15.º Congresso Português do AVC volta a organizar curso para médicos

Formação interativa em AVC isquémico responde à procura de especialistas e internos

O 15.º Congresso Nacional do AVC está à porta – decorre de 4 a 6 de fevereiro – e, mais uma vez, a organização do evento contempla a realização do “Curso Interativo de AVC isquémico na fase aguda” que decorrerá a 3 de fevereiro, das 14h30 às 19h, em modelo virtual, tal como o Congresso. Os interessados podem obter mais informações sobre as inscrições em www.spavc.org/actividades/cursos.

Esta formação já é um clássico do congresso, sempre com elevada procura por parte de especialistas e internos, como reconhecem os dois coordenadores do curso – Miguel Rodrigues e Liliana Pereira, ambos neurologistas do Hospital Garcia de Orta. “Existe um grande número de clínicos com envolvimento direto nos cuidados agudos aos doentes com suspeita de AVC que sentimos a necessidade de formar de acordo com as mais recentes recomendações nesta área”, explica o médico, acrescentando que “este tipo de formação é também benéfico para todos os internos, cativando-os para a área da doença vascular cerebral”.

Os objetivos da organização passam pela formação contínua de excelência na área do AVC, capacitando os formandos com ferramentas para a colheita da história clínica de um doente com suspeita de AVC e para a realização da entrevista com o doente, familiares ou cuidadores.

O curso vai também abordar que exames complementares de diagnóstico são imprescindíveis no atendimento a doente com suspeita de AVC agudo, bem como as alterações mais frequentemente identificadas nesses mesmos exames.

As indicações e contraindicações para a realização de trombólise e tratamento endovascular, assim como a seleção de doentes para cada uma destas terapêuticas segundo as mais recentes recomendações científicas são, igualmente, matérias desta tarde formativa, durante a qual haverá ainda espaço para descrever os principais mimetizadores do AVC agudo e as formas como se pode identificar e orientar esse quadro clínico.

A inovar esta primeira edição virtual, os temas supramencionados estão divididos no programa do curso em quatro estações [Estação 1. Abordagem inicial do doente com suspeita de AVC agudo; Estação 2. Interpretação dos exames imagiológicos; Estação 3. Decisão terapêutica: trombólise e tratamento endovascular; Estação 4. Identificação e orientação de mimetizadores], com formadores diferentes e com a duração aproximada de 45 minutos. Os participantes serão divididos por dois grupos, cada um com um máximo de 30 elementos, que rodarão pelas estações alternadamente.

Nas palavras de Liliana Pereira, esta organização por “estações” pretende “garantir uma interação mais direta com os formadores em temas específicos, em que o formando possa chegar ao final do curso sem dúvidas”, embora reconheça: “Estamos cientes que o modelo virtual é menos cativante para a audiência, pelo que esperamos que o equilíbrio entre sessões teóricas e sessões interativas permita manter o foco no conteúdo do curso e ser proveitoso”.

Ainda assim, mesmo com as contingências ditadas pela pandemia pelo novo coronavírus no terreno, “aceitámos o desafio de adaptar o curso ao modelo virtual para manter ativa esta vertente formativa do Congresso do AVC, que esperamos seja uma mais-valia na formação pós-graduada dos nossos colegas”, remata a neurologista. O Curso conta com o apoio da Medtronic.

Fonte: 
Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC)
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Foto: 
Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC)