Balanço
O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) vacinou, durante a primeira fase da vacinação contra o SARS-CoV, quase 1.300...

Segundo o INEM, os cinco dias reservado à vacinação dos seus profissionais fora de “intenso trabalho”, tendo vacinado 1.268 trabalhados nos Centros de Vacinação instalados nos seus quatro Centros de Formação.

Em termos geográficos, foram vacinados na Delegação Regional do Norte 469 trabalhadores, na Delegação Regional do Sul 451 trabalhadores, na Delegação Regional do Centro 252 e, na Delegação Regional do Sul – Algarve, 96.

Apesar de iniciado o processo de vacinação contra a Covid-19, o INEM reforça que “é fundamental que todos mantenham os cuidados básicos relativos à prevenção de contágio do SARS-CoV-2”.

O distanciamento físico, o uso de máscara, a lavagem e desinfeção frequente e correta das mãos bem como a adoção da etiqueta respiratória são gestos a manter.

 

Podologia
O esporão do calcanhar é uma das mais de 300 condições patológicas que podem afetar os nossos pés e

Consequência de um processo fisiológico causado pela calcificação dos tecidos, este problema tem origem numa inflamação resultante de uma elevada e repetida pressão na planta do pé. Normalmente, o esporão do calcanhar manifesta-se por uma dor intensa nesta zona, semelhante a uma picada, uma vez que a este se associa a inflamação da fáscia plantar (fasceíte plantar), uma banda de tecido fibroso que liga o calcanhar aos dedos, que tipicamente se faz sentir quando nos levantamos da cama pela manhã e damos os primeiros passos.

Ainda que, muitas vezes, as inflamações que levam à formação desta pequena projeção de osso provoquem dor aguda, principalmente ao caminhar, correr ou saltar, cerca de 27% da população portuguesa sofre deste problema de forma assintomática.

Entre os fatores de risco que propiciam o desenvolvimento do esporão do calcanhar e da fasceíte plantar incluem-se a idade (faixa etária acima dos 40 anos), a obesidade, a utilização de calçado inapropriado, a presença de pé plano ou pé cavo, bem como a prática de atividades desportivas que implicam tensão sobre o calcanhar, como a corrida.

O diagnóstico do esporão do calcanhar é realizado com recurso a uma radiografia ou a uma ressonância magnética, sendo também importante fazer uma avaliação morfológica do pé, realizada por um Podologista, para um tratamento adequado e atempado. Este pode passar pelo uso de palmilhas personalizadas, fisioterapia e anti-inflamatórios, com o objetivo de reduzir a dor. Quando estes métodos não se revelam eficazes, a cirurgia é o tratamento que permite eliminar definitivamente a saliência óssea.

Para evitar o surgimento desta patologia é recomendável a realização de um correto aquecimento, antes da prática de exercício físico, contudo, a carga de atividade física deve também ser controlada. Além disso, é importante escolher o calçado adequado ao tipo de pé e apoio plantar, bem como à atividade do utilizador, sendo que os sapatos de salto alto e bicudos à frente devem ser evitados. O controlo do peso é também fundamental, de modo a que não se verifique uma sobrecarga dos membros inferiores, o que agrava a dor e a inflamação.

Cuide dos seus pés, tenha atenção à escolha do calçado e, em caso de suspeitar deste problema, consulte um Podologista. Assegure a sua qualidade de vida.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Sociedade científica nomeia novo presidente para 2021-2022
A Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral (SPPCV) acaba de nomear o ortopedista Nuno Neves como Presidente da...

A Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral (SPPCV) acaba de nomear o ortopedista Nuno Neves como Presidente da Direção nos próximos dois anos (2021-2022).

Doutorado em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Nuno Neves é especialista em Ortopedia desde 2004. Dedica-se à patologia da coluna vertebral e foi galardoado com diversos Prémios em Congressos e Revistas Científicas. É Secretário Geral da Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia (2019-2020) e foi anteriormente Vice-Presidente (2013-2014 e 2017-2018) e Secretário Geral (2019-2020) da Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral.

“Nos próximos dois anos, pretendemos prosseguir a trajetória de crescimento sustentado da SPPCV, promovendo iniciativas de criação de valor e aproximação aos nossos sócios, e reforçar o nosso posicionamento na formação médica. Incentivaremos a produção, divulgação e intercâmbio científico, procurando afirmar a SPPCV no contexto internacional, nomeadamente europeu e ibero-latino-americano. Pretendemos ainda continuar a contribuir para o desenvolvimento de campanhas de consciencialização dirigidas aos doentes e ao público em geral”, realça Nuno Neves, presidente da SPPCV.

A nova direção da SPPCV é também constituída pelos médicos Bruno Santiago (vice-presidente), Pedro Varanda (vice-presidente), Ana Isabel Luís (tesoureira) e Nélson Carvalho (secretário-geral)

 

 

Reunião Infarmed
Baltazar Nunes, epidemiologista do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, defendeu, durante a reunião desta manhã no...

Segundo o especialista embora o novo confinamento contribua para o decréscimo do índice de transmissão, esta descida será mais acentuada caso se tome a decisão de encerrar as escolas. Esta medida, na sua opinião terá uma eficácia muito maior na redução das infeções diárias.

