente, prevenir a inflamação e a fibrose.

Os resultados dos ecocardiogramas mantiveram-se estáveis durante seis meses após o tratamento experimental, o que sugere que este não comprometeu a função cardíaca e não foram registados eventos adversos significativos relacionados com o tratamento.

Segundo Bruna Moreira, Investigadora do Departamento de I&D da Crioestaminal, “os resultados do estudo, embora preliminares, indicam que este método de tratamento é seguro, o que significa que poderemos vir a assistir à implementação de estratégias de medicina regenerativa, como complemento às abordagens atuais, no sentido de prolongar o bem-estar e qualidade de vida dos doentes com síndrome da hipoplasia do coração esquerdo”.

A síndrome de hipoplasia do coração esquerdo é uma doença cardíaca congénita rara, em que o lado esquerdo do coração se encontra gravemente subdesenvolvido. É possível detetar esta malformação por ecografia durante a gravidez, estando previstas três cirurgias corretivas nos primeiros anos de vida. Apesar destas intervenções permitirem restaurar a capacidade do coração para receber sangue dos pulmões e bombeá-lo para o resto do organismo, o ventrículo direito fica extremamente sobrecarregado, levando a insuficiência cardíaca. Por este motivo, tem-se procurado desenvolver estratégias para fortalecer o lado direito do coração utilizando células estaminais, de forma a prolongar o seu bom funcionamento.

Campanha
A pensar em quem não pode ficar em casa, o movimento #Eu Ajudo Quem Ajuda destina-se ao financiamento de meios necessários ao...

O Presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal, Eduardo Oliveira e Sousa, foi o primeiro a associar-se a esta Campanha, tendo, assim, iniciado a movimentação da conta bancária com o montante de 10.000€. Também, entidades de referência como a cadeia Pingo Doce, que anunciou apoio financeiro para permitir instalação de um sistema inovador “Triagem Smart” no Hospital da Cruz Vermelha a ser desenvolvida pela empresa portuguesa Biosurfit; a cadeia de Hotéis Selina que disponibilizou gratuitamente quartos para técnicos de Saúde, por protecção dos seus familiares e a BP que disponibilizou um plafond de 18 mil € em combustível para as ambulâncias de Socorro dedicadas ao COVID-19.

Todos, a nível individual, institucional ou empresarial, poderão contribuir.

A Cruz Vermelha Portuguesa conta, até ao momento, com 11 ambulâncias dedicadas exclusivamente ao COVID, tendo realizado já 326 transportes de doentes e suspeitos.

Foi, ainda, cedido 1 milhão de máscaras ao Exército Português; 50 camas de campanha para a montagem de uma zona de repouso na Escola Secundária de Oliveira de Azeméis, a pedido do Serviço Municipal de Proteção Civil;  100 lençóis e 50 cobertores para guarnecer a Base de Apoio Logístico dos Bombeiros de Espinho e a Escola Secundária da Seara, a pedido do Serviço Municipal de Proteção Civil; 150 camas de campanha para uso dos diferentes municípios do Distrito de Évora, a pedido do Comando Distrital de Operações de Socorro; montagem de Unidades Modulares nos hospitais de Santa Maria, Torres Vedras, S. Bernardo e Cruz Vermelha. 

Os movimentos da Campanha serão reflectidos diariamente na página da transparência da CVP, em #Eu Ajudo Quem Ajuda, e terá a supervisão do Revisor Oficial de Contas, Vitor Almeida.

Toda a informação respectiva a este fundo do Movimento deverá ser enviada para o endereço [email protected]  

 

 

Comunicado
A Associação Nacional de Laboratórios de Análises Clínicas diz que laboratórios privados estão disponíveis para apoiar na...

Em comunicado, a ANL afirma que “tendo em conta o desenvolvimento da crise COVID 19 e ainda antes de a mesma ser decretada pelas autoridades de saúde mundiais como pandemia, disponibilizou, proactivamente, às entidades públicas responsáveis os recursos que os seus representados possuem, em prol dos portugueses”.

Desde então, diz que tem “mantido contactos regulares com o Ministério da Saúde, a Direção Geral da Saúde, a ACSS, a ARS´s e o INSA”.

“A ANL coloca à disposição das entidades públicas toda a capacidade existente por parte dos Laboratórios de Análises Clínicas Privados de Portugal (previamente informada) aos preços acordados com as referidas entidades públicas, e com uma clara compressão dos mesmos tendo em conta o momento que o País atravessa”, pode ler-se em comunicado.

Segundo a Associação, “na situação de Emergência que vivemos, não se devem categorizar os recursos existentes seja no público ou no privado, mas tão só, em recursos da Nação, sob gestão coordenada e centralizada nas entidades públicas competentes e para tanto se tem disponibilizado”.

Entende igualmente que, nestas circunstâncias que todos os dados e informações deverão ser preferencialmente e por coerência ser centralizada nas entidades públicas competentes.

 

Covid-19
O Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem um stock de 9 mil testes para a covid-19 e o setor privado cerca de 17 mil, informa a...

«Estamos a trabalhar através do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, temos um stock que permite 9 mil testes no Serviço Nacional de Saúde e temos uma informação do que o setor privado terá cerca 17 mil testes disponíveis para o serviço de todos», afirmou Marta Temido, no sábado, dia 21 de março, na conferência de imprensa diária sobre a situação da pandemia do novo coronavírus, que causa a doença da covid-19.

A Ministra disse ainda que estão a realizar um «conjunto de contactos» com várias entidades e a procurar fazer «uma aquisição de testes significativa» que permita «um maior folgo» aos serviços de saúde.

«É importante que se perceba que os equipamentos de proteção individual são de facto um bem escasso»

Relativamente às máscaras, Marta Temido adiantou que às 22 horas de sexta-feira, dia 20 de março, a reserva estratégica nacional tinha mais de dois milhões de máscaras tipos 2 (cirúrgicas) e um conjunto de entregas para distribuição.

A Ministra defendeu que é necessário assegurar que «a capacidade de aquisição é garantida» e que a reserva estratégica nacional não fique baixa e a distribuição seja feita conforme a necessidade dos serviços de saúde.

«É importante que se perceba que os equipamentos de proteção individual são de facto um bem escasso» e que é preciso gerir «o mais racionalmente possível», afirmou Marta Temido, que disse compreender «a ansiedade de quem continua a trabalhar nos mais diversos setores», como supermercados, farmácias ou indústrias que se mantêm a trabalhar».

 

Alerta
O cientista chinês que lidera a equipa de combate ao vírus em Xangai, Zhang Wehong, afirmou num encontro com a imprensa que...

A afirmação foi feita numa conferência de imprensa citada pelo ‘South China Morning Post’, onde o cientista revela ainda que o vírus pode registar um novo pico na primavera de 2021, sendo esta uma hipótese “perfeitamente normal”.

“Posso dizer-vos para esquecerem a ideia de que a pandemia vai chegar ao fim num futuro próximo na Europa”, afirma Zang Wehong, que já tinha mencionado anteriormente essa possibilidade, dizendo que o vírus podia regressar esporadicamente durante o outono e o inverno.

O especialista indica que depende das pessoas, fazerem um esforço de contenção, para que o surto se controle o mais possível: “Para resolver este surto num curto período de tempo, as medidas devem ser extremamente radicais”, afirma Wehong.

Depois da pandemia na China estar a ser estabilizada, os maiores desenvolvimentos concentram-se agora na Europa, com Itália e Espanha a registarem os casos mais preocupantes.

O especialista considera que quando todos os países tomarem medidas de contenção, o controlo efetivo da pandemia será uma questão de tempo.

“Começo a ver uma tendência de os governos serem mais pró-ativos. Se as estratégias de todos os países se tornarem cada vez mais vigorosas, o controlo efetivo da pandemia será apenas uma questão de tempo”, conclui o cientista chinês.

 

Pandemia
Falência económica nacional (62% dos inquiridos), mortalidade elevada (58%), falência do Sistema Nacional de Saúde (46%) e...

Confiança nos profissionais de saúde e Governo

Numa escala de 0 a 10, a confiança dos portugueses nos enfermeiros (9,58), médicos (9,48), camionistas e trabalhadores em lojas de bens essenciais   (9,12), Sistema Nacional de Saúde (8,27) e Forças de segurança (8,22) é quase máxima. Também alta é a confiança no Presidente da República (7,69), Primeiro Ministro (7,63), Ministra da Saúde (7,61) e Direção Geral da Saúde (7,61).

Portugueses conhecem medidas, mas sugerem mais

Os portugueses (100%) dizem conhecer as medidas do Governo de combate à pandemia e identificam-nas: isolamento obrigatório para pessoas infetadas (93%); encerramento de estabelecimentos de restauração, exceto os que dispõem de serviço take-away (91%) e imposição do teletrabalho sempre que possível (89%). Ainda assim, os inquiridos apontam outras iniciativas que deviam ser tomadas pelo governo português como ajuda económica às famílias (49%), suspensão do pagamento de contratos de água, luz, gás e comunicações (37%), intensificação da fiscalização das autoridades (37%) ou o recolher obrigatório (41%).

Crise será forte e duradoura

Como se vê pelos receios dos inquiridos, a economia ocupa um papel central no pensamento dos portugueses. Em caso de necessidade económica, 43% dos inquiridos diz contar com o apoio dos amigos, sendo que apenas 1% pensa contar com ajuda económica do Governo. Mais de 58% dos inquiridos considera que a crise económica resultante da atual situação será forte e duradoura.

A televisão é o meio de eleição

Mais de 36% dos inquiridos diz estar sempre atento às notícias sobre o tema; 37% diz ver as notícias várias vezes ao dia e 25% diz acompanhar as informações sobre o vírus, pelo menos uma vez por dia. A televisão (95%) é o meio de eleição da maioria dos portugueses, seguindo-se as redes sociais (53%), sites do SNS e DGS (46%) e outros sites (26%).

Pico da pandemia

Metade dos inquiridos considera que o pico da pandemia em Portugal vai ocorrer dentro de um mês, enquanto 32% considera que o pico irá ocorrer daqui a uma semana.

