Decisão
A Associação Portuguesa de Podologia (APP), seguindo as orientações das Entidades de Saúde e considerando as medidas tomadas...

“Temos o dever de proteger as vidas dos podologistas, das nossas famílias, dos nossos utentes e da população. Temos de tomar medidas para travar esta catástrofe. Como profissionais de saúde devemos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para a proteção de todos e para erradicar, no mais curto espaço de tempo, a propagação deste vírus.”, recomenda Manuel Portela, Presidente do Conselho Diretivo da APP.

Perante esta situação, a APP alerta para fatores como:

  • A situação epidemiológica que se vive, a nível mundial, causada pela pandemia de COVID-19, e o aumento dos casos de infeção em Portugal, com o alargamento progressivo da sua expressão geográfica;
  • As medidas que, perante o referido quadro, têm vindo a ser tomadas pelo Governo, no sentido de conter as possíveis linhas de contágio e controlar o crescimento exponencial da epidemia no País;
  • A atividade de podologia, pela sua natureza, implicar o contacto direto, próximo e demorado entre o profissional de saúde e o paciente, circunstância que representa risco acrescido de contágio pelo novo Coronavírus SARS-CoV-2, causador da doença COVID-19;
  • O risco de contágio que representa a continuidade do normal funcionamento desta atividade;
  • A atividade em causa, na maioria dos casos, não exige intervenções urgentes ou inadiáveis.

Face a este panorama a APP recomenda a todos os podologistas que suspendam a atividade e consultas programadas de podologia e agendem para avaliação e tratamento as situações comprovadamente urgentes, nomeadamente situações inadiáveis, como doentes diabéticos com lesão, situações de infeções ou situações altamente limitativas, de forma a evitar a sobrecarga dos serviços públicos de saúde.

Por outro lado, recomenda que os profissionais, se mantenham contactáveis com os doentes e que realizem sempre uma triagem prévia a qualquer contacto físico.

 

Prémio
Está a chegar a 2ª edição do Prémio MSD de Investigação em Saúde, uma distinção que tem como objetivo reconhecer e apoiar...

As candidaturas à nova edição decorrem de 17 de março a 30 de abril e estão abertas a todas as equipas de trabalho com atividade num estabelecimento de prestação de cuidados de saúde, de natureza pública ou privada, ou em instituições científicas sem fins lucrativos. As equipas podem submeter os seus projetos para apreciação do júri através do site do Prémio: https://premiomsdinvestigacaoemsaude.pt/

 O Prémio MSD de Investigação em Saúde distinguirá o projeto de investigação científica mais inovador e com maior impacto para a saúde. Para selecionar o Grande Vencedor, ao qual será atribuído um valor de 10 000€, a Comissão de Avaliação vai analisar a criatividade, a relevância do projeto para a população-alvo, a estrutura, o objetivo, a metodologia e a exequibilidade dos protocolos. Este ano, serão ainda atribuídos 1 500€ a cada uma das Menções Honrosas.

A Comissão de Avaliação é constituída pelos seguintes elementos: Prof.ª Doutora Catarina Resende de Oliveira, Prof.ª Doutora Emília Monteiro, Prof. Doutor Henrique Luz Rodrigues, Prof. Doutor Jorge Torgal Garcia, Prof. Doutor Manuel Abecasis, Prof.ª Doutora Mariana Monteiro e Prof. Doutor Nuno Sousa.

Em 2019, o Prémio MSD de Investigação em Saúde contabilizou 100 candidaturas, submetidas por equipas e instituições científicas de 28 áreas de interesse, e envolveu mais de 300 profissionais provenientes de todo o país. O Grande Vencedor da 1ª edição foi o projeto de investigação de tratamento da restrição de crescimento fetal (FGR), apresentado por uma equipa de investigadores da Maternidade Dr. Alfredo da Costa (MAC). Este projeto compromete-se a descobrir se a administração de heparina de baixo peso molecular tem impacto no tratamento da FGR e, desta forma, contribuir para diminuir o risco de morte fetal, reduzir o número de nascimentos de bebés muito prematuros e, consequentemente, diminuir as complicações com impacto na saúde futura do bebé.

Para consultar o regulamento do Prémio e a ficha de candidatura, visite o site.

 

Despacho
Os trabalhadores da área da saúde necessários para reforçar os serviços durante o período de combate à pandemia de Covid-19...

Para simplificar o processo, as competências de contratação são delegadas nos dirigentes máximos, órgãos de direção ou de administração, dos organismos, serviços e demais entidades da saúde, incluindo do setor público empresarial.

Os dirigentes devem comunicar mensalmente à Administração Central do Sistema de Saúde os contratos a termo de quatro meses que forem celebrados nos termos do despacho.

Recorde-se que o Conselho de Ministros de 12 de março aprovou um conjunto de medidas para fazer face à pandemia de Covid-19, incluindo a contratação de médicos aposentados, sem sujeição aos limites de idade, e a suspensão dos limites de trabalho extraordinário.

 

Recomendações
Reduzir substancialmente a sua atividade física ou aumentar o seu comportamento sedentário, passando
Casal de idosos a fazer exercício com pesos

Assim, a Direção-Geral da Saúde faz saber que, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, os adultos saudáveis devem realizar diariamente 30 minutos de atividade física de intensidade moderada, ou de atividades que promovam a aptidão cardiovascular e o reforço muscular.