“É claro que, quanto maior for o confinamento, e mais fechadas estiverem as escolas e a comunidade, maior é a redução da transmissão”, disse durante a reunião, cujos principais temas foram transmitidos na SIC Notícias. 

“Os modelos matemáticos mostram-nos que um mês de medidas de redução de contactos e de escolas presenciais já traz o Rt para menos de 1. Mas se houver fecho das escolas na totalidade ou em alguns grupos, a redução é mais acentuada”, realçou.

Para mostrar a necessidade de um novo confinamento perante o aumento de novos casos diários, Baltazar Nunes apontou que se nada for feito “o número de hospitalizações e de novos casos vai aumentar de forma exponencial”.

 

Hábitos saudáveis
Comer devagar, beber água, prestar atenção à nossa pele são algumas das dicas para começar 2021 com o pé direito.

Um novo ano é sempre uma oportunidade para mudar e adquirir novos hábitos. Por isso, os especialistas da Mifarma reuniram uma série de conselhos que o vão ajudar a controlar os excessos após o Natal, para começar 2021 com o pé direito e deixar para trás o excesso de comida e sedentarismo, que podem afetar o nosso estado de saúde de tantas formas. Para ajudar o seu corpo e mente a recuperar o seu estado habitual e começar o ano da melhor maneira, a proposta é a seguinte:

Coma devagar. Segundo alguns estudos, o cérebro demora cerca de 20 minutos a processar a sensação de saciedade. Por isso, dedicar tempo a mastigar – para além de nos ajudar a saborear a comida – pode contribuir para que necessitemos de comer menos quantidade.

Os complementos naturais, como os comprimidos de alcachofra, podem ser muito benéficos quando se trata de produzir saciedade pelo seu alto teor em fibra, e fazer com que a digestões sejam mais ligeiras, após uma época em que abusámos do sistema digestivos.

Beba água. As bebidas açucaradas ou alcoólicas costumam estar sempre presentes nas épocas festivas e fazem-nos esquecer que aqueles 1,5 litros de água por dia continuam a ser necessários para o bom funcionamento do nosso corpo. Uma dica muito útil pode ser optar por bebidas mais saudáveis, como infusões ou chá.

Não fique obcecado. “Não podemos deixar de lado a saúde mental e focarmo-nos somente na física,” sublinha Reme Navarro, cofundadora da Mifarma e farmacêutica. “Há que desfrutar das festividades e não estarmos obcecados com o ‘fugir às regras’, façamos uma pausa. Não é preciso restringir a comida todos os dias, mas sim ser consciente de que procurar o equilíbrio após esta época é importante.”

Preste atenção à sua pele. Os excessos do Natal não só se manifestam através da acidez ou do peso; também se veem refletidos na nossa pele, deixando-a baça e desidratada. “É essencial manter uma boa rotina facial,” comenta Reme Navarro. “A má alimentação e a falta de descanso são dois fatores muito frequentes nestas datas e que indubitavelmente afetam de forma negativa a nossa pele.”

Um sérum de niacinamida pode ser um bom aliado nestas épocas, uma vez que ajuda a controlar o excesso de gordura e a acalmar a pele.

Mantenha o ritmo! A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda, pelo menos, 150 minutos de exercício aeróbico por semana. É importante que não nos esqueçamos de fazer desporto durante as festas: caminhadas longas em passo rápido, nadar, andar de bicicleta, etc. Para além disso, o início do ano pode ser um bom momento para começar a fazer desporto em família.

“Este Natal foi sem dúvida complicado, mas não menos especial. É muito importante que nestes momentos desafiantes cuidemos de nós, estejamos mais unidos do que nunca e positivos quanto ao que 2021 nos reserva,” afirma Reme Navarro. “Não podemos deixar de lado o cuidado próprio; é essencial manter a nossa saúde da melhor forma que sabemos, ainda que implique algum pequeno esforço.”

Bolsa de Investigação
Investigador do Porto (i3S), foi distinguido com uma bolsa da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), no valor...

O projeto com o qual Nuno Bastos se candidatou a este financiamento está a ser desenvolvido no grupo de investigação do i3S «Intercellular Communication and Cancer», no âmbito do Programa Doutoral em Patologia e Genética Molecular, do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) e da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP). “Estamos a estudar a formação e o desenvolvimento de exossomas, que são vesículas libertadas por todas as células. Estas vesículas medeiam a comunicação intercelular e, no contexto do cancro, têm sido caraterizadas como promotoras do crescimento tumoral e metastização”, explica o investigador.

Neste projeto “foi desenvolvido um modelo geneticamente modificado de murganho que permite inibir a libertação de exossomas por parte das células cancerígenas e avaliar o seu impacto nas diferentes populações presentes no microambiente tumoral, assim como na progressão do cancro do pâncreas”. Em última instância, adianta Nuno Bastos, “estamos a explorar a possibilidade de usar a biogénese destas vesículas como alvo terapêutico no cancro do pâncreas”.

Licenciado em Bioquímica pela Universidade do Porto e mestre em Medicina e Oncologia Molecular pela FMUP, Nuno Bastos não poderia estar mais satisfeito com mais esta distinção afirmando que estas iniciativas de investimento representam  “um importante apoio à investigação realizada em Portugal”.

 

Alerta
O Infarmed anunciou que estão proibidas para comercialização as máscaras Xi Ke, do fabricante Anhui Xinke Sanitation Equipment...

