Vários especialistas juntam-se à iniciativa
Entre os dias 18 e 21 de maio vão realizar-se pelas 21h00, no Facebook da APOBARI, quatro webinares que terão a participação de...

No dia 22 de maio, sábado, o dia inicia-se com a apresentação do livro “O Esconderijo”, um projeto da ADEXO e da APCOI, no programa “Aqui Portugal” da RTP. A apresentação do livro será feita pelos apresentadores José Carlos Malato e Vanessa Oliveira que apadrinharam este projeto. 

De seguida, pelas 15h00, no Facebook da ADEXO será feito o lançamento oficial do livro “O Esconderijo” pelos presidentes das respetivas associações responsáveis por este projeto – Carlos Oliveira da ADEXO e Mário Silva da APCOI.

Para encerrar as celebrações do Dia Nacional de Luta Contra a Obesidade, realizar-se-á uma tertúlia sob o mote “STOP BULLYING”, um tema que vai ao encontro do livro “O Esconderijo”, também no Facebook da ADEXO pelas 21h00. Esta sessão volta a juntar as três associações – ADEXO, APCOI e APOBARI – e contará ainda com a participação de uma psicóloga, um pediatra e um cirurgião, para falar sobre a obesidade como uma doença e a sua relação atual com o bullying.

Estas iniciativas contam com o apoio do Ministério da Saúde, da Federação Nacional de Associações de Doenças Crónicas (FENDOC), das farmacêuticas Novo Nordisk, Johnson&Johnson e Medinfar, bem como do Grupo Lusíadas.

 

Campanha para assinalar o Dia Mundial Sem Tabaco
Para assinalar o Dia Mundial Sem Tabaco, assinalado a 31 de maio, a Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) está a promover a...

O músico e compositor David Fonseca (também conhecido pelo seu historial ligado a dobragens de filmes animados), aceitou o convite para dar voz à personagem "Tomás". O filme conta a história feliz do pai Tomás que se apercebe que para ser mais saudável e partilhar melhores momentos ao lado da sua filha, Inês, tem de abdicar do tabaco, e por isso aconselha: “Não fumes, por ti e pela tua família!”.

Através da técnica “stop motion”, o filme animado transmitirá informação relevante sobre o tabagismo, de uma forma descontraída e divertida, para criar impacto junto da população em geral e, em particular, dos mais jovens, com especial atenção para os pais.

O filme vai estar disponível no Youtube e no site da LPCC em: https://www.ligacontracancro.pt/dia-mundial-sem-tabaco-2021/

“Nunca é demais alertar para os perigos e os malefícios do tabaco, cujo consumo tem vindo a aumentar, sobretudo na população mais jovem devido ao aparecimento de novos produtos do tabaco. Ao contrário do que tem vindo a ser divulgado, o tabaco aquecido e o cigarro eletrónico têm efeitos nefastos para a saúde. Para além de causarem dependência, destacamos que os malefícios dos compostos e componentes do tabaco convencional e dos novos produtos do tabaco, associados à problemática do fumo passivo, presente em tecidos e materiais em casa e no carro, prejudicam gravemente os não fumadores a médio e longo prazo”, afirma Dra. Mónica Martins, Presidente do Núcleo Regional dos Açores da Liga Portuguesa Contra o Cancro.

Estima-se que 1,2 milhões de mortes por ano, no mundo, são causadas pela exposição ao tabaco (fumo passivo), que está diretamente ligada ao aparecimento de doenças como o cancro, as doenças cardiovasculares e respiratórias.

O consumo do tabaco é responsável por aproximadamente 22% das mortes por cancro, e em Portugal representa a morte de mais de 13 mil pessoas por ano. No mundo, o consumo de tabaco provoca a morte de cerca de 8 milhões de pessoas por ano.

Assita ao vídeo:

Evento especialmente direcionado a associações de doentes
A Bayer promove no próximo dia 19 de maio pelas 17h00 uma sessão virtual dedicada ao tema “Sinergias em Investigação Clínica”....

A sessão conta com a participação de Joana Camilo – Presidente da Associação Dermatite Atópica Portugal (ADERMAP); Francisco Cruz – Diretor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, no Centro Hospitalar de São João; Raquel Reis – Coordenadora da Equipa de Ensaios Clínicos na Bayer Portugal e com a moderação da jornalista Fernanda Freitas.

“A Bayer com esta iniciativa pretende promover um momento de maior informação sobre o que são ensaios clínicos, o rigor e ética envolvidos na sua implementação e o cuidado necessário no acompanhamento dos participantes. Seremos bem-sucedidos se esta troca de experiências puder traduzir-se em maior conhecimento e confiança por parte dos doentes, associações e público em geral, sobre o papel dos ensaios clínicos no desenvolvimento de alternativas terapêuticas que podem inclusivamente, nalgumas áreas, mudar o paradigma de tratamento de determinadas doenças”, explica Raquel Reis.

Na área da inovação, em Portugal, a Bayer tem em funcionamento um Laboratório Satélite em parceria com o Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica (IBET) e dispõe de uma Unidade de Ensaios Clínicos, colaborando ainda com diversos centros académicos em projetos próprios de investigação e formação.

A Unidade de Ensaios Clínicos dedica-se à investigação de novos tratamentos e ao acompanhamento de estudos em várias fases e em diversas áreas terapêuticas, como Cardiologia, Ginecologia, Nefrologia, Neurologia, Oncologia, Pneumologia e Urologia.

 

 

Testemunho
«O tipo não sabe o que diz! Ele está paranoico!

De facto, “esquizofrenia”, “paranoia” são duas palavras que foram vulgarizadas no atual discurso. Vivemos numa época e numa sociedade em que tudo e todos parecem estar “paranoicos” ou padecendo de “esquizofrenia”. Como duas armas de arremesso, quer se trate de temas políticos, económicos ou sociais, quer se trate de futebol, da educação ou da saúde, estas palavras são utilizadas para criticar, atacar ou ofender, na medida em que são portadoras do estigma produzido no seu contexto de origem: a saúde mental com o seu catálogo de doenças e o modo como todas elas são encaradas pela sociedade em geral.

Porém, a vida encarregou-se de nos ensinar o verdadeiro significado de “esquizofrenia”, bem como os diferentes tipos ou estados de uma das doenças mentais mais profundas-

Como tudo começou

Foi no dia 2 de novembro de 1994. Na tarde desse dia, fui chamada, com urgência, por alguns vizinhos que me deram conta do estranho comportamento que o meu filho – então rapaz de 22 anos – revelava desde o dia anterior.