Nesta fase de isolamento social, e de modo a manter a sua aptidão cardiovascular, a DGS recomenda que tente “andar o mais possível pela sua casa, realizar as suas atividades domésticas, tratar do seu jardim/horta, e até dançar”.

Para manter a sua força muscular e equilíbrio, pode realizar alguns exercícios na sua casa com o apoio de cadeiras, garrafas de água, ou apenas com o peso do próprio corpo. Aqui pode encontrar alguns exercícios para realizar: https://diabetesemmovimento.wordpress.com/videos/.

Por outro lado, algumas atividades lúdicas com as crianças podem ser pensadas para permitir a expressão física. Um bom exemplo disso são os jogos tradicionais como a macaca, jogo do elástico ou saltar à corda. Todas estas atividades promovem a aptidão cardiovascular, a força dos músculos e o equilíbrio.

No combate ao sedentarismo, a principal recomendação é não passar mais de 30 minutos seguidos sentado, reclinado ou deitado. Se estiver acordado, claro!

Assim, sempre que o telefone tocar, levante-se para atender a chamada e circule pela casa enquanto fala ao telemóvel;

Aproveite os intervalos publicitários na televisão para esticar as pernas e, se possível, deixe o comando da televisão afastado de si para que o obrigue a levantar-se sempre que o quiser utilizar.

Se tiver de trabalhar de casa, usando computador ou tablet, alterne entre as posições de sentado e de pé, tanto quanto possível.

Por fim, a Direção Geral da Saúde apela a aproveita para ler, jogar jogos de tabuleiro, fazer puzzles ou jogar às cartas, uma vez que são atividades com “estímulo cognitivo importante”.

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Ministro francês da Saúde desaconselhou o uso
Segundo o Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde não existem, atualmente, dados científicos que...

“Neste sentido, não há motivo para os doentes que se encontrem em tratamento com os referidos medicamentos o interrompam”, assegura o Infarmed.

Recorde-se que a Diretora-Geral de Saúde, Graça Freitas, negou ontem, dia 15 de março, que exista “qualquer prova ou evidência” que medicamentos como o Brufen potenciem a ação do novo coronavírus, depois de o Ministro francês ter desaconselhado a sua utilização.

“Estivemos agora reunidos com o presidente do Infarmed e vai ser feito um desmentido formal a nível europeu, inclusive. Porque, de facto, nem do Brufen nem de quaisquer outros medicamentos existe qualquer prova ou evidência que potenciem a ação do vírus”, assegurou Graça Freitas.

Em causa está uma publicação feita no sábado nas redes sociais pelo Ministro francês da Saúde, Olivier Véran, que desaconselhou a ingestão de medicamentos anti-inflamatórios, como o Brufen, uma vez que poderiam agravar a infeção dos doentes infetados pelo novo coronavírus.

"Vai ser feito amanhã (segunda-feira), provavelmente, um desmentido pelo Infarmed a nível nacional e por outras instituições de nível europeu para acabar com este alarme que é um falso alarme, não tem nenhum fundamento”, insistiu a responsável no decurso da conferência de imprensa conjunta, com a Ministra da Saúde, Graça Freitas, para fazer uma atualização de informação relativa à infeção pelo novo coronavírus em Portugal.

EMA está a avaliar possível relação entre a exacerbação das infeções e a toma de ibuprofeno

O Infarmed informa que a possível relação entre a exacerbação das infeções, na generalidade, e a toma de ibuprofeno está a ser avaliado na União Europeia no Comité de Avaliação de Risco de Farmacovigilância da Agência Europeia do Medicamento (EMA). “Espera-se que esta análise, cuja conclusão se aguarda em maio de 2020, permita esclarecer se existe uma associação entre a toma de ibuprofeno e a exacerbação das infeções. Dado que o ibuprofeno é utilizado para tratar os sintomas iniciais das infeções, será extremamente complexo determinar esta relação”, revela ainda a Autoridade do Medicamento.

O tratamento sintomático da febre deve ser realizado através do uso de paracetamol como primeira alternativa. No entanto, também não há evidências para contraindicar o uso de ibuprofeno. Os dois medicamentos devem ser utilizados com base na informação constante do Resumo da Características do Medicamento e Folheto Informativo.

O Infarmed salienta ainda que, qualquer doente deverá respeitar as indicações dos seus médicos assistentes no uso racional dos medicamentos prescritos.

NEMO deixa algumas recomendações
Apesar de ainda não ser possível avaliar verdadeiramente os riscos, o Núcleo de Estudos de Medicina Obstétrica (NEMO) da...

“Não obstante o número de casos de infeção COVID-19 em grávidas não ser elevado”, o Núcleo de Estudos de Medicina Obstétrica refere que partir devemos do pressuposto de que este grupo corre os mesmos riscos que a população geral, “pelo que as grávidas devem cumprir as medidas de redução de contágio como o isolamento social e a etiqueta respiratória. Sabe-se que as alterações imunológicas da gravidez podem predispor para infeções respiratórias, aumentando a morbilidade materna”

Quanto à transmissão vertical, a SPMI, revela que ainda pouco se sabe sobre esta possibilidade de contágio, mas revela que esta “parece ser reduzida”.

Segundo a Sociedade, também “não há evidência de que o vírus passe o leite materno e os benefícios da amamentação superam qualquer risco potencial de transmissão COVID-19 pelo leite materno”. Em todo o caso, adverte: “as mães que amamentam devem tomar todas as possíveis precauções para evitar transmissão como lavagem de mãos frequente e usando uma máscara facial, durante a amamentação”.

