Doença inflamatória crónica
A psoríase é uma doença inflamatória crónica, relativamente comum, estimando-se que afete 250.000 in

As unhas podem também estar envolvidas, tornando-se mais espessas, de aspeto ponteado ou de cor amarelada. Afeta igualmente homens e mulheres e pode surgir em qualquer idade sendo, contudo, o seu início mais frequentemente entre os 20-30 anos e os 50-60 anos. A extensão e gravidade da doença são altamente variáveis. As lesões podem ser localizadas e em número reduzido ou atingirem quase toda a superfície corporal.

Esta doença, que não é contagiosa, resulta da conjugação de fatores genéticos e ambientais tais como stress, infeções, trauma e alguns medicamentos.

A psoríase tem um elevado impacto físico e psicossocial nos doentes e seus familiares. Foi aliás demonstrado que o impacto da psoríase na qualidade de vida dos doentes é superior ao de muitas outras patologias socialmente significativas, tais como cancro, diabetes ou doença cardiovascular. Em aproximadamente 30% dos doentes, a psoríase associa-se a uma forma de artropatia inflamatória, a artrite psoriática, que pode afetar as articulações periféricas (por exemplo mãos e pés) e/ou esqueleto axial (coluna vertebral e bacia) e condicionar ainda episódios de entesites (inflamação dos locais onde os tendões e ligamentos se inserem nos ossos) e dactilites (inflamação das pequenas articulações das mãos e pés com edema periarticular, isto é, em redor da articulação).

O diagnóstico e tratamento precoces destas condições são fundamentais para prevenir a destruição permanente das articulações e assim promover o bem-estar dos doentes. Apesar do envolvimento cutâneo ser frequentemente a manifestação mais proeminente e por vezes a única identificada desta doença, sabe-se atualmente que a psoríase é uma doença inflamatória multissistémica que se associa a várias doenças.

Além da artrite psoriática, destaca-se a doença cardiovascular, a síndrome metabólica (que engloba aumento perímetro abdominal, elevação dos triglicerídeos e do colesterol, hipertensão arterial e diabetes tipo 2), a doença inflamatória intestinal, a doença pulmonar obstrutiva crónica e doença psiquiátrica (ansiedade, depressão).

Embora estas associações ainda não estejam completamente compreendidas, pensa-se que a inflamação sistémica objetivada nos doentes com psoríase tenha um papel preponderante. Estas doenças aumentam o impacto psicossocial negativo da psoríase.

Ainda não existe cura para a psoríase, mas nos últimos anos têm sido aprovadas várias terapêuticas que permitem tratar cada vez de forma mais eficaz esta patologia. Os objetivos do tratamento são controlar os sinais e sintomas da doença, garantindo qualidade de vida e permitindo uma vivência pessoal, familiar, social e profissional indistinguível dos indivíduos não doentes.

Nas formas ligeiras, as terapêuticas tópicas são geralmente eficazes, embora muitas vezes com baixas taxas de adesão. No entanto, têm sido conseguidas novas formulações e dispositivos de aplicação, com o objetivo de ultrapassar esta problemática.

Nos casos mais graves, a fototerapia e/ou as diferentes terapêuticas sistémicas permitem alcançar um bom controlo da doença. Recentemente, têm sido aprovados vários medicamentos sistémicos, com taxas de resposta muito favoráveis e que representam um grande avanço no tratamento dos doentes mais graves.

É fundamental que o doente com psoríase procure o seu Dermatologista e/ou Médico de Família, de forma a ser discutida a melhor estratégia terapêutica para o seu caso. A abordagem terapêutica deve ser global e holística, incluindo não só o tratamento das lesões cutâneas, mas também a avaliação e tratamento das diversas comorbilidades que possam estar associadas. Além do tratamento, deve ser encorajado um estilo de vida saudável, incluindo dieta equilibrada para manutenção do índice de massa corporal adequado, a prática de exercício físico e cessação tabágica.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Sessão online dia 19 de maio
A Sanofi promove, no dia 19 de maio, entre as 21h e as 22h, um encontro virtual com dois especialistas, um dermatologista e um...

A abordagem do doente com dermatite atópica pode por vezes ser um desafio complexo. Este webinar resulta da necessidade de informar acerca do diagnóstico, e da otimização do tratamento das formas ligeiras nos cuidados de saúde primários, assim como as alternativas inovadoras no tratamento da dermatite atópica moderada a grave disponíveis em contexto hospitalar.

Moderado porDuarte Mesquita, Medical Advisor para a área de Imunologia da Sanofi, este webinar conta com a partilha de conhecimentos de Fernando Mota, Dermatologista do Hospital da Senhora da Oliveira em Guimarães e de Daniel Fernandes, Médico de Família e Médico do Conselho Técnico na USF São Nicolau e Médico da ECL do Aces Alto Ave. No final há espaço para troca de ideias entre os participantes e os oradores.

 

Sessão online e gratuita
Atualmente, é possível os pais decidirem se querem ou não criopreservar as células estaminais do seu bebé no momento do parto....

Uma oportunidade única de participar numa sessão aberta diretamente com o CEO da BebéCord, João Duarte, e Mara Miranda, Diretora do Departamento de Gestão de Clientes, que irão abordar a importância da criopreservação das células estaminais, transmitindo toda a segurança e confiança necessárias para estes momentos tão delicados como a gravidez e o parto. Esta será uma sessão aberta onde todos os futuros pais têm a oportunidade de intervir, tirar dúvidas e partilhar informações ou experiências. No fim da MasterClass, haverá ainda uma oferta especial para os participantes.