Chegada a casa deparei-me com uma pessoa alterada, andando de um lado para o outro como um animal enjaulado, gritando e discutindo com alguém completamente invisível ou com os locutores e personagens que surgiam na TV. Todos eram acusados de mentirem, de o perseguirem, de quererem jogar com ele para lhe fazerem mal. Num discurso sem nexo, fantasioso, falava-nos de um jogo que só ele conhecia! Todas as tentativas para o acalmar e chamar à razão fracassaram.

Seguiram-se as piores 48h da nossa vida, recheadas de episódios rocambolescos e dramáticos à medida que tentávamos aceder aos serviços de psiquiatria do SNS. De hospital em hospital, de médico em médico, de injeção em injeção, não queríamos acreditar no que víamos. Desesperada, só murmurava: estamos no final do séc. XX! Não estamos na Idade Média!!!!

No dia 4 de novembro, pelas 4 horas da tarde, o meu filho, completamente dopado, mais parecendo um farrapo humano, foi internado no hospital psiquiátrico da zona a que pertencia a sua residência.

Chamada ao gabinete do médico, foi-nos comunicado, um diagnóstico incompreensível do qual apenas registamos a palavra “esquizofrenia”.

Esquizofrenia, doutor? O doutor está a dizer-me que o meu filho é esquizofrénico? – perguntei surpreendida. Seguiram-se mais algumas explicações que mal ouvíamos tal era o estado em que ficámos.

Se não estávamos preparados para enfrentar o que tínhamos acabado de viver nas últimas 48h, muito menos estávamos para as semanas, meses e anos que se seguiram.

A Descida ao Inferno

De crise em crise, de internamento em internamento, de hospital em hospital, de médico em médico, de medicamento em medicamento, de convalescença em convalescença só pedíamos que nos ajudassem.

Mas, sozinhos, sem qualquer apoio, tivemos de aprender a lidar com um SNS que não assumia a saúde mental; sozinhos, ficamos a saber que o tratamento dos doentes mentais, com raras exceções, estava entregue a instituições seculares, que continuavam a trabalhar com os mesmos métodos, terapias e medicamentos dos seus primórdios. Ali fechavam-se os doentes mentais afastando-os da família e sobretudo da sociedade; sozinhos, descobrimos que as altas não significavam cura, mas uma longa convalescença, sem fim à vista, onde era preciso vigiar a toma da medicação, tentar reverter o dormir, comer e não fazer nada e estar atentos aos sintomas das recaídas que foram acontecendo com alguma frequência.

De boas intensões o inferno está cheio

Os anos foram passando! O meu filho foi envelhecendo sem nunca recuperar e com ele envelheciam os pais sempre em busca das alternativas tão prometidas por decretos, despachos e portarias publicados no âmbito do Plano Nacional de Saúde Mental, mas que nunca conseguiram saltar para fora do papel.

O ano de 2012 começou com mais um surto psicótico e um novo internamento. Porém, ao contrário dos anteriores, passados que foram 15 dias, mais “descompensado” e mais alterado do que quando entrara, o meu filho recebeu alta. Não era possível estar hospitalizado mais tempo. Estavam, então, em curso as diretrizes do Plano Nacional de Saúde Mental (2007-2016) que preconizavam um processo de desinstitucionalização dos doentes mentais. Metendo tudo no mesmo saco, - doentes que viviam há décadas nos hospitais psiquiátricos e doentes que precisavam de tratamento hospitalar - o Plano preconizava, sem atender às especificidades das doenças mentais, curtos períodos de internamento hospitalar, após os quais o doente deveria regressar ao seio da família, continuando o tratamento em instituições a nível comunitário.

A ideia até parece boa! Mas onde estavam essas instituições? A nível nacional nunca foram implementadas por falta de verba, embora se possam encontrar, aqui e ali, alguns exemplos de iniciativa privada ou municipal. É nelas que as famílias encontram apoio, aconselhamento e orientação. É nelas que os doentes mentais profundos quebram a rotina do Dormir, Comer e não Fazer Nada. É nelas que se ensaiam os programas de recuperação e de inserção na sociedade.

Mas o seu papel só será eficaz se espalhadas por todo o território nacional, inseridas e financiadas no âmbito do SNS para darem continuidade aos tratamentos hospitalares potencializando, desse modo, a recuperação.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
O livro infantil ‘Maria descobre a diabetes’ será distribuído em escolas do 1º ciclo
Com o objetivo de assinalar os 100 anos da descoberta da Insulina, assim como sensibilizar e educar os mais novos para um...

O livro que se espera que impacte mais de 11 mil crianças, e que conta com o apoio da editora Cultura, da EPIS - Associação Empresários pela Inclusão e da Sanofi, disponibiliza uma música através de um QRCode e ainda um vídeo pedagógico, onde uma psicóloga e a autora da obra explicam a diabetes às crianças.

Catarina Mendanha convive com a patologia desde os seis anos, enfrentando os medos, incertezas e dúvidas causadas por uma condição que a afetou desde tenra idade. Nesse sentido, a autora quis criar uma série de livros que retratassem a personagem Maria como uma menina como todas as outras, mas que tem um superpoder, onde tem de ser o seu próprio pâncreas, e vai mostrando a forma como se sente no dia a dia, como é que ela resolve os problemas e como a diabetes está presente na sua vida.

De acordo com Catarina Mendanha, “é fundamental encontrarmos uma forma divertida e pedagógica de chegarmos não apenas às crianças com diabetes, mas também aos colegas de escola que os acompanham. Nesse sentido, a distribuição deste livro poderá ajudar a esclarecer dúvidas e até a diminuir algum estigma que possa existir”.

Para Luis Gardete Correia, Presidente da Fundação Ernesto Roma, “Esta ação de consciencialização encaixa perfeitamente na missão da Fundação, cujo principal objetivo é contribuir de forma prática para melhorar a qualidade de vida da pessoa com diabetes, através do desenvolvimento de programas na área da investigação, formação, assistência e educação terapêutica, enfatizando a importância da sua autonomia e plena integração”.

O livro lançado em dezembro de 2019 e que está disponível em livrarias físicas e online, e que tem também uma vertente solidária para a Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal - APDP, chega agora às escolas para sensibilizar e educar alunos e professores para uma doença que afeta cada vez mais crianças e jovens em Portugal.

Sobre o livro

Apadrinhado pelo ator Joaquim de Almeida, “Maria descobre a diabetes” é o primeiro livro de uma coleção infantil que retrata o dia a dia de uma menina de sete anos, nas suas aventuras e peripécias normais da idade, com a particularidade de ter diabetes tipo1.

Através de uma linguagem simples, a autora visa desmistificar a patologia para quem convive com a diabetes desde tenra idade, alertando para os cuidados a ter e possíveis sintomas.

