Estudo
Resultados de um estudo, recentemente publicado na revista médica Surgical Neurology International, indicam que células...

O objetivo deste estudo foi avaliar a influência da administração de células estaminais mesenquimais nos sintomas motores e não motores da doença de Parkinson, a segunda doença neurodegenerativa mais comum, que se estima afetar 180 por cada 100.000 habitantes, em Portugal.

Durante o estudo, um grupo de 12 doentes, com doença de Parkinson em média há 7 anos e com idades compreendidas entre os 29 e os 65 anos, foi tratado com células estaminais mesenquimais retiradas da sua própria medula óssea, além da medicação convencional. Os resultados obtidos foram comparados com os de um outro grupo de 11 doentes com doença de Parkinson, com uma distribuição de idades, sexo e estádio da doença semelhantes ao do grupo de tratamento, mas com recurso apenas à medicação convencional.

Os doentes do grupo de tratamento receberam 3 tratamentos com células estaminais, com 7 dias de intervalo, e foram avaliados, relativamente à evolução dos sintomas motores e não motores da doença de Parkinson, um e três meses após o tratamento.

Foi possível observar, nestes doentes, uma redução de 44% na pontuação da escala de depressão de Hamilton, o que indica melhorias significativas no humor e diminuição do estado depressivo. Outros efeitos positivos do tratamento experimental incluíram a redução da sonolência sentida durante o dia e aumento significativo da qualidade de vida, avaliada através de um questionário específico para doentes com doença de Parkinson. Estas melhorias na saúde mental, sonolência e qualidade de vida foram observadas um mês após o tratamento experimental e mantiveram-se 3 meses depois.

Os testes usados para avaliar a evolução dos sintomas motores permitiram, por sua vez, observar algumas melhorias nos doentes que receberam células estaminais, que não se observaram no grupo tratado apenas com medicação convencional. Estas melhorias sugerem um efeito positivo das células estaminais mesenquimais nos sintomas motores da doença de Parkinson.

“A medicação atualmente utilizada para tratar esta doença destina-se essencialmente ao alívio dos sintomas, não permitindo travar a progressão da doença. Assim, com o intuito de impedir a morte de neurónios e, consequentemente, a progressão da doença, têm vindo a ser investigadas outras soluções terapêuticas, nomeadamente o uso de células estaminais mesenquimais, pela sua capacidade de migrar para tecidos danificados e promover a sua regeneração, entre outras. Estas células podem ser obtidas, por exemplo, a partir de medula óssea, tecido adiposo e tecido do cordão umbilical”, explica Bruna Moreira, investigadora do Departamento de I&D da Crioestaminal, que adianta ainda que este estudo é um exemplo dos esforços que têm vindo a ser empreendidos no sentido de encontrar novas soluções terapêuticas para a doença de Parkinson.

Os autores sublinham, contudo, que estes resultados, embora encorajadores, são preliminares, sendo imperiosa a realização de estudos com maior número de doentes, controlados com grupo placebo e com tempo de seguimento mais longo, para que seja possível retirar conclusões acerca da eficácia deste tratamento.

Relatório INSA
Em 2020, nasceram, em Portugal, cerca de 85.500 bebés - o valor mais baixo desde 2015, ano em que foram realizados 85.056 ...

No ano passado foram estudados 85.456 recém-nascidos, menos 1.908 bebés do que em 2019 (87.364), no âmbito Programa Nacional de Rastreio Neonatal (PNRN), que cobre a quase totalidade dos nascimentos em Portugal.

Comparando com 2015, ano em que foram rastreados 85.056 bebés, o número mais baixo dos últimos cinco anos verificou-se em 2020 uma quebra de 0,48%, o que representa menos 400 nascimentos, apontam dados do INSA. 

Janeiro foi o mês que registou o maior número de “testes do pezinho” realizados (8.043), seguido de setembro (7.712), julho (7.625), outubro (7.329), março (7.182), dezembro (7.082), abril (7.067), junho (7.048), maio (6.910), agosto (6.904), novembro (6655) e fevereiro (5.899).

Lisboa foi a cidade que rastreou mais recém-nascidos, totalizando 25.014, menos 1.267 comparativamente a 2019, seguida do Porto, com 15.734, mais 33 face ao ano anterior.

Braga registou 6.538 nascimentos em 2020, menos 96 relativamente a 2019, e Setúbal 6.459, menos 264, adiantam os dados do “teste do pezinho”, realizado a partir do terceiro dia de vida, através da recolha de gotículas de sangue no pé da criança.

Este teste permite diagnosticar algumas doenças graves difíceis de diagnosticar nas primeiras semanas de vida e que mais tarde podem provocar alterações neurológicas graves, alterações hepáticas, entre outras situações.

Apesar de Bragança ser o distrito com o menor número de nascimentos (596), aumentou o número comparativamente a 2019, com mais 33 “testes do pezinho” realizados, acontecendo o mesmo em Portalegre, que rastreou 631 bebés, mais 10 face ao ano anterior.

