Osteossarcoma
Uma equipa de cientistas da Universidade de Coimbra (UC) está a desenvolver uma ferramenta inovadora de teranóstica – técnica...

O osteossarcoma é um tipo de cancro que apresenta grande propensão para a metastização pulmonar, acreditando-se que a maioria dos doentes já tem micrometástases na altura do diagnóstico clínico, que depois progridem para metástases pulmonares, sendo esta a sua principal causa de morte, pelo facto de as terapias convencionais apresentarem uma eficácia limitada.

Por isso, «é urgente um diagnóstico mais precoce e novas estratégias terapêuticas capazes de eliminar estas pequenas lesões e travar a sua progressão», afirma Célia Gomes, do Instituto de Investigação Clínica e Biomédica de Coimbra (iCBR), da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), que lidera o estudo, em parceria com Antero Abrunhosa, do Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS).

O projeto, distinguindo recentemente pela Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) e Lions Portugal, conta agora com 250 mil euros de financiamento da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), e foca-se numa abordagem que tira partido do conhecimento atual sobre o papel dos exossomas na formação de metástases e dos avanços nas tecnologias de imagem e de terapêutica baseadas em radionuclídeos (utilizadas na medicina nuclear) que se têm revelado bastante eficazes no tratamento de doenças oncológicas.

Facilmente isolados a partir de amostras biológicas (ex. sangue ou urina) e manipulados em termos do seu conteúdo e composição membranar, os exossomas podem ser

administrados num organismo como veículos de entrega de moléculas (ex. agentes terapêuticos) para órgãos-alvo. Esta funcionalidade confere-lhes um elevado potencial diagnóstico e terapêutico.

Nesse sentido, a equipa pretende usar «exossomas derivados de células metastáticas, e “marcá-los” com um metal radioativo emissor de positrões (cobre-64, 64Cu) para diagnóstico de micrometástases por tomografia por emissão de positrões (PET) num modelo animal em ratinho. Para tal, vai ser usado um tomógrafo PET de alta sensibilidade desenvolvido no ICNAS».

Para este estudo, os cientistas desenvolveram um modelo animal que reproduz as diferentes fases da evolução da doença metastática, desde a preparação do nicho pré-metastático no pulmão até à formação das micrometástases. As experiências já realizadas, revela Célia Gomes, permitiram demonstrar que «os exossomas libertados pelas células do tumor primário (osteossarcoma) induzem alterações no tecido pulmonar que favorecem o desenvolvimento das micrometástases. Comprovámos ainda a afinidade dos exossomas pelas lesões metastáticas, e a capacidade de entrega do seu conteúdo, o que substancia o grande propósito do nosso projeto: utilização dos exossomas como eficientes veículos de entrega de radionuclídeos com especificidade para células-alvo».

O financiamento atribuído pela FCT vai permitir explorar a potencialidade dos exossomas como agentes de terapêutica «através da sua funcionalização com radionuclídeos emissores beta- já aprovados para uso clínico, como por exemplo o Lutécio-177, que tem uma penetração máxima nos tecidos de aproximadamente 2mm, adequado para o tratamento de micrometástases, podendo representar uma nova opção terapêutica e com grande probabilidade de uma resposta eficaz», explicita a investigadora do iCBR/FMUC.

«Iremos também avaliar em contexto clínico se os exossomas podem ser utilizados, de forma não invasiva, como biomarcadores de risco ou de progressão da doença metastática», acrescenta.

Ao longo dos três anos de duração do projeto, realizado em colaboração com a Unidade de Tumores do Aparelho Locomotor do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), vão ser isolados exossomas de amostras de sangue de doentes com osteossarcoma, tendo em vista uma «caraterização em larga escala do seu conteúdo molecular e identificação de uma assinatura molecular preditiva do risco de doença metastática, cada vez mais importante para o prognóstico e para uma decisão terapêutica mais adequada», afirma a investigadora.

A abordagem proposta neste projeto, finaliza Célia Gomes, «representa um avanço nas aplicações biomédicas dos exossomas e pode servir de base para a exploração dos exossomas como plataformas de teranóstica para o osteossarcoma e outras neoplasias metastáticas, abrindo caminho à medicina de precisão».

Resposta à pandemia
O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) encontra-se a colaborar com o ABC – Algarve Biomedical Center num projeto de...

Segundo faz saber, são ainda parceiros “neste produto pedagógico o Ministério do Trabalho, o Instituto da Segurança Social e o Instituto de Emprego e Formação Profissional”.

Ao longo do último ano, no âmbito da pandemia, o INEM criou vídeos pedagógicos e organizou um webinar sobre prevenção e controlo de infeção nas ERPI, um projeto que foi recentemente reconhecido pela Federação Internacional dos Hospitais. “Na sequência do trabalho realizado, o INEM foi convidado a colaborar com o ABC Biomedical Center num novo projeto de formação para reforçar as equipas de reação rápida nos lares e ERPI com doentes SARS-CoV-2 positivos”, revela  o INEM.

Esta colaboração, reforça a instituição, tem também como objetivo “formar formadores para replicar, futuramente, estes conteúdos por todo o país”.

“Os lares de idosos são estruturas especialmente sensíveis no contexto pandémico pelo que esta formação é de vital importância para ajudar a conter o avanço da Covid-19”, reforça o INEM.

 

 

 

População vulnerável
A verba destina-se à compra de uma viatura para fortalecer o apoio da AMI à população mais vulnerável à Covid-19, a reforçar o...

A Cellnex, operador independente de infraestruturas de telecomunicações em Portugal, acaba de doar 23 mil euros para a campanha ‘Os Amigos são para as Ocasiões’, desenvolvida pela AMI – Assistência Médica Internacional para o combate à Covid-19.

A doação, formalizada a 6 de janeiro, pelo Managing Director da Cellnex Portugal, Nuno Carvalhosa, e o Presidente da AMI, Fernando Nobre, em Lisboa, destina-se à compra de uma viatura para reforçar o apoio da AMI à população mais vulnerável à Covid-19, a reforçar o apoio psicológico aos beneficiários, e a suportar o custo de cestas de produtos essenciais entregues à população idosa e a outros grupos de risco apoiados pelos equipamentos sociais da AMI e afetados pela pandemia durante o confinamento.

