Cefaleias
As cefaleias estão entre as doenças mais comuns do sistema nervoso, estimando-se que metade da popul

De acordo com a MiGRA Portugal – Associação Portuguesa de Doentes com Enxaqueca e Cefaleias, existem cerca de 200 tipos de cefaleias. “Existem cefaleias primárias - que são doenças por si só - como a enxaqueca, cefaleia de tensão e cefaleias em salva, e cefaleias secundárias que são causadas por uma outra condição, como por exemplo, o uso excessivo de medicação ou mesmo uma outra patologia”, esclarece a associação.

Entre as cefaleias primárias – consideradas as mais frequentes, já que representam cerca de 90% dos casos -, a enxaqueca e a cefaleia de tensão são as mais comuns.

Apesar das suas causas não serem conhecidas, sabe-se, no entanto, que “existe uma importante componente hereditária” e que existem alguns fatores que podem contribuir para o seu desenvolvimento e/ou condicionar a sua intensidade.

Segundo a MiGRA Portugal, estes são os fatores que podem estar por detrás das suas dores de cabeça:

Alimentação

De acordo com a Associação Portuguesa de Doentes com Enxaqueca e Cefaleias “o intervalo entre as refeições não deverá ser longo”. Por outro lado, chama a atenção para a necessidade de manter uma rotina nos horários das refeições, “especialmente no horário do pequeno almoço”.

A alteração brusca no horário das refeições também pode desencadear crises.

Sono

Pessoas com esta patologia devem dormir regularmente entre sete a oito horas diariamente (no caso de ser adulto).

Além disso, “a rotina nas horas de sono é também muito importante, uma vez que variações grandes na hora de deitar ou acordar poderá despoletar crises de cefaleias”, salienta a MiGRA Portugal.

Emoções

Em fases de stress, de preocupações e mal-estar psíquico (ansiedade/depressão), o quadro clínico do doente com cefaleias poderá agravar-se.

Atividade física

Aquando de uma crise de enxaqueca, a dor pode ser agravada por movimentos tão comuns como subir escadas, ou por esforços físicos. Noutros tipos de cefaleias, como a cefaleia de tensão, a prática de atividade física pode não agravar a dor, contudo este aspeto é “variável entre doentes”.

Não obstante, “a prática de atividade física regular (sem ser durante a crise) contribui para a redução da frequência das crises”, pelo que se aconselha que os doentes que pratiquem exercício físico regularmente, selecionem um tipo de exercício que não despolete crises e que a pratica de atividade física seja gradual.  

“Em doentes em que a prática de exercício físico desencadeie crises, poderá dar-se preferência a exercícios com reduzido impacto e intensidade, iniciando e intensificando a prática de exercício físico de forma gradual”, recomenda a associação.

Cheiros intensos

O uso de perfumes e aromatizadores intensos pode provocar cefaleias. Assim como produtos químicos de cheiros muito ativos.

Visão

Uma visão mal corrigida pode agravar as cefaleias e pessoas com esta patologia devem consultar um oftalmologista com regularidade. No entanto, as alterações visuais que ocorrem na enxaqueca são fruto da própria crise de enxaqueca e não refletem qualquer patologia oftalmológica.

Mudanças de clima

As alterações climáticas, “nomeadamente alterações bruscas na pressão atmosférica e luminosidade (dias de muito sol ou dias de nevoeiro)” podem também desencadear crises.

Doente deve manter calendário com o registo das crises de cefaleias

Segundo a MiGRA Portugal, “o primeiro caminho para reduzir a frequência das crises poderá ser mesmo evitar os fatores que consiga identificar e sejam possíveis evitar”, daí que recomende que o doente faça um registo das crises de cefaleias, onde deverá incluir todos os aspetos que considere relevantes para compreender a doença, inclusive que coloque a hipóteses de que possam existir fatores desencadeantes. “No entanto, é de salientar que não podemos viver “numa bolha” em que evitamos todos os possíveis fatores. Cada doente deve encontrar o seu próprio equilíbrio entre os fatores a evitar e o menor impacto possível na sua vida”, realça a associação dando conta da importância do acompanhamento médico. “O acompanhamento por um médico e instituição de medicação adequada é recomendável sempre que as cefaleias impactem de forma negativa na vida quotidiana do doente”, reforça.

A MiGRA Portugal recomenda ainda a introdução de alguns hábitos de vida saudável que podem ajudar a reduzir a frequência e a intensidade das crises. Tome nota:

  • Prática de exercício físico regular e adequado à capacidade do doente;
  • Higiene do sono (manter a rotina nos horários de deitar/acordar e dormir um número de horas adequado)
  • Refeições regulares (não passar demasiadas horas sem comer);
  • Cessação tabágica;
  • Adequada gestão do stresse e ansiedade.
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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Politécnico de Leiria
São cerca de 30 os estudantes voluntários do Politécnico de Leiria que estão a dar apoio à zona de testes à COVID-19 e à Área...

«O Politécnico de Leiria foi chamado a colaborar desde a primeira hora», explica Rui Fonseca-Pinto, diretor da Escola Superior de Saúde (ESSLei) do Politécnico de Leiria, salientando «a colaboração de estudantes voluntários do quarto ano de Enfermagem da ESSLei (que estão distribuídos por três postos) e o empenho de um estudante do mestrado de Engenharia Informática – Computação Móvel da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG), que criou e elaborou de raiz a plataforma de agendamento SiReGI – Sistema de Registo e Gestão da Informação». «Esta plataforma permite fazer marcações de testes de um dia para o outro, o que não acontece a nível nacional, em que há listas de espera de 15 dias só para agendamento», realça Rui Fonseca-Pinto.

No ADC Comunidade, criado para "desviar" dos serviços de saúde a sintomatologia associada à COVID-19, e assim dar tranquilidade aos utentes que continuem a ter necessidade de procurar esta tipologia de cuidados, os estudantes voluntários de Enfermagem da ESSLei dão apoio à pré-triagem. Neste posto de pré-triagem e controlo de acessos, os voluntários estão na dependência da direção clínica do ADC, enquanto nos outros dois postos, orientados para a logística dos testes, a supervisão é assegurada pelo diretor da Escola Superior de Saúde. A gestão dos horários das equipas de voluntários está a ser mantida pela presidente da Associação de Estudantes da Escola Superior de Saúde (também estudante de Enfermagem, Inês Santos), que tem coordenado desde o início todo o processo de mobilização dos estudantes.

