“Ensaios clínicos: evolução e desafios atuais”
Para assinalar o Dia Internacional dos Ensaios Clínicos, a Roche promove um debate internacional no dia 20 de maio a partir das...

Além de dois oradores nacionais, a sessão contará também com seis especialistas da Bélgica, Israel, e Grécia que se reúnem para partilhar como tem sido a evolução dos ensaios clínicos ao longo dos últimos 10 anos. Além disso, abordarão quais os esforços que os países estão a realizar para se tornarem mais atrativos para os ensaios clínicos e estratégias para a informação, recrutamento e redes de referência.

Em tempos de pandemia, não podia deixar de se discutir também, na segunda parte da sessão, quais os desafios e as adaptações necessárias para novos modelos de ensaios clínicos na era pós Covid-19, assim como a incorporação de novas tecnologias a nível da investigação e desenvolvimento de medicamentos.

O debate decorrerá em inglês e poderá assistir aqui: Roche Portugal.

A Roche é a empresa líder em ensaios clínicos em Portugal. Em 2020 e este ano a empresa vai investir cerca de 30 milhões de euros nesta área. Em curso a Roche tem atualmente 67 ensaios, que abrangem 21 centros de investigação e mais de 500 profissionais de saúde.

 

 

Opinião
Fundada pelo médico diabetologista Ernesto Galeão Roma, a APDP – Associação Protectora dos Diabético

Alexandra Costa, 36 anos, coordenadora do Gabinete do Cidadão e do Núcleo Jovem, pessoa com diabetes tipo 1

Percurso na diabetes

Fui diagnosticada com 10 anos. O diagnóstico não teve um grande impacto em mim, na altura. Penso que terá tido mais nos meus pais. Percebi que a diabetes era uma doença para sempre e que o tratamento com injeções de insulina ia ser feito para sempre, mas com 10 anos não fiquei muito assustada. As recomendações que fazem é para termos uma alimentação saudável. Temos consultas de nutrição, o que a maioria dos amigos da nossa idade não tem e acabamos por fazer melhores escolhas e ter uma alimentação mais regrada. E apesar de na altura do meu diagnóstico haver mais proibições do que há hoje, no entanto, nunca passei muito por isso porque a minha mãe sempre preferiu que não houvesse grandes proibições para eu ter uma vida o mais próximo do normal possível. Mas é um facto que a alimentação melhorou para todos na família, porque todos comemos o mesmo - somos três irmãos e os meus pais - e acabamos todos por ter mais cuidado com a alimentação e a saber melhor o que é que estávamos a comer.

Gerir a doença ao longo de mais de duas décadas, os maiores desafios

São 26 anos de diagnóstico. Gerir a diabetes é muito trabalhoso, não direi que é fácil, mas é possível conjugar uma boa gestão da diabetes com uma vida rica e recheada de objetivos e tarefas, como todas as outras pessoas. No entanto, costumo dizer que conseguimos fazer o mesmo do que os outros, mas com o dobro do trabalho. Isto porque tudo o que façamos, o que comemos, o exercício que podemos fazer, temos sempre de controlar a glicémia a toda a hora, para que nos seja possível realizar as atividades com sucesso, para que a diabetes não interfira com o nosso desempenho. Na adolescência houve algumas dificuldades sobretudo ao nível do controlo glicémico. Eu sempre fiz insulina e medi a glicémia, mesmo na escola, mas foi complicado nessa altura, porque havia amigos que gozavam. No entanto, isso foi ultrapassado.

A APDP neste percurso

A APDP entrou neste percurso quando tinha 12 anos e quando mudei para a APDP passei a ter consultas em grupo, com outros jovens com diabetes, que foi isso que me fez mudar na altura e alterou toda a minha maneira de ver a doença. Nós, quando tínhamos consulta, não estávamos sozinhos na sala de espera, nem estávamos com pessoas idosas. Estávamos com jovens da nossa idade: estávamos numa sala com outros jovens e os pais estavam numa sala com outros pais. E isso mudou para melhor a nossa vida, teve um grande impacto positivo também na abordagem da doença. Eu era seguida, até então, num hospital, onde a abordagem era feita de uma forma mais antiquada e na APDP tive todo o contacto com estes jovens e com outras formas de falar, de ver a diabetes, de ensino, muito mais adaptada à minha realidade e às crianças.

Diabetes e pandemia

Toda a gente teve medo. No primeiro confinamento, toda a gente estava um bocadinho em pânico, mas nós com diabetes, assim como as outras pessoas com doenças crónicas, ainda mais, sobretudo devido ao que saía nas notícias e porque o desconhecimento era grande em relação à Covid-19. Aquilo que íamos ouvindo é que as pessoas com diabetes eram doentes de risco e havia uma grande taxa de mortalidade neste grupo. Mas esta taxa de mortalidade estava relacionada com a idade e com as doenças associadas e não se refletia tanto nas pessoas mais jovens. Só que nas notícias vem tudo junto, o que causa alguma ansiedade em toda a população com diabetes. Depois, começámos a perceber, também com a informação fidedigna vinda da APDP, começámos a descortinar o que eram estas notícias e a perceber quem eram as pessoas com maior risco. Também o facto de continuarmos a ter consultas, mesmo que fosse através do telefone, e continuarmos a ter o apoio da APDP foi um grande descanso, porque sei que há outros sítios, nomeadamente alguns hospitais, que tiveram de alocar os recursos humanos a outros departamentos, as pessoas não puderam ter consultas, não tinham acesso a receitas. Nós, na APDP, nunca deixámos de ter consultas e apoio e isso é uma grande vantagem, uma grande segurança, porque sentimos que há sempre alguém do outro lado a dar apoio quando precisamos. Agora tenho 36 anos, os meus pais não estão tão envolvidos, mas o facto de eu estar acompanhada, independentemente do caos que o mundo está a viver, dá tranquilidade a todos.

José Cancella de Abreu, tem 69 anos, é reformado e soube que tinha diabetes tipo 2 antes dos 30 anos. A minha mãe era muito diabética e o meu pai médico, devido à sua profissão, estava mais atento e percebeu que algo não estava bem quando comecei a perder muito peso. Após análises percebi que   tinha os diabetes altíssimos.

Embora tivesse alturas que tinha menos cuidado, o exemplo da minha mãe era muito forte e por isso estive sempre consciente do impacto que teria na  minha saúde.

Comecei por tomar medicação via oral e depois passado algum tempo a medicação era alterada para outra pois já não atingia resultados.

A certa altura, ao fim de alguns anos, tive de começar a fazer insulina à noite. Como já não chegava, agora faço tambem às refeições, ou seja, quatro  vezes ao dia.

Como trabalhava na área de desporto e também praticava, uma das vezes que fui à piscina encontrei um médico amigo que me deu o contacto da APDP.

A associação é um apoio muito grande, tem várias valências na área da diabetes e assim em um único local é possível controlar os olhos todos os anos,  os rins e os pés e por aí fora.

Diabetes e pandemia

Em primeiro lugar tive mesmo muito cuidado para não ser infectado.

As consultas tive uma ou duas pelo telefone, mas agora já tem sido presencial. Para tratar dos pés não pode ser pelo telefone, para ver os olhos também não pode ser por telefone. Tenho de fazer análises, para avaliar a média dos diabetes nos últimos três meses, por isso tem de ser presencial.