As células estaminais têm a capacidade de se transformarem e permitem a reparação de tecidos danificados, substituindo as células que vão morrendo. A criopreservação já ajudou a salvar mais de 45.000 vidas em todo o mundo e as células estaminais são usadas no tratamento de mais de 80 doenças, incluindo diversos tipos de cancro ou distúrbios de sangue.

Se pretende guardar as células estaminais do seu bebé, a BebéCord conta com uma equipa especializada e dedicada, que acompanha os futuros pais em todos os momentos do processo. Líder na recolha das células estaminais do sangue e do tecido do cordão umbilical, esta destaca-se pela confiança e segurança, contando com mais de 14 anos de experiência e 90.000 amostras criopreservadas.

A inscrição é feita através deste link.

Submissão de casos clínicos decorre até dia 16 de julho
O HPV Clinical Cases está de regresso com uma nova edição, este ano sob o mote “HPV como um TODO!”. A iniciativa, que pretende...

Dado o sucesso das duas primeiras edições, que somaram mais de 170 casos clínicos submetidos, o HPV Clinical Cases renova o compromisso com a saúde da população afetada por este vírus: a nível mundial, estima-se serem já cerca de 600 milhões de pessoas nesta situação, com tendência para uma prevalência cada vez maior.

A 3.ª edição do HPV Clinical Cases pretende ampliar os contributos desta partilha científica através da inclusão de um maior número de especialidades médicas, que refletem a transversalidade deste problema de saúde pública.

Tal como nas primeiras edições, o HPV Clinical Cases propõe-se a recolher, selecionar e divulgar, junto da classe médica nacional, os melhores casos clínicos resultantes da infeção por Papilomavírus Humano (HPV). Para tal, a avaliação independente dos trabalhos é assegurada pelo comité científico composto por Cândida Fernandes (dermatologia e venereologia), Daniel Pereira da Silva (ginecologia oncológica), José Maria Moutinho (ginecologia oncológica), Prof. Doutor Luís Varandas (pediatria), Pedro Montalvão (otorrinolaringologia), Sandra Pires (gastrenterologia) e Teresa Fraga (ginecologia e obstetrícia).

Os casos clínicos submetidos devem ter em consideração os seguintes critérios: pertinência, originalidade, rigor científico, raciocínio clínico e o impacto que o caso terá no conhecimento da comunidade médica e nos cuidados a prestar aos doentes. Os melhores trabalhos submetidos serão apresentados posteriormente sob a forma de comunicação oral ou e-póster no Congresso Virtual HPV Clinical Cases 2021 e publicados no livro digital do evento.

O projeto HPV Clinical Cases 2021 conta já com o patrocínio científico / apoio de várias sociedades médicas: Associação Portuguesa de Urologia (APU),  Sociedade Portuguesa de Doenças Infecciosas e Microbiologia Clínica (SPDIMC), Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia (SPG), Grupo de Estudos de Cancro da Cabeça e Pescoço (GECCP), Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia (SPDV), Sociedade Portuguesa de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SPORL) e Sociedade Portuguesa de Ginecologia (SPG).

Para mais informações e consulta do regulamento aceda a: https://hpvclinicalcases.pt/

Iniciativa conta com uma exposição de arte
A Roche está a promover uma campanha e uma exposição de arte em Luanda, de nome “Arte ao Peito”, que será feita através de...

A "Arte ao Peito" tem como principal objetivo ajudar as doentes com cancro da mama e as suas famílias em Angola, através da angariação de fundos e de donativo de soutiens para mulheres mastectomizadas. As verbas angariadas vão apoiar a LACC em ações preventivas e também na assistência às mulheres vítimas de cancro em Angola.

Será feito um donativo de soutiens novos para mulheres mastectomizadas em Luanda, uma vez que em Angola há carência da produção de soutiens com este propósito específico.

Está em curso neste momento em Portugal uma recolha de soutiens usados, que será feita entre os colaboradores da Roche, para envio posterior para Angola no início de junho.

Depois, esses soutiens serão recolhidos e transformados por doentes, antigos doentes, familiares, profissionais de saúde e pessoas do mundo artístico em Angola. Mampuya, Rita GT, Kapuka, Sozinho Lopes, Tho e Nelo são alguns dos nomes já associados a esta iniciativa. De Portugal, haverá ainda o contributo do estilista Miguel Gigante e da artista plástica Marta Silvestre.

A instalação de arte em Luanda, feita com os soutiens transformados, vai permitir angariar fundos para ajudar a Liga Angolana Contra o Cancro, apoiando os doentes nas suas deslocações e estadias durante o tratamento no Instituto Angolano Contra Cancro (único centro de tratamento de cancro no país).

Esta é a primeira edição da campanha “Arte ao Peito”.

 

Revela neurocientista
A pandemia da covid-19 alterou o quotidiano a que estávamos habituados, incluindo a forma como vivemos o desporto. No caso do...

