Evento
Os especialistas Joaquim Murta, Guilherme Castela e Filipa Ponces, da UOC, e Ana Rosa Pimentel, cirurgiã brasileira, vão estar...

Três reputados oftalmologistas da UOC - Unidade de Oftalmologia de Coimbra e uma convidada especial do Brasil vão estar no próximo domingo, dia 9, em direto, via Facebook, a debater o tema “Rejuvenescimento Periocular: o envelhecimento da zona dos olhos não tem de ser inevitável” e a responder a perguntas de todos os interessados.

A sessão é gratuita e vai acontecer a partir das 19h00, na página de Facebook da UOC – Unidade de Oftalmologia de Coimbra, em www.facebook.com/UnidadedeOftalmologiadeCoimbra. Os interessados vão poder colocar as questões através da caixa de comentários da página.

A responder às questões estarão os oftalmologistas Joaquim Murta (que moderará a conversa) e três reputados especialistas internacionais neste tema: Guilherme Castela e Filipa Ponces, ambos da UOC, e a convidada Ana Rosa Pimentel, especialista radicada em Belo Horizonte, Brasil. Em conjunto, irão esclarecer todas as dúvidas sobre o assunto.

O rejuvenescimento da região periorbitária (nas pálpebras e em redor dos olhos) é um procedimento cada vez mais procurado e que visa combater os sinais de envelhecimento do rosto. Entre os processos utilizados estão procedimentos cirúrgicos, como a blefaroplastia, mas também procedimentos menos invasivos, que envolvem técnicas não cirúrgicas e que podem ser realizadas em ambiente de consultório.

Apesar de ser uma área partilhada com outras especialidades médicas, o cirurgião oculoplástico dispõe de todas as condições para poder oferecer as melhores soluções estéticas, com todas as garantias médicas e oftalmológicas.

Esta é a segunda sessão de uma iniciativa inovadora da UOC - Unidade de Oftalmologia de Coimbra, que visa aproximar os médicos dos doentes através dos meios digitais. Em breve, outros especialistas da clínica irão protagonizar sessões com temas diversos.

 

 

Entrevista
Responsável pela destruição progressiva das articulações e pela perda da sua função, quando não trat

Estima-se que, em Portugal a Artrite Reumatoide afete cerca de 70 mil pessoas, sendo as mulheres as mais atingidas. Como se caracteriza esta doença e quais os principais sintomas?

A Artrite Reumatoide (AR) é uma doença reumática sistémica e uma das mais de 200 doenças reumáticas e músculo-esqueléticas. Na artrite Reumatoide (AR) a presença de dores e alterações músculo-esqueléticas como edema das articulações mais frequentemente das pequenas articulações das mãos e pés muitas das vezes envolvendo ambos os lados. Com foco na dor, é importante mencionar que as dores são de características inflamatórias o que quer dizer que são mais de manhã ou ao final da noite, melhorando ao longo do dia, associando-se a uma sensação de rigidez ou de “ferrugem” das articulações que estão perras ou de difícil mobilização pela manhã prolongando-se essa rigidez por mais de 30 minutos.

Mas como doença reumática sistémica pode envolver para além do sistema músculo-esquelético outros órgãos como o pulmão o coração os olhos etc., pelo que temos de estar atentos a estas manifestações.

Quais as causas da Artrite Reumatoide? Podemos falar em fatores de risco?

Não existem causas definidas de artrite reumatoide, mas sabe-se que a genética e a influencia ambiental podem estar implicados como fatores de risco do desenvolvimento da doença. No caso da AR um dos fatores de risco ambientais mais reconhecidos é o tabagismo. Sabe-se hoje que o fumar aumenta cerca de 2 a 4 vezes a possibilidade de se vir a desenvolver uma artrite reumatoide.

Como é feito o diagnóstico? A que sinais de alerta devemos estar atentos?

O diagnóstico precoce é assim fundamental, para salvaguardar o bem-estar do doente e para que este entenda que uma dor que envolva uma ou mais articulações que não tenha uma causa aparente e que se prolongue de dias para semanas não é normal e deve ser investigada. Particularmente, se as articulações estiverem inchadas (com edema calor e vermelhidão) e que apresente outras alterações como a rigidez matinal, fadiga alterações na pele e mucosas. O recurso rápido ao médico de família para enviar à Reumatologia ou diretamente uma consulta de Reumatologia é fundamental para o diagnóstico atempado destas situações. O diagnóstico é clínico, ou seja, feito pela avaliação e pela história clínica, mas alguns exames complementares de diagnóstico podem ajudar a definir-se mais rapidamente o quadro clínico bem como serem úteis no seguimento e avaliação ao longo do tempo da doença. Nas análises a presença de fatores reumatoide pode ser importante para o diagnóstico, contudo 20% das AR não têm a presença destes anticorpos bem como algumas pessoas podem ter os anticorpos e nunca desenvolverem a doença. Assim a avaliação por parte de uma Reumatologista será fundamental no diagnóstico correto e atempado da AR.

Quais os tratamentos indicados para artrite reumatoide? Que novidades têm surgido nesta área? E qual a solução para os doentes que não respondem à terapêutica convencional?

Mais do que tratamentos terá de existir um plano terapêutico alargado, englobando medicação, dieta, exercício, alterações no local de trabalho que deverão ser partilhadas entre o doente e o Reumatologista e que permita atingir objetivos ambiciosos em termos de resposta. Neste momento o que se pretende é a baixa atividade ou a remissão da AR que é possível ser obtida com alguns fármacos modificadores da doença (DMARDs).

A utilização de fármacos mais simples e com muitos anos de utilização podem só por si controlar a maioria dos doentes desde que utilizados com critério e de forma correta, mas alguns dos doentes irão necessitar de outros medicamentos ajustados a formas graves da doença e felizmente nos últimos anos a AR e outras doenças reumáticas inflamatórias têm tido um grande número de fármacos inovadores para controle de formas mais agressivas da doença. Atualmente temos muitas opções para atingir objetivos ambiciosos de obter a remissão ou a baixa atividade da doença. Medicamentos biológicos ou biotecnológicos ou os mais recentes inibidores do JAK podem caso se falhe medicamentos mais simples fazer uma extraordinária diferença na vida mesmo de casos mais graves de artrite Reumatoide.

Tal significa termos um quadro clínico que apesar de crónico, e, portanto, para toda a vida, possa devolver a vida o mais plena possível ao doente com o menor impacto possível da doença

Que fatores podem condicionar o agravamento da doença?

O agravamento da doença está intimamente relacionado com um diagnóstico tardio ou o não seguimento em consulta de Reumatologia. Mas igualmente a manutenção do tabaco e o não cumprimento da medicação por parte do doente e um seguimento irregular poderá associar-se ao agravamento e a um mau prognóstico da doença a médio e longo prazo.