No centro de recolha de amostras “drive-thru” são feitas colheitas para a realização do teste, em que, após prescrição pelo médico, os utentes se dirigem ao local no seu carro (que entra no estádio pela porta 1, onde está montada toda a logística). Os médicos prescritores de testes com intuito de serem realizados no “drive-thru” do estádio, fazem um pedido de agendamento na plataforma SiReGI, e os voluntários, no posto de agendamento, contactam os utentes e marcam na agenda. Por outro lado, os profissionais do laboratório podem aceder à informação de registo nesta mesma plataforma.

Os três postos, pré-triagem, controlo de identificação e agendamento de testes, têm dois estudantes com escalas de quatro ou seis horas, a funcionar das 8h00 às 20h00, num total de aproximadamente 30 estudantes. No posto de pré-triagem os voluntários fazem o controlo do número de pessoas que acedem ao ADC (no máximo só podem estar simultaneamente no espaço 15 pessoas) e registo da sintomatologia; no posto de controlo de identificação e registo fazem a certificação dos dados individuais dos utentes e introdução de dados da colheita na plataforma; e no posto de agendamento fazem a gestão da agenda e contacto com os utentes para marcação.

As marcações são recebidas na tenda de recolha (já dentro do estádio) através de um tablet, pelo posto de identificação (com dois voluntários) e também no controlo de acesso das viaturas ao estádio, que é realizado por um segurança.

Além do alojamento e suporte técnico da plataforma, o Politécnico de Leiria também equipou o espaço utilizado pelos voluntários com computadores e tablets através da colaboração de várias unidades de investigação e escolas.

Investigação
A Pfizer e a BioNTech estão a desenvolver em conjunto uma potencial vacina contra a COVID-19, e planeiam avançar para a fase de...

As duas empresas estão a unir esforços para rapidamente avançar com múltiplas vacinas-candidatas, baseadas na plataforma de vacinas mRNA da BioNTech, para a fase de ensaios clínicos em humanos, com o objetivo de desenvolver uma potencial vacina para a prevenção da COVID-19. Esta colaboração vai potenciar igualmente a larga capacidade da Pfizer na investigação e desenvolvimento de vacinas, a experiência na área regulamentar e sua a rede global de fabrico e distribuição.

Os ensaios clínicos para estas vacinas-candidatas, podem vir a arrancar inicialmente nos Estados Unidos e na Europa, no final deste mês de abril após obtenção das necessárias aprovações regulamentares. Durante a fase de desenvolvimento clínico, a BioNTech e os seus parceiros vão fornecer vacinas para os ensaios clínicos a partir de fábricas na Europa. A BioNTech e a Pfizer vão trabalhar em conjunto, de forma a aumentar a capacidade de produção, para posteriormente dar resposta à necessidade originada pela pandemia e para disponibilizar, se for aprovada, a vacina em todo o mundo. Caso seja aprovada, as duas Companhias irão comercializar em conjunto a vacina em todo o mundo (exceto na China, onde existe uma parceria entre a BioNTech e a Fosun Pharma).

“O combate à pandemia da COVID-19 irá exigir uma colaboração sem precedentes em todo o ecossistema de inovação, com Companhias a unirem recursos como nunca antes visto” refere Mikael Dolsten, Chief Scientific Officer and President, Worldwide Research, Development & Medical, Pfizer. “Estou orgulhoso da parceria entre a Pfizer e a BioNTech e tenho toda a confiança na nossa capacidade de, em conjunto, potenciar o poder da ciência para desenvolver uma potencial vacina de que o mundo precisa o mais rapidamente possível.”

“Já começámos a trabalhar com a Pfizer na nossa vacina para a COVID-19 e temos o prazer de anunciar estes detalhes adicionais da nossa colaboração, que reflete o forte compromisso das duas Companhias em agir rapidamente para disponibilizar uma vacina segura e eficaz para a população mundial” refere Ugur Sahin, M.D., Co-Founder e CEO da BioNTech.

 

Doentes não prioritários
“Nós precisamos de voltar a responder de uma forma programada aos casos não urgentes de doentes não Covid e essa resposta tem...

Questionada sobre o apelo das Misericórdias para que idosos com esta doença não sejam devolvidos aos lares e que sejam disponibilizadas estruturas próprias para os acolher a ministra respondeu: “Aquilo que nos preocupa essencialmente no setor da saúde é que não fiquem em ambiente hospitalar pessoas que não precisam de estar em ambientes hospitalar”.

A Ministra disse que “não deve estar em hospital quem não precisa de lá estar, porque o hospital é também em última instância um local que comporta riscos em termos de presença”.

Por outro lado, defendeu, “os hospitais têm de ser preservados na sua utilização para os casos de doença aguda e, portanto, é muito relevante que sejam encontradas outras respostas para estas situações que não precisam de permanecer em ambiente hospitalar”.

Estruturas residenciais para idosos devem ter medidas claras para minimizar o risco de contágio

O presidente da União das Misericórdias Portuguesas tinha pedido que os hospitais deixem de devolver idosos infetados aos lares por estes não terem condições nem recursos para os acolherem e propôs a definição de instalações próprias para os acolher.

Para a Ministra, “as pessoas que vivem confinadas em determinados espaços que agregam populações numerosas, designadamente estabelecimentos prisionais ou no caso concreto estruturas residenciais para idosos devem ter a preocupação da sua separação o mais clara possível com o complemento de medidas de higiene, de etiqueta respiratória, de medidas de afetação de equipas específicas de cuidadores a determinados grupos de utentes no sentido de minimizar o risco de contágio”, sublinhou.

Salientou ainda a “preocupação adicional” do Governo de realizar testes em determinadas comunidades, designadamente populações idosas em lares.

Segundo a Ministra, este será o motivo de alguns constrangimentos que têm sido suscitados sobre prioridades e sobre acesso a materiais, mas assegurou que não vão desistir porque os casos de óbitos estão sobretudo concentrados em lares.