Pedi uma declaração à APDP que enviou diretamente para o SNS, acredito. Já fui vacinado, a primeira toma, no final da primeira fase há 15 dias.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dados publicado no The Lancet
De acordo com um estudo realizado no Reino Unido, com o objetivo de retirar conclusões sobre a utilização combinada de várias...

Para esta análise os investigadores recolheram os dados de 830 participantes, com idade igual ou superior a 50 anos, nos sete dias seguinte à inoculação. Os voluntários foram selecionados aleatoriamente para testar combinações de Vaxzevria e BNT162b2 dadas como duas doses, com quatro semanas ou 12 semanas de intervalo.

Sintomas descritos entre leves a moderados

Os investigadores disseram que aqueles que receberam Vaxzevria seguida pela BNT162b2 como a segunda dose, ou as mesmas vacinas, mas na ordem inversa, eram mais propensos a experimentar reações leves ou moderadas. 34% dos participantes a quem foram inoculadas as duas vacinas reportaram febre nos sete dias após a toma, enquanto que naqueles que apenas tomaram as duas doses da mesma vacina, apenas 10% relatou sintomas febris.

Entre os dados BNT162b2 seguidos pela Vaxzevria, a taxa de febrilidade foi de 41%, contra 21% para as pessoas que obtiveram BNT162b2 em ambas as ocasiões.

Os investigadores disseram que foram observados aumentos semelhantes para calafrios, fadiga, dor de cabeça, dores nas articulações, mal-estar e dor muscular. A maior parte deste aumento da reactogenicidade ocorreu nas 48 horas após a imunização. Além disso, não houve internamentos devido a sintomas solicitados, e nenhum caso de trombocitopenia em qualquer grupo no dia 7 após a toma da segunda dose. Os perfis de hematologia e bioquímica eram também semelhantes entre os horários das vacinas mistas e não misturados.

As reações podem ser mais altas entre os grupos mais jovens

A equipa de Oxford disse ser "reconfortante" que os sintomas induzidos pela vacina fossem de curta duração e que os dados limitados não suscitavam preocupações. No entanto, salientaram que os dados foram obtidos em participantes mais velhos, e "a reactogenicidade pode ser maior em grupos etários mais jovens para os quais está a ser defendido um calendário misto de vacinação na Alemanha, França, Suécia, Noruega e Dinamarca" entre os que receberam a vacina de AstraZeneca como primeira dose, tendo em conta as preocupações relativas à trombocitopenia trombolítica.

O investigador-chefe Matthew Snape disse que é importante que não existam preocupações de segurança, mas ainda não é claro se as respostas imunitárias serão afetadas pela adoção de uma abordagem de mistura e correspondência. "Esperamos reportar estes dados nos próximos meses. Entretanto, adaptámos o estudo em curso para avaliar se o uso precoce e regular do paracetamol reduz a frequência destas reações", disse o investigador. 

Em abril, os investigadores expandiram o programa para incluir mais duas vacinas coronavírus, o mRNA-1273 da Moderna e o NVX-CoV2372 da Novavax, num novo estudo apelidado de Com-COV2, acrescentando mais 1050 voluntários ao programa.

As explicações de uma especialista
As queixas da doença venosa crónica vão desde os simples derrames, passando por cansaço, edemas, sen

Os fatores de risco são múltiplos, cerca de 50% das pessoas com varizes têm família que também possuem veias varicosas, as mulheres são 2 a 3 vezes mais propensas do que homens. As múltiplas gravidezes, o uso de anticoncecionais, a obesidade, o tipo de ocupação e a vida sedentária são igualmente fatores importantes.

Com o uso do ecodoppler, exame não invasivo e indolor, tornou-se simples e rápida a avaliação clínica, permitindo diagnosticar os mais diversos tipos de patologias vasculares. Após termos o diagnóstico passamos à terapêutica, e aqui temos vários grupos. Temos a terapêutica médica, compressiva, a escleroterapia, a terapia por laser e a cirurgia.

A terapêutica oral (comprimidos) não tem qualquer ação profilática no aparecimento de varizes. Está indicado sempre que exista edema, sensação de peso e cansaço, como coadjuvante do tratamento das úlceras de perna, na síndrome pré-menstrual e como profilaxia do edema nos voos de longo curso.

A terapêutica compressiva consta de dois tipos, as meias elásticas, até ao joelho, até raiz da coxa ou collants, com ou sem biqueira, encontram-se distribuídas por 4 classes, consoante o tipo de compressão.

Existem também as meias de descanso que são exclusivamente para pessoas sem patologia documentada.

A escleroterapia (vulgarmente conhecida por secagem) consiste numa injeção de um medicamento num pequeno vaso, que vai provocar uma irritação da parede da veia levando ao desaparecimento. Este tratamento implica várias sessões, muito bem toleradas. Na laserterapia, também são necessárias várias sessões, praticamente indolor, e pode retomar a atividade normal.

Quanto à cirurgia pode ser o comum “stripping” da veia ou a utilização de técnicas endovasculares (VNUS ou Laser), estas sem incisões, sem hematomas e indolor no pós-operatório.

Perante quaisquer queixas de DVC deve consultar sempre um especialista.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Pais têm algumas dúvidas
Um painel consultivo dos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) decidiu, esta quarta-feira, apoiar a recente...

A vacina foi inicialmente concedida em dezembro para uso de emergência, nos Estados Unidos, para pessoas com idades entre os 16 anos e mais de 16 anos. O arquivo suplementar da Pfizer e da BioNTech foi apoiado por dados de topo de uma fase III de adolescentes entre os 12 e os 15 anos, mostrando que a BNT162b2 era segura e 100% eficaz na proteção contra a doença. A análise foi calculada com base em 18 casos de COVID-19, todos entre os destinatários do placebo.

Os pais estão hesitantes

Sara Oliver, do Centro Nacional de Imunização e Doenças Respiratórias do CDC, informou a ACIP sobre os riscos e benefícios da vacina. Referiu que entre os adolescentes destas faixas etárias, a taxa de hospitalização para a COVID-19 é superior à taxa de hospitalização associada à gripe para a mesma faixa etária durante a pandemia de H1N1 em 2009. É também significativamente maior do que era para as épocas de gripe em 2017, 2018, 2019 e 2020, referiu.

No entanto, os responsáveis do CDC apontaram para pesquisas que indicam que apenas cerca de 46% a 60% dos pais queriam que os seus filhos apanhassem a vacina, citando preocupações com a segurança, o seu rápido desenvolvimento e não tendo informação suficiente. Comentando o alargamento da EUA para os adolescentes mais novos, a comissária da FDA, Janet Woodcock, disse que os pais e encarregados de educação podem "ter a certeza de que a agência realizou uma revisão rigorosa e minuciosa de todos os dados disponíveis".

Os responsáveis do CDC acrescentaram, durante a reunião da ACIP, que não houve eventos adversos graves associados à BNT162b2 entre os 12 e os 15 anos de idade, entre as mais de 2200 crianças que participaram no estudo da Fase III. Ainda assim, 91% experimentaram efeitos adversos de algum tipo, sendo o mais comum a dor no local da injeção e nos músculos/articulações, fadiga, dor de cabeça, calafrios e febre, de acordo com o cientista da Pfizer John Perez. 

