Evento
XIII Encontro do Dia Internacional da Família, amanhã, por videoconferência, é coorganizado pela Sociedade Portuguesa de...

Dois temas principais vão nortear o XIII Encontro do Dia Internacional da Família que a Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) vai organizar, amanhã (15 de maio), e que, nesta edição, conta com a parceria da Sociedade Portuguesa de Enfermagem de Saúde Familiar (SPESF): “A família como unidade de cuidados: perspetiva multidisciplinar” e “Políticas para a sustentabilidade da saúde familiar”.

A sessão de abertura decorre pelas 10h30, com as intervenções da Presidente da ESEnfC, Aida Cruz Mendes, da presidente da SPESF, Maria Henriqueta Figueiredo, da presidente da Mesa da Assembleia Regional da Secção Regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros, Ana Paula Morais, e dos presidentes do Conselho Técnico-Científico e do Conselho Pedagógico da ESEnfC, respetivamente Paulo Queirós e Rogério Rodrigues.

A partir das 11h30, falarão sobre “A família como unidade de cuidados: perspetiva multidisciplinar”, Marlene Lebreiro (enfermeira de Família do ACES Porto Ocidental), João Rodrigues (médico de Medicina Geral e Familiar do ACES Baixo Mondego), Silvana Marques (enfermeira especialista em Enfermagem Comunitária na UCC do ACES Baixo Vouga), Liliana Conceição (psicóloga clínica do ACES Alto Tâmega e Barroso) e Ana Sofia Jesus (assistente social do ACES Pinhal Litoral).

Já no período da tarde (14h30), e para discutirem “Políticas para a sustentabilidade da saúde familiar”, foram convidados a diretora da Segurança Social do Centro Distrital de Coimbra do Instituto da Segurança Social, Manuela Veloso, a presidente da Administração Regional de Saúde do Centro, Rosa Reis Marques, o presidente da Câmara Municipal de Coimbra, Manuel Machado, a presidente do Colégio de Especialidade de Enfermagem Comunitária da Ordem dos Enfermeiros, Clarisse Louro, a coordenadora da Unidade Científico-Pedagógica (UCP) de Enfermagem de Saúde Pública, Familiar e Comunitária (da ESEnfC), Clarinda Cruzeiro, e a presidente da SPESF, Maria Henriqueta Figueiredo.

A sessão de encerramento está prevista para as 17h30, com a presença da presidente da Mesa da Assembleia Geral da SPESF, Manuela Ferreira, e do coordenador da Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem, João Apóstolo.

O Dia Internacional da Família é celebrado, anualmente, a 15 de maio, por proclamação da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, através da Resolução nº 47/237, de 20 de setembro de 1993, que pretendeu realçar os direitos e responsabilidades das famílias e alertar para as questões económicas, sociais e demográficas que influenciam a sustentabilidade familiar e social.

«As alterações políticas, demográficas e tecnológicas da sociedade, originaram mudanças na estrutura e configuração familiar que conduziram a novas necessidades de saúde. Novos desafios foram colocados aos profissionais de saúde dos Cuidados de Saúde Primários, pelo seu contributo na promoção da saúde familiar, enquanto sistema evolutivo e transformativo», sublinham as entidades organizadoras do encontro.

Por outro lado, notam os promotores da iniciativa, «a pandemia por COVID-19 impeliu as famílias, de forma imprevisível, a manterem um (re)equilíbrio entre a manutenção do seu funcionamento e a capacidade de darem respostas às necessidades individuais dos seus membros».

Mais informações sobre o XIII Encontro do Dia Internacional da Família estão disponíveis no endereço do evento na Internet (www.esenfc.pt/event/XIIIdiainternacionaldafamilia), ou podem ser solicitadas para o e-mail [email protected].

Vacina contra a Covid-19
Desde ontem que aqueles que têm mais de 55 anos podem fazer o agendamento para a vacinação contra a Covid-19, através do portal...