“Sabemos também muito bem que os testes não salvam vidas mas podem ser um apoio às direções dos lares a implementação daquilo que recomendamos que sejam medidas praticadas desde o início e independentemente de qualquer resultado”, defendeu.

Plano de regresso à atividade assistencial dos doentes não Covid-19

Sobre o plano de regresso à atividade assistencial dos doentes não covid-19, explicou que terá três tipos de resposta.

“Por um lado, pedir aos próprios hospitais para identificarem os casos prioritários daqueles que não foram respondidos” e, por outro lado, identificar as equipas cirúrgicas que vão ser afetadas a esta recuperação.

“E ponderar até alguma flexibilidade para otimizar as condições de utilização, evitando, obviamente, que o sistema fique congestionado com casos que não sejam considerados como prioritários nesta fase”, referiu.

Marta Temido adiantou ainda que está a ser feito um balanço de quantas cirurgias, consultas e tratamentos foram cancelados nas últimas semanas devido à pandemia e que está a ser articulado com as várias estruturas que acompanham a questão do acesso no Ministério da Saúde, designadamente a Administração Central do Sistema de Saúde, como será feito “o plano de regresso à normalidade”.

Pandemia
Organização Mundial da Saúde (OMS), alertou no início desta semana, que a Covid-19 é 10 vezes mais mortal do que a pandemia de...

“Sabemos que a Covid-19 se espalha rapidamente e que é mortal, 10 vezes mais mortal do que a gripe de 2009”, alertou numa conferência de imprensa online a partir da sede da organização, em Genebra.

Numa intervenção em que não falou de números nem dramatizou a pandemia, o responsável também não se mostrou contra o alívio de restrições que alguns países já anunciaram, e disse mesmo que a OMS publica na terça-feira uma atualização da estratégia de luta contra o novo coronavírus, que inclui os critérios que devem ser considerados pelos países que admitem amenizar as restrições.

Relaxar essas restrições só quando, disse, a transmissão do vírus estiver controlada, que o sistema nacional de saúde tenha capacidade de detetar, testar, isolar e tratar novos casos, que os riscos de contágio estejam minimizados, e que sejam implementadas medidas preventivas nos locais de trabalho, escolas, e outros locais com concentração de pessoas.

E depois, acrescentou ainda Tedros Adhanom Ghebreyesus, que os riscos de importação do vírus estejam controlados e que a população esteja empenhada e sensibilizada para as novas normas.

Ou seja, resumiu, os países terão de encontrar um equilíbrio entre as medidas para combater a pandemia, e outras doenças, e o impacto socioeconómico causado pelas restrições.

Lembrando que enquanto muitos países estão a considerar aliviar as restrições impostas pela pandemia há outros países a admitir introduzir restrições, o responsável disse que nos dois casos as decisões devem ser tomadas tendo em conta a proteção da saúde e de acordo com o que já se sabe sobre o novo coronavírus, que provoca a Covid-19.

Covid-19 – interrupção definitiva da transmissão só com vacina “segura e eficaz”

Além da letalidade o vírus espalha-se muito rapidamente, especialmente em locais com grande concentração de pessoas, como em lares, havendo países onde os casos dobram a cada três ou quatro dias, disse o responsável, alertando que a doença “desacelera muito mais devagar”, pelo que as medidas de alívio de restrições devem ser lentas e “não todas de uma vez”.

Tedros Adhanom Ghebreyesus disse entender que medidas restritivas como as que tomaram muitos países (como o confinamento) não são possíveis em alguns países pobres, seja de África, da Ásia ou da América Latina, onde uma franja da população não pode sobreviver ficando em casa.

Mesmo o encerramento das escolas, que priva 1,4 mil milhões de crianças de ir às aulas, priva também muitas crianças da sua principal fonte de alimentação (nas escolas), alertou, apelando ainda aos países para não se esquecerem da questão dos direitos humanos na implementação de medidas de confinamento.

Com base no que se sabe do novo vírus, o Diretor-Geral salientou que só com uma vacina “segura e eficaz” é que é possível interromper definitivamente a transmissão da Covid-19, porque até lá o risco de ressurgimento da doença vai continuar.

Parasitose
A doença de Chagas afeta cerca de 7 milhões de pessoas em todo o mundo.

A doença

A doença de Chagas, também conhecida como Tripanossomose Humana Americana, é uma doença potencialmente fatal, causada pelo parasita protozoário Trypanosoma cruzi (T. cruzi), encontrando-se maioritariamente em zonas endémicas da América Latina, onde é transmitida do vetor para o ser humano através do contacto com fezes de uma família de insetos denominados de triatomíneos.

Apesar de ser endémica na América Latina, em função dos intensos fluxos migratórios de latino-americanos para os Estados Unidos da América, Canadá, vários países da Europa e alguns países do Pacífico Ocidental, a doença de Chagas começou a ter expressão global no fim da década de 90.

A falta de informação sobre a doença e o tratamento, associados ao estigma – uma vez que é tradicionalmente vista como uma doença dos pobres -, têm vindo a contribuir para o aumento do número de casos e a evolução para complicações graves.

Transmissão

“A doença de Chagas é transmitida pela picada de insetos nas Américas, mas pode também ser transmitida pelo sangue, transplantação ou da mãe para o feto”, explica Jorge Seixas, médico e professor do Instituto de Higiene e Medicina Tropical.

Sinais e sintomas

As manifestações clínicas da doença variam conforme as fases da doença: aguda, latente ou crónica.

“A fase aguda da doença é um quadro de febre e cansaço que geralmente se resolve espontaneamente em 4 a 6 semanas. Depois desta fase, o parasita permanece no organismo, principalmente no músculo cardíaco e nervos”, explica o especialista do IHMT.

No entanto, na maioria dos casos, esta é uma doença assintomática. E embora possam existir evidências parasitológicas e/ou sorológicas de infeção por T. cruzi, durante a fase latente, o doente raramente apresenta sintomas, achados físicos anormais ou evidências de envolvimento cardíaco ou do trato gastrointestinal mesmo quando avaliado por meio de exames especializados.