Não há evidência de que após o parto, uma mulher com COVID-19 deva ser separada do seu filho. “O impacto da separação parece ser mais prejudicial do que o risco de infeção”, pode ler-se em comunicado.

Quanto a ida aos serviços de urgência o Núcleo de Estudos de Medicina Obstétrica (NEMO) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) é perentório: “as grávidas devem evitar dirigir-se aos centros hospitalares exceto se estritamente necessário. Para tal, devem os internistas que realizam consultas de Medicina Obstétrica efetuar teleconsulta em vez de consulta presencial. Preferencialmente as grávidas devem ter uma via de contacto direto com o internista assistente, nomeadamente endereço de e-mail”.

“As grávidas deverão ser instruídas sobre os sinais de alarme da eventual agudização da sua patologia de base, e dos motivos que as levem a contactar a linha SNS 24 ou o INEM”, acrescenta.

Por outro lado, chama-se a atenção para a adoção de medidas que reduzam o risco de infeção: lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos; usar um desinfetante para as mãos à base de álcool, como álcool em gel; evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas; evitar contato próximo com pessoas doentes; cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e deitar no lixo; limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.

“As máscaras cirúrgicas são essenciais para as pessoas doentes e recomendadas nas regiões mais afetadas, mas não garantem uma proteção de 100% contra a epidemia”, reafirma a especialidade.

Segundo o Núcleo de Estudos de Medicina Obstétrica, estas recomendações não devem sobrepor-se a novas recomendações que a tutela venha a emitir. “As doentes devem cumprir rigorosamente as recomendações da tutela para controlo da disseminação comunitária”, conclui

 

Cuidados específicos
A Diabetes Mellitus condiciona uma maior susceptibilidade à patologia infeciosa bem como quadros de maior gravidade e...

Respeitando as recomendações gerais da DGS/OMS que assentam sobretudo na contenção social, recomenda-se o seguinte:

1. Adiamento de consultas, exames ou procedimentos considerados não urgentes, nomeadamente exames de rastreio de retinopatia diabética.

2. Alteração da tipologia de consultas de diabetologia dos hospitais públicos e privados, centros de saúde e clínicas, para consultas à distância, via telefone ou email, conforme a instituição o determine. Devem ser garantidas condições para que estas se concretizem com normalidade, nomeadamente efetivação da consulta sem a presença do doente, telefone com acesso ao exterior e sem temporizador. Os doentes devem ser avisados por quem a instituição determine da alteração da tipologia da consulta e os contactos telefónicos devem ser validados.

3. Deve ser garantido o receituário aos doentes com consulta agendada, de forma a evitar falhas terapêuticas ou deslocações a outros centros para renovação de receituário.

4. Situações detetadas na comunidade com eventual indicação para internamento, devem ser discutidos sempre que possível com os elos de ligação das diferentes especialidades (médicos e enfermeiros) antes de serem enviados ao hospital. Deve ser considerada também a hipótese de internamento eletivo nas Unidades de Hospitalização Domiciliária, com admissão do doente no domicilio.

5. Profissionais de saúde diabéticos devem preferencialmente realizar consultas não presenciais, de modo a assegurar a sua proteção. 

À comunidade de pessoas com diabetes, aconselha-se:

  • Manter-se no domicilio, reduzindo o número de saídas ao mínimo possível; evitar multidões ou aglomerados.
  • Tomar precauções diárias, mantendo distância de segurança de 1 metro de outras pessoas.
  • Evitar o contacto com pessoas doentes ou que apresentem sintomalogia respiratória.
  • Lavar frequentemente as mãos com água e sabão ou desinfetante.
  • Não partilhar comida nem utensílios.
  • Manter-se hidratado, controlar a glicemia, corpos cetónicos e medir a temperatura. 
  • Perante aparecimento de sintomas como febre, tosse ou falta de ar, deve manter-se em isolamento no seu domicilio e contactar a Linha de Apoio Saúde24.
Covid-19
A Associação de Profissionais Licenciados de Optometria (APLO), que representa mais de 1.244 optometristas, esclarece que o uso...

“Apesar dos mitos e desinformação que surgiram nas últimas 48 horas, o uso das lentes de contato continua a ser uma forma segura e altamente eficaz de compensação da visão para milhões de pessoas em todo o mundo”, esclarece Raúl de Sousa, presidente da APLO.

O uso de lentes de contato só deve ser interrompido se estiver doente, consistente com as orientações para outros tipos de doenças e não especificamente para a prevenção do COVID-19.

O presidente da APLO clarifica ainda que “os óculos regularmente utilizados para compensação de erros refrativos não estão comprovados de que oferecem proteção. Não há evidências científicas de que usar óculos forneça proteção contra o COVID-19 ou outras transmissões virais”.

Como medidas de prevenção do COVID-19, a APLO recomenda que “ao usar lentes de contato ou óculos, é fundamental a lavagem cuidadosa das mãos com água e sabão, seguida da secagem manual com toalhas de papel não utilizadas. Para usuários de lentes de contato isso deve ocorrer antes de cada inserção e remoção”.