A Autoridade Nacional para o Medicamento e Produtos de Saúde adianta que em Portugal não foram identificados registos da comercialização de dispositivos médicos deste fabricante, mas justifica o alerta atendendo “a que existe livre circulação de produtos no Espaço Económico Europeu”.

Na nota divulgada na sua página oficial, o Infarmed pede que a deteção, em Portugal, destas máscaras seja reportada à Direção de Produtos de Saúde e desaconselha vivamente a sua utilização.

Desde finais de outubro é obrigatório, em Portugal, o uso de máscara em espaços interiores fechados, em estabelecimentos comerciais ou de prestação de serviços, em edifícios públicos, em escolas e creches, em transportes públicos e em locais ao ar livre desde que não seja possível assegurar o distanciamento físico adequado.

 

Coronavírus
Quando tudo parecia estar a enveredar por um novo rumo, com a vacinação a trazer uma luz de esperanç

O vírus sofre mutações desde que surgiu; isto é, alterações genéticas, que acumulando ocasionam variantes, como a atual. Este processo provém de um mecanismo natural inerente a todos os vírus, pois à medida que circulam e sobrevivem no meio, vão criando mecanismos de defesa e adaptabilidade que os podem tornar mais resistentes. No SARS-CoV-2 surgem, em média, duas mutações por mês. No caso desta variante, esta adaptação teve sucesso, aumentando a sua taxa de contágio para 40 a 70% por cento.

A maior transmissibilidade está relacionada com mutações que ocorreram na proteína spike (S) que o Coronavírus utiliza para infetar as células humanas. A spike localiza-se no exterior do vírus e, ao ligar-se aos recetores das células humanas, penetra e gera infeção. Esta mutação facilita a adesão e penetração nas células, tornando-a mais eficaz na sua propagação.

Apesar de ser mais transmissível, esta nova variante não apresenta quadros clínicos de maior gravidade nem taxas de mortalidade mais elevadas, não havendo, por isso, motivos para alarmismos. Mas deve ser efetuado um maior reforço das medidas de proteção já amplamente divulgadas: distanciamento social, uso de máscara e higiene das mãos. Se a disseminação do vírus é maior, os cuidados devem ser redobrados. Nada aponta para que a vacinação perca eficácia para esta variante do SARS-CoV-2.

O método de deteção desta nova estirpe é igual ao que se tem vindo a realizar até ao momento: através de testes de diagnóstico RT-PCR à Covid-19. No momento do diagnóstico, é possível aferir a existência desta nova estirpe através da falha de deteção do gene S, que codifica para a proteína spike. Quando ocorre esta falha, conseguimos perceber que o diagnóstico é positivo, identificando-se esta estirpe. Em Portugal, a variante VUI-202012/01 foi isolada, pelos laboratórios SYNLAB, em passageiros no controlo aeroportuário em Lisboa, Porto, Algarve e Madeira. Para além de algumas dezenas de casos de transmissão na comunidade, pelo que chamamos a atenção para a possibilidade de maior disseminação.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Vacinação
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) recebeu um pedido de autorização de marketing condicional (CMA) para uma vacina Covid...

Um prazo tão curto para avaliação só é possível porque a EMA já analisou alguns dados sobre a vacina durante uma revisão em andamento. Durante essa fase, a EMA avaliou dados de estudos laboratoriais (dados não clínicos), dados sobre a qualidade da vacina (sobre seus ingredientes e a forma como ela é fabricada) e algumas evidências sobre segurança e eficácia a partir de uma análise agrupada de dados clínicos provisórios de quatro ensaios clínicos em andamento no Reino Unido, Brasil e África do Sul. Informações científicas adicionais sobre questões relacionadas à qualidade, segurança e eficácia da vacina também foram fornecidas pela empresa a pedido do CHMP e estão sendo avaliadas.

Durante a revisão, e em toda a pandemia, a EMA e seus comités científicos são apoiados pela task-force da pandemia COVID-19 EMA, um grupo que reúne especialistas de toda a rede reguladora de medicamentos europeus para facilitar ações regulatórias rápidas e coordenadas sobre medicamentos e vacinas para a Covid-19.

O que é uma autorização de marketing condicional?

A legislação da UE prevê que a autorização de comercialização condicional (CMA) seja usada como procedimento de autorização rápida para acelerar a aprovação de tratamentos e vacinas durante emergências em saúde pública. Os CMAs permitem a autorização de medicamentos que satisfaçam uma necessidade médica não atendida com base em dados menos completos do que normalmente exigido. Isso acontece se o benefício da disponibilidade imediata de um medicamento ou vacina aos pacientes supera o risco inerente ao fato de que nem todos os dados ainda estão disponíveis. No entanto, os dados devem mostrar que os benefícios do medicamento ou da vacina superam quaisquer riscos. A CMA garante que o medicamento ou vacina aprovado satisfaça rigorosos padrões da UE para segurança, eficácia e qualidade e seja fabricado e controlado em instalações aprovadas e certificadas, em consonância com altos padrões farmacêuticos compatíveis com a comercialização em larga escala. Uma vez concedida a concessão de um CMA, as empresas devem fornecer mais dados de estudos em andamento ou novos dentro de prazos pré-definidos para confirmar que os benefícios continuam a superar os riscos.

O que pode acontecer depois?