A doença crónica desenvolve-se em 20 a 40% dos casos, após uma fase de latência que pode durar anos ou décadas. Nestes casos, a insuficiência cardíaca, síncope, morte súbita resultante de bloqueio cardíaco ou arritmia ventricular, tromboembolismo ou doença do trato gastrointestinal são as principais complicações associadas.

Diagnóstico

O diagnóstico da Doença de Chagas pode ser realizado por microscopia para detetar a presença do parasita no sangue (fase aguda) ou através de exames sorológicos (fase crónica).

“O diagnóstico laboratorial é imprescindível para identificar todos os portadores da infeção. Todas as pessoas nascidas ou tendo vivido em área geográfica de transmissão de doença de Chagas podem beneficiar em fazer um teste de deteção desta infeção. O seu médico poderá solicitar um teste de deteção, que se positivo, deve ser confirmado no laboratório de referência do Instituto de Higiene e Medicina Tropical”, revela Jorge Seixas.

Por outro lado, uma vez que existe um grande risco de transmissão da doença pelo sangue, “desde 2015 que o Instituto Português do Sangue e da Transplantação realiza um teste de laboratório para doença de Chagas em todos os dadores que apresentam risco de ser portadores do parasita. Desta forma, a segurança do sangue está assegurada em Portugal. Os doentes positivos são encaminhados para os especialistas em doenças infeciosas da área de residência para avaliação completa, tratamento e seguimento”, acrescenta o médico.

Tratamento

“Existem medicamentos que podem levar à eliminação do parasita, impedindo a transmissão pelo sangue e órgãos, a passagem do parasita da grávida ao filho e o desenvolvimento de doença grave”, esclarece Jorge Seixas.

No entanto, os antiparasitários estão apenas recomendados para os casos de infeção em fase aguda.

Quando a doença já se encontra na sua fase crónica, e com comprometimento de outros órgãos, o tratamento é individualizado, sendo considerado como medida de suporte às complicações associadas.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Conheça este transtorno
Se já lhe aconteceu acordar durante a noite e ter a sensação de estar paralisado, apesar de poder ve

Embora possa parecer assustadora, a paralisia do sono é uma experiência relativamente comum, estimando-se que um em cada quatro indivíduos a experimentará involuntariamente em algum momento da vida. Mais frequente durante a adolescência, parece estar associada a outras perturbações ou a condições que afetam a qualidade do sono. Neste artigo, e com a ajuda da especialista em Medicina do Sono, Isabel Luzeiro, vamos explicar tudo o que precisa saber sobre este transtorno.  

O que é a Paralisia do Sono?

De acordo com a presidente da Sociedade Portuguesa de Neurologia, “a paralisia do sono ocorre quando há uma dissociação entre o cérebro e o corpo: numa das fases do sono chamada Sono REM (REM EYES MOVEMENTS) há uma atonia muscular completa. Isso impede que os sonhos tenham manifestações motoras, o cérebro está ativamente a recuperar”. Esta situação leva a que, ao acordar, exista uma dissociação entre a mente e o corpo. “A mente funciona e o corpo não mexe, não acorda”, explica Isabel Luzeiro.

Embora seja mais frequente acontecer ao acordar ou ao adormecer, em alguns casos, estes episódios podem ocorrer durante a noite.

Quais os sintomas?

Para além da sensação de falta de ar ou de não conseguir mover o corpo, as alucinações são várias vezes descritas no quadro deste transtorno. “As alucinações podem ser de pessoas, vozes, zoópsicas… mas sempre muito reais”, revela a especialista acrescentando que durante estes episódios os “sonhos muito vividos, muita das vezes de carácter negativo”. “A pessoa acorda, por vezes tem dificuldade em respirar, por vezes parece que tem alguém sentado em cima de si”, adianta.

Quais as causas?

Segundo Isabel Luzeiro, são vários os fatores que podem desencadear estes episódios de paralisia do sono:

  • Stress;
  • Ansiedade;
  • Transtornos de stress pós-traumático;
  • Sono irregular;
  • Mudanças súbitas de vida;
  • Uso de drogas para dormir;
  • Consumo excessivo de álcool.

No entanto, embora esta possa ocorrer de forma isolada, a paralisia do sono “frequentemente, faz parte integrante de uma patologia do sono designada por narcolepsia, em que os ataques são recorrentes”.

Tem tratamento?

“As crises de paralisia do sono, na sua maioria, fazem parte integrante da narcolepsia e carateriza-se por ataques de sono incontroláveis, apesar da noite de sono ter sido repousante. A pessoa adormece subitamente em sono REM”, recorda a neurologista, segundo a qual, estes casos são frequentemente recorrentes e devem ser tratados. Neste sentido, “há vários tratamentos farmacológicos” que têm como objetivo “manter a pessoa acordada”.  No entanto, segundo a especialista não existe “tratamento causal”.

Quando se tratam de episódios esporádicos e que não interferem negativamente na vida quotidiana de quem deles padecem, não é necessário recorrer a tratamento farmacológico. Nestes casos, que parecem associados a maus hábitos de sono, basta recorrer “apenas a medidas de vida saudável”, como:

  • Evitar bebidas energéticas antes de dormir;
  • Fazer refeições leves ao jantar;
  • Ir para a cama sempre na mesma hora;
  • Dormir entre 6 a 8 horas por noite;
  • Acordar todos os dias na mesma hora.

Principais complicações

“Doentes com narcolepsia têm diversos problemas: sociais, profissionais e de autoestima”, esclarece Isabel Luzeiro concluindo que por se tratar de uma patologia “pouco reconhecida estes doentes, na sua maioria, não têm qualquer apoio e ainda são menosprezados e apelidados de preguiçosos”.

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Acesso livre
Já está disponível online o projeto “Princípios Ativos”, uma plataforma de acesso livre, em www.principiosativos.org, que...

Com o objetivo de aproximar aqueles que têm necessidades específicas e os muitos que têm vontade de ajudar, esta plataforma, que em tudo se assemelha a um portal de classificados, permitirá facilmente que todos partilhem o que procuram ou o que têm para oferecer. Sob o mote “Interações Positivas”, a iniciativa nasce da vontade de uma consultora da área da saúde (Reliable Healthcare Partners – RHP), enquanto contributo de incentivo à partilha, união e solidariedade nesta fase de combate à pandemia do coronavírus.