Na semana passada, a Pfizer divulgou planos para procurar uma nova expansão do EUA para a BNT162b2 em setembro, para incluir crianças dos dois aos 11 anos. Está em curso um estudo da vacina em crianças entre os seis meses e os 11 anos. A FDA também agendou uma reunião do comité consultivo para 10 de junho para discutir a potencial extensão da EUA nos sub-12.

Marcelo Rebelo de Sousa destaca o “excelente trabalho” realizado pela APDP
A propósito dos 95 anos da Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP), o Presidente da República, Marcelo Rebelo...

“A Associação Protectora dos Diabéticos está de parabéns, e é com renovada gratidão que assinalo mais um aniversário, desejando que o excelente trabalho desenvolvido continue e se projete no futuro do nosso país”, pode ler-se na mensagem que refere ainda que “A qualidade do trabalho da Associação Protectora dos Diabéticos é reconhecida pelos seus pares, por outras instituições da saúde e da solidariedade social, pela Organização Mundial da Saúde e, mais importante, pelos Portugueses em geral e pelos doentes em particular.”

A mensagem do Presidente destaca também o fundador da APDP, Dr. Ernesto Roma, assinalando que a associação é “fruto do rasgo de um homem brilhante aos mais diversos níveis”, a quem devemos também “a chegada da insulina a Portugal, um verdadeiro marco na vida das pessoas com diabetes, depois da sua descoberta há 100 anos”, pode ler-se.

Para José Manuel Boavida, presidente da direção da APDP, “é com muita honra que recebemos a mensagem do Senhor Presidente da República, congratulando o trabalho meritório que temos vindo a desenvolver na associação há já 95 anos. É um reconhecimento que nos motiva a continuar com a nossa missão de apoio às pessoas com diabetes.”

 

 

 

 

 

Doença rara afeta cerca de 200 mais mas está subdiagnosticada
“Existem em Portugal cerca de 220 doentes já identificados com esta patologia e estima-se que possam existir outros 100 a 200...

Muitas vezes, esta doença - que se manifesta pelo aparecimento de crises recorrentes de angioedema em várias localizações possíveis (sendo a face uma das mais frequentes) - é erradamente confundida com uma alergia e isso contribui para atrasos diagnósticos significativos que variam muito entre diferentes regiões e diferentes países, mas que podem chegar a décadas de atraso. Estas crises podem iniciar-se na infância, por vezes mesmo logo no primeiro ano de vida, mas o mais comum é iniciarem-se na adolescência.

O imunoalergologista alerta ainda para “o impacto muito significativo que o angioedema hereditário tem na qualidade de vida dos doentes. Este impacto é bem revelado pela grande percentagem de doentes que mostram preocupação ou culpa por terem passado a doença aos seus filhos, que também é um fator que interfere negativamente na qualidade de vida destas pessoas. Em contexto de crises, é evidente o desconforto, a desfiguração e o cansaço, e é nítido o sofrimento físico e psíquico que permanece até quase duas semanas após o início da crise. Também a dor intensa que existe nos casos de ataques abdominais e ainda o medo permanente de não saber quando vai ser o próximo ataque e se este vai, ou não, poder causar asfixia e morte são elementos que afetam muito negativamente a qualidade de vida destas pessoas”. “Mais de 80% dos doentes preocupam-se com a possibilidade de asfixia, particularmente as pessoas que já sofreram ataques laríngeos ou que já viram familiares seus ter este tipo de ataques, inclusivamente alguns deles tendo morrido na sequência de um destes ataques envolvendo a laringe”, conclui Manuel Branco Ferreira.

Diagnóstico

Habitualmente há alguns antecedentes familiares com a mesma doença, mas em 20 a 25% o angioedema pode resultar de uma mutação de novo e, nesses casos, não há quaisquer antecedentes, o que, portanto, não exclui o diagnóstico. De acordo com Manuel Branco Ferreira, “devemos suspeitar de angioedema hereditário sempre que haja uma história de angioedema recorrente com envolvimento cutâneo, muitas vezes com deformação significativa, mas sem prurido nem urticária, com envolvimento laríngeo, com risco de vida pelo edema da laringe e possível asfixia, e/ou com envolvimento gastrintestinal, com dor abdominal muito intensa causada pelo edema da parede intestinal. Também reforça a suspeita diagnóstica a história familiar positiva, o início das queixas nas duas primeiras décadas de vida e a ausência de resposta a antihistamínicos ou corticoides”.

Os desencadeantes mais habituais são o stress e os traumatismos, quer os espontâneos quer os associados a procedimentos médicos ou cirúrgicos. As infeções são outro fator desencadeante e, em algumas mulheres, há também uma associação com fatores hormonais como a puberdade ou a gravidez. O diagnóstico é feito em primeiro lugar com a identificação dos aspetos clínicos e, em segundo lugar, com a confirmação laboratorial das alterações envolvidas.

Tratamento

Em relação ao tratamento, o presidente da SPAIC refere que “há a considerar o tratamento imediato da crise aguda e a terapêutica preventiva das crises. Nem os antihistamínicos nem os corticosteroides, nem a adrenalina servem para nada nestes doentes.” “Para a crise aguda temos então duas opções, ambas válidas e muito eficazes: a primeira é administrarmos c1 inibidor por via endovenosa - um produto derivado do plasma humano que, ao ser administrado, os níveis desta proteína sobem e, portanto, vamos por essa via conseguir controlar a produção de bradicinina, cujo aumento é responsável diretamente pelo aparecimento do angioedema. A segunda opção é administrarmos um antagonista dos recetores da bradicinina, que vai inibir a ação da bradicinina nos tecidos e, por isso, vai diminuir o edema”, esclarece.

Para a profilaxia a longo prazo, cujo objetivo é o de reduzir ao máximo o número de crises que estes doentes têm ao longo do ano e prevenir as mortes por angioedema, uma opção é a terapêutica de substituição com C1 inibidor que visa suprir a deficiência nesta proteína e que pode ser administrada por via endovenosa ou por via subcutânea. Manuel Branco Ferreira explica que “qualquer uma destas duas vias implica a administração duas vezes por semana e associa-se com uma redução importante do número médio de ataques por mês e com uma maior probabilidade de não ter nenhum ataque, relativamente ao placebo. Outra opção na terapêutica preventiva a longo prazo é usarmos fármacos que vão inibir a kalikreína plasmática ativada, que é a enzima principal responsável pela produção de bradicinina.

Reforço do SNS
O Serviço Nacional de Saúde (SNS) vai poder integrar 2.474 profissionais de saúde com contratos de trabalho sem termo ou por...

A autorização de contratação consta do despacho assinado pelo Ministro de Estado e das Finanças, a Ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública e a Ministra da Saúde, publicado hoje em Diário da República.

O despacho permite dar cumprimento a diversos compromissos assumidos na Lei do Orçamento de Estado para 2021, sendo que a distribuição dos postos de trabalho pelas entidades do SNS será determinada por despacho da Ministra da Saúde, e deverá ser feita preferencialmente por unidades onde existam trabalhadores recrutados ao abrigo do DL 10-A/2020, de 13 de março.

Segundo a informação avançada, vai ser autorizada a contratação de 165 técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica de radiologia, 630 enfermeiros, 465 assistentes técnicos e 110 assistentes operacionais, “para o reforço e diferenciação das respostas de Cuidados de Saúde Primários”.