As regiões autónomas dos Açores e da Madeira também registaram uma quebra no número de testes realizados, totalizando 2.051, menos 53 do que em 2019, e 1.818, menos 77, respetivamente.

De acordo com o Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA), nos últimos cinco anos, o ano de 2019 foi aquele que registou o valor mais alto com 87.364 recém-nascidos estudados.

Saúde mental
Perturbação Obsessiva Compulsiva (POC), depressão e ideação suicida são as principais condições exploradas no livro "Na...

A POC é uma perturbação potencialmente grave que, como o próprio nome indica, se carateriza essencialmente pela presença de dois fenómenos: as obsessões e as compulsões. Uma patologia muitas vezes subdiagnosticada, visto que é encarada como uma mania, imaginação ou uma fraqueza. “No meu livro descrevo o que foi viver, desde muito jovem, na sombra da POC. Partilho os episódios depressivos a que me aduziu, devido à exaustão a que conduz, e, em detalhe, relato o último episódio depressivo que se começou a manifestar em 2011 e que me conduziu a um estado grave, incapacitante e resistente ao tratamento, em 2012” afirma Eva Monte, pseudónimo da autora.

Esta obra aborda a fundo as principais características da POC ajudando a mais facilmente reconhecer os principais sintomas desta doença: as obsessões e as compulsões. O doente, na POC, devido a uma anomalia no funcionamento cerebral vê-se impossibilitado de rebater a dúvida, o que o leva a repetir atos compulsivos numa tentativa de dissipar a ansiedade gerada por pensamentos obsessivos que não consegue abandonar e refutar devidamente. “A POC não é um traço de personalidade, é uma doença incapacitante e geradora de um elevado sofrimento. Vivida muitas vezes em segredo, o doente fecha-se no seu mundo de obsessões e compulsões pela vergonha que advém da noção que tem do seu desajuste. Urge, na sociedade e nos serviços de saúde, que se leve à luz do dia o que é esta perturbação e que se unam esforços para que se encontrem formas de chegar aos doentes nas fases mais precoces da doença diminuindo o seu sofrimento e evitando que recorram à assistência médica apenas em casos graves, fases tardias da doença, altamente incapacitantes em que o prognóstico é francamente pior.” reforça ainda Eva Monte.

“É importante sensibilizar para o conhecimento e aceitação da doença mental para esclarecer, promover a aceitação e incentivo ao tratamento no doente, conduzindo-o precocemente à intervenção terapêutica e, assim, à cura. E a realidade é que nas últimas décadas tem existido uma evolução nas ofertas de tratamento na área da psiquiatria, e a POC e a depressão não são uma exceção.” refere Ricardo Moreira, psiquiatra no Centro Hospitalar Universitário de São João no Porto (CHUSJ).  

Atualmente, os especialistas têm ao seu dispor algumas alternativas terapêuticas farmacológicas (quer em monoterapia, quer em associação), com eficácia demonstrada no tratamento da POC, em conjugação com a Terapia Cognitiva Comportamental, ferramenta inquestionável e essencial no tratamento desta patologia. O livro “Na Loucura da Dúvida”, demonstra ainda que, nos casos mais graves e resistentes ao tratamento convencional, é possível ajudar os doentes com POC, através da DBS (Deep Brain Stimulation – Estimulação Cerebral Profunda), que consiste na realização de uma neurocirurgia para implantação de elétrodos de neuromodulação cerebral.

Ricardo Moreira reforça ainda que “este é um tratamento muito utilizado por exemplo na Doença de Parkinson, mas inovador na área da Psiquiatria. Trata-se de uma técnica neurocirúrgica moderna realizada por estereotaxia, com riscos reduzidos para os doentes. Uma das principais vantagens está relacionada com o facto dos parâmetros de neuroestimulação serem individualizados para cada doente e controlados pelo médico, o que permite minimizar os efeitos secundários e maximizar os efeitos terapêuticos da estimulação cerebral.  Este tratamento tem mostrado resultados promissores no tratamento da POC grave e resistente ao tratamento convencional, assumindo-se como uma opção terapêutica válida para casos clínicos que antes apenas tinham como solução o sofrimento crónico ou a neurocirurgia clássica (frequentemente associada a sequelas importantes e irreversíveis).

Alerta relatório
Um relatório independente, cujos resultados foram divulgados esta terça-feira pelo The Guardian, revela que as principais...

De acordo com a informação divulgada, o vírus Nipah, que foi já responsável por um surto em território chinês com uma taxa de mortalidade perto dos 75%, é aquele que representa um maior risco de vir a resultar numa nova pandemia global. De acordo com Jayasree Iyer, diretor executivo da Fundação Access to Medicine, uma organização sem fins lucrativos financiada pelos governos de diversos países, este vírus está a causar “grande preocupação”. Iyer deixa ainda um alerta: a “próxima pandemia” poder ter, na sua base, “uma infeção resistente aos medicamentos”.

Segundo o jornal ECO, que avançou hoje com esta notícia, esta trata-se de apenas uma das dez doenças infeciosas entre as 16 que foram identificadas pela Organização Mundial de Saúde e que causam mais preocupação pelos riscos para a saúde pública global. A Fundação Access to Medicine chama ainda a atenção para o facto de nenhuma das principais empresas farmacêuticas detém projetos que visem combater uma futura pandemia associada a estas doenças.

 

Opinião
Hoje sabemos que o ambiente em que crescemos tem grande influência no adulto que iremos ser.

Efetivamente defendo que, tudo aquilo que a futura mãe faz (alimentação, desporto) nos três meses antes de engravidar e nos nove meses da gestação, bem como o ambiente (alimentação e estimulação) em que a criança cresce durante os primeiros 2 anos, tem forte influência na sua saúde para toda a vida. Ou seja, existem 1 100 dias da vida da futura mãe que podem ditar o percurso do seu filho. Tudo isto por uma razão muito simples: a ciência vem demonstrando, com robustez crescente, que os comportamentos em fases tão precoces da vida, como antes da gravidez, durante a gravidez e nos primeiros dois anos de vida, vão programar e marcar a expressão do binómio de saúde/doença na trajetória da vida do descendente, não apenas no conceito físico, mas também ao nível das suas capacidades cognitivas e intelectuais.

Importa assim perguntar: como posso otimizar a saúde e prevenir algumas doenças do meu futuro filho?

O trabalho começa quando a mulher pensa/quer engravidar. É muito importante haver uma planificação da gravidez, tendo como suporte um médico de Medicina Geral e Familiar e a orientação do Obstetra. Durante a gravidez, a orientação e vigilância do Obstetra é determinante para que o processo se desenvolva de forma adequada, sempre com o aconselhamento e o apoio do Nutricionista e de profissionais relacionados com a postura e o exercício físico. Importa promover um ambiente de bem-estar físico e emocional!

Antes do nascimento, uma consulta pré-natal com o Pediatra é crucial para orientação e esclarecimento de algumas questões. A partir do momento do nascimento (da responsabilidade do Obstetra e do Neonatalogista), a equipa multidisciplinar complementar alarga-se. Para além da vigilância regular do desenvolvimento e do crescimento bem como da promoção de hábitos saudáveis para a vida, em que o Pediatra desempenha um papel fulcral, é fundamental a orientação por parte da psicologia, em timings específicos do desenvolvimento, bem como do profissional do exercício, no sentido de otimizar o desenvolvimento das capacidades motoras. Uma abordagem holística, tendo em vista a expressão plena das capacidades e potenciais do seu filho, é o que se pretende nesta fase importante de programação da sua saúde para a vida.

Daqui se depreende que estes primeiros 1 100 dias de vida, constituídos pelos três meses antes da gravidez, o tempo de gravidez e os dois anos após o nascimento, são uma janela de extrema sensibilidade para a promoção da saúde física, emocional e social do seu filho, e estão em grande parte na dependência da sua atitude e dos seus comportamentos.

Esta fase da vida é pois, sem sombra de dúvida, uma janela de extrema oportunidade para se trabalhar ao máximo a otimização de todo o potencial que aquele futuro ser pode vir a ter. E isto cabe à mãe, ao pai e a uma equipa capaz de o fazer de uma forma integrada. Afinal, para se ser um adulto feliz … há que ter uma vida saudável!

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Sessão online
A RECOVERY IPSS, instituição com intervenção na área da Saúde Mental, leva a cabo um webinar dedicado ao tema “Mental Health 3...

O evento conta com a abertura do Presidente da Direção, Miguel Durães, e tem como convidada de honra, Ingrid Daniels, Presidente da Federação Mundial para a Saúde Mental. Com moderação de Feliciano Guimarães, médico pedopsiquiatra, o webinar tem como palestrantes, Luís Augusto Rohde e José Miguel Pêgo.

Luís Augusto Rohde é Professor de Psiquiatria na Universidade Federal do Rio Grande do Sul e na Universidade de São Paulo (Brasil), assim como, Coordenador-Geral do Programa de TDAH do HCPA - Hospital de Clínicas de Porto Alegre (Brasil).

José Miguel Pêgo, Anestesiologista e Professor Associado da Escola de Medicina de Braga, é Vice-Presidente para a Educação desta Escola da Universidade do Minho.

Miguel Durães, Presidente da Direção da RECOVERY IPSS, considera que esta instituição “tem como uma das suas principais missões, promover a investigação e desenvolvimento na Saúde Mental, assim como, apoiar a ciência de evolução constante, na qual, a fusão entre arte, ciência, tecnologia e humanidades sempre se caracterizou pela inovação e a procura de melhores resultados na prevenção, intervenção e promoção da saúde mental em utentes, familiares/cuidadores e profissionais de saúde.  O crescimento deste saber científico tem sido exponencial. Durante os últimos 30 anos, fruto dos progressos científicos, a saúde da humanidade transformou-se. A esperança de vida subiu duas décadas, a qualidade de vida passou a ser um objetivo paralelo aos indicadores de mortalidade. Estamos a viver mais e melhor”, sendo que, com este webinar, pretendem “partilhar experiências e apontar caminhos. Caminhos que culminem numa verdadeira experiência do futuro que podemos todos contribuir na Humanidade, aqui na saúde em particular. De forma livre e gratuita, colocamos, com um painel de oradores reconhecidos internacionalmente, uma vez mais, o saber ao serviço de todos, sem exceção”, conclui.

