Exercitar a inteligência

Inteligência mantem-se com a idade e é hereditária, revela neurocientista

Neurocientista Fabiano de Abreu Rodrigues, especialista em estudos de inteligência e membro da Mensa, garante que a inteligência se mantém com a idade e é hereditária.

A inteligência humana é uma fonte inesgotável de pesquisas científicas; é o que nos diferencia dos outros animais e, descobrir mais sobre a inteligência revela conhecimentos genéticos evolutivos e contribui para a cura e tratamento de doenças neurológicas que causam retardos e/ou demências mentais.

Técnicas como neuroimagens, estudos genéticos de GWAS, neurociência celular em tecido cerebral humano ressecado, entre outras, já revelaram dados curiosos sobre a inteligência humana. Um dos principais estudiosos com diversos estudos publicados e uma inteligência descoberta, a DWRI, o neurocientista, neuropsicólogo e biólogo Fabiano de Abreu, explica que: “Há sim múltiplas inteligências, mas a inteligência lógica maestra toda a condição. Ela é a administradora das demais regiões e propõe o aprimoramento das inteligências. Houve um avanço nos estudos sobre inteligência, principalmente através dos estudos de associação genómica ampla (GWAS). Estudos com gémeos, por exemplo, comprovaram que a hereditariedade da inteligência é extraordinariamente grande, na faixa de 50% a 80%, chegando a 86% para QI verbal.”

Essa condição permanente ao longo de toda a vida é confirmada cientificamente, reforça Fabiano: “Mesmo em uma idade mais avançada, a inteligência permanece estável: testes de inteligência realizados aos 11 anos de idade, em Inglaterra, se mantiveram equiparados com os resultados do teste aos 90 anos de idade.”  Mas como a ciência explica isso? Abreu explica que, “ao longo do desenvolvimento, as árvores dendríticas, que atuam na receção de estímulos nervosos, na região do lobo temporal no cérebro, região também envolvida com a inteligência, continuam a crescer durante a maturidade até a velhice. As árvores dendríticas de pessoas com 80 anos são mais extensas do que aos 50 anos de idade, com a maior parte da diferença resultante de aumentos no número e comprimento médio dos segmentos terminais da árvore dendrítica”.

Um detalhe importantíssimo, revela Fabiano, é que até o tamanho deste componente do neurónio está relacionado à inteligência da pessoa: “A ligação entre o tamanho do dendrito e a cognição é comprovada na demência senil, onde as árvores dendríticas são menos extensas, em grande parte porque seus segmentos terminais são cada vez menores.” Além disso, ele observa que o tamanho dos dendritos estão relacionados com a potência e rapidez sináptica que tem relação com a inteligência. Pessoas que procuram fazer a plasticidade cerebral ao longo da vida, aumentam as chances de manter essas regiões do cérebro com melhor funcionamento”, completa.

Para quem deseja exercitar a inteligência ao longo da vida, Fabiano de Abreu dá uma dica fácil e simples de ser executada: “Pode-se fazer a neuroplasticidade através de ginásticas cerebrais como leitura, aprender novos idiomas, jogos de lógica, quebra-cabeça, jogo de xadrez, mudança de rotina”, finaliza.

 

 

Fonte: 
MF Press Global
Nota: 
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Foto: 
CPAH