Solidariedade
Em apenas um mês, a plataforma PORTAS ABERTAS já angariou mais de 13 mil bens para entregar aos profissionais de saúde que...

Desde 23 de Março, data do seu lançamento, a plataforma Portas Abertas já conseguiu angariar mais de 12450 bens alimentares, 224 Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e 333 produtos de higiene, que irão ser doados a vários profissionais de saúde que estão a lutar contra a pandemia de Covid-19 em diversas instituições de saúde, de Norte a Sul do país.

Em apenas um mês, o projeto conseguiu dar resposta aos mais de 30 pedidos de ajuda registados (até à data): 25 por parte de unidades hospitalares e 8 de organizações não hospitalares, graças aos donativos recebidos de 19 entidades.

Através do Portas Abertas, qualquer empresário, em nome individual ou com micro, pequena, média ou grande empresa, pode registar-se e dar o seu contributo, colmatando as necessidades mais básicas de hospitais, centros de saúde e outras unidades hospitalares. Do mesmo modo, qualquer profissional de saúde ou unidade hospitalar pode registar a sua carência para que seja, rapidamente, solucionada. 

A plataforma conta com o apoio institucional da Ordem dos Enfermeiros, da Delegação da Cruz Vermelha de Águeda, da H2H Portugal, da empresa de transportes e logística Santos e Vale, do empreendedor Tim Vieira e da Ordem dos Biólogos (Delegação Norte).

 

SINAVE
Os médicos e os laboratórios devem notificar todos os casos confirmados ou suspeitos de Covid-19 no Sistema Nacional de...

Na última a conferência de imprensa diária de atualização de informação sobre a Covid-19 em Portugal, Graça Freitas reconheceu que o sistema que os médicos e laboratórios utilizam para identificar os casos confirmados ou suspeitos de infeção pelo novo coronavírus, que provoca a doença Covid-19, não é ideal, justificando que quando a plataforma foi criada não se previa este fluxo.  

“Estamos sempre a tentar melhorar estas plataformas, que foram construídas para situações de carga completamente diferente da que temos agora”, explicou, reiterando que, ainda assim todos os médicos e laboratórios são obrigados a notificar o sistema.

Informação é necessária para acompanhar a evolução da pandemia

A Diretora-Geral da Saúde aproveitou a conferência de imprensa para justificar o aumento do número de casos suspeitos no boletim epidemiológico do dia 18 de abril, sobre o qual tinha sido questionada na terça-feira, explicando que esse aumento traduziu um apelo da Direção-Geral da Saúde aos laboratórios.

Segundo Graça Freitas, alguns laboratórios não estavam a notificar o sistema de vigilância dos resultados negativos aos testes de diagnóstico e a DGS enviou a todos um pedido para que essa informação fosse atualizada.

“No dia 18 de abril, 80% das notificações que entraram no sistema SINAVE eram laboratoriais e destas 40% tinham uma validação de exame prévia à data que em que foram incluídas. A mais antiga era mesmo de 20 de março”, explicou, reforçando que toda esta informação é necessária para acompanhar a evolução da pandemia.  

Portugal cumpre o terceiro período de 15 dias de estado de emergência, iniciado em 19 de março, e o decreto presidencial que prolongou a medida até 02 de maio prevê a possibilidade de uma “abertura gradual, faseada ou alternada de serviços, empresas ou estabelecimentos comerciais».

SINAVE

O Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica é um sistema que permite monitorizar a ocorrência de doenças transmissíveis suscetíveis de constituir um risco para a saúde pública, implementar com rapidez e segurança medidas de prevenção e controlo destas doenças e cortar a cadeia de transmissão na comunidade e ocorrência de novos casos de doença e surtos.

Este sistema reforça o compromisso do Estado na proteção da saúde da população, respondendo aos novos desafios que se colocam na vigilância das doenças infeciosas.

Balanço PNV
No dia em que foram conhecidos os resultados do Plano Nacional de Vacinação de 2019, a Administração Regional de Saúde do...

Em comunicado, a ARSC realça que, no ano passado, as coberturas vacinais foram elevadas nos grupos avaliados, tendo sido administradas 270.322 vacinas nas unidades funcionais dos agrupamentos de centros de saúde e nas unidades locais de saúde de Castelo Branco e Guarda.

“De uma maneira geral, as coberturas vacinais na infância são elevadas. No âmbito da estratégia de vacinação do BCG, dirigida a grupos de risco, foram vacinadas 1.996 crianças com idade inferior a seis anos (idade recomendada), tendo o processo decorrido em 24 pontos de vacinação”, destaca a nota.

Segundo a ARSC, as atividades desenvolvidas pelas unidades de saúde da região Centro em 2019 permitiram alcançar resultados que “só foram possíveis com a sensibilização e o envolvimento continuado de todos os profissionais de saúde que trabalham nesta área”.

Os resultados “revelam terem sido atingidos os níveis necessários para conferir imunidade de grupo e para cumprir os objetivos dos programas prioritários de erradicação da poliomielite e de eliminação do sarampo e da rubéola, na componente da vacinação”.

“A vacinação, que constitui o maior avanço da medicina moderna, permite o bem-estar da população, previne doenças, contribui para um envelhecimento saudável, previne vários tipos de cancro e reduz a ameaça da resistência aos antibióticos”, sublinha o comunicado.

 

Mesmo que esteja em casa e em tempo de quarentena, deve praticar exercício físico.

A sua fórmula completa com dupla ação, graças à presença de taurina, vitaminas do complexo B, cafeína, vitamina C e glucoronoloactona, faz de GURONENERGY®, o suplemento alimentar que ajuda a combater o cansaço físico do dia-a-dia, mas também aconselhado para praticantes regulares de desporto ou com atividade diária física exigente e que mesmo em quarentena não deixa de treinar.