O estudo foi realizado por via dos métodos CATI (Telefónico) E CAWI (online) a uma base de dados de utilizadores registados na plataforma da multidados.com. Foram recolhidas e validadas 1.000 respostas entre os dias 20 e 23 de março.

Estudo
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através do seu Departamento de Genética Humana e em colaboração com...

As anomalias cromossómicas de novo, isto é, as que estão ausentes em ambos os progenitores, são muito difíceis de valorizar clinicamente quanto à sua capacidade de causar doença. Para ajudar a ultrapassar esta dificuldade, um estudo do INSA, liderado pelo investigador Dezso David, propõe uma abordagem que, além do diagnóstico pré-natal cromossómico convencional (cariotipo e microarrays), utiliza a sequenciação paralela massiva do DNA (em concreto, a sequenciação pangenómica de grandes insertos – liGS) e uma sofisticada análise dos dados para identificação e interpretação das alterações genómicas, utilizando, entre outras, duas ferramentas bioinformáticas desenvolvidas pelo próprio grupo de investigação.

Segundo os autores deste trabalho, publicado na prestigiada revista “Human Genetics”, com a adoção do novo fluxograma, “o geneticista clínico passa a estar muito melhor apetrechado para aconselhar as famílias em que surgem anomalias cromossómicas sem um diagnóstico clínico definitivo”. Os investigadores sublinham também que “esta abordagem, quando aplicada no período pós-natal, poderá contribuir para encurtar significativamente a penosa ‘odisseia do diagnóstico’ que tanto aflige os familiares e cuidadores das pessoas com muitas das doenças genéticas raras e, em particular, com anomalias congénitas”.

As doenças genéticas raras com base genómica constituem um problema de saúde pública difícil de controlar, devido à sua enorme diversidade, gravidade e raridade. O diagnóstico pré-natal surge, assim, como uma das mais efetivas intervenções de saúde neste domínio da patologia humana, pois permite detetar, in utero, a anomalia fetal, aplicar precocemente as medidas terapêuticas disponíveis ou, na ausência delas e por vontade dos pais, interromper a gravidez.

Quarenta anos depois da identificação, por microscopia ótica, da primeira translocação cromossómica em diagnóstico pré-natal realizada no INSA (1980), em concreto uma translocação Robertsoniana t(13;14) de origem paterna, um grupo de investigadores aplica, ao diagnóstico pré-natal , uma abordagem baseada na sequenciação pangenómica para identificação de pontos de quebra de anomalias cromossómicas e dos genes potencialmente afetados por essas alterações estruturais.

Os autores dedicam este artigo a Maria Guida Boavida fundadora, em 1975, do Laboratório de Genética Humana precursor do atual DGH.

Medida
Os médicos do Centro Hospitalar Universitário São João (CHUSJ), passaram a ter acesso remoto à informação clínica dos doentes o...

De acordo com CHUSJ os meios de acesso remoto às suas plataformas digitais de gestão de informação clínica foram flexibilizados, de forma a garantir e reforçar uma resposta mais integrada do ponto de vista clínico, permitindo que os médicos possam fazer uso, sempre que necessário, de meios tecnológicos para continuarem no exercício da sua missão de prestação de cuidados num ambiente seguro, para os utentes e colaboradores, “nesta fase particularmente exigente”.

A unidade de saúde explica que, desta forma, está a contribuir “ativamente” para o apoio dos doentes crónicos e dos mais vulneráveis.

Por outro lado, foi alargado o plafond dos telemóveis de uso na instituição, para que os médicos possam fazer telefonemas para os seus doentes, utilizando os equipamentos e a rede da instituição, sublinha o Centro Hospitalar Universitário São João.

“esta forma, os profissionais poderão realizar tarefas remotamente, sempre que necessário, tais como consultas não-presenciais por telefone, relatos de exames – como por exemplo radiologia e neurorradiologia -, bem como aqueles que estejam em período de quarentena poderão apoiar, à distância, os seus colegas na prestação de cuidados”, salienta o Centro Hospitalar Universitário São João.

Para fazer uso de acesso remoto para aceder à informação clínica do CHUSJ, os médicos têm o apoio de um tutorial de apoio técnico criado pelo Serviço de Sistemas e Tecnologias da Informação e Comunicação.

 

 

Siga os conselhos dos especialistas
Os doentes idosos são aqueles que apresentam maior risco de complicações associadas à infeção por Co
Idosa a olhar para a janela

COVID-19 é a doença clínica causada pelo SARS-CoV-2, vírus descrito pela primeira vez em dezembro de 2019 na China e que, em aproximadamente 80% dos casos, causa infeções respiratórias ligeiras (como constipações). Embora com menor frequência, pode causar pneumonias virais graves com disfunção multiorgânica.

Febre, tosse seca, falta de ar, dores musculares, dores de cabeça e diarreia estão entre os principais sintomas. Este podem surgir 2 a 14 após a exposição. Esteja atento.

Medidas de prevenção para o idoso

Lave as mãos com frequência!