“Olhamos para este projeto como um ´OLX Solidário´, na medida em que é muito fácil anunciar e comunicar o que cada um precisa ou pode oferecer”, clarificou o Managing Director da RHP, Nuno Nunes. “Um mercado de generosidade onde se trocam, pedem e oferecem gestos de ajuda e apoio”, acrescentou.

A empresa lança o projeto disponibilizando gratuitamente os seus serviços de desenvolvimento de plataformas digitais - websites e apps; produção de conteúdos; produção multimédia, criatividade e design - às organizações sem fins lucrativos que deles necessitarem, nomeadamente associações de doentes, associações de profissionais de saúde, IPSSs ou outras instituições sociais na área da Saúde.

A plataforma está acessível gratuitamente em www.principiosativos.org, bastando um breve registo para o utilizador começar a navegar na plataforma, carregando os seus anúncios de pedido ou de oferta.

Existem já alguns anúncios online inseridos pelos colaboradores da RHP, mas é esperado que, nos próximos dias, mais pessoas e empresas se juntem para a esta causa mobilizadora de boas vontades. “Numa altura em que todos podemos fazer a diferença na vida de alguém, estas iniciativas contribuem para a resolução de problemas que muitas pessoas e instituições estão a viver”, finaliza o responsável da empresa.

 

Covid-19
Um artigo científico que descreve o tratamento experimental de doentes com COVID-19 usando células estaminais mesenquimais (MSC...

Neste ensaio clínico, que decorreu na China, sete doentes hospitalizados com COVID-19 foram tratados com MSC do tecido do cordão umbilical, com resultados favoráveis. Anteriormente, havia sido reportado o caso de uma doente chinesa de 65 anos com COVID-19, que esteve quase duas semanas em estado crítico nos cuidados intensivos e recuperou após tratamento com o mesmo tipo de células. Para além disso, tendo em conta resultados promissores da aplicação de MSC no contexto de várias doenças inflamatórias e com envolvimento do sistema imunitário, foram iniciados vários ensaios clínicos com o objetivo de avaliar a eficácia do tratamento de COVID-19 utilizando MSC.

Segundo Bruna Moreira, Investigadora do Departamento de I&D da Crioestaminal, “vários investigadores acreditam que a forte ação anti-inflamatória e a capacidade de regulação do sistema imunitário das células estaminais mesenquimais podem ajudam a melhorar o estado de doentes com pneumonia e síndrome de dificuldade respiratória provocada pelo novo coronavírus. Desta forma, estão já a decorrer vários ensaios clínicos para avaliar a sua eficácia e, até ao momento, os resultados preliminares obtidos revelam-se favoráveis à sua utilização”.

Algumas empresas de biotecnologia iniciaram já conversações com entidades reguladoras no sentido de testar produtos de terapia celular à base de MSC para o tratamento de COVID-19. É o caso da Mesoblast Limited, que planeia avaliar o seu produto de terapia celular – remestemcel‑L – composto por MSC de medula óssea, em doentes com síndrome de dificuldade respiratória aguda causada por COVID-19, nos EUA, Austrália, China e Europa.

Outra empresa, a Celltex Therapeutics Corporation está em contacto com a agência reguladora norte-americana FDA, com o intuito de iniciar um estudo para avaliar a eficácia da utilização de MSC para tratar COVID-19. Para além destas, a Pluristem Therapeutics anunciou que está a avaliar o efeito terapêutico do seu produto de terapia celular, à base de MSC da placenta, no tratamento de complicações respiratórias e inflamatórias provocadas pelo novo coronavírus, tendo já sido tratados três doentes com estas células em dois hospitais em Israel.

A COVID-19, doença provocada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), primeiramente detetada na China em dezembro de 2019, foi, em março deste ano, classificada como pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Embora alguns doentes com COVID-19 apresentem sintomas ligeiros, outros desenvolvem pneumonia, podendo evoluir, nos casos mais severos, para insuficiência respiratória grave, bem como falência de outros órgãos e conduzir, eventualmente, à morte.

Este problema de saúde pública tem gerado um esforço por parte da comunidade médica e científica na procura de soluções para a sua prevenção e tratamento. Para além das vacinas em desenvolvimento, vários fármacos e produtos de terapia celular estão a ser testados para fazer face ao novo coronavírus.

Balanço
O Centro de Contacto SNS 24 tem estado “a funcionar com normalidade” nos últimos dias e o tempo médio de espera no domingo foi...

Segundo Marta Temido, no passado domingo, a linha tinha recebido 10.943 chamadas. “São chamadas de todo o tipo não apenas por covid-19”, esclareceu a ministra, durante a conferência de imprensa diária de atualização de informação sobre a pandemia provocada pelo novo coronavírus.

A ministra adiantou que, no total, o SNS 24 atendeu 9.903 chamadas no domingo e que a generalidade dos utentes esperou 30 segundos.

Já a linha de atendimento psicológico registou quase 230 chamadas entre cidadãos em geral e profissionais envolvidos no combate à pandemia.

Desde o dia 01 de abril, o SNS 24 disponibiliza uma linha de aconselhamento psicológico destinada a profissionais de saúde, proteção civil, forças de segurança e população em geral, tendo em conta a prioridade atribuída à saúde mental neste período.

 

Consenso
A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) acaba de emitir um documento com as orientações para a atividade...

“O documento, que congrega um conjunto de considerações obtidas por consenso interno, pretende de uma forma objetiva orientar a atividade da Cardiologia de Intervenção durante este difícil desafio, de responder à pandemia COVID-19, ao mesmo tempo que mantemos a assistência necessária na prevenção, diagnóstico e tratamento das restantes doenças”, refere João Brum Silveira, presidente da APIC.

O documento tem como objetivos: manter  o  tratamento  de  toda  a  doença  cardíaca  em  que  o  risco  de  vida  é  considerável,  durante  a  duração  da pandemia COVID-19; proteger os doentes cardíacos estáveis do contacto desnecessário com o Hospital; libertar todos os recursos possíveis para a resposta à pandemia; manter a capacidade de resposta da Cardiologia de Intervenção; e proteger os profissionais de saúde e as suas famílias. A APIC recomenda testar para COVID-19 todos os doentes não urgentes antes da realização dos procedimentos e o contato com a equipa do laboratório de hemodinâmica antes da chegada do doente com suspeita ou confirmação, possibilitando assim a confirmação da existência e preparação do material de proteção adequado.