A fórmula do novo GURONENERGY® é rica em:

  • Cafeína, estudos mostram que é eficaz no aumento rápido de energia e no aumento dos níveis de concentração. Estimula o sistema nervoso, melhora a capacidade física e mental e retarda a sensação de fadiga, ideal para dias agitados;1
  • Glucoronolactona é um derivado do ácido glucorónico, que existe no fígado. Estudos mostram que a glucoronolactona liga-se às toxinas, tornando-as mais solúveis permitindo expulsá-las facilmente pela urina, conduzindo ao seu bem-estar.2
  • Vitamina C, tem um papel importante no sistema imunitário e é fundamental para a redução de cansaço e da fadiga, contribui para um normal funcionamento do sistema imunitário e contribui para o normal funcionamento do metabolismo produtor de energia.3
  • Taurina, que trabalha o metabolismo energético, as células musculares e aumenta função dos batimentos cardíacos. Estudos mostram que tem ainda uma ação antioxidante que combate as impurezas do organismo.4
  • Vitaminas Complexo B, contribuem para a redução do cansaço e da fadiga para o normal metabolismo produtor de energia.5
  • GURONENERGY®, é assim o reforço vitamínico dos dias de cansaço físico e psicológico que nos permitirá estar noutro nível, enfrentando este período com outra disposição. Para além disso, mantendo o seu treino e esforço físico habitual, mesmo que em casa, Guronenergy é o reforço vitamínico ideal para lhe proporcionar energia extra e motivação adicional.

Ref. Bibliográficas:

1. EUFIC – European Food Information Council. Cafeina e Saúde. URL: https://www.eufic.org/en/whats-in-food/article/caffeine-and-health; 2. Guillemette C, Pharmacogenomics of human UDP-glucoronosyltransferase enzymes. The Pharmacogenomics Journal 2003, 3, 136-158.; 3. Vitamin C Deficiency. https://patient.info/healthy-living/vitamin-c-deficiency-leaflet; 4. Wen C et al. Taurine is involved in energy metabolism in muscles, adipose tissue and the liver. Molecular Nutrition & Food Research 20018, 62.; 5. REGULAMENTO (UE) Nº 432/2012 DA COMISSÃO de 16 de maio de 2012

Aviso Legal: GURONENERGY® - Suplemento alimentar. Ref. N.º 078.2020 

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
O que deve saber
A Leucemia Mielóide Aguda (LMA) é um cancro do sangue e da medula óssea, muito raro e, também, muito

As células sanguíneas são produzidas a partir de células-tronco (células imaturas) na medula óssea. Uma célula-tronco do sangue pode se tornar numa célula-tronco mielóide ou numa célula-tronco linfóide. Uma célula-tronco mielóide na medula óssea saudável pode dar origem a três tipos maduros diferentes de células que juntos formam o sangue. Esses incluem:

Glóbulos vermelhos - eles dão ao sangue sua cor vermelha e são responsáveis por transportar oxigênio dos pulmões para todas as partes do corpo;

Glóbulos brancos - combatem infeções e doenças;

Plaquetas - ajudam a coagular o sangue e previnem sangramentos.

Num doente com LMA, devido a algumas alterações no material genético (ADN) verifica-se uma produção anormal de uma ou mais destas células sanguíneas na medula óssea, criando células de leucemia. Estas podem espalhar-se por diferentes partes do corpo e afetam a capacidade da medula óssea de produzir células sanguíneas saudáveis.

Os sintomas dos cancros do sangue são, em muitos casos, pouco específicos e podem ser facilmente confundidos com os de uma gripe ou até mesmo com a COVID-19.

No caso da LMA os principais sintomas a ter em atenção são cansaço, febre, falta de ar, perda de peso, hematomas, fraqueza, suores noturnos e infeções.

Numa altura em que vivemos uma grande pandemia é necessário estar atento a estes sinais e no caso de serem persistentes consultar o médico e fazer os exames de diagnóstico.

No caso da LMA, esta desenvolve-se rapidamente e piora se não for tratada de forma precoce. O diagnóstico é feito através de análises ao sangue, biópsia da medula óssea, estudo de cromossomas, imunifenotipagem ou estudo moleculares e os tratamentos mais comuns passam por quimioterapia, terapias alvo focadas em defeitos genéticos, transplante de células leucémicas, transplante de células estaminais ou imunoterapia. Existem ainda alguns tratamentos em fase de estudo.

Nesta altura de isolamento devido à pandemia da COVID-19 é muito importante que os doentes com LMA e outros tipos de cancros do sangue, mantenham os tratamentos e sigam as recomendações dadas pelos profissionais de saúde.

No caso de detetarem algum destes sintomas é muito importante que contactem as autoridades de saúde para poderem fazer os exames de diagnóstico. Acelerar o diagnóstico da Leucemia Mielóide Aguda pode ajudar a melhorar o prognóstico da doença e permitir diminuir a taxa de mortalidade desta doença do sangue.

 

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Evitar surtos
António Sales apelou para que os pais não adiem a vacinação das crianças, caso contrário “Portugal pode enfrentar surtos de...

“Continuamos em estado de emergência e nunca é demais referir e elogiar a atitude responsável da maioria dos portugueses. Mas não podemos deixar o medo vencer. A vacinação das crianças é crucial. Portugal conseguiu atingir ao longo dos anos elevadas taxas de cobertura vacinal”, disse António Sales, na conferência de imprensa diária de balanço sobre a epidemia, que decorreu ontem no Ministério da Saúde, em Lisboa.

No dia em que, pela primeira vez, o número de casos recuperados é superior ao número de óbitos, António Sales apelou à “responsabilidade dos pais”.

“Ainda que atravessemos um período e um momento difícil”, os pais não devem adiar a vacinação dos seus filhos sob pena de Portugal enfrentar um surto de outras doenças infeciosas evitáveis e com consequências potencialmente graves mais tarde”, afirmou o Secretário de Estado da Saúde.

António Sales acrescentou ainda que “o SNS está preparado para responder”, salientando que “este é um momento de responsabilidade e não de retrocesso nas conquistas coletivas”.

 

Núcleo de Estudos de Hospitalização Domiciliária
Manter o quarto bem ventilado, manter a porta fechada e ter uma casa de banho para uso exclusivo do doente são algumas das...

O Núcleo de Estudos de Hospitalização Domiciliária (NEHospDom) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) acaba de lançar algumas recomendações de medidas de isolamento domiciliário em casos de COVID-19.