O neurocientista e neuropsicólogo luso-descendente Fabiano de Abreu considera que “a ausência de claques, o silêncio nos estádios, a falta de incentivo e estímulos dos adeptos para os jogadores ou a ausência do calor humano afetam os jogadores negativamente a nível psicológico, já que estavam adaptados a outro cenário. Por mais que se criem novas ferramentas de estímulo para motivar os jogadores, o subconsciente não esconde a realidade vivida, unificada a essa atmosfera sombria em que vivemos”.

O neurocientista aborda também a importância dos estímulos e de como toda a carga emotiva e condicionantes mentais interferem nas equipas de futebol: “os jogadores são movidos por estímulos, não só da vitória e da meta para o título, mas há também o estímulo do momento. Estímulos de meta não são os mesmos que acontecem num dado momento, que podemos chamar de entusiasmo. Adrenalina, noradrenalina, dopamina, ocitocina, GABA, acetilcolina, glutamato, endorfina ou serotonina são neuro-hormonas envolvidas na vontade e desempenho dos jogadores. Um grito dos adeptos é um estímulo imediato que pode ser determinante no impulso de cada ação do jogador”.

A competência das equipas e o seu desempenho decaiu largamente, sendo um fenómeno que pode ser observado em vários campeonatos do mundo, incluindo o nacional. “Vimos o Flamengo ser coroado como campeão brasileiro e, embora tenha tido um desempenho menor, conseguiu sobressair em comparação com as outras equipas devido ao seu plantel. Em Portugal, o Sporting ganhou o campeonato que não conquistava há 19 anos com um plantel sem nomes famosos. Nas cinco melhores ligas europeias (segundo o “ranking” da UEFA), apenas na Alemanha é que o campeão, Bayern de Munique, mantém-se o mesmo, também devido ao seu plantel extraordinário. Em Espanha, vemos o Atlético de Madrid com uma vantagem confortável para os rivais e habituais campeões Barcelona e Real Madrid. Já em Inglaterra, o Manchester City venceu o campeonato, enquanto em França o campeão foi o Lille. Em Itália, o Inter de Milão quebrou a hegemonia de vitórias da Juventus”, afirma.

Para Abreu, “não há dúvidas de que os adeptos fazem uma diferença enorme”. “A Neurociência explica. Se eu fosse presidente de um clube, contrataria neurocientistas-biólogos ou neurocientistas-psicólogos para cuidar da motivação do grupo”, conclui.

Investigação
Uma equipa multidisciplinar de cientistas, liderada por Jorge Coelho e Paula Morais, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da...

Este novo verniz inteligente com elevada atividade antimicrobiana, que é ativada por ação de luz branca, inócua para o ser humano, foi desenvolvido no âmbito do projeto de investigação “SafeSurf”, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), e teve a participação de investigadores da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).

O projeto, cujos resultados já se encontram publicados na revista científica ACS Applied Materials & Interfaces, compreendeu três fases. Primeiro, os cientistas desenvolveram e testaram uma nova geração de polímeros catiónicos com propriedades antimicrobianas contra várias espécies de bactérias. De seguida, procuraram um fotossensibilizador com atividade fotodinâmica à superfície, tendo sido utilizado um composto natural que é produzido por plantas, a curcumina.

Ao combinar os polímeros catiónicos com a curcumina, os cientistas verificaram que a atividade antimicrobiana dos polímeros aumentou de forma significativa, permitindo matar um maior número de bactérias em menos tempo, como relatam Jorge Coelho e Paula Morais: «quando juntámos os dois sob a ação da luz branca, verificámos que as bactérias morriam passado muito pouco tempo. As várias experiências realizadas em superfícies mostraram que, em apenas 15 minutos de exposição, estes dois compostos combinados reduziam mil vezes o número de bactérias gram-positivas e gram-negativas, como por exemplo, da Escherichia coli. Ou seja, numa ação conjunta, os dois materiais provocam stress oxidativo nas bactérias, eliminando-as de forma eficaz e segura».

Perante os resultados obtidos, os investigadores avançaram então para a formulação de um revestimento (verniz). Com recurso a uma formulação industrial, desenvolveram um verniz de base poliuretano contendo, pela primeira vez, biocidas poliméricos catiónicos combinados com um fotossensibilizador de curcumina.

A bateria de testes antimicrobianos realizados com o verniz desenvolvido mostrou a eficácia na eliminação de bactérias. A grande inovação, segundo os coordenadores do projeto, reside no facto de «conseguirmos incorporar estes dois compostos num verniz de formulação industrial de base poliuretano, utilizando condições industriais, dando ao verniz a inovação da funcionalidade antibacteriana, facilitando assim a sua introdução no mercado. A formulação do verniz contendo os polímeros catiónicos e o fotossensibilizador constituiu uma etapa do projeto de elevada complexidade que foi realizada pelos nossos colegas da FEUP».

Sabendo-se que a grande maioria das infeções surge em ambiente hospitalar, Jorge Coelho e Paula Morais salientam que «os revestimentos de superfície inteligentes que apresentam vários mecanismos de atividade antimicrobiana surgiram como uma abordagem avançada para prevenir com segurança esse tipo de infeção». Assim, acrescentam, este novo verniz representa «uma solução eficaz e segura para a prevenção e controlo de infeções nosocomiais [contraídas nos hospitais], uma vez que impede a proliferação das bactérias nas superfícies».