Esta ação enquadra-se na política de responsabilidade social assumida pela Cellnex nos países onde opera, assente em práticas responsáveis e princípios reconhecidos e alinhados com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. Com efeito, a escolha da campanha ‘Os Amigos são para as Ocasiões’ obedece a uma estratégia corporativa que procura favorecer a solidariedade e contribuir para o progresso social.

“É com enorme satisfação que a Cellnex apoia uma instituição que, ao longo da sua história, tem desenvolvido esforços extraordinários junto de povos de todas as regiões do mundo. Instituição esta que, mais uma vez em 2020, teve um papel bastante importante no combate à Covid-19 através do apoio às populações mais carenciadas e de risco. Esperamos que este donativo, ainda

que modesto, permita à AMI levar as suas meritórias e tão preciosas ações a ainda mais pessoas que delas necessitam”, afirma o Managing Director da Cellnex Portugal, Nuno Carvalhosa.

“É durante os períodos mais negros da Humanidade, como aquele que estamos a viver, que se torna mais visível o drama dos mais frágeis, nomeadamente, os idosos, pelo isolamento e esquecimento a que são votados. Por essa razão e porque admira e reconhece a sua importância na sociedade, a AMI reforçou o apoio a esta população durante o período de confinamento com a iniciativa ‘Os Amigos são para as Ocasiões’ e pretende melhorar o serviço de apoio domiciliário através de uma nova carrinha adaptada a este serviço”, refere o Presidente da AMI, Fernando Nobre.

Fernando Nobre destaca ainda a colaboração da Cellnex “como fundamental” e salienta “a importância do trabalho conjunto entre as organizações da Economia Social e do sector empresarial na construção de um futuro diferente e melhor”.

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A Spirulina é um dos super-heróis mais poderosos do mundo, capaz de grandes feitos na nossa saúde.

A SUTA Spirulina Techonology é uma marca de dermocosmética natural e orgânica, cujo ingrediente principal é a Spirulina. Esta é uma microlaga que ganhou ao longo do tempo um grande destaque no desenvolvimento de produtos cosméticos graças aos agentes antioxidantes, anti-inflamatórios e antibactericidas. A utilização destes microrganismos em ativos de uso tópico para hidratação, tónus, estímulo da produção de colagénio e elasticidade da pele tem sido uma das principais tendências cosméticas, devido à promoção de regeneração da pele, cabelos e unhas a níveis celulares.

Uma revisão sobre o potencial terapêutico da Spirulina relatou que a Organização Mundial de Saúde (OMS) a descreveu como um dos melhores superalimentos do Mundo e que a NASA a tem como um excelente alimento compacto para as viagens espaciais, pois uma pequena quantidade pode fornecer uma ampla gama de nutrientes.

A Spirulina apresenta grande diversidade e quantidade de nutrientes que nosso corpo necessita. Por ser fonte natural de proteína de fácil absorção, aminoácidos, minerais, vitaminas, óleos essenciais e antioxidantes, a Spirulina é uma forte aliada para quem procura uma alimentação completa e saudável.

A pensar nos benefícios desta microalga para a saúde criámos o suplemento alimentar inovador - Spirulina. Este é um suplemento alimentar muito poderoso, graças à qualidade da matéria prima utilizada. As propriedades desta microalga fazem com que ela sirva para o nosso organismo como fonte de proteína e como um auxílio na recuperação muscular, aumento da imunidade, prevenção de diversas doenças e, ainda, no processo de emagrecimento.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Aumento de casos
Atendendo ao aumento crescente do número casos de infeção pelo novo coronavírus, a Ministra da Saúde, Marta Temido, alerta que...

Segundo Marta Temido, citada pela página oficial do Serviço Nacional de Saúde, Portugal enfrenta uma nova “fase de imensa pressão” no Serviço Nacional de Saúde (SNS). A ministra chama ainda a atenção que os próximos dias vão ser “muito duros”, devido ao crescimento de casos de Covid-19, lembrando que nesta altura “precisamos da ajuda de todos”.

De acordo com Marta Temido, os hospitais têm vivido, desde o início da pandemia, “momentos de grande pressão”. Para a governante, todos os portugueses “têm de perceber que evitar a transmissão é uma forma de ajudar o SNS a responder, não só à Covid, mas a outro tipo de doenças”.

A Ministra da Saúde garantiu que a tutela “tem trabalhado em rede e diariamente” com todos os hospitais, administrações e serviços de saúde e todos têm procurado fazer “uma gestão de camas e de fluxos”.

“Do lado do Ministério da Saúde, o nosso esforço continua no sentido da articulação, transferência de doentes, abertura de vias de comunicação e contratação externa, nomeadamente convenções com o privado”, concluiu.

 

Simplificar o processo
Alguns atestados médicos de incapacidade multiusos (AMIM) podem passar a ser automáticos em casos de doenças como o cancro e...

Durante a audição na Comissão Parlamentar de Saúde, Luís Goes Pinheiro defendeu que, nas circunstâncias em que não se pode prescindir do contacto com o utente, esse contacto possa ser feito à distância, “não só facilitando a vida do utente, mas também agilizando e criando condições, até no contexto desta pandemia, para que o contacto presencial com estas unidades se faça apenas e só se for necessário”.

Para Luís Goes Pinheiro, estas propostas têm “bastante mérito” por identificarem “um problema que já foi identificado por outras entidades, designadamente pela Provedora de Justiça”, e visarem a criação de “alguns mecanismos de automatização, de simplificação que podem dar um contributo relevante para a agilização do processo de geração destes atestados médicos de incapacidade multiusos”.

Segundo o responsável, as propostas visam ainda de “uma forma muito positiva procurar libertar as equipas de saúde pública de tarefas em que na verdade a sua intervenção pode não acrescentar valor e em que acaba por ser prejudicado o utente por ter de aguardar a sua intervenção”, sublinhou.

Para o Presidente da SPMS, o foco não deve ser um “modelo transitório”, porque até já foram adotadas algumas medidas transitórias, mas em alterações de fundo, “para lá do horizonte do contexto” que se vive de pressão sobre os serviços de saúde pública.

Luís Goes Pinheiro referiu ainda que está a ser feito um trabalho internamente no Ministério da Saúde e que estará “para muito breve” a aprovação em Conselho de Ministros de um diploma sobre esta matéria.