O evento decorre em formato online, sendo possível assistir ao mesmo através da página oficial na rede Facebook: https://www.facebook.com/recoveryipss.

Dia 28 de janeiro
A Acreditar – Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro realiza no próximo dia 28, das 13h às 14h, um webinar sobre as...

O webinar “Vacinas Covid 19: Algumas perguntas têm resposta” destina-se, não só às famílias de crianças e jovens com cancro e aos sobreviventes, mas também à população em geral. Tendo como objectivo partilhar informação sobre as vacinas que vão estar disponíveis, a vacinação e a doença oncológica pediátrica, esta conversa online terá como oradores Ema Paulino, farmacêutica comunitária, membro da direcção da Ordem dos Farmacêuticos e Nuno Farinha, oncologista pediátrico e presidente da Sociedade de Hematologia e Oncologia Pediátrica (SHOP). A moderação será feita pela jornalista da Sic Dulce Salzedas.

As inscrições são através de: https://zoom.us/webinar/register/WN_YvSa9G-XRi28L7575-HkMA

 

Consumo de medicamentos
No quadro da resposta à pandemia e do aumento de procura de serviços de saúde, o Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento...

Em comunicado, o Infarmed refere que essa monitorização, nomeadamente da disponibilidade oxigénio, está também a ser feita em articulação com os titulares de Autorização de Introdução no Mercado (AIM), não havendo qualquer perigo de rutura de fornecimento.

A associação do setor, APQuímica, afirma que “existe em Portugal capacidade de produção e de distribuição de oxigénio medicinal”.

Tendo presente o aumento de consumo devido à pressão que se exerce sobre as unidades de saúde, o Infarmed apela a uma gestão criteriosa do produto disponível e reitera o disposto na Circular Informativa n.º 078/CD/100.20.200, de 1 de abril de 2020, cujos requisitos técnicos excecionais se encontrarão em vigor durante a fase pandémica.

A mesma circular recomenda às instituições hospitalares que devem “garantir a encomenda das quantidades efetivamente necessárias, com base numa gestão interna otimizada e integrada”, bem como providenciar o retorno imediato, aos respetivos fornecedores, de todo o material usado e vasilhame vazio que detenham, por forma a possibilitar o enchimento atempado para nova reutilização. Este foi, aliás, um dos aspetos sublinhados por todos os titulares de AIM ao Infarmed e que poderá estar na base de constrangimentos sentidos no abastecimento de algumas unidades hospitalares.

De acordo com o Infarmed, por forma a melhorar a gestão de stocks e contribuir para a agilidade do abastecimento, é imperioso que os hospitais procedam ao retorno dos cilindros de oxigénio vazios para enchimento (sobretudo os de menor dimensão), em locais próprios e de fácil acesso. A não devolução atempada dos recipientes vazios, dificulta a rapidez no reabastecimento e reutilização dos recipientes. Não havendo problema de escassez no fabrico destes gases medicinais, não se justificam situações de armazenamento.

O fornecimento de oxigénio medicinal pode ser efetuado em diferentes apresentações, quer sob a forma líquida, quer sob a forma gasosa, com recurso a cilindros. Os cilindros de maior dimensão, por exemplo, os de 50 litros (L), devem ser os de primeiro recurso, sendo os de menores dimensões, como os de 5 L com regulador e caudalímetro incorporado, apenas para transporte intra e inter-hospitalar (e não para uso continuado em doentes de alto fluxo ou doentes ventilados). Assim, torna-se importante a transição para cilindros de maiores dimensões, os quais também se encontram disponíveis.

 

Covid-19
Portugal registou, nas últimas 24 horas, 291 mortes por Covid e viu confirmados mais 10.765 casos de infeção.

Segundo o boletim divulgado, a região de Lisboa e Vale do Tejo continua a ser aquela onde morreram mais pessoas com Covid-19: 145 das 291 mortes registadas em todo o País. Seguem-se as regiões norte com 68 e centro com 55. No Alentejo há 15 mortes a lamentar e no Algarve seis.

Quanto aos arquipélagos, quer a Madeira, que os Açores registaram uma morte, cada, nas últimas 24 horas.

Quanto ao número de novos casos, o boletim epidemiológico divulgado hoje, pela Direção Geral da Saúde, mostra que foram diagnosticados 10.765 novos casos, um novo máximo desde o início do confinamento. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 5.785 novos casos e a região norte 2.893. Desde ontem foram diagnosticados mais 1.407 na região Centro, no Alentejo 339 casos e no Algarve mais 203. No arquipélago da Madeira foram identificadas mais 114 infeções e no dos Açores 24 novos casos.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 6.472 doentes internados, mais 52 que ontem, sendo que as unidades de cuidados intensivos têm menos dois doentes, desde o último balanço. Ao todo estão 765 pessoas na UCI.

