Parasitas
Aquilo a que chamamos piolhos da cabeça é uma infestação que afeta o couro cabeludo do ser humano.

É causado pelo piolho da cabeça, Pediculus humanus capitis, um parasita que se transmite pelo contacto direto cabeça com cabeça e mais raramente pela partilha de objetos (por exemplo chapéus) que contactam com o cabelo.

Comichão

O sintoma principal é o prurido (comichão) do couro cabeludo. Podem observar-se pequenas pápulas eritematosas (borbulhas) próximas à linha de implantação do cabelo, reativas à picada do piolho, principalmente na nuca. Pela coceira repetida podem surgir escoriações e até mesmo infeções da pele. Os gânglios linfáticos da nuca e do pescoço podem aumentar de tamanho e poderão ser palpados.

Para detetar as lêndeas e os piolhos, devemos usar um foco de luz, de preferência com o cabelo húmido.

Os piolhos têm 3-4 mm, são transparentes ou castanho-avermelhados (após se alimentarem) e movem-se rapidamente o que os torna difíceis de detetar.

O que também temos que procurar são as lêndeas (ovos do piolho) que são acinzentadas e estão aderentes aos cabelos a menos de 1 cm da raiz, tipicamente nas áreas da nuca e atrás das orelhas. Poderemos também encontrar lêndeas desvitalizadas de cor acastanhada ou o involucro de lêndeas que já eclodiram que são brancos e parecidos com a caspa.

Tratamento

O tratamento consiste na aplicação de um produto na forma de champô, loção ou creme que vai matar o piolho, quer por ação direta da substância (pediculocidas), quer pelo efeito oclusivo do produto aplicado, o que origina a asfixia do piolho. O tratamento com um pediculocida requer a sua repetição cerca de uma semana depois, enquanto as substâncias oclusivas poderão requerer 2 ou mais ciclos de tratamento semanais.

A remoção manual repetida diariamente durante 2 a 3 semanas das lêndeas e dos piolhos, realizada com o cabelo húmido, utilizando um pente específico de dentes finos, é um adjuvante importante a qualquer terapêutica aplicada.

Outro método é a dissecação pelo calor realizada por um dispositivo desenhado para o efeito, o AirAllé™. É uma alternativa segura e muito eficaz nos casos refratários. Tem a desvantagem de ser uma técnica dispendiosa, realizada em estabelecimentos específicos.

Para além do tratamento, outras medidas complementares são importantes:

  • Lavar e secar toda a roupa utilizada nos 2 dias anteriores ao início do tratamento, a temperatura superior a 60ºC
  • Ferver pentes e escovas durante 5 a 10 minutos.
  • Aspirar o chão ou mobília, particularmente os locais onde a pessoa com piolhos se sentou ou deitou.

Qualquer pessoa pode ter piolhos

A ideia de que só pessoas com falta de higiene têm piolhos é um mito que tem que ser desmistificado. Ter piolhos não significa falta de higiene. Qualquer pessoa pode ter piolhos. Os piolhos propagam-se através do contacto direto entre cabeças ou através da partilha de peças de roupa (chapéus, gorros).

Medidas preventivas

As únicas medidas preventivas eficazes são o diagnóstico precoce da infestação, o tratamento eficaz da criança afetada e a vigilância dos contactos próximos visando o diagnóstico precoce dos casos de contágio e o seu tratamento em simultâneo.

As crianças devem ser aconselhadas a não partilhar objetos pessoais que estão em contacto com o cabelo como pentes e chapéus. O contágio ocorre frequentemente pelo contacto entre cabeças durante as brincadeiras.

Nos infantários e nas escolas os chapéus e os casacos devem ser sempre colocados em cabides separados. As meninas devem manter os cabelos mais curtos pois facilita a remoção mecânica dos piolhos e das lêndeas em caso de infestação. Os cuidadores devem observar periodicamente o couro cabeludo da criança para identificar possíveis reinfestações

Mensagens a reter

  1. O método ideal não existe, até porque nenhum impede a reinfestação.
  2. Devem-se seguir as recomendações acima descritas e na ausência de resultados deve-se consultar o Dermatologista para se delinear a melhor estratégia de tratamento.
  3. A pediculose da cabeça é uma das parasitoses mais frequentes.
  4. O diagnóstico precoce é muito importante, podendo evitar o contágio dos contactos diretos e o surgimento de surtos.

 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Campanha “Dê Troco a Quem Precisa”
A campanha solidária de Natal “Dê Troco a Quem Precisa” angariou um apoio monetário de 31.106,60€, num total de 41.811...

A iniciativa, promovida pelo Programa abem:Rede Solidária do Medicamento, da Associação Dignitude, permite que mais pessoas carenciadas e fragilizadas pela pandemia sejam ajudadas no acesso a medicamentos, produtos e serviços de saúde. Entre os dias 14 e 22 de dezembro, os portugueses foram convidados a doar o troco resultante das compras realizadas nas farmácias aderentes. Os donativos recolhidos estão a ser integralmente aplicados na Emergência abem: COVID-19, lançada em março de 2020.

A iniciativa apoia já mais de 1.000 portugueses referenciados por entidades parceiras locais como Câmaras Municipais, Juntas de Freguesia, Instituições Particulares de Solidariedade Social, Cáritas e Misericórdias.