Os utilizadores de lentes de contato devem descartar as suas lentes diárias descartáveis todas as noites ou desinfetar regularmente as suas lentes mensais de acordo com as instruções do fabricante e do optometrista. Os óculos também devem ser desinfetados. “Alguns vírus, como o COVID-19, podem permanecer em superfícies duras por horas a dias, podendo ser transferidos para os dedos e rostos dos utilizadores de óculos. Isto é particularmente relevante para presbíopes (pessoas geralmente com mais de 40 anos). A maioria dos presbíopes requer óculos de leitura que colocam e retiram do rosto várias vezes ao dia. Essa faixa etária parece estar entre a população mais vulnerável ao desenvolvimento do COVID-19, em comparação com os utilizadores de lentes de contato, geralmente mais jovens”, conclui Raúl de Sousa.

 

 

SPO deixa o alerta
Com o encerramento de toda a atividade clínica não urgente nos hospitais públicos e hospitais privados, Fernando Falcão Reis,...

“Interessa, porém, evitar a concentração de pessoas nos serviços de urgência, particularmente nos hospitais que estão na linha da frente na prestação de cuidados a doentes infetados com o COVID-19. Quanto menor o fluxo de doentes nos SU de oftalmologia, maior a segurança para os utentes e para os profissionais de saúde.”

Esta sociedade médica informa que “os médicos oftalmologistas estão disponíveis nos seus locais de trabalho para realizar consultas não presenciais e estão em condições de enviar receitas e outros documentos oficiais por correio eletrónico ou por SMS tornando desnecessária a deslocação dos doentes aos SU de oftalmologia por estes motivos.”

E faz um apelo a toda população: “não recorra ao SU de oftalmologia exceto em situações de traumatismo direto nos olhos ou na região dos olhos, dor ocular incontrolável ou de perda súbita de visão. Antes de se deslocar a um serviço de urgência deve contactar telefonicamente o seu oftalmologista e, se tal não for possível, telefonar para o SU de oftalmologia do hospital para onde tenciona deslocar-se.”

 

Especialistas preocupados
O Núcleo de Estudos de Doenças Auto-imunes (NEDAI) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) está a divulgar várias...

Nas várias recomendações, pode ler-se:

  1. Deve ser considerado que a maioria dos doentes tem condições de saúde que não permitem a suspensão de fármacos imunossupressores: o risco de agravamento da doença de base ou perda de eficácia dos fármacos é na maioria das vezes superior ao risco de contrair a infeção e de ter complicações da mesma.
  2. A manutenção ou redução da medicação imunossupressora deve ser ponderada caso a caso, de acordo com a gravidade da doença de base e probabilidade de complicações graves da infeção por COVID-19 (nomeadamente comorbilidades associadas). A decisão deve ser tomada pelo internista assistente em consonância com o doente e deve ser tida em linha de conta a semivida dos fármacos utilizados.

Nos doentes com doenças autoimunes sob imunossupressão crónica com exposições de risco (ex. profissionais de saúde, atendimento a público, trabalho em aglomerados comerciais, professores), o contágio com complicações graves pela infeção por COVID-19, à falta de melhor conhecimento científico, deve ser considerado elevado, pelo que também se recomenda:

  • Comunicação imediata da sua situação de risco profissional à autoridade de saúde local competente.
  • Esta deve analisar o risco epidemiológico global de todo o agregado familiar.
  • Devem ser estabelecidas medidas de diminuição de risco de contágio para todo o agregado familiar, que poderão contemplar: alocação laboral de menor risco, trabalho no domicílio com utilização de novas tecnologias ou, se de todo impossível, sugerir o isolamento social profilático.
  • A manutenção de consultas presenciais hospitalares de controlo e rotina de doentes estáveis, devem ser avaliadas pelo médico assistente. As consultas hospitalares urgentes devem ser mantidas. É muito importante que as Consultas de Doenças Autoimunes se desenvolvam através de formas de contacto virtual com os médicos assistentes responsáveis.

“Estas recomendações não incluem todas as situações possíveis, e não devem sobrepor-se a novas indicações que a Tutela venha a emitir. Os doentes devem cumprir rigorosamente as medidas da Tutela para controlo da disseminação comunitária”, afirma António Marinho, coordenador do NEDAI.

 

Sistema de aviso
Depois de declarado estado de alerta no país, o Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, adiantou, em conferência de...

“A partir de hoje está declarada a situação em que a subcomissão operativa que funcionará numa base de permanência pode decidir que faz sentido enviar uma mensagem por SMS”, disse o Ministro.

Eduardo Cabrita explicou que estas mensagens não podiam ser enviadas antes da declaração do estado de alerta.

“Durante este período, cabe agora à ANEPC, em função das circunstâncias concretas, identificar qual o universo e natureza da mensagem e quando faz sentido enviar a mensagem”, precisou.

O estado de alerta está em vigor a partir de hoje e até ao dia 9 de abril, data em que será reavaliado.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde registou até hoje 112 pessoas infetadas, não havendo até ao momento registo de nenhuma morte.

 

 

Perguntas e Respostas
Para ajudar a combater a desinformação, reunimos um conjunto de perguntas frequentes sobre o novo co
Ilustração do coronavírus

O que é o novo Coronavírus?

O novo coronavírus, designado SARS-CoV-2, foi identificado pela primeira vez em dezembro de 2019 na China, na cidade de Wuhan. Trata-se de um novo vírus da família dos coronavírus, conhecidos por provocar infeções nas pessoas. Normalmente estas infeções afetam o sistema respiratório, podendo ser semelhantes à gripe ou evoluir para uma doença mais grave, como pneumonia.