Sobre a autora

Catarina Mendanha nasceu em 1987, em Lisboa, e aos 6 anos foi-lhe diagnosticada diabetes tipo 1. Iniciou este projeto em 2015, quando sofreu um descolamento bilateral da retina, tendo sido submetida a 11 intervenções cirúrgicas.

Desde 2017 que começou a interessar-se por temas sobre desenvolvimento pessoal, coaching e PNL, tendo já algumas certificações na área.

Sessões de capacitação dos seus técnicos sociais
A MatosinhosHabit, em parceria com a Associação de Familiares e Amigos do Hospital de Magalhães Lemos, tem vindo a desenvolver...

Tendo como objetivo criar respostas especializadas que façam face às patologias associadas à saúde mental, a MatosinhosHabit realizou, em parceria com a Associação de Familiares e Amigos do Hospital de Magalhães Lemos (AFUA-HML), sessões de capacitação dos seus técnicos sociais para a implementação do protocolo de colaboração entre as duas entidades.

Tiago Maia, administrador da MatosinhosHabit, revela que «a envolvência destas instituições converge num único esforço comum: o de proporcionar um serviço de saúde mental comunitário criado para dar resposta à necessidade de informação e orientação nesta área e promover as competências de empoderamento e integração social, de apoio e aconselhamento individual a todos os arrendatários com necessidades de conhecimentos e/ou diretrizes, e também a todos os que pretendam promover o seu bem-estar psicossocial assim como aos arrendatários com experiência em doença mental e aos seus cuidadores. No fundo o que pretendemos é que todos os que lidam com este tipo de problemas se sintam amparados e que saibam que não estão sós nesta “luta”.»

Desenvolvida no âmbito da sua política de responsabilidade social e tendo em conta o contexto pandémico que se vive atualmente, a MatosinhosHabit propõe-se desenvolver esta parceria junto dos arrendatários que, como sublinha Tiago Maia, «de forma espontânea desejem aderir ao programa, que é realizado e acompanhado por uma equipa de profissionais com formação adequada na área da saúde mental.»

Este ano foram já realizadas diversas outras sessões (de esclarecimento e de sensibilização) com incidência nas seguintes temáticas: segurança e saúde no trabalho, situações epidémicas/pandémicas, atendimento a pessoas surdas e com deficiência visual; e estratégias de promoção para a inclusão de pessoas ciganas. As próximas iniciativas irão decorrer no âmbito da certificação ambiental e da proteção da parentalidade.

Dizem investigadores
Uma equipa de cientistas liderada por investigadores da Faculdade de Medicina de San Diego, da Universidade da Califórnia,...

Segundo os investigadores, embora os medicamentos psicotrópicos sejam muitas vezes necessários e benéficos, possuem outras propriedades secundárias que não estão diretamente relacionadas com a redução dos sintomas, incluindo propriedades anticolinérgicas. Ou seja, para além dos seus efeitos reais, também inibem a acetilcolina, um neurotransmissor que é importante na sinalização cerebral e em várias outras funções corporais. Além da esquizofrenia, que se estima que afete cerca de 1,5 milhões de americanos, os fármacos com propriedades anticolinérgicas são usados para tratar uma grande variedade de condições, incluindo incontinência urinária, distúrbio pulmonar obstrutivo crónico e algumas perturbações musculares.

"Muitos medicamentos têm efeitos anticolinérgicos, e estamos cada vez mais conscientes dos seus potenciais riscos a longo prazo", disse o autor principal do estudo, Yash Joshi, professor assistente no Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da UC San Diego.

De facto, as drogas anticolinérgicas têm sido associadas a uma deficiência cognitiva e ao aumento do risco de demência em adultos saudáveis. Por exemplo, um estudo de 2020 da Faculdade de Medicina da UC encontrou uma associação entre medicamentos anticolinérgicos e risco aumentado de doença de Alzheimer. Um outro estudo citado pelos autores relatou que tomar apenas uma medicação anticolinérgica forte durante três anos foi associada a um aumento de 50% nas probabilidades de desenvolver demência durante o período de estudo de 11 anos.

As pessoas que vivem com esquizofrenia geralmente experimentam dificuldades significativas com a atenção, aprendizagem, memória, função executiva (como raciocínio e planeamento) e cognição social. Uma vez que estes processos mentais são cruciais para muitas atividades diárias, a deficiência cognitiva na esquizofrenia pode levar a uma incapacidade significativa.

No mais recente estudo, os investigadores procuraram caracterizar de forma abrangente como a carga anticolinérgica cumulativa de diferentes classes de medicamentos tem impacto na cognição em pacientes com esquizofrenia.

"Queríamos entender melhor como a carga da medicação anticolinérgica afetou o funcionamento cognitivo em indivíduos que podem já ter algumas dificuldades cognitivas devido à esquizofrenia", disse.

Os investigadores avaliaram os registos médicos, incluindo medicamentos prescritos, de 1.120 participantes do estudo com esquizofrenia. Eles descobriram que 63 por cento dos participantes tinham uma pontuação de carga cognitiva anticolinérgica (ACB) de pelo menos 3.

 

"Isto é impressionante porque estudos anteriores mostraram que uma pontuação de ACB de 3 num adulto saudável e idoso está associada a disfunção cognitiva e um risco 50% maior para desenvolver demência", disse Joshi.

Notavelmente, cerca de um quarto dos pacientes com esquizofrenia no estudo tinha notas de ACB de 6 ou mais.

Os autores escreveram que, embora esses números possam ser elevados para pessoas que vivem sem qualquer doença psiquiátrica, não são difíceis de conseguir em doentes que recebem diariamente cuidados psiquiátricos, que muitas vezes incluem medicamentos com propriedades anticolinérgicas.

"É fácil até para os médicos bem-intencionados contribuir inadvertidamente para a carga da medicação anticolinérgica através de cuidados rotineiros e adequados", disse Gregory Light, doutorado, professor de psiquiatria e autor do artigo. "A única descoberta aqui é que esta consequência vem de medicamentos que normalmente não consideramos como agentes anticolinérgicos típicos."

Os autores disseram que a ACB deve ser considerada quando os médicos prescrevem medicamentos para doentes com esquizofrenia, notando que dados emergentes sugerem que a redução da carga anticolinérgica está associada não só ao benefício cognitivo, mas a uma melhor qualidade de vida.

"A saúde cerebral na esquizofrenia é um jogo de polegadas, e mesmo pequenos efeitos negativos no funcionamento cognitivo através da carga da medicação anticolinérgica podem ter grande impacto na vida dos doentes", disse Joshi.