Questionados sobre quando é que esta solução poderá chegar ao mercado, os docentes e investigadores dos departamentos de Engenharia Química e de Ciências da Vida da FCTUC referem que, do ponto de vista científico, «o conceito está provado, ou seja, foi desenvolvido um verniz eficaz e completamente seguro para o ser humano. No entanto, é necessário realizar uma avaliação económica do projeto».

Dia Mundial da Doença Inflamatória do Intestino
O guia, lançado no âmbito do Dia Mundial da Doença Inflamatória do Intestino (DII) é composto por oito capítulos sobre Fadiga,...

O primeiro capítulo deste Guia é dedicado ao Bem-estar emocional, e foi concebido com o objetivo de promover o bem-estar de todos os que sofrem de doença de Crohn (DC) fistulizante. "É normal que os indivíduos que sofrem de DC experienciem ocasionalmente emoções negativas, tais como stress, frustração ou raiva. Estes sentimentos são mais frequentes quando ocorrem complicações, tais como fístulas perianais, especialmente quando este constitui o primeiro sinal de DC, assim como em doentes que necessitam de cirurgia", pode ler-se no comunicado.

Além de mostrar que o doente não está sozinho e que não é o único a sentir-se desta forma, este guia, dá a conhecer algumas formas de melhorar o estado de espírito, como por exemplo a prática de atividades que melhoram e aliviam o bem-estar emocional, relaxantes e que aliviem o stress e a ansiedade.

Segundo Ana Sampaio, presidente da Associação Portuguesa Doença Inflamatória Intestino, “nem sempre é fácil ao doente falar ou explicar a sua doença de Crohn fistulizante. Neste novo guia o doente encontrará esclarecimentos e orientações que o poderão ajudar a ter melhor qualidade de vida"

O Bem-estar emocional é apenas o primeiro de um conjunto de oito capítulos do guia, que vai abordar temas como a Fadiga, Nutrição, Família e Amigos, Exercício, Viagens, Problemas masculinos e Problemas femininos.

A consciencialização para as Doenças Inflamatórias do Intestino não se resume ao dia 19 de maio, e como tal, a Takeda, vai apoiar a APDI no ciclo de Webinars que esta associação está a levar a cabo. Todos os Webinar têm a duração de uma hora, com ínicio às 18h30, e o próximo, dia 12 de maio, será dedicado ao “Impacto da DII no Trabalho”, seguindo-se, a 19 de maio, “Como atingir a remissão na DII?” e o último, a 26 de maio, é dedicado ao “Impacto da DII na sexualidade”.

 

Investigação
Uma nova pesquisa publicada no Canadian Medical Association Journal (CMAJ) mostra que a maioria dos pacientes em hemodiálise...

De acordo com Rita Suri, Diretora da Divisão de Nefrologia do Centro de Saúde da Universidade McGill (MUHC), a segunda dose da vacina BNT162b2 [Pfizer] deve ser “administrada aos pacientes que recebem hemodiálise no intervalo de tempo recomendado de 3 semanas”. Além disso, recomenda que as medidas de prevenção e controlo da infeção SARS-CoV-2 sejam rigorosamente cumpridas nas unidades de hemodiálise “até que a eficácia da vacina seja conhecida".

O estudo incluiu 154 pacientes que fazem hemodiálise no Quebec (135 sem e 19 com infeção anterior da SARS-CoV-2), 40 voluntários saudáveis (20 sem e 20 com infeção anterior de SARS-CoV2) e plasma de convalescença de 16 doentes de diálise que sobreviveram à Covid-19. Os investigadores mediram os níveis de anticorpos nos participantes e descobriram que os pacientes em diálise que nunca foram previamente expostos ao vírus tinham níveis de anticorpos mais baixos do que os participantes nos dois grupos de controlo, mesmo até oito semanas depois. Os anticorpos eram indetetáveis em 57% dos pacientes em hemodiálise. Dos 154 doentes que receberam diálise, quatro desenvolveram Covid-19 após a vacinação.

"Os doentes em hemodiálise que não responderam às quatro semanas permaneceram sem resposta imunitária às oito semanas, o que é um argumento contra a possibilidade de uma resposta retardada nestes indivíduos. Os doentes mais velhos e os que sofrem de imunossupressão tinham taxas de seroconversão ainda mais baixas, mas mesmo os doentes mais novos que não tinham imunossupressão tinham uma taxa de seropositividade significativamente mais baixa do que os controlos", escrevem os autores.

Vacinação
Um cientista que assessora o programa de vacinação do Reino Unido disse que as vacinas que estão a ser administradas para...

Anthony Harnden, vice-presidente do Comité de Vacinação e Imunização do Reino Unido (JCVI), disse que era importante abordar o abrandamento do bloqueio em Inglaterra com "a máxima cautela", uma vez que ainda não é claro o quão mais transmissível é a variante detetada na Índia.

No entanto, reiterou que embora "as vacinas possam ser menos eficazes contra doenças leves... não achamos que sejam menos eficazes contra doenças graves. Mas em última análise, elas são quase certamente menos eficazes contra a transmissão..."

No âmbito do plano de ação do Reino Unido, estabelecido para fazer face à variante B1.617.2, identificada pela primeira vez na Índia, todos os grupos com mais de 50 anos e os grupos mais vulneráveis devem receber a segunda dose de vacina Covid-19 mais cedo do que o previsto.