De um modo geral, quais as principais complicações associadas a esta patologia? De que forma a doença impacta vida do doente?

A artrite reumatoide é como um tsunami na vida de um doente. Todos nós já sentimos ao longo da nossa vida de dor em uma ou mais articulações. Agora imaginemos múltiplas articulações de forma contínua atingindo mãos e pés com limitação da sua vida de forma abrupta. Altera de forma imediata a sua vida e tudo aquilo que podemos fazer no dia a dia. E é de vida que falamos, da capacidade de tomar conta de si e os seus filhos, de poder ir trabalhar e estar disponível para tal, o de poder dormir e descansar o de andar sem dores ou de poder voltar a fazer o que todos nós tomamos como adquirido.

Em termos socioeconómicos, qual o impacto da Artrite Reumatoide?

Sabemos que em Portugal as doenças reumáticas são responsáveis por custos anuais de 1000 milhões de euros por ano em reformas antecipadas, absentismo laboral ou por preseenteísmo. Este define-se como a perda de capacidade de trabalhar como antes, o ir trabalhar, mas pelas dores ou pelas alterações nas articulações não se consegue trabalhar da mesma forma. A artrite contribui com muito deste impacto. Os doentes com artrite têm um nível de reforma por incapacidade muito superior a outras doenças reumáticas o que poderia ser claramente invertido se no SNS houvesse um melhor acesso á Reumatologia. No SNS não existe Reumatologia em cerca de 50% dos hospitais não por não haver especialistas a querer ir para esses hospitais, mas sim por uma desorganização e mau planeamento, mas sobretudo por uma desvalorização social destas doenças e doentes que correspondem em Portugal a 53% da população.

Que conselhos/recomendações deixaria para aqueles doentes quem têm pouca esperança no tratamento?

Os doentes devem procurar rapidamente a consulta do médico de família ou do reumatologista se tiverem dores articulares persistentes (que durem semanas a meses) sem razão aparente, que tenham articulações com edema e com limitação das articulações. Devem ser enviados para consulta de Reumatologia e não devem estas doenças reumáticas graves ser seguidas por médicos não especialistas e devem os doentes ter a certeza de que quem os segue pela sua doença reumática é especialista em Reumatologia.

A maior esperança que podemos dar ao doente é que nestes últimos anos é que a artrite reumatoide, pela melhoria da assistência e ligação aos reumatologistas e de novas estratégias e de novos medicamentos inovadores, passou de uma doença incapacitante e muitas das vezes devastadora para uma doença em que podemos atingir a remissão ou pelo menos uma baixa atividade. Os doentes seguidos e orientados pela Reumatologia deixaram de viver para a doença para viverem quase normalmente apesar da doença.

Temos hoje a capacidade de devolver a qualidade de vida e uma vida a mais plena possível, mas para isso temos de intervir rapidamente e ter no doente um parceiro e na relação médico doente a maior arma contra esta e todas as mais de 200 doenças reumáticas.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Programa de investigação
O Centro de Investigação de Feridas e Traumas da RCSI da RCSI University of Medicine and Health Sciences e bruin Biometrics LLC...

A extensão permitirá uma maior colaboração na cura de feridas e na reparação de tecidos, com uma ênfase específica na inovação na prevenção da úlcera sob pressão. Esta importante colaboração continua numa altura em que os resultados dos cuidados com a ferida dos pacientes e os custos dos cuidados de saúde estão a ser examinados em todo o mundo.

Criada em 2014, esta parceria académica-industrial de longa data continuará a explorar soluções inovadoras que, em última análise, impedirão úlceras de pressão através da integração de caminhos de cuidados modernos eficientes focados no paciente em diferentes contextos de cuidados.

Através desta parceria, e em colaboração com o Gabinete de Investigação e Inovação do RCSI, a Bruin Biometrics apoiou um programa de investigação abrangente no SWaT Research Centre, incluindo oito académicos de doutoramento e dois estudantes de mestrado de investigação, levando a dados clínicos muito significativos na área da prevenção da úlcera sob pressão, bem como múltiplas publicações revistas por pares e apresentações de conferências.

Esta última demonstração de apoio da Bruin Biometrics, através de uma doação filantrópica ao RCSI, verá este programa de investigação estender-se para além de 2021 e apoiar uma série de novas e contínuas iniciativas de investigação no âmbito do SWaT Research Centre, sob a liderança da Diretora, professora Zena Moore e diretora-adjunta, o Professor Declan Patton.

Comentando esta extensão da parceria, a professora Zena Moore afirmou: "Os cuidados centrados na pessoa e os melhores resultados dos pacientes estão no centro da nossa investigação no SWaT Research Centre.

A parceria com a Bruin Biometrics desde 2014 tem apoiado o RCSI SWaT Research Centre para liderar pesquisas de tradução, demonstrando que a ulceração da pressão pode ser identificada antes de ser visível na superfície da pele, e que a identificação precoce pode levar a intervenções preventivas eficazes que reduzem a incidência de úlceras de pressão e melhoram os resultados do paciente e a eficiência do serviço. Temos o prazer de alargar esta parceria estratégica de investigação com a Bruin Biometrics e de receber o apoio continuado desta empresa inovadora reconhecida internacionalmente."

Martin Burns acrescentou que "a profundidade de talento do RCSI é de classe mundial. O seu foco não apologético na melhoria dos resultados está ligado às agendas definidas pelos decisores políticos, pagadores e fornecedores em todo o mundo, e beneficia diretamente os doentes e as suas famílias. É um privilégio continuar a apoiar o trabalho do RCSI."

 

Estimular a investigação e o desenvolvimento
A Coligação Internacional das Autoridades Reguladoras de Medicamentos (ICMRA) e a Organização Mundial de Saúde (OMS) estão a...

"A pandemia COVID-19 trouxe a sério a necessidade de uma maior transparência da investigação médica", disse Emer Cooke, presidente da ICMRA e diretora executiva da EMA. "Como demonstra a nossa política de publicação proativa de dados clínicos, a EMA há muito que se compromete a disponibilizar os dados sobre os quais a nossa tomada de decisão regulatória está baseada para escrutínio público. Estou muito satisfeito que a ICMRA e a OMS se tenham reunido nisto e estejam a apoiar os nossos próprios esforços e abordagens semelhantes. Este pode ser o início de uma nova era de acesso muito mais alargado aos dados dos resultados dos ensaios em benefício da saúde pública."

O desenvolvimento da declaração conjunta seguiu-se a uma série de discussões entre os membros da ICMRA e a OMS sobre novas formas de aumentar a transparência e a integridade dos dados. A declaração ICMRA-WHO está disponível nos websites da ICMRA e da OMS.