Recorde-se que devido à pandemia de Covid-19, as juntas médicas de avaliação de incapacidades começaram por ser suspensas, com o governo a decretar a prorrogação automática dos atestados médicos de incapacidade multiuso até ao final deste ano, uma decisão que foi renovada em novembro com a prorrogação da validade desses atestados até 31 de dezembro de 2021.

Sociedade Portuguesa de Cardiologia
A Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC) promove no próximo dia 15 de janeiro o Fórum SPC, que irá abordar temas atuais que,...

A iniciativa é organizada pela Coordenação Científica da SPC e pela Academia Cardiovascular.

O Fórum será moderado pelo presidente da SPC, Victor Gil e pelo presidente-eleito, Lino Gonçalves e terá como comentadores o coordenador científico da SPC, Jorge Ferreira e a diretora da academia cardiovascular da SPC, Cristina Gavina.

O convite à participação é dirigido à comunidade científica, mas também a todos os que intervêm no complexo sistema de saúde, incluindo gestores e decisores.

De acordo com o presidente da SPC, Victor Gil, “pensar em temas com esta abrangência, numa fase em que o discurso é dominado pela pandemia, é um desafio acrescido, mas consideramos essencial continuar a refletir e repensar a organização, a modelização dos sistemas, a implementação e a monitorização da qualidade clínica, em defesa da qualidade dos cuidados de saúde”.

Será possível assistir ao Fórum através das plataformas abertas youtube e Facebook da Sociedade Portuguesa de Cardiologia e interagir por “chat” através do “zoom”.

Covid-19 em Portugal
Portugal registou mais de 10 mil novos casos de covid-19 e 91 mortes associadas à doença nas últimas 24 horas. O número diário...

Segundo o boletim divulgado, hoje, pela Direção Geral da Saúde, foram diagnosticadas 3.857 novas infeções na região norte. Segue-se Lisboa e Vale do Tejo com 3.333 novos casos de infeção pelo novo coronavírus e a região Centro, 1.932. No Alentejo há mais 439 casos e no Algarve mais 307. No arquipélago da Madeira foram identificadas mais 52 infeções e no dos Açores dispararam para 107 novos casos nas últimas 24 horas. 

Quanto ao número de óbitos, a região norte foi aquela onde morreram mais pessoas com Covid-19: 37 das 91 mortes registadas em todo o País. Segue-se Lisboa e Vale do Tejo com 27 mortes e a região centro com 15. No Alentejo há 15 mortes a lamentar e no Algarve uma.

Nos arquipélagos da Madeira e nos Açores não foi registada nenhuma morta associada à Covid-19, nas últimas 24 horas.

O boletim da DGS desta quarta-feira revela ainda que existem 3.293 doentes internados, mais 33 desde ontem. Nos cuidados intensivos há agora 513 pessoas internadas, mais uma, desde a última análise.

Nas últimas 24 horas, 3.115 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 352.225 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, mostra que há atualmente 87.004 casos, mais 6.821 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm 100.103 contactos sob vigilância, mais 3.526 desde o último balanço.

 

Modelo de aconselhamento
O Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS) da Direção-Geral da Saúde publicou, esta semana, o modelo...

O modelo de aconselhamento é um guia de referência que contempla diversas ferramentas que podem ser utilizadas pelos diferentes profissionais de saúde no contexto da sua prática clínica. As ferramentas possibilitam uma abordagem inicial, breve, que em média não deve exceder os 10 minutos, e assentam nos modelos de intervenção motivacional, reconhecendo assim as dificuldades inerentes à mudança do comportamento alimentar.  

Pretende-se que a implementação do modelo de aconselhamento breve e das ferramentas nele contempladas possa conferir uma maior qualidade às abordagens nas áreas da promoção da alimentação saudável, da prevenção e do controlo das doenças crónicas.  

As orientações técnicas baseadas na evidência e a harmonização de práticas e procedimentos permitem níveis elevados de eficácia e ganhos em saúde. Por outro lado, a padronização de protocolos confere uma maior eficiência ao funcionamento dos serviços, garantindo uma base de intervenção comum facilitadora da monitorização e avaliação.  

A implementação generalizada do aconselhamento breve para a alimentação saudável nos cuidados de saúde primários e a identificação precoce de indivíduos que necessitem da intervenção diferenciada aumenta ainda as oportunidades de referenciação para os Cuidados Personalizados de Nutrição e uma melhor articulação entre os nutricionistas e demais profissionais de saúde.

A carga da doença associada às doenças crónicas (diabetes mellitus, obesidade, doenças cardiovasculares, dislipidemia...) é elevada na população portuguesa e os hábitos alimentares inadequados estão entre os cinco fatores de risco que mais contribuem para a perda de anos de vida saudável e para a mortalidade.

A elevada prevalência de doenças crónicas associadas à alimentação inadequada na população portuguesa exige que o aconselhamento para uma alimentação saudável seja uma constante na prestação de cuidados de saúde. Este deve ocorrer quer no contexto da prevenção quer no contexto da terapêutica e controlo destas doenças, já que a intervenção assente na mudança de estilos de vida, nos quais a alimentação se inclui, faz parte das guidelines para a terapêutica das doenças crónicas mais prevalentes.

A intervenção precoce ao nível dos cuidados de saúde primários e´ uma abordagem que pode contribuir para a diminuição da progressão para doença (ex: pré-diabetes e pré-obesidade), para o melhor controlo após a sua instalação, para o menor risco de complicações associadas e, consequentemente, para a menor utilização de serviços de saúde especializados no futuro (ex: cuidados hospitalares).

Agência Europeia dos Medicamentos
A EMA recomendou a concessão de uma autorização de comercialização condicional para a vacina COVID-19 Moderna. Esta é a...

O comité de medicamentos humanos (CHMP) da EMA avaliou minuciosamente os dados sobre a qualidade, a segurança e a eficácia da vacina e recomendou, por consenso, que uma autorização formal de comercialização condicional seja concedida pela Comissão Europeia. Isso garantirá aos cidadãos da UE que a vacina atende aos padrões da UE e coloca em prática as salvaguardas, controlos e obrigações para apoiar as campanhas de vacinação em todos os estados-membro.

"Esta vacina é mais uma ferramenta para superar a emergência atual", disse Emer Cooke, diretor executivo da EMA. "É com o esforço e compromisso de todos os envolvidos que conseguimos uma segunda recomendação positiva de vacina pouco menos de um ano desde que a pandemia foi declarada pela OMS.