"Todos os que cuidam de pessoas que vivem com esquizofrenia — prestadores de saúde mental, prestadores de cuidados primários, especialistas e entes queridos – devem estar vigilantes na tentativa de reduzir a carga anticolinérgica de forma holística para que possamos ser bons administradores da saúde cognitiva a longo prazo dos nossos doentes. Se for clinicamente exequível e seguro, isso poderia incluir a redução do número de medicamentos psicotrópicos, a alteração de alguns medicamentos psicotrópicos para outros com propriedades anticolinérgicas mais baixas, ou o uso de abordagens complementares para melhorar o funcionamento cognitivo."

Ensaio Clínico
Um ensaio aleatório de plasma de convalescença para adultos hospitalizados com COVID-19 grave concluiu que a mortalidade aos 28...

O estudo foi liderado por investigadores do Centro de Infeções e Imunidade da Columbia University Mailman School of Public Health; Centro Médico da Universidade de Columbia Irving; ICAP na Universidade de Columbia; Instituto Nacional de Infeciologia e Hospital Federal dos Servidores do Estado no Rio de janeiro, Brasil; Universidade de Washington; e o Centro de Sangue de Nova Iorque. Os resultados são publicados no Journal of Clinical Investigation.

De acordo com os investigadores, uma possível explicação para a discrepância entre a falta de melhoria clínica e a melhoria da sobrevivência é que os doentes Covid-19 graves sobreviveram, mas permaneceram hospitalizados no seu estado de base. O estudo também relata tendências para melhorar o estado clínico entre os pacientes que receberam plasma convalescente menos de sete dias após o início dos sintomas e aqueles que receberam plasma convalescente com titulantes mais altos de anticorpos neutralizantes e corticosteroides concomitantes.

Os investigadores realizaram este ensaio aleatório, controlado por placebo entre adultos hospitalizados com COVID-19 grave e crítico em 5 locais, incluindo 73 pacientes inscritos em Nova Iorque e 150 inscritos no Rio de janeiro. Os pacientes receberam, aleatoriamente, numa proporção de 2:1 uma única transfusão de plasma convalescente ou plasma de controlo normal.

A idade média dos participantes era de 61 anos e dois terços deles eram do sexo masculino. Num subconjunto de amostras nasofaríngeas do Brasil que foram submetidas a sequenciação genómica viral, não foram detetados indícios de mutantes de neutralização e fuga.

"Não devemos fechar a porta prematuramente à investigação sobre o valor terapêutico da investigação de plasma convalescente para a COVID-19 grave, particularmente no contexto de variantes virais emergentes em países de baixo e médio rendimento", diz o autor Max R. O'Donnell, professor associado de medicina e epidemiologia, e membro do Centro de Infeção e Imunidade do Centro Médico de Columbia. "O plasma convalescente doado localmente tem o potencial de ser altamente sensível à ecologia viral local e sustentável, uma vez que muitos países já têm a infraestrutura necessária para recolher e transfundir plasma doado."

"Este é o primeiro ensaio clínico patrocinado pela Aliança Global para a Prevenção de Pandemias. Ilustra o papel das colaborações internacionais na resposta a doenças infeciosas emergentes", diz W. Ian Lipkin, diretor do Centro de Infeção e Imunidade e John Snow Professor de Epidemiologia na Columbia University Mailman School of Public Health.

No passado estudos sugeriram eficácia clínica e segurança

Estudos observacionais sugeriram uma possível eficácia clínica e segurança utilizando plasma convalescente, sobretudo entre os pacientes que não estavam a receber ventilação mecânica invasiva e aqueles com durações mais curtas da doença. Apesar destes sinais, os dados de ensaios controlados aleatórios que apoiam o uso de plasma convalescente em pacientes hospitalizados covid-19 são limitados. No entanto, a grande avaliação aleatória do ensaio de terapia COVID-19 (RECOVERY), não reportou melhorias significativas nos resultados clínicos entre pacientes hospitalizados com COVID-19 grave. Um ensaio duplo-cego, controlado por placebo na Argentina também não relatou melhorias nos resultados clínicos usando a terapia com o mesmo tipo de pacientes. Outro liderado pela Colômbia está em andamento no Brasil para testar a eficácia do plasma convalescente em pacientes com doenças menos graves.

Potenciais vantagens do plasma convalescente

O plasma convalescente pode ser doado e transfundido localmente, pelo que a sua utilização pode ser mais adaptável a uma mistura rápida de variantes SARS-CoV-2 do que outras intervenções. Em contraste, as terapias monoclonais de anticorpos podem ter de ser repetidamente concebidas e combinadas para otimizar a potência entre variantes emergentes. Além disso, uma vez que a recolha e distribuição de plasma convalescente pode ser realizada utilizando protocolos e infraestruturas de dádiva de sangue existentes, a terapia pode ser mais escalável para utilização em países de baixo e médio rendimento.

Alergias da estação
Com a chegada da Primavera, chegam também as alergias e todos os incómodos associados.

Na alergia respiratória, um dos principais alergénios são os pólenes, particularmente de gramíneas, oliveira e parietária. Os sintomas variam em função da intensidade da alergia, isto é, segundo a sensibilidade particular de cada pessoa ao pólen, no entanto os sintomas mais frequentes são prurido, pingo no nariz, olhos lacrimejantes e vermelhos, inchaço das pálpebras, congestão nasal e espirros. Cansaço, irritabilidade, dor de cabeça, insónias, distúrbios emocionais (como ansiedade ou depressão) e crises de asma são outros dos sintomas característicos.

Nem todas as pessoas apresentarão os mesmos sintomas e da mesma forma. Estas particularidades são importantes e fazem diferença na hora de indicar o tratamento homeopático mais adequado para cada pessoa. Destaca-se:

  • Allium cepa, usado em indivíduos cujos sintomas se manifestam em forma de secreção nasal límpida e irritante, acompanhada de irritação ocular e espirros;
  • Euphrasia officinalis, útil quando os indivíduos apresentam secreção nasal suave, acompanhada de lacrimejo irritante;
  • Nux vomica, utilizado em indivíduos que tendem a espirrar frequentemente, em salva, especialmente de manhã ao acordar;
  • Kalium iodatum, que reduz a sensação de congestão nasal e ocular, dor nos seios frontais, acompanhada de corrimento excessivo de muco nasal;
  • Sabadilla, para pessoas com sensação de obstrução nasal, acompanhada de prurido no nariz;
  • Pulmo histaminum, pode substituir o anti-histamínico, para sintomas alérgicos cutâneos e respiratórios;
  • Sticta pulmonaria, indicado para dor na base do nariz e sensação de nariz entupido.