As recomendações completas podem ser consultadas em https://bit.ly/3b0ergI

 

 

Publireportagem
O conjunto de micro-organismos bacterianos presentes no organismo, designado microbiota, é “essencia

Em 2013, a prestigiada revista Science considerou como um “Breakthrough of the Year” o facto de os estudos nesta área revelarem que os triliões de bactérias que vivem no interior do corpo humano desempenham um papel crucial na determinação do modo como o organismo responde a desafios tão diferentes como má nutrição e cancro.

Estes progressos na compreensão do papel da microbiota na saúde humana foram possíveis devido, em parte, a avanços recentes na tecnologia de sequenciação que permitiram o uso do gene 16s rRNA como método fácil e eficiente para identificar as bactérias presentes nos vários órgãos do corpo humano. “Trata-se de um gene ribossómico presente exclusivamente em archaea e bactérias, que permitiu classificar filogeneticamente as bactérias através da metodologia do relógio molecular”, explicou Karina Xavier.

Sabe-se que os antibióticos causam alterações na composição da microbiota e que o tratamento prolongado com estreptomicina provoca o desaparecimento de muitas bactérias.

Uma microbiota saudável pode ser recuperada ou ver repostas as suas funções através de um transplante fecal, com a introdução de micróbios das fezes de dadores “saudáveis”. O que se procura é a reprogramação de microbiota doente (ex. de aplicações – tratamento contra infeções com Clostridium difficile).

Também se pode atingir esse objetivo com a utilização de probióticos – suplemento de espécies específicas de micróbios (ex. Lactobacillus, Bifidobacteria).

Pretende-se a reposição de funções específicas da microbiota, com a produção de agentes antimicrobianos e fatores bacterianos que ativam o sistema imune e a promoção da competição direta com potenciais patogénicos.

Com os prebióticos – complementos químicos (ex. fibras dietéticas) – conseguir-se-á a promoção do crescimento de bactérias específicas. “Através de engenharia bacteriana e manipulação da expressão genética, também é possível recuperar uma microbiota saudável”, afirmou a investigadora, “como demonstrado no estudo que publicámos, em 2015, na Cell Reports”.

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Mais camas
O Hospital Santa Maria, em Lisboa, vai quadruplicar a sua capacidade para cuidados intensivos, atingindo as 120 camas, um...

O reforço de cerca de 40 camas, repartidas por quatro unidades de cuidados intensivos vão ser acionadas na segunda fase da pandemia, em função das necessidades, “preservando-se o apoio ao doente não covid-19”, refere o Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN) em comunicado.

O centro hospitalar explica que atualmente existem 80 camas em sete unidades de cuidados intensivos, previstas no plano inicial de assistência ao doente crítico Covid-19. “A preparação do plano envolveu desde a primeira fase as equipas do Serviço de Medicina Intensiva, em paralelo com a reconversão da atividade clínica de grande parte dos efetivos da Anestesiologia do CHULN. A progressão esta segunda fase envolve outras especialidades, nomeadamente a Infeciologia, a Medicina Interna, a Gastrenterologia, a Pneumologia, entre outras”, acrescenta.

 

Doentes positivos
Os doentes positivos covid-19 que são seguidos em casa pelo Hospital de São João, no Porto, vão realizar o teste de despistagem...

Na prática está a falar-se de um aumento de capacidade dos chamados “testes de cura”, ou seja testes de despistagem da doença para doentes comprovadamente positivos que têm de realizar colheitas até que estas determinem que estão curados, ou seja lhes permita ter alta.

Até ao momento, as equipas do Centro Hospitalar Universitário São João (CHUSJ) realizavam as colheitas de amostras biológicas em casa do doente, mas graças ao “Covid Drive Through”, operacionalizado na semana passada, vão poder mais do que triplicar a capacidade de realizar colheitas.

Este serviço destina-se a doentes que estão a recuperar em casa e têm mobilidade. Feita a marcação, os doentes chegam na sua própria viatura a um espaço criado no Hospital de São João totalmente independente e isolado de outros serviços, nomeadamente as urgências ou a tenda do hospital de campanha instalada no parque de estacionamento, e, sem sair do seu carro, fazem a colheita necessária ao teste que irá determinar se podem ou não ter alta.

As colheitas são agendadas pelas equipas do CHUSJ, dependendo do tempo de evolução da infeção e da previsibilidade da sua recuperação biológica.

Nos serviços de teleconsulta, domicílios e ‘drive through’ trabalham médicos infeciologistas, imunoalergologistas, bem como de anatomia patológica e da dermatologia, enfermeiros do centro de ambulatório, entre outros profissionais.

 

Pandemia
A Associação de Profissionais Licenciados de Optometria (APLO) criou uma linha telefónica informativa, dirigida aos cidadãos,...

A linha 93 893 4441 funciona às segundas, quartas e sextas-feiras das 11H00 às 13H00.

“Este serviço pretende fornecer informação clínica, orientadora e apaziguadora aos utentes de serviços optométricos. Os utentes podem obter aconselhamento e esclarecer dúvidas sobre a utilização correta e segura de óculos e lentes de contato, alterações de conforto ou de visão ou outras que possam ocorrer no âmbito dos cuidados primários para a saúde da visão” afirma Raúl de Sousa, presidente da APLO.

 Este serviço informativo, prestado por optometristas, não representa nem substitui uma consulta, não fará diagnósticos e não serão efetuadas prescrições.

 

O que precisa saber
Na última década, a adesão à Homeopatia tem vindo a aumentar.

A Homeopatia não está comprovada cientificamente - FALSO

A Homeopatia é baseada em estudos clínicos e farmacológicos experimentais. Ao longo dos anos, os medicamentos homeopáticos têm sido extensivamente estudados quanto à sua eficácia em várias indicações. Existem, atualmente, mais de seis mil estudos publicados em revistas médicas e científicas, e indexados na PubMed, dos quais mais de 330 são estudos clínicos e mais de 245 são ensaios clínicos randomizados. A base de dados CORE-Hom dispõe de mais de 1.250 estudos clínicos, dos quais mais de 525 são ensaios clínicos randomizados. Na base de dados HomBRex estão registados mais de 2.400 testes em laboratório.