  • Deve lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar, tossir ou após contacto direto com pessoas doentes.
  • Evite tocar na cara com as mãos.
  • Na medida do possível, evite tocar em superfícies de alto toque em locais públicos - botões do elevador, maçanetas, corrimãos, apertos de mão com pessoas, etc.
  • Se é dextro use mais a mão esquerda e faça o contrário se for esquerdino.
  • Use um lenço de papel ou a sua manga para cobrir a sua mão ou o seu dedo, se precisar tocar em algo.
  • Evite partilhar objetos pessoais ou comida.
  • Tape o nariz e a boca quando espirrar ou tossir, com um lenço de papel ou com o antebraço, nunca com as mãos, e deite sempre o lenço de papel no lixo.

Mantenha-se em casa!

  • Limpe e desinfete a casa, principalmente as superfícies tocadas com frequência (como mesas, maçanetas, interruptores de luz, torneiras e telemóveis).
  • Evite fazer compras diariamente ou frequentar locais com muitas pessoas.
  • Se tiver que sair de casa por algum motivo de saúde urgente mantenha sempre o distanciamento social mínimo de 1 a 2 metros.
  • Idealmente, procure um familiar ou um vizinho que lhe leve as compras e a medicação a casa, não mantendo qualquer contacto físico com ele
  • Não deixe acabar a medicação. Se necessitar de mais receitas, contacte o seu Centro de Saúde por telefone ou email ou peça a um familiar para o fazer.
  • Mantenha-se em contacto com os seus familiares e amigos por telefone
  • Se tiver febre ou dores no corpo, tenha à mão paracetamol que pode tomar até 3-4 gramas por dia.
  • Não tome anti-inflamatórios não esteroides (estes medicamentos são inapropriados para os idosos).
  • Beba bebidas quentes.
  • Deve beber muitos líquidos, de preferência em bebidas quentes que deve ter sempre preparadas, com mel (se não for diabético), limão, outros sumos, chá, café.
  • Alimente-se bem, comendo carne, peixe, ovos e fruta que deve lavar e descascar antes de comer. Não dispense a sopa quente.
  • Faça exercício. Não esteja horas sentado. Ande em casa por períodos de mais de 10 minutos 3 vezes por dia ou se possível use uma pedaleira.
  • Quando já estiver bem não contacte com outras pessoas durante 14 dias

Deverá procurar atendimento médico se sentir:

  • Dificuldade em respirar ou falta de ar
  • Dor ou opressão persistente no peito.

Atuação dos familiares do idoso

  • Confirme que o seu familiar tem medicamentos e alimentos suficientes a fim de evitar faltas inesperadas.
  • Sempre que o contacto físico for indispensável lave cuidadosamente as suas mãos, mas se tiver tosse ou febre não o visite.
  • Promova o isolamento social do seu familiar, mas não o abandone!
  • Esteja atento à eventual dificuldade de respirar do seu familiar ou às manifestações de alteração do estado   de consciência e confusão.
  • Se o seu familiar estiver institucionalizado, informe-se do protocolo criado pela instituição e cumpra-o rigorosamente.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Covid-19
A procura por laboratórios privados para a realização de testes ao coronavírus está a aumentar. E não são apenas os utentes que...

O aumento da procura pelos laboratórios privados para fazer testes ao coronavírus está a fazer engordar os cofres destas empresas, avança o Correio da Manhã (acesso pago). Algo que já rende cerca de 2,6 milhões de euros por dia, numa altura em que a capacidade destas empresas é bastante superior à do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Não são apenas os utentes que procuram os laboratórios privados. O próprio Governo também o faz e até já estabeleceu protocolos de cooperação com várias entidades. Isto justifica-se com o facto de estas empresas terem uma capacidade superior — 17.000 testes por dia — à do SNS — 9.000 testes, referiu a ministra da Saúde.

O secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM) desconfia destes números do SNS. “Se existissem efetivamente 9 mil testes por dia, a linha SNS 24 não demorava quatro dias a dar autorização a casos suspeitos, que estiveram em contacto com infetados e que tinham sintomas, para fazer o rastreio”, disse Roque da Cunha, ao CM, acrescentando que “já deu para perceber que se forem 1.200 os testes feitos pelo conjunto de hospitais públicos, é muito”.

 

 

Covid-19
O Hospital Distrital de Santarém (HDS) criou uma Unidade de Cuidados Intensivos específica para doentes covid-19, com seis...

Em comunicado, O Conselho de Administração do Hospital Distrital afirma que a atual Unidade de Cuidados Intensivos, com seis camas, e a Unidade de Cuidados Intermédios, com 11 camas, serão ativadas assim que necessário.

A administração do HDS, liderada por Ana Infante, afirma aguardar a entrega pelo fabricante dos testes covid-19, prevendo poder passar a realizá-los internamente a partir de abril.

Por outro lado, foram criadas as condições que permitirão, «muito em breve, fabricar o gel desinfetante necessário neste hospital», afirma a nota, sublinhando que o HDS tem presentemente equipamento de proteção individual disponível para todo o pessoal.