A Homeopatia apresenta-se, assim, como uma opção terapêutica que ajuda a reprogramar o sistema imunológico do indivíduo para que pare de reagir exageradamente a uma substância geralmente inofensiva, chamada de alergénio.

Em muitas ocasiões, os medicamentos homeopáticos são suficientes para controlar os sintomas da alergia, no entanto, podem ser acompanhados por anti-histamínicos convencionais. Cabe ao médico que acompanha cada doente optar pela melhor forma de abordar cada caso.

A prevenção continua, mesmo assim, a ser a melhor forma para evitar todos estes sintomas incómodos. Uma das medidas elementares é evitar a exposição ao pólen. Apesar de difícil, com o atual uso de máscaras de proteção individual a exposição direta acaba por desacelerar um pouco.

Ainda assim é importante seguir algumas recomendações básicas que melhoram a qualidade de vida e permitam aprender a viver com as alergias:

  • Evitar andar ao ar livre nos dias quentes e ventosos e nas horas de maior concentração polínica;
  • Mudar de roupa ao chegar a casa, tomar banho e lavar a cabeça antes de deitar para que não fiquem resíduos na cama ou almofada;
  • Manter as janelas e portas fechadas e manter um ambiente húmido em casa;
  • Viajar com as janelas do carro fechadas, preferindo o ar condicionado com filtro para pólenes;
  • Usar filtros e purificadores de ar;
  • Usar proteção para o rosto (olhos, nariz e boca) se viajar de mota;
  • Não secar roupa ao ar livre, para evitar que os grãos de pólen se fixem à roupa;
  • Evitar a prática de desportos de exterior nos períodos de polinização.

Cristina Casaseca-Aliste Mostaza
Especialista em Medicina Geral e Familiar
Diploma de Terapêutica Homeopática
Professora do Centro de Educação e Desenvolvimento da Homeopatia CEDH

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo
O estudo “A Saúde dos Portugueses: um BI em nome próprio", retrato sociológico sobre a saúde em Portugal, realizado no...

O estudo revela que, dos 7% dos inquiridos que têm uma doença mental diagnosticada, 66% admitem “sentir discriminação da sociedade” e 75% reconhecem ter resistência em pedir ajuda quando estão doentes (um número superior aos dos que apresentam outro tipo de doença). Existem, ainda, 11% de inquiridos que, embora não tenham nenhuma doença diagnosticada (física ou mental), sentem não ter controlo sobre a sua saúde por questões do foro psicológico. Destes, 55% atribuem esse sentimento ao contexto de pandemia em que vivemos.

O estudo indica a hipótese, de que a relação entre a dimensão real do problema da saúde mental possa ser superior à atenção que lhe é prestada. Segundo os dados revelados, mais de metade das pessoas que reconhecem algum tipo de descontrolo do foro psicológico, gostaria de ter mais acompanhamento nesta área. 19% reconhecem mesmo essa lacuna/desejo de maior apoio. Este desejo é mais visível nos mais jovens: 37% dos inquiridos com idades entre os 18 e 24 anos e 31% dos que têm entre 25 e 34 anos, gostariam de ter “mais acompanhamento na área da saúde mental”.

De acordo com o estudo, as pessoas que reconhecem ter algum tipo de stress psicológico, são menos suscetíveis a fazerem esforços para serem mais saudáveis.

Na investigação verifica-se, ainda, que os mais velhos são quem melhor avalia a sua saúde mental, sendo que, a avaliação da saúde física cai à medida que a idade avança e a avaliação da saúde mental melhora. Contudo, é difícil de acreditar que a idade dissolva os problemas relacionados com a saúde mental. A excelente pontuação que as pessoas de 65 ou mais anos dão à sua saúde mental, segundo o estudo, estará (provavelmente) afetada pelo estigma ou por uma visão redutora da saúde mental como demência ou loucura.         

Fazendo uma análise por género, o estudo indica que as mulheres reconhecem, mais do que os homens, a sensação de descontrolo do seu estado de saúde (35,7% vs. 26,6% homens). Destes, 63,9% das mulheres inquiridas e 56,6% dos homens apontam motivos do foro psicológico, como causa desse descontrolo. As mulheres encontram-se mais alerta para o tema da saúde mental, tendo a capacidade de aderir mais facilmente a psicoterapias (58,8%) ou atividades como o yoga ou a meditação (64,4%).

 

Estudo
Trabalhar mais de 55 horas semanais aumenta o risco de morte por doenças cardíacas e acidentes vasculares cerebrais (AVCs),...

Esta primeira análise global das perdas de vidas humanas e dos danos na saúde associados a longas horas de trabalho é publicada à medida que a pandemia Covid-19 acelera as mudanças que podem aumentar a tendência para trabalhar por horas mais longas.

No entanto, o estudo publicado na revista Environment International não se refere à pandemia, mas sim a anos anteriores. Os autores sintetizaram dados de dezenas de estudos com centenas de milhares de participantes.

"Trabalhar 55 horas ou mais por semana representa um grave risco para a saúde", diz Maria Neira, Diretora de Ambiente, Alterações Climáticas e Saúde da OMS. "Está na altura de todos - governos, empregadores e trabalhadores - finalmente reconhecerem que longas horas de trabalho podem causar mortes prematuras", acrescenta.

O estudo conclui que trabalhar 55 horas ou mais por semana está associado a um aumento de 35% no risco de Acidente Vascular Cerebral (VHC) e a 17% de morrer de doença cardíaca isquémica, em comparação com uma pessoa que trabalha 35 a 40 horas por semana.

A OMS e a OIT estimam que 398.000 pessoas morreram de um AVC e 347.000 pessoas morreram de doença cardíaca em 2016 por trabalharem pelo menos 55 horas por semana.

Entre 2000 e 2016, o número de mortes por doenças cardíacas relacionadas com longas horas de trabalho aumentou 42%, um número que sobe para 19% para os acidentes vasculares cerebrais (AVCs).

A maioria das mortes registadas ocorreu em pessoas entre os 60 e os 79 anos que trabalhavam 55 horas ou mais por semana quando tinham entre 45 e 74 anos.

"Embora se saiba que cerca de um terço da morbilidade estimada do trabalho é atribuída a longas horas de trabalho, a realidade é que é o primeiro fator de risco para a doença profissional", resumiu a OMS. "Não encontrámos nenhuma diferença entre os sexos em termos do efeito de longas horas de trabalho na incidência de doenças cardiovasculares", disse Frank Pega, especialista da OMS, em conferência de imprensa.