Recomendações para o doente:

  • Se o doente necessitar sair do quarto deve levar máscara cirúrgica (sem filtros) e manter a distância de segurança.
  • O quarto deve estar bem ventilado, com janela para o exterior e a porta fechada.
  • Telefone para comunicar com profissional de saúde.
  • Correta lavagem das mãos, 40 a 60 segundos com água e sabão (ocasionalmente com solução alcoólica).
  • Roupa e lençóis devem ser introduzidos num saco fechado, lavá-los depois na máquina a 60º – 90º.
  • Casa de banho de uso exclusivo para o doente. Se não for possível, deve ser lavada com lixívia.
  • Caixote do lixo com abertura de pedal e saco de encerramento fácil.
  • Lavar pratos e talheres a altas temperaturas (se possível na máquina).
  • A limpeza deverá ser feita com lixivia (1 colher de sopa de lixívia para 1 litro de água).

Recomendações para o resto dos habitantes da casa:

  • Evitar o contacto com a pessoa com sintomas, sobretudo os vulneráveis: idosos, doentes crónicos, imunodeprimidos ou grávidas.
  • Procurar que seja uma única pessoa a proporcionar cuidados ao doente.
  • Lavar as mãos com água e sabão ou solução alcoólica depois de qualquer contacto com o doente ou a sua envolvência.
  • Desinfectar, com frequência, torneiras, interruptores e maçanetas de portas, sobretudo se o doente utiliza essas zonas comuns.
Modelo de intervenção
A Direção-Geral da Saúde (DGS) publicou uma norma, dia 18 de abril, sobre a abordagem aos utentes dos Serviços de Saúde Mental,...

Esta situação gera “medo, angústia, ansiedade, com implicações diretas e indiretas na saúde mental individual e social”. Estas implicações, lê-se no documento, “atingem não apenas os indivíduos de forma indiscriminada, mas têm um peso significativo em pessoas doentes, em profissionais de saúde, em cuidadores informais, em crianças e em grupos vulneráveis, entre os quais se encontram os grupos de risco para infeção pelo SARS-CoV-2”.

Perante estas novas circunstâncias, as respostas em saúde mental têm que se adaptar, seja em relação às “dimensões da informação geral/literacia, passando pela prevenção, até à intervenção dos serviços de saúde”.

No modelo de intervenção, a norma recomenda a diminuição de consultas presenciais, o recurso a teleconsultas, a organização dos profissionais em turnos/subequipas para minimizar risco de contágio e a ênfase no seguimento das pessoas com perturbações psiquiátricas mais graves.

Os Cuidados de Saúde Primários são o elemento nuclear de respostas às necessidades surgidas no âmbito das perturbações psicológicas ligeiras a moderadas (as mais frequentes), sendo que as situações mais graves ou complexas são referenciadas para os Serviços Locais de Saúde Mental.

Estes serviços devem “reforçar a atividade de ambulatório em relação aos doentes mais graves, de forma a evitar a vinda ao Serviço de Urgência e a necessidade de internamento”.

A norma refere também os critérios de avaliação de doentes com perturbação mental no Serviço de Urgência Hospitalar, que implicam, por exemplo, um teste de diagnóstico quando existir necessidade de internamento.

Já para o internamento dos casos agudos, “devem ser adotados critérios mais estritos de internamento (focado nas situações mais graves, de acordo com julgamento clínico) e planeamento atempado das altas”.

O documento, que contou com a colaboração do Programa Prioritário de Saúde Mental da DGS, estabelece ainda uma série de procedimentos a adotar no internamento de doentes com COVID-19.

 

Balanço
O Serviço de Saúde Escolar da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) registou, no último mês, um aumento de 38% no...

De 16 de março a 12 de abril de 2020, foram realizadas 375 consultas de enfermagem, quando, no mesmo intervalo de tempo em 2019, se registaram 233 consultas. Destas quase quatro centenas de consultas, 75 foram consultas de enfermagem de apoio em crise, intervenção focada nos sentimentos e emoções que a crise traz ao indivíduo e na sua resolução através de mecanismos de coping (estratégias para lidar com situações de dano, ameaça ou dor) para restabelecer o funcionamento anterior, e 25 foram consultas de psicologia.

Apesar deste acréscimo na procura, a atividade do Serviço de Saúde Escolar da ESEnfC continua a decorrer como preconizado, mantendo-se as consultas de enfermagem de vigilância de saúde, de planeamento familiar, de gestão de stresse e ansiedade, de gestão da saúde e controle de peso e de situações agudas, assim como o apoio a estudantes internacionais e o apoio em situação de crise(à data relacionadas com a pandemia de COVID-19).

As consultas passaram a ser não presenciais, conforme orientação da Direção-Geral da Saúde, utilizando-se os meios digitais (Skype, telefone, WhatsApp ou e-mail) mais adequados, em função da acessibilidade de cada estudante. Paralelamente, e em parceria com os delegados de saúde das zonas de residência, foram acompanhados 48 estudantes da ESEnfC em vigilância passiva (cumprindo as orientações da DGS), sendo que nenhum destes foi infetado pelo novo coronavírus.

Foi, ainda, dado aconselhamento aos estudantes regressados dos países onde estavam em mobilidade no âmbito do programa Erasmus+.

Embora a maioria das consultas seja à distância, sempre que necessário (após avaliação por teleconsulta) são agendadas consultas presenciais de enfermagem, que têm lugar nas instalações da ESEnfC no Polo C.

 

Ciberataques
Check Point alerta para o crescimento desta ameaça em que os ciber-criminosos, antes de cifrar o equipamento infectado, extraem...

Os investigadores da Check Point® Software Technologies Ltd., fornecedor líder global de soluções de ciber segurança, têm vindo a observar de utilização de uma nova tática de ransomware, conhecida por “dupla extorsão”, através do qual os ciber criminosos juntam uma etapa extra ao seu ataque. Antes de cifrarem a base de dados das vítimas, conseguem extrair uma grande quantidade de informação confidencial para de seguida ameaçar as vítimas com a sua publicação (a menos que seja pago um resgate). Para demonstrar que a ameaça é séria, os ciber atacantes filtram uma pequena parte da informação sensível na dark web para aumentar o nível de intimidação se não for pago o resgate.