Qual é a origem do novo Coronavírus?

Segundo as informações publicadas pelas autoridades internacionais, a fonte da infeção é desconhecida e ainda pode estar ativa. A maioria dos casos está associada a um mercado em Wuhan (Wuhan’s Huanan Seafood Wholesale Market), específico para alimentos e animais vivos (peixe, mariscos e aves). O mercado foi encerrado a 1 de janeiro de 2020. Como os primeiros casos de infeção estão relacionados com pessoas que frequentaram este mercado, suspeita-se que o vírus seja de origem animal, mas não há certezas. Isto porque já foram confirmadas infeções em pessoas que não tinham visitado este mercado. No entanto, a investigação continua.

Como se transmite?

A COVID-19 transmite-se por contacto próximo com pessoas infetadas pelo vírus, ou superfícies e objetos contaminados.

Esta doença transmite-se através de gotículas libertadas pelo nariz ou boca quando tossimos ou espirramos, que podem atingir diretamente a boca, nariz e olhos de quem estiver próximo.

As gotículas podem depositar-se nos objetos ou superfícies que rodeiam a pessoa infetada. Por sua vez, outras pessoas podem infetar-se ao tocar nestes objetos ou superfícies e depois tocar nos olhos, nariz ou boca com as mãos.

Qual é o período de incubação?

Estima-se que o período de incubação da doença (tempo decorrido desde a exposição ao vírus até ao aparecimento de sintomas) seja entre 2 e 14 dias. A transmissão por pessoas assintomáticas (sem sintomas) ainda está a ser investigada.

Quais são os sintomas da doença?

A maioria das pessoas infetadas apresentam sintomas de infeção respiratória aguda ligeiros a moderados:

  • Febre (T>37,5ºC)
  • Tosse
  • Dificuldade respiratória (Falta de ar)

Em casos mais graves pode causar pneumonia grave com insuficiência respiratória aguda, falência renal e de outros órgãos, e eventual morte. Contudo, a maioria dos casos recupera sem sequelas.

Qual é o tratamento?

O tratamento para a infeção por este novo coronavírus é dirigido aos sinais e sintomas que os doentes apresentam.

Como se trata de um vírus recentemente identificado não existe ainda uma vacina contra o SARS-CoV-2. Mas estão em curso as investigações para o seu desenvolvimento.

Quem está em maior risco de doença grave por COVID-19?

As pessoas que correm maior risco de doença grave por COVID-19 são os idosos e pessoas com doenças crónicas (com doenças cardíacas, diabetes e doenças pulmonares).

Como me posso proteger contra a Covid-19?

Nas áreas afetadas, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda medidas de higiene e etiqueta respiratória para reduzir a exposição e transmissão da doença:

  • Medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e a boca quando espirrar ou tossir, com um lenço de papel ou com o antebraço, nunca com as mãos, e deitar sempre o lenço de papel no lixo;
  • Lavar as mãos frequentemente. Deve lavá-las sempre que se assoar, espirrar, tossir ou após contacto direto com pessoas doentes. Deve lavá-las durante 20 segundos (o tempo que demora a cantar os “Parabéns”) com água e sabão ou com solução à base de álcool a 70%;
  • Evitar contacto próximo com pessoas com infeção respiratória;
  • Evitar tocar na cara com as mãos;
  • Evitar partilhar objetos pessoais ou comida em que tenha tocado.

Quem pode ser testado ao Covid-19?

Quem estiver com febre, tosse ou dificuldade respiratória e tiver estado em contacto com uma pessoa infetada por COVID-19, ou regressado recentemente de uma área afetada, deve ligar para o SNS24 (808 24 24 24).

Após este contacto e validação da história clínica, os profissionais de saúde vão determinar se é necessário ser testado para COVID-19.

Posso viajar?

De momento e com base no conhecimento atual, a Organização Mundial da Saúde não recomenda restrições de viagens. No entanto, existem áreas do globo com transmissão Comunitária ativa em que o risco de contágio é elevado.

Se for viajar recomendam-se alguns cuidados:

  • Lavar frequentemente as mãos, com água e sabão, esfregando-as bem durante pelo menos 20 segundos;
  • Reforçar a lavagem das mãos antes e após a preparação de alimentos, antes das refeições, após o uso da casa de banho e sempre que as mãos estejam sujas;
  • Usar, em alternativa, para higiene das mãos, uma solução à base de álcool;
  • Usar lenços de papel (de utilização única) para se assoar;
  • Deitar os lenços usados num caixote do lixo e lavar as mãos de seguida;
  • Tossir ou espirrar para o braço com o cotovelo fletido, e não para as mãos;
  • Evitar tocar nos olhos, no nariz e na boca com as mãos sujas ou contaminadas com secreções respiratórias.

A Direção Geral de Saúde sublinha ainda que as pessoas regressadas de uma área afetada devem estar atentas ao surgimento de febre, tosse e eventual dificuldade respiratória. No caso de surgirem sintomas, deve ligar para o SNS24 – 808 24 24 24 e seguir as orientações que lhes forem dadas.

O que é uma área de transmissão comunitária?

Quando uma pessoa é dignosticada com  COVID-19, as autoridades de saúde fazem um inquérito epidemiológico para, entre outras informações, perceberem qual a fonte da infeção. Quando não se consegue identificar essa fonte, ou seja, quem transmitiu o vírus, diz-se que estamos perante uma área de transmissão comunitária.