"Como em todos os medicamentos, monitoraremos de perto os dados sobre a segurança e a eficácia da vacina para garantir a proteção contínua do público da UE. Nosso trabalho será sempre pautado pelas evidências científicas e pelo nosso compromisso de salvaguardar a saúde dos cidadãos da UE."

Um vasto estudo clínico mostrou que a vacina COVID-19 da Moderna foi eficaz na prevenção do COVID-19 em pessoas a partir dos 18 anos de idade.

Esta avaliação envolveu cerca de 30.000 pessoas no total. Metade recebeu a vacina e metade recebeu injeções placebo. As pessoas não sabiam se receberam a vacina ou as injeções placebo.

A eficácia foi calculada em cerca de 28.000 pessoas de 18 a 94 anos que não tinham sinais de infeção anterior.

O estudo mostrou uma redução de 94,1% no número de casos sintomáticos de COVID-19 nas pessoas que receberam a vacina (11 das 14.134 pessoas vacinadas receberam COVID-19 com sintomas) em comparação com pessoas que receberam injeções placebo (185 das 14.073 pessoas que receberam injeções falsas receberam COVID-19 com sintomas). Isso significa que a vacina demonstrou uma eficácia de 94,1% no ensaio.

O estudo também mostrou 90,9% de eficácia nos participantes com risco de COVID-19 grave, incluindo aqueles com doença pulmonar crónica, doença cardíaca, obesidade, doença hepática, diabetes ou infeção pelo HIV. A alta eficácia também foi mantida entre géneros, grupos raciais e étnicos.

A vacina da Moderna consiste em duas injeções no braço, com 28 dias de intervalo. Os efeitos adversos mais comuns - dor e inchaço no local da injeção, cansaço, calafrios, febre, linfonodos inchados ou macios sob o braço, dor de cabeça, dores musculares e articulares, náuseas e vómitos - foram geralmente leves ou moderados e melhoraram em poucos dias após a vacinação.

A segurança e a eficácia da vacina vão continuar a ser monitorizadas à medida que for usada em toda a UE, através do sistema de farmacovigilância da UE e de estudos adicionais da empresa e das autoridades europeias.

“Manual de Instruções” para pais e educadores
A Perturbação de Hiperatividade com Défice de Atenção (PHDA) é uma Perturbação do Desenvolvimento in

A PHDA é a perturbação neurocomportamental infantil mais frequente, chegando a afetar até 7% das crianças em idade escolar, sendo os rapazes até nove vezes mais afetados do que as raparigas. Pode manifestar-se muito cedo na vida da criança, embora seja mais facilmente detetada no período pré-escolar e no início da escolaridade, uma vez que são alturas em que o controlo da atenção e da atividade se tornam fundamentais ao seu desenvolvimento académico e integração social e educativa.

Mesmo sendo uma perturbação do desenvolvimento, não está associada a qualquer diminuição cognitiva ou sensorial do cérebro, nem tão pouco resulta de pouca estimulação escolar ou de falta de motivação da criança para estudar e aprender. No entanto, à semelhança do que acontece com outras perturbações do desenvolvimento, a criança com PHDA terá necessariamente um percurso mais desafiante para conseguir os mesmos desempenhos que uma criança sem PHDA, não só no percurso escolar e académico, como também no seu dia-a-dia.

Tipos de PHDA

Os efeitos da PHDA podem variar de pessoa para pessoa, assim como ao longo das diferentes etapas da vida de cada pessoa. De acordo com o DSM-V-TR (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders), existem três tipos de PHDA dependendo do sintoma que predomina na criança:

PHDA predominantemente caracterizada pela desatenção:

A criança tem muitas e permanentes dificuldades de concentração, mas sem hiperatividade-impulsividade significativa. Isto é, as crianças com este tipo de PHDA têm limitações significativas em focar e manter a atenção em assuntos que lhes pareçam pouco estimulantes em termos audiovisuais. De igual modo, não têm iniciativa para organizar tarefas e resolver problemas, ou para aprender algo novo, sentindo-se facilmente aborrecidas passados apenas alguns minutos.

PHDA predominantemente caracterizada pela hiperatividade-impulsividade:

Crianças hiperativas têm dificuldades sérias em permanecer quietas e silenciosas, mesmo quando o contexto ou a situação assim o exigem (por exemplo na sala de aula ou à mesa). Crianças impulsivas frequentemente não são capazes de controlar as suas reações imediatas ou de pensar antes de agir (por exemplo fazer comentários inadequados e ter reações agressivas sem pensar nas consequências). Nestes casos, a criança não apresenta problemas atencionais significativos.

PHDA de tipo misto:

A criança apresenta sintomas de ambos os tipos.

Causas da PHDA

Crianças com PHDA são muitas vezes, preconceituosamente, vistas como sendo irremediavelmente indisciplinadas ou desmotivadas para a aprendizagem. Pais de crianças com esta perturbação questionam-se frequentemente sobre se terão feito algo de errado na educação dos seus filhos, acarretando isso um doloroso sentimento de culpa e excessiva autorresponsabilização. No entanto, o crescente conhecimento sobre o assunto nos últimos anos vem desmentindo esta perceção do problema, havendo cada vez mais evidências de que a sua origem não está no tipo de ambiente familiar e educacional, mas em causas biológicas, podendo ocorrer em pessoas de todos os contextos socioeconómicos e níveis intelectuais.

Importa referir que, embora estas crianças tenham mais dificuldades em focar e manter a sua atenção naquilo que respeita à aprendizagem formal, a sua irrequietude intrínseca frequentemente resulta numa imensa curiosidade em relação a tudo o que as rodeia, tornando-as pessoas particularmente capazes de reparar em detalhes que nos passariam despercebidos, e em usufruir de tudo aquilo que as envolve e capta a sua atenção.

Origem genética da PHDA

Estudos feitos ao longo das duas últimas décadas indicam que a PHDA poderá ter origem genética, apresentando uma taxa de hereditariedade estimada em 25%. Mais recentemente, estudos baseados em imagens de alta resolução do cérebro realizados no National Institute of Mental Health nos Estados Unidos, indicam que a PHDA poderá estar associada a um menor volume em várias regiões do cérebro, nomeadamente ao nível dos lobos frontais, os quais são responsáveis pela nossa capacidade de resolver problemas, planificar, compreender o comportamento dos outros e controlar os nossos impulsos.