“A generosidade dos portugueses foi, uma vez mais, demonstrada através da forte adesão a esta campanha solidária. Estamos verdadeiramente gratos pelo esforço conjunto que muito ajudará os mais vulneráveis devido à pandemia. O impacto do surto sanitário está a causar imensas dificuldades às famílias portuguesas e não podíamos ficar indiferentes a esta realidade. Criámos assim a Emergência abem: COVID-19, de forma a minimizar as consequências da pandemia na vida destas pessoas e, com a ajuda de todos, continuaremos a fazer a diferença”, explica Maria de Belém Roseira, embaixadora da Associação Dignitude.

 

Impacto da pandemia
Quase metade da população portuguesa diz sentir pioras na sua visão ao perto no último ano, período que engloba os meses de...

A conclusão resulta do inquérito “Ver-se Vem”, conduzido pela Direção de Saúde Visual da Essilor Portugal, que pretende identificar o atual estado da saúde visual dos portugueses. O estudo incide em diferentes campos, dos impactos do confinamento e da pandemia, à miopia e ao conhecimento sobre os sintomas e correção da presbiopia, ou “vista cansada”.

O inquérito “Ver-se Bem” foi conduzido entre setembro e novembro de 2020, envolvendo 833 voluntários que responderam a um questionário sobre a sua saúde visual. O prof. Salgado Borges, médico oftalmologista, uns dos responsáveis do inquérito, colaborou na conceptualização, implementação e análise crítica dos dados recolhidos.

Teletrabalho, ecrãs e miopia

No que respeita aos impactos do confinamento na saúde visual dos portugueses, 29% dos inquiridos refere que a sua visão no geral piorou desde o início do período de confinamento, um período marcado pelo incremento do teletrabalho e pelo uso crescente e até intensivo de dispositivos digitais – computadores, telemóveis e todo o tipo de ecrãs.

Com o recurso generalizado do teletrabalho metade dos inquiridos declarou a utilizar equipamentos digitais, como o smartphone, computador e televisão mais de 5 horas por dia. De sublinhar que um terço dos participantes diz ter estado frente a ecrãs mais de 8 horas por dia, e 9 em cada 10 um mínimo 3 horas por dia. Este aumento do número de horas de exposição tem efeitos diretos na saúde visual, nomeadamente no desenvolvimento e agravamento de miopia e de outros problemas oculares.

Ainda sobre os efeitos do confinamento, 44,8 por cento dos inquiridos refere a visão mais desfocada. Neste período 59 por cento afirma que se sentiu afetado pela claridade do dia ao sair à rua, pelo menos uma vez e 40 por cento relata irritação ocular. O inquérito revela também que 76% das pessoas que usam óculos sentiu o incómodo gerado com o embaciamento das lentes associado ao uso de máscara.

Metade dos inquiridos não sabe se tem presbiopia ou “vista cansada”

Este inquérito permitiu também saber se os portugueses estão atentos aos sinais da chamada “vista cansada” ao perto, ou presbiopia, e se sabem como corrigir esta perturbação visual que afeta sobretudo a população acima dos 45 anos de idade. De salientar que 9 em cada 10 pessoas inquiridas revelam que sentiram os primeiros sinais de presbiopia aos 40 anos.

Neste campo, as respostas revelam que quase metade (47%) dos inquiridos desconhece o que é a presbiopia. No entanto, as descrições dos sintomas demonstram que metade (50%) dos que têm mais de 35-40 anos já revela dificuldade em ler as letras mais pequenas, 35% sente dificuldade em focar ao perto e 27% afirma a necessidade de recorrer a óculos de ver ao perto para conseguir ler.

Apesar destas dificuldades, entre os inquiridos que revelam não usar óculos para corrigir a presbiopia, um terço não usa correção porque receia a capacidade de adaptação, enquanto que 12,4% não o faz porque o preço dos óculos progressivos é elevado e 11,3% porque isso implica uma consulta de avaliação.

Boa visão dos filhos é a principal preocupação de saúde dos pais

O inquérito revela também que ter uma boa visão é a principal preocupação dos pais portugueses (79,5%), à frente de uma alimentação saudável (77,2%) e da boa higiene oral (78,2%).

No entanto, apesar desta preocupação, e de 90 por cento dos pais declarar saber que os ecrãs são um fator de risco para o desenvolvimento da miopia nas crianças, apenas pouco mais de metade dos encarregados de educação (55%) admite a possibilidade de limitar o uso destes dispositivos.

Frequência na avaliação da saúde visual

Quase dois terços dos inquiridos (65%) avaliam a sua saúde visual pelo menos de dois em dois anos e apenas 16% só o faz quando deteta algum problema.

Segundo Alberto Silva, Diretor de Saúde Visual, Essilor Portugal, “a pandemia veio sublinhar a importância da saúde nas nossas vidas e a saúde visual não é exceção. No novo confinamento é importante que as pessoas se informem com um profissional sobre como melhor proteger a sua saúde visual”.

“O crescente aumento de crianças com miopia cada vez mais precoce preocupa os profissionais do sector da saúde visual e não podemos fechar os olhos a esta possível pandemia num futuro próximo”.