 

Affidea Scientific Talks - Imagiologia de Urgência: Cabeça & Pescoço
É já no próximo dia 22 que se realiza mais uma edição das Affidea Scientific Talks, um encontro em formato digital, desta vez...

Ao longo de uma manhã, vários especialistas irão abordar o tema e fazer a apresentação de casos clínicos relevantes, com o objetivo de “familiarizar os médicos radiologistas e técnicos de radiologia sobre o tipo de lesões mais frequentes e o tipo de apresentação dessas lesões, de forma a possibilitar um diagnóstico rápido e eficiente, portanto, alertar as pessoas para o tipo de abordagem a estes doentes e o tipo de imagens que vamos encontrar”, explica Fernando Torrinha, médico radiologista e um dos oradores do webinar.

De acordo com o especialista, apesar das situações de urgência em cabeça e pescoço não serem muito frequentes, “podem ser muito graves. Reconhecer os padrões das patologias que necessitam intervenção urgente passa por rever a anatomia dos espaços cervicais e as patologias mais relevantes neles encontradas, tanto no adulto como na criança”, explica.

“Perturbação da via aerodigestiva superior, ou seja, situações que comprometem a respiração ou a deglutição e ainda as situações infeciosas, nomeadamente todo o tipo de inflamações, infeções, fleimões e abcessos do anel de Waldeyer e do compartimento visceral do pescoço, além das situações de trauma facial e cervical, incluindo a aspiração ou deglutição acidental de corpos estranhos” são, segundo o especialista, as situações de urgência mais frequentes. “E muitas vezes urgências clínicas com perigo de vida por causa, precisamente, da perturbação da via aérea”, o que torna a rapidez da terapêutica “extremamente importante. A imagiologia permite localizar e definir a doença para melhor ação terapêutica, se necessário de intervenção”.

O webinar, organizado pela Affidea Portugal, com o patrocínio científico da Ordem dos Médicos, Sociedade Portuguesa de Radiologia e Medicina Nuclear e da Nova Medical School, é de inscrição gratuita, mas obrigatória.

Mais informações e forma de inscrição aqui.

Prevenção
Em Portugal, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), o Acidente Vascular Cerebral (AVC) e

Relacionando estes dois últimos factos podemos caracterizar a hipertensão arterial como um grave problema de Saúde Pública, com o qual nos debatemos atualmente.

Aumentos na pressão arterial causam lesão vascular cumulativa e progressiva em vários órgãos do corpo humano, incluindo o cérebro. O culminar destas alterações no cérebro são um episódio de AVC. Embora a hipertensão arterial esteja mais intimamente ligada com o AVC hemorrágico, também existe uma relação direta e indireta com o AVC isquémico, dependendo do seu subtipo etiológico. Contudo, e independentemente do tipo de AVC a que nos referimos, para além da mortalidade, já acima mencionada, também é importante alertar para a morbilidade do AVC, que consiste em alterações cognitivas e limitações funcionais e de linguagem com as quais os sobreviventes de AVC são confrontados.

Por mais que o tratamento do AVC agudo tenha avançado nos últimos anos a aposta principal é na PREVENÇÃO da sua ocorrência através do controlo dos fatores de risco que estão na sua origem.

Uma percentagem considerável dos portugueses é hipertensa e desconhece que o é! Torna-se, assim, fundamental o diagnóstico e tratamento precoces como meio de prevenção do AVC primário e recorrente.

A estratégia passa por sensibilizar a população para esta doença silenciosa, apostando também no regular acompanhamento pelos cuidados de saúde primários (Médicos e Enfermeiros de Família), assim como rastreios populacionais ocasionais, que são preponderantes no diagnóstico da hipertensão arterial.

Após o diagnóstico, e de acordo com os valores de pressão arterial, são tomadas atitudes farmacológicas/terapêuticas individualizadas. Fomentar a consciencialização da gravidade da doença na sua globalidade, incentivar a adesão terapêutica, instituir mudanças e hábitos de vida saudável e reforçar a necessidade de seguimento regular pelo Médico de Família são partes importantes da estratégia global na prevenção do AVC.

Muitas vezes desvalorizadas, as alterações de estilo de vida são importantes adjuvantes e diminuem, na globalidade, os eventos cardiovasculares e não só os AVC’s. Falamos de: redução na quantidade de sal ingerida, moderação do consumo de álcool, cessação tabágica, redução de peso e manutenção de peso ideal e atividade física regular assim como consumo elevado de legumes e frutas.

Está demonstrado que uma redução de 10mmHg na pressão arterial sistólica ou uma redução de 5mmHg na pressão arterial diastólica está associada a reduções significativas na ocorrência de AVC’s em aproximadamente 35%. Portanto, é fundamental sensibilizar, diagnosticar e tratar a hipertensão arterial de modo a prevenir a morbilidade e a mortalidade associada ao AVC.

Vamos prevenir para não ter que remediar??!

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Com várias atividades, incluindo Webinares
O Instituto de Higiene e Medicina Tropical, da Universidade Nova de Lisboa (IHMT-NOVA) vai realizar o Dia Aberto 2021 em modo...

Em tempos de pandemia, o IHMT-NOVA decidiu abrir as portas virtuais e mostrar através de uma série de vídeos (a ser publicados em www.ihmt.unl.pt no próximo dia 28) o que se faz neste instituto que reúne cientistas, professores e médicos a trabalharem para o objetivo comum do progresso científico e para formar futuros profissionais que possam fazer a diferença no mundo.