Ainda assim, a morbilidade é particularmente elevada entre os homens, com 72% da morte por esta causa, uma vez que representam uma grande parte dos trabalhadores mundiais.

A situação é mais grave entre as pessoas que vivem nas regiões ocidentais do Pacífico e sudeste asiático, onde trabalhadores informais são obrigados a trabalhar longos dias, explicou Pega.

Inclusão dos estudantes de Ciências Farmacêuticas nos grupos prioritários de vacinação
A Associação Portuguesa de Estudantes de Farmácia (APEF) questiona o silêncio do Coordenador da Task Force relativamente à...

No dia 24 de fevereiro, o Coordenador da Task Force do plano de vacinação admitiu, no Parlamento, equacionar a vacinação dos estudantes de ciências farmacêuticas que se encontram a realizar Estágios Curriculares em ambiente hospitalar. No entanto, segundo a Presidente da estrutura que representa a nível nacional estes estudantes, Carolina Simão, “ainda não foi feito nenhum contacto nesse sentido” admitindo mesmo “que sempre entendemos que a escassez de vacinas deveria condicionar a sua administração aos mais vulneráveis, mas, acreditamos na necessidade de basear as decisões na ciência, sendo que só assim poderemos controlar a pandemia e garantir a proteção de quem está na linha da frente.’’

A Presidente da APEF adianta que, após a atualização da norma da Direção-Geral de Saúde (DGS) relativa à campanha de vacinação que exclui diversos grupos de estudantes de saúde, inclusive os estudantes de Ciências Farmacêuticas em Estágio Curricular, o Fórum Nacional de Estudantes de Saúde (FNES), em conjunto com o Conselho Nacional de Juventude (CNJ), contactaram o Ministério da Saúde por forma a obter esclarecimentos relativamente aos critérios científicos que suportaram tal decisão, já que após as declarações do Coordenador da TF, diversas Instituições de Ensino Superior que ministram o MICF foram contactadas para dar início à realização das listagens dos estudantes que se encontram em Estágio. A dirigente associativa alerta que “estes estudantes estão num ensino de risco e deve ser uma prioridade de todos salvaguardar a sua segurança, principalmente quando os profissionais que os acompanham se encontram já vacinados”

Os estudantes de Ciências Farmacêuticas, ainda que compreendam as dificuldades de gestão de um plano de vacinação em massa, solicitam ‘‘coerência na mensagem transmitida’’ e informam que procederam, na passada terça-feira, ao contacto com a Diretora-Geral da Saúde, para obtenção de informações adicionais relativamente à situação acima exposta e procurando esclarecer os critérios científicos que suportaram a exclusão dos estudantes estagiários do MICF até à data.

Carolina Simão relembra que existem, aproximadamente, 630 estudantes de Ciências Farmacêuticas a realizar Estágios Curriculares em diversas áreas, nomeadamente, em Farmácia Comunitária e em Farmácia Hospitalar, os quais se encontram integrados nas equipas de cuidados de saúde e sendo, em muitos casos, os únicos elementos por vacinar nas equipas.

 

Webinar
O Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (HFF) promove, no dia 31 de maio, das 9h00 às 16h30, um webinar, destinado a...

Esta conferência digital sobre os desafios atuais na área da saúde materna e obstetrícia será enriquecida com o contributo de diversos profissionais de saúde especialistas do HFF, de outras instituições de saúde nacionais e internacionais.

Do programa constam duas mesas-redondas, uma dedicada ao tema «Os desafios da pandemia por Covid-19» e outro sobre «Os desafios enfrentados pelos profissionais de saúde durante a pandemia».

Durante o webinar vão decorrer ainda apresentações sobre vários temas, como a mutilação genital feminina, o desafio das redes sociais e a satisfação dos profissionais de saúde.

A participação no webinar é gratuita, mas sujeita a inscrição, aqui: [email protected]. Para validar a participação os interessados devem indicar o nome, profissão e instituição a que pertencem.

 

No âmbito do Euromelanoma
A plataforma Check-Up Virtual lança agora uma nova funcionalidade que possibilita o agendamento de sessões de esclarecimento...

Para já, esta funcionalidade será dedicada à área dermatológica e os interessados terão a possibilidade de agendar uma conversa com a enfermeira do IPO e da Associação Enfermeiros de Dermatologia, Emília Magalhães, onde terão a oportunidade de receber alguns conselhos da profissional e esclarecer as suas dúvidas. Os agendamentos desta sessão são gratuitos e realizados na plataforma Check-Up Virtual, estando sempre sujeitos a confirmação. Após a validação, os inscritos recebem um link zoom onde poderão aceder à sessão com a enfermeira. 

Esta nova funcionalidade da Check-up terá início a 19 de maio e deverá prolongar-se até ao final do mês de junho.

 

Comité de Medicamentos Humanos
O comité de medicamentos humanos da EMA (CHMP) recomendou uma alteração das condições de armazenamento aprovadas para a...

Esta alteração alarga o período de armazenagem, aprovado do frasco descongelado por abrir a 2-8°C (isto é, num frigorífico normal após a retirada de condições de congelação), de cinco dias para um mês (31 dias).

Segundo faz saber, esta alteração foi aprovada na sequência da avaliação dos dados adicionais do estudo de estabilidade apresentados à EMA pelo titular da autorização de introdução no mercado. Com esta medida a Agência Europeia de Medicamentos, espera “que uma maior flexibilidade no armazenamento e manuseamento da vacina tenha um impacto significativo no planeamento e na logística da aplicação de vacinas nos Estados-Membros da UE”.

As alterações descritas vão ser incluídas nas informações publicamente disponíveis sobre a Comirnaty no website da EMA e vão ser implementadas pelo titular da autorização de introdução no mercado na rotulagem atualizada do produto.

 

Situação Epidemiológica
Nas últimas 24 horas, foram registadas duas mortes associadas à Covid-19 e identificados mais 199 novos casos de infeção.

Segundo o boletim divulgado, foram registas duas mortes associadas à Covid-19, desde o último balanço, em todo o território do país: uma na região de Lisboa e Vale do Tejo e uma na região Norte.

Quanto ao número de novos casos, o boletim epidemiológico divulgado hoje, pela Direção Geral da Saúde, mostra que foram diagnosticados 199 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 90 novos casos e a região norte 59. Desde ontem foram diagnosticados mais 20 na região Centro, cinco no Alentejo e nove no Algarve. Quanto às regiões autónomas, no arquipélago da Madeira foram identificadas mais oito infeções e oito nos Açores.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 246 doentes internados, mais um que ontem. No entanto, as unidades de cuidados intensivos contam agora com menos quatro doentes. Estão, atualmente, nas UCI 72 doentes internados.