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Estudo
A obesidade na meia-idade pode estar associada a um maior risco de demência futura. Esta foi a conclusão de um estudo levado a...

Durante o estudo foi possível observar que as mulheres que eram obesas entre os 50 e os 60 anos de idade apresentavam um risco 21% maior de serem diagnosticadas com demência 15 ou mais anos depois, quando comparadas a mulheres com peso saudável.

Para chegar a esta conclusão, os investigadores acompanharam cerca de 1 em cada 4 mulheres nascidas no Reino Unido entre 1935 e 1950, mais de 1,1 milhão no total. A média de idade das participantes no início do estudo era de 56 anos. Nenhuma tinha demência.

No início, os pesquisadores calcularam o índice de massa corporal (IMC) de cada mulher, uma estimativa da gordura corporal com base na altura e no peso. Eles também avaliaram os hábitos alimentares e a prática de atividade física. As mulheres foram acompanhadas, em média, durante 18 anos.

Ao longo deste período, cerca de 2,1% das mulheres obesas foram diagnosticadas com demência. 1,6% apresentava um peso normal.

A conclusão é que muitos fatores associados à obesidade são prejudiciais para o cérebro. Entre eles encontram-se os níveis elevados de mau colesterol. Por outro lado, sabe-se que as pessoas obesas tendem a ter problemas de sono, como a apneia do sono, pelo que os seus cérebros têm dificuldade em obter oxigénio suficiente para funcionar adequadamente.

“Qualquer coisa que desafie a capacidade do corpo em manter função e estrutura cerebral adequadas aumentará seu risco de desenvolver declínio cognitivo à medida que você envelhece”, afirma Keith Fargo, diretor de programas científicos da Associação de Alzheimer em Chicago, comentando o estudo publicado na revista Neurology.

 

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Há muitos portugueses com problemas de sono?

Mais de metade dos portugueses -  cerca de 60% - tem problemas de sono

A insónia é o problema mais frequente de sono? Que outros problemas de sono existem?

De facto, a insónia é a queixa mais frequente, mas existem outros problemas: uns inerentes ao sono, outros que podem determinar alterações do sono.

Mas subjacente à insónia estão problemas como a apneia do sono, a síndrome de pernas inquietas, a dor crónica… e, evidentemente, a insónia. Esta por ser de vários tipos e dever-se a causas múltiplas.

A que é devida a insónia? Há grupos particulares mais predispostos à insónia?

Os trabalhadores por turnos são o grupo que mais tem dificuldade em resolver os seus problemas de sono. Para além, disso, identificam-se outros fatores. Por exemplo o sexo feminino tem mais insónia que o masculino: as causas hormonais, ter filhos, a maior tendência à depressão e ansiedade… face à sua condição ainda existente a mulher continua a ser sobrecarregada e sofre uma pressão para ter que dormir...

Quando a insónia se deve a um fator novo, pode ser passageira, de ajustamento, mas, muita das vezes, torna-se crónica. 

E a apneia do sono?

Se o doente tem fenótipo típico: obeso, pescoço curto, hipertenso, o diagnóstico faz-se facilmente.

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“É uma pandemia controlável”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus acrescentando, no entanto, que “não se pode combater um vírus se não se sabe onde está. Isto significa que é necessária uma vigilância robusta para encontrar, isolar, testar e tratar cada caso para quebrar as cadeias de transmissão”.

O responsável da OMS defendeu que os países devem ter uma “abordagem global (…) adaptada à sua situação, com a contenção como pilar central” e apelou aos países para que “encontrem o equilíbrio certo entre proteger a saúde, prevenir as perturbações económicas e sociais e respeitar os direitos humanos”.

“Para salvar vidas, precisamos reduzir a transmissão”

Pela primeira vez desde o início da epidemia, que começou em dezembro, na China, a OMS declarou na quarta-feira o novo coronavírus como uma “pandemia”, devido à sua “propagação”, “gravidade dos casos” e pela “insuficiência das medidas inadequadas”.

Segundo Tedros Adhanom Ghebreyesus “para salvar vidas, precisamos reduzir a transmissão”, sendo para isso essencial “encontrar e isolar o maior número possível de casos e colocar em quarentena os seus contactos mais próximos”

“Mesmo que não se consiga parar a transmissão, pode atrasar-se, protegendo os estabelecimentos de saúde, os lares de idosos e outros espaços vitais, mas apenas se forem testados todos os casos suspeitos”, alertou.

Com alguns países com falta de equipamento de proteção individual, o diretor-geral da OMS disse que a organização está a trabalhar “dia e noite” para os ajudar.

A agência da ONU já enviou equipamento de proteção para 57 países e prepara-se para enviar para mais 28. Também enviou material laboratorial para 120 países.

A pandemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.500 mortos em todo o mundo.

O número de infetados ultrapassou as 124 mil pessoas, com casos registados em 120 países e territórios, incluindo Portugal.

Saúde ocular
A Associação de Profissionais Licenciados em Optometria (APLO) “está indignada” com os números revelados pela Administração...

“O rastreio de saúde visual infantil constitui assim, à luz dos dados revelados pela própria ARS Norte, mais um estrangulamento de acesso a cuidados para a saúde da visão, contribuindo para o aumento das já extensas e crónicas listas de espera da especialidade de oftalmologia, assim como para a criação de alarmismo junto dos pais e crianças referenciadas que se veem impossibilitadas de aceder aos cuidados atempadamente”, conclui a Associação numa nota enviada à comunicação social.