Para o médico oftalmologista, José Salgado Borges o uso frequente de dispositivos digitais e o uso de máscara contribuiu para o agravamento de problemas oftalmológicos. “É fundamental ter mais atenção e fazer o exame oftalmológico que identifique precocemente possíveis doenças oculares, de modo a evitar que estas evoluam para estados irreversíveis. Os seus olhos são a sua melhor ferramenta, cuide deles”, apela.

Estudo
Uma equipa multidisciplinar de cientistas da Universidade de Coimbra (UC) descobriu que o consumo continuado de mirtilo em...

A descoberta, já publicada na revista Pharmaceutics, aconteceu no decorrer de um estudo que pretende avaliar os possíveis efeitos benéficos do sumo de mirtilo no contexto da pré-diabetes, em modelo animal.

Considerando a composição fitoquímica enriquecida do mirtilo, numa diversidade de compostos bioativos «que parecem poder conferir inúmeros efeitos protetores em distintas condições, pareceu-nos muito pertinente perceber igualmente qual o impacto do consumo deste “superalimento” de forma prolongada, numa condição saudável», explicam os coordenadores do estudo, Flávio Reis e Sofia Viana, do Instituto de Investigação Clínica e Biomédica de Coimbra (iCBR), da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC).


Os investigadores do Instituto de Investigação Clínica e Biomédica de Coimbra (iCBR): Sofia Viana, Flávio Reis e Sara Nunes 

Para tal, os investigadores avaliaram um conjunto de parâmetros metabólicos, com destaque para o fígado, e em particular para as funções mitocondriais, em ratos adultos submetidos durante 14 semanas a um consumo regular de sumo natural de mirtilo (equivalente no homem a um copo e meio de sumo por dia).

No final da experiência, ao analisar os resultados, nomeadamente ao nível da mitocôndria – a casa energética da célula – hepática, observou-se que nos ratos pré-diabéticos «havia uma proteção da esteatose hepática (acumulação de gordura no fígado) e um impacto enorme ao nível da mitocôndria», afirma Sara Nunes, aluna de doutoramento no âmbito deste projeto. No caso dos ratos saudáveis, destaca, «verificámos que o consumo de sumo de mirtilo não teve impacto no perfil metabólico e não foram registadas alterações a nível intestinal. No entanto, o impacto hepático foi surpreendente, particularmente na função mitocondrial, semelhante a um efeito de uma dieta hipercalórica».

Os resultados observados nos ratos saudáveis sugerem que o consumo continuado de mirtilo força uma reprogramação metabólica, cujas consequências (benéficas ou nefastas) permanecem por esclarecer. A equipa acredita que «o forte impacto hepático gerado pelo consumo continuado de mirtilo pode permitir prevenir ou atenuar contextos de doença, como, por exemplo, a diabetes e a obesidade, mas não podemos descartar a hipótese de poder provocar algum tipo de desequilíbrio e ter consequências nocivas para a saúde».

Por isso, o passo seguinte do estudo vai centrar-se em clarificar ambas as hipóteses, de modo a contribuir para um consumo de mirtilo seguro, «no sentido de melhor elucidar se esta resposta adaptativa resultante do consumo prolongado de mirtilo se traduzirá em benefícios ou se, pelo contrário, poderá estar associada a efeitos nefastos. No contexto dos hábitos atuais de uma parte da população, esta investigação reveste-se de particular relevância», assinalam Flávio Reis e Sofia Viana.

Os benefícios do mirtilo para a saúde estão intimamente relacionados com a atividade antioxidante, «principalmente devido ao seu alto teor em compostos fenólicos. As suas reconhecidas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias são de certa forma responsáveis pelo aumento do consumo ao longo dos últimos anos», esclarecem os investigadores, salientando, contudo, que «alguns trabalhos têm alertado para possíveis efeitos adversos resultantes de um consumo descontrolado e excessivo de certos produtos antioxidantes, incluindo os enriquecidos em compostos fenólicos».

Este estudo faz parte de um projeto de investigação mais alargado, que conta com a parceria da Cooperativa Agropecuária dos Agricultores de Mangualde (COAPE) e da MIRTILUSA (Sever do Vouga), focado no potencial terapêutico da planta do mirtilo no seu todo, ou seja, além de estudar as bagas (casca e polpa), a equipa liderada por Flávio Reis e Sofia Viana está a explorar o potencial das folhas, particularmente das folhas caducas, para acrescentar valor a uma parte do arbusto do mirtilo que neste momento é um desperdício e que cumulativamente tem uma quantidade de compostos bioativos muito maior que o fruto.

Nesse sentido, os investigadores já desenvolveram uma tecnologia de processamento das folhas, que ultrapassa as tradicionais infusões, cuja biomassa obtida se revela «muito promissora, com propriedades antioxidantes potentíssimas do ponto de vista terapêutico», rematam Flávio Reis e Sofia Viana.

Combata à pandemia
À saída de uma reunião no Hospital Garcia de Orta, Marta Temido, admitiu alguma “preocupação” com o confinamento dos...

“Estamos a pôr todos os meios que existem no país a funcionar, mas há um limite e estamos muito próximos do limite. E os portugueses precisam de saber disso”, afirmou a ministra ontem.

Já o Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, a partir de sua própria casa, num vídeo informal, apelou à responsabilidade de todos e ao cumprimento das regras do confinamento. “Cada um em sua casa estamos a zelar pelo futuro coletivo de todos!”, sublinhou.