“Na Saúde Pública, autoriza-se o desenvolvimento de procedimentos concursais para a contratação de 110 enfermeiros em saúde comunitária e saúde pública e de 110 técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica de saúde ambiental”, pode ler-se na nota publicada hoje na página do Serviço Nacional de Saúde.

Na Medicina Intensiva “está prevista a contratação de 60 médicos para a formação especializada em Medicina Intensiva, 626 enfermeiros e 198 assistentes operacionais”.

“De salientar que estas 2.474 contratações em contrato de trabalho em funções públicas por tempo indeterminado (nas Administrações Regionais de Saúde) ou contrato de trabalho sem termo (hospitais) foram antecedidas, no início de 2021, da contratação de 30 profissionais para Equipas Comunitárias de Psiquiatria e Saúde Mental da Infância e Adolescência e da contratação de 233 médicos recém-especialistas”, acrescenta o comunicado.

Este reforço vai contar ainda com contratação dos médicos recém especialistas “que venham a concluir a especialidade na primeira época de 2021 e de outras contratações diretas que venham a revelar-se necessárias”.

Situação Epidemiológica
Nas últimas 24 horas, registou-se mais quatro mortes associadas à Covid-19 e mais 485 novos casos de infeção. Os internamentos...

Segundo o boletim divulgado, há quatro mortes a assinalar, desde o último balanço: duas no Algarve, uma na região de Lisboa e Vale do Tejo e uma na região Norte. As restantes regiões do país, inclusive as regiões Autónomas da Madeira e Açores, não têm mortes a lamentar.

Quanto ao número de novos casos, o boletim epidemiológico divulgado hoje, pela Direção Geral da Saúde, mostra que foram diagnosticados 485 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 167 novos casos e a região norte 169. Desde ontem foram diagnosticados mais 41 na região Centro, 24 no Alentejo e 46 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, no arquipélago da Madeira foram identificadas mais 19 infeções, o mesmo número de caso que nos Açores.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 248 doentes internados, menos nove casos que ontem. As unidades de cuidados intensivos mantêm o mesmo número de doentes de ontem: 71.

O boletim desta quarta-feira mostra ainda que, desde ontem, 315 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 801.621 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 21.874 casos, mais 166 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância menos 81 contactos, estando agora 19.618 pessoas em vigilância.

Hoje assinala-se o Dia Internacional do Enfermeiro
Os últimos tempos foram muito desafiantes para os profissionais de enfermagem, muitos dos quais se v

É verdade que para desempenhar este tipo de trabalho com excelência, são necessárias variadas competências técnicas como, por exemplo, avaliação das necessidades dos clientes, definição das intervenções, administração medicamentosa e intervenção não farmacológica adequada. No entanto, e sendo estas capacidades nucleares para o trabalho de enfermagem, o maior impacto nesta profissão vem do trabalho social e emocional que é levado a cabo pelos enfermeiros. Num estudo realizado com alunos de enfermagem, mais de dois terços apontaram o “cuidado” como a característica fulcral desta profissão, e algo que motiva os profissionais a serem mais competentes. Esta dimensão emocional é mesmo uma das principais razões pelas quais um profissional de enfermagem escolhe esta carreira. Após dias longos em contacto com clientes, criar uma conexão com os mesmos atenua o trabalho, tornando-o mais leve.

O mesmo estudo concluía ainda que “o cuidado leva a confiança, o que tem um impacto positivo na vida do paciente”. De facto, dedicar atenção especial à dimensão emocional dos clientes, não só melhora a satisfação do enfermeiro com o seu trabalho como incute aos clientes o desejo de regressar, melhorando a sua literacia em saúde e encorajando-os a procurar os cuidados de que necessitam, sempre que possível.

Neste sentido, a dimensão emocional da enfermagem é uma poderosa ferramenta que permite, na sua generalidade, elevar a qualidade dos cuidados prestados. Atualmente e

depois de muitos desafios evidenciados pela pandemia que os trabalhadores desta profissão tiveram de ultrapassar, é crucial compreender que a qualidade dos cuidados prestados advém do cuidado que os enfermeiros têm com os clientes – mas acima de tudo com eles mesmos.

De nada servirá cuidar de um cliente, criar essa conexão e atenção especial com a sua dimensão emocional se o enfermeiro não conseguir primeiro cuidar de si, e da sua dimensão emocional, estando na sua melhor forma para conseguir cultivar esta vulnerabilidade com peso e medida.

Prestar cuidados ao outro é trabalho que contribui para a felicidade do outro, para o seu bem-estar, permitindo um apoio constante e transmitindo segurança a quem cuidamos. Mas uma parte fulcral de valorizar os mais fragilizados é valorizar aqueles que cuidam deles. É por isso importante que como sociedade retenhamos essa lição, e cuidemos dos nossos enfermeiros – para que eles melhor possam cuidar de nós.

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Análise abre a porta para a possibilidade de ser introduzida uma nova opção de tratamento
Dados do estudo SAVE-MORE, divulgados hoje, demonstram que a utilização precoce e direcionada de anakinra, um medicamento...

SAVE-MORE é um ensaio clínico controlado, randomizado, realizado em mais de 600 doentes hospitalizados, que permitiu identificar especificamente os doentes em risco de insuficiência respiratória grave através da determinação do biomarcador suPAR (recetor do ativador de plasminogéneo da uroquinase solúvel). Este biomarcador plasmático reflete a ativação imunitária, e em estudos anteriores, revelou que quando elevado está associado a um mau prognóstico em várias doenças.

O estudo é patrocinado pelo Instituto Helénico para o Estudo da Sépsis (IHES) na Grécia, e conduzido pelo seu Presidente, Evangelos J. Giamarellos-Bourboulis. Giamarellos-Bourboulis é Professor de Medicina Interna e Doenças Infeciosas na Universidade Nacional e Kapodistriana de Atenas, Presidente da “European Schock Society” e Presidente da “European Sepsis Alliance”.

A análise do resultado primário, a Escala Ordinal de Progressão Clínica (CPS)1 comparativa de 11 pontos da OMS, demonstrou, ao dia 28, uma melhoria significativa nos doentes incluídos no grupo submetido ao tratamento padrão associado a anakinra, comparativamente aos doentes que receberam o tratamento padrão e placebo (Rácio de Probabilidades de 0.36, p<0.001). Foram observadas reduções no número de doentes que morreram ou cuja insuficiência respiratória progrediu para grave, bem como um aumento no número de doentes com alta hospitalar sem evidência de infeção por COVID-19. Foi possível observar estas alterações ao dia 14 (Rácio de Probabilidades de 0.59, p= 0.001).

“Este é o primeiro estudo a avaliar especificamente uma população de doentes em risco antes de serem admitidos na Unidade de Cuidados Intensivos (UCI). Estes resultados representam um grande avanço na pesquisa de opções de tratamento adicionais para prevenir a progressão para um estado mais crítico”, disse o Professor Giamarellos-Bourboulis. “O meu agradecimento aos muitos doentes e médicos que contribuíram para este resultado, tanto em Itália como na Grécia.”

“Estamos satisfeitos que a anakinra tenha demonstrado um benefício significativo sobre o tratamento padrão, num vasto leque de resultados clínicos”, disse Guido Oelkers, CEO da Sobi. “Gostava de dar os parabéns ao Professor Giamarellos-Bourboulis e aos seus colaboradores por terem desenvolvido um trabalho tão impressionante, em condições tão desafiadoras, e num período de tempo tão curto.”