“Não existe nenhuma razão para que as listas de espera, para consulta hospitalar da especialidade de oftalmologia, sejam enormes e crescentes e que cada vez mais crianças sofram de deficiência visual moderada ou grave, por não terem óculos prescritos. Os números são alarmantes sendo que apenas 189 crianças têm essa prescrição, num total de 4435 referenciadas. E apesar destes dados apresentados pela ARS Norte, atualizados a 17 de fevereiro, o Ministério da Saúde continua a não concretizar alterações no que toca à legislação dos cuidados primários para a saúde da visão no Serviço Nacional de Saúde”, explica Raúl de Sousa, presidente da APLO.

“Porque não se seguem as recomendações da Organização Mundial de Saúde, e se coloca a Optometria e os Optometristas como prestadores de cuidados primários para a saúde da visão, potenciando a prestação de cuidados para a saúde da visão no contexto de equipa multidisciplinar das várias profissões da área, dado que está demonstrado que é uma das soluções óbvias para melhorar a vida dos doentes oculares?”, pergunta.

E acrescenta ainda que “Nunca é demais reforçar que a Direção-Geral do Ensino Superior classifica Os Optometristas e os seus planos de estudos universitários de Optometria como profissionais de saúde, e que os mesmos estão acreditados pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior. A sua formação é feita na mesma Faculdade de Ciências de Saúde da Universidade da Beira Interior e com a cooperação da Escola de Medicina da Universidade do Minho, que formam médicos deste país. A APLO é constituída exclusivamente por licenciados de Optometria, sendo que mais de 80% possuem doutoramento, mestrado (5 anos) ou licenciatura (4 anos e meio) com estágio profissional incluído, como mínimo, à semelhança de esmagadora maioria dos países europeus e mais avançados no mundo e por essa razão, é injustificável que a profissão continue a ser rebaixada e desvalorizada. Ao fazê-lo, o principal prejudicado é o doente.”

 

Primeiro estudo sobre a Incontinência Urinária na mulher
Um estudo desenvolvido pela Unidade de Uroginecologia do Departamento de Obstetrícia, Ginecologia e Medicina da Reprodução do...

Das 2226 mulheres inquiridas, 781 confirmaram ter perdas de urina. No entanto, apenas 28% tinham diagnóstico de Incontinência Urinária (IU) confirmado e dessas só 21% iniciou algum tipo de tratamento para esta patologia.

“O último estudo, realizado em 2008, indicava que a prevalência de incontinência urinária era de 21,4%. Podemos concluir que 12 anos depois a prevalência é muito mais alta do que se pensava e que é necessário consciencializar para a importância do diagnóstico e tratamento da IU”, afirma Catarina Reis Carvalho, autora do estudo e médica no Hospital de Santa Maria.

Dos 21% dos casos que já iniciaram tratamento, 19,5% fazem tratamento farmacológico, 4% realizaram cirurgia e 2% referiram ter utilizado outros métodos, como a fisioterapia. Relativamente aos resultados, 12% afirmam que conseguiram curar a incontinência urinária e 22,4% afirmam ter tido melhorias significativas com o tratamento, segundo revela este estudo “Incontinência Urinária na Mulher”.

Os dados recolhidos por este estudo apontam ainda potenciais fatores de risco para a Incontinência Urinária: 80,2% das mulheres que afirmaram ter perdas de urina teve pelo menos um parto vaginal; 76,2% estava em pós-menopausa; 27,3% referiu ter infeções urinárias de repetição; 15,2% tinha sido submetida a histerectomia; 14,3% referia ser fumadora; e 8,2% tinha obesidade (IMC superior a 30kg/m2).

A IU é uma doença que se caracteriza pela perda involuntária de urina e está muitas vezes associada à síndrome de Bexiga Hiperativa (BH). A BH consiste na contração involuntária dos músculos da bexiga enquanto esta se enche de urina e que pode levar as pessoas a ter de ir à casa de banho mais de oito vezes por dia e duas a três vezes por noite. Esta doença tem um grande impacto na qualidade de vida dos que dela sofrem, levando muitas pessoas a isolar-se e a sentir vergonha. Este estudo revela que o impacto da IU depende do grau de aceitação e adaptação à doença, sendo maior nas mulheres que têm menos de 60 anos. Sendo que 14,6% das inquiridas afirma que a IU interfere com cinco ou mais atividades do seu quotidiano.

“Sendo uma doença com tanto impacto na vida das mulheres, é urgente consciencializar para a importância de um diagnóstico precoce e um tratamento adequado. Atualmente já existem vários tipos de tratamento para esta patologia e, por isso, não há motivo para continuar a sofrer em silêncio. A incontinência urinária não deve ser vista com uma consequência normal da idade com a qual as pessoas têm de viver, na maior parte dos casos tem tratamento ou é possível fazer algo que melhore muito a qualidade de vida”, explica Alexandre Lourenço, responsável pela Unidade de Uroginecologia do Hospital de Santa Maria. 

Os principais sintomas associados à bexiga hiperativa são a urgência (vontade súbita de urinar), a frequência miccional aumentada (necessidade de urinar com frequência) e a perda voluntária de urina quando se sente uma necessidade forte e súbita de ir à casa de banho. Muitas das vezes estes sintomas podem levar a perdas de urina em locais menos oportunos, o que pode gerar situações constrangedoras e levar ao isolamento.