O primeiro caso que foi publicado deste tipo de “dupla extorsão” teve lugar em novembro de 2019 e envolveu a Alliad Universal, uma grande empresa americana dedicada a pessoal de segurança. Quando as vítimas se negaram a pagar o resgate que pediam no valor de 300 Bitcoins (aproximadamente 2,3 milhões de dólares), os ciber criminosos, valendo-se do vírus “Maze”, ameaçaram utilizar a informação confidencial, os certificados de correio eletrónico e os nomes de domínio roubados para elaborar uma campanha de spam com a identidade da empresa. Ao mesmo tempo, publicaram uma amostra dos ficheiros roubados que incluía contratos, registos médicos, certificados de encriptação, etc. Desde então, o Maze tem publicado os detalhes de dezenas de empresas, sociedades de advogados, fornecedores de serviços médicos e empresas seguradoras que não têm cedido aos seus pedidos de resgate, pelo que se estima que muitas empresas evitaram a publicação dos seus dados sensíveis pagando o resgate exigido.

“A dupla extorsão é uma tendência em voga entre os ataques de ransomware. Ao filtrar a informação sensível na dark web como uma amostra de que a ameaça é séria, exercem muito mais pressão sobre as suas vítimas”, afirma Lotem Finkelsteen, Threat Intelligence Director da Check Point. “Esta variante de ciber ameaça é especialmente preocupante para os hospitais, já que, ao estar totalmente focados no atenidmento de pacientes de coronavirus, seria muito complicado conseguir fazer frente a um ataque com estas características. Por este motivo, aconselhamos aos hospitais que, agora mias do que nunca, extremem as suas medidas de proteção”, acrescenta Finkelsteen.

Os hospitais, na mira dos ciber criminosos e do ransomware de dupla extorsão

A atual situação do setor de saúde é de saturação devido à concentração de todos os seus esforços em combater a propagação do Covid-19, o que faz ter poucos recursos técnicos e pessoais disponíveis para otimizar os seus níveis de cibersegurança. Por este motivo, os especialistas da Check Point aconselham à adoção de uma estratégia de proteção assente na prevenção para evitar que os hospitais se convertam numa nova vítima de ransomwares como o NetWalker, que recentemente afetou vários hospitais espanhóis e americanos. Para tal, destacam como ações chave para estarem protegidos:

  • Fazer uma cópia de segurança: é vital fazer backup dos ficheiros importantes, procurando usar sistemas de armazenamento externo. Também é importante utilizar ferramentas para realizar cópias de segurança de forma automática para todos os empregados (se possível), já que desta forma se minimiza o risco de erro humano por não levar a cabo esta ação com regularidade.
  • Formar os empregados a reconhecer potenciais ameaças: os ataques mais comuns utilizados nas campanhas de ransomware continuam a ser os correios eletrónicos de spam e phishing. Em muitas ocasiões, o utilizador pode prevenir um ataque antes que este ocorra. Para isso, é fundamental educar os empregados e consciencializá-los sobre os protocolos de actuação em caso de indícios de ciber ataque.
  • Limitar o acesso à informação: para minimizar os riscos e o impacto de um possível ataque com ransomware, é fundamental controlar e limitar o acesso à informação e recursos, para que os empregados só utilizem aqueles que são imprescindíveis para realizar o seu trabalho. Desta forma, reduz-se significativamente a possibilidade que um destes ataques afete toda a rede.
  • Ter sempre o software e o sistema operativo atualizado: contar sempre com a última versão do sistema operativo no nosso equipamento, bem como dos programas instalados (entre eles o anti-vírus) e aplicar regularmente todos pacotes de segurança evita que os cibercriminosos se possam aproveitar de vulnerabilidades já existentes. É fundamental recordar que esta é a estratégia de mínimo esforço para os cibercriminosos, pois nem sequer têm de descobrir novas formas de atacar, senão utilizar as já conhecidas e aproveitar a janela de oportunidade que lhes é oferecida pelo utilizador até que atualize o sistema.
  • Implementar medidas de segurança avançadas: para além das proteções tradicionais baseadas na assinatura, como o anti-vírus e o IPS, as organizações necessitam incorporar camadas adicionais de segurança para se protegerem contra os malwares novos e desconhecidos. Dois componentes chave a considerar são a extração de ameaças (“limpeza” de ficheiros) e a simulação de ameaças (sandboxing avançado). Cada elemento proporciona um nível de segurança distinto que, quando utilizado conjuntamente, oferecem uma solução integral para a proteção contra o malware desconhecido tanto para a rede como para os dispositivos.
Iniciativa Sociedade Portuguesa de Pneumologia
Para assinalar o Dia Nacional da Reabilitação Respiratória, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia relembra que esta terapêutica...

Este ano, e perante o cenário atual, em que grande parte destes doentes se encontra numa situação de isolamento social e sem possibilidade de deslocação aos centros de reabilitação, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) disponibilizou o guia “Reabilitação Respiratória no domicílio em tempos de pandemia COVID-19”.  O objetivo deste guia, esclarecem Inês Sanches e Luís Vaz Rodrigues, da SPP, é “incentivar os doentes respiratórios crónicos para que se mantenham ativos nesta fase em que a tendência é um estilo de vida mais sedentário”.

“A intervenção farmacológica atua sobretudo no controlo dos sintomas respiratórios, mas, para alguns doentes, pode ser insuficiente para recuperar a sua capacidade funcional (desempenho físico-motor e realização de esforços físicos)”, reforçam os especialistas, pelo que é fundamental, para todos os doentes para os quais não existe contraindicação para a prática de exercício, que deem continuidade à sua realização.

Reconhecendo a importância de manter o corpo ativo apesar do isolamento social, Rosa Mota associou-se a esta sensibilização da Sociedade Portuguesa de Pneumologia deixando uma mensagem a todos os doentes respiratórios crónicos. 

A reabilitação respiratória em doentes com COVID-19 é precisamente o tema de mais um webinar desenvolvido pela Sociedade Portuguesa de Pneumologia. Hoje, às 22h00, na página de Facebook da sociedade ou na plataforma https://pneumologia-elearnings.pt/.