O boletim desta terça-feira mostra ainda que, desde ontem, 13.728 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 475.485 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 167.381 casos, menos 3.254 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm 215.770 contactos sob vigilância, mais 3.059 desde o último balanço.

MicroPort CRM apoia formação e investigação em Cardiopneumologia
A empresa MicroPort CRM vai doar a três escolas de saúde portuguesas um dispositivo único, com capacidade para deteção de...

As instituições beneficiadas são a Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra, do Instituto Politécnico de Coimbra; a Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, Instituto Politécnico de Lisboa; e a Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias, do Instituto Politécnico de Castelo Branco.

“O nosso objetivo é dotar os alunos da licenciatura em Fisiologia Clínica de um dispositivo único para diagnóstico simultâneo das arritmias e da síndrome de apneia do sono. Esta iniciativa começou por abranger três das maiores escolas de saúde portuguesas, contudo, pretendemos capacitar também as restantes escolas do país. Futuramente, esta operação pode estender-se e abranger outras vertentes”, afirma Marco Bottazzi, Vice-Presidente da MicroPort CRM pelo Sul Europa.

De acordo com Marco Bottazzi a disponibilização deste dispositivo, bem como de toda a tecnologia associada, nomeadamente o software de análise, “vai permitir, tanto aos alunos, como aos docentes, o contacto com uma tecnologia inovadora, mas sobretudo a realização de investigação no âmbito das áreas científicas, que integram a Fisiologia Clínica, privilegiando o desenvolvimento do espírito científico”.

Este é um dispositivo com capacidade de Holter, para deteção de arritmias cardíacas, e de Polígrafo, para deteção de apneias respiratórias. A sua capacidade de diagnóstico simultâneo permite uma otimização de recursos, uma vez que é possível a realização de dois exames num único período de utilização; e ainda perceber a interação entre patologias do foro cardiológico, como, as arritmias cardíacas, e do foro respiratório/sono, como é o caso da síndrome de apneia do sono.


O dispositivo incorpora dois mecanismos de análise dedicados a distúrbios respiratórios do sono e arritmias cardíacas

Existe uma forte relação entre as arritmias cardíacas, nomeadamente a fibrilhação auricular (FA) e a apneia do sono, estimando-se que 62% dos doentes FA, apresentam apneia obstrutiva do sono (SAOS). Uma abordagem combinada demonstrou melhorar significativamente a eficácia do tratamento da FA, pelo que todos os doentes com FA deveriam ser avaliados relativamente à existência de SAOS.

Saúde física e mental
Com a atual situação pandemia, e com o confinamento em particular, é importante saber que cuidados devem ter os donos de...

A Dr. Bigodes, start-up portuguesa pioneira na prestação de serviços de veterinária ao domicílio, criada em 2015, tem estado ao lado dos donos e animais de estimação desde o primeiro dia da pandemia e durante todo este período incerto que os portugueses atravessam. Agora, com novo confinamento em vigor, a Dr. Bigodes alerta para cuidados específicos a ter dentro e fora de casa por forma a evitar contágios indesejados e manter o bem-estar e a saúde física e mental do animal.

“Sabemos que os animais de estimação estão felizes por ter os seus donos em casa e também sabemos que são uma excelente companhia, motivo de distração e de atividade para os donos, especialmente para quem está sozinho em casa. Contudo, é necessário ter em atenção determinadas precauções para assegurar que os animais mantêm o seu bem-estar, por um lado, e que não são potencial foco de infeção para nenhum membro da família, por outro”, refere Bruno Santos, veterinário fundador da Dr. Bigodes.

Apesar de a OMS ter declarado não haver evidências que demonstrem que os animais de estimação podem transmitir Covid 19 aos humanos, a verdade é que eles circulam na rua, pelo que é importante que mantenha uma correta higiene dos mesmos para que não transportem para dentro de casa nenhum vírus indesejado.

Para evitar contágios, a Dr. Bigodes recomenda medidas simples como:

  • Lavar as mãos antes e depois do passeio;
  • Manter uma distância de segurança de outras pessoas e animais nos passeios – escolher zonas de menor afluência, evitar parques caninos e não permitir que estranhos interajam com o animal fora de casa;
  • À chegada a casa, limpar as patas do animal com uma toalhita (bebé);
  • Evitar dormir com os animais de estimação no quarto ou na mesma cama;
  • Caso esteja infetado, opte por reduzir ao máximo o contacto com o animal e, se possível, tente que este seja tratado por outra pessoa;

“Por outro lado, temos a saúde física e mental do animal”, acrescenta Bruno Santos. O ritmo da vida moderna nem sempre deixou tempo para nos dedicarmos aos nossos animais de estimação. Esta é uma boa altura para interagirmos mais com eles. Ganham eles, e ganhamos nós”.