A nota adianta que o Serviço de Urgência específico para doentes com sintomas de possível infeção pelo coronavírus SARS-COV-2 entrou em funcionamento às 09:00 de hoje, estando localizado na área da consulta externa do Hospital, devidamente identificado com a placa «Covid-19».

“A nova Urgência irá funcionar com uma equipa de recursos humanos dedicada de forma a prestar os melhores cuidados de saúde à população”, sublinha.

O Hospital solicita que se dirijam a esta zona “todos os doentes referenciados pela Saúde24, cuidados de saúde primários, Instituto Nacional de Emergência Médica, quer se dirijam pelos seus próprios meios ou transportados por bombeiros, com queixas sugestivas de infeção com o vírus (febre, tosse, dificuldade respiratória)”.

Outras medidas do plano de contingência

Em comunicado a unidade hospitalar lembra que foi criada, a nível nacional, uma Linha de Apoio Psicológico para profissionais, doentes e famílias em isolamento.

Tendo em conta encontrar-se em Plano de Contingência devido à pandemia do novo coronavírus, o hospital colocou em regime de teletrabalho todos os trabalhadores cujas atividades o permitam, cancelou todas as ações de formação e estágios profissionais, bem como as visitas e acompanhantes aos doentes internados.

O bar existente na entrada principal do edifício foi encerrado, mantendo-se em funcionamento tanto o bar como o refeitório do pessoal, “com todas as medidas preventivas adequadas”.

Esta unidade hospitalar mantém em funcionamento a atividade urgente e prioritária, tendo cancelado toda a atividade clínica programada relativa a consultas, cirurgias e meios complementares de diagnóstico e terapêutica.

Na urgência, todos os doentes com triagem de cor branco, verde e azul são encaminhados para os Centros de Saúde respetivos, existindo um espaço autónomo dedicado exclusivamente a doentes covid-19.

“O Hospital e os seus profissionais encontram-se empenhados no tratamento dos seus utentes, contribuindo com o seu esforço e saber para minimizar os efeitos nefastos desta pandemia”, frisa o comunicado.

Cuidados
A Direção-Geral da Saúde (DGS), através da equipa do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS) divulga...

A população idosa é um dos grupos que apresenta um maior risco de doença grave por COVID-19. Como grupo de risco, os idosos são particularmente aconselhados a adotar medidas para reduzir o risco de doença por SARS-CoV-2, nomeadamente o isolamento profilático.

Estas medidas de isolamento e distanciamento social para minimizar a transmissão da COVID-19, podem ser um fator de risco para o agravamento do estado nutricional dos idosos, quer naqueles que se encontram em contexto de domicílio, quer para os idosos institucionalizados. Um pior estado nutricional associa-se a um pior prognóstico e a um risco aumentado de complicações em caso de doença aguda e, consequentemente está associada a um maior risco de mortalidade.

Para o efeito, o PNPAS faz as seguintes orientações, que não são diferentes das recomendações que já deviam ser genericamente seguidas pela população idosa:

  • Diariamente devem ser consumidas duas porções de leite ou derivados (1 porção de leite = 240ml), nas refeições intercalares.
  • Devem ser consumidas 2 a 3 porções de fruta por dia (1 porção = 1 peça de fruta média).
  • Devem ser consumidas leguminosas (por ex. feijão, grão, ervilhas, lentilhas…) pelo menos 3 vezes por semana, por exemplo, através da sua adição à sopa.
  • A sopa de hortícolas deve estar presente nas duas refeições diárias. Uma importante fonte de vitaminas e minerais e que pode contribuir para otimizar o estado de hidratação.
  • Deve ser incentivado o consumo de carne, pescado e ovos nas duas refeições principais (1 porção por refeição = 90 g), de modo a assegurar uma ingestão proteica adequada, sendo que o peixe gordo deve consumido com uma frequência de 2 vezes por semana.
  • O incentivo ao consumo de frutos oleaginosos (por ex. amêndoas, nozes…), para aqueles que não apresentam dificuldades de mastigação deve ser também considerado (1 a 3 vezes por semana).
  • Considerando a diminuição do apetite que é comum nesta faixa etária e a alteração do paladar, devem ser promovidas refeições frequentes ao longo dia e de menor volume (cerca de 5 a 6 refeições) e deve ter-se em consideração as características organoléticas das refeições.
  • A manutenção de um bom estado de hidratação é essencial, situação que muitas vezes está comprometida devido à diminuição da sensação de sede nos idosos. A quantidade a ingerir diariamente pode variar entre 1,5 a 1,9 litros de água, o que equivale a cerca de 8 copos de água. A oferta frequente de água e em pequenas quantidades ao longo do dia é essencial. As águas aromatizadas e as infusões podem ser opções a considerar, preferencialmente sem adição de açúcar.
Iniciativa
Iniciativa, em direto no Facebook, vai contar com especialistas para esclarecer as dúvidas colocadas ao longo da transmissão.