O que o doente precisa saber
A Sociedade Portuguesa de Cardiologia e a Associação de Apoio aos Doentes com Insuficiência Cardíaca (AADIC) organizam, com o...

Com abertura pelo presidente da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, Victor Gil, e pelo presidente da Associação de Apoio aos Doentes com Insuficiência Cardíaca, Luís Filipe Pereira, a sessão conta com a participação da vice-presidente da SPC, Cristina Gavina, e com a enfermeira Joana Sousa, que abordarão o que é que um doente com insuficiência cardíaca em plena pandemia precisa de saber. Luís Filipe Pereira, presidente da AADIC falará, ainda, sobre o papel da associação na visão do doente.

Carlos Aguiar e Victor Gil irão, também, esclarecer as dúvidas dos doentes com insuficiência cardíaca, pelo que ao longo da sessão podem ser colocadas questões pela assistência.

Testemunho
Fadiga, dor articular, queda de cabelo, febre, fotossensibilidade e confusão mental são alguns dos s

Tratando-se de uma doença autoimune e de etiologia multifatorial, em que fatores genéticos, hormonais, imunológicos e ambientais estão envolvidos, o Lúpus Eritematoso Sistémico apresenta características clínicas muito variáveis pelo que o seu diagnóstico nem sempre é fácil.

Isabel tinha 34 anos quando foi diagnosticada com a uma doença “completamente desconhecida”, com comprometimento do Sistema Nervoso Central.

Sem saber como lidar com os primeiros sintomas onde se incluíam ainda cansaço extremo e dores articulares, decidiu procurar ajuda médica, sempre atribuindo a sua condição ao stress.

“O meu médico não pensou que fosse esta doença pelo que tivemos de descartar várias hipóteses”, recorda revelando que o seu estado era de tal forma preocupante que se chegou a pensar que pudesse sofre de um tumor cerebral ou de um aneurisma “pela intensidade da dor que não cedia com medicação nenhuma”.

De entre os exames de diagnóstico conta que fez seis ressonâncias magnéticas no espaço de um mês. Descobriu que, por conta da doença, tinha tido um acidente vascular cerebral e que sofria de vasculite.

O diagnóstico chegou 6 meses depois dos primeiros exames, e, segundo própria, até foi uma sorte não ter demorado mais tal era a fragilidade do seu estado de saúde.

Admite, no entanto, que foi difícil saber que sofria de uma doença crónica, sem cura, e para a qual ainda faltam muitas respostas. “O meu maior medo era deixar de ver o meu filho crescer. Ele tinha 4 anos e a precisar tanto dos meus cuidados…”, recorda acrescentando, porém, que, embora se sentisse sem chão, decidiu que não havia tempo a perder. “Saí completamente da minha zona de conforto, mas na altura não tivemos muito tempo de perguntas e respostas, tínhamos de agir perante a gravidade da minha condição”, conta.

Devido à doença, Isabel teve de reestruturar toda a sua vida. “Foi como se a nossa casa tivesse ruído… era muito difícil efetuar as minhas tarefas diárias”, recorda. Na altura teve de abandonar o trabalho e reaprender a viver. “Vivo com dor 24 horas por dia, deixei de ter vida social”, lamenta admitindo, no entanto, que tenta manter-se ativa o mais que pode. “Hoje trabalho ainda muito com o contacto das escolas na divulgação de atividades educativas, mas tive de pedir condições melhoradas, como redução de horário de trabalho, já que graças à doença me foi atribuído um grau de incapacidade de 60%”, conta.

Ao longo dos 16 anos deste diagnóstico diz ter já feito inúmeros tratamentos e passado por vários internamentos. Destaca “as doses cavalares de medicamentos (…) as doses elevadas de cortisona, muitos anti-inflamatórios, imunossupressores, antimaláricos” e até quimioterapia em ciclos de 3 em 3 semanas, “4 a 6 horas por sessão”, para controlar os surtos. Segundo explica, este método terapêutico é essencial à sua condição uma vez que existe comprometimento do sistema nervoso central.

“No meio disto tudo existem os efeitos colaterais da medicação… muitas vezes deixamos de ser nós próprios”, lamenta. Falta de concentração, dificuldades motoras ou cognitivas e ansiedade são alguns dos efeitos que o tratamento provoca no seu organismo. Apesar disso, como guerreira que é, acredita que um dia ainda vai olhar para trás e ver que os seus problemas não são mais que pequenos degraus que a vão a ajudar a sair desta batalha vitoriosa.  “São as dificuldades e obstáculos que me tornam mais forte todos os dias”, diz convicta.

Mais informação e a palavra esperança

Isabel lamenta que o Lúpus ainda seja uma doença “invisível” aos olhos da sociedade. Parla além da falta de informação, garante que a comunidade não está devidamente sensibilizada para uma patologia como esta. “Deveriam haver mais ações de sensibilização sobre esta patologia. Por incrível que pareça, não existem sequer folhetos informativos nos hospitais ou centros de saúde sobre a doença”, revela.

Por outro lado, diz que o acesso às consultas de especialidade deveria ser mais rápido, mais acessível. “Eu tenho a sorte de ter os meus médicos sempre disponíveis e isso é algo que me tranquiliza bastante e também por isso achei a necessidade de criar um grupo sobre a doença no Facebook que se chama «Lupus- as guerreiras sem espadas» para que possa haver uma troca de partilha de experiências, apoio, informação”, esclarece.

“Ajudar é fundamental e faço a referência nesta entrevista do papel extremamente interventivo da associação de doentes com Lúpus que tanto me ajudou a compreender a doença”, acrescenta.

Revela ainda que as palavras de esperança são essenciais no trajeto destes doentes. “Uma das coisas que me poderia ter ajudado no decurso da doença era terem-me dado uma palavra de esperança… de que tanto precisei ao longo de todo este processo”, refere.  