Por isso, sublinha:

  • Mantenha uma rotina pois tal como os humanos, os animais precisam de rotinas;
  • Mantenha uma alimentação equilibrada e não superalimente o animal já que, com menos exercício físico outdoor, é natural que ganhem algum peso prejudicial à sua saúde;
  • Ocupe o tempo deles, e o seu, com novas atividades. Seja criativo, crie circuitos de exercício para os animais mais ativos, ensine novos truques, envolva as crianças, por exemplo. Tal como as pessoas, os animais de estimação podem passar por stress físico e mental durante este período. Os exercícios para a mente e para o corpo do seu animal de estimação podem ajudar bastante ao seu bem-estar.
  • Se está em teletrabalho e sente que o seu animal de estimação interrompe constantemente – o seu gato anda pelo teclado, o cão faz barulho durante uma videoconferência ou chama a atenção de outra forma – então garanta que, antes de começar a trabalhar e para evitar interrupções, fez previamente exercícios com o seu animal e lhe deu comida e água. Procure ainda criar um espaço aconchegante para seu animal de estimação enquanto você trabalha.
OMS
A Organização Mundial de Saúde (OMS) aprovou, esta terça-feira, o uso da vacina da Moderna contra a covid-19. No entanto, no...

Segundo os especialistas de saúde da OMS "a vacina é segura e eficaz em pessoas com patologias médicas que aumentam o risco de contrair doenças graves, como hipertensão, diabetes, asma, doenças pulmonares, hepáticas ou renais, bem como infeções crónicas estáveis ​​e controladas". No entanto, não é recomendada para grávidas. Apesar de as mulheres estarem "em maior risco de contrair gravemente a doença" durante a gravidez, a vacina só deve ser administrada se estiverem "em risco de alta exposição (por exemplo, profissionais de saúde)", referem. 

Além das grávidas, o uso também é desaconselhado a pessoas "com histórico de reação alérgica grave a qualquer componente da vacina" e a administração em idosos "muito frágeis com uma expectativa de vida prevista de menos de três meses" deve ser "avaliada individualmente",

Esta vacina deve ser tomada em duas doses, com um intervalo de 28 dias que pode ser estendido até 42 em casos excecionais.

DGS e DGEstE publicam orientação sobre campanha de rastreio nas escolas
A Direção-Geral da Saúde (DGS) e a Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE) publicaram esta segunda-feira uma...

Segundo a orientação da DGS, no atual contexto epidemiológico, “considera-se adequado para a proteção da Saúde Pública na comunidade escolar, reforçar a utilização de testes laboratoriais” com a aplicação de testes rápidos de antigénio (TRAg) aos alunos, pessoal docente e não docente dos estabelecimentos de ensino, conforme seja uma situação de surto ou de campanha de rastreio, em concelhos identificados com incidência cumulativa a 14 dias superior a 960 por 100.000 habitantes.

A utilização rápida e atempada de testes laboratoriais para diagnóstico de SARS-CoV-2 é prioritária para todas as pessoas com sintomas sugestivos de COVID-19, bem como para todos os contactos de alto risco de casos confirmados de COVID-19. Por outro lado, não devem ser realizados testes laboratoriais nas pessoas com história de infeção por SARS-CoV-2, confirmada laboratorialmente, nos últimos 90 dias.

O documento estabelece que os testes laboratoriais apenas podem ser realizados a menores cujo consentimento informado tenha sido expresso/assinado pelos seus encarregados de educação ou pessoal docente e pessoal não docente.

Nos estabelecimentos de ensino com estudantes de ensino secundário com incidência cumulativa a 14 dias superior a 960 por 100.000 habitantes, aplica-se a campanha de rastreio laboratorial com TRAg, sendo que os rastreios são realizados em três momentos separados por 7 dias de intervalo.

 

 

 

Curso Medicina Interna 20.21 – O Ano em Revista
O Núcleo de Estudos de Formação em Medicina Interna (NEForMI), da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI), vai realizar...

“O curso Medicina Interna 20.21 começa o ano novo com a revisão do que mais mudou nas diversas áreas do conhecimento médico nos doze meses prévios, fornecendo as ferramentas mais atualizadas e que mais poderão mudar a nossa prática a curto-prazo.” afirma Nuno Bernardino Vieira, Coordenador do NEForMI.

“Os objetivos passam por discutir as novidades e controvérsias mais recentes em Medicina Interna; permitir o contacto com peritos de diversas áreas do conhecimento médico, aprofundando conhecimentos nesses âmbitos; bem como fornecer informação atualizada sobre o que mudou na prática clínica no ano transato e/ou prever o que mais pode mudar.” acrescenta Nuno Bernardino Vieira.

O curso destina-se, preferencialmente, a médicos Especialistas em Medicina Interna ou internos dos últimos anos de internato, embora possa ser frequentado por qualquer entusiasta do conhecimento médico. A inscrição será efetuada através do preenchimento do boletim de inscrição disponível online no site da SPMI, no portal do Centro de Formação.