Se a EMA concluir que os benefícios da vacina superam seus riscos na proteção contra o Covid-19, recomendará a concessão de uma autorização de marketing condicional. De seguida, a Comissão Europeia acelerará o seu processo de tomada de decisão, a que diz ser a concessão de uma autorização de comercialização condicional válida em todos os Estados-Membros da UE e da EEE dentro de dias.

Quanto a todos os medicamentos, as autoridades da UE recolhem e analisam continuamente novas informações sobre medicamentos, uma vez que estão no mercado, e tomam medidas quando necessário. De acordo com o plano de monitoramento de segurança da UE para as vacinas Covid-19, a monitorização ocorrerá com mais frequência e incluirá atividades que se aplicam especificamente às vacinas COVID-19. As empresas, por exemplo, fornecerão relatórios mensais de segurança, além das atualizações regulares exigidas pela legislação, e realizarão estudos para monitorar a segurança e a eficácia das vacinas COVID-19 após sua autorização.

Essas medidas permitirão que os reguladores avaliem rapidamente os dados emergentes de uma série de fontes diferentes e tomem medidas regulatórias apropriadas para proteger a saúde pública, se necessário.

Os principais fatos sobre as vacinas Covid-19 e mais informações sobre como essas vacinas são desenvolvidas, autorizadas e monitorizadas na UE podem ser encontrados no site da EMA.

Como funciona a vacina? 

Espera-se que a vacina AstraZeneca trabalhe preparando o corpo para se defender contra a infeção com o coronavírus SARS-CoV-2. Este vírus usa proteínas em sua superfície externa, chamadas proteínas de pico, para entrar nas células do corpo e causar doenças.

Vacina Covid-19 da AstraZeneca é composta por outro vírus (da família adenovírus) que foi modificado para conter o gene para a fabricação da proteína de pico SARS-CoV-2. O adenovírus em si não pode se reproduzir e não causa doenças. Uma vez dada, a vacina fornece o gene SARS-CoV-2 às células do corpo. As células usarão o gene para produzir a proteína do pico. O sistema imunitário da pessoa tratará essa proteína de pico como uma ameaça e produzirá defesas naturais - anticorpos e células T - contra essa proteína. Se, mais tarde, a pessoa vacinada entrar em contato com o SARS-CoV-2, o sistema imunitário reconhecerá o vírus e estará preparado para atacá-lo: anticorpos e células T podem trabalhar juntos para matar o vírus, impedir sua entrada nas células do corpo e destruir células infetadas, ajudando assim a proteger contra a Covid-19.

Conhecimento Florestal
O Florestas.pt – plataforma digital que é já uma referência na partilha de conhecimento técnico-científico sobre a floresta e o...

Com estas sessões, todos aqueles que se interessam em saber mais sobre os ecossistemas florestais portugueses passam a ter acesso a um conjunto de conhecimento e informação contextualizada sobre a floresta nas suas múltiplas dimensões – natural, ambiental, social e económica – pela mão de reconhecidos especialistas.

“Dinâmica rural e florestal”, “A Floresta que temos e a Floresta que queremos” e “Floresta e Alterações Climáticas” são alguns exemplos de temas que estão em foco nesta Academia de formação e a abordá-los estão nomes conhecidos nesta área do conhecimento como, por exemplo, o arquiteto paisagista Henrique Pereira dos Santos, Teresa Soares David, engenheira silvicultora e investigadora do INIAV – Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária e Cristina Máguas, coordenadora do Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (cE3c).

Sob o mote “conhecer, valorizar e cuidar da floresta portuguesa”, e enquanto centro de conhecimento sobre os ecossistemas florestais portugueses e temas relacionados, o Florestas.pt é uma fonte informativa de referência na disponibilização de informação oficial e conhecimento técnico-científico sobre o sector, com dados nacionais que, sempre que possível, são enquadrados no contexto europeu e mundial.

O seu objetivo é levar os visitantes a conhecer, descobrir e valorizar a importância das florestas portuguesas e as várias dimensões que cruzam - naturais, ambientais, técnicas, sociais e económicas - assim como partilhar pistas sobre o que pode ser feito para fortalecer e cuidar destes ecossistemas.

Esta plataforma conta uma equipa de especialistas na produção dos conteúdos que produz e ainda com conteúdos desenvolvidos em cocriação e assinados por especialistas parceiros, o que ajuda a estabelecer uma via mais direta para divulgar estudos, eventos e projetos técnicos e de investigação científica sobre temas florestais relevantes para conhecer, valorizar e cuidar da floresta portuguesa.

 

O Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central (CHULC) vai avançar para o último nível do plano de contingência da Covid-19,...

O diretor do CHULC, que integra os hospitais S. José, Curry Cabral, D. Estefânia, Capuchos, Santa Marta e Maternidade Alfredo da Costa, explicou que “o plano de contingência está montado há muito tempo, não há lugar para improvisações”.

“Existem níveis e fases que estão completamente definidos e, neste momento, estamos a avançar para o nosso último nível no qual ainda temos várias fases. Isto é, não estamos de maneira nenhuma no fim dos nossos recursos”, afirmou Pedro Soares Branco, à imprensa, citado pela página oficial do Serviço Nacional de Saúde.

Questionado sobre o que leva o CHULC a acionar o nível de contingência, Pedro Soares Branco explicou que isso acontece sempre que há “uma pressão exagerada” em relação às vagas que dispõem e que é necessário passar ao nível seguinte para ter uma folga, que “tem sido sucessivamente ocupada”.