 

Reunião no âmbito da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia
O INFARMED presidiu nesta quinta-feira, dia 6 de maio, a mais uma reunião no âmbito da Presidência Portuguesa do Conselho da...

Os responsáveis das entidades reguladoras, os dirigentes da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e da Comissão Europeia, que conjuntamente integram a rede europeia de regulação do medicamento (EMRN), fizeram o ponto de situação sobre as atividades relacionadas com o combate à Pandemia e debateram medidas para enfrentar os desafios existentes para reforço da comunicação e recursos, tendo em conta toda a experiência que vem sendo adquirida por esta rede.

Os HMA avaliaram as lições aprendidas no último ano, principalmente, em relação à agilização de procedimentos e transparência na comunicação com o público, de forma a providenciar respostas seguras e rápidas às expetativas criadas na opinião pública. Uma matéria onde existiu convergência entre os participantes foi o aprofundamento desta coordenação entre a EMA e as entidades nacionais responsáveis pelas vacinas. Os participantes discutiram também medidas de reforço da atuação na área da farmacovigilância, nomeadamente na deteção e priorização da informação de segurança.

Os resultados desta reunião servirão também como contributo a incluir nas Conclusões do Conselho sobre Acesso ao Medicamento no âmbito da Presidência Portuguesa. O Grupo HMA reunirá mais uma vez em junho, numa reunião conjunta com as Autoridades Competentes dos Dispositivos Médicos (CAMD).

O Grupo dos Chefes das Agências Europeias do Medicamento é composto pela rede das Autoridades Nacionais Competentes, responsáveis pela regulamentação dos medicamentos de uso humano e veterinário no Espaço Económico Europeu. A rede constitui um fórum para a coordenação e troca de opiniões e propostas sobre questões relativas ao sistema regulamentar europeu e ao papel das autoridades nacionais nesse sistema. O HMA coopera com a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e a Comissão Europeia (Direcção-Geral da Saúde e Segurança Alimentar – DG Santé).

O INFARMED é responsável pela coordenação até junho do conjunto de 20 reuniões dos diversos Comités e Grupos de Trabalho.

Comité Europeu das Regiões
Os dirigentes locais e regionais deram o seu apoio a um maior papel da União Europeia nas questões de saúde e aos planos da UE...

As recomendações, se aceites pelos legisladores da UE, obrigariam as agências da UE – como a Agência Europeia de Medicamentos e o Centro Europeu de Controlo de Doenças – a cooperar em estreita colaboração com as autoridades locais e regionais e a concretizar todo o potencial da cooperação transfronteiriça em matéria de cuidados de saúde. Além de apoiarem o desenvolvimento de reservas de emergência de produtos médicos, as propostas pressionam para um "mapeamento" das causas da escassez de medicamentos – um problema que antecede a pandemia – como parte dos esforços para trazer mais segurança e transparência a um mercado farmacêutico "disfuncional". O COR apela também ao surgimento de uma rede de "hospitais padrão-ouro" especializados no estudo e tratamento de doenças infeciosas.

As recomendações constam de três pareceres, um que avalia os blocos de construção da "União Europeia de Saúde" já apresentados pela Comissão Europeia, e os outros dois centrados no Centro Europeu de Controlo de Doenças e na Agência Europeia de Medicamentos e na agência farmacêutica da UE.

Roberto Ciambetti (IT/ECR), presidente do Conselho Regional do Veneto e relator sobre o parecer "União Europeia de Saúde: Reforço da resiliência da UE", afirmou: "As autoridades locais e regionais são responsáveis, em graus diversos, pelos cuidados de saúde em 19 dos 27 Estados-Membros, e também ajudam a financiar os cuidados de saúde em muitos desses países. Uma "União Europeia de Saúde" capaz de travar rapidamente as pandemias não é possível sem o envolvimento próximo destas autoridades. Precisamos de uma rede de hospitais padrão de ouro, de maior capacidade de produção na Europa, de grandes reservas de emergência e de melhores dados para sabermos onde estão os nossos pontos fracos."

Birgitta Sacrédeus (SE/PPE), relatora sobre a estratégia farmacêutica da Europa e proposta legislativa para alterar o mandato da Agência Médica Europeia (EMA)' e membro do Conselho Regional de Dalarna, afirmou: "Congratulamo-nos vivamente com a estratégia farmacêutica centrada no doente lançada pela Comissão para garantir que todos os doentes em toda a Europa tenham acesso a medicamentos seguros, eficazes e acessíveis, em condições regulares, bem como durante uma crise de saúde. Uma vez que as autoridades locais e regionais desempenham frequentemente um papel fundamental no financiamento, avaliação e fornecimento de medicamentos, bem como na gestão e preparação de crises, o nosso parecer descreve a necessidade de os incluir na cooperação que desenvolve as propostas da Comissão na área farmacêutica."

Olgierd Geblewicz (PL/PPE), Presidente da Região da Pomerania Ocidental e relator sobre o "Regulamento para combater as ameaças à saúde transfronteiriça e a proposta legislativa para alterar o mandato do Centro Europeu de Controlo de Doenças (CECD)", afirmou: "O RCO acredita que as regiões devem ser plenamente envolvidas a nível político na elaboração e implementação destes planos. Apelamos à introdução de instrumentos eficazes de coordenação entre as regiões fronteiriças, incluindo as das fronteiras externas da UE, e propomos a criação de grupos de contacto inter-regionais e transfronteiriços. Além disso, os representantes do RAM, enquanto instituição que representa as autoridades locais e regionais de todos os países da União Europeia, devem ser envolvidos como observadores no trabalho de equipas, comités e grupos de trabalho criados a nível da UE para lidar com emergências de saúde pública, em particular o Comité Consultivo para as Emergências de Saúde Pública."

Noutras recomendações contidas nos três pareceres, o RC deu apoio provisório à ideia de uma nova Autoridade Europeia de Preparação e Resposta em Emergências de Saúde e instou a Comissão Europeia a apresentar propostas mais "concretas" e "robustas" para reforçar a segurança do fornecimento de medicamentos, baseando-se nas necessidades e experiências dos níveis local e regional. Apelou igualmente para que as propostas da Comissão sublinhassem as preocupações em segurança dos dados. O apoio do COR às revisões do mandato do CECD sublinha a necessidade de um processo associado de reforço de capacidades – por exemplo, de infraestruturas digitais e de telemedicina – e de atenção ao potencial da cooperação internacional nas regiões fronteiriças.