O futuro pós-pandemia é o mote da iniciativa
Promover uma visão prospetiva da saúde assente em princípios de sustentabilidade e dar visibilidade a projetos que visam...

O Prémio Saúde Sustentável tem como objetivo distinguir e premiar entidades, públicas ou privadas, que se destaquem por desenvolver e implementar iniciativas de sustentabilidade com impacto tangível na saúde. As candidaturas encontram-se abertas de 6 de maio até ao dia 30 de junho.

Para Francisco del Val, Diretor Geral da Sanofi Portugal, “é fundamental premiar e distinguir as boas práticas e os projetos diferenciadores na área da saúde. Projetos que trazem um acréscimo significativo à qualidade de vida das pessoas e também à qualidade dos próprios serviços que prestam cuidados de saúde, que devem ser públicos e objeto de inspiração por parte de outras entidades que também queiram deixar a sua marca na área da saúde. Este ano assinalamos a 10ª Edição do Prémio Saúde Sustentável, o que revela a solidez e a importância que esta iniciativa tem ganho ao longo dos anos junto da comunidade”.

A 10ª Edição do ‘Prémio Saúde Sustentável’, que conta com o Alto Patrocínio da Presidência da República e o Patrocínio do Ministério da Saúde,  terá dois âmbitos: institucional e personalidade. No caso da distinção institucional, serão atribuídos cinco prémios correspondentes às seguintes categorias: Promoção da Saúde e Prevenção da Doença; Cuidados de Saúde Centrados no Cidadão; Sustentabilidade Económica e Financeira; Integração de Cuidados; Inovação e Transformação Digital. Já na distinção personalidade, não sujeita a candidatura, será o júri a identificar e premiar a personalidade com maior destaque e relevo na promoção de práticas sustentáveis na área da saúde.

O júri da 10ª Edição do ‘Prémio Saúde Sustentável’, tem como Presidente Jorge Sampaio, ex-Presidente da República, sendo composto por notáveis figuras do meio empresarial, académico e político da sociedade portuguesa.

Nesta 10ª Edição do ‘Prémio Saúde Sustentável’ qualquer entidade individual ou coletiva, pública ou privada, que atue direta ou indiretamente na área da prestação de cuidados de saúde, sejam hospitalares, cuidados primários, cuidados continuados, farmácias, associações, centros de reabilitação, centros de diagnóstico, empresas de medicina no trabalho, poderá candidatar-se através da plataforma: https://premiosaudesustentavel.negocios.pt/

Sensibilizar para o tema da fertilidade
O concurso FERTILID’ART pretende sensibilizar para o tema da fertilidade por via da expressão artística. Nesta edição, acabada...

Cláudia Vieira, Presidente da APFertilidade, reforça o sentimento de orgulho em ver o lançamento de mais uma edição do concurso FERTILID’ART. “Uma segunda edição deste projeto representa voltar a acreditar que é possível sensibilizar a sociedade, de uma forma inovadora e criativa, para as questões e dificuldades que envolvem as pessoas que querem ter filhos, mas que precisam de ajuda médica para o conseguir. Para esta edição decidimos desafiar os alunos de fotografia e de vídeo”, afirma.

As inscrições do concurso, a realizar num site criado para a iniciativa, começam no dia 03 de maio, podendo ser feitas pelos alunos que frequentam as instituições de ensino e formação parceiras deste projeto. A avaliação e a seleção das fotografias e vídeos vencedores serão anunciadas em junho de 2021.

Serão premiados seis vencedores, três para fotografia e três para vídeo, sendo que o valor do primeiro prémio é de 1.000€, do segundo de 500€ e do terceiro de 250€. Os valores são iguais para as duas categorias.

Como júri foi escolhido um grupo isento constituído por um representante da APFertilidade, das instituições de ensino e formação retratadas neste projeto e da Merck.

Pedro Moura, Managing Director da Merck Portugal, demonstra que “apoiar este projeto vai ajudar a sensibilizar toda a população portuguesa sobre o tema da Fertilidade, ao mesmo tempo que se estimula a criatividade em diferentes áreas artísticas". “O nosso compromisso é continuar a ajudar a criar vidas, contribuindo para a inovação no tratamento da infertilidade. Só com o nosso apoio já nasceram mais de 4 milhões de bebés em todo o mundo, um número que nos orgulha imenso. Estamos aqui, sempre, para apoiar estes temas.”

 

Caminhada visa angariar cem mil euros para a casa “Porto Seguro” da APCL
Entre os dias 14 e 21 de maio, Ricardo Martins, sobrevivente de leucemia, vai realizar uma caminhada entre Lagos e Fátima, com...

Aos 31 anos, Ricardo descobriu que tinha leucemia das células pilosas, considerada na altura um tipo muito raro de leucemia. “Em 2004, quando me foi diagnosticada leucemia, uma das promessas que fiz a mim mesmo caso vencesse o cancro foi que iria caminhar até Fátima”. Determinado a cumprir a promessa este ano, decidiu apoiar um projeto com o qual se identificasse e angariar fundos. 

“Na semana que estive em tratamentos observei as dificuldades que os pais de crianças em tratamento tinham para estar com eles. Muitos com poucas possibilidades para suportar as despesas por estar longe de cada e poder acompanhar os filhos numa altura em que mais precisa”, recorda o empresário residente em Lagos. Como tal, no momento de escolher uma causa para apoiar, “a escolha recaiu naturalmente sobre a APCL. A casa de acolhimento relacionava-se perfeitamente com o que assisti quando fiz os meus tratamentos e esta era a oportunidade para ajudar essas famílias”, refere Ricardo.

“É um enorme privilégio para a associação, doentes e famílias que apoiamos, poder contar com este gesto do Ricardo. Deixa-nos muito sensibilizados que a vitória do Ricardo contra leucemia tenha motivado algo tão importante como a angariação de fundos para a casa Porto Seguro, um projeto que está a agora a nascer e que carece de todas as ajudas possíveis”, refere Carlos Horta e Costa, Vice-Presidente da APCL.

Com partida marcada para 14 de maio e chegada prevista para 21 de maio, o percurso entre Lagos e Fátima totalizará mais de 340 quilómetros a pé. A iniciativa pode ser acompanhada nas páginas de Facebook e Instagram da APCL, assim como na Página de Facebook da própria ação. A campanha de angariação de fundos já está a decorrer e os donativos podem ser feitos através da plataforma Go Fund Me: http://gofund.me/93caf6b7

O projeto “Casa Porto Seguro” da APCL consiste numa casa de acolhimento em Lisboa destinada a doentes hemato-oncológicos, a transplantar ou em fase de terapêutica, e respetivo agregado familiar, para que durante o período de tratamentos e isolamento inerente à recuperação do doente, criança ou adulto, a família possa estar próximo e acompanhar, proporcionando assim o suporte emocional fundamental à recuperação. Será a primeira casa de acolhimento para o efeito na capital. “Este projeto de cariz social partiu da necessidade crescente que a Associação sentiu de apoiar famílias carenciadas com necessidade de se deslocar a outra cidade para se submeter a um transplante de medula óssea ou para acompanhar um familiar nessas circunstâncias”, destaca o Vice-Presidente da APCL.