Neste momento, há 225 vagas, das quais 175 em enfermaria de adultos e 42 em Unidade de Cuidados Intensivos, havendo hipótese de expansão dos cuidados intensivos e também de passar algumas situações, pontualmente, para o recobro dos blocos.

Esta medida vai criar “algum alívio na pressão sobre os intensivos” e há anda capacidade adicional de abrir mais camas de enfermaria na enfermaria de cirurgia que está neste momento a ser utilizada.

A nível de pediatria, estão neste momento internadas seis crianças, não havendo nenhuma pressão a nível da enfermaria e dos cuidados intensivos no D. Estefânia.

Segundo Pedro Soares Branco, o CHULC só tem enviado para outros hospitais doentes Covid-19 “muito pontualmente (…) talvez abaixo dos dedos de uma mão”. A capacidade “ainda é grande” e no limite pode ir até às 300 camas.

“Asfixia” dos oceanos
A redução de oxigénio nos oceanos é o fator com mais impacto negativo nos organismos marinhos. Esta é a principal conclusão de...

Os autores do artigo “Impacts of hypoxic events surpass those of future ocean warming and acidification” analisaram os resultados de cerca de 700 experiências publicadas entre 1990 e 2016 que investigaram o efeito do aquecimento, acidificação e/ou níveis reduzidos de oxigénio no oceano (processo denominado de hipoxia).

“O que nós concluímos é que a hipoxia causou consistentemente mais impactos negativos do que o aumento da temperatura ou redução do pH em vários aspetos da performance dos organismos, por exemplo, abundância, desenvolvimento, metabolismo, crescimento e reprodução.

Isto verificou-se quer em vários grupos de animais (peixes, crustáceos ou moluscos), em vários estágios de vida (desde os ovos/larvas até aos organismos adultos) e regiões climáticas (temperada e subtropical/tropical)”, explica Rui Rosa, professor do Departamento de Biologia Animal da Ciências ULisboa, investigador do LMG do MARE e orientador do primeiro autor deste artigo, Eduardo Sampaio, estudante de doutoramento em Biologia da Ciências ULisboa e investigador no LMG do MARE Ciências ULisboa.

Os cientistas alertam também para a importância de se incluir a perda de oxigénio como uma variável fulcral no estudo dos impactos das alterações climáticas no oceano global, e para o desenvolvimento de ações de adaptação e mitigação mais direcionadas para este “trio mortal”.

Os oceanos são particularmente afetados pelas alterações climáticas já que absorvem o excesso de calor aprisionado na atmosfera e também uma grande parte do dióxido de carbono emitido, o que leva a uma redução do seu pH (processo denominado de acidificação). Um outro fator de risco e que tem sido constantemente negligenciado relaciona-se com a redução na concentração de oxigénio nos oceanos potenciada por processos geofísicos e biológicos.

Covid-19
Portugal registou mais 5.604 novos casos de covid-19 e 122 mortes associadas à doença nas últimas 24 horas. Região de Lisboa e...

Segundo o boletim divulgado, hoje, pela Direção Geral da Saúde, foram diagnosticadas 2.158 novas infeções na região de Lisboa e Vale do Tejo. Segue-se a região norte com 1.498 novos casos de infeção pelo novo coronavírus e a região Centro, 997. No Alentejo há mais 519 casos e no Algarve mais 233. No arquipélago da Madeira foram identificadas mais 61 infeções e no dos Açores disparou para 132 novos casos.

Quanto ao número de óbitos, a região de Lisboa e Vale do Tejo foi aquela onde morreram mais pessoas com Covid-19: 47 das 122 mortes registadas em todo o País. Segue-se a região norte com 34 mortes e a região centro com 28. No Alentejo há 9 mortes a lamentar e no Algarve quatro.

Nos arquipélagos, não há mortes a registar.

O boletim da DGS desta segunda-feira revela ainda que existem 3.983 doentes internados, mais 213 desde ontem. Nos cuidados intensivos há agora 567 pessoas internadas, mais 9, desde a última análise.

Nas últimas 24 horas, 2.948 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 372.056 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, mostra que há atualmente 109.312 casos, mais 2.534 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm 120.292 contactos sob vigilância, mais 3.082 desde o último balanço.

Vacina contra a Covid-19
Esta madrugada chegou a Portugal um novo lote mais 79.950 doses da vacina Pfizer-BioNTech. A informação foi confirmada pela...

Esta manhã, após reunião com a Task Force do Plano de Vacinação contra a Covid-19, Marta Temido acrescentou que está prevista ainda a entrega de “8.400 doses da vacina da Moderna ainda esta semana”, ainda que não exista uma data confirmada, destinadas a “profissionais de saúde prioritários de hospitais privados que têm colaboração com o Serviço Nacional de Saúde no tratamento e nas respostas a doentes Covid”.

A ministra referiu ainda, aos jornalistas, que está prevista para o dia 25 de janeiro, uma segunda entrega da nova vacina, que se junta à da Pfizer-BioNTech na campanha de vacinação.

Marta Temido aproveitou a oportunidade para fazer um balanço do processo de vacinação, no qual revelou que até ao final do dia de sexta-feira tinham sido “vacinadas 74.099 pessoas, entre profissionais do Serviço Nacional de Saúde, profissionais do hospital das forças armadas, profissionais do Instituto Nacional de Emergência Médica e profissionais e residentes em estruturas residenciais para idosos e unidades de cuidados continuados”.