Ao longo do dia vão também realizar-se diferentes Webinares, em que contamos com a participação de alunos e professores de escolas de norte a sul do país, com temas como Higiene e Parasitas, COVID-19: Infeção e vacinação, Saúde dos Migrantes e COVID-19, Infeções Sexualmente Transmissíveis, entre outros. Assista gratuitamente aqui.

 

Investigação
Considerada a terceira doença neurodegenerativa com maior incidência, estima-se que a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) afete...

De acordo com Oscar Fernández-Capetillo, do Centro Nacional de Investigação Oncológica (CNIO), foi descoberto um mecanismo que explica a toxicidade derivada de mutações no gene C9ORF72. O novo mecanismo, observado em modelo experimental e publicado esta semana no The EMBO Journal, liga estas mutações a um problema geral que bloqueia todos os ácidos nucleicos, ADN e RNA, e assim impede uma multiplicidade de processos fundamentais no funcionamento celular. 

No início de 2011, a mutação mais comum em pacientes com ELA foi encontrada neste gene. Alguns anos depois, confirma-se que esta mutação acaba por produzir pequenos péptidos que são tóxicos, mas o mecanismo que o levou a isso não era conhecido até agora.

Segundo o investigador, a mutação do C9ORF72 em doentes com ELA apresenta uma pequena sequência repetida de ADN que, em pessoas não doentes, é geralmente de cerca de 8-10 exemplares, e que nestes pacientes é expandido até cem vezes. "Esta expansão de repetições traduz-se em proteínas que geram pequenos péptidos que são tóxicos, um fenómeno que, por outro lado, tem sido observado noutros contextos da natureza humana e para o qual desenvolvemos um modelo que os liga a todos e assim explica estes problemas generalizados."

A partir deste momento, e embora a abordagem integral a esta neurodegeneração seja muito complexa, novas portas se abertas para uma possível abordagem terapêutica da doença. "O primeiro passo para poder começar a procurar tratamento e curar qualquer doença é perceber o que não está a funcionar bem. Nesse sentido, temos um modelo bastante satisfatório que nos ajuda a compreender e explicar porque é que estes péptidos são tóxicos e porque é que os neurónios motores morrem", diz Fernández-Capetillo, citado pelo El Mundo, sublinhando que esta descoberta é muito útil para descobrir como combater o mecanismo tóxico que foi identificado.

No entanto, o investigador acrescenta que embora tenha sido descoberto este mecanismo, "a possibilidade de outras mutações relacionadas com a ELA estarem a agir de forma semelhante, ou seja, bloquear o ADN e o RNA dos neurónios motores", não está excluída. 

 

 

Portaria publicada hoje
Os tratamentos termais prescritos nos cuidados de saúde primários do Serviço Nacional de Saúde (SNS) vão voltar a ser...

No entanto, esta comparticipação tem um limite máximo de 95 euros por conjunto de tratamentos termais. Em termos de percentagem, o SNS cobre 35% do valor do tratamento.

A portaria que estabelece as condições de comparticipação do Estado destes tratamentos foi publicada hoje em Diário da República.

“Com a publicação desta portaria, o Governo mantém a confiança no termalismo e na sua contribuição para a prevenção da doença e a promoção da saúde, após dois períodos particularmente difíceis, provocados pela pandemia da Covid-19, que obrigou à suspensão desta atividade, com vista à salvaguarda de utentes e profissionais”, pode ler-se na nota hoje divulgada.

 

 

Situação Epidemiológica
Nas últimas 24 horas, não houve registo de mortes, mas foram identificados mais 450 novos casos de infeção. Os internamentos...

Segundo o boletim divulgado, não há mortes associadas à Covid-19, desde o último balanço, em todo o território do país.  

Quanto ao número de novos casos, o boletim epidemiológico divulgado hoje, pela Direção Geral da Saúde, mostra que foram diagnosticados 450 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 141 novos casos e a região norte 157. Desde ontem foram diagnosticados mais 28 na região Centro, 29 no Alentejo e 32 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, no arquipélago da Madeira foram identificadas mais 34 infeções e 29 nos Açores.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 236 doentes internados, menos oito que ontem. No entanto, as unidades de cuidados intensivos contam agora com mais dois doentes. Estão, atualmente, nas UCI 72 doentes internados.

O boletim desta sexta-feira mostra ainda que, desde ontem, 324 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 802.285 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 22.095 casos, mais 126 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância menos 144 contactos, estando agora 18.967 pessoas em vigilância.

Sociedade Portuguesa de Oftalmologia
Estima-se que 20 a 25% da população portuguesa sofra de alergias oculares, independentemente da sua

A conjuntivite alérgica ocorre quando um agente estranho (alérgeno) irrita a conjuntiva (membrana fina e transparente, que reveste o olho e a parte interior das pálpebras), provocando uma inflamação da mesma. Este tipo de manifestação alérgica pode afetar todos os grupos etários, desde a infância até às idades mais avançadas, pelo que é fundamental que todos estejam atentos a possíveis sintomas. Segundo Ana Vide Escada, oftalmologista e Secretária-geral Adjunta da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO), “geralmente os sintomas associados são vermelhidão ocular, comichão e secreção transparente ou esbranquiçada. Em casos mais severos, podem associar-se inchaço e descamação da pele das pálpebras, lacrimejo e aumento da sensibilidade à luz.”