O boletim desta segunda-feira mostra ainda que, desde ontem, 291 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 803.191 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 22.181 casos, menos 94 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância menos 303 contactos, estando agora 18.505 pessoas em vigilância.

 

 

Professor Manuel Abecasis
A Leucemia Mieloide Aguda é um tipo de cancro do sangue raro com origem na medula óssea e que, habit

Segundo Manuel Abecasis, Presidente da Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL), “a Leucemia Mieloide Aguda (LMA) é uma variante das leucemias agudas que se distingue por se originar na linhagem mieloide, isto é não envolve os linfócitos. Trata-se de uma doença heterogénea, com muitas variantes que o recurso à biologia molecular permite identificar”.

A doença acontece a partir de uma mutação em um ou mais genes responsáveis pela formação das células sanguíneas. Neste caso, esta atinge a células mieloides, que têm como função formar os glóbulos vermelhos (hemácias), as plaquetas e grande parte dos glóbulos brancos (leucócitos, células do sistema imunitário). A forma como se manifesta depende, deste modo, do tipo de célula sanguínea afetada. No entanto, os sinais são inespecíficos e confundirem-se com os de outras patologias. “A apresentação clínica é inespecífica, o doente com LMA pode apresentar-se com, por exemplo cansaço fácil, hemorragias, febre – em geral é uma doença que evolui rapidamente, em poucas semanas”, esclarece Manuel Abecassis.

“Na maioria dos casos não se conhecem as causas, embora haja fatores de risco associados a tratamentos prévios com quimioterapia ou exposição a radiação e ainda em pessoas que foram vítimas de acidentes nucleares, como o que aconteceu em Chernobyl ou nos sobreviventes das explosões atómicas no Japão no final da II Guerra Mundial”, adianta quantos as causas associadas à doença.

Mais frequente acima dos 60 anos – “a mediana de idade no diagnóstico anda pelos 67 anos” -, a LMA pode atingir doentes mais jovens.

“A hipótese diagnóstica é baseada em análises de sangue (ex.: hemograma), e confirmado por um estudo da medula óssea”, esclarece.

No entanto, os testes genéticos têm-se demonstrado importantes uma vez que identificam o subtipo específico de LMA, permitindo indicar a melhor opção de tratamento. Hoje sabe-se que pessoas com determinadas mutações apresentam respostas diferentes aos tratamentos, apresentando quadros com gravidade e prognóstico distintos.

“À exceção da variante promielocítica aguda, o tratamento é feito com quimioterapia, com o objetivo de alcançar uma remissão completa. Hoje em dia, graças aos conhecimentos adquiridos com o estudo do genoma humano e as novas técnicas de análise molecular é possível, para algumas variantes, utilizar terapêuticas dirigidas que intervêm nas vias de sinalização da doença e permitem obter resultados mais favoráveis”, afirma o presidente da APCL, sublinhando que, quanto ao prognóstico, “este depende da variante” em causa.  Na leucemia promielocítica aguda, exemplifica, “é possível obter cerca de 80% de cura só com o tratamento inicial, seguido de manutenção”.  No entanto, reforça: “a idade do doente e as alterações moleculares encontradas assim como a resposta ao tratamento são as principais condicionantes do prognóstico”.

Em todo o caso, e apesar de esta se tratar de uma “doença muito grave”, Manuel Abecasis revela que “com recurso aos tratamentos adequados, não só a quimioterapia como todos os meios de suporte necessários (antibióticos, transfusões, etc.) e em alguns casos, com a transplantação de medula óssea é possível ser mais otimista, sabendo que cerca de 50% dos casos são curáveis”.

Durante e após o tratamento, o presidente da APCL, sublinha que “é importante seguir cuidadosamente todas as indicações que a equipa de profissionais de saúde, médicos e enfermeiros, dão ao doente”.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Forest Therapy
Não é por acaso que são muitos os que não prescindem de um passeio pela natureza, esteja esta mais distante ou tão perto como...

No Japão dão-lhe o nome de ‘shirin-yoku’ - shirin, que em japonês significa floresta e yoku, ou seja, banho. Mas não é de um banho literal que se trata, mas sim de uma imersão sensorial na natureza, uma experiência guiada pelos sentidos que permite desligar da tecnologia, das preocupações, dos receios, e que ganha cada vez mais adeptos em todo o mundo. Já todos o sentimos e a ciência confirma que basta um passeio pela natureza para acalmar os nervos ou reduzir a pressão arterial. Mas o conceito de Forest Therapy vai mais além. É uma prática em que somos convidados a desacelerar, num processo de conexão, connosco e com a natureza, com benefícios para a saúde física, mental, emocional e espiritual.

Reduz os níveis de stress

Depois de um ano em que os níveis de stress dispararam - de acordo com um estudo internacional que incluiu Portugal, a pandemia agravou o stress para um terço dos inquiridos e mais ainda para os jovens adultos (36%) -, encontrar formas de relaxar é cada vez mais um imperativo. E é aqui que entra a Forest Therapy. É que, segundo os muitos estudos científicos já realizados, a natureza ajuda a reduzir os níveis de cortisol, a principal hormona do stress.

Aumenta a felicidade

A Forest Therapy é também uma das mais simples receitas para alcançar a felicidade. E embora um destes ‘banhos’ possa não ser tão acessível como dar uma caminhada na hora do almoço, a verdade é que o impacto que tem na saúde física e mental pode bem ser o incentivo certo para agendar um dos programas disponíveis através da Renature, empresa que trouxe o conceito para Portugal. Afinal, a felicidade não tem preço.

Simples, fácil e acessível

A boa notícia é que em Portugal não faltam espaços verdes e já não faltam também programas de Forest Therapy. Seja um passeio de três horas, orientado por um guia certificado, ou programas de um, dois ou cinco dias, mais a norte ou a sul, a Renature oferece a possibilidade, a qualquer pessoa, de se poder deliciar com um ‘banho’ quente na floresta e libertar-se do peso do dia-a-dia.

No Âmbito dos Angelini University Awards!
Os profissionais de saúde têm desempenhado um papel incontornável, que demonstra capacidade de resiliência, empenho e adaptação...

Capacidade de inovação e pensar de forma diferente são algumas das qualidades que Miguel Guimarães, Bastonário da Ordem dos Médicos, identifica nos jovens que ainda estão nas universidades. Em tempo de pandemia, este considera os Angelini University Awards! uma iniciativa “que se adapta na perfeição aos tempos atuais”.

“Estamos a falar de jovens que estão nas universidades, pessoas que transportam em si mesmos a capacidade de inovação, que conseguem pensar fora da caixa”, defende, acrescentando que esta é “uma época em que estamos em grande transformação dos sistemas de saúde e na qual as ideias inovadoras podem ter um impacto muito grande”.