Origem ambiental e/ou adquirida da PHDA

Outros estudos apontam para o consumo de álcool e tabaco durante a gravidez, assim como a exposição a certos elementos tóxicos, como fatores de elevado risco para o subdesenvolvimento do cérebro da criança e maior probabilidade de ocorrer PHDA. Também tem sido sugerido que uma alimentação demasiado rica em açúcar refinado e aditivos poderá causar e/ou amplificar os sintomas associados a esta perturbação.

À semelhança do que acontece com outras perturbações do desenvolvimento, a PHDA também pode resultar de uma lesão cerebral provocada por algum tipo de acidente (como uma trombose ou um traumatismo craniano). Isto aplica-se no caso de pessoas que nunca tenham tido problemas de concentração e autocontrolo durante a sua vida e cujo traumatismo tenha ocorrido em áreas do cérebro que afetam direta ou indiretamente estas áreas. No entanto, são poucos os casos conhecidos de crianças com PHDA que tenham sofrido um tal traumatismo.

Diagnosticar a PHDA

As principais características de uma criança com PHDA - falta de atenção, hiperatividade e impulsividade – aparecem cedo na sua vida. Dado que muitas crianças podem também, ocasionalmente, apresentar estes sintomas, cuja origem pode também estar noutras causas – como a depressão e ansiedade - o diagnóstico da PHDA não é fácil de fazer.

Por um lado, uma criança impulsiva que age e fala sem pensar pode ser facilmente confundida como tendo falta de disciplina ou regras. Por outro lado, uma criança mais lenta e passiva pode ser interpretada como meramente desmotivada. De igual modo, é mais fácil reparar no comportamento disruptivo de uma criança impulsiva e/ou com hiperatividade, em comparação a uma criança que seja mais discreta e que passe muito tempo alheada de tudo, a “sonhar de olhos abertos”.

A importância de um diagnóstico precoce

Para além das limitações ao nível do desempenho escolar e social, a PHDA afeta muitas vezes a autoimagem e a autoestima da pessoa que a apresenta. Sendo uma perturbação do desenvolvimento permanente, uma vez diagnosticada vai acompanhar a pessoa durante toda a sua vida. Crianças com PHDA podem sentir-se menos inteligentes e menos capazes do que na realidade o são; e o desgaste de repetidas situações de stress relacionadas com problemas escolares e sociais resultam muitas vezes numa crescente desmotivação em prosseguir os estudos. Para evitar esta espiral negativa, o diagnóstico e a intervenção precoce fazem toda a diferença na qualidade de vida da criança.

Geralmente, a impulsividade e a hiperatividade antecedem a falta de atenção. É quando estes sintomas começam a afetar a sua performance escolar e as suas relações socio-afetivas que se começa a suspeitar de uma possível PHDA.

Para isso, é fundamental que pais e educadores estejam atentos a determinados sinais de alerta na criança, quer no que toca à sua competência escolar, quer na sua comunicação com os pares e adultos (por exemplo, se tem dificuldades persistentes em manter-se quieto e silencioso na sala de aula; se dá respostas descontextualizadas às perguntas do professor; se demora demasiado tempo a concretizar as tarefas escolares, independentemente da sua complexidade; se é irrequieta de forma permanente).

Todos estes sinais poderão dar pistas importantes aos pais e aos educadores/professores sobre como a criança se adapta a este mundo complexamente organizado que é a escola e, de uma forma geral, o mundo social. Uma boa comunicação entre pais, professores e técnicos especializados, é determinante para identificar sinais e despistar a PHDA ou outras perturbações de desenvolvimento em idade precoce.

Uma vez diagnosticada, torna-se possível implementar estratégias de desenvolvimento das capacidades da criança. Quanto mais cedo for feita a intervenção, mais hipótese a criança terá de desenvolver a sua capacidade de concentração, organização e controle, devido à maior “plasticidade” do cérebro infantil em comparação com o cérebro adulto.

Sinais de Alerta da PHDA

Crianças com apenas quatro anos de idade já podem ser diagnosticadas com PHDA com bastante exatidão, embora os sintomas associados a esta perturbação se tornem particularmente notórios na entrada para o ensino formal, altura em que a criança vai ser desafiada com uma maior exigência em termos da sua capacidade de foco e da sua interação com os seus pares e professores. Neste sentido, podem e devem ser considerados os seguintes sinais de alerta:

Dificuldades em:

  • Prestar atenção a detalhes;
  • Prestar atenção ao que lhe é dito;
  • Cumprir regras e seguir instruções;
  • Ficar sentado por períodos de tempo mais longos;
  • Ser paciente e esperar pela sua vez.

Tendência para:

  • Desviar a sua atenção para outras atividades diferentes da que está a realizar;
  • Não concluir as diferentes tarefas/atividades que inicia;
  • Ser desorganizado;
  • Evitar atividades que exijam da sua parte um esforço cognitivo continuado e persistente;
  • Distrair-se frequentemente com coisas alheias àquilo que está a fazer;
  • Esquecer-se de compromissos e tarefas previamente estabelecidos;
  • Esquecer-se e aborrecer-se facilmente com tarefas que considera demasiado complexas;
  • Apresentar agitação motora (por exemplo, mexer os pés e/ou as mãos), mesmo quando se encontra sentado;
  • Mexer-se demasiado em situações inapropriadas (por exemplo, na sala de aula, à mesa das refeições, entre outros);
  • Ser demasiado barulhento em atividades de lazer;
  • Ser excessivamente agitado;
  • Falar em excesso e para não pensar antes de falar;
  • Responder a perguntas antes de as ter escutado até ao fim;
  • Interromper as pessoas, e intrometer-se em conversas alheias ou jogos nos quais não está a participar.

Para além destes sintomas, existe uma probabilidade de cerca de 20-30% de que crianças diagnosticadas com PHDA, venham a apresentar uma ou mais dificuldades de aprendizagem, sendo as mais comuns em contexto escolar, a dislexia, a disortografia e a discalculia.