No entanto, tal como aconteceu no seu caso, garante que é essencial aceitar a condição e não cruzar os braços. Os outros são importantes, mas só o doente determina o modo como vive a doença. “A dor fez-me crescer e aprendi que o que importa não é o que eu tenho na vida, mas quem eu tenho na vida. Aprendi que não importa até onde eu chegue, mas para onde eu estou indo”, diz

A todos os doentes deixa uma mensagem: “nunca perder a esperança e a resiliência. As regras do jogo da nossa vida somos nós que as fazemos”. “Abracem a vida sem receio, a vida é de quem se atreve a viver”.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Saúde mental
O distanciamento social, a incerteza social, familiar e económica eleva os níveis de stress e ansied

Em primeiro lugar, gerir os nossos níveis de stress tem um impacto significativo e positivo no nosso sistema imunológico, e a Organização Mundial da Saúde enfatizou que impulsionar o nosso sistema imunológico e tomar cuidados preventivos adequados desempenha um papel crucial no combate ao coronavírus. Melhorar a nossa capacidade de lidar com a situação também melhorará o nosso bem-estar geral e a probabilidade de combater o vírus. Também é provável que esta situação continue e possivelmente piore nas próximas semanas; é importante que implementemos estratégias para lidar com o stress agora, para que não nos sobrecarregue, e podemos continuar presentes e fortes para as nossas famílias, amigos e colegas. Aqui estão seis dicas científicas para ajudá-lo a manter o bem-estar mental durante a pandemia de COVID-19.

Saiba como se sente: O primeiro passo para lidar com o stress e a ansiedade aumentados é, em primeiro lugar, reconhecer que está a lidar com isso. O stress pode manifestar-se de várias maneiras, incluindo tristeza, confusão, irritabilidade, procrastinação, tensão física e dor no corpo, falta de energia e até problemas para dormir. Todos temos uma resposta diferente ao stress, e é importante conhecer-se a si mesmo física e mentalmente, diariamente, para saber como estamos a sentir-nos e reconhecer os sintomas do stress. Ignorar esta etapa e ignorar como estamos a sentir-nos impede a nossa capacidade de gerir o nosso stress.

O sentido das coisas: É tentador descartar os nossos sentimentos, especialmente num momento como este, quando todos tentamos lidar e permanecer fortes para aqueles que nos rodeiam. Mas a realidade é que as respostas ao stress são a maneira do nosso corpo nos proteger, e sinais precoces de alerta, como sentir raiva ou cansaço, podem ser indicadores cruciais de que precisamos de intervir antes que o stress se torne esmagador. O corpo humano adaptou-se ao longo de muitos séculos para poder reagir e proteger-se de ameaças externas, como uma pandemia global de saúde, por isso é perfeitamente normal experimentar uma resposta ao stress no momento. Crie o hábito de reservar um tempo para si todos os dias para perceber isso em si mesmo e entender a situação, a fim de evitar o stress.

Pequenas mudanças, grandes impactos: A boa notícia de como lidar com os primeiros sinais de stress é que muitas vezes pequenas mudanças na nossa rotina diária costumam fazer uma grande diferença. Esses rituais e rotinas diárias diferem para todos e dependem da sua resposta típica ao stress. Por exemplo, se normalmente experimenta stress físico, como cansaço ou tensão no corpo, pode decidir ir para a cama 30 minutos mais cedo do que o normal ou tirar um tempo para um banho relaxante.

Evite as armadilhas do pensamento comum: Um elemento importante para a construção dessas estratégias é reconhecer o que pode controlar e liberar a necessidade de controlar o que não pode. Há coisas práticas que todos podemos fazer na situação atual para nos protegermos e aos nossos entes queridos. Isso inclui boa higiene pessoal e prática de distanciamento social, mas também há muito sobre o qual não temos controlo. Parece simples, mas refletir sobre essas coisas não ajuda. Portanto, reserve um momento para reconhecer essas coisas e depois solte-as. Tente ficar atento aos muitos mitos que existem por aí que podem ser enganadores e impedir-nos de focar no que está sob o nosso controlo. Evite tornar as situações maiores do que são; ou a outra armadilha do pensamento comum, que é onde previmos um estado futuro que se baseia nos nossos maiores medos versus os fatos da situação.

Um pequeno passo: Aumentar o nosso nível de exercício pode ser uma das maneiras mais fáceis e eficazes de aumentar o nosso bem-estar mental e fortalecer o nosso sistema imunitário. Embora possa não ser possível sair e dar uma caminhada rápida, há muitas rotinas que podemos fazer nas nossas casas para nos ajudar a mover. E melhor ainda, é se puder ter um membro da família ou um amigo para acompanhá-lo pessoalmente ou virtualmente.

A conexão humana

Enquanto todos praticamos o distanciamento social, é importante não esquecer a necessidade de conexão humana no momento. Uma maneira mais útil de pensar sobre isso pode ser o distanciamento físico, para não negligenciarmos a necessidade de conexão social com os nossos amigos e familiares - pois esse é outro elemento importante no combate ao stress. O check-in com outras pessoas por meio de uma ligação telefónica ou de uma conversa por vídeo também pode servir a dois propósitos, pois pode ser que a outra pessoa também precise de uma conexão humana amigável.

Agora, mais do que nunca, devemos priorizar a nossa saúde individual - e isso inclui o nosso bem-estar mental. Aproveite estas seis dicas para reconhecer os seus sentimentos e manter a sua saúde mental geral enquanto atravessamos juntos pelo COVID-19.

Se perceber que os seus sinais são difíceis de gerir, considere procurar ajuda profissional.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Linha de Apoio
O Serviço de Intervenção nos Comportamento Aditivos e nas Dependências (SICAD) reforçou o funcionamento da Linha VIDA 1414,...

De acordo com a informação avançada por esta entidade, a equipa de atendimento foi reforçada com mais três profissionais experientes, “para uma maior eficácia nas respostas de aconselhamento e encaminhamento que incluem, agora, as dúvidas sobre a COVID-19 e os comportamentos aditivos e dependências”.

Para além da linha, o SICAD dispõe de outra forma de contacto. Podendo este ser realizado através de formulário disponível em www.sicad.pt/PT/Cidadao/LinhaVida/Duvidas/Paginas/default.aspx.

A Linha VIDA 1414 funciona de segunda a sexta-feira, entre as 10h00 e as 20h00, é gratuita e tem como propósito responder a questões relacionadas com os comportamentos aditivos e dependências, com e sem substâncias, que sejam colocadas por cidadãos com problemas, familiares e/ou amigos e também para técnicos da área.