Inscrições em: https://www.spmi.pt/curso-medicina-interna-20-21-o-ano-em-revista/

“Olho Clínico” estreia hoje com episódios dedicados ao VIH
A atualidade científica deve ser analisada com “olho clínico”. É com este mote que estreiam, hoje, os primeiros episódios do...

“Olho Clínico” é um podcast semanal, de discussão sobre a atualidade científica, para profissionais de saúde em Portugal. Em cada episódio, a MSD conta com a partilha de evidência científica e a visão de médicos e de profissionais de diversas áreas, sobre temas que merecem tempo de antena, uma análise mais profunda e toda a atenção que possamos atribuir.

Os três primeiros episódios sobre VIH estão já disponíveis nas plataformas de streaming. Estes dedicam-se à análise dos temas científicos debatidos no Congresso de HIV Glasgow 2020: impacto da Covid-19, novidades sobre o aumento de peso, as novas perspetivas no tratamento antirretrovírico e a profilaxia pré-exposição.

No próximo dia 28 de janeiro, fique a conhecer os três primeiros episódios da série de “Olho Clínico” sobre Oncologia. Num momento em que todo o país está confinado devido à pandemia, as primeiras conversas são dedicadas à importância dos rastreios e do diagnóstico e ao impacto da Covid-19 nestas atividades. Para esta estreia, contamos também com especialistas para discutir abordagens que visam melhorar os resultados clínicos no cancro de mama luminal e qual o papel que os Inibidores das Ciclinas e PIK3CA desempenham em contexto de doença avançada.

 

Apoio a doentes
Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira, em parceria com a Câmara Municipal da Covilhã e o Aces Cova da Beira, estão a...

De acordo com o centro hospitalar, “para um condigno e eficaz apoio no combate à pandemia, esta infraestrutura estará dotada, com todas as amenidades e condições logísticas, que lhe permitirá receber utentes com alta clínica, provenientes dos internamentos NÃO COVID do CHUCB, e que pese embora já não careçam deste tipo de cuidados especializados, ainda assim, podem não dispor de alguns preceitos elementares, tais como: autonomia para a realização de atividades básicas diárias, condições de salubridade ou estruturas adequadas no domicílio, apoio familiar ou de terceiros, e outras, que até aqui eram asseguradas pelo Hospital, até se alcançar uma resposta social adequada”.

Esta solução irá beneficiar “aqueles que dela verdadeiramente precisam”, e permitirá aliviar a pressão que se faz sentir nas áreas de internamento do CHUCB. O espaço em causa, no Seminário do Tortosendo terá capacidade para receber até 30 doentes, refere o centro hospitalar em comunicado.   

“Assim, e porque o momento, pelo qual passamos, reclama a participação cívica de todos, e porque todos somos poucos nesta luta contra a covid-19, o Centro Hospitalar está a encetar contactos junto de colaboradores aposentados do hospital, para suprir a necessidade extraordinária de recursos humanos, a que uma estrutura desta natureza obriga, mas lança desde já o apelo, a quem queira colaborar de forma livre e voluntária neste projeto, para que se manifeste, na certeza de que por esta via estará a ajudar a cuidar de concidadãos, que se encontram em situação de maior vulnerabilidade socioeconómica e a ajudar o Hospital a libertar camas, para quem delas realmente precisa”, acrescenta apelando a que “todos aqueles que tenham alguma experiência ou apetência na área da prestação de cuidados e se pretendam voluntariar para este projeto, de grande responsabilidade social”  podem contactar o Serviço de Comunicação do CHUCB através do e-mail: eventos@chcbeira.min-saude.pt, informando o nome completo, idade, situação profissional ou ocupação e contacto telefónico.

 

2021 é o Ano Global Sobre a Lombalgia
A Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP) definiu 2021 como o “Ano Global Sobre a Lombalgia”, campanha à qual a...

“A prevalência da lombalgia ao longo da vida é superior a 70% nos países industrializados, estimando-se que entre 15% e 45% dos casos, os sintomas persistam durante um ano ou mais, sendo uma das condições de dor crónica mais comuns no mundo. Com o tema deste ano pretende-se ajudar os profissionais de saúde, a comunidade científica e doentes a compreender a natureza da lombalgia e a utilidade das modalidades de tratamento disponíveis”, refere Ana Pedro, presidente da Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED). 

O grande objetivo deste Ano Global Sobre a Lombalgia é promover uma comunicação mais eficaz entre clínicos e doentes, fornecendo e disponibilizando recursos úteis, práticos e relevantes para auxiliar na abordagem da prevenção e tratamento da lombalgia. A especialista acrescenta ainda que “a APED vai continuar a trabalhar neste sentido, com a missão de melhorar a qualidade de vida dos doentes que vivem com lombalgia”.