Importa sublinhar que, embora a criança possa apresentar a maioria destes sintomas, isso não significa necessariamente que estejamos perante um quadro de PHDA. É absolutamente fundamental ter em consideração estes sintomas, enquanto potenciais sinais de alerta, mas recorrendo a uma avaliação profissional e especializada para obter um diagnóstico acertado.

Sempre que crianças ou jovens revelem alguns dos sinais de alerta relacionados com a PHDA, pais e professores devem procurar o quanto antes uma avaliação mais detalhada junto de técnicos especializados, dado que o sucesso da intervenção será tanto maior quanto mais cedo forem detetadas e intervencionadas estas situações. O diagnóstico e a intervenção na PHDA podem ser realizados por psicólogos clínicos, psicólogos educacionais e neuropediatras. A avaliação consiste geralmente numa entrevista inicial aos pais, seguida de quatro/cinco sessões com a criança e de uma entrevista aos seus professores, sendo igualmente entregues questionários para serem preenchidos pelos pais e professores. Nesta fase de decisão é fundamental ter-se em conta os diferentes fatores que estão a provocar o comportamento inerente ao quadro de PHDA para posteriormente se decidir pela intervenção terapêutica mais adequada às necessidades de cada criança.

Em casos de PHDA mais ligeiros, deverá optar-se por uma intervenção essencialmente psicopedagógica através de atividades em que são estimuladas e otimizadas diversas competências da criança. Os programas de intervenção mais eficazes no tratamento da PHDA consistem numa a duas sessões por semana, durante as quais são aplicadas estratégias de modificação de comportamento e treinadas as funções de atenção/concentração adequadas às necessidades da criança e aos seus diferentes contextos quotidianos. A reeducação comportamental e o treino da concentração e do controlo baseiam-se em atividades profundamente estruturadas e sistematizadas, assim como na implementação de atividades lúdico-pedagógicas. É absolutamente fundamental que o técnico mantenha uma comunicação estreita com os professores e com os pais da criança, de forma a conciliar as estratégias educativas utilizadas.

Em casos de PHDA mais severos, o neuropediatra poderá recomendar a intervenção farmacológica para conseguir controlar os sintomas associados a esta perturbação do desenvolvimento. No entanto, sabe-se que esta abordagem deverá ser sempre acompanhada pela abordagem de reeducação psicopedagógica.

Se não for acompanhada com uma intervenção adequada a PHDA pode colocar sérios entraves ao sucesso escolar e à progressão académica da criança. Esta perturbação torna as crianças menos disponíveis para a aprendizagem pelo seu elevado nível de atividade, falta de atenção e/ou impulsividade, dificultando muito a aprendizagem. É por isso necessário, implementar estratégias de intervenção alternativas para que a criança aprenda a aprender. Através destas e de um treinamento focalizado, as dificuldades atencionais nestas crianças podem ser muito atenuadas e até largamente reeducadas.

*Este conteúdo foi desenvolvido pelo Centro SEI para o Atlas da Saúde.
O SEI é um centro de referência no tratamento das perturbações do desenvolvimento e da aprendizagem. Fique a conhecê-lo através da página https://www.centrosei.pt/

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Recomendações
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê a continuação de temperaturas baixas até ao próximo dia 7, o que...

O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) alerta, assim, para os principais problemas de saúde relacionados com o frio.

As exposições a baixas temperaturas, no interior e no exterior, podem causar riscos sérios ou letais para a saúde. Permanecer em casa pode ser uma medida adequada a várias situações, mas também aqui poderá encontrar perigos vários que importa conhecer. Muitas casas estarão frias devido à falta de energia ou pelo sistema de aquecimento não ser adequado à temperatura. Quando somos forçados a utilizar aquecedores e lareiras aumenta o risco de incêndio, bem como o de intoxicação por monóxido de carbono.

O INEM recorda que com o tempo frio aumenta também o risco de dificuldade respiratória, hipotermia ou queimaduras provocadas pelo frio.

O INEM apela à colaboração dos cidadãos, solicitando que liguem para o Número Europeu de Emergência – 112 apenas em caso de emergência médica. Todas as situações referentes a aconselhamento têm a sua disposição o número do Centro de Contacto do Serviço Nacional de Saúde, através do 808 24 24 24, o que permitirá que aos Centros de Orientação de Doentes Urgentes do INEM cheguem apenas chamadas referentes a verdadeiras emergências médicas.

Mantenha-se informado, hidratado e quente! Se ficar doente, não corra para as urgências: ligue SNS 24 (808 24 24 24).

 

 

Opinião
A propósito do centenário da descoberta da insulina (1921-2021), sigamos a evolução do tratamento da

Contemos a história de como era tratar um jovem cuja diabetes aparece depois de 1921...

Seguimos o João:

O João tinha 14 anos, quando um dia chegou a casa do seu jogo de futebol, mais cedo do que era habitual. O João vinha muito cansado e a mãe estranhou. Acerca-se dele e pergunta-lhe se está bem! O jovem responde com voz arrastada:

“Sinto-me muito cansado!”

Preocupada, a mãe insiste! “Passa-se alguma coisa?” “Não, mãe, só me sinto mais cansado”, responde João. Deita-se, mas nada o ajuda a recuperar as forças.

Passa agora os dias a dormir. Perde peso e está sempre a beber água. Os pais resolvem levar o João ao Dr. Sérgio, médico da família.

O médico ouve atentamente a história, faz um breve exame e pede uma amostra de urina.

O Dr. Sérgio chama os pais à parte e, solene dá-lhes a notícia: "Lamento dizer que seu filho tem diabetes." A mãe, que teve uma avó com diabetes, entende muito bem o que o médico realmente lhes diz.

Em agosto de 1922, um especialista de Chicago ouve falar do novo tratamento descoberto em Toronto e consegue - através de colega amigo - fornecer ao Dr. Sérgio insulina recém-descoberta.

O médico do João começa a administrar insulina, por via subcutânea, antes das três refeições e ao deitar. João rapidamente começa a urinar menos, e lentamente a recuperar o peso. Um mês depois já joga futebol e regressa à escola.

O João recupera assim uma certa normalidade na sua vida. Tudo devido ao “milagre” da insulina.

Saltemos para 1936

Progressos técnicos permitem desenvolver insulinas com tempo de ação mais prolongado: as Insulinas protamina e protamina-zinco. O João passa a fazer duas administrações por dia. Gosta! É mais cómodo.