A mensagem pode ser vista na página do Youtube do Serviço Nacional de Saúde.  

 

Vacina da Biotech-Pfizer
As segundas doses das vacinas contra a Covid-19 aos profissionais de saúde que receberam a primeira administração ainda em 2020...

De acordo com a informação disponibilizada no “site” do Serviço Nacional de Saúde, espera-se que, ao longo desta semana, sejam vacinados “quase 30 mil profissionais de saúde de contextos prioritários, de hospitais e cuidados de saúde primários, de Norte a Sul do País”.

O Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central foi o primeiro centro hospitalar a administrar a segunda dose da vacina.

Recorde-se que a vacina Cominarty, da Biotech-Pfizer, é uma vacina multidose, o que significa que são necessárias duas doses para se completar o esquema de vacinação. Segundo o Resumo das Características do Medicamento (RCM), as doses devem ser administradas num intervalo de pelo menos 21 dias.

Ainda assim, mesmo após ser vacinada, a pessoa deve continuar a observar todas as medidas preconizadas para a sua proteção e contenção da transmissão, incluindo o uso de máscara.

 

Covid-19
A Câmara Municipal de Ponte da Barca irá iniciar o rastreio à Covid-19 na próxima terça-feira, dia 19 de janeiro, aos alunos e...

Com o objetivo de contribuir para a mitigação desta doença no concelho, e após decisão do Governo de manter o funcionamento das escolas, a Câmara Municipal lança esta iniciativa, em articulação com o Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca, de forma a garantir, à comunidade educativa e à população em geral, que a escola é um local seguro.

Estes testes rápidos de deteção de antigénio para o Sars-Cov-2 serão realizados nas escolas por profissionais indicados pelas Autoridades de Saúde Pública e os seus resultados ficarão disponíveis em poucos minutos, sendo que apenas serão efetuados com prévio consentimento por parte dos encarregados de educação.

À semelhança dos testes realizados a todos os funcionários da Câmara Municipal, este rastreio será integralmente suportado pela Autarquia, onde se incluem as auxiliares de ação educativa.

Em nota de imprensa, a Câmara Municipal deixa ainda um apelo: “que (todos) adotem comportamentos individuais responsáveis, pois apenas dessa forma se conseguirá travar o contágio pela Covid-19 no concelho.”

 

 

Evento online reúne especialistas
A primeira CUF Talks de 2021 junta, dia 18 de janeiro, pelas 18h00, num evento digital gratuito, especialistas de Pneumologia,...

Uma noite de sono mal dormida tem um efeito semelhante a um estado leve de embriaguez, prejudicando a coordenação motora, afetando as capacidades cognitivas ao nível do raciocínio e da memória.

Estima-se que cerca de 80% da população apresenta pelo menos um distúrbio de sono por diagnosticar. Sendo que os mais prevalentes são a Insónia e a Apneia, levando à fragmentação do sono e contribuindo, em grande parte, para o aumento de risco de Hipertensão Arterial, Doença cardiovascular, diabetes, sonolência excessiva, risco de acidentes de viação e, consequente, perda da qualidade de vida.

O diagnóstico precoce e a abordagem multidisciplinar através de diferentes áreas médicas, contribuem para o sucesso do tratamento destes distúrbios, por isso, neste webinar, com moderação de Susana Noronha, especialista de Medicina Dentária no Hospital CUF Tejo, vão participar especialistas da Equipa do Sono do Hospital CUF Sintra: Ana Sofia Oliveira, pneumologista, Filipe Freire, otorrinolaringologista e Susana Falardo Ramos, especialista de medicina dentária.

Sem custo ou necessidade de marcação prévia, para assistir à CUF Talks “Como são as suas noites de sono?” basta aceder, na data e hora prevista, à página de Facebook da CUF. Se pretende receber um lembrete para o evento clique aqui.

Saiba mais em: https://www.cuf.pt/eventos/cuf-talks-como-sao-suas-noites-de-sono

 

Coronavírus
Portugal registou mais 10.663 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas. A região de Lisboa e Vale do Tejo é continua a ser...

Segundo o boletim divulgado, hoje, pela Direção Geral da Saúde, foram diagnosticadas 4.280 novas infeções na região de Lisboa e Vale do Tejo. Segue-se a região norte com 3.295 novos casos de infeção pelo novo coronavírus e a região Centro, 2.041. No Alentejo há mais 577 casos e no Algarve mais 328. No arquipélago da Madeira foram identificadas mais 93 infeções e no dos Açores 49 novos casos.

Quanto ao número de óbitos, a região de Lisboa e Vale do Tejo continua a ser aquela onde morreram mais pessoas com Covid-19: 65 das 159 mortes registadas em todo o País. Seguem-se as regiões norte com 35 e o centro com 34. No Alentejo há 15 mortes a lamentar e no Algarve dez.

Quanto aos arquipélagos, não foi regista nenhuma morte nas últimas 24 horas.  

Quanto ao número de doentes internados, os dados da Direção Geral da Saúde, mostram que há atualmente 4.560 internamentos, mais 192 que ontem, sendo que as unidades de cuidados intensivos receberam, desde o último balanço mais 11 doentes. Ao todo estão 622 pessoas na UCI.