Identificar as barreiras e propor soluções para melhorar a prevenção, investigação e tratamento da lombalgia; resumir as modalidades mais eficazes e económicas para o sucesso da gestão da lombalgia, especialmente em comunidades com poucos recursos; integrar o uso de ferramentas para estratificar pessoas com lombalgia à prestação de cuidados centrados no doente e facilitar a investigação, gestão, educação e defesa necessárias para reduzir o fardo global da incapacidade devido à lombalgia, são, de acordo com a IASP, os temas prioritários para 2021, no âmbito do Ano Global Sobre a Lombalgia.

 

 

Quando é que as pessoas com diabetes vão ser vacinadas?
A Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) alerta as pessoas com diabetes que 30% a 40% já estão incluídas no...

“As vacinas estão aí e serão um instrumento fundamental no controlo da Covid-19, mas a sua distribuição será um desafio. As pessoas com diabetes sabem esperar pela sua vez, mas exigem que aqueles que estão em maior risco sejam devidamente priorizados. A atual comunicação sobre os grupos de risco não está a passar e, desta forma, é preciso dizer que, entre aqueles que estão em maior risco, estão as pessoas com diabetes, com mais de 50 anos e, com pelo menos, umas das comorbilidades listadas para a primeira fase do plano de vacinação”, defende José Manuel Boavida, presidente da APDP.

 A APDP reforça que é preciso informar as pessoas com diabetes e com mais de 50 anos que devem falar com seu médico e pedir uma declaração que atesta a sua condição. Com esta declaração, as pessoas com diabetes devem dirigir-se ao centro de saúde da sua área geográfica para serem vacinadas já a partir da próxima semana, segundo afirmou hoje a Ministra da Saúde, Marta Temido.

João Filipe Raposo, diretor clínico da APDP, esclarece que “são muitas as pessoas que vivem com diabetes e que estão com elevado risco em caso de Covid-19: estimamos que cerca de 30% a 40%. E a realidade é que muitas destas pessoas podem desconhecer que têm uma insuficiência cardíaca, coronária ou renal. Desta forma, recomendamos a todas as pessoas com diabetes e mais de 50 anos, que procurem esclarecimento junto do médico que as acompanha”.

A associação dispõe ainda de uma Linha de Apoio da Diabetes (21 381 61 61), que pode ajudar a responder a esta e a outras dúvidas. Para já, para a associação divulga uma imagem informativa para que fique a par do plano de vacinação. 

 

Combata à pandemia
Em entrevista à RTP, Marta Temido afirmou ontem que “o Governo português está a acionar todos os mecanismos de que dispõe,...

Questionada pela jornalista Fátima Campos Ferreira sobre se o governo está a “equacionar pedir ajuda internacional, ajuda europeia, enviar doentes” para outros países, a ministra considerou que Portugal, geograficamente, tem uma “situação distinta” de outros países do centro da Europa, onde, “mesmo em situação normal, aspetos como a circulação transfronteiriça de doentes já acontece como uma realidade simples”.

“Estamos num extremo de uma península e, portanto, com maiores constrangimentos geográficos, mas de qualquer forma, há mecanismos e há formas de obter auxílio e de enquadrar formas de colaboração e, naturalmente, que as estamos a equacionar”, admitiu Marta Temido, ao considerar que é preciso ter a “consciência de que a situação europeia é toda ela preocupante”.

Na mesma entrevista, a ministra da Saúde referiu também que, no âmbito do Serviço Nacional de Saúde, existem cerca de 5.600 pessoas internadas por covid-19 e mais de 760 em unidades de cuidados intensivos, uma realidade “imaginável” no contexto dos “planos de catástrofe dos hospitais” públicos.

“Nós temos camas disponíveis, o que muito dificilmente conseguimos ainda gerir são os recursos humanos”, referiu no programa de informação sobre a pandemia.

 

Vacinação nos centros de saúde arranca para a semana
Vai arrancar, durante a próxima semana, a vacinação do grupo de risco que incluiu pessoas com mais de 50 anos e com certas...

Segundo o Jornal de Notícias (JN), que avançou com esta informação, já está a ser feita uma validação das listagens onde constam os nomes dos utentes com mais de 50 anos que fazem parte do grupo de risco por terem doença coronária, insuficiência cardíaca, insuficiência renal e doença pulmonar obstrutiva crónica.

No entanto, adianta o mesmo jornal, Diogo Urjais, presidente da associação que representa as unidades de saúde familiares (USF-AN), salienta que os centros de saúde não sabem como é que os utentes sem médico de família serão convocados e que não foi ainda transmitida a informação onde será feita a vacinação. Ou seja, tanto utentes como profissionais não sabem ainda para onde é que se tem que deslocar em virtude das especificidades de armazenamento e aproveitamento das doses da vacina da Pfizer.

Por outro lado, acrescenta a publicação, há ainda a situação dos doentes que são seguidos no privado e que necessitam de apresentar nos centros de saúde uma declaração do seu médico que comprava uma patologia que os coloca no grupo de risco. Porém, Diogo Urjais frisa que não se sabe quem é que vai validar esses mesmos atestados.

 

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