Na sessão plenária realizada online, o Comité Europeu das Regiões adotou também um parecer sobre as experiências e lições aprendidas pelas regiões e cidades durante a crise covid-19 e uma resolução sobre a livre circulação durante a pandemia COVID-19 (Digital Green Certificate) e o aumento da produção de vacinas. A resolução inclui um apelo à "suspensão temporária de patentes de medicamentos e tecnologias médicas para tratar ou prevenir infeções COVID-19". As recomendações no parecer sobre as lições aprendidas com a crise – elaboradas por Joke Schauvliege (BE/PPE), membro do Parlamento flamengo – também abrangeram aspetos não médicos da crise, com especial enfoque nas experiências das regiões rurais e periféricas.

Este parecer, solicitado pela Comissão Europeia, contribuirá para um relatório que a Comissão Europeia está a preparar para o Conselho da União Europeia, a instituição em que os ministros nacionais de cada país da UE se reúnem para aprovar leis e coordenar políticas.

No seu primeiro Barómetro Local e Regional, divulgado em outubro de 2020, o Comité Europeu das Regiões encontrou diferenças muito significativas na prestação de cuidados de saúde entre regiões da UE e também entre regiões do mesmo Estado-Membro. Um inquérito realizado no âmbito do Barómetro Anual Local e Regional concluiu que os europeus confiam mais nas autoridades regionais e locais do que confiam na UE ou no seu governo nacional, e que acreditam que conceder uma maior influência às autoridades regionais e locais teria um impacto positivo na capacidade da UE para resolver problemas. A saúde era o domínio em que os europeus mais gostariam de ver as autoridades regionais e locais exercerem mais influência nas decisões tomadas a nível da UE.

Ensaios clínicos com resultados promissores
Vários ensaios clínicos têm sido realizados para perceber o efeito do transplante de células mesenquimais no tratamento do LES...

Embora vários estudos apontem para as potencialidades terapêuticas das células mesenquimais do cordão umbilical, alguns dos mecanismos subjacentes permanecem desconhecidos. Como tal, várias linhas de investigação são conduzidas com o objetivo de os perceber. Exemplo disso foi o estudo levado a cabo pela equipa de Zhuoya Zhang, apresentado em 2019, que avaliou o efeito das células mesenquimais do cordão umbilical no LES, revelando que tais células apresentam a capacidade de induzir a eliminação de células apoptóticas (células mortas) e, portanto, induzir imunossupressão.

Também a segurança da terapêutica com recurso a células mesenquimais é de igual importância, sendo realizadas investigações nesse sentido. É o caso do estudo apresentado por Liang e a sua equipa, em 2018, em que 404 doentes com patologia autoimune (Lúpus Eritematoso Sistémico, Síndrome de Sjögren e Esclerose Sistémica) foram tratados com infusões de células mesenquimais provenientes da medula óssea e maioritariamente do cordão umbilical. A conclusão foi que a infusão deste tipo de células é uma terapia segura para pessoas com doenças autoimunes, já que a taxa de mortalidade relacionada ao transplante foi de apenas 0,2% .

Segundo Andreia Gomes, responsável pela unidade de Investigação e Desenvolvimento (I&D) do banco de tecidos e células estaminais BebéVida, “a terapia atualmente usada para o tratamento do LES tem como objetivo a indução da remissão. São usados fármacos anti-inflamatórios, corticosteróides – devido às suas propriedades anti-inflamatórias, que constituem o pilar do tratamento de várias doenças autoimunes sistémicas –, imunossupressores, entre outros”. 

No entanto, caraterísticas como a baixa imunogenicidade (ausência de administração de imunossupressores para infusão), a capacidade de “homing” (migração para os locais de inflamação após infusão), e principalmente as propriedades imunomodulatórias (que conferem um ambiente anti-inflamatório), associadas à segurança da sua infusão, fazem das células mesenquimais do tecido do cordão umbilical uma significativa opção terapêutica para doenças autoimunes como o LES.

O LES é uma doença crónica e multissistémica caraterizada por anormalidades nas células T e B e pela produção de anticorpos contra componentes do próprio organismo que podem causar lesões em diversos órgãos. Em aproximadamente 75% dos casos, o início da patologia ocorre entre os 16 e os 49 anos, mas a doença pode também ocorrer em crianças ou em indivíduos com mais de 65 anos. A sua evolução é incerta, podendo apresentar-se constante durante vários anos ou evoluir rapidamente intercalando-se com períodos de remissão. A manifestação clínica é variável de doente para doente. Na maioria dos casos apresentam-se manifestações cutâneas e/ou articulares (90%). Alguns doentes podem apresentar manifestações de maior gravidade, tais como alterações renais (37%) ou neuropsiquiátricas (18%).

Cimeira Social da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia
O impacto da pobreza deve ser reconhecido como um fator maior de risco para a saúde e a melhor forma de reduzir a diabetes e...

“Garantir condições de habitação e de transporte condignas, emprego e salários justos são fatores críticos do combate à diabetes e à grande maioria das doenças crónicas a par do acesso a uma alimentação adequada e oportunidades para a prática de atividade física. Estes são passos determinantes para promover uma melhor saúde e bem estar para milhões de cidadãos e consequentemente menos pobreza. Estudos já evidenciaram que a baixa escolaridade e fatores sociais como o desemprego, baixos salários ou o isolamento social influenciam o aumento do número de pessoas diagnosticadas com diabetes”, explica José Manuel Boavida, presidente da APDP.

“Os determinantes sociais da saúde são hoje considerados por todos como os principais fatores modificáveis de risco da grande maioria das doenças crónicas. Os determinantes das doenças crónicas costumam ser identificados como modificáveis e não modificáveis. Entre os últimos encontramos a idade, o sexo e a genética. Nos primeiros, salientamos a pobreza nas suas múltiplas vertentes”, afirma o especialista.

Ao saber da realização da Cimeira Social pela Presidência Portuguesa da União Europeia, no ano em que a pandemia veio comprovar que a saúde tem de estar contemplada em todas as políticas, a Federação Internacional da Diabetes – Região Europa (IDF Europa) e a APDP procuraram, sem sucesso, introduzir o tema da saúde e a sua relação com a pobreza.

“Enquanto instituição nascida para “proteger os pobres” (o nome inicial da APDP era o de Associação Protectora dos Diabéticos Pobres), continuamos a atuar junto dos mais desfavorecidos porque é principalmente junto desta população que a diabetes mais cresce. No atual contexto de crise sanitária, social e económica em que vivemos, esta é uma realidade que deveria obrigar-nos a refletir e a desenvolver programas efetivos de combate à diabetes, fazendo a diferença na vida das pessoas”, conclui o presidente da APDP.

 

Composto por matérias primas 100% biodegradáveis e naturais
Com a chegada da época balnear, as preocupações com o tratamento dos areais aumentam e perante o contexto pandémico, estas...

Nos meses de verão, a elevada afluência de pessoas nas praias aumenta o risco de contaminação cruzada, pelo que é crucial garantir proteção e esterilização das mesmas através da utilização de produtos eficazes e economicamente viáveis.

