A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) está a criar um conjunto de vídeos tutoriais destinados a cuidadores e a...

Os vídeos, desenvolvidos no âmbito de uma colaboração da ESEnfC com a Cooperativa António Sérgio para a Economia Social (CASES), pretendem auxiliar os cidadãos voluntários a protegerem-se aquando da ajuda a pessoas que não podem sair de casa (em tarefas como a realização de compras, entrega de bens de primeira necessidade, idas à farmácia, ou pagamento de contas de eletricidade, água e telefone) e, com isso, a resguardarem também as pessoas de maior risco que ajudam.

Sempre com o objetivo de prevenir e de conter a disseminação do vírus, os vídeos apresentam instruções e explicações sobre lavagem e desinfeção das mãos (como e em que situações obrigatoriamente), sobre etiqueta respiratória e sobre colocação e remoção segura de equipamentos de proteção individual para o cuidador informal. E, sempre, com a mensagem final: “Ao proteger-se, está a proteger quem ajuda!”

Os primeiros vídeos estão já disponíveis online, na página web da CASES (www.cases.pt/voluntariado/covid-19), nas redes sociais (https://www.facebook.com/watch/esenfc/218570779388995/) e no canal YouTube da ESEnfC (https://www.youtube.com/channel/UCqO2EN0mgxJNyIizTdrEqwQ).

Em comunicado a instituição faz saber que “enquanto maior e mais antigo estabelecimento de ensino de Enfermagem em Portugal, a ESEnfC é uma instituição pública que se dedica à educação integral de enfermeiros e ao ensino em saúde, à investigação e inovação, à prestação de serviços e à criação e difusão de cultura. Acolhendo um centro de investigação acreditado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia – a Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem – a ESEnfC procura articular evidência científica com o ensino, a prática clínica profissional e a extensão à comunidade. A CASES é uma cooperativa de interesse público de responsabilidade limitada, cujo capital social é detido maioritariamente pelo Estado Português, que se integra no ramo cooperativo dos serviços. Promover o fortalecimento do setor da economia social, aprofundando a cooperação entre o Estado e as organizações que o integram, com o objetivo de estimular o potencial ao serviço do desenvolvimento socioeconómico do país e a prossecução de políticas na área do voluntariado, são missões da CASES.” 

 

Covid-19
Face à situação de pandemia provocada pelo COVID-19, que a todos impõe restrições e a obrigatoriedade do cumprimento de medidas...

Esta linha especial de apoio e promoção da saúde mental, dinamizada pela equipa de Pedopsiquiatria do CHUCB, está disponível todos os dias da semana, entre as 09h00 e as 12h00, através do número 969 111 031.

Com esta medida de apoio à população mais jovem, o CHUCB visa diminuir o impacto psicológico que a repentina e prolongada alteração de rotinas escolares e sociais pode ter nas crianças ou nos adolescentes, gerando neles sentimentos de medo, stress, frustração, ansiedade, irritação ou tédio.

Também a situação dos filhos dos profissionais de saúde, até aos 18 anos de idade, se encontra acautelada, uma vez que estes podem dispor de consultas especializadas via telefone, previamente agendadas através do correio electrónico: [email protected].

 

 

Universidade de Coimbra
O Centro de Investigação e Inovação em Ciências Dentárias (CIROS), da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC),...

Este grupo de trabalho, segundo os coordenadores do CIROS e do UICOB, Fernando Guerra e António Mata, respetivamente, tem como objetivos a «apresentação e difusão de recomendações de boas práticas nos locais onde se exerça a atividade ou o ensino da Medicina Dentária, em todas as suas vertentes, no contexto da pandemia e com particular enfoque no reinício de uma plena atividade, assim como o desenvolvimento de projetos de investigação para o tema do controlo da infeção visando o reforço da segurança nas condutas clínicas e no espaço de exercício profissional ou de ensino da Medicina Dentária».

Este grupo de trabalho irá também evoluir no sentido da criação de parcerias individuais, institucionais e com organizações congéneres nacionais e internacionais.

Fernando Guerra e António Mata realçam ainda «o facto da atual atividade de Medicina Dentária ser limitada a situações de urgência e ser necessário assegurar a manutenção da segurança no exercício clínico e no ensino da Medicina Dentária, no retomar da atividade em todas as suas valências».

 

Perguntas e Respostas
Face à propagação do coronavírus (COVID-19) são muitas as dúvidas e preocupações das mães sobre a se

Posso dar de mamar se me diagnosticam COVID-19?

Considerando os benefícios do aleitamento materno e do papel insignificante do leite materno na transmissão de outros vírus respiratórios, a UNICEF salienta que a mãe pode continuar a dar de mamar desde que siga todas as precauções necessárias.

Segundo a Academy of Breastfeeding Medicine (Academia de Medicina de Aleitamento Materno, ABM, pelas siglas em inglês), estudos limitados sobre mulheres em período de aleitamento materno com COVID-19, e outras infeções de coronavírus, não detetaram o vírus no leite materno. Esta mesma instituição indica que se desconhece se as mães com COVID-19 possam transmitir o vírus pelo seu leite materno, ainda que, atualmente, a principal preocupação é se uma mãe infetada pode transmitir o vírus através das gotículas respiratórias durante o período do aleitamento materno.

As precauções para evitar transmitir o vírus ao bebé durante o aleitamento materno incluem: lavar as mãos antes de segurar o bebé e usar máscara para evitar transmitir o vírus pelas gotículas respiratórias quando se está em contacto próximo, por exemplo, a dar de mamar.

As recomendações estimulam as mães não contagiadas a alimentar os seus bebés com leite materno extraído, por isso se se utiliza uma bomba de extração de leite, é necessário lavar as mãos antes de tocar nos componentes do extrator ou do biberão e seguir as instruções de limpeza depois de cada utilização.

Quais são as diretrizes para armazenamento de leite materno se tenho COVID-19?

Segundo a ABM e a Human Milk Banking Association of North America (Associação de Bancos de Leite Humano da América do Norte, HMBANA, pelas siglas em inglês), devem seguir-se as indicações habituais para armazenar o leite materno se a extração for feita de forma limpa e segura.

Neste sentido, e dependendo de quando se irá utilizar, o leite materno pode guardar-se à temperatura ambiente, no frigorífico ou no congelador:


* Condições de máxima limpeza significa seguir de forma rígida as diretrizes incluídas no nosso artigo sobre a limpeza e desinfeção do extrator de leite. Estas diretrizes para armazenar e descongelar o leite materno são uma recomendação. A Medela aconselha contactar com o seu assessor ou especialista em aleitamento materno para mais informação.