Esclarecer os doentes oncológicos, os seus familiares e amigos acerca do novo Coronavírus é o objetivo da sessão de esclarecimento promovida pela Associação Careca Power, a Europacolon Portugal - Associação de Apoio ao Doente com Cancro Digestivo, e a Evita – Associação de Apoio a Portadores de Alterações nos Genes relacionados com o Cancro Hereditário, com o apoio da AstraZeneca, agendada para o próximo dia 24 de março, terça-feira, pelas 18h30m, num direto transmitido em simultâneo nas páginas de Facebook das três associações de doentes.

Que desafios enfrentam os doentes oncológicos e os profissionais de saúde desta área face ao novo coronavírus? Como manter estes doentes seguros, ativos e saudáveis, física e psicologicamente, num período de confinamento social? Estas e outras questões serão debatidas por um painel de especialistas, numa conversa moderada por Fernanda Freitas, mas onde se espera, sobretudo, esclarecer as dúvidas dos doentes, seus familiares e amigos, colocadas na zona de comentários das três páginas, ao longo da transmissão.

Numa declaração conjunta, as quatro entidades promotoras desta iniciativa esperam “poder contribuir para o esclarecimento destas pessoas que, além do seu diagnóstico, se veem agora confrontadas com a incerteza que o COVID-19 trouxe à vida de todos. Por isso, é importante tranquilizá-las, através de informação fidedigna, credível e direta, e nesse sentido, convidamos todos a participar, deixando as suas dúvidas para que possamos responder e ajudar.”

 

 

Hepatite C
Esta decisão da Comissão Europeia faz com que o glecaprevir/pibrentasvir seja a única opção terapêutica pan-genotípica (GT1-6)...

O medicamento estava já indicado como regime de 8 semanas, pan-genotípico (GT1-6), de toma diária única, para doentes com infeção crónica por VHC sem cirrose e sem exposição anterior ao tratamento para infeção por VHC, e como regime de 8 semanas, de toma diária única, para doentes com infeção crónica por VHC GT 1, 2, 4, 5 e 6 com cirrose compensada e sem exposição anterior ao tratamento para infeção por VHC.

“Uma menor duração de tratamento significa que mais doentes com infeção crónica por VHC podem ser tratados com um ciclo de 8 semanas de glecaprevir/pibrentasvir na ausência de testes iniciais que determinem o genótipo ou o grau de fibrose ou cirrose”, afirmou Janet Hammond, vice-presidente da área terapêutica de Medicina Geral e Virologia da AbbVie. “A possibilidade de agilizar a avaliação pré-terapêutica em pessoas com infeção crónica por VHC representa uma mudança de paradigma na forma como a doença é tratada, podendo acelerar a cascata de tratamento e permitindo-nos assim um avanço em direção ao objetivo da Organização Mundial de Saúde de eliminar a infeção por VHC até 2030.”

A aprovação da CE é sustentada por dados do estudo clínico de fase 3b – EXPEDITION-8 –, que avaliou a segurança e eficácia de glecaprevir/pibrentasvir em doentes com infeção crónica por VHC, com cirrose compensada e sem exposição anterior ao tratamento para infeção por VHC em todos os principais genótipos (GT1-6). Os resultados referem-se a doentes com GT1, 2, 3, 4, 5 e 6 (n=343)2 e demonstraram que, com 8 semanas de tratamento com glecaprevir/pibrentasvir, 97,7 por cento (n=335/343) dos doentes com GT1- 6 alcançaram resposta virológica sustentada às 12 semanas após o tratamento (RVS12) (ITT). Para doentes com GT3, a percentagem de RVS12 foi de 95,2% (n= 60/63) (ITT).

Até à data, foi reportado um caso de falência virológica e nenhum doente descontinuou a terapêutica devido a acontecimentos adversos. No estudo, a maioria dos doentes que não alcançou RVS12 perdeu-se no seguimento, e não foram identificados novos sinais de segurança.

“Embora a hepatite C seja agora curável, há milhões de pessoas na Europa com infeção crónica pelo vírus. Muitos destes doentes nunca foram tratados, muitas vezes porque não conseguem percorrer as complexidades práticas e clínicas da jornada de tratamento”, afirmou Stefan Zeuzem, diretor do departamento de Medicina do Hospital Universitário J.W. Goethe, em Frankfurt, Alemanha. “Uma opção terapêutica mais curta e uma abordagem pré-terapêutica simplificada podem eliminar a necessidade de testes adicionais e ajudar um número significativamente superior de pessoas a ultrapassar as barreiras reais que se colocam atualmente ao tratamento.” 

Na Europa, calcula-se que 14 milhões de pessoas sofram de infeção crónica por VHC, muitas das quais sem o saberem. Todos os anos, 112 500 pessoas morrem devido a doença hepática relacionada com a hepatite C.3

Acerca do Estudo EXPEDITION-82
O estudo EXPEDITION-8 é um estudo de Fase 3b, aberto, de braço único em doentes com infeção crónica pelo VHC GT1-6, com cirrose compensada e sem exposição anterior ao tratamento para infeção por VHC (n=343), tratados com glecaprevir/pibrentasvir durante 8 semanas.