Deste modo surge o Vircov Sun, uma solução desinfetante biocida que permite atuar nas quatro maiores origens das doenças: germes, fungos, bactérias e vírus. Neste sentido, este produto de carater bactericida e fungicida destrói de forma rápida e eficaz os microrganismos de várias estirpes, como é o caso do SARS-CoV2 (Covid-19), contribuindo para o controlo e contenção pandémica nas praias.

Composto exclusivamente por matérias primas 100% biodegradáveis e naturais, o Vircov Sun é inócuo para pessoas e animais, podendo ser aplicado com toda a segurança, sem originar danos prejudiciais no meio ambiente.

A utilização desta solução pode ser feita via pulverização, atomização ou nebulização. Com apenas uma aplicação, o Vircov Sun permite que exista um efeito residual que subsiste no tempo e a sua vertente de diluição torna este produto mais rentável e viável a nível económico, quando comparado a outros virucidas.

 

Ação de sensibilização
A Associação de Doentes com Lúpus (ADL) irá promover de 10 a 25 de maio a 5ª corrida solidária com o objetivo de sensibilizar...

De acordo com Rita Mendes, da direção da ADL, “a situação que vivemos atualmente tem sido particularmente difícil e é por isso fundamental conseguir o envolvimento da sociedade na procura de soluções. Queremos assinalar o Dia Mundial do Lúpus através da sensibilização para a doença que ainda é desconhecida de muitos e em que o diagnóstico precoce é fundamental. Este ano, e apesar das restrições impostas pela pandemia, queremos juntar o maior número possível de participantes para juntos “corrermos com o lúpus”. O valor reunido com a iniciativa destina-se a ajudar o maior número possível de doentes”.

A inscrição na corrida, assim como mais informações sobre a iniciativa poderão ser consultadas em xistarca. Durante o período que decorre a prova, que será virtual face à pandemia, os participantes irão tentar acumular o número máximo de quilómetros, caminhando ou correndo. No final, deverão partilhar a distância e o tempo da prova. As classificações serão atribuídas de acordo com o número de quilómetros percorridos.

Ao longo do mês de maio a ADL vai ainda organizar três sessões de esclarecimento destinadas aos doentes. As sessões serão dedicadas às principais preocupações dos doentes em tempo de pandemia, como a vacinação e infeção por SARS-CoV2.  Irão acontecer nos dias 10, 17 e 24 de maio e podem ser acompanhados através da página de Facebook da associação.

 

Boletim Epidemiológico
Nas últimas 24 horas, registaram-se cinco mortes associadas à Covid-19 e mais 373 novos casos de infeção. Os internamentos...

Segundo o boletim divulgado, há cinco mortes assinalar em todo o território português, desde ontem: três na região de Lisboa e Vale do Tejo e duas na região Centro.  As restantes regiões do país, inclusive as regiões Autónomas da Madeira e Açores, não têm mortes a lamentar.

Quanto ao número de novos casos, o boletim epidemiológico divulgado hoje, pela Direção Geral da Saúde, mostra que foram diagnosticados 373 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 106 novos casos e a região norte 181. Desde ontem foram diagnosticados mais 32 na região Centro, 10 no Alentejo e 12 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, no arquipélago da Madeira foram identificadas mais 16 infeções e nos Açores 16.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 283 doentes internados, mais um caso que ontem. As unidades de cuidados intensivos contam agora com menos seis doentes internados. Atualmente, estão em UCI 77 pessoas.

O boletim desta quinta-feira mostra ainda que, desde ontem, 538 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 798.952 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 22.535 casos, menos 170 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância menos 713 contactos, estando agora 22.010 pessoas em vigilância.

 

E Portugal existem cerca de 200 mil pessoas com demência
O Torreshopping, centro comercial da cidade de Torres Novas, juntou-se à Alzheimer Portugal para a antestreia do filme “O Pai”,...

“O Pai” é um dos filmes que marca 2021 e o regresso aos cinemas. Galardoado com dois Óscares pela Academia, Melhor Argumento Adaptado e de Melhor Ator, o filme do reconhecido dramaturgo Florian Zeller conta com a participação de Olivia Colman e Anthony Hopkins nos principais papeis. Numa história intensa e real, a narrativa desenvolve-se em torno de uma figura paterna, que sofre de demência, apesar de achar que não precisa de cuidados, e de uma filha que sente “na pele” o que é a preocupação de, aos poucos, perder o pai.

Joaquina Romão, Diretora do Torreshopping, afirma que “o Alzheimer é uma das doenças que mais afeta a nossa população idosa. O filme “O Pai” é um exemplo perfeito de como a realidade pode ser tão bem retratada e projetada nas nossas salas de cinema, pelo que achámos importante fazer a ligação entre as Associações que trabalham esta doença diariamente e as famílias que, por vezes, não sabem onde recorrer para obter informação e apoio”

Dados da Associação Alzheimer Portugal estimam que exista em Portugal cerca de 200 mil pessoas com demência. Este é um dos principais sintomas de doenças neurodegenerativas, onde se encaixam a Doença de Parkinson e a Alzheimer. Fundada em 1988 a Alzheimer Portugal é a única organização em Portugal, de âmbito nacional, constituída especificamente para promover a qualidade de vida das pessoas com Demência e dos seus familiares e Cuidadores.

A iniciativa de antestreia decorre no âmbito da campanha #váaocinema, promovida pelos Cinemas Castello Lopes, que traz até às mais de trinta salas de cinema grande êxitos da edição de 2021 dos Óscares como “O Pai”, “Nomaland: Sobreviver na América” ou “Mais uma Rodada”.

Cancro do ovário: um testemunho na primeira pessoa
O cancro de ovário é o quinto tipo de cancro mais comum em mulheres e a quarta causa mais comum de m

O cancro do ovário é diagnosticado geralmente após os 50 anos. Mas, há exceções. Ana Cristina Melo, 35 anos, é uma dessas exceções. Tinha apenas 31 anos quando lhe foi diagnosticado cancro do ovário. Submetida a cirurgia e quimioterapia, um novo tumor/recorrência foi detetado cerca de um ano depois, obrigando a mais quimioterapia e radioterapia. Por ter história familiar de cancro e pela idade jovem ao diagnóstico, foi efetuado um estudo genético que confirmou predisposição familiar para cancro hereditário – Síndrome de Lynch. 

A Ana está neste momento em vigilância e sem evidência de doença. A recorrência do tumor, em vez de a desanimar, deixou-a ainda com mais forças para enfrentar a doença. “Estava farta desta doença que não me queria largar. Fazia-me lembrar uma pastilha na sola do sapato. Mas só me deu mais força. Já tinha a experiência anterior e pensei para mim mesma: não és tu que vais vencer, não és tu que ditas as regras da minha vida”, afirma Ana Cristina Melo. 