Cabe salientar que, se o bebé está numa Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais (UCIN) ou numa unidade de cuidados especiais, o hospital pode ter recomendações mais rígidas para a limpeza e o armazenamento.

Além disso, recomenda-se etiquetar os biberões ou os recipientes de armazenamento, indicando a quantidade e a data em que se extraiu o leite para poder manter o controlo e gerir o leite armazenado.

O meu bebé, na UCIN, pode receber leite materno doado? Isto é seguro tendo em conta o coronavírus?

Ao dia de hoje, não se sabe se as mães com COVID-19 podem transmitir o vírus através do leite materno. Os estudos, limitados, em mulheres lactantes com COVID-19 e outras infeções por coronavírus, não detetaram o vírus no leite materno. Na maioria dos países, o leite humano doado é pasteurizado e sabe-se que outros coronavírus se destroem por pasteurização. No entanto, neste momento, não há evidência para informar se o novo coronavírus (caso esteja presente) seria destruído de forma similar. Para obter mais informação: European Milk Bank Association (Associação Europeia do Banco de Leite) e na HMBANA.

Posso utilizar um extrator hospitalar ou de aluguer se tenho COVID-19?

Segundo a ABM, as mães que têm a intenção de amamentar ou continuar amamentando, devem ser encorajadas a extrair o seu leite materno para iniciar ou manter a administração de leite. Se é possível, o hospital deve proporcionar um extrator de leite hospitalar.

Quando vão extrair o leite materno, as mães devem lavar as mãos adequadamente, antes de tocar nas peças do extrator ou no biberão, e tomar as precauções necessárias, como usar uma máscara durante, pelo menos durante 5-7 dias, até que a tosse e as secreções respiratórias melhorem significativamente.

Depois de cada sessão, todas as partes que estão em contacto com o leite materno devem lavar-se a fundo, seguindo as recomendações para uma limpeza adequada do extrator e do exterior de todo o extrator. Do mesmo modo, as garrafas de recolha de leite devem ser desinfetadas adequadamente com álcool etílico a 70% ou outro desinfetante de uso comum, que seja ativo contra o COVID-19.

Posso contagiar-me com COVID-19 por um extrator de leite contaminado?

A limpeza do serviço dos extratores de aluguer é realizada por pessoal qualificado, aplicando procedimentos standard. As bombas de extração de leite limpam-se com água e sabão e são desinfetadas antes de serem utilizadas por outra mãe. Existem muitos desinfetantes, incluído os desinfetantes hospitalares de uso comum, que são ativos contra os coronavírus.

Durante quanto tempo está vivo o Coronavírus nos extratores, kits ou acessórios?

Os cientistas descobriram que o vírus responsável pelo COVID-19 é detetável da seguinte forma:

  • Em aerossóis: até 3 horas
  • Sobre cobre: até 4 horas
  • Sobre cartão: até 24 horas
  • Sobre plástico: até 2/3 dias
  • Sobre aço inoxidável: até 2/3 dias

Estou grávida. Pode o meu bebé sofrer danos por causa do COVID-19 durante a gravidez?

De acordo com os Centers for Disease Control and Prevention (Centros de Controlo e Prevenção de Doenças, CDC, pelas siglas em inglês), neste momento, não há evidência suficiente para determinar se o vírus se transmite da mãe para o bebé, durante a gravidez, ou o possível impacto que isto possa ter sobre o bebé.

É um assunto que está a ser investigado atualmente. No entanto, detetaram-se um pequeno número de problemas na gravidez ou no parto (por exemplo, no parto prematuro) em bebés de mães que tenham dado resultados positivos para COVID-19 durante a gravidez, embora não esteja claro se estes resultados estão relacionados com a infeção materna ou não.

Estou grávida. É fácil o contágio com COVID-19 em mulheres grávidas?

O Royal College of Obstetricians and Gynaecologists (Colégio Real de Obstetras e Ginecologistas, RCOG, pelas siglas em inglês) afirma que, em comparação com a população em geral, as mulheres grávidas não parecem ser mais suscetíveis às consequências da infeção de COVID-19. Contudo, as mulheres grávidas sofrem alterações nos seus corpos que podem aumentar o risco de algumas infeções.

Além disso, com vírus da mesma família do COVID-19 e outras infeções respiratórias virais, como a gripe, as mulheres demonstraram um maior risco de desenvolver doenças graves. Por esse motivo, os CDC afirmam que é sempre importante as mulheres grávidas se protejam contra qualquer doença.

Estou grávida. Como me protejo do COVID-19? Que posso fazer para evitar que a doença se propague?

As mulheres grávidas devem adotar as mesmas medidas que a população em geral para evitar a infeção. Instituições oficiais, como a OMS e a UNICEF, recomendam:

  • Lavar as mãos frequente e minuciosamente com água e sabão ou desinfetante à base de álcool e evitar o contacto próximo com pessoas doentes.
  • Evitar tocar nos olhos, nariz e boca sem ter lavado as mãos.
  • Tossir e espirrar num lenço de papel, atirá-lo num caixote de lixo fechado e lavar as mãos, já que isto ajudará a minimizar o risco de infeção e propagação de doenças.
  • Evitar dar a mão, abraçar ou beijar ao saudar as outras personas.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas doentes.
  • Manter o distanciamento social ou a distância suficiente com outras pessoas.
  • Permanecer em casa se está mal. Se se tem febre, tosse e dificuldade para respirar, deve-se procurar ajuda médica e ligar para o número de telefone previsto para o efeito. Assim mesmo, devem-se seguir as instruções dos profissionais sanitários locais.

Como protejo o meu bebé do COVID-19?

O leite materno é a melhor fonte de nutrição para a maioria dos bebés, y oferece proteção contra muitas doenças. Como salientam os CDC, existe, todavia, muito desconhecimento sobre este vírus, pelo que, caso esteja grávida ou no período de aleitamento materno, é recomendável seguir as orientações dos CDC e contactar com um profissional de saúde para qualquer dúvida específica:

  • Lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou gel desinfetante à base de álcool.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas doentes (tosse e espirros).
  • Limpar e desinfetar diariamente as superfícies de contacto nas zonas comuns do lar (por exemplo, mesas, cadeiras de encosto rígido, puxadores das portas, interruptores de luz, controlos remotos, pegas, secretárias, sanitas, lavatórios).
  • Lavar objetos, incluindo brinquedos macios laváveis, conforme o apropriado, de acordo com as instruções do fabricante. Se possível, lave os artigos em água quente e seque-os bem.