A osteoporose é anualmente responsável por cerca 40 mil fraturas
A osteoporose é uma doença silenciosa que afeta cerca de 800 mil portugueses e apresenta um elevado impacto físico, psicológico...

A osteoporose é anualmente responsável por cerca 40 mil fraturas ósseas, incluindo aproximadamente 12 mil fraturas da anca. No ano a seguir a uma fratura da anca, 1 em cada 4 doentes morrerá, e 9 em cada 10 doentes poderão necessitar de apoio para realizar as atividades diárias. Perante estes dados, para Sílvia Rodrigues, farmacêutica comunitária e Diretora da ANF, esta iniciativa representa “mais um contributo das farmácias como agente de saúde pública. Uma ação que destaca a importância da proximidade da prevenção e com potencial para reduzir o impacto que a osteoporose pode ter na qualidade de vida de uma pessoa”.

Esta iniciativa alerta ainda para a principal consequência da osteoporose, as fraturas por fragilidade. Clarificando que todas as fraturas que ocorrem em ossos grandes, no punho, no colo do fémur, na anca ou na coluna vertebral – após uma queda, por vezes, devido a pequenos acidentes, como escorregar ou tropeçar, resultam da deterioração da estrutura óssea. Junte-se ainda, com os rastreios, o especial reforço dos fatores de risco associados, como a idade, e os cuidados a ter com o estilo de vida, como o tabagismo, o consumo excessivo de álcool e a redução ou a ausência de atividade física. 

Com esta iniciativa, Tiago Amieiro, Diretor-Geral da Amgen Portugal, destaca: “Ao unirmos esforços com a rede de farmácias estamos a caminhar juntos para a prevenção da osteoporose. Trata-se de uma ação que nos permite perceber e dar uma melhor resposta às necessidades sentidas por estes doentes”.

Após a realização desta iniciativa será possível ter uma ideia da prevalência da população em risco de desenvolver osteoporose e fraturas por fragilidade, a nível nacional e regional, assim como realizar uma avaliação das características sociodemográficas da população rastreada.

 

Opinião
O Dia Mundial da Fibromialgia assinala-se a 12 de maio, data escolhida em memória da Enfermeira Ingl

Este dia continua a ser importante porque as pessoas diagnosticadas com Fibromialgia, no nosso país, continuam a não obter qualquer tipo de apoio das entidades competentes, aquando do seu diagnóstico.

O que falta? Bom, tudo.

Segundo o Ponto 3 do Artigo 63º do Capítulo II da Constituição da República Portuguesa, “O sistema de segurança social protege os cidadãos na doença, velhice, invalidez, viuvez e orfandade, bem como no desemprego e em todas as outras situações de falta ou diminuição de meios de subsistência ou de capacidade para o trabalho.” e o Artigo 64º sobre a Saúde, falam-nos de um Estado inclusivo para com toda a população.

Era excelente se estas linhas fossem postas em prática para com os doentes de Fibromialgia.

As pessoas diagnosticadas com esta síndrome em Portugal, não conseguem obter percentagem de invalidez, pois a FM nem sequer consta na Tabela Nacional de Incapacidade (TNI), assim torna-se muito difícil ter acesso à reforma antecipada se assim o desejarem, ou candidatarem-se a algum tipo de apoio da Segurança Social.

Com essa ausência de percentagem de incapacidade, também é quase impossível as entidades empregadoras acreditarem no sofrimento do seu trabalhador, pois às vezes bastava fazer pequenas adaptações no trabalho, para que a pessoa se sentisse mais confortável e continuasse a ser produtiva.

É também importante a prioridade no acesso ao Sistema Nacional de Saúde se a pessoa estiver num estado avançado da doença ou em momento de crise.

São inúmeros os relatos que chegam até nós (Associação Portuguesa de Fibromialgia) de pessoas que não conseguem suportar financeiramente os encargos dos seus tratamentos, despesas de casa, etc., pois têm imensas dificuldades em trabalhar.

No acesso à educação, também há crianças e jovens a serem diagnosticadas com FM, muitas das vezes é difícil para eles fazer Educação Física por exemplo, ou serem assíduos às aulas devido às crises. É fundamental que as escolas insiram estes alunos nas Necessidades Educativas Especiais, para que sejam criadas medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão, para que o rendimento académico não seja de todo condicionado pela FM. Mas, nem todas as escolas aceitam fazê-lo, pois trata-se de uma patologia que “não se vê”. (Diário da República, 1.ª série — N.º 129 — 6 de julho de 2018)

Estima-se que 1,7% da população sofra de FM (EpiReumaPT), ora são 1,7% de pessoas que estão desamparadas, que não sabem a quem recorrer para subsistir e ao mesmo tempo tratar a sua doença.

A Fibromialgia é uma Doença Reumática, que foi reconhecida pela Organização Mundial da Saúde com os códigos CID-10 M79,7 e MG30.01, e em Portugal, pela Direção Geral da Saúde em 2003 através da Circular Informativa nº 27/DGCG de 03/06/2003.

Sendo uma patologia reconhecida e estando nós num país onde, na constituição, consta que o Sistema de Segurança Social e o Estado está incumbido de assegurar a proteção da saúde e em todas as outras situações de falta ou diminuição de meios de subsistência ou de capacidade para o trabalho, é impressionante como em 2021 isto ainda aconteça!

Acredito que estas situações persistem, pois, a FM ainda é pouco aceite pela sociedade médica em geral, apesar do seu reconhecimento.

Apesar de ser uma doença invisível, ela existe e condiciona imenso a vida destas pessoas, que querem ser membros ativos da sociedade independentemente da sua condição, mas precisam de ajuda de alguns meios para tal.

Tem sido uma dura e inglória batalha das associações nacionais para mudar este paradigma. É preciso união dos doentes e que profissionais de saúde, políticos e afins que acreditem nesta patologia se cheguem à frente e lutem lado a lado connosco.

O Dia da Fibromialgia é todos os dias para estas pessoas que tanto se esforçam diariamente (no meio de muito julgamento e incompreensão) para ter uma vida digna e com pouco sofrimento.

Junte-se a nós! Apoie esta causa!

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Portugal e Espanha
O Banco Europeu de Investimento (BEI) e a União de Créditos Imobiliários (UCI) - uma joint venture entre o Banco Santander e o...

Esta nova parceria entre o BEI e a UCI envolve um investimento de 50M de euros numa titularização de 480 milhões de euros de hipotecas residenciais com origem em Espanha (RMBS Prado VIII) e permitirá financiar novos empréstimos verdes e sustentáveis. Embora o financiamento esteja principalmente orientado para a renovação de edifícios, também serão elegíveis empréstimos hipotecários para a compra de casas com elevados padrões de eficiência energética.

Esta será a segunda operação realizada pelo BEI com a UCI, tendo a anterior tido lugar em maio de 2020, através do investimento do BEI numa parcela de 100M de Euros do RMBS Green Belém 1 (a primeira emissão de obrigações verdes com garantia hipotecária em Portugal lançada pela UCI). Recorde-se que por esta operação, a UCI recebeu o prémio Sustainable Finance da Euronext Lisbon Awards pela sua contribuição ativa para o desenvolvimento do mercado de capitais em Portugal e pelo seu impacto positivo nas questões ambientais, sociais e de governação empresarial.