Foi essa força que lhe deu mais esperança e ânimo para encarar mais uma batalha. “Não vou ficar agarrada ao medo dessa probabilidade. Tenho de acreditar que vou sempre conseguir, que vou ter um desfecho positivo e acreditar na equipa médica que está ao meu lado”, explica. Apesar disso, confessa que nem sempre teve um espírito elevado. O confronto com o diagnóstico foi difícil, sobretudo porque tinha muitos projetos e sonhos em mente, incluindo o da maternidade. “É uma notícia que ninguém quer receber. Temos toda uma série de projetos que, de repente, começam a ruir. Quando ouvimos a palavra cancro abre-se um fosso e toda a nossa perspetiva de futuro muda completamente”, revela. 

Ultrapassado o embate inicial, conta que aprendeu a dar “um passinho de cada vez” e a gerir toda a frustração, tristeza e angústia para encontrar forças para lutar contra uma doença que lhe queria roubar a vida. Aprendeu que os projetos podem não ser sonhos para sempre desfeitos, mas adaptados à nova condição. Aprendeu também a separar o importante do acessório e a preocupar-se mais consigo mesma, com o tempo em família e com os amigos.  

Por isso, deixa uma mensagem a todas as mulheres, jovens ou menos jovens, porque há casos que escapam à norma: “se o corpo estiver a dar sinais de que algo está errado peçam ajuda, tentem informar-se, peçam exames.  

Ana Cristina Melo lembra que “o cancro é uma doença que não espera, é evolutivo, e que quanto mais cedo for diagnosticado melhor será o prognóstico”. E, por isso, apela: “não fiquem com medo; ficar com medo é deixar o tempo passar e permitir que a doença nos vença”. 

 Fatores de risco estão identificados

De acordo com Cristiana Pereira Marques, a causa exata do cancro de ovário permanece desconhecida, mas muitos fatores de risco estão identificados, entre os quais estão a obesidade, menarca precoce, menopausa tardia, baixo número de gestações e a história familiar. Cerca de 10-20% dos cancros do ovário associam-se a uma síndrome de predisposição familiar para o cancro, como é o caso da Ana Cristina Melo. 

Também foram identificados fatores protetores de cancro do ovário, como o uso de anticoncecional oral, laqueação de trompas de Falópio e a amamentação. “O cancro do ovário constitui um desafio diagnóstico, pois não existe um método de rastreio validado na população e os sintomas são frequentemente tardios. Nos últimos anos, surgiu uma nova classe de fármacos, que revolucionou o tratamento do cancro do ovário”, refere a médica oncologista. 

Esteja atenta aos sinais

O cancro do ovário, que atinge sobretudo mulheres após os 50 anos, é um tipo de neoplasia que tem origem nos tecidos ováricos, onde são formados os óvulos e produzidas as hormonas femininas. Os sintomas são, geralmente, inespecíficos e tardios, daí a importância de serem mantidas rotinas médicas.

No entanto, existem sinais/sintomas que devem motivar avaliação médica como a distensão abdominal persistente, o enfartamento precoce, a perda de apetite, a dor abdominal, sintomas urinários (frequência ou urgência urinária), a alteração do trânsito intestinal (diarreia ou obstipação), fadiga extrema ou perda de peso.

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Evento conjunto P-BIO e EuropaBio a 10 de maio
A Associação Europeia de Bioindústrias (EuropaBio) e a Associação Portuguesa de Bioindústria (P-BIO) organizam, a 10 de maio, o...

A crise da COVID-19 possibilitou a criação de caminhos de desenvolvimento rápido de tecnologia, incluindo parcerias, investimentos e aprovações, para permitir a entrega mais rápida de biotecnologias ao mercado. Embora essa tenha sido uma escala e velocidade únicas e sem precedentes para o desenvolvimento de vacinas, este exemplo mostra que a biotecnologia pode atuar de forma rápida e robusta para ultrapassar grandes desafios mundiais, não apenas ligados à saúde, mas também ao desenvolvimento sustentável. Este evento pretende analisar a resposta do setor da biotecnologia à crise da COVID-19 e discutir como é que a Europa pode continuar este impulso em todos os setores e garantir uma posição global mais competitiva.

Iniciativas como a Autoridade Europeia de Preparação e Resposta a Emergências de Saúde (HERA), a Estratégia Industrial Europeia e o Plano de Ação para a Economia Circular são alavancas para o desenvolvimento das bioindústrias e serão abordadas neste evento. Do evento surgirá um documento de posição da EuropaBio, que servirá de roteiro à construção de iniciativas e políticas que potenciem a biotecnologia e que permitam reforçar a competitividade e a liderança da economia na Europa a partir de políticas e ações nacionais alinhadas e ambiciosas.

Claire Skentelbery, Diretora Geral da EuropaBio, afirma que “a Europa tem um motor poderoso para garantir uma maior competitividade, através dos seus países membro e parceiros no continente. Esta reunião reflete prioridades e capacidades de países de todos os tamanhos na Europa e ajuda a garantir que todos progridamos juntos”.

Filipa Sacadura, Secretária Geral da P-BIO, acrescenta que “o setor da biotecnologia em Portugal está em franco crescimento e é fundamental ter políticas e incentivos que potenciem a participação das empresas biotecnológicas portuguesas nas parcerias globais. Esta reunião permitirá alinhar as prioridades nacionais para continuar a construir o poder económico da biotecnologia no futuro”.

 

 

3ª Semana da Hipertensão entre 16 a 24 de maio
A Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH) assinala a partir de 16 de maio a 3ª Semana da Hipertensão tendo em conta os...

As atividades online previstas passam por webinares temáticos em formato digital através de plataformas web que permitem esclarecer dúvidas, orientar na prática do exercício físico e de uma alimentação adequada. A SPH quer desconstruir mitos relacionados com o dia-a-dia de um doente hipertenso, incentivar a atividade física regular e uma alimentação saudável com baixo teor de sal. E relembrar a importância de cumprir a toma da medicação prescrita.

Luís Bronze, presidente da SPH refere que “a hipertensão é apropriadamente apelidada de ‘doença silenciosa’, não tem sintomas, não se manifesta e, em grande parte dos casos, só é detetada quando é ativamente avaliada. Está intrinsecamente ligada a doenças cardiovasculares graves, como o acidente vascular cerebral ou o enfarte do miocárdio – entidades clínicas prevalentes, associáveis quer a mortalidade aguda, quer a incapacidade crónica. A Hipertensão Arterial já é uma pandemia, a única diferença, em relação à pandemia em que atualmente vivemos, é a de que o contágio não depende de um vírus agressivo. O contágio é cultural, mas tem, como é reconhecido, dimensões virais e semelhante perigosidade”.