O boletim desta sexta-feira mostra ainda que, desde ontem, 6.458 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 394.  total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 125.861 casos, mais 4.046 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm 142.740 contactos sob vigilância, mais 3.748 desde o último balanço.

Vacinas da Moderna
Como anunciado, durante a semana, passada pela ministra da saúde, a primeira tranche de vacinas da Moderna, foram distribuídas...

Do total das 8.400 doses que chegaram esta semana a Portugal, 2.370 foram enviadas, ao para os grupos privados e entidades do setor social com convenções com as Administrações Regionais de Saúde, celebradas no âmbito da pandemia.

A primeira tranche de 8.400 doses chegou esta semana a Portugal, foram distribuídas para a vacinação dos “profissionais de saúde prioritários de hospitais do setor privado e social que têm colaboração com o Serviço Nacional de Saúde no tratamento e nas respostas a doentes Covid”, tal como havia anunciado Marta Temido.

 

Sintomas e tratamento
Estima-se que um em cada cinco doentes renais crónicos sofra de anemia.

Segundo Manuel Amoedo, Nefrologista do Serviço de Nefrologia do HESE – EPE, a anemia “tem um impacto significativo na qualidade de vida do doente renal com aumento da morbimortalidade relacionada com aumento de doença cardiovascular”. Isto porque, como explica o especialista, estes doentes correm maior risco de desenvolver doença cardíaca ou eventos cardíacos, como é o caso da insuficiência cardíaca ou o enfarte agudo do miocárdio “com necessidade de hospitalização frequente”.

Embora se estime que um em cada cindo doentes renais crónicos sofra de anemia, Manuel Amoedo ressalva que este valor pode ser maior. “A percentagem de anemia associada a Doença Renal Crónica (DCR) vai aumentando de acordo com o estádio da DRC afetando mais de 50% dos doentes no estádio V”, revela.

Segundo o especialista a anemia da DRC está, naturalmente, associada à perda de função renal e consequente diminuição de produção de epoetina (“90% da sua produção é feita no rim”). “Para além da diminuição da produção de epoetina, a disfunção do metabolismo do ferro, com défice absoluto, ou com níveis adequados, mas impossibilidade da sua utilização, devido a níveis elevados de hepcidina e a menor sobrevida dos eritrócitos, em particular nos doentes estádio V em hemodiálise, são as principais causas de anemia”, explica quanto às causas.

Por outro lado, salienta que a Doença Renal Crónica “é uma doença inflamatória que também é causa de anemia e igualmente da quantidade de sangue que estes doentes perdem devido às múltiplas amostras de sangue a que são submetidos”.

Existindo uma forte associação entre uma e outra condição, quase impossível de fugir, torna-se então fundamental que estes doentes sejam periodicamente avaliados tendo em conta o estadiamento da DCR. “Dessa avaliação faz parte a realização de hemograma e, caso se verifique existência de anemia, estudo da cinética do ferro com doseamento de Ferro Ferritina e Taxa de saturação de transferrina (estes são os parâmetros mais frequentemente utilizados, podem usar-se outros, como por exemplo, contagem de reticulócitos e concentração de hemoglobina (Hgb) nos reticulócitos)”, avança o nefrologista.

É também importante que se excluam outras possíveis causas para a anemia. Manuel Amoedo salienta que a Doença Renal Crónica “está, muitas vezes, associada a outras doenças das quais destaco as doenças autoimunes (Lúpus eritematoso sistémico, artrite reumatoide, etc.) e a diabetes”.

Entre os sintomas mais frequentes, o especialista destaca a fadiga, o cansaço fácil, a sensação de mal-estar geral, as mialgias, a intolerância ao frio, os distúrbios do sono, a perda de apetite, a palpitações, ou incapacidade de concentração como os sinais a que deve estar atento.

Atualmente, o seu tratamento é feito através da utilização de epoetinas de curta, média e longa duração e de ferro endovenoso. “A utilização destes fármacos depende como é óbvio, do grau de anemia. Só prescrevemos epoetinas quando o valor de hemoglobina é inferior a 10 g/dl e não queremos que esse valor seja superior a 12 g/dl. Estes valores foram adotados depois de se ter verificado um aumento do risco de doença cardiovascular sem benefício de qualidade de vida nos estudos CHOIR e CREATE em que se corrigiu o valor de hemoglobina para valores normais”, explica Manuel Amoedo.

Antes do aparecimento das epoetinas, o nefrologista recorda que a terapêutica disponível era pouco eficaz e com várias complicações associadas. “Antes do aparecimento das epoetinas, no início da década de 90, a anemia da DRC era tratada com suplementos de ferro e com suporte transfusional – o que causava hemossiderose e doenças virais, sobretudo Hepatite C quando ainda não era possível fazer o seu rastreio nos dadores”, recorda.

No entanto, apesar da terapêutica disponível ter evoluído, não deixam de existir vários desafios no tratamento da anemia da DCR. “Os desafios no tratamento da anemia assentam, como já disse, na necessidade de chegar a um correto diagnóstico da causa da anemia excluindo outras causas. O doseamento de Ferro, Ferritina e TSAT são fundamentais para uma correta avaliação da eventual necessidade de administração de ferro. Mesmo nos doentes pré-diálise, a nossa opção é fazer ferro ev e depois reavaliar o doente. Se não houver resposta, a opção é iniciar epoetina caso a Hgb continuar abaixo de 10 g/dl”, explica.