Com o progresso imparável, aparece, entretanto, a insulina NPH (Neutral Protamine Hagedorn), com uma duração ligeiramente superior e mais estável. Continua a fazer a sua vida social e profissional.

Em 1953

Em 1953, aparecem as insulinas de combinação com o zinco. As insulinas semi-lentas, lentas e ultralentas. Com a insulina lenta apenas precisa de tomar uma vez por dia.... Parece-lhe um grande avanço.

Em 1970

O João sabe pelo seu médico assistente que surgiram novos tipos de insulinas. Mais puras e, portanto, com menos efeitos secundários e, ao que dizem, mais eficazes. Eram as Monocomponentes (MC). Decide mudar logo, achando ter ficado mais estável.

Em 1980

No início da década de 1980, o João ouve que atribuem a deficiente compensação da diabetes ao aparecimento das chamadas complicações tardias.

Por isso, aceita logo a sugestão do seu médico e passa a fazer duas administrações de insulina de ação lenta (pequeno almoço e jantar), com insulina rápida às refeições. Melhora logo a médias das suas glicémias que faz com tiras teste, agora de sangue e recentemente aparecidas.

Com a melhoria da tecnologia e do conhecimento dos anos 80, João passa para as insulinas humanas. Insulinas com uma constituição exatamente igual à insulina das próprias pessoas. Oferecia mais estabilidade e provocava menos hipoglicemias.

No início deste século, propuseram-lhe mudar para os análogos de insulina.

O João desde logo adotou estas insulinas, nas rápidas - tinham um início de ação muito mais célere, e que permitiam dar insulina às refeições - e nas de ação prolongada, com o seu tempo de ação mais estável e em quase todas serem superior a um dia. João sente-se mais seguro e estável.

Já nos finais dos anos 70 e início dos 80, soube que começaram a ser desenvolvidos dispositivos eletrónicos que permitiam a infusão contínua de insulina. João é uma das

primeiras pessoas com diabetes a utilizar um desses aparelhos, que permitem a administração de insulina de forma contínua e com ajustes horários.

O João foi uma pessoa que aceitou a sua diabetes, sabia gerir a sua diabetes e estava integrado socialmente na sociedade.

Neste processo evolutivo, há a registar três marcos importantes no tratamento da diabetes. O uso das tiras testes de sangue; a HbA1c e, mais recentemente, os sensores da glicémia. Este último é considerado uma autêntica revolução.

Mas, como em tudo na vida, o importante mesmo são as pessoas. As equipas médicas sempre dispostas a apoiar os doentes, e as restantes equipas multidisciplinares.

Nota: 
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Covid-19
Durante o dia de hoje a Agência Europeia do Medicamento (EMA) deverá tomar uma decisão relativamente à vacina contra a Covid-19...

O objetivo é que os especialistas da EMA tenham mais tempo para analisar os dados clínicos e de laboratórios postos à sua disposição pela farmacêutica norte-americana.

Numa nota de imprensa divulgada ontem era afirmado que se estava a trabalhar de forma árdua para que fosse dada aprovação à vacina da Moderna, depois de a mesma ter recebido luz verde nos Estados Unidos a 19 de dezembro.

A conclusão da avaliação à vacina permitirá à Comissão Europeia (CE) autorizar uma licença condicional ao uso do fármaco no território europeu.

 

Acolhimento realizado em formato virtual
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) deu ontem, dia 4 de janeiro de 2021, as boas-vindas a 200 novos médicos,...

Atendendo aos constrangimentos impostos pela pandemia, estes novos profissionais foram acolhidos através da plataforma TEAMS.

Luís Trindade, diretor do internato médico do CHUC, proferiu as primeiras palavras de e boas-vindas e facultou informações sobre esta nova etapa que agora vão iniciar. Nuno Devesa, diretor clínico do CHUC, deixou aos novos internos uma mensagem com o desejo de “sucesso nesta nova etapa das vossas vidas, tanto a nível profissional, como a nível pessoal. Dou-vos as boas vindas à nossa instituição com a certeza de que a vossa presença, participação e trabalho a irão enriquecer verdadeiramente “.

Carlos Santos, presidente do Conselho de Administração (CA) do CHUC e Rosa Reis Marques, presidente da ARS Centro enviaram as suas mensagens por vídeo as quais foram transmitidas a todos os novos médicos. O presidente do CA do CHUC relevou, na sua mensagem, a capacidade formativa e a qualidade técnica, científica e de investigação deste centro hospitalar, apresentou também os eixos de orientação estratégica e os objetivos estratégicos, bem como realçou o valor e a importância das políticas ativas de humanização deste hospital, a sua missão, visão, valores e os princípios orientadores da gestão.

Esta sessão contou ainda com a participação online de Henrique Cabral do conselho nacional do médico interno da Ordem dos Médicos, Filipa Coutinho da comissão de médicos internos do CHUC e Isaías Craveiro do Serviço de Gestão de Recursos Humanos que prestaram esclarecimentos aos novos internos, nas suas respetivas áreas.

Foi também estabelecida, pelas 11h, ligação com o Webinar nacional do Ministério da Saúde.

As atividades de integração prosseguem hoje e quarta-feira, com a passagem de vídeos do foro científico e contarão com a participação de João Carlos Ribeiro, presidente do Conselho Nacional do Internato Médico, e de Carlos Cortes, presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos.

 

 

Universidade de Coimbra
Os cursos avançados do Programa Doutoral em Biologia Experimental e Biomedicina (PDBEB) estão de regresso, oferecendo formação...

Lançado em 2002, o PDBEB encontra-se sediado no Instituto de Investigação Interdisciplinar da Universidade de Coimbra (IIIUC), e é coordenado cientificamente pelo Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra (CNC-UC). Nas suas 18 edições conta com a formação de dezenas de investigadores, empreendedores, académicos e comunicadores de ciência.

“Os cursos avançados são uma ferramenta essencial, não só na formação dos nossos alunos, mas por trazerem a Coimbra especialistas de renome mundial, ajudando a criar colaborações, e a desenvolver uma cultura de exigência e qualidade ao mais alto nível”, afirma João Ramalho-Santos, coordenador do PDBEB.