Durante a Semana da HTA assinala-se o Dia Mundial da Hipertensão a 17 de maio, promovido mundialmente pela World Hypertension League com o objetivo de aumentar a consciencialização sobre a HTA em toda a população no mundo. Este ano a tónica é ‘Meça sua pressão arterial, controle-a, viva mais’.

 

Estudo
Um tratamento experimental com anticorpos monoclonais contra o Covid-19, desenvolvido por Eli Lilly e AbCellera Biologics, pode...

O anticorpo - conhecido como LY-CoV1404 ou LY3853113 - funciona aderindo a um lugar no vírus que mostre poucos sinais de mutação, o que significa que o fármaco é suscetível de permanecer eficaz ao longo do tempo, notam os investigadores num relatório publicado na passada sexta-feira na bioRxiv antes da revisão pelos pares.

"Novos tratamentos resistentes à variante, como o LY-CoV1404, são desesperadamente necessários, uma vez que alguns dos anticorpos terapêuticos existentes são menos eficazes ou ineficazes contra certas variantes e o impacto das variantes na eficácia da vacina ainda não é bem conhecido", escreveu a equipa de investigação.

Um porta-voz da AbCellera disse que a empresa planeia publicar informações sobre testes na próxima terça-feira.

Estas são as conclusões preliminares de um dos mais recentes estudos científicos sobre o novo coronavírus e os esforços para encontrar tratamentos e vacinas para o Covid-19, a doença causada pelo vírus.

Detetados anticorpos um ano após da infeção

Segundo a informação publicada no jornal El Mundo, alguns sobreviventes de Covid-19 ainda têm anticorpos detetáveis para o vírus, um ano depois de teres sido infetados.

Num estudo realizado nos EUA, os médicos recolheram amostras de sangue de 250 pacientes, incluindo 58 que tinham sido hospitalizados por Covid-19 e 192 que não tinham exigido hospitalização.

Entre seis a dez meses após o diagnóstico, todos os antigos doentes hospitalizados e 95% dos doentes externos ainda tinham anticorpos neutralizantes, de acordo com um relatório publicado domingo na medRxiv.

No pequeno subgrupo dos que foram seguidos durante um ano inteiro, 8 em cada 8 pessoas que tinham sido hospitalizadas ainda tinham anticorpos, assim como 9 em 11 ex-pacientes externos.

Os investigadores relataram ainda que a idade mais avançada estava ligada a níveis mais elevados de anticorpos neutralizantes, enquanto os níveis eram "mais baixos e variáveis" nos participantes com menos de 65 anos que experimentaram o Covid-19 menos grave e não necessitaram de hospitalização.

Disseram que a vacinação dos sobreviventes da Covid-19 seria "prudente" porque a proteção induzida pela vacina contra o vírus é suscetível de ser mais duradoura do que os anticorpos leves induzidos pela Covid-19.

Vacina contra a Covid-19
O Reino Unido vai oferecer a todos os maiores de 50 anos uma terceira injeção da vacina Covid-19 no próximo outono, numa...

Segundo o jornal, os ensaios para a realização desta proposta funcionam de duas formas, supervisionadas por Chris Whitty, Diretor Médico de Inglaterra.

A primeira consiste em vacinas especificamente modificadas para fazer face às novas variantes.

A segunda é uma terceira injeção de uma das três versões das vacinas coronavírus já administradas: Pfizer-BioNTech, Oxford-AstraZeneca ou Modern, acrescenta o jornal britânico.

Um total de mais de 34,6 milhões de pessoas na Grã-Bretanha receberam uma primeira dose da vacina Covid-19, de acordo com as estatísticas do governo de Boris Johnson.

A Grã-Bretanha, que tem uma população de 67 milhões de habitantes, tem acordos para mais de 510 milhões de doses de oito vacinas Covid-19 diferentes, algumas das quais ainda estão em desenvolvimento.

O ministro da Saúde, Matt Hancock, disse na semana passada que a Grã-Bretanha vai comprar mais 60 milhões de doses da vacina Pfizer/BioNTech, num acordo que duplica o fornecimento de vacinas antes de um programa de reforço a realizar este ano.

A Grã-Bretanha ordenou agora um total de 100 milhões de doses da vacina Pfizer, uma das três vacinas Covid-19 aplicadas no país.

 

 

Laboratório de Patologia Clínica
Laboratórios que processam cerca de 2.000 a 5.000 testes por dia podem finalmente aproveitar os benefícios da Automação Total...

A Beckman Coulter, líder na área de diagnóstico clínico, anunciou hoje o lançamento em Portugal de uma solução de automação de fluxos de trabalho desenhada para funcionar em laboratórios de volume médio que executam menos que 5.000 testes por dia.

O laboratório de patologia clínica superou em 2020 o maior teste à sua capacidade de resposta, onde a testagem total chegou a atingir os 245% dos volumes normais de trabalho tendo sido mais de 55% desse aumento correspondente a testes moleculares do SARS-CoV-2i. Apesar das vacinas, muitos participantes da indústria sugerem que os volumes de testes da SARS-CoV-2 não serão afetados a curto prazo e a demanda de testes relacionados com a COVID-19 continuará por 2021 e potencialmente até 2022. Isto significa que a enorme pressão no que toca ao volume de testes laboratoriais irá continuar.

Todos os Laboratórios independentemente dos diferentes volumes de trabalho estão a enfrentar os mesmos desafios: escassez de técnicos e pessoal de laboratório especializado, as “históricas” pressões financeiras dos hospitais e dos sistemas de saúde e para além disto tudo ainda um enorme desgaste físico e psicológico de todos os profissionais v - um problema pré-pandémico que foi claramente exacerbado. Desafortunadamente até agora, as soluções TLA usadas nos laboratórios que processam grandes volumes de amostras estavam fora do alcance de laboratórios de menor volume, normalmente devido a requisitos de espaço e restrições de infraestrutura.

“Quando olhamos para a automação dos nossos laboratórios, é um ato de equilíbrio entre a capacidade de processamento do sistema, o menu de teste e a pegada do sistema. No Harrogate District Hospital, sabíamos que um grande sistema automatizado seria demasiado grande e excessivo, e um sistema autónomo não nos fornece o fluxo de trabalho simplificado que desejamos. O que precisávamos era de um sistema de automação compacto que reduzisse o número de passos, exigindo o mínimo de intervenção humana e gerasse um resultado válido à primeira passagem para que nossos profissionais de laboratório não tivessem de mover amostras, mas realizassem as preciosas tarefas científicas para as quais são treinados", disse Afruj Ruf, managing director na Integrated Pathology Solutions LLP, Airedale NHS Foundation Trust na Inglaterra. "Desde a sua pegada compacta e minimizando o trabalho manual em 80%, até o routing inteligente que garante que os nossos utentes em estado crítico obtenham resultados mais rápido do que utentes de rotina, o DxA 5000 Fit funcionou na perfeição para nós".