Segundo a Ministra, citada pela página oficial do Serviço Nacional de Saúde, o país recebeu “159.900 vacinas Pfizer entre os dias 26 de dezembro e 04 de janeiro”, das quais cerca de 140.400 ficaram no continente – sendo que 67.160 foram distribuídas e 73.240 foram reservadas – e 19.500 seguiram para as regiões autónomas da Madeira e dos Açores.

Marta Temido lembrou que continua a ser feito o “trabalho de identificação de pessoas que, em função da sua idade e comorbidades irão ser vacinadas ainda nesta primeira fase (…) e também a preparação daquilo que poderão vir a ser centros de vacinação”, sublinhando que a primeira fase do plano de vacinação deverá estar concluída em fevereiro.

 

TAC
Investimento contou com obras de remodelação no Serviço de Imagem Médica e com a aquisição de um equipamento de TAC de alta...

Em comunicado de imprensa, O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) faz saber que equipamento de Tomografia Axial Computorizada (TAC) existente no polo Hospital Geral (HG), que “datava de 2005”, foi substituído “por um que permite aquisição simultânea de 128 cortes. Trata-se de um modelo moderno que permite obtenção de imagens sub-milimétricas, de alta resolução e que dispõe dos novos algorítmos de reconstrução para uma utilização com baixa dose de radiação”.

De acordo com o CHUC, “este upgrade insere-se na estratégia de atualização tecnológica do Hospital Geral e para tal, o Serviço de Imagem Médica sofreu obras de remodelação cujo investimento do equipamento de TAC e obras do serviço orçou em mais de 270.000€”. Apesar da remodelação, o centro hospitalar sublinha que “durante todo este período” manteve a atividade em todas as técnicas existentes, inclusive, na TAC.

“Estas obras vieram não só simplificar o acesso às salas de exames com melhor identificação, como garantir a separação de circuitos de doentes infetados e não infetados”, pode ler-se em comunicado.

O fácil acesso a doentes internados é particularmente crítico em contexto pandémico sobretudo numa altura em que este polo Hospitalar passou a ser referência para o tratamento de doentes infetados com Covid-19.

Esta aquisição deu seguimento à atualização tecnológica do sistema de Ressonância Magnética existente no Hospital Geral, efetuada no ano passado, “o que conjugado com a modernização do respetivo sistema de refrigeração, optimizou a sua utilização, num investimento superior a 180.000€”.

De acordo com o centro hospitalar, “estes investimentos perspetivam uma atividade do Serviço de Imagem Médica do CHUC no polo HG, com tecnologia atualizada para a próxima década”.

Risco de contágio é igual a outros profissionais
A Associação de Profissionais Licenciados de Optometria (APLO), que representa mais de 1.276 optometristas em Portugal,...

“Os Optometristas são profissionais de saúde e igualam os restantes profissionais de saúde no risco de exposição ao contágio por SARS-CoV-2. Os cuidados que prestam são de elevadíssima proximidade do rosto dos utentes e das suas vias respiratórias. Acresce que o contágio através de aerossol não se limita à inalação ou contacto com as vias aéreas do recetor, mas há também referências científicas para o contágio através da superfície ocular”, afirma Raúl de Sousa, Presidente da APLO.

E continua: “No que respeita aos cuidados para a saúde da visão, a pandemia evidenciou todos os defeitos, más práticas e gestão inadequada da prestação destes cuidados no SNS. É a tempestade perfeita! Barreiras de acesso aos cuidados para a saúde da visão intransponíveis para a maioria dos portugueses, típicas das décadas anteriores, exponenciadas pelo encerramento da atividade assistencial, num ano absolutamente invulgar. A solução encontrada até à data, é fazer o mesmo que sempre falhou e esperar que os resultados sejam diferentes.”

Para Raúl de Sousa “é imperioso o entendimento sobre a necessidade de Portugal seguir as recomendações da Organização Mundial da Saúde. Nestas incluem-se as que versam as intervenções para o erro refrativo, descritas na versão preliminar do Compêndio da Organização Mundial da Saúde, com referência central ao papel do Optometrista”.

Os Optometristas realizam dois milhões de consultas todos os anos, e estão na linha da frente para a principal causa de deficiência visual e cegueira evitável. Esta é uma classe que aguarda o reconhecimento do Estado Português, a partir de uma iniciativa legislativa que materialize o que já se pratica há 30 anos em Portugal e há 250 anos no mundo: a definição do acesso e regulação da profissão de Optometrista, que protege tanto os profissionais como os utentes.

Até à data, a APLO aguarda pela informação sobre o momento para a vacinação dos optometristas ao SARS-CoV-2 e lamenta a falta de informação proveniente da Direção-Geral da Saúde.

 

 

Tumores
Os linfomas cutâneos são um tipo de Linfoma não-Hodgkin, um tipo de tumor que se desenvolve nos linf

O que é o Linfoma?