A alergia ocular pode aparecer de forma isolada ou associada a outras manifestações de alergia, como crises de espirros, escorrência nasal, tosse irritativa e eczema atópico. Apesar de poder surgir em qualquer altura do ano, a conjuntivite alérgica é mais comum na primavera, devido às elevadas quantidades de pólen no ar. No entanto, os dias quentes e secos, que se avizinham nos próximos meses, podem provocar também um aumento da quantidade de poeiras e ácaros no ar.

Os próximos meses requerem, então, um cuidado especial e uma atenção redobrada a possíveis sintomas de alergia ocular. “O controlo da conjuntivite alérgica passa, primeiramente, pela sua prevenção, evitando o contacto com os alérgenos, quando estes já são conhecidos (pólenes, ácaros, pó da casa, entre outros)”, explica Ana Vide Escada.

Relativamente ao tratamento, este envolve, normalmente, agentes anti-histamínicos (antialérgicos) ou gotas lubrificantes. Eventualmente, poderão ser usados corticosteroides, que são potentes agentes anti-inflamatórios, entre outros, mas apenas sob prescrição médica. “A medicação pode ser somente tópica (aplicação ocular direta em gotas, gel ou pomada) e/ou ser sistémica. Geralmente, nas situações mais severas e nas crianças (que tendencialmente controlam menos o impulso de coçar e fazem reações muito exuberantes) é necessário aplicar medidas terapêuticas locais e sistémicas.”, acrescenta ainda a especialista.

Estas conjuntivites não são contagiosas, mas dada a sua frequência podem atingir todos os membros da família. Assim, em qualquer idade e perante a suspeita de uma conjuntivite alérgica, nomeadamente na ausência de alergias prévias conhecidas, deve ser sempre consultado um Médico Oftalmologista, não só para confirmação do diagnóstico, bem como para prescrição da terapêutica mais adequada a cada caso. 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Doenças raras
As mucopolissacaridoses (MPS) são um conjunto de doenças raras em que há acumulação de moléculas com

Neste conjunto de doenças, há um defeito de uma enzima que vai reduzir a degradação dos GAG’s, levando a uma acumulação dos mesmos no exterior e interior das células. Esta acumulação vai perturbar o normal funcionamento dos órgãos onde se acumulam os GAG’s. Por isso os órgãos afetados vai manifestar a doença de uma forma progressiva à medida que se acumulam cada vez mais estas moléculas complexas.

O tipo de GAG’s cuja degradação está comprometida vai condicionar a acumulação em diferentes órgãos (cérebro, osso, fígado, baço) e consequentemente vamos ver padrões de doença diferentes de acordo com o órgão mais atingido pela doença. Estão descritos vários tipos de PMS de I até IX de acordo com o tipo de GAG’s envolvidos e manifestações da doença.

As enzimas que degradam os GAG’s estão inscritas no nosso código genético e a doença ocorre quando os genes apresentam mutações que reduzem a capacidade de produzir enzimas em quantidade e qualidade suficiente para o seu normal funcionamento. Geralmente é necessário que as duas cópias que temos de cada gene estejam afetadas para que haja um défice da enzima. Na doença de Hunter (MPS II) a transmissão é feita através do cromossoma X pelo que os meninos são mais afetados que as meninas. As MPS’s são doenças são hereditárias, podendo passar de pais para filhos, contudo também podem surgir mutações de novo que não presentes nos progenitores.

O diagnóstico destas doenças é complexo e nem sempre são detetáveis ao nascimento. Só ao fim de algum tempo (meses a anos) é que a acumulação de GAG’s vai ser significativa e é que vão surgir os primeiros sintomas: dismorfias faciais, baixa estatura e outras alterações do esqueleto, atraso do desenvolvimento, surdez, problemas respiratórios, baço ou fígado aumentados de tamanho entre outros.

O diagnóstico pode ser procurado na urina onde também se eliminam os GAG’s e no caso destas doenças, há um aumento da excreção dos mesmos. O padrão de excreção urinária de GAG’s ajuda a definir qual a MPS em causa. O estudo genético permite confirmar a doença e a estabelecer um melhor plano de aconselhamento genético para os progenitores.

Neste momento já existe tratamento para várias destas doenças e o que sabemos é que quanto mais cedo for feito o diagnóstico e mais precocemente for iniciado o tratamento, menor a acumulação de GAG’s e por isso menor o impacto da doença. Na doença de Hurler (MPS I), por exemplo, o diagnóstico precoce (<2,5 anos de idade) e a realização de transplante medular podem prevenir a degradação cognitiva, que é a manifestação mais grave da doença.

Para outras MPS’s tais como doença de Hurler (MPSI), doença de Hunter (MPS II), doença de Morquio (IVA) e doença de Morateaux-Lamy (MPS VI), existem outros tratamentos específicos. Estes passam pela infusão das enzimas em falta e que permite repor a que está em falta e aliviar algumas das manifestações da doença. Este tratamento é feito de forma regular (semanal) e por via endovenosa. O tratamento tem um impacto favorável na progressão da doença e na qualidade de vida destes doentes e suas famílias.