Por outro lado, acrescenta o médico especialista, “nos doentes pré-diálise e em diálise peritoneal que necessitam de epoetina para corrigir a anemia, um dos principais problemas é a compliance na toma de epoetina, uma vez que estes fármacos são obrigatoriamente administrados por via SC. Na diálise peritoneal temos ainda um problema acrescido pela existência de um cateter no abdómen o que diminui os locais para administração SC. Um aspeto burocrático, mas relevante, é a necessidade de os doentes se deslocarem mensalmente à farmácia do Hospital onde são seguidos para levantar a epoetina”.

De acordo com Manuel Amoedo, os novos fármacos para o tratamento da anemia, “nomeadamente os estabilizadores dos fatores indutores de hipoxia (conhecidos por inibidores do HIF cujo mecanismo de ação é manter a hipoxia e assim estimular a produção renal e hepática de epoetina) são um avanço notável porque são de administração oral e diminuem os níveis de hepcidina permitindo uma melhor utilização do ferro”.  E sublinha: “quando estiverem disponíveis, poderão ser “revolucionários” sobretudo para os doentes pré-diálise e em diálise peritoneal ao permitir-lhes tomar um fármaco para controlar a sua anemia”.

Em matéria de prevenção o especialista reforça a importância de os doentes renais crónicos serem referenciados “para uma adequada terapêutica dos múltiplos fatores envolvidos (HTA, Diabetes, DCV), não nos esquecendo da doença óssea associada à doença renal crónica que contribui para a anemia”.

Concluindo, tratando-se, esta, de uma condição que se desenvolve de forma precoce e que progrede à medida que a doença renal evolui, é importante não descurar o impacto da anemia na vida destes doentes.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Vacina contra a Covid-19
Até 97% dos profissionais de saúde vacinados contra a covid-19 no Hospital de São João, Porto, apresentaram, 15 dias após a...

Tiago Guimarães mostrou-se confiantes com os resultados do estudo que está a ser feito no Hospital de São João sobre a taxa de imunidade da vacina contra a covid-19. “Não estamos a descrever nada que não fosse o antecipado, mas deixa-nos satisfeitos perceber que funcionou e dá confiança de que vale a pena vacinar. O processo de vacinação tem de correr o mais célere possível”, referiu aos jornalistas, citado pelo Sapo 24, Tiago Guimarães.

Dos 2.125 médicos, enfermeiros, assistentes operacionais e técnicos de diagnóstico e terapêutica que tomaram a vacina a 27 de dezembro – data do arranque do Plano Nacional de Vacinação – foram submetidos a testes serológicos que visam estudar a imunidade vacina cerca de quatro dezenas.

Tiago Guimarães frisou que estes testes são diferentes dos testes mais comuns, uma vez que esses mostram “genericamente os anticorpos produzidos após uma infeção”, enquanto os usados no estudo medem “a capacidade de produzir anticorpos induzidos pela vacina”.

As conclusões deste estudo chegaram depois de realizadas três colheitas – a primeira nos dias seguintes à toma da vacina, a segunda na semana seguinte e a terceira após 15 dias.   Entre “95 a 97% das pessoas já produz anticorpos, pelo que se presume que tenha imunidade”.

“Praticamente todas as pessoas produziram anticorpos por efeito da vacina pelo menos após 15 dias. Na segunda colheita, 10 a 15% já tinham [anticorpos induzidos pela vacina]. O objetivo é ir percebendo em que tempo aparecem os anticorpos”, explicou o especialista

O diretor do serviço de patologia clínica do Centro Hospitalar e Universitário de São João (CHUSJ) admitiu que estes resultados “estão dentro do esperado e descrito” no que diz respeito à vacina administrada, a da farmacêutica Pfizer, mas “não sendo surpreendentes”, são, frisou, “importantes”.

 

Coordenador da Comissão Técnica da Vacinação
Em entrevista ao Diário de Notícias, Válter Fonseca, diretor do Departamento de Qualidade na Saúde na Direção-Geral da Saúde e...

“O plano [de vacinação contra a COVID-19] é adaptável. Vamos imaginar que chegam muito mais doses do que as que estão a chegar atualmente, então é possível que se possa vacinar o maior número de pessoas com critérios mais alargados e em simultâneo. Ninguém ficará para trás, ninguém deixará de ser vacinado”, adiantou. 

Em declarações ao DN, Válter Fonseca explicou que “a Comissão Técnica de Vacinação contra a Covid-19 tem demonstrado desde o início abertura para discutir os critérios que foram definidos no final de novembro, numa altura em que nenhuma das vacinas que hoje temos estava aprovada”. E reforçou: “o plano é dinâmico e adaptável.” 

 

Mais camas Covid-19
O Hospital Garcia de Orta (HGO) converteu mais 16 camas de enfermarias cirúrgicas para tratamento de doentes covid-19.

“Dentro das limitações atuais, o HGO continua a adotar medidas que permitam garantir a resposta a doentes covid-19 e não covid-19”, refere um comunicado divulgado por aquela unidade hospitalar.

No comunicado, em que enaltece o esforço e dedicação dos profissionais de saúde, a administração do HGO adianta que o hospital “está atualmente no nível III do seu Plano de Contingência, que previa inicialmente um total de 66 camas em enfermaria e nove de cuidados intensivos, destinadas a doentes positivos para SARS-COV-2”.