De acordo com a especialista em Hematologia, Daniela Alves, o linfoma “é uma doença maligna que afeta os linfócitos” (um subtipo de glóbulos brancos), que têm como função a “montagem e regulação da resposta imunitária”, combatendo desde infeções virais a células cancerígenas (linfócitos T) e a quem cabe a produção de anticorpos. (linfócitos B). Embora existam outros tipos linfócitos, como as células NK (Natural Killer), neste artigo, centramo-nos nestes dois tipos, habitualmente associados ao linfoma, nomeadamente ao linfoma cutâneo.

Apesar de habitualmente se encontrarem nos gânglios linfáticos, no sangue e no baço, os linfócitos “podem ainda ser encontrados noutros órgãos tais como o estômago, intestino, pulmão, amígdalas, entre outros”. Isto quer dizer que os linfomas podem afetar qualquer local onde se encontram linfócitos.

A classificação do tumor dependerá do tipo de linfócito e da localização envolvida.

Segundo a especialista, existem dois grandes grupos de Linfomas: Linfomas de Hodgkin e Linfomas Não Hodgkin.

O Linfoma de Hodgkin é uma neoplasia caracterizada pela existência de células Reed-Sternberg (células malignas gigantes). É pouco frequente e atinge sobretudo adultos com idade mais avançada.

O Linfoma Não Hodgkin (LNH) é constituído por um grupo muito grande e heterogéneo de doenças e consiste na proliferação de linfócitos B (cerca de 85% dos LNH) ou linfócitos T.

Segundo a hematologista, podem ser classificados em linfomas indolentes (considerados de evolução mais lenta e crónicos) e linfomas agressivos (de evolução mais aguda, mas que são curáveis).

Os Linfomas Cutâneos

Os Linfomas Cutâneos são um subtipo de Linfoma Não Hodgkin (LNH) que afetam a pele, podendo ter origem nas células B ou nas células T.

O Linfoma Cutâneo de Células B (LCCB) é, frequentemente, subdiagnosticado, uma vez que, pelas suas características, é facilmente confundido com um processo inflamatório não neoplásico. Trata-se de um tipo de linfoma indolente, que apresenta baixa agressividade e pouca capacidade de disseminação.

O LCCB pode ser classificado como primário ou secundário, sendo o primário aquele que tem sua origem na pele, enquanto o secundário se origina em outro sítio e depois acomete a pele.

Clinicamente, o LCCB caracteriza-se por um pequeno número de lesões, que podem ser nódulos ou infiltrações, com crescimento relativamente rápido.

O seu tratamento dependerá do tipo de linfoma e da extensão da doença. A radioterapia está, por exemplo, indicada nos casos de doença localizada. Outra hipótese é a cirurgia. Em estadios mais avançados é usada a quimioterapia associada a um anticorpo monoclonal.

O linfoma centrofolicular e o linfoma da zona marginal são os tipos de Linfoma Cutâneo de Células B mais frequentes.

Por seu lado, o Linfoma Cutâneo de Células T (LCCT), mais raro, costuma ser persistente e de crescimento muito lento.

Os tipos mais comuns de LCCT são a Micose fungoide e a Síndrome de Sezary. Ambos se manifestam de forma muito subtil e caracterizam-se pelo aparecimento de placas avermelhadas, descamativas, que causam comichão intensa, podendo ser confundidas com alergias ou irritações da pele (processos eczematosos).

Podem desenvolver-se tumores e eritrodermia. Em casos mais avançados pode ocorrer aumento dos gânglios, acometimento do sangue e de órgãos internos.

O tratamento do LCCT pode consistir em terapia direcionada à pele, que inclui medicamentos tópicos (corticoides e retinoides) ou fototerapia. A quimioterapia é utilizada quando mais nenhuma outra terapêutica resulta ou quando a doença se disseminou para outro local além da pele.

Referências:
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-sangue/linfomas/linfomas-cut%C3%A2neos-de-c%C3%A9lulas-t
https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/doencas-e-problemas/linfoma-cutaneo/57/
http://www.oncoguia.org.br/conteudo/tratamento-para-tipos-especificos-de-linfoma-de-pele/4910/649/
https://bestpractice.bmj.com/topics/pt-br/1025
https://www.apcl.pt/pt/doencas-do-sangue/linfoma/linfomas-cutaneos

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Estudo
O investigador e neurocientista luso-descendente Fabiano de Abreu estudou o impacto das tecnologias, do quotidiano e de maus...

Fabiano de Abreu explica que “temos um cérebro que age, a priori, pela sobrevivência e recompensa. Armazenamos memórias com base na emoção para que possamos sobreviver e evoluir melhor. Por essa razão, os traumas nunca são esquecidos. No mínimo, ficam no nosso inconsciente, na região mais primitiva do cérebro”. “Deste modo, o cérebro utiliza muita energia para armazenar tudo o que precisa, e tende a ‘economizar’ em alguns momentos, para que possa usá-la em procedimentos instintivos”, afirma.

O cérebro humano também procura alcançar objetivos para aumentar a produção de neurotransmissores que causam sensações de prazer. “O mais comum é o da felicidade e recompensa, como a dopamina. Sem recompensa não há motivação, sem motivação não teríamos meios para seguir adiante e sobreviver”, destaca.