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Balanço
De acordo com os dados divulgados por diversas unidades hospitalares, alguns hospitais do Serviço Nacional de Saúde conseguiram...

O Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN), que integra os hospitais Santa Maria e Pulido Valente, por exemplo, registou em março e abril “números máximos de atividade desde o início da pandemia em março de 2020, com destaque para as cirurgias, consultas e hospitais de dia”. Segundo a unidade hospital, no passado mês de abril foram realizadas cerca de 2.000 cirurgias programadas, mais 33% face ao mesmo mês de 2019 (1.500), período pré-Covid. “Em termos absolutos, a atividade cirúrgica do CHULN está já ao nível dos melhores períodos dos últimos três anos, registados no final de 2019/início de 2020”, refere em comunicado.

Quanto ao número de doentes em lista de espera para consulta, o CHULN destaca que este caiu para metade num ano: em abril de 2021, estavam inscritos cerca de 11.700 doentes, quando no mesmo mês de 2020 eram perto de 23 mil. Nos dois últimos meses, foram realizadas mais de 125 mil consultas externas, sendo que só em março foram mais de 65 mil, um “número recorde” desde o início da pandemia e superior ao período homólogo pré-pandemia em março de 2019 (60 mil).

No que diz respeito ao Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central (CHULC), que integra os hospitais Curry Cabral, São José, Santa Marta, Capuchos, D. Estefânia e Maternidade Alfredo da Costa, este também um aumento da atividade assistencial. Entre 1 de janeiro a 9 de maio realizaram-se no CHULC 265.650 consultas, mais 10,5% face ao período homólogo de 2020 (240.387), e 10.680 cirurgias programadas, mais 26,1%.

O Centro Hospitalar Lisboa Ocidental (hospitais S. Francisco Xavier, Egas Moniz e Santa Cruz), realizou, desde 1 abril, aquando a retoma da atividade cirúrgica e da consulta externa de todas as especialidades, 2.292 cirurgias e 58.211 consultas.

Quanto ao Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca (HFF), entre 22 de março e 21 de abril registou 1.395 cirurgias, num total de 3.458, realizadas nos primeiros quatro meses de 2021, sendo que 496 tinham um tempo de espera superior a 12 meses. Nos primeiros quatro meses do ano, o HFF realizou 111.217 consultas, mais 7.523 consultas face a igual período de 2020.

No Hospital Garcia de Orta (HGO) a atividade programada não-Covid foi recuperada de “forma gradual” por todas as especialidades. Devido à pandemia, entre março de 2020 e 15 de março deste ano o hospital teve de desmarcar 14.700 consultas de 32 especialidades e 325 cirurgias não oncológicas. Contudo, neste período houve especialidades que aumentaram o número de consultas no HGO: Hematologia (19,9%), Dermatologia (18,8%), Psiquiatria (13,3%), Endocrinologia (12,2%), Dor (6.2%), Obstetrícia (5,1%) e Pediatria (12,1%).

A retoma de atividade no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) também está em andamento. Desde o início do ano e até 10 de maio, foram realizadas mais 44.707 consultas, das quais 18.167 primeiras consultas, e mais 943 cirurgias programadas, comparativamente ao período homólogo de 2020.

O Centro Hospitalar e Universitário de São João (CHUSJ) sublinha que “a partir do final de abril de 2020 foi retomada a atividade” e que esta “não voltou a ser suspensa na totalidade”. O CHUSJ adianta que a lista de espera para a consulta externa e para a cirurgia, comparativamente a abril de 2020, reduziu-se em cerca de 50%.

O Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho revela, por sua vez, que “apenas 14,1% dos pedidos na lista de espera da consulta, aguardam há mais de seis meses”, enquanto em janeiro de 2020 tinham aproximadamente 39%, e que a atividade cirúrgica segue a mesma tendência. Nos últimos dois meses, realizaram em média mais 500 cirurgias por mês, do que em igual período de 2019.

A atividade na Unidade Local de Saúde do Alentejo também foi retomada na totalidade, tendo sido realizadas 1.285 cirurgias e 30.000 consultas.

Na Unidade Local de Saúde (ULS) do Baixo Alentejo/Hospital de Beja, “a atividade assistencial está a progredir no sentido da realização do máximo de atividade possível, tendo em conta as exigíveis normas de segurança”.

Também na Unidade Local de Saúde Castelo Branco atividade assistencial foi retomada na totalidade.

Sociedade Portuguesa de Hipertensão alerta para "epidemia" silenciosa
A partir do dia 16 de maio (domingo), a Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH) dá início às atividades da 3ª Semana da...

Mais uma vez, a SPH pretende alertar para esta “epidemia” silenciosa e reforçar como prevenir e controlar a HTA, através de diversas ações, como a prática de atividade física regular e uma alimentação saudável com baixo teor de sal.

A prevenção e a informação são, de acordo com a SPH, das principais armas contra a hipertensão arterial e contra a progressão das doenças cardiovasculares.

De 16 a 24 de maio há sessões de show cooking, exercício clínico, quizzes e sessões clínicas sobre hipertensão. A iniciativa conta novamente com o conhecido humorista e escritor português, Nilton, que criou o sketch “HTA: A outra Pandemia” que será divulgado no decorrer da semana.

Os Webinares temáticos e as atividades online decorrem no Facebook, Instagram, Youtube e Site da SPH (www.sphta.org.pt).

 

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