A Homeopatia é lenta na cura ou no alívio das doenças - FALSO

A Homeopatia atua de forma rápida. Os doentes notam que em pouco tempo o seu organismo começa a responder, sentindo um alívio dos seus sintomas. Em patologias crónicas, em que o doente sofre há meses ou anos, pode-se verificar uma redução da intensidade dos sintomas e da frequência das crises, ao longo de várias semanas ou meses.[1]

A Homeopatia não é eficaz no tratamento de doenças agudas - FALSO

Por atuar rapidamente, a Homeopatia é eficaz no contexto de casos agudos como infeções, febre, vómito, diarreia, etc. Como qualquer outro medicamento, os medicamentos homeopáticos devem ser prescritos por um médico e recomendados por um farmacêutico, porque há emergências que requerem hospitalização e cuidados médicos especializados.

A Homeopatia trata qualquer doença, inclusive o cancro - FALSO

A Homeopatia tem as suas limitações e em nenhum caso deverá ser sugerida no sentido de excluir outras opções terapêuticas que sejam necessárias para o doente. Os medicamentos homeopáticos não substituem os tratamentos convencionais de oncologia.  A Homeopatia não é proposta como um tratamento para o cancro. É, sim, entendida como uma forma de melhorar a qualidade de vida do doente, ao aliviar alguns dos sintomas mais comuns (dor, fadiga, ansiedade e depressão) e reduzir os efeitos secundários de tratamentos como a quimioterapia e radioterapia.[2]

Os Homeopatas não possuem formação no campo da Medicina - FALSO

A Homeopatia é reconhecida em Portugal através da Lei de enquadramento base das Terapêuticas Não Convencionais (Lei n.º 45/2003) onde é estabelecido o enquadramento da atividade e do exercício dos profissionais que exercem estas terapêuticas, tal como são definidas pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A Homeopatia é uma terapêutica integrante da Medicina e é mais uma opção terapêutica disponível para profissionais de saúde, médicos e farmacêuticos para o tratamento dos seus doentes.

Os medicamentos homeopáticos são placebos - FALSO

Os medicamentos homeopáticos são considerados eficazes numa ampla gama de doenças, tendo por base estudos científicos e controlos rigorosos. Um exemplo disso é o estudo de coorte com 219 doentes com DPOC, seguidos por 37 médicos de 21 unidades de saúde, publicado, recentemente, na Respiratory Medicine, uma das maiores revistas médicas sobre o trato respiratório. Neste estudo, os doentes que tomaram um medicamento homeopático para prevenir infeções respiratórias não só tiveram menos infeções das vias respiratórias superiores (3,3 vezes maior probabilidade de ter 2 ou mais) como estas duraram menos tempo (3,57 dias em vez de 5,22). Estes doentes registaram ainda menos episódios frequentes de bronquite.[3]

A acrescentar a isto, os processos de produção dos medicamentos homeopáticos estão sujeitos a critérios rigorosos e à supervisão das autoridades competentes, à semelhança de qualquer outro medicamento.

A Homeopatia não é compatível com outros medicamentos - FALSO

A Homeopatia é compatível com outros tratamentos, o que permite aumentar as possibilidades terapêuticas, não sendo conhecida nenhuma restrição à toma de medicamentos homeopáticos em combinação com medicamentos convencionais. Cerca de 400.000[4] profissionais de saúde em todo o mundo incluem medicamentos homeopáticos na sua prática clínica, tanto como terapêutica de primeira escolha, em associação com outros medicamentos ou em complemento de outras terapêuticas. Cabe ao profissional de saúde decidir, perante cada um dos seus doentes, quais as melhores opções disponíveis e mais adequadas a cada caso.

Na Homeopatia a automedicação é inofensiva - FALSO

A automedicação deve ser evitada. Apesar dos medicamentos homeopáticos serem seguros, como qualquer medicamento devem ser prescritos por um médico ou aconselhados por um farmacêutico.

Referências: 
1
Homeopatía Suma, https://www.homeopatiasuma.com/
2Homeopatía Suma, https://www.homeopatiasuma.com/
3Conde Diez S et al. Impact of a homeopathic medication on upper respiratory tract infections in COPD patients: Results of an observational, prospective study (EPOXILO). Respir Med. 2019 Jan;146:96-105. Disponible en https://www.resmedjournal.com/article/S0954-6111(18)30370-6/fulltext
4
Chiffres clés. L’homéopathie dans le monde. Boiron. 2016. Disponível em http://www.boiron.fr/l-homeopathie/chiffres-cles.

Fonte: 
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Doente oncológicos
A Associação Portuguesa de Leucemias e Linfomas (APLL), cumprindo a sua missão de formar e informar, promove amanhã pelas 18h00...

Num contexto atual de Emergência Global de Saúde, os doentes hemato-oncológicos têm um novo desafio a enfrentar: viver com uma doença oncológica durante a pandemia do COVID-19. De facto, hoje, muitas são as questões e inseguranças que surgem a todos doentes.

Que precauções ter? O que está a ser feito para manter os padrões de tratamento dos doentes durante esta fase de pandemia e minimizar os riscos de contágio? Há nos hospitais circuitos dedicados para doentes suspeitos de infeção por COVID-19 como foi determinado pela DGS? Os testes para COVID-19 estão a ser realizados a todos os doentes oncológicos antes de cada ciclo de tratamento? Com as restrições atualmente impostas é seguro protelar as consultas de vigilância ou realizá-las por telemedicina? Quais as fases da doença ou tipos de doenças em que tal poderá ser realizado? São algumas das questões que serão respondidas durante este webinar.