“Considero muito relevante podermos efetivamente reconhecer aquilo que os mais jovens, e que ainda estão nas respetivas academias, pensam sobre a saúde e como é que olham para soluções nesta área”, afirma Ana Paula Martins, Bastonária da Ordem dos Farmacêuticos, que dá como exemplo a forma como os farmacêuticos tiveram de se adaptar ao contexto pandémico e arranjar estratégias para conseguirem responder às necessidades da população.

Segundo a Bastonária, a farmácia hospitalar teve um enorme impacto, sendo obrigada a reorganizar-se por completo. Foi necessário pensar em modelos inovadores que facilitassem o acesso dos doentes à terapêutica, algo que aponta como uma mudança muito importante que se deve à pandemia. Mesmo com todas as dificuldades com as quais os profissionais de saúde e, concretamente, os farmacêuticos tiveram de lidar, a pandemia trouxe-lhes também “o benefício de mostrar que efetivamente conseguem lidar com situações de crise”.

Relativamente aos médicos, o Bastonário explica que estes “foram apanhados de surpresa, tal como toda a gente, e, de repente, tiveram de ter o engenho e a arte para tentar superar as grandes dificuldades que as pessoas já estavam a sentir”.

“Estávamos a lutar contra um vírus desconhecido. Os médicos, enfermeiros, farmacêuticos e outros profissionais de saúde tinham uma missão difícil de tentar salvar vidas. Por outro lado, tinham também a missão de tentar controlar as cadeias de transmissão da doença e éramos poucos”, diz Miguel Guimarães, realçando a capacidade de liderança clínica, nomeadamente dos Conselhos de Administração dos Hospitais, e de adaptação para tentar ultrapassar as dificuldades de recursos humanos.

Estes exemplos vão ao encontro da opinião de Miguel Telo de Arriaga, Chefe da Divisão de Literacia em Saúde e Bem-Estar da Direção-Geral da Saúde, que explica que a DGS teve também de se adaptar ao contexto pandémico. Um dos principais desafios passou pela capacidade de comunicar de forma correta e bem-sucedida junto da população.

Para o fazer, uma das inovações adotadas pela DGS foi a formação de agentes sociais que funcionam como “micro-influenciadores”. “Formámos militares da GNR, agentes de segurança pública, bombeiros, proteção civil social, (…) e já são mais de cinco mil. Conseguimos chegar a pessoas a quem dificilmente conseguiríamos chegar”, congratula, explicando que o mote foi sempre o mesmo desde o início: “Não deixar ninguém para trás”.

“Ao invés de uma fase repressiva, tivemos desde o primeiro momento uma fase de promoção de literacia com múltiplos atores”, acrescenta. “O que nos trouxe esta pandemia foi a necessidade de trabalharmos em conjunto e fizemo-lo de uma forma muito rápida e ágil. É algo que não podemos perder”, refere ainda Miguel Telo de Arriaga . Uma opinião partilhada pela bastonária da Ordem dos Farmacêuticos, que considera que existe uma “inteligência colaborativa” que veio para ficar.

Estas conversas foram moderadas por Eduardo Ribeiro, diretor médico da Angelini Pharma Portugal, e surgem no contexto dos Angelini University Awards!, um concurso dirigido a jovens universitários na área da saúde, que este ano tem como tema “Soluções de Crises em Saúde - Identificar, gerir e cuidar”.  Os dois melhores projetos serão distinguidos com um prémio no valor de € 10.000 e € 5.000, respetivamente. Paralelamente, decorre ainda a 4.ª edição do Prémio de Jornalismo, promovido pela Angelini Pharma e que pretende distinguir o melhor trabalho jornalístico publicado ou emitido por um meio de comunicação social em Portugal, entre 1 de janeiro e 30 de setembro de 2021. O prémio tem um valor de € 2.500 e as candidaturas podem ser submetidas até 30 de outubro.

Para mais informação sobre os Prémios AUA! e o Prémio de Jornalismo, consultar o site oficial: www.aua.pt.

Evento online
As relações sexuais durante a gravidez e o pós-parto ainda é um assunto tabu entre muitos casais. As Conversas com Barriguinhas...

Será que prejudica a gestação e afeta o bebé? Acelera o parto normal? Existem contraindicações ou alguns cuidados que se devem ter nos meses finais da gravidez? E as doenças sexualmente transmissíveis? Quando posso ter a primeira relação sexual após o parto? Se por um lado, podem surgir dúvidas quanto à segurança da prática sexual para a saúde do bebé, por outro lado, os fantasmas em relação à vida sexual podem estar relacionados com a autoestima ou com o desconforto devido às náuseas, ao cansaço e a todas as mudanças no corpo da mulher. Para esclarecer todas as dúvidas associadas a cada fase desta nova etapa, a psicóloga Ana Afonso, do espaço Bebé da Mamã, vai estar presente na sessão da próxima terça-feira, 18 de maio, com o tema “Sexologia e vida em casal na gravidez e no pós-parto”.

Neste dia, os primeiros cuidados ao recém-nascido serão ainda explicados pela Enfermeira Raquel Fonseca, conselheira em aleitamento materno. Está também agendada uma outra sessão para dia 20 de maio, e cujas inscrições já se encontram abertas aqui, destinada a “reconhecer os sinais de saúde na gravidez”. A Enfermeira Sara Paz, especialista em saúde materna e obstetrícia, vai ajudar as futuras mamãs a interpretar alguns sintomas e dar a conhecer os sinais a que devem estar atentas.

Outro dos temas discutidos será a importância da ligação entre a mãe e o bebé no útero, com o contributo da educadora pré-natal Susana Lopes, que vai ainda fechar a sessão de 20 de maio com uma aula prática de Yoga para todas as mamãs.

A criopreservação das células estaminais do cordão umbilical do bebé será também um dos temas abordados em ambas as sessões. A criopreservação é uma opção terapêutica para todos? Para que doenças esta pode ser uma opção terapêutica? Há casos de sucesso no tratamento destas doenças? Estas são algumas das principais dúvidas que os futuros pais vão poder esclarecer com um especialista em células estaminais da Crioestaminal, o laboratório líder em Portugal, de forma a tomarem uma decisão informada durante a gravidez e levarem consigo o kit de colheita das Células Estaminais para a maternidade.

As sessões online das Conversas com Barriguinhas realizam-se todas as semanas e têm como objetivo ajudar as grávidas portuguesas a preparar a chegada do seu bebé, a partir do conforto da sua casa.

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