Em caso de dúvidas deve sempre  contactar um médico especialista ou especialista em aleitamento materno.


*A Medela adverte que a informação científica sobre o COVID-19 varia diariamente. Por esse motivo, a informação fornecida neste artigo pode ser afetada por resultados de estudos científicos com outra perspetiva ou que modifiquem as afirmações recolhidas neste documento.

Fontes:
UNICEF (s.f.). Coronavirus disease (COVID-19): What parents should know. How to protect yourself and your children. Última vez consultado a 23 de março, 2020, de: https://uni.cf/2UvjUVL
Academy of Breastfeeding Medicine, ABM (March 10, 2020). ABM statement on coronavirus 2019 (COVID-19). Última vez consultado a 23 de março, 2020, de: https://bit.ly/3bgSp9l
Centers for Disease Control and Prevention, CDC (s.f.). How to Keep Your Breat Pump Kit Clean: The Essentials. Última vez consultado a 23 de março, 2020, de: https://bit.ly/2UbJtMR
Human Milk Bankinf Association of North America, HMBANA (s.f.). 2019 Guide on Handling Human Milk Has New Thawing Recommendations, Over 1000 Cited References, and More. Última vez consultado a 23 de março, 2020, de: https://bit.ly/2vGX1q4
Medela (s.f.). Como guardar, congelar e descongelar o leite materno. Última vez consultado a 23 de março, 2020, de: https://bit.ly/2WJdlSo
Academy of Breastfeeding Medicine, ABM (March 10, 2020). ABM statement on coronavirus 2019 (COVID-19). Última vez consultado a 23 de março, 2020, de: https://bit.ly/3bgSp9l
National Institutes of Health (March 17, 2020). New coronavirus stable for hours on surfaces. SARS-CoV-2 stability similar to original SARS virus. Última vez consultado a 24 de março, 2020, de: https://bit.ly/3duhM9M
Centers for Disease Control and Prevention, CDC (s.f.). Pregnancy & Breastfeeding. Última vez consultado a 23 de março, 2020, de: https://bit.ly/2Uenh4O
Royal College of Obstetricians & Gynaecologists (March 21, 2020). Coronavirus (COVID-19) Infection in Pregnancy. Information for healthcare professionals. Version 4. Última vez consultado a 23 de março, 2020, de: https://bit.ly/2UdDJC0
Centers for Disease Control and Prevention
, CDC (s.f.).Pregnancy & Breastfeeding. Última vez consultado a 23 de março, 2020, de: https://bit.ly/2Uenh4O
OMS (s.f.). Perguntas e respostas sobre a doença por coronavírus (COVID-19). Última vez consultado a 23 de março, 2020, de: https://bit.ly/2U9eO2G
UNICEF (s.f.). Coronavirus disease (COVID-19): What parents should know. How to protect yourself and your children. Última vez consultado a 23 de março, 2020, de: https://uni.cf/2UvjUVL
Centers for Disease Control and Prevention, CDC (s.f.). Pregnancy & Breastfeeding. Última vez consultado a 23 de março, 2020, de: https://bit.ly/2Uenh4O

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Fonte: 
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
DGS divulga orientação sobre procedimentos
As grávidas com doença Covid-19 devem permanecer no domicílio e contactar a Linha SNS 24, ou o número de contacto da...

No caso das grávidas assintomáticas com contacto com casos suspeitos ou confirmados de Covid-19 ou com sintomas sugestivos da doença devem realizar o teste laboratorial para SARS-COV2. Até o resultado do teste estar disponível, a grávida deve ser tratada como um caso Covid-19.

Segundo a DGS, sempre que não estejam em causa procedimentos essenciais à vigilância da gravidez que exijam a presença física, as instituições devem privilegiar as teleconsultas e a autoavaliação domiciliária do peso e da tensão arterial.

Quando a grávida está de quarentena, os procedimentos de rotina devem sempre que possível ser adiados, sem comprometer a segurança clínica, até terminar o período recomendado para autoisolamento.

No caso das grávidas com Covid-19, o parto deve ser feito em salas isoladas, se possível de pressão negativa e pessoal exclusivo, se possível, no internamento e bloco de partos.

 

Testes ao Covid-19
A ULSAM (Unidade Local de Saúde do Alto Minho) disponibiliza, em Viana do Castelo, o primeiro centro de diagnóstico móvel do...

Nestes centros de modelo drive-thru, os pacientes referenciados deslocam-se dentro do seu veículo ao ponto de recolha sem entrar em contacto com outras pessoas, reduzindo, assim, o risco de infeção em cada colheita.

A realização do teste só poderá ser feita através da prescrição pelo médico de Medicina Geral e Familiar do centro de saúde.

O laboratório é informado pelo médico do caso suspeito, sendo o doente agendado pelo laboratório. Após receber SMS, o doente desloca-se até ao ponto de recolha, de acordo com as orientações do laboratório. Os resultados do exame serão depois enviados diretamente ao doente, ao médico e às autoridades de saúde pública.

Este centro iniciou a sua atividade na segunda-feira, dia 30 de março, no Parque da Escola Superior de Saúde em Viana do Castelo e funciona todos os dias entre as 9 e as 17 horas.

A ULSAM prevê brevemente, ainda no decurso da próxima semana, disponibilizar mais dois centros de recolha de exames drive-thru, um em Ponte de Lima e outro em Valença.

 

 

Covid-19
A expansão do novo coronavírus COVID-19 tem deixado muitas mulheres e casais com problemas de fertilidade, que estão em...

De forma a tranquilizar quem se encontra em tratamento de fertilidade, o diretor de laboratório de Procriação Medicamente Assistida (PMA) da Ferticentro e consultor da Direção-Geral de Saúde, Vladimiro Silva, explica que “não existem evidências fortes de quaisquer efeitos negativos da infeção COVID-19 na gravidez, especialmente na sua fase inicial”. O especialista indica que “existem alguns casos de mulheres que testaram positivo para a infeção COVID-19 que deram à luz crianças saudáveis, não portadoras da doença". "Até à data não está documentado qualquer caso em que tenha ocorrido transmissão vertical do vírus. Também não temos dados científicos que nos permitam dizer que a realização de tratamentos de infertilidade no contexto atual esteja associada a qualquer risco”, acrescenta.