 

Covid-19
De acordo com o Secretário de Estado da Saúde, Portugal regista uma taxa de ocupação nos cuidados intensivos de 54%. Segundo o...

Na conferência de imprensa diária para divulgação do boletim epidemiológico da Covid-19, António Lacerda Sales afirmou que chegaram no domingo a Portugal 66 ventiladores vindos da China e que vão ser “distribuídos de imediato por todo o país”.

Segundo o Secretário de Estado, 40 ventiladores vão ficar na região Norte e Centro e os restantes 23 vão ser distribuídos por unidades de Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve.

O governante disse ainda que 63 dos ventiladores foram adquiridos pela Administração Central dos Sistemas de Saúde e os outros três pelas autarquias.

A repartição regional, explicou, é feita tendo em conta “os critérios de distribuição definidos pela comissão de acompanhamento da resposta nacional em medicina intensiva”, que é sempre feita com equidade.

“Portugal regista uma taxa de ocupação em unidade de cuidados intensivos de 54%”, sublinhou António Lacerda Sales.

Estes 66 ventiladores fazem parte dos 508 que Portugal comprou à China para reforçar a capacidade do Serviço Nacional de Saúde em cuidados intensivos.

 

Publireportagem
A microbiota está presente na pele, boca, tratos genital e trato intestinal.

Existem mais de 50 espécies de lactobacilos e mais de 30 espécies de bifidobactérias. “E que evidências existem para a sua utilização em crianças e adolescentes?”, questionou.

Segundo os critérios de Wessel, as cólicas infantis duram pelo menos 3 horas, ocorrem pelo menos 3 dias por semana e, no mínimo, 3 semanas seguidas, e desaparecem aos 3 meses de vida. “O estudo mais importante sobre a importância do probiótico L. reuteri nas cólicas infantis foi efetuado em recém-nascidos de termo que iniciaram o probiótico ou placebo até há 1 semana de vida. Ao fim de 1 mês, verificou- -se uma diminuição significativa das cólicas (média de 96 minutos com placebo para 45 minutos com L. reuteri). Aos 3 meses de vida, os benefícios no controlo das cólicas e das evacuações mantiveram-se, tendo sido observado também um benefício no número de episódios de regurgitação, que diminuíram com o uso do probiótico (média de 4.6 para 2.9/dia)”, detalhou o Prof. Paulo Oom.

Noutro estudo aleatorizado controlado com placebo, “L. reuteri melhorou os sintomas de cólicas infantis em crianças amamentadas precocemente versus placebo e foi bem tolerado e seguro”. Houve significativamente mais respondedores (redução de 50% no tempo de choro desde a baseline) no grupo de L. reuteri do que no grupo controlo aos dias 7 (20 vs 8; p=0.006), 14 (24 vs 13; p=0.007) e 21 (24 vs 15; p=0.036), observando-se ainda um aumento significativo de lactobacilos fecais e uma redução de Escherichia coli fecal e amónia apenas no grupo de L. reuteri.

Ainda noutro estudo aleatorizado, “a taxa de respondedores ao tratamento com L. reuteri foi significativamente superior no grupo do probiótico do que no grupo controlo aos dias 7, 14, 21 e 28. Para além disso, a mediana de tempo de choro durante o período de estudo foi significativamente menor no grupo do probiótico”.

Na dor abdominal funcional, a evidência também é robusta. Num estudo aleatorizado e controlado envolvendo crianças entre os 6 e os 16 anos, as que foram suplementadas com L. reuteri registaram significativamente menor intensidade de dor do que as do grupo controlo, sendo evidente que a suplementação com L. reuteri reduziu a intensidade de dor abdominal percecionada vs placebo.

Noutro estudo aleatorizado e controlado: L. reuteri foi significativamente superior a placebo no alívio da frequência (1.9 ± 0.8 vs 3.6 ± 1.7 episódios/semana, p < 0.02) e intensidade (score de Hicks 4.3 ± 2.2 vs 7.2 ± 3.1/semana, p < 0.01) da dor abdominal após 4 semanas de suplementação

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Plataforma gratuita
Numa altura em que as autoridades impõem o distanciamento social para fazer face à pandemia provocada pelo COVID-19, a Abbott...

Como as pessoas com diabetes estão mais expostas ao desenvolvimento de complicações decorrentes de infeções virais, estão também mais vulneráveis aos perigos do coronavírus, tal como afirmaram recentemente a Federação Internacional da Diabetes e a Associação Americana de Endocrinologistas Clínicos, em documentos recentemente publicados.

O sistema FreeStyle Libre permite que os utilizadores controlem os indicadores de glicemia a qualquer momento e em qualquer lugar, com uma simples scan, não precisando da tradicional picada no dedo. Os indicadores de glicose podem depois ser carregados no LibreView, um software de report seguro, que permite aos profissionais de saúde terem acesso permanente às leituras de glicose dos seus pacientes, sem que seja precisa uma consulta pessoal. Uma solução que permite aos clínicos adequar melhor a terapêutica e as suas recomendações médicas.

Para João Filipe Raposo, presidente da Sociedade Portuguesa de Diabetes, “A informação que é sistematizada nos relatórios do LibreView ajuda a incorporar na prática clínica diária as recomendações científicas mais relevantes e facilita o apoio não presencial às pessoas com diabetes”. 

Trata-se de uma solução segura e gratuita, tanto para as pessoas com diabetes, como para os profissionais de saúde. Para usufruir do serviço basta que os utilizadores disponham de um computador ou dispositivo móvel com ligação à internet - para aceder à plataforma LibreView - e se inscrevam na mesma.

Por sua vez, Pedro Melo, responsável pelo grupo de novas tecnologias da Sociedade Portuguesa de Diabetes e Metabolismo (SPDEM), afirma que, “Os dados de glicose, claros e precisos, são uma ferramenta inestimável no tratamento dos doentes. Assim, a existência de sistemas de monitorização como o FreeStyle Libre, complementados por ferramentas como o LibreView permitem-nos conhecer, com pormenor e rapidez, o perfil dos doentes, e fazer prescrições e ajustes mais adequados.” 