Até final do mês de janeiro, a esta unidade hospitalar, já fez saber que espera abrir uma nova Unidade contentorizada de internamento e uma outra destinada ao circuito externo para doentes respiratórios do Serviço de Urgência Geral.

 

Reforço do apoio ao SNS
A Lusíadas Saúde acaba de reforçar o apoio ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) com a disponibilização de mais 45 camas para...

Na região de Lisboa e Vale do Tejo, a Lusíadas Saúde passa agora a disponibilizar um total de 78 camas (cerca de 40% da capacidade do grupo na região), para apoiar o SNS, incluindo um total de 20 camas para tratamento de doentes Covid-19 transferidos de hospitais do SNS da região. No norte do país, o Hospital Lusíadas Porto já apoia o Serviço Nacional de Saúde com 28 camas para internamento médico agudo de doentes do SNS.

Em comunicado o grupo faz saber que está disponível ainda “para reforçar este apoio na região do Algarve, com a cedência de 15 camas do Hospital Lusíadas Albufeira para internamento médico agudo de doentes do SNS, representando mais de metade da sua capacidade instalada.

Desde dezembro, o Hospital Lusíadas Lisboa e a Clínica de Stº António estão “a apoiar na diminuição das listas de espera para realização de cirurgias de dois hospitais públicos da região de Lisboa e Vale do Tejo”, tendo realizado já 143 cirurgias no âmbito dos protocolos assinados, num total de capacidade disponível de 48 camas cirúrgicas.

Segundo o grupo, este passa a “disponibilizar ao SNS um total de 121 camas de norte a sul do País.”

Até ao momento, refere, que através de protocolos celebrados com diferentes Administrações Regionais de Saúde, já recebeu um total de 391 doentes do SNS.

 

 

Estudo
Um estudo conduzido pela agência de Saúde Pública de Inglaterra mostra que a maioria das pessoas que tiveram Covid-19 está...

Segundo os investigadores, estes têm um risco 83% menor de contrair o vírus, quando comparados com aqueles que nunca tiveram Covid-19. No entanto, os peritos advertem que isso não significa que não possam ser reinfectados e infetar outras pessoas.

De acordo com Susan Hopkins, investigadora que liderou o estudo, o estudo mostrou que a imunidade por variar de pessoa para pessoa, podendo durar mais tempo, mas não confere uma proteção absoluta.

“Isso significa que, mesmo que pense que uma vez que já teve a doença está protegido, e embora seja improvável que desenvolva infeções graves, continua a correr o risco de adquirir a infeção e transmitir a outras pessoas”, acrescentou, citada pela BBC.

"Agora, mais do que nunca, é vital que todos nós fiquemos em casa para proteger o nosso serviço de saúde e salvar vidas."

 

Boletim Epidemiológico
Portugal registou mais 10.698 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas. A região de Lisboa e Vale do Tejo é continua a ser...

Segundo o boletim divulgado, hoje, pela Direção Geral da Saúde, foram diagnosticadas 4.071 novas infeções na região de Lisboa e Vale do Tejo. Segue-se a região norte com 3.461 novos casos de infeção pelo novo coronavírus e a região Centro, 2.128. No Alentejo há mais 520 casos e no Algarve mais 400. No arquipélago da Madeira foram identificadas mais 61 infeções e no dos Açores 57 novos casos.

Quanto ao número de óbitos, a região de Lisboa e Vale do Tejo continua a ser aquela onde morreram mais pessoas com Covid-19: 71 das 148 mortes registadas em todo o País. Seguem-se as regiões norte com 35 e o centro com 29. No Alentejo há 9 mortes a lamentar e no Algarve duas.

Quanto aos arquipélagos, apenas a Madeira tem duas mortes a lamentar.    

O boletim desta quinta-feira mostra ainda que, nas últimas 24 horas, 5.063 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 387.607 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que já ultrapassamos a barreira dos 120 mil casos ativo. São agora 121.815 casos, mais 5.487 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm perto de 140 mil contactos sob vigilância (no total são 138.992), mais 8.105 desde o último balanço.

Balanço
O Instituto Nacional de Emergência Médica transportou 4.533 transportes casos suspeitos de infeção com o novo coronavírus, Sars...

Segundo faz saber no seu balanço semanal, “os meios alocados à Delegação Regional do Sul transportaram 1.804 utentes e os da Delegação Regional do Norte 1.580. Na zona Centro, foram transportados 918 utentes e na região da Delegação Regional do Sul – Algarve, 237”.

De acordo com o  INEM, as quatros Equipas de Enfermagem de Intervenção Primária que criou para ajudar na resposta coletiva à pandemia de Covid-19 registaram igualmente um aumento nas colheitas realizadas. Na segunda semana de janeiro, foram realizadas 815 colheitas, mais 639 colheitas que na semana anterior.

 

Reunião Plenária
A diabetes estará amanhã no centro do debate da reunião plenária da Assembleia da República. Associação Protectora dos...