Os endpoints primários de eficácia foram RVS12 em doentes com GT1, 2, 4, 5 e 6 numa população por protocolo (PP) e intenção de tratar (ITT) vs. percentagens históricas de RVS12 com base na eficácia de glecaprevir/pibrenstavir com duração de tratamento de 12 semanas em doentes com cirrose compensada sem exposição anterior ao tratamento para infeção por VHC. Os endpoints secundários de eficácia principais foram as percentagens de doentes GT1-6 que atingiram RVS12 nas populações PP e ITT.

Covid-19
Face aos atuais constrangimentos e medidas para a prevenção do contágio de Covid-19, a Lusíadas Saúde vai lançar um novo...

O serviço de Consultas Médicas Online vai estar disponível em todas as unidades do Grupo no Norte, Grande Lisboa e Algarve, já a partir de hoje e de forma progressiva.

“Vamos estar articulados com o SNS para ajudar o país a combater a pandemia de Covid-19, mas reconhecemos a necessidade de continuar a cuidar de todas as pessoas, garantindo o normal funcionamento das consultas de todas as especialidades médicas. Assim, este serviço vem dar resposta a essa necessidade, ao mesmo tempo que garante a máxima segurança dos profissionais de saúde e da população”, explica Vasco Antunes Pereira, CEO da Lusíadas Saúde.

 Mediante uma rápida mobilização no contacto às Entidades Seguradoras, os parceiros responderam positivamente e as videoconsultas já se encontram acordadas com as principais Entidades. Assim sendo, as videoconsultas serão faturadas ao valor acordado para as Consultas de Especialidade presenciais. Para os clientes beneficiários de seguros e subsistemas de saúde que ainda não contrataram este novo serviço de videoconsulta, vão poder aceder a este serviço ao valor de tabela contratado para a consulta presencial.

 

Isolamento profilático
A Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP), de acordo com o Decreto nº 2-A/2020, apela ao dever especial de...

Este isolamento profiláctico será tão mais importante se tiverem também hipertensão, doença coronária, respiratória ou cancro. Só deverão sair de casa em situações de absoluta necessidade e, sempre, evitando qualquer contacto pessoal.

“É crucial que sejam adotadas medidas de contenção social, particularmente na população mais idosa que está mais suscetível a uma fragilização do sistema imunitário devido a outras patologias” refere José Manuel Boavida, presidente da APDP, e menciona que “esta recomendação de quarentena advém dos dados já apurados noutros países e que demonstram que na população com mais de 60 anos e nas pessoas com doenças crónicas o risco de complicações graves e de morte aumenta.”

As pessoas com diabetes que estão a trabalhar poderão pedir baixa médica, se não estiverem em tele-trabalho ou já de quarentena por indicação das autoridades de saúde. A APDP já pediu ao Ministério da Saúde que agilizasse este processo para não obrigar as pessoas a ir ao Centro de Saúde e a clarificação das condições em que o mesmo se processará.

José Manuel Boavida acrescenta ainda que “todas as pessoas com diabetes devem ter em casa medicação suficiente para dois meses, dado ter aumentado a previsão de duração da epidemia, assim como material de autovigilância e toda a medicação que tomam habitualmente para outras doenças, nomeadamente para o aparelho cardiovascular.” Tal como a Direção Geral da Saúde (DGS), a APDP recomenda que é também necessário “ter medicação para a febre, como o paracetamol.”

Durante o período de quarentena a APDP reforça que as pessoas devem estar alerta para os sintomas da doença, que são semelhantes aos da gripe e que podem incluir febre, tosse, falta de ar e cansaço. É fundamental manterem-se hidratados, controlar a temperatura corporal e fazer o registo diário da glicemia. Em qualquer caso de dúvida ligue ao seu médico de família ou à linha SNS24. A APDP ainda esta semana disponibilizará um telefone para este efeito.

Face à pandemia da doença provocada pelo Covid-19 e para reduzir o risco de contágio, a APDP reduziu as consultas presenciais apenas para situações urgentes, passando as consultas a ser realizadas por telefone. Todos os pedidos de medicamentos poderão ser feitos pelos meios habituais, podendo a farmácia da APDP entregá-los no domicílio. Para esclarecer dúvidas é recomendada a utilização do e-mail da associação: [email protected]

 

 

Covid-19
Além do COVID-19 Response Fund, que ira irá disponibilizar até 1 milhão de dólares para apoiar as comunidades mais afetadas...

“Estamos a lidar com uma crise de saúde pública extraordinária e sem precedentes, que exige um enorme envolvimento e colaboração entre os governos, a sociedade e as empresas. Enquanto empresa farmacêutica presente em mais de 140 países, estamos a disponibilizar um apoio financeiro adicional às comunidades mais afetadas ou a programas nacionais que ajudem a dar resposta a necessidades urgentes de saúde pública decorrentes da pandemia COVID-19. Reconhecendo o poder de trabalharmos em equipa enquanto indústria, disponibilizamos o talento e a capacidade das nossas equipas de Investigação e Desenvolvimento (I&D), integrando duas importantes iniciativas colaborativas”, afirma Vas Narasimhan, CEO da Novartis.

Deste modo a empresa anunciou um vasto conjunto de medidas para apoiar a resposta global à pandemia COVID-19. Estas medidas incluem a criação de um fundo global para apoiar as comunidades afetadas pela pandemia COVID-19 em todo o mundo, assim como a decisão da empresa de integrar duas importantes iniciativas de I&D que envolvem diferentes entidades.

O Novartis COVID-19 Response Fund irá disponibilizar 20 milhões de dólares em apoios a iniciativas de saúde pública, destinadas para ajudar as comunidades a enfrentar os desafios colocados pela pandemia. A empresa instituiu um processo célere de revisão global que irá permitir a rápida aprovação e disponibilização de apoios individuais até 1 milhão de dólares. O fundo está aberto para receber pedidos de apoio, que serão concedidos pelas filiais da Novartis nos diferentes países. O fundo pretende apoiar iniciativas focadas, mas não limitadas às seguintes áreas:

  • Reforçar infraestruturas de saúde locais e nacionais, incluindo o financiamento de mais pessoal médico, medicamentos e equipamentos médicos;
  • Estabelecer plataformas digitais para a recolha de dados relacionados com a COVID-19, entrega de medicação e prestação de assistência médica remotamente e disseminação eficaz de informação relevante sobre saúde pública;
  • Criar ou reforçar programas de saúde comunitária específicos para dar resposta à pandemia.
RESPIRA e MOVA deixam alerta
A Associação RESPIRA e o MOVA – Movimento de Doentes pela Vacinação apontam que a comunicação dirigida pela Direção Geral da...

Em Portugal existem atualmente mais de 1.000 infetados e já se registou a morte de 6 pessoas. O Covid-19 pode transmitir-se através de pequenas gotas expelidas pelo nariz ou pela boca por pessoas infetadas, quando estas espirram ou tossem, ou quando se toca em superfícies contaminadas.

“Os doentes respiratórios se não tiverem cuidados especiais, como por exemplo os doentes que utilizam oxigénio, nomeadamente nas suas necessárias deslocações aos estabelecimentos de saúde, ou por falta de recomendações ou por falta de conhecimento, podem colocar efetivamente a sua vida em risco.

De acordo com a RESPIRA, os números das doenças respiratórias já são alarmantes numa situação dita normal. “No mundo 384 milhões de pessoas sofrem de Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica, sendo que 3 milhões de mortes são causadas por esta doença”, acrescenta Isabel Saraiva, presidente da Associação.

Assim, em comunicado enviado às redações, a RESPIRA apela a que as entidades responsáveis que tem o dever de informar, consciencializar e proteger as pessoas com doenças respiratórias crónicas do covid-19 realçassem a importância deste tema para estes doentes.

“Não temos encontrado informação sobre medidas dirigidas exclusivamente a estes doentes. As recomendações divulgadas são comuns aos doentes crónicos, independentemente da natureza da sua doença”, explica a Dra. Isabel Saraiva, Presidente da RESPIRA e fundadora do MOVA.

O contágio e a mortalidade do covid-19 são maiores do que na gripe comum e em casos mais severos pode dar origem a pneumonia e insuficiência respiratória, consequências possivelmente fatais para uma pessoa com doença respiratória crónica.

“O que é que um doente com doença respiratória crónica deve fazer para se proteger e/ou que medidas sociais tem a seu favor. São estas e outras questões que gostaríamos que as autoridades de saúde comunicassem aos doentes respiratórios crónicos”, conclui Isabel Saraiva.

A Covid-19 é mais severa entre doentes crónicos, nomeadamente com problemas cardiovasculares, respiratórios, diabetes e hipertensão.

Plataforma online
De forma a facilitar o acesso à formação contínua, a MJGS Lda., empresa inserida no setor da formação para profissionais de...

Aproveitando o facto de estarmos a viver tempos extraordinários, esta iniciativa vem reforçar a missão da empresa em disponibilizar conhecimento atualizado nas mais variadas áreas, agora sem ser preciso sair de casa.

“Numa altura difícil, transversal a toda a nossa sociedade, devido ao surto de pandemia do COVID-19, a MJGS Lda., empresa inserida no sector da formação para profissionais de saúde há 16 anos, vem também, tal como outras grandes empresas de referência, procurar dar o seu contributo. O período de isolamento significa naturalmente um condicionamento e abrandamento do dia-a-dia de todos, quer a nível pessoal quer profissional. Sabemos a importância que a formação contínua representa em todas as áreas profissionais. Nessa perspetiva, iremos disponibilizar, online, formações para farmacêuticos, creditadas pela Ordem dos Farmacêuticos, por um valor reduzido face ao praticado habitualmente”, explica em comunicado a empresa.  

Assim, e já a partir do final do mês de Março, os profissionais interessados podem começar a aceder às suas formações. 

Consulte aqui a lista de formações disponíveis para Farmácia Comunitária

 

Consulte aqui a lista de formações disponíveis para Farmácia Hospitalar

Para aceder às formações disponíveis online, basta fazer a inscrição e seguir as instruções. Inscrições, sinopses, conteúdos programáticos e informações sobre pagamentos estão disponíveis na página.

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