Para Vladimiro Silva é, contudo, importante esclarecer que “cada caso é um caso e depende muito de cada casal e até das circunstâncias em que trabalha o centro de Procriação Medicamente Assistida e a equipa médica e científica que o compõem”. O responsável exemplifica com o caso de “um centro de PMA que esteja incluído num hospital que está na primeira linha do combate ao COVID-19 não pode atuar da mesma forma que outro que esteja num local completamente independente e que permita a adoção de medidas preventivas do contágio.”

Perante os riscos de contágio que qualquer pessoa corre neste momento, o especialista adianta que “não faz sentido a realização de tratamentos em pessoas que cumprem os critérios para estar em quarentena ou isolamento profilático, sendo aliás até aconselhável interromper os processos clínicos nestas situações”. Por outro lado, “doentes que não estejam nestas circunstâncias e tenham os tratamentos planeados para uma data específica após longos processos de preparação, impossibilidade logística de o fazer noutra altura ou perante o risco de diminuição da reserva ovárica podem ser tratados, desde que garantidas as condições de segurança do processo”.

Cláudia Vieira, presidente da APFertilidade, sublinha, por sua vez, as recomendações da Sociedade Portuguesa de Medicina de Reprodução e do Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida, que sustentam que apenas os tratamentos já previstos devem prosseguir, na medida em que se poderia comprometer a terapêutica e o procedimento já numa fase mais avançada de realização. “É importante que os casais confiem no aconselhamento da sua equipa médica e manter a calma, apesar da situação atípica que vivemos”.

A responsável assegura que a APFertilidade está a acompanhar a situação da PMA desde que foram registadas as primeiras alterações no funcionamento dos centros, indicando que têm sido dadas garantias às mulheres e casais que os procedimentos já agendados irão decorrer sob as condições necessárias e obrigatórias de segurança e proteção. “A APFertilidade continua a trabalhar e está disponível para esclarecer dúvidas relacionadas com a PMA e com a situação do COVID-19, sendo que, nesta fase, dúvidas mais específicas sobre o tratamento, devem ser esclarecidas com a equipa médica”, reforça Cláudia Vieira.

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O uso de máscaras pode dar um falso sentimento de segurança e fazer esquecer outras medidas de prevenção contra o novo...

Tarik Jasarevic, porta-voz da OMS, realçou que “as pessoas com sintomas devem usar máscaras para proteger os outros, bem como as pessoas que cuidam de doentes e estão mais expostas ao vírus”.

De acordo com o especialista, “o uso de máscara não garante por si só proteção se não for combinado com outras medidas”. “O problema é que as pessoas que usam máscara podem ter um falso sentimento de segurança e esquecer outros gestos essenciais, como lavar as mãos”, acrescentou.

Além disso, se as máscaras não estiverem bem colocadas na cara, a pessoa pode ter a tendência de tocar com mais frequência na cara, explicou salientado que “o coronavírus entra no organismo através das mucosas dos olhos, nariz e boca”.

Uso de máscaras é indispensável para profissionais de saúde

A OMS reiterou assim uma posição que declara desde o início da pandemia, realçando a importância que o uso de máscaras tem para os profissionais de saúde, “que não podem trabalhar sem elas” e enfrentam o problema da sua escassez, em muitos países, devido ao aumento da procura.

Segundo Tarik Jasarevic, ninguém deve fazer reserva de máscaras em casa.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, já infetou mais de 791 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 38 mil.

 

Covid-19
Linha é gratuita e pretende esclarecer os doentes quando à doença no contexto desta epidemia.

A proporção de pessoas com diabetes entre os infectados com SARS-CoV-2 é de 20%, subindo para 22% nos infectados internados em cuidados intensivos. Por outro lado, a diabetes descompensada pode diminuir as defesas do organismo e proporcionar o desenvolvimento facilitado de infeções.

No sentido de responder às muitas dúvidas que possam surgir às pessoas com diabetes a Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo, o Núcleo de Diabetes Mellitus da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna e a Sociedade Portuguesa de Diabetologia decidiram criar uma linha telefónica gratuita com o número 302 051 685.

Nesta linha, entre as 08H00 e as 22H00, Médicos Especialistas responderão a todas as dúvidas sobre diabetes no contexto desta epidemia.

A diabetes mellitus atinge 13,6% da população portuguesa. No grupo das pessoas com mais de 80 anos atinge cera de 28% da população.

 

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Face ao panorama atual, os doentes com este tipo de patologia crónica têm demonstrado uma crescente preocupação relacionada com a infeção por coronavírus, o vírus que causa a doença COVID-19. A Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED) apresenta algumas recomendações a adotar como medidas preventivas:

  • Permanecer em casa e sair apenas “em circunstâncias muito excecionais” “e quando estritamente necessário”;
  • Evitar contacto próximo com doentes infetados;
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que tenham estado em áreas de elevada exposição ao vírus (Itália, Espanha, Alemanha, China, entre outros);
  • Não alterar a medicação sem indicação expressa do médico especialista que o acompanha;
  • Lavar frequentemente as mãos com água e sabão durante, pelo menos, 20 segundos ou com solução antisséptica de base alcoólica;
  • Adotar as medidas de etiqueta respiratória: espirrar ou tossir para o antebraço ou manga, ou usar um lenço de papel, e higienizar as mãos após o contacto com secreções respiratórias;   
  • Adotar um estilo de vida o mais saudável possível, com hidratação adequada, alimentação variada, exercício e descanso;
  • Cumprir as indicações das entidades de saúde oficiais, como a Direção Geral de Saúde (DGS), do médico de família e do médico especialista.

Ana Pedro, Presidente da Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED), afirma que “os doentes reumáticos constituem um grupo de risco e é altamente crucial, para uma prevenção eficaz, que prestem atenção e sigam todas recomendações das autoridades de saúde. Em caso de dúvida o doente deve sempre contactar o médico de família e/ou médico especialista que o segue, pelo telefone ou por meios eletrónicos”. E acrescenta: “A linha SNS24 deve ser utilizada apenas nos casos em que o doente apresenta sintomas de COVID-19”.

Em Portugal, a dor constitui a primeira causa de consulta médica, a principal causa de invalidez e de reforma antecipada por doença, o primeiro motivo de absentismo ao trabalho e é responsável por um forte impacto no consumo de recursos de saúde, além dos grandes custos sociais e económicos.