O projeto contribuirá para a mitigação das alterações climáticas e está alinhado com a "onda de renovação" da Comissão Europeia. A poupança final total de energia em Portugal e Espanha está estimada em 57,3 GWh/ano a partir do momento em que os fundos sejam totalmente desembolsados, o que corresponde a uma poupança de 10.269 toneladas/ano de CO2 equivalente ao consumo anual de energia de 14 000 lares. Além disso, espera-se que os projetos financiados pela UCI com o apoio do BEI criem cerca de 940 empregos por ano durante o período de construção.

A propósito desta operação o Vice-Presidente do BEI, Ricardo Mourinho Félix, responsável pela atividade do banco da UE em Espanha, afirma "Atualmente, cerca de 75% do parque imobiliário tem uma baixa eficiência energética e, o que é mais crítico, quase 85-95% deles estarão ainda em uso em 2050”.

“Estamos, portanto, muito orgulhosos de apoiar a UCI na condução de projetos e investimentos ecológicos para melhorar significativamente a eficiência energética em Portugal e Espanha”, afirmou ainda o responsável, concluindo dizendo que “a atual pandemia não nos deve fazer esquecer de que a recuperação da economia na Europa deve continuar a concentrar-se na ação climática”.

Já o CEO da UCI, Roberto Colomer, afirma "Estamos orgulhosos de poder alargar a nossa parceria com o BEI para continuar a desenvolver a nossa estratégia de financiamento sustentável na Península Ibérica e contribuir para a descarbonização do parque habitacional em ambos os países".

Os empréstimos abrangidos por esta parceria cumprirão os critérios estabelecidos pela Federação Hipotecária Europeia no âmbito do Plano de Acção para a Eficiência Energética (EEMI). Em particular, as operações de renovação devem gerar uma melhoria na eficiência energética da propriedade de pelo menos 30%, enquanto o financiamento para a compra de novas habitações deve ter um consumo de energia mais baixo. Ambos os critérios estão de acordo com os estabelecidos para se qualificar para o Selo de Eficiência Energética (EEM Label), uma iniciativa em que a UCI é também pioneira em Espanha e Portugal.

O Secretário-Geral da Federação Hipotecária Europeia, Luca Bertalot refere que “estamos satisfeitos em ver que o rótulo EEM está a atuar como um catalisador de mercado que alinha as partes interessadas privadas e o setor público no objetivo comum de criar consciência e um novo paradigma verde com benefícios concretos para os consumidores e transparência para os investidores. O mercado está a virar a página em direção a um futuro mais sustentável para todos."

Tratamento ajuda a recuperação física dos doentes
Responsáveis pela pesquisa, a esteticista e cosmetóloga Daniela Lopez, e o neurocientista Fabiano de Abreu, analisaram o uso do...

Ajudar os indivíduos que superaram o coronavírus a voltarem à rotina por meio do uso da Eletroterapia IVL, é o objetivo traçado pela esteticista e cosmetóloga Daniela Valentina Lopez, e pelo neurocientista e neuropsicólogo Fabiano de Abreu Rodrigues. Juntos elaboraram a pesquisa "Eletroterapia IVL no tratamento de Covid-19 e sequelas no sistema nervoso central”, e analisaram o uso do aparelho infravermelho longo no tratamento da recuperação física dos indivíduos que tiveram a doença. O estudo também foi feito com auxílio do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH).

A eficácia do uso de aparelhos de Eletroterapia IVL se deu após a esteticista ter sido diagnosticada com Sépsis (infeção no sangue), proveniente do coronavírus, e ser tratada por meio de eletroterapia. Ela obteve êxito e passou a replicar o mesmo tratamento nos seus pacientes.

Durante as análises, foi observado que o aparelho emissor de terapia infravermelho longo ativa mil milhões de células por minuto, eliminando ácido lático e toxinas, promovendo a circulação de oxigénio e aumento do sistema imunitário por oxigenação celular. As descobertas já foram testadas em mais de 18 pacientes e os resultados obtidos por foram surpreendentes, conta.

"Os pacientes foram submetidos a sessões de infravermelho longo e corrente galvânica durante 4 semanas, com tratamento sendo realizado 3 vezes por semana e duração de 50 minutos cada aplicação. Ao final da primeira aplicação, todos os pacientes sentiram melhorias significativas de 50% do estado de debilidade no qual se encontrava, e após 7 dias da primeira aplicação, todos os pacientes se encontravam sem nenhum sintoma da Covid-19", contou Daniela.

Replicada em hospitais do Brasil

Sabemos que as sequelas da Covid-19 no organismo do indivíduo são: fraqueza muscular, alterações na sensibilidade, dificuldades respiratórias, raciocínio lento e stresse pós-traumático. Esses sintomas aparecem, principalmente, em pacientes que foram tratados nas Unidades de Cuidados Intensivos (UCI).

Por isso, o uso da Eletroterapia IVL passou a ser replicado no Hospital Regional de Chapadinha, da rede estadual de saúde do Maranhão, e no Hospital Vera Cruz, de Belo Horizonte (MG). Na unidade nordestina, o tratamento utilizado foi a corrente FES (Estimulação Elétrica Funcional), uma corrente alternada de baixa frequência, que provoca contrações musculares através de elétrodos sobre a pele do paciente.

Já na capital mineira, o sistema ReCARE - Sistema de Ativação e Monitorização Neuromuscular (SAMNA) -, foi utilizado na recuperação precoce de pacientes em UTI. O método consiste na ativação e monitorização automática de vários grupos musculares contribuindo para a redução do tempo de internamento.

Em ambos, foi notado que a eletroterapia, além de oferecer ganho de força muscular ao paciente, o uso desse sistema pode ser uma ferramenta para reduzir o tempo de ventilação mecânica desses pacientes.

Provando ser um bom método de tratamento, a pesquisa da esteticista e cosmetóloga Daniela Lopez e do neurocientista Fabiano de Abreu, foi avaliada e validada em comitê, sendo aprovada sua publicação na revista científica internacional Brazilian Journal Of Development (BRJD), podendo ser lido e visualizado aqui.

"Em minha área de enfoque, preocupo-me com a saúde mental da sociedade em geral que está vivenciando algo deste tipo pela primeira vez", finalizou Fabiano.

"Pretendo seguir em frente com a pesquisa e ajudar o máximo de pessoas possíveis", finalizou Daniela Lopez.

 

 

Agência Nacional de Inovação
Portugal está acima da média da União Europeia em número de publicações científicas em coautoria fora do espaço comunitário, no...

É com o objetivo de analisar e debater as redes de transferência de tecnologia e conhecimento em Portugal, bem como boas práticas europeias nesta matéria que a Agência Nacional de Inovação (ANI) organiza, nos próximos dias 13, 17 e 20 de maio, três webinares, focados nas regiões Norte, Centro e Alentejo, respetivamente. Com esta iniciativa pretende-se contribuir para impulsionar uma maior transferência e valorização do conhecimento produzido no país.

Nestes eventos online serão apresentados e debatidos dois estudos organizados pela ANI: “Redes e Dinâmicas de Transferência de Conhecimento em Portugal” e “Boas práticas internacionais de Transferência de Conhecimento em Portugal”.