Num inquérito elaborado foi pedido a diretores, administradores e gestores de laboratórios que identificassem os principais desafios enfrentados pelos laboratórios hospitalares. Os resultados mostraram que a equipa (26%) e o tempo de resposta (23%) foram identificados como as principais prioridades. A automação desempenha um papel fundamental em ajudar a resolver muitos desses problemas, ao mesmo tempo que permite que funcionalidades preciosas se concentrem em tarefas clínicas de elevado valor - isto provou ser particularmente verdade durante a pandemia da COVID-19.

“Para os grandes laboratórios, as cadeias laboratoriais são uma realidade hoje. No entanto, para laboratórios médios como o nosso, que processam menos de 4.000 testes por dia, soluções abrangentes de automação do fluxo de trabalho não têm sido uma opção”, disse Susan Enciso, System Supervisor of Chemistry da Excela Health nos Estados Unidos. “A solução do DxA 5000 Fit da Beckman Coulter é a solução certa para nós. Tem um design flexível que é importante num laboratório como o nosso onde o espaço é um bem precioso e reduz os passos manuais do processo em cerca de 80%, ajudando-nos a dar resposta às necessidades, não só as sem precedentes que surgiram com o COVID-19 assim como com as que já existiam com os testes de rotina e urgência”.

Com esta solução, os laboratórios médios podem, entre outras vantagens, desfrutar dos mesmos benefícios dos laboratórios de maior volume.

A Automação completa do fluxo de trabalho permite reduzir até 80% das etapas manuais através da automação pré-analítica, analítica e pós-analítica, reservando os preciosos recursos humanos do laboratório para executar trabalho clínico de maior valor.

Por outro lado, dispõe de roteamento inteligente com planeamento de rota calculado dinamicamente, um TAT consistentemente baixos e sempre com STATs prioritários que permite aplicar a capacidade de entregar resultados urgentes ainda mais rapidamente, e um design flexível que facilmente pode ser adaptado para atender às restrições de espaço e infraestrutura de um laboratório médio.

FDA espera dar uma resposta em breve
A Pfizer e a BioNTech disseram esta quarta-feira que a Health Canada alargou a autorização para a vacina COVID-19 BNT162b2 para...

Espera-se também que a FDA autorize o BNT162b2 para os 12-15 anos até à próxima semana, enquanto um processo, recentemente, apresentado aos reguladores da UE está a ser revisto no âmbito de uma avaliação acelerada.

A Health Canada baseou a sua decisão em dados de um ensaio pediátrico da Fase III que inscreveu 2260 adolescentes entre os 12 e os 15 anos nos EUA. Os resultados mostraram que o BNT162b2 produziu "respostas robustas de anticorpos", sem casos de COVID-19 entre adolescentes vacinados, contra 18 entre os que receberam placebo. Os efeitos colaterais também eram geralmente consistentes com os observados em pessoas dos 16 aos 25 anos de idade.

Proteção a tempo para o próximo ano letivo

"O departamento determinou que esta vacina é segura e eficaz quando usada nesta faixa etária mais jovem", comentou Supriya Sharma, assessora sénior do ministério federal do Canadá. Disse que cerca de um quinto de todos os casos de COVID-19 no país ocorreram em crianças e adolescentes, notando que, embora a maioria não seja doença grave, uma vacina também ajudaria a proteger os seus amigos e familiares que podem estar em maior risco de complicações.

Entretanto, Fabien Paquette, que lidera a divisão de vacinas na unidade da Pfizer no Canadá, classificou a autorização alargada como "um passo significativo" para ajudar o país a alargar o seu programa de vacinação e "proteger os adolescentes antes do início do próximo ano letivo". A Pfizer e a BioNTech iniciaram recentemente mais um ensaio pediátrico da BNT162b2, envolvendo crianças menores de 12 anos, com uma leitura de dados prevista para o segundo semestre deste ano.

 

Proposta apresentada pelo Estado não garante a sustentabilidade financeira do projeto
O Grupo Lusíadas Saúde comunicou hoje ao Governo que não vai participar no novo concurso para a Parceria Público-Privada (PPP)...

Esta decisão surge depois de uma análise detalhada e exaustiva de toda a documentação e do modelo proposto, tendo o Grupo concluído que não estavam reunidas as condições para continuar o excelente trabalho feito pelas suas equipas nos últimos 12 anos no Hospital de Cascais.

O Grupo consultou várias entidades para preparar a sua candidatura e todas concluíram que a proposta apresentada pelo Estado não garante a sustentabilidade financeira do projeto. De acordo com essas entidades que fizeram estudos e projeções para o grupo, as condições propostas não cobrem a estrutura de custos prevista, prevendo-se a ocorrência de prejuízos crescentes, a partir de 2023, em todos os anos subsequentes da concessão, não sendo possível atingir a sustentabilidade da operação em nenhuma das situações simuladas.

O Grupo mantém a sua intenção de continuar a investir em Portugal assumindo-se como grupo de referência no setor da saúde. Apesar dos fortíssimos impactos negativos provocados na economia pela Covid-19, e muito especialmente na área da prestação de cuidados de saúde, o Grupo Lusíadas manteve, nos anos de 2020 e 2021, um plano de investimento superior a 50 milhões de euros.

Vasco Antunes Pereira, CEO do Grupo Lusíadas, sublinha “que o Grupo tinha interesse em concorrer, e em continuar o projeto, mas tendo em consideração as condicionantes do modelo proposto, no presente concurso, não conseguimos construir uma proposta sustentável que assegure a qualidade e excelência de cuidados que pautam a atuação do Grupo. O nosso compromisso com o sistema nacional de saúde mantém-se, e queremos consolidar e expandir a nossa presença no mesmo”.

Nos últimos 12 anos o Grupo Lusíadas transformou o Hospital de Cascais numa referência a nível nacional e internacional. Este ano, por exemplo, foi considerada a unidade de saúde portuguesa com melhor desempenho global, na sua categoria, pela consultora IASIST, recebendo ainda o galardão de excelência clínica na totalidade das áreas avaliadas.

A esta distinção somou-se o reconhecimento da Federação Internacional dos Hospitais que colocou o Hospital de Cascais numa lista de 103 instituições, a nível mundial, que prestaram serviços de excelência no combate à pandemia de Covid-19.

De acordo com estudos feitos por instituições governamentais, universidades e reguladores do sector, os hospitais em parceria público-privada, quando comparados com os hospitais públicos, apresentam melhores resultados. A gestão em PPP do Hospital de Cascais poupa atualmente ao Estado português 17,5 milhões de euros por ano.

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