Todos alunos do PDBEB e de outros programas doutorais, dentro e fora da Universidade de Coimbra, podem frequentar estes cursos avançados. No ano letivo de 2020/2021, a oferta formativa inclui tópicos em diversas áreas: plataformas tecnológicas para a investigação biomédica, comunicação de ciência, biologia computacional, metabolismo, cancro, infeção, neurociências, desenvolvimento de fármacos, terapias avançadas e proteómica.

Coordenados por investigadores do CNC, os cursos apresentam programas científicos de uma a duas semanas, sendo lecionados por especialistas nacionais e internacionais. Serão asseguradas todas as condições de segurança e saúde da Direção Geral de Saúde (DGS) de acordo com a situação pandémica nacional no momento de cada curso.

Qualquer informação adicional de cada curso poderá ser consultada no site do PDBEB , no site do CNC e nas redes sociais do CNC  (Facebook, Twitter e LinkedIn).

 

Especialistas definem medidas
A Sociedade Portuguesa de Transplantação vê a presidência portuguesa do Conselho da UE como uma janela de oportunidade para...

“A SPT, em conjunto com as outras entidades que participaram nesta mesa redonda, como o Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), a Ordem dos Médicos e as Associações de Doentes, pretende fazer todos os esforços necessários para que a área de transplantação seja cada vez mais vista como uma prioridade nos sistemas de saúde e que a doação e recolha de órgãos inverta o decréscimo acentuado que tem vindo a registar ao longo dos últimos meses”, afirma Susana Sampaio, Presidente da Sociedade Portuguesa de Transplantação.   

As principais medidas identificadas neste evento para a área da transplantação, para o próximo ano, assentam em três eixos: melhorar a formação e coordenação das equipas no terreno, elaborar um plano de comunicação eficaz para obter mais dadores vivos e apostar na valorização dos profissionais de saúde ligados à área do transplante. Acresce ainda a importância do envolvimento político de todos os governantes, para conseguirmos aplicar estas medidas em Portugal e estendê-las a outros países europeus.  

De acordo com dados apresentados pelo IPST, Portugal tem sido um dos três países europeus com a taxa mais elevada de colheita de órgãos, por cada cem mil habitantes. No entanto, a pandemia da Covid-19 já refletiu um decréscimo do número de transplantes realizados ao longo deste ano, com uma queda de 52% do total de transplantes realizados entre janeiro e junho, acrescidos também de uma redução do número de dadores.

O medo que os dadores sentem de se dirigirem aos hospitais, durante a pandemia, para doarem órgãos para transplantes foi um dos desafios identificados pelo Bastonário da Ordem dos Médicos e pelo Presidente da Associação Portuguesa de Enfermeiros de Diálise e Transplantação.  

Este debate contou com o apoio da Astellas Farma e a participação de representantes de várias entidades nacionais na área da saúde ligadas à transplantação e membros da Comissão Europeia para discutir o caminho desta área que, no entender dos participantes, deve ser prioritária.

 

Iniciativa
“Consigo desde o início” é o mote do novo site Barriga&Bebé (barrigaebebe.pt) dinamizado pelas Farmácias Portuguesas, marca...

O lançamento da plataforma foi feito através de uma campanha all media, suportada em meios above-the-line (mupis e imprensa), material de ponto de venda (farmácias) e com um especial enfoque no meio digital, designadamente display advertising, e-mail marketing, redes sociais e influencers.

Seguindo uma estratégia de proximidade, as Farmácias Portuguesas convidaram Andreia Rodrigues, Bárbara Corby, Helena Coelho e Sara Prata para partilharem o barrigaebebe.pt com os seus seguidores, revivendo alguns dos momentos mais marcantes da sua experiência enquanto grávidas ou mães, através da resposta à pergunta: “O que descobri com a maternidade/gravidez que ninguém me disse?”.

“Sabemos que as futuras e recém-mamãs constituem um grupo ávido de informação, pois esta é uma altura na vida das mulheres repleta de dúvidas e de incertezas, em que o aconselhamento personalizado e a relação de confiança com o seu farmacêutico são especialmente importantes. Com o desenvolvimento da nova plataforma Barriga&Bebé quisemos transportar este papel das farmácias também para o mundo digital. Nela, apresentamos conteúdos relevantes, credíveis e tecnicamente seguros, com a chancela do Centro de Informação do Medicamento e Intervenções em Saúde da Associação Nacional das Farmácias, assim como de outras prestigiadas entidades, como a CUF e o Hospital de São João. Adicionalmente, o Barriga&Bebé disponibiliza parcerias e promoções exclusivas para detentores de Cartão Saúda, o cartão das Farmácias Portuguesas, em marcas e parceiros bastante reconhecidos no segmento da maternidade”, afirma Susana Martins de Almeida, Diretora da Relação com o Consumidor das Farmácias Portuguesas. “Esta campanha pretende não apenas divulgar o site, mas também realçar o importante papel das Farmácias Portuguesas no acompanhamento, desde o primeiro momento, de todas as etapas da vida das famílias”, acrescenta.

Campanha de vacinação
O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) começou ontem a administrar a vacina contra a Covid-19 aos profissionais...

A vacinação dos profissionais identificados irá decorrer, ao longo desta semana, nos quatro “Centros de Vacinação” criados nas delegações regionais e noutros locais de vacinação secundários identificados pelo INEM.

Na última semana de 2020, o INEM aplicou um questionário para aferir quais os trabalhadores que pretendiam ou não ser vacinados contra a Covid-19, tendo recolhido 1.123 respostas positivas. Os profissionais prioritários que manifestaram a sua intenção de receberem a vacina vão ser vacinados nos próximos dias.

Vacina contra a Covid-19
Depois de Santarém, é a vez do distrito de Évora dar início à campanha de vacinação nos lares de idosos. Tanto utentes como...

A vacinação nos lares arrancou esta segunda-feira. Uma idosa com 100 anos, residente num lar de Mação, foi a primeira utente a receber a vacina contra a Covid-19.

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, afirmou, a propósito do arranque desta campanha de vacinação, que se estima que cheguem aos lares cerca 200 mil vacinas nos lares entre janeiro e fevereiro.

Para além dos lares assinalados, também os lares ilegais vão poder contar com a vacina. “Todas as instituições que se conheça e que sejam possíveis de identificar serão abrangidas e fazem aliás parte das listas que temos programada para a vacinação nos próximos dois meses”, sublinhou a ministra.  

 

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