O LibreView está disponível para os utilizadores dos sistemas Freestyle em Portugal e em países de todo o mundo.

Sintomas e tratamento
Uma das características que define o ser humano é a sua capacidade para comunicar através da voz.

Sabemos que, qualquer tipo de comunicação, durante os primeiros meses de vida do bebé requer observação, estimulação, cuidados e repetição, já que o bebé, desde que nasce, tentará imitar a voz da mãe, por exemplo.

Normalmente, até aos seis meses de gestação, o bebé é capaz de diferenciar a voz da mãe, pai, irmãos e de outros sons do ambiente, percebendo, ainda, os estados de ânimo do interlocutor; mais tarde começa a tentar imitá-lo, enriquecendo assim as suas vocalizações. Sabe-se, ainda, que desde que nasce, o bebé é capaz de comunicar através do olhar e de vocalizações, como o choro e o balbucio, que provocam uma resposta na outra pessoa. 

O primeiro som do bebé recém-nascido é logo no nascimento com pouca ressonância, com média de um segundo de duração, descrito como um som surdo, tenso ou estridente, que serve para a expulsão do líquido amniótico. O segundo é o som de dor, de longa duração e é estridente. Em seguida, vem o som de fome, normalmente com frequência variável, pelo que passa de grave para agudo rapidamente. Finalmente, temos o som do prazer, sendo que os Terapeutas da Fala, o caracterizam como sendo um som marcado pela “hipernasalidade”.

Em suma, a nossa voz informa o bebé de quem somos e como somos, expressa os nossos sentimentos e emoções, estabelece contactos e relações, e transmite o que queremos dizer.  Através dos pais, o bebé descobre a voz e brinca com ela. Usa a sua voz para dizer que tem fome, sono, ou que está chateado por alguma coisa.

Ao longo do crescimento, as relações e comunicação com os pares vai-se complexificando, pelo que a voz das crianças também sofre alterações sendo diretamente proporcional ao desenvolvimento das estruturas anátomo-fisiológicas. À distância conseguimos identificar uma voz como sendo de uma criança, do nosso filho ou sobrinho e por isso mesmo, quando há alterações, notamos imediatamente.

Chegam-nos à consulta pais com várias queixas como: “não consegue projetar a voz”, “chega ao final do dia sem voz”; “não consegue cantar como antes” ou as próprias crianças referem que “tenho dor e faço esforço na zona do pescoço enquanto falo” ou “a minha voz está mais grossa”. Estas queixas são muito comuns e significam que estamos perante uma disfonia ou rouquidão.

As disfonias afetam tanto crianças como adultos, sendo que nas crianças afetam entre 6 a 23% das mesmas, com idades compreendidas entre os 5 e os 12 anos. Sabe-se, ainda, que é mais frequente em rapazes do que em raparigas, numa proporção de 5 rapazes para 3 raparigas.

O nódulo vocal (lesão benigna) é a lesão responsável por 38 a 78% das disfonias crónicas infantis com origem multifatorial. Uma disfonia que dure mais de 15 dias consecutivos, ou quando há variações da qualidade vocal ao longo do dia, não é normal e deve ser avaliado por um Terapeuta da Fala e médico Otorrinolaringologista.

Sabemos que a etiologia mais frequente da disfonia em crianças é o abuso vocal - muitas crianças que nos chegam apresentam uma personalidade de líder ou são emocionalmente instáveis, pelo que no seu dia-a-dia gritam e falam muito alto ou choram por longos períodos -; temos, ainda, a falta de hidratação ao longo do dia; a imitação de vozes de desenhos animados; o pigarreio constante (arranhar a garganta) e sinais de refluxo (azia).

De ressalvar que o comportamento vocal dos pais, dos professores e das pessoas que convivem com a criança, influenciam o comportamento vocal da mesma, pois os adultos servem de modelo, sendo comum numa família em que os abusos vocais são frequentes, as crianças desenvolverem patologia laríngea.

A intervenção do Terapeuta da Fala passa por consciencializar para o problema e mudar os comportamentos de abuso vocal junto da criança, dos cuidadores e com o apoio da escola. Não é possível generalizar um plano de exercícios, pois, tal como supracitado, a causa da disfonia é variável de criança para criança.

Há, contudo, cuidados a ter e comportamentos a evitar ao máximo. Manter hábitos de hidratação é fundamental, pelo que as bebidas devem ser ingeridas à temperatura ambiente. Não gritar, falar e cantar muito alto e imitar vozes são comportamento a evitar para manter uma boa saúde vocal.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Máximo 15%
O Ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, e a Ministra da Saúde, Marta Temido, assinaram na...

O Decreto-Lei n.º 14-F/2020, de 13 de abril, confere ao titular da área da Economia, conjuntamente com o governante da área sectorial, o poder de determinar as medidas de exceção necessárias à contenção e limitação de mercado, incluindo a possibilidade de limitação máxima de margens de lucro na comercialização de certos produtos.

Assim, fica fixada a percentagem máxima de 15% quanto ao lucro na comercialização por grosso e a retalho dos dispositivos médicos e dos equipamentos de proteção individual identificados no anexo ao citado decreto-lei, bem como do álcool etílico e do gel desinfetante cutâneo de base alcoólica.

Este limite máximo vigorará no dia seguinte à publicação do despacho, ao longo do estado de emergência.

Recorde-se ainda que as empresas nacionais dispõem, desde a passada segunda-feira, de um regime excecional e temporário para a conceção, o fabrico, a importação e a comercialização nacional de dispositivos médicos e equipamentos de proteção individual, com a publicação do Decreto-Lei n.º 14-E/2020, de 13 de abril.

Para fiscalizar o cumprimento da Lei e, assim, assegurar a saúde pública, a segurança alimentar, a defesa dos consumidores e as regras da leal concorrência, a Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE) irá manter a sua ação no terreno, tendo disponibilizado um formulário próprio para simplificar a apresentação de queixas e de denúncias que estejam relacionadas com factos ilícitos relacionados com a Covid-19, o qual está acessível através da hiperligação: https://www.asae.gov.pt/denuncias-covid-19-.aspx.

 

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