“Há pouca informação para os doentes oncológicos e os doentes sentem-se perdidos. Não têm indicação de quando é que as consultas, que estão a ser adiadas, se vão realizar, dado que não são remarcadas de imediato e isto deixa os doentes inseguros. Com todas as inconsistências que surgem nesta altura é importante falar com essas pessoas, explicar que precauções devem ter para se protegerem”, refere Isabel Barbosa, Presidente da APLL. “Os nossos associados são doentes hemato-oncológicos, muitos deles imunossuprimidos, e familiares, o que obriga a um cuidado redobrado nesta fase de pandemia do COVID-19, e por isso é essencial oferecermos momentos que, de alguma forma, os apoiem a atingir um patamar de “normalidade” na sua vida pessoal, profissional e familiar”, conclui.

Este webinar será também importante para informar outros doentes oncológicos que se deparam com duvidas e incertezas idênticas aos doentes com patologias malignas do sangue.

Este webinar, que no final terá também um tempo de discussão, é moderado pela Prof. Dra. Isabel Barbosa, Presidente da APLL, contará com a participação de Sérgio Chacim (IPO Porto), Herlander Marques (Hospital de Braga, APLL),  João Forjaz Lacerda (CHLN, F. Medicina Lisboa, IMM) e de dois doentes que irão partilhar a sua experiência.

 

Diagnóstico
O número de testes diários à covid-19 em Portugal atingiu, no dia 7 de abril, “quase 10 mil amostras”, tendo desde 1 de março...

“Desde 01 de março, foram realizados mais de 144 mil testes de diagnóstico à covid-19 (a doença provocada pelo novo coronavírus). O dia em que mais testes foram realizados foi na terça-feira. Foram processadas quase 10 mil amostras”, disse António Lacerda Sales na conferência de imprensa diária para fazer um balanço da pandemia no país.   

O responsável esclareceu que “estão em análise” mais instituições para integrar a rede que atualmente realiza testes, que atualmente abrange, para além de “26 laboratórios do Serviço Nacional de Saúde e sete grupos laboratoriais privados”, o “laboratório militar, o Instituto de Medicina Molecular da Universidade de Lisboa e as universidades do Minho e do Algarve”.

De acordo com Lacerda Sales, “em análise” para integrar “em breve” a rede que realiza testes diagnósticos de covid-19 está a Universidade de Coimbra. 

Referindo-se aos testes realizados desde 01 de março, o governante esclareceu que 52% foram feitos nos laboratórios públicos e 48% em privados. 

“Continuamos empenhados em fazer o máximo de testes da nossa capacidade, que são os 11 mil testes diários. Procuramos que os materiais cheguem aos locais que mais precisam a cada momento e de forma equitativa”, observou.

Apoio telefónico
A linha de apoio telefónico da Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP), que foi criada há duas semanas, já...

“A linha de apoio da APDP destina-se a todas as pessoas com diabetes que procuram, principalmente, assistência em situações de descompensação da doença e esclarecimento sobre os procedimentos a adotar em caso de infeção pelo novo coronavírus. Além de questões relacionadas com a doença, as dúvidas sobre o enquadramento legal, o dever de proteção dos grupos de risco e as informações veiculadas pela comunicação social e pelas autoridades de saúde, como as medidas de prevenção e de isolamento, são o principal motivo de preocupação de pessoas com diabetes” afirma José Manuel Boavida, presidente da APDP.

José Manuel Boavida acrescenta ainda que “depois de duas semanas em funcionamento foram identificadas algumas situações que necessitaram de acompanhamento presencial, como casos de feridas graves nos pés e risco de cegueira por descolamento de retina. À linha recorreram, também, pessoas com sintomas suspeitos de COVID-19 que foram devidamente encaminhadas para os canais do Serviço Nacional de Saúde (SNS).”

Os profissionais de saúde da APDP receberam maioritariamente chamadas da Região de Lisboa e Vale do Tejo (67%), mas também do norte (17%), centro (9%) e sul (5%) do país e, inclusivamente, das ilhas e de portugueses residentes no estrangeiro. A associação registou ainda que as mulheres são as que mais procuram o serviço, com uma média de idades que ronda os 60 anos.

O principal objetivo desta linha é que as pessoas com diabetes, em muitas situações, não tenham de se deslocar para resolver o seu problema de saúde e reforçar assim a comunicação com este grupo de risco. Além disso, aconselhar as pessoas com situações muito graves de saúde a não deixar que o medo de contraírem Covid-19 os impeça de se dirigirem a um serviço de urgência.

O número de telefone é o 21 381 61 61 e está disponível das 8.00h às 20.00h, incluindo fins de semana.

 

Iniciativa
A Ordem dos Nutricionistas vai promover um Ciclo de Webinars para dar resposta a dúvidas dos profissionais sobre como atuar...

O primeiro Webinar, no dia 13 de abril, é dedicado aos Cuidados de Saúde Hospitalares e conta com a participação de Patrícia Almeida Nunes, nutricionista e diretora do serviço de nutrição do Centro Hospitalar Lisboa Norte. Já no dia 14 a sessão está a cargo de Raquel Arteiro, nutricionista na Unidade Local de Saúde da Guarda, e será dedicada aos Cuidados de Saúde Primários.

As Instituições de Acolhimento e Apoio Social são o grande enfoque do dia 15 de abril no webinar liderado por Paulo Niza, nutricionista e diretor do serviço de nutrição da Misericórdia de Lagos. Para finalizar, Helena Ávila, nutricionista e diretora da qualidade da Uniself, será responsável pelo último webinar desta sessão, no dia 16 de abril, sobre Empresas de Restauração.

Esta iniciativa surge na sequência da publicação do Guia Orientador “Boas práticas para o nutricionista durante a pandemia COVID-19” da Ordem dos Nutricionistas.

Este documento tem como objetivo auxiliar a tomada de decisão dos nutricionistas durante a pandemia COVID-19, incluindo aspetos a considerar no contexto da restauração, cuidados de saúde hospitalares, cuidados de saúde primários e nas instituições de acolhimento e apoio social.

A ação dos nutricionistas, enquanto profissionais de saúde, na área da alimentação e nutrição, assume-se como preponderante também neste momento. Desta feita, revela-se determinante a partilha de boas práticas entre instituições e profissionais, com vista a melhorar e potenciar a resposta dada, criando e mantendo redes de contacto com as instituições envolventes e entre pares.

Este documento pretende ser um instrumento auxiliador na resposta aos desafios colocados diariamente aos nutricionistas, nas suas diversas áreas de atuação, no contexto desta pandemia.

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