 

 

 

Covid-19
O Departamento de Química produziu numa manhã centenas de litros de gel desinfetante. O material foi entregue ao Hospital de...

A FCT NOVA - Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa produziu 300 litros de gel desinfectante que serão entregues ao Hospital de Santa Maria, em Lisboa, com o objetivo de ajudar os profissionais de saúde na luta contra a pandemia do Covid-19.

A iniciativa partiu do Departamento de Química da faculdade que juntou uma pequena equipa (um professor, um investigador e um aluno) para a produção que exigiu uma manhã de trabalho. A equipa aproveitou material doado pelos colegas dos laboratórios – como etanol, glicerol e água oxigenada – para a produção dos 300 litros de gel.

A FCT está a reagir ativamente à pandemia do Covid-19 com uma série de iniciativas. Lembramos que, recentemente, o Departamento de Engenharia Mecânica e Industrial (DEMI), com a colaboração do FCT Fablab, criou uma linha de montagem num laboratório da faculdade para a produção de máscaras viseiras. Até agora, já produziram mais de 400 máscaras que estão a ser entregues nos hospitais de Vila Franca De Xira; Cascais; Santa Maria; Garcia da Horta; Parque de Saúde de Alvalade; São José; Curry Cabral; e Luz. Entretanto já receberam mais pedidos de hospitais, centros de saúde e centros de investigação.

Cerca de 30 pessoas (entre professores, alunos de doutoramento e de mestrado) estão envolvidas nesta produção que se faz sem parar, 24h/ dia e sete dias por semana, para responder às necessidades dos hospitais e profissionais de saúde portugueses que estão a lutar contra a pandemia do Covid-19. São necessárias duas horas para produzir cada máscara que pesa cerca de 30 gramas. Em condições ideais, esta linha de montagem é capaz de produzir, em média, cerca de uma centena de máscaras por dia.

Além desta produção de máscaras para cuidados de saúde, quatro alunos de Engenharia Mecânica estão a fabricar máscaras produzidas com materiais comuns de bricolage (como folhas de acetato e elásticos) e com uma impressora comum. Estas têm características diferentes – não podem ser usadas em situações delicadas como unidades de cuidados intensivos – mas são ideais para o contacto direto com o público e, por isso, têm grande utilidade em várias situações, como a consulta médica. Estes alunos já estão a responder a um pedido de 500 viseiras da parte da Administração Regional De Saúde Do Alentejo.  

Sintomas
Em Portugal, as doenças cardiovasculares são uma das principais causas de morte.
Homem idoso de cabelos brancos

Apesar de serem duas situações clínicas que se localizam em órgãos diferentes, o enfarte do miocárdio e o AVC são associados a episódios vasculares, o que significa que envolvem os vasos sanguíneos e as artérias, em particular. No entanto, os sintomas são diferentes e devem ser distinguidos.

No caso do enfarte, que ocorre quando uma das artérias que transporta oxigénio e nutrientes ao coração fica obstruída, as pessoas devem estar atentas a sintomas como dor no peito, suores, náuseas, vómitos, falta de ar e ansiedade.

Já no caso do AVC, que ocorre quando uma das artérias que transporta oxigénio e nutrientes ao cérebro fica obstruída (AVC isquémico) ou quando uma artéria do cérebro rompe (AVC hemorrágico), a pessoa pode sentir a face ficar assimétrica de uma forma súbita, parecendo um “canto da boca” ou uma das pálpebras estarem descaídas; falta de força num braço ou numa perna subitamente; fala estranha ou incompreensível; perda súbita de visão, de um ou de ambos os olhos, e forte dor de cabeça, sem causa aparente.

Em ambas as situações, na presença destes sintomas recomenda-se que ligue rapidamente 112 e siga as instruções que lhe forem dadas.

A melhor forma de prevenir estas doenças é apostar na prevenção, alterando o estilo de vida. Pratique exercício físico, mesmo que apenas 10 minutos por dia; evite o álcool; não fume; e controle a alimentação, optando por não consumir em excesso alimentos ricos em açúcar e gordura.

A hipertensão arterial, o colesterol elevado, a diabetes, o tabagismo, a obesidade e o sedentarismo contribuem significativamente para aumentar o risco de sofrer de uma destas doenças. 

Para aumentar a consciencialização para o enfarte agudo do miocárdio, a Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) está a promover a campanha Cada Segundo Conta, uma iniciativa que tem como objetivos promover o conhecimento e compreensão sobre o enfarte agudo do miocárdio e os seus sintomas; e alertar para a importância do diagnóstico atempado e tratamento precoce. Para mais informações sobre esta campanha consulte www.cadasegundoconta.pt

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Distinção
O cientista João Mano, da Universidade de Aveiro (UA), acaba de vencer uma bolsa de 2,5 milhões de euros atribuída pelo...

A bolsa permitirá, durante 5 anos, desenvolver trabalho na área da bioengenharia de tecidos humanos e biomateriais avançados, nomeadamente na criação de estratégias para a regeneração de tecido ósseo, que poderá ter impacto em casos de perda massiva ou fraturas extensas de osso.

“Sinto-me extremamente honrado com este reconhecimento extraordinário, e pelo apoio de todos os membros do grupo”, congratula-se João Mano, professor catedrático no Departamento de Química e investigador no CICECO – Instituto de Materiais de Aveiro, uma das unidades de investigação da UA.

“Com esta bolsa, vemos assim reforçada a oportunidade de combinar investigação de base de elevado nível com soluções terapêuticas radicalmente inovadoras que poderão vir a ter impacto na qualidade de vida de pacientes”, aponta.

Artur Silva, Vice-reitor da UA para a área da Investigação, sublinha que esta bolsa é “mais um reconhecimento europeu da investigação de ponta” que se realiza na Academia de Aveiro. Esta ERC Advanced Grant, aponta o responsável, “reconhece a qualidade do nosso docente e investigador João Mano e da investigação que realiza e é também uma prova da aposta que tanto a Reitoria como o Laboratório Associado CICECO têm colocado nestes concursos a estas importantes e milionárias bolsas europeias”.

Uma das grandes inovações do projeto “REBORN: Full human-based multi-scale constructs with jammed regenerative pockets for bone engineering” liderado por João Mano prende-se com a utilização de proteínas obtidas a partir de tecidos recolhidos durante o parto, e normalmente descartáveis, como a membrana amniótica e o cordão umbilical. Estas servirão de base para a construção de dispositivos altamente

hierarquizados, desde a nano à macro-escala, com uma grande capacidade de gerar tecido ósseo mineralizado e promover a sua vascularização.