Medida
A Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) vai suspender todas as consultas presenciais de seguimento...

Apenas as primeiras consultas ou aquelas que impliquem algum tipo de intervenção terapêutica terão de ser feitas presencialmente, como é o caso da oftalmologia, tratamentos de pé diabético, ou intercorrências.

As pessoas com diabetes enfrentam um maior risco de complicações quando lidam com infeções como a gripe ou as pneumonias e o mesmo acontece com o COVID-19 e por isso a APDP está a tomar todas as medidas necessárias para proteger as pessoas que são tratados na instituição.

“Acompanhamos de forma muito próxima as recomendações da Organização Mundial de Saúde e da Direção Geral da Saúde e por isso decidimos adaptar a forma como trabalhamos à necessidade de evicção social que esta pandemia nos impõe”, refere José Manuel Boavida, presidente da APDP. E reforça que “a população deve também, de forma individual, informar-se permanentemente e adotar todas as medidas aconselhadas pelas autoridades. As pessoas com doenças crónicas, como é o caso da diabetes, devem ser particularmente cuidadosas.”

A APDP recorda que, à semelhança de outras situações, as pessoas com diabetes devem ter em casa medicação para a diabetes em quantidade suficiente para um mês, assim como material de autovigilância da diabetes e toda a medicação que tomam habitualmente para outras condições. É ainda conveniente ter medicação para a febre, necessitando de uma maior vigilância e controlo.

As dúvidas podem ser esclarecidas através do email [email protected] destinado todos os utentes da associação.

 

 

Investimento
A rede de Cuidados Continuados Integrados conta com mais camas na região norte, alargando assim este tipo assistência no norte...

De acordo com a Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte, nesta data, a região já disponibiliza às populações 260 camas de convalescença, 881 camas de média duração e reabilitação, 1.630 camas de longa duração e manutenção, 25 camas de cuidados paliativos e 1.536 lugares de equipas de cuidados continuados integrados.

No âmbito da Pediatria, existem 17 camas de cuidados pediátricos integrados e 20 lugares de ambulatório pediátrico.

Na área da Saúde Mental, estão disponíveis 55 lugares em unidade sócio ocupacional, oito visitas/dia em equipa de apoio domiciliário, 14 lugares residência autónoma, 24 lugares de residência de apoio total, sete lugares em residência de treino de autonomia tipo A – infância e adolescência e 10 lugares de unidade sócio ocupacional infância e adolescência.

A capacidade total instalada é, agora, de 4.487 – camas e acompanhamentos no domicílio –, a que corresponde um encargo financeiro do Estado, anual, da ordem de 59 milhões de euros.

 

Especialista esclarece sobre riscos
A propagação do Coronavírus (COVID-19) gerou um alerta social global transversal aos diferentes grup
Barriga de grávida com uma linha negra

“É óbvio que cada vez mais países e pessoas são afetados por este vírus, uma situação que inquieta todos os níveis sociais e obriga à criação de protocolos para travar o contágio na medida do possível. É uma época de agitação e, dadas as circunstâncias, devemos manter a calma e familiarizar-nos com as evidências científicas que possam ajudar-nos a enfrentar o Coronavírus e os seus efeitos com a máxima objetividade, sem perder de vista as suas consequências comprovadas e limitando a fiabilidade das hipóteses não comprovadas”, refere Sérgio Soares, diretor médico do IVI.

Neste sentido, e à luz da publicação de um dos primeiros estudos sobre a relação entre Coronavírus e gravidez, cujas conclusões foram publicadas no The Lancet, é de salientar que até ao momento, ainda não se provou cientificamente que as mulheres grávidas apresentem maior suscetibilidade à transmissão do coronavírus, recomendando-se por isso, seguir os mesmos passos para prevenir a infeção que os definidos para o resto da população.

Por outro lado, não há evidências da transmissão desse tipo de infeção viral através de tratamentos de procriação medicamente assistida (PMA).

“Os artigos publicados e estudos de caso não confirmaram a existência de transmissão vertical de COVID-19 de mães para fetos. O prognóstico da gravidez, ou das mulheres grávidas, também não foi pior em comparação às mulheres não grávidas infetadas”, afiança o especialista.

“É importante manter uma atitude de tranquilidade, porque, apesar de a evolução do Coronavírus gerar alguma incerteza e insegurança, a verdade é que, até ao momento, nem as mulheres em tratamento reprodutivo nem as grávidas no terceiro trimestre de gestação mostraram riscos para a evolução do seu processo e estado do seu futuro bebé”, acrescenta o Sérgio Soares. "No entanto, devemos ser cautelosos, uma vez que as informações de que dispomos atualmente são escassas, sem esquecer o facto de que para uma mulher grávida qualquer infeção viral passível de afetar as vias respiratórias inferiores pressupõe risco para a mesma e para a gravidez", conclui.

Como evitar o contágio pelo COVID-19?

  • Lavagem das mãos frequente
  • Tapar a boca e o nariz ao tossir e espirrar com o cotovelo dobrado ou com um lenço de papel
  • Evitar o contacto das mãos com os olhos, nariz e boca
  • Antes do surgimento de qualquer sintoma, evitar contacto próximo com outras pessoas.

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