O primeiro estudo faz a caracterização dos projetos em co-promoção (projetos de empresas desenvolvidos com outras empresas ou restantes entidades do Sistema de Inovação e Investigação) apoiados no âmbito Sistema de Incentivos “Investigação e Desenvolvimento Tecnológico”, tanto no período 2007-2013, em que esteve em vigor o QREN, como de 2014 em diante, no âmbito do Portugal 2020.

São ainda analisadas as redes de transferência e valorização de conhecimento associadas a estes projetos e o respetivo alinhamento com as estratégias nacional (ENEI) e regional (EREI) de especialização inteligente. Recorde-se que as estratégias ENEI e EREI estabelecem áreas prioritárias para as economias nacional e regional, as quais são apoiadas pelos incentivos em vigor. Segundo este estudo, as dinâmicas de transferência de conhecimento e tecnologia em Portugal estão em processo de intensificação, dado o aumento do número de projetos ativos ao longo do QREN e do Portugal 2020.

Em paralelo, verifica-se que a integração entre regiões em matéria de projetos colaborativos de I&DT está a aumentar, o que ajudará ao catching-up das regiões com sistemas de inovação menos densos, como Alentejo e Algarve. A maioria dos projetos em co-promoção apoiados apresenta, de acordo com a análise, um grau de inovação moderado e está globalmente alinhada com as estratégias de especialização inteligente.

A análise de redes realizada permitiu observar que a rede global nacional é povoada por uma grande proporção de empresas, mas as entidades académicas e entidades intermediárias estão também bastante presentes e com papéis centrais nas conexões da rede. A rede global exibe uma preponderância de atores de três setores de atividade: TIC, indústrias metalúrgicas e serviços empresariais. Já quando se analisa as colaborações formadas com o Portugal 2020 e as geradas pelo QREN, conclui-se que o Portugal 2020, ainda em execução, representa atualmente mais de 51% das relações analisadas, apesar de envolver a análise de um número mais reduzido de projetos.

Finalmente, os laços por região revelam que as regiões do Norte (34,28%) e do Centro (26,58%) concentram parte significativa dos projetos e que existe um número assinalável (29,75%) de ligações multirregionais.

Os domínios da ENEI mais conectados são "Materiais e matérias-primas" com "Tecnologias de produção e indústrias do produto" e com "Tecnologias de produção e indústrias do processo" e "Tecnologias de produção e indústrias do produto" com "Tecnologias de produção e indústrias do processo". De referir ainda que nas regiões com mais projetos (Norte e Centro), podem ser identificados domínios que claramente se distinguem dos restantes pelo número de projetos, nomeadamente, o domínio dos "sistemas avançados de produção" no Norte e o das "soluções industriais sustentáveis" no Centro.

Disseminação de boas práticas europeias

Por seu turno, o estudo de disseminação de “Boas Práticas Internacionais de Transferência de Tecnologia e Conhecimento” teve como objetivo recolher informação e ensinamentos de casos de sucesso de países europeus em matéria de transferência de tecnologia e conhecimento que sirvam de inspiração para a introdução de melhorias futuras no policy mix nacional, nomeadamente na criação de novos (ou melhorados) mecanismos facilitadores e promotores das dinâmicas de transferência de conhecimento e tecnologia, tendo em vista a sua valorização económica.

Segundo este segundo estudo, o sucesso na introdução de mecanismos de facilitação e dinamização da transferência de tecnologia e conhecimento depende de condições de contexto propícias e da introdução de boas práticas que se potenciam mutuamente.

O estudo conclui ainda que o conceito de hélice quádrupla e a adoção de estratégias de especialização inteligente estão presentes de forma transversal e propiciam resultados reconhecidos ao nível da transferência de tecnologia e conhecimento, mas também da sua valorização no mercado.

Opinião
Hoje, dia 12 de maio, comemora-se o Dia Internacional do Enfermeiro, um dia especialmente simbólico

Neste dia tão especial, partilho um projeto que nasceu em março de 2020, no início da pandemia em Portugal, quando a Unidade de Cuidados Intensivos onde trabalho dedicou-se, a cuidar exclusivamente de pessoas em estado crítico, infetadas com o vírus SARS-CoV2. Inicialmente, a permanência na zona vermelha e a adaptação aos equipamentos de proteção individual testaram as capacidades ao limite, sentido uma necessidade emergente de procurar apaziguar o stress, o desconforto, a ansiedade, as dificuldades e os medos... foi nesse momento que peguei numa caneta e numa folha de papel e comecei a desenhar o que via, para me tentar abstrair-me da sensação de sufoco! Do primeiro desenho veio outro e mais outro, surgindo, assim, a minha terapia! Aos desenhos juntam-se poemas que dão sentido às emoções e sentimentos vividos em cada situação de cuidados, desvendando experiências de resiliência, resistência e superação que suportam esta batalha compartilhada entre quem cuida e quem é cuidado, desmistificando uma realidade, que poucos conhecessem, sobre aquilo que se vive para lá da porta dos Cuidados Intensivos!

Um ano depois, desta arte traduzida em desenhos e dos poemas, resultou a publicação do livro: “O Outro Lado da Pandemia: o que se vive para lá dos Cuidados Intensivos”.

Mas... o que se vive efetivamente para lá dos Cuidados Intensivos?

As experiências vividas dentro das “quatro paredes” da Unidade são variadas, muitas vezes marcadas pelo silêncio de derrotas, mas também de vitórias, por sentimentos de gratidão face a um sinal de melhoria ou num simples “obrigada” ou sorriso, mas também sentimentos de frustração e impotência perante as necessidades e a escassez de recursos. Por turnos cansativos e stressantes que refletem a exaustão em mazelas no corpo, mas também o dever cumprido quando vemos aqueles por quem lutámos esboçarem um sorriso e saírem da Unidade.

Entre fios, tubos, máquinas e equipamentos, o compasso continua a ser marcado pelo ruído do ventilador e de alarmes de monitores que se cruzam com a voz de quem cuida, que abraça novos desafios, numa relação terapêutica dotada de aprendizagens, partilhas, conhecimentos, de momentos alegres, outros difíceis e sempre desafiantes!

Em plena pandemia e para lá da porta dos Cuidados Intensivos, o sucesso reside no espírito de equipa, na cumplicidade, na relação de ajuda e na vontade de nunca desistir por mais desafios que surjam! Ainda que o contexto seja tipicamente stressante, e por vezes hostil, em que a luta contra o tempo é constante face às necessidades de cada pessoa, as aprendizagens adquiridas são mais que muitas! Pelo exemplo, pela vontade de dar mais e pelo desejo de se “agarrar” à vida, ocorrem todos os dias, momentos surpreendentes, que nos fazem acreditar nas segundas oportunidades, no recomeçar de novo, na importância das relações humanas e na inércia da simplicidade das coisas, em como pequenos gestos podem tornar o dia de quem é cuidado mais brilhante, transformando os momentos mais difíceis em experiências de resiliência, coragem e superação!

Se quiser conhecer melhor este projeto poderá seguir O Outro Lado da Pandemia nas redes sociais Facebook (https://www.facebook.com/ooutroladodapandemia) e Instagram (https://www.instagram.com/ooutroladodapandemia).

Para adquirir o livro “O Outro Lado da Pandemia: o que se vive para lá dos Cuidados Intensivos”, este já está disponível no site da Chiadobooks, FNAC, Bertrand e WOOK. Também disponível em livrarias locais de norte a sul de Portugal continental e ilhas!

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

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