Desses tecidos perinatais também será possível retirar células que desempenharão um papel fundamental na construção dos tecidos em laboratório. As células serão introduzidas dentro de pequenas “placentas” artificiais que, ao fornecerem sinais bioquímicos e mecânicos adequados, fomentarão a formação de micro-tecidos de forma completamente autónoma. A aglomeração dessas “bolsas regenerativas” de forma controlada no espaço permitirá o desenvolvimento de tecidos tridimensionais à escala dos defeitos ósseos reais, com grande precisão geométrica.

Para além das aplicações in vivo prevê-se que estes dispositivos inovadores possam também servir como modelos de doenças de dimensões e especificações semelhantes aos dos tecidos reais, a fim de testar novos fármacos e terapias, podendo assim ser vistos como alternativa aos ensaios com animais ou aos testes clínicos.

João Mano possui trabalho reconhecido internacionalmente no domínio do desenvolvimento de biomateriais e propostas de novos conceitos para aplicações biomédicas, em particular na área da Medicina Regenerativa, e dirige um dos grupos de investigação mais ativos na europa na área dos biomateriais e bioengenharia de tecidos humanos, o COMPASS Research Group (http://compass.web.ua.pt/).

Critérios muito apertados

Estas bolsas individuais são conseguidas após a participação em concursos extremamente competitivos, em que os critérios de avaliação se baseiam unicamente na excelência científica. A avaliação inclui a análise do currículo científico do investigador, que deve estar no topo dos investigadores a trabalhar na Europa, e também na excelência do projeto a executar, o seu grau de risco e a abordagem radicalmente inovadora nas fronteiras da ciência adotada no plano de trabalhos proposto.

Mesmo recebendo candidaturas dos mais eminentes cientistas de europa, a taxa de sucesso de bolsas financiadas este ano foi inferior a 10 por cento. Esta bolsa avançada foi a única, de entre as 185 aprovadas, atribuída a um investigador português ou a trabalhar em Portugal.

Um feito notável e raro foi o desta bolsa avançada ser a segunda que João Mano conseguiu ver financiada, sendo que a primeira ainda está em execução. Adicionalmente, uma bolsa do ERC para prova de conceito (ERC-PoC) já havia sido atribuída em 2018. As bolsas ERC-PoC, apoiam atividades no estágio inicial de transformação de resultados obtidos por investigadores possuidores de bolsas ERC em propostas com potencial comercial, capazes de alcançar benefícios económicos ou sociais.

Para além desta bolsa avançada, em 2019 também já haviam sido atribuídas 3 bolsas para investigadores do CICECO da UA: duas bolsas de consolidação (Consolidator Grants, ERC-CoG) e outra bolsa de prova de conceito (ERC-PoC).

Covid-19
Face à atual situação de pandemia da Covid-19, Manuel Gameiro da Silva, professor catedrático do Departamento de Engenharia...

Por isso, afirma o especialista em climatização, enquanto se mantiver a crise pandémica, “não devem ser realizadas reuniões presenciais e os espaços interiores com ocupação humana devem ser fortemente ventilados, exclusivamente com ar novo, para diminuir as concentrações do vírus, no caso de uma eventual contaminação por partículas em suspensão, e, desta forma, reduzir o risco de infeção”.

Manuel Gameiro da Silva defende ainda que “quando se planeia uma saída, para locais frequentados por outras pessoas, deve-se levar máscara e, se possível, viseira. As máscaras normais não são completamente eficazes na retenção das partículas de menor dimensão, pelo que o uso combinado com uma viseira aumenta substancialmente a eficácia de retenção”.

Estes alertas resultam de uma análise que o cientista da UC decidiu realizar devido às dúvidas suscitadas sobre “a importância que as autoridades de saúde, quer a nível nacional, quer a nível internacional, atribuem ao papel que desempenham os diferentes modos de transmissão na propagação das infeções virais e as consequências que daí podem advir”.

Considera o autor que, “sem que haja uma evidência científica que o justifique, se tem menorizado o papel que pode ser desempenhado pela transmissão através do modo de partículas em suspensão e que, em consequência, se têm desaconselhado algumas das medidas de proteção que, provavelmente, estarão na base das taxas de propagação da epidemia mais modestas em alguns países asiáticos”.

Não havendo dúvidas de que o novo coronavírus, SARS-Cov-2, se transmite maioritariamente através das partículas exaladas pelos doentes contaminados, Manuel Gameiro da Silva explica que os diferentes modos de transmissão das doenças infeciosas estão associados a partículas de dimensões diferentes: as partículas grandes (superiores 50 mícron), que são exaladas e se depositam nas superfícies, são responsáveis pela transmissão por contato; as partículas intermédias (de 10 a 50 mícron) são responsáveis pela transmissão direta do emissor para o recetor, denominada transmissão por gotas; finalmente, as partículas mais pequenas (menos de 10 mícron) são responsáveis pelo modo de transmissão por partículas em suspensão, podendo permanecer no ar por horas, ser transportadas a longas distâncias e inaladas.

Relativamente ao efeito da temperatura e da humidade, o também coordenador da Iniciativa Energia para Sustentabilidade da UC refere que “tipicamente, a persistência dos vírus é mais alta com temperaturas frias do que com temperaturas quentes e como a humidade desestabiliza a camada protetora de gordura dos vírus do tipo coronavírus, a persistência do vírus é maior em ambientes secos. A radiação solar tem uma componente de radiação ultravioleta que prejudica a persistência dos vírus pelo que, nos ambientes interiores sem luz natural direta, há condições mais favoráveis para a persistência dos vírus como partículas em suspensão”.

Manuel Gameiro da Silva defende a "redefinição do conceito de distância de segurança entre pessoas e a necessidade de uso generalizado de equipamentos de proteção das vias aéreas superiores (máscaras e viseiras) sempre que se preveja que se vai estar num ambiente com ocupação múltipla".

Período de risco associado à pandemia
Tendo em conta o contexto atual, o Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, IP, recomendou a...

A esta medida poderá somar-se “a necessidade de interrupção imediata do tratamento do estudo”, sempre que esteja em causa a segurança dos participantes.