Com o advento da tecnologia, sobretudo do uso constante da internet, a capacidade de memorização tem sofrido impactos, que, a longo prazo, podem trazer consequências. Por isso, Fabiano de Abreu alerta que “a sobrecarga de informações dificulta a retenção de novas memórias. Há excesso de distrações, que geram ansiedade e estresse, o vício em dopamina e, consequentemente, a disfunção nos mensageiros químicos do cérebro”. “Além disso, a falta de leitura, o sedentarismo, os alimentos industrializados, as drogas, maus-hábitos, o uso excessivo da televisão ou o vício na dopamina são uma forma de o cérebro pedir conquistas mais imediatas, o que causa, além de disfunções, desperdício do tempo que poderia ser utilizado para aprofundarmos mais nos conteúdos”, afirma.

Para amenizar os efeitos nocivos que os maus-hábitos da vida moderna podem causar ao cérebro, Fabiano de Abreu salienta que é importante adotar velhas medidas, sobretudo na infância, quando o cérebro ainda está em desenvolvimento. Estas são algumas das medidas apontadas:

  • Dieta com alimentos que supram as nossas necessidades básicas e que compensem as faltas que sentimos. Por exemplo, se há falta de atenção e pouca memorização, deve ser reforçado o consumo de alimentos que promovam uma melhor atenção e memória, como os que contêm ómega 3, luteína, complexo B, vitamina C e gorduras boas, como azeite e frutos secos, chá, entre outros;
  • Dormir 8 horas por dia, e não de madrugada, mas sim à noite;
  • Exercícios físicos matinais;
  • Plasticidade cerebral com mudança de hábitos rotineiros;
  • Uso da inteligência emocional para definir, de forma consciente, comportamentos que possam trazer uma melhor saúde mental, assim como o controlo para uma melhor atenção e memória mediante a ação. Técnicas e ginásticas cerebrais são interessantes para este processo. Ao reforçar as sinapses, melhoramos a capacidade de fixação nos engramas neuronais.

No caso das crianças, os pais e responsáveis podem incentivar e promover uma cultura de conhecimento e aprendizagem. Fabiano de Abreu refere que tal pode ser feito ao “determinar o que os filhos vão ver na internet e o tempo de consumo”. Além disso, as crianças precisam de ter atividades lúdicas que promovam a psicomotricidade para o desenvolvimento cognitivo. Por isso, é importante “encontrar maneiras e ferramentas para o conhecimento com recompensas que incentivem este estilo de educação. A cultura também se faz a partir da observação e da cópia. Se os pais leem, se os pais têm hábitos que sirvam de exemplo, os filhos tendem a copiá-los”.

Covid-19
Na primeira semana de 2021, o SNS24 atendeu 27 mil chamadas por dia. Valores que se aproximam dos registados em novembro,...

Em entrevista ao Diário de Notícias, Ricardo Mexia, médico de saúde pública e epidemiologista, Ricardo Mexia, alerta que está a ser “exasperante andar a dizer o mesmo há dez meses”, sublinhando, que são necessários mais recursos para a área da saúde pública. “Se já não havia capacidade para concluir os inquéritos epidemiológicos — que são a única forma de se travar as cadeias de transmissão e impedir que mais pessoas fiquem infetadas — com os números que tínhamos antes do Natal, “agora muito menos”, afirma lamentando que nada tenha sido feito até aqui.

O presidente da Associação Portuguesa de Médicos de Saúde Pública (APMSP) garantiu ao DN que “há milhares de inquéritos por concluir a nível nacional”. “Não há unidade que consiga fazer hoje tudo o que deveria fazer. É impossível, não há meios para isso”, refere.

Caso a tendência se mantenha, é esperado que a pressão sobre a linha do SNS24 aumente.

 

Covid-19
A “descoberta” é de investigadores britânicos que conseguiram demonstrar a eficácia de dois medicamentos anti-inflamatórios -...

ensaio REMAP-CAP realizado em seis países diferentes, incluindo o Reino Unido, incluiu 800 doentes em terapia intensiva. Segundo os investigadores, 36% dos doentes Covid que receberam a terapia padrão acabaram por não resistir à doença. No entanto, a percentagem de óbitos teve uma descida considerável (27%) com a administração destes dois fármacos 24h após a entrada na terapia intensiva.

Segundo Stephen Powis, diretor médico nacional do NHS, o serviço nacional de saúde britânico, "o facto de existir outro medicamento que pode ajudar a reduzir a mortalidade de pacientes com Covid-19 é uma notícia extremamente bem-vinda e outro desenvolvimento positivo na luta contínua contra o vírus."

Para o secretário de Saúde e Assistência Social, Matt Hancock, esta descoberta vem provar que o Reino Unido “está na vanguarda na identificação e fornecimento dos tratamentos mais promissores e inovadores para os doentes”.

"Os resultados de hoje são mais um marco na descoberta de uma cura para a pandemia e, quando somados ao arsenal de vacinas e tratamentos já em execução, terão um papel significativo na derrota do vírus,” acrescentou.

O tocilizumabe e sarilumabe reduzem a inflamação, que pode se agravar em doentes Covid e causar danos aos pulmões e outros órgãos.

Os médicos estão a aconselhados a administrá-los a qualquer doente Covid que, apesar de receber dexametasona, precise de cuidados intensivos.

Estes dois medicamentos já foram adicionados à lista de restrições de exportação do governo, que proíbe as empresas de comprar medicamentos destinados a pacientes do Reino Unido e vendê-los por um preço mais alto em outro país.

Os resultados da pesquisa, no entanto, ainda não foram revistos ​​por pares ou publicados em publicações médicas.

 

 

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