Com especificidade na diabetes tipo 1, as propostas em discussão que partiram de duas petições recolheram em conjunto cerca de 20 mil assinaturas. As iniciativas vão desde a criação de um registo nacional da diabetes tipo 1, um projeto de resolução do PS que partiu de uma proposta da APDP e que serve para construir uma estratégia de apoio às pessoas com diabetes tipo 1, com real impacto nas suas vidas.. Assim como, o alargamento da comparticipação das bombas de insulina a pessoas com diabetes tipo 1 com mais de 18 anos, com quatro projetos de resolução (BE, PAN, PEV e CDS), uma petição que partiu de Sérgio Silva, do grupo DiabéT1cos, apoiada pela APDP e pela Associação Mellitus Criança.

“As pessoas com diabetes requerem apoio em diferentes frentes e a comparticipação das bombas de insulina não é exceção. Neste momento a aquisição deste produto a nível nacional é reduzida e condiciona a escolha destes dispositivos por parte dos utentes, contrariamente ao que acontece internacionalmente. Com esta medida será possível alargar o acesso dos adultos com diabetes tipo 1 a um dispositivo que permite um melhor controlo da doença, reduzindo complicações presentes e futuras e garantindo uma melhor qualidade de vida.” destaca João Filipe Raposo, diretor clínico da APDP.

“A diabetes afeta mais de um milhão de portugueses, dos quais 56% já diagnosticados e 44% ainda por diagnosticar. Face a estes números os custos com a diabetes são elevados e, em 2018, o impacto direto foi estimado entre 1.300 e 1.550 milhões de euros, o que representa 0,6 a 0,8% do PIB português, representando ainda 8% da despesa em saúde em 2018. Note-se que a maioria destes custos são das complicações e das descompensações, que são possíveis de prevenir e tratáveis. Estes projetos são assim um caminho para que todas as pessoas com diabetes tenham acesso aos cuidados necessários sem custos incapacitantes ou seja à sua protecção e bem estar” refere José Manuel Boavida, presidente da APDP.

Para dar resposta a estas necessidades, um dos projetos que estará em discussão amanhã respeita o reforço dos cuidados ao doente com diabetes, um projeto resolução do PCP. Esta proposta apela a que o governo tenha em conta as várias frentes na área da diabetes que visem a colocação de dispositivos PSCI, para todas as equipas multidisciplinares da diabetes no adulto, os cuidados a ter na área da retinopatia diabética, cuidados oftalmológicos e a importância de rastreio e tratamento do pé diabético.

Por fim, está ainda em cima da mesa a bonificação, por deficiência, do abono de família para que volte a ser atribuído a crianças e jovens até aos 24 anos, independentemente de serem portadores de deficiências incapacitantes ou não incapacitantes, como a diabetes. Um projeto lei da Iniciativa Liberal e que partiu de uma proposta da associação no âmbito da discussão sobre o Orçamento de Estado, procurando repor uma situação que estava em vigor até 2019 e que foi retirada sem qualquer aviso, discussão ou sequer justificação. “Um erro e um mau sinal para os jovens que tão penosamente se tratam diariamente, 24 sobre 24 horas, e que tanto apoio e motivação necessitam para poderem ter uma vida livre de consequências da sua diabetes” afirma José Manuel Boavida.

Investigação
Os programas de educação parental, que visam responder às dificuldades sentidas pelas mães pela primeira vez, contribuem para a...

No âmbito do trabalho de doutoramento “Adaptação à Maternidade: Influência de uma Intervenção de Educação Parental em Mães Primíparas”, tese que Júlia Carvalho (FOTO EM ANEXO) defendeu, no mês passado, no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto, e que pretendeu conceber, implementar e avaliar os efeitos do programa “MaisPaisMaisBebés”, ressalta o “impacto positivo na diminuição do stresse e no aumento da confiança parental das mães que experienciam pela primeira vez a maternidade”, sendo que “as mães cujos maridos/companheiros participaram no programa” acusaram “mais benefícios da intervenção do que as que participaram sozinhas”.

Num dos estudos desta investigação – foram realizados quatro que, no total, envolveram a participação de 72 mães e 21 pais (amostra de 93 indivíduos) –, despontaram três categorias de dificuldades enfrentadas pelas mães, relacionadas com a recuperação pós-parto (complicações do pós-parto e da amamentação, recuperação física e autocuidado), com o cuidar do bebé (higiene e conforto, cólicas, segurança, alimentação e rotinas do bebé) e com a relação conjugal, onde “surgiram dificuldades na partilha das tarefas diárias, por haver pouca colaboração dos companheiros”, bem como no “reinício da atividade sexual, marcada por sentimentos de medo e insegurança”, lê-se na tese de doutoramento.

Segundo a professora Júlia Carvalho, o programa de educação parental “MaisPaisMaisBebés”, pioneiro a nível nacional e concebido por enfermeiros para mães e pais de bebés sem problemas de saúde ou de desenvolvimento, é “uma intervenção simples e sem grande investimento económico, que pode ser replicada e adaptada a diferentes contextos”, como maternidades, hospitais, centros de saúde, creches e locais da comunidade (exemplo de bibliotecas ou de juntas de freguesia).

Organizado em doze sessões (uma por semana), o programa “MaisPaisMaisBebés”, implementado no período compreendido entre a saída da maternidade e os seis primeiros meses de vida do bebé, tratou temáticas como o exercício físico no pós-parto, a massagem e o sono do bebé, o papel dos avós, a prevenção de acidentes e a introdução da alimentação diversificada no bebé.

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