Esta recomendação faz parte de um conjunto de “medidas excecionais” sobre realização de Ensaios Clínicos durante o período de risco para a saúde pública associado à pandemia de Covid-19, para “acautelar a segurança, proteção e os direitos dos participantes” nestes estudos. 

Nesses casos, nomeadamente os ensaios clínicos que envolvam populações em imunossupressão decorrente do tratamento instituído ou outras terapêuticas que possam constituir “um risco intolerável”, o promotor do estudo deve notificar o Infarmed da interrupção como “medida urgente de segurança”, com explicação detalhada do contexto, e das medidas adotadas para garantir o tratamento alternativo dos participantes.

Outra das medidas prende-se com a necessidade de revisão do plano de visitas adotado no protocolo do estudo, que deverão ser realizadas por telefone ou por outros meios tecnológicos, assegurando-se que é consentida pelos participantes e que apenas é recolhida a informação estritamente necessária.

A dispensa direta no domicílio de medicamentos experimentais poderá ser aceite “dadas as circunstâncias excecionais”, mas com base em premissas como “assegurar que o investigador principal e a equipa de investigação (incluindo a farmácia hospitalar) mantêm a supervisão deste processo, garantindo vias de comunicação que permitam esclarecimento de dúvidas por parte dos participantes”. 

Neste contexto de emergência de saúde pública, o conjunto de medidas “pode ser de implementação imediata, sem que seja necessária a notificação ou aprovação prévia de alteração substancial”, com exceção da suspensão do recrutamento e interrupção imediata do tratamento do estudo.

“É esperado que o promotor, em conjunto com o investigador, tome as decisões sobre as medidas a adotar de forma proporcional e adequada, com base numa análise de risco para cada ensaio clínico, em que sejam consideradas as características do ensaio, do centro de ensaio e o risco epidemiológico no mesmo”, refere o Infarmed.

Estas recomendações são ainda aplicáveis a estudos clínicos com intervenção de dispositivos médicos ou cosméticos.

 

 

Medida
Uma portaria que entrou ontem em vigor estabelece os serviços essenciais para efeitos de acolhimento, nos estabelecimentos de...

A portaria foi publicada dia 29 de março, em Diário da República, e entrou em vigor esta segunda-feira, permitindo que possam ir à escola filhos ou outros dependentes a cargo “dos profissionais de saúde, das forças e serviços de segurança e de socorro, incluindo os bombeiros voluntários, e das Forças Armadas, os trabalhadores dos serviços públicos essenciais, de gestão e manutenção de infraestruturas essenciais, bem como de outros serviços essenciais”, refere o diploma.

As escolas estão encerradas para aulas presenciais devido à doença covid-19, que em Portugal já levou à morte de mais de uma centena de pessoas.

Recorde-se que em 13 de março, o Governo já tinha definido que seria identificado em cada agrupamento de escolas um estabelecimento de ensino que permitisse o acolhimento dos filhos ou outros dependentes daqueles trabalhadores.

“Importa que os profissionais dos serviços identificados na presente portaria, mobilizados para o serviço presencial nesta fase de excecionalidade e emergência desencadeada pela epidemia por SARS-CoV-2, possam dispor de um local de acolhimento para os seus filhos ou outros dependentes a cargo, na ausência de soluções alternativas”, lê-se na portaria.

A portaria não se aplica quando um dos elementos do agregado familiar não faz parte do grupo de profissões abrangidas e pode cuidar dos filhos.

 

Movimento SOS.COVID19.PORTUGAL
O SOS.COVID19.PORTUGAL, um movimento criado no âmbito da sociedade civil, angariou 94.021,20 euros em donativos, o que lhes...

Ao todo foram entregues 39.025 máscaras cirúrgicas, 3.000 máscaras FFP2 e 3.335 viseiras. 

Dos 94.021,20 euros angariados, 29.962,20 foram provenientes de outro movimento denominado STOP.COVID.PT que, para o efeito, se juntou a esta causa comum.

O Equipamento proveniente da China chegou ao nosso país no passado dia 26 de março, tendo sido entregue nos referidos hospitais dois dias depois, estando nesta altura já em utilização.

Com esta entrega finaliza-se uma campanha, que em cerca de 15 dias conseguiu marcar alguma diferença nos referidos hospitais.  As organizadoras agradecem a generosidade de todos os que contribuíram para tornar possível esta oferta.

SOS.COVID19.PORTUGAL arranca com segunda campanha. Desta vez para adquirir Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para os lares de idosos da União das Misericórdias

Face ao sucesso da primeira campanha e devido aos pedidos efetuados para a manutenção desta plataforma solidária, o SOS.COVID19.PORTUGAL inicia, hoje, uma nova campanha de angariação de fundos para aquisição de máscaras, luvas e protetores de sapatos para serem entregues juntos dos 521 lares de idosos 1 190 instituições de Cuidados Continuados  que integram a União das Misericórdias de Portugal.

 

 

Informação atualizada
Face à propagação do coronavírus (COVID-19) e às dúvidas e preocupações das mães sobre a segurança de manter ou não o...

Deste modo, criou no seu site (https://bit.ly/2QOtMcm) um Centro de Informação do COVID-19, no que diz respeito ao aleitamento materno, com o qual pretende responder às dúvidas mais frequentes daquelas mães que se perguntam como esta infeção viral as pode afetar e aos seus bebés, e que precauções devem ter. Além disso, através dos seus perfis nas redes sociais (@medela_pt no Instagram e Medela Portugal no Facebook), os profissionais da Medela estão, a partir das suas casas, a aconselhar e a responder às dúvidas que os pais e as mães possam ter.

A empresa irá atualizando esta área à medida que haja informação científica verificada e veiculada pelos canais oficiais.

Entre as dúvidas mais comuns, às quais a Medela dá resposta, estão a limpeza dos extratores de leite materno, a conveniência de amamentar se foi diagnosticado o COVID-19 à mãe ou a segurança do leite doado, entre outros tópicos.

 

 

 

MatosinhosHabit
Devido à pandemia do Coronavírus, a MatosinhosHabit, reorganizou os seus serviços para que a o atendimento não cessasse. Este...

Numa altura em que ficar em casa é a melhor forma de proteção contra o COVID-19, muitos são os munícipes que se mantêm nas suas residências. Isso não é impeditivo de continuarem a ser acompanhados pelos serviços da MatosinhosHabit, que na última semana reorganizou os seus serviços para que fosse possível continuar a dar resposta às solicitações, acrescentando serviços de apoio como é o caso do acompanhamento a idosos em situação de isolamento social.

Diariamente a MatosinhosHabit está a dar resposta a cerca de 70 chamadas telefónicas, entre esclarecimentos e atendimentos no âmbito dos processos que continuam a decorrer, como Pedidos de Habitação, pedidos de Apoio ao Arrendamento e processos do Gabinete de Reabilitação Urbana. Entre estes, surgem ainda as ocorrências no Parque Habitacional, que são respondidas conforme o grau de urgência.

Para além disso, a MatosinhosHabit está a contactar três vezes por semana, cerca de 130 idosos, residentes no Parque Habitacional Social ou beneficiários do Programa Municipal de Apoio ao Arrendamento, que vivem numa situação de isolamento social e que não dispõem de retaguarda familiar. A cada contacto é averiguada a situação de saúde e as principais necessidades, como Bens Alimentares e/ou medicamentos em falta. É também estabelecida uma conversa informal para que seja reduzido o isolamento social.

Numa primeira fase foram contactados cerca de 900 idosos, com mais de 65 anos, que estavam sinalizados como elementos isolados. Destes cerca de 130 não tinham qualquer retaguarda familiar. São agora acompanhados pela MatosinhosHabit e em caso de necessidade de intervenção são encaminhados para a Linha de Apoio ao Isolamento Social da Câmara Municipal de Matosinhos (800 210 095 – chamada gratuita).

Tiago Maia, administrador da MatosinhosHabit, explica que "estas medidas pretendem, acima de tudo, combater não só o isolamento a que estão confinados os idosos em Matosinhos, mas também acompanhá-los para que nada lhes falte no seu quotidiano. No caso de algum necessitar de ajuda, tanto por questões de privação de locomoção ou por se encontrarem em situação vulnerável, a MatosinhosHabit sinaliza a situação à Linha de Apoio ao Isolamento e esta dará a resposta adequada. Mantemo-nos também disponíveis em outras áreas de apoio, respondendo a situações de emergência, nomeadamente através do nosso piquete. Com estas medidas queremos que todos os nossos munícipes se sintam amparados e protegidos tendo em conta a situação que vivemos atualmente".

 

Dia Nacional do Doente com AVC
Apesar da redução da taxa de mortalidade por AVC registada nas últimas décadas, esta patologia continua a representar a...

Este ano, o Dia Nacional do Doente com AVC (31 de março) será, desejavelmente, assinalado à porta fechada, cumprindo as recomendações de distanciamento social publicadas pelas entidades competentes para contenção da propagação do vírus SARS-CoV-2, mais vulgarmente denominado por Covid-19. No entanto, nem por isso se torna menos importante o reforço das mensagens de adoção de estilos de vida saudáveis para prevenção do AVC, numa altura em que as rotinas habituais sofrem alterações e adaptações inevitáveis. Da mesma forma, esta data alerta para a realidade do sobrevivente do AVC, recordando que há vida depois do AVC, com igual dignidade e papel ativo na sociedade.

“Ser vítima ou ser sobrevivente de um AVC por si só não coloca o doente em maior risco de ter COVID-19, nem há estudos que permitam dizer que os doentes com COVID-19 estejam em risco de vir a ter um AVC”, esclarece Miguel Rodrigues, neurologista e membro da Direção da SPAVC. “Mas muitas pessoas que sofreram um AVC pertencem a um grupo de risco por serem idosos, estarem mais fragilizados ou terem uma doença crónica, como diabetes, hipertensão arterial, doença cardíaca, doença respiratória ou doença renal crónica”, frisa. Por isso, “é muito importante que os doentes que pertencem a grupos de risco mantenham distanciamento social e permanência no domicílio durante a pandemia, como recomendado pelas autoridades de saúde”.

No entanto, é preciso evitar que o isolamento social e a menor mobilidade das pessoas seja fonte de mais preocupação. Importa, por isso, reforçar algumas mensagens-chave neste dia. Primeiro, salientar o papel da prevenção, que implica o reconhecimento dos sinais de alerta de AVC e, também, a identificação dos fatores de risco cerebral, a serem evitados e/ou controlados.

“A população deve estar informada sobre os sinais de alerta de AVC, os chamados 3 F’s – falta de força num braço; desvio da face; e dificuldade na fala – e saber que, perante o aparecimento de um deles, a única atitude correta é a de acionar de imediato os serviços de emergência, através do 112”, lembra Castro Lopes, presidente da Direção da SPAVC. E acrescenta: “A Via Verde do AVC está organizada em Portugal para encaminhar os doentes rapidamente para os hospitais capazes de fornecer os tratamentos adequados. Tempo é cérebro, e está nas mãos de cada um agir o mais rapidamente possível”.

“Como é sabido, dispomos hoje de tratamentos inovadores de fase aguda, como a trombólise farmacológica e a trombectomia mecânica, que aumentam as taxas de sobrevivência e reduzem a incapacidade, e que serão tanto mais eficazes quanto mais cedo forem administrados”, salienta o neurologista, frisando que este tratamento deverá continuar a ser assegurado a todos os doentes com AVC no país e arquipélagos.

Nestes tempos alarmantes que vivemos, as medidas de prevenção do AVC devem também ser reforçadas, com especial destaque para a adoção de uma alimentação saudável, equilibrada e variada (ajudando à manutenção do sistema imunitário) e para a prática regular de atividade física, ajustada à idade e aos condicionamentos circunstanciais. Mesmo em casa, é possível realizar exercícios de mobilidade, alongamentos e treinos de força para se manter fisicamente ativo.

Por fim, a luta pelo acesso à reabilitação cumpre ainda um papel mais importante em cenários de pandemia, onde esta intervenção é muitas vezes descurada. O presidente e fundador da SPAVC explica que “esta Sociedade tem vindo a frisar que a reabilitação não é uma esmola, mas sim um direito! É necessário lutar para garantir aos sobreviventes de AVC esta intervenção até à recuperação das capacidades perdidas devido ao episódio vascular cerebral – durante uma vida inteira, se for preciso”.

Embora esta data seja assinalada, este ano, de forma diferente, sem eventos públicos e num panorama de enorme preocupação face à epidemia, “a SPAVC continua a comunicar as mensagens essenciais de prevenção do AVC, dos direitos ao acesso ao tratamento agudo em centros de AVC e, claro, da dignidade dos sobreviventes”, finaliza Castro Lopes.

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