Deste modo, se utilizar o portal de autoagendamento, assim que escolher o local de vacinação, vai-lhe ser apresentada a primeira data disponível, podendo aceitá-la ou escolher uma outra que lhe seja mais conveniente. No caso de não haver vagas disponíveis, pode optar por ficar em lista de espera naquele ponto de vacinação ou escolher uma data, noutro local.

Posteriormente, receberá uma sms com a hora precisa em que será vacinado no dia e no ponto de vacinação escolhido.

De salientar que esta semana, o país atingiu a marca de quatro milhões de doses de vacinas administradas. De acordo com os últimos dados, foram administradas 2.980.170 primeiras doses e um milhão e 1.120.138 segundas doses.

 

Alguns concelhos recuam outros avançam no processo de desconfinamento
O Governo decidiu prolongar a situação de calamidade em todo o território continental até ao final do mês de maio, como medida...

Segundo a Ministra de Estado e da Presidência, os níveis de incidência da infeção desceram, embora o nível de transmissão, conhecido por Rt, tenha subido em alguns momentos.  “Quando olhamos para os níveis de incidência, comparando o início do processo de desconfinamento coma data mais recente, 12 de maio, assiste-se a um decréscimo muito significativo. Os níveis de incidência estão neste momento abaixo de 50 por cem mil habitantes a 14 dias, mais concretamente 48,7”, no entanto Mariana Vieira da Silva destacou, em conferência de imprensa, que o nível de transmissão (o Rt) era de 0,78 em 09 de março, “mas é neste momento de 0,92”.

“Isto faz com que o país, olhando para a matriz de risco definida, se encontre claramente num nível verde com uma evolução muito favorável. Neste sentido, temos condições para prosseguir um conjunto de medidas já aprovadas”, acrescentou.

Para já, e tendo em conta os dados divulgados, os concelhos de Arganil e Lamego vão recuar no processo de desconfinamento, enquanto os concelhos de Cabeceiras de Basto, Carregal do Sal e Paredes, bem como uma das freguesias de Odemira, vão avançar para a quarta fase de desconfinamento, tal como a generalidade do país.

 

Inserido no âmbito da Presidência Portuguesa do Conselho da UE
A Associação Europeia de Bioindústrias (EuropaBio) e a Associação Portuguesa de Bioindústria (P-BIO) organizaram o evento ...

Manuel Heitor, Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, referiu que é importante entendermos “o papel chave da ciência fundamental em articulação com a capacidade de construir, desenvolver e comercializar estes produtos e sistemas disruptivos”. Manuel Heitor referiu ainda a importância da criação de uma rede de associações nacionais, como é o caso da EuropaBio, sendo importante “promover essa diversidade”. “No caso português, a P-Bio tem sido provocadora e uma inspiração para a troca de ideias dos empreendedores”, promovendo “a evolução do setor da biotecnologia”, assinalou.

Claire Skentelbery, Diretora Geral da EuropaBio, abordou a importância da biotecnologia como uma força económica forte, inserida num ecossistema moldado por políticas complexas, sendo importante que a Europa planeie e meça os avanços no contexto global, de forma a que a biotecnologia atinja o máximo desempenho social e económico para o continente europeu. Claire Skentelbery destacou, ainda, que o setor da biotecnologia contribuiu para o crescimento de 1,8% na economia entre 2008 e 2018 e na criação de 933 500 empregos na Europa.

David Braga Malta, CEO da LiMM Therapeutics e vogal da direção da P-BIO, falou sobre o programa Bio-Saúde 2030, do qual é coordenador. O projeto criado pela P-Bio pretende posicionar Portugal como um centro de Investigação e Desenvolvimento em Biotecnologia e Ciências da Vida e um pilar estratégico da capacidade de produção na União Europeia (UE), tornando o nosso país na Fábrica da Europa para a Saúde. David Braga Malta referiu também que Portugal é um país propício para ocupar este lugar, devido a características próprias, como a capacidade da indústria; a excelência científica; inovação propiciada pela colaboração, incluindo a Academia; recursos humanos altamente qualificados; possibilidade de criação de equipas mais estáveis, já que, em Portugal, os colaboradores são, por norma, fiéis às empresas para as quais trabalham; qualidade de vida; posição geográfica.

Elke Grooten, Head of EU Relations da Novartis, referiu a parceria da Novartis com outras companhias farmacêuticas, no apoio à produção de vacinas e de tratamentos para a Covid-19, dando prioridade à luta contra a pandemia e procurando assegurar “o acesso contínuo dos medicamentos necessários”. Elke Grooten revelou que, antes da pandemia, havia uma produção total estimada de 5 mil milhões de vacinas no mundo para as diversas aplicações, mas que, em 2021, é esperado que a produção de vacinas contra a COVID-19 atinja um valor de 10 mil milhões de doses.

Sinan Atlığ, Regional President IDM do departamento de Vacinas da Pfizer, assinalou que “a Pfizer aprendeu a pensar como uma empresa de biotecnologia em resultado da sua parceria com a BioNTech”, referindo que viu mudanças no ritmo da tomada de decisões, como é o caso dos investimentos aprovados em tecnologia mRNA fora do coronavírus. Para Atlığ, tal mostra “a importância da colaboração precoce em I&D, e não apenas da colaboração em fases tardias”. Atualmente, a vacina produzida pela Pfizer e BioNTech chega a 91 países, com uma expectativa de distribuição de 2,5 mil milhões de doses para este ano. “Devemos criar um ambiente que permite o florescimento entre as empresas e a colaboração para responder à pandemia”, salienta.

Bruno Santos, Cofundador e CEO da Immunethep, referiu os principais desafios que empresas como a Immunethep enfrentam no processo de desenvolvimento: regulação; novos mecanismos; estabelecimento de correlações de proteção; o facto de investimentos farmacêuticos em prevenção (produtos de toma única) serem vistos como menos rentáveis do que as receitas recorrentes de tratamento. Já Kim Kjøller, CEO da UNION Therapeutics, assinalou que, apesar de as vacinas serem o instrumento chave contra o vírus, não têm 100% de eficácia e é preciso pensar noutras formas de combater a Covid-19. Kjøller considera, ainda, que seria importante a União Europeia ajudar as pequenas e médias empresas em processos tardios do desenvolvimento.

Simão Soares, Presidente da P-Bio, esteve presente no painel final e salientou que “temos de pensar além das vacinas. Vimos uma disrupção das cadeias de distribuição e não apenas com temas relacionados com saúde”, aludindo à importância da “colaboração entre academia, startups e grandes empresas”. Simão Soares referiu ainda que “é importante entender que biotecnologia tem as suas próprias especificidades. Os mecanismos para movimentar os fundos estruturais precisam de ter em conta a forma como a biotecnologia se desenvolve”. “É preciso pensar além de Portugal e ter em conta a Europa como o nosso mercado, de forma a acelerar colaborações entre empresas de diferentes países”, destacou. Chloe Evans (Market Research Manager & International Relations da France Biotech), Hanne Mette Dyrlie Kristensen, (CEO da empresa norueguesa The Life Science Cluster) e Agne Vaitkeviciene (Executive Director da Lithuanian Biotechnology Association) completaram o painel que juntou a perspetiva de diferentes associações europeias.

A partir deste evento, surgirá um documento com a posição da EuropaBio e que servirá de indicador para a construção de iniciativas e políticas para potenciar biotecnologia, de forma a reforçar a competitividade e a liderança da economia na Europa a partir de políticas e ações nacionais alinhadas e ambiciosas. O vídeo da sessão está disponível aqui.

Semana Europeia do Teste da Primavera
No âmbito da Semana Europeia do Teste da Primavera, que se assinala de 14 a 21 de maio, a Direção-Geral da Saúde, através do...

A iniciativa do EuroTEST tem por objetivo incentivar todas as comunidades da Região Europeia da Organização Mundial da Saúde a promoverem a consciencialização sobre o benefício do diagnóstico precoce de infeções por VIH, Hepatites Virais e Infeções Sexualmente Transmissíveis (IST) e a eficácia da adesão ao tratamento.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde associa-se à Iniciativa e relembra toda a comunidade que as infeções por VIH, hepatites virais e IST requerem a continuidade de respostas adequadas por parte dos serviços que acompanham os doentes e as pessoas em situação de maior risco. 

De acordo com a autoridade de saúde, “a pandemia por COVID-19 afetou especialmente as populações mais vulneráveis”. Os dados de 2020 revelaram um decréscimo no número de testes realizados, à escala global. “É, por isso, particularmente importante promover o acesso aos testes como um serviço de saúde essencial. A retoma das atividades realizada de forma segura e consciente devolve à população a confiança e oportunidade para conhecer o seu estado serológico”, sublinha.

Os testes são gratuitos, seguros e confidenciais.

 

 

 

Sintomas e Tratamento
O angioedema hereditário (AH) é uma doença genética rara.

Sintomas

As manifestações surgem habitualmente entre os 4 e os 11 anos. Na puberdade é comum registar-se aumento da frequência e gravidade dos episódios independentemente do sexo.

Os inchaços (edema) podem envolver qualquer parte da pele e/ou órgãos internos. Caracterizam-se por serem assimétricos, condicionarem deformação e dor, sem comichão e sem vermelhidão da pele afetada. Por vezes, antes dos inchaços, surge discreta vermelhidão na pele, de contornos sinuosos e centro claro que anuncia o início da crise.

Em geral as crises duram entre 2 a 5 dias, surgindo de forma espontânea, mas também na sequência de fatores emocionais (medo, stress), traumatismos locais (tratamentos dentários, cirúrgicos) e infeções.

Riscos ou complicações

Um dos riscos mais temido é o de asfixia devido à obstrução das vias aéreas superiores. Este pode manifestar-se inicialmente por dificuldade em engolir, edema da face, cavidade oral e pescoço, rouquidão ou falta de ar e é a principal causa de morte associada a esta doença.

Outra complicação possível resulta do edema das paredes do intestino que causa episódios recorrentes de dor, rigidez abdominal ou vómitos, os quais podem representar risco, caso não sejam identificados e adequadamente tratados, podendo levar muitas vezes a cirurgias desnecessárias.

Tratamento

O tratamento tem por objetivo obter o controlo da doença, prevenindo o aparecimento das crises e permitindo uma boa qualidade de vida. Pode dividir-se em tratamento da crise aguda, tratamento de manutenção ou de prevenção.

Todas as crises agudas devem ser tratadas o mais precocemente possível. O tratamento célere, mesmo das crises mais leves, promove a qualidade de vida dos doentes e impede que estas progridam para crises mais graves com sintomas potencialmente fatais. No caso de crises mais graves, como por exemplo nas crises abdominais ou laríngeas os pais devem sempre recorrer a um serviço de urgência.

O tratamento preventivo deve ser realizado antes de procedimentos que sabemos que implicam risco para a criança tais como tratamentos dentários ou cirurgias. Após crise grave deve iniciar-se tratamento preventivo de longa duração.

Cuidados a ter

Na criança é imprescindível o correto diagnóstico e seguimento em centro com experiência em AH. Os pais devem ser bem informados e envolvidos em todo o processo. Devem ter presente para que servem os diferentes tipos de medicação, estarem atentos aos sintomas e saberem onde e quando devem procurar cuidados médicos diferenciados.

As crianças, tais como os adultos com AH, têm direito ao Cartão da Pessoa com Doença Rara.

     

Prof. Doutora Paula Leiria Pinto
Assistente Graduada Sénior de Imunoalergologia do HDE, CHULC

Dra. Miriam Araújo
Interna de Imunoalergologia do HDE, CHULC

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Iniciativa do Centro
“ENTRE CORTES - Comportamentos autolesivos na adolescência” é o tema da próxima sessão do Projeto Ligados+com, agendada para 21...

"No estrito cumprimento das normas e orientações da DGS, em prol do combate à pandemia, o Serviço de Pediatria do Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira e a Unidade de Cuidados na Comunidade do Fundão - ACES Cova da Beira, retomam presencialmente o ciclo de iniciativas programadas no âmbito do Projeto Ligados+com, com o objetivo de alertar / sensibilizar pais e cuidadores, para a importância da promoção do bem-estar físico e psicológico de crianças e jovens, destacando temáticas essenciais associadas a cada fase do crescimento, num ambiente de total segurança e organização", assinala o CHUCB em nota de imprensa. 

De acordo com o Centro Hospitalar Univrsitário Cova da Beira, "esta ação constituirá uma oportunidade única de partilha de conhecimentos e ferramentas úteis, quer para profissionais de saúde e da educação, quer para as famílias e sociedade em geral, no âmbito da prevenção e intervenção precoce, face a comportamentos autolesivos na adolescência".

Para os mais novos, revela a Unidade Hospitalar em comunicado, "no mesmo local e horário, decorrerá ainda uma atividade paralela, na qual poderão assistir à curta-metragem “If I Was God”, bem como ao debate posterior que incidirá em torno da mesma, dinamizado por Luís Batista, professor de educação visual e multimédia, sendo esta dirigida a crianças com idade igual ou superior a 12 anos. Em ambas as ações, a entrada é gratuita, mas limitada e sujeita a inscrição prévia junto da Biblioteca Municipal Eugénio de Andrade no Fundão".

 

Bolsa Nacional para Projetos de Investigação, atribuída pela Biocodex Microbiota Foundation
O projeto PRIMING, que tem como objetivo compreender o impacto da obesidade materna na ativação e estimulação do sistema...

Benedita Sampaio Maia e a sua equipa vão receber um apoio financeiro de 25 mil euros para desenvolverem o projeto. “Através do estudo aprofundado do papel da microbiota intestinal disbiótica (desequilibrada) transmitida pela mãe obesa na ativação e estimulação do sistema imunitário da criança, esperamos compreender melhor o papel do microbioma na indução de doenças metabólicas”, afirma Benedita Sampaio Maia.

Revela ainda que, “os resultados da investigação podem também abrir caminhos para o desenvolvimento de meios de diagnóstico precoce e de estratégias terapêuticas inovadoras e personalizadas, como por exemplo, a manipulação da microbiota intestinal desde os primeiros dias da vida”, e, portanto, mais eficazes. Segundo a investigadora do i3S e professora da Faculdade de Medicina Dentária da UP, “no início da vida, a aquisição, maturação e estabelecimento do microbioma são moldados por interações entre o hospedeiro e os microrganismos, nas quais a mãe parece desempenhar um papel fundamental como uma das fontes mais importantes de microrganismos para a criança”.

De acordo com a evidência científica atual, o peso materno é o fator não relacionado com o bebé que mais influencia o desenvolvimento da obesidade na infância e ao longo da vida. A Prof.ª Benedita Sampaio Maia sublinha que “a transmissão da microbiota com potencial de promover a obesidade (obesogénica) entre mãe e filho tem sido sugerida como uma possível via de transmissão intergeracional da obesidade”.

E acrescenta que “como o início da vida representa uma janela crítica para a estimulação imunitária, a aquisição de uma microbiota intestinal desequilibrada (disbiótica) pode comprometer o desenvolvimento de um sistema imunitário saudável. Assim, o processo de transmissão microbiana poderá comprometer a saúde da criança ao longo da sua vida e de gerações futuras.

Para desenvolverem esta investigação, os autores vão avaliar uma coorte prospetiva de filhos de mães saudáveis ou obesas. O microbioma de amostras fecais de crianças colhidas 1, 6 e 12 meses após o parto será caracterizado e utilizado para estimular in vitro células dendríticas derivadas de monócitos de dadores de sangue saudáveis.

A investigação do i3S/UP será desenvolvida por uma equipa multidisciplinar com experiência em áreas como a Microbiologia, Ginecologia/Obstetrícia, Biologia, Bioquímica2 e Medicina Dentária, em colaboração com as Faculdades de Medicina e Medicina Dentária da Universidade do Porto, o Hospital Universitário de São João e a Faculdade de Medicina Dentária das Vrije Universiteit e Universiteit van Amsterdam (ACTA). O tema escolhido para os projetos candidatos à edição 2020/2021 da Bolsa Nacional Para Projetos de Investigação foi a “Microbiota Gastrointestinal e o Sistema Imunitário”.

Os projetos foram avaliados por um júri independente constituído pelos quatro membros do Comité Científico da Biocodex Microbiota Foundation em Portugal, que escolheram a investigação do i3S entre uma short list de 14 candidaturas.

No ano passado, a Bolsa tinha como tema a “Microbiota Humana na Saúde e na Doença” e foi atribuída a um projeto de investigação que visava a identificação de perfis específicos de microbiota e metabolitos que possam prever melhores terapêuticas para os doentes com Espondilartrite (SpA) e a Artrite Reumatoide (AR), da autoria dois investigadores da NOVA Medical School | Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, a Prof.ª Doutora Ana Faria e o Prof. Doutor Fernando Pimentel-Santos.

2ª edição do maior prémio de investigação, em Portugal, na área da nefrologia
A Associação Nacional de Centros de Diálise (ANADIAL) e a Sociedade Portuguesa de Nefrologia (SPN) estão a promover a segunda...

O Prémio “ANADIAL-SPN” é atribuído anualmente e tem como objetivo incentivar a realização de estudos clínicos e avaliações epidemiológicas na área da doença renal crónica. Na edição 2021, o tema do prémio é "Uma Perspetiva Integrada do Tratamento da Doença Renal no Sistema de Saúde Português – Interação e complementaridade entre os diferentes intervenientes e modalidades de tratamento".

“Pretendemos, com este Prémio, encorajar a realização de trabalhos científicos que contribuam para o estudo e diminuição da grande prevalência de portugueses com doença renal crónica, sobretudo nos estádios mais avançados. Por outro lado, queremos ajudar a colmatar a ausência de investigações clínicas e estudos epidemiológicos nesta área”, explica Jaime Tavares, presidente da ANADIAL.

“Esta iniciativa acontece num momento de particular importância para todos aqueles que lidam com a doença renal crónica, uma doença em crescimento em Portugal. Esperamos que este Prémio, o maior na área da nefrologia, possa estimular a investigação científica e distinguir os investigadores portugueses que estão dedicados a encontrar resposta para os problemas que estamos a enfrentar”, defende Aníbal Ferreira, presidente da SPN.

A doença renal crónica é uma doença provocada pela deterioração lenta e irreversível da função renal. Como consequência da perda de função, existe retenção no sangue de substâncias que normalmente seriam excretadas pelo rim, resultando na acumulação de produtos metabólicos tóxicos no sangue (azotemia ou uremia). São várias as doenças que podem provocar lesões nos rins e provocar a insuficiência renal crónica, nomeadamente a hipertensão arterial, a diabetes mellitus, as glomerulonefrites crónicas e algumas doenças hereditárias. Nas fases mais avançadas os portadores desta doença necessitam de realizar regularmente um tratamento de substituição da função renal que poderá ser a hemodiálise, diálise peritoneal ou transplante renal.

 

TP-102 esta atualmente a ser avaliado num ensaio clínico de segurança
A Technophage, empresa biofarmacêutica portuguesa, anunciou hoje que a Food and Drug Administration (FDA) dos EUA concedeu a...

“A designação Fast Track agora concedida pela FDA ao TP-102 poderá acelerar o seu desenvolvimento, permitindo à Technophage trabalhar em estreita colaboração com a Agência na preparação das fases clínicas desta terapia biológica inovadora”, disse Miguel Garcia, CEO da Technophage. “Enquanto outros tratamentos antimicrobianos para esta indicação clínica não conseguem atingir o tecido afetado de forma adequada, os bacteriófagos conseguem replicar na sua bactéria hospedeira, eliminando a infeção bacteriana localmente”, complementou o CEO.

As infeções do pé diabético constituem um problema médico significativo a nível mundial e a incidência destas feridas terá tendência a aumentar com o envelhecimento global da população. Muitos pacientes diabéticos são portadores de úlceras infetadas ao longo da vida, das quais, cerca de 28% acabarão por evoluir negativamente, sendo necessária amputação, o que contribui para um aumento da morbilidade e mortalidade destes doentes.

A Technophage está atualmente a conduzir um ensaio clínico de Fase I/IIa (NCT04803708) com o objetivo de avaliar a segurança e tolerabilidade do TP-102 em pacientes diabéticos como um tratamento tópico para infeções causadas por agentes patogénicos críticos (estudo REVERSE). Os resultados do estudo são esperados em 2021.

 

Relatório apresenta falhas e recomendações
Um painel independente, criado pela Organização Mundial de Saúde, já veio afirmar que a resposta combinada da OMS e dos...

O trabalho Covid-19: Torná-lo a Última Pandemia, foi compilado pelo Painel Independente de Preparação e Resposta Pandemia, e tinha com objetivo encontrar respostas sobre como o vírus matou mais de 3,3 milhões de pessoas e infetou mais de 159 milhões em todo o mundo.

Uma das principais conclusões retiradas desta análise independente remete para a declaração de emergência global, que deveria ter sido emitida pela OMS uma semana antes. De acordo com o relatório, o estado de emergência deveria ter sido emitido a 22 de janeiro.

Por outro lado, salienta-se que, no mês seguinte à declaração da OMS, os países não tomaram as medidas adequadas para travar a propagação do vírus.

A OMS, impedida pelos seus próprios regulamentos, também “errou” ao considerar que as restrições de viagem deveriam ser um último recurso. "Se as restrições de viagem tivessem sido impostas mais rapidamente, mais amplamente, mais uma vez isso teria sido uma inibição grave na transmissão rápida da doença e isso permanece o mesmo hoje", disse Helen Clark, copresidente do painel e ex-primeira-ministra neozelandesa.

Segundo o painel independentes, Europa e os EUA também “desperdiçaram todo o mês de fevereiro e agiram apenas quando os seus hospitais começaram a encher”.

Quando os países se deveriam estar a preparar os seus sistemas de saúde para um afluxo de pacientes com Covid, grande parte do mundo correu desenfreadamente atrás de equipamentos de proteção e medicamentos, diz o relatório.

Para evitar outra pandemia catastrófica, o relatório deixa algumas recomendações, como a criação de um novo conselho de ameaças globais com poder de responsabilizar os países, a criação de um sistema de vigilância da doença para publicar informação sem necessitar da aprovação dos países em causa.

Por outro lado, recomendam que as vacinas sejam classificadas como bens públicos e que deve haver uma facilidade de financiamento durante uma pandemia.

O painel apela ainda a melhores processos e estruturas para detetar o próximo agente patogénico altamente infecioso. Bem como um melhor financiamento para a Organização Mundial de Saúde de modo a torna-la mais forte.

Situação Epidemiológica
Nas últimas 24 horas, registou-se apenas uma morte associada à Covid-19 e mais 436 novos casos de infeção. Os internamentos...

Segundo o boletim divulgado, há apenas um óbito a assinalar na região de Lisboa e Vale do Tejo, associado à Covid-19, desde o último balanço. As restantes regiões do país, inclusive as regiões Autónomas da Madeira e Açores, não têm mortes a lamentar.

Quanto ao número de novos casos, o boletim epidemiológico divulgado hoje, pela Direção Geral da Saúde, mostra que foram diagnosticados 436 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 1628 novos casos e a região norte 167. Desde ontem foram diagnosticados mais 47 na região Centro, 19 no Alentejo e 31 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, no arquipélago da Madeira foram identificadas mais 15 infeções e 29 nos Açores.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 244 doentes internados, menos quatro casos que ontem. As unidades de cuidados intensivos contam agora com menos um doente. Estão, atualmente, nas UCI 70 doentes internados.

O boletim desta quinta-feira mostra ainda que, desde ontem, 340 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 801.961 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 21.969 casos, mais 95 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância menos 507 contactos, estando agora 19.111 pessoas em vigilância.

Entrevista ao Diário de Notícias
O coordenador Comissão Técnica de Vacinação contra a COVID-19 da Direção-Geral da Saúde, Válter Fonseca, fez um balanço...

Ao longo da entrevista, citada na página da Direção Geral de Saúde, Válter Fonseca assegurou que “não há razões para haver desconfiança” em relação à vacina da Astrazeneca. “Pelo contrário, o facto de terem sido detetados todos os fenómenos demonstra que as autoridades de saúde e do medicamento estão muito atentas e a monitorizar diariamente o que se passa com as vacinas, de forma a não colocar ninguém em risco. O sistema de vigilância permite-nos ter acesso à informação sobre o que está a acontecer com as vacinas muito rapidamente e há de imediato um escrutínio”. Para o coordenador Comissão Técnica de Vacinação contra a COVID-19, isto é um sinal de que os “cidadãos podem confiar nas autoridades e nos profissionais de saúde”.

No que respeita à imunidade de grupo, Válter Fonseca refere que é necessário atentar à imunidade grupo nas particularidades desta infeção. “A vacina tem de impedir a transmissão e o que sabemos atualmente é que previne a infeção sintomática, que tem um impacto significativo em termos de redução de internamentos e de prevenção da mortalidade. Agora começam a surgir estudos que demonstram também que têm impacto na redução das infeções assintomáticas, embora ainda não seja claro que também têm impacto na transmissão do vírus.”

Quanto à possibilidade de os menores de 60 anos que tomaram uma dose da vacina da Astrazeneca poderem tomar uma outra vacina reforço, o especialista disse esta “é uma hipótese que está validada pelos estudos. Contudo, há estudos em curso sobre todos os cenários alternativos e cujos resultados conheceremos nos próximos dias ou semanas, ainda em maio”. Como todas as vacinas aprovadas contra a COVID-19 estão a ser feitas contra a mesma proteína, “o sistema imunitário vai responder de forma muito semelhante. Isto permite-nos considerar como provável que vacinas diferentes na primeira e na segunda dose tenham o mesmo resultado. É esquema vacinal misto. São estes estudos que estão praticamente a ser concluídos e que pensamos que rapidamente irão dar uma recomendação que defina melhor esta questão”.

 

Crise sanitária despertou maior sensibilidade e consciência sobre o ambiente
A crise sanitária resultante do Covid-19 provocou, entre muitas questões, uma maior sensibilidade e consciência do impacto da...

O compromisso com a sustentabilidade e a consciência da importância de adotar comportamentos e hábitos mais respeitadores do ambiente é uma forma de pensar de uma maioria dos portugueses, apontam os dados. Como mostra o estudo, 97% dos inquiridos estão preocupados em consumir energia de forma responsável, utilizando programas 'eco' em aparelhos ou desligando completamente os aparelhos eletrónicos, em vez de os deixar em standby. Além disso, cerca de nove em cada dez (89,86%) das pessoas dizem estar preocupadas com o impacto ambiental da sua casa, enquanto 95% dizem que gostariam de saber de onde vem a energia que consomem.

"Há uma clara mudança no perfil do consumidor, nos dois países e até um pouco mais acentuado em Portugal do que em Espanha. Como mostra o nosso estudo, os portugueses estão ainda mais conscientes das alterações climáticas do que os espanhóis (97% de Portugal vs. 90% de Espanha). Na ei energia independente estamos conscientes desta realidade e queremos facilitar a transição energética para indivíduos e empresas, com uma proposta simples, atrativa e diferencial, acompanhando-os ao longo do processo", diz Ysabel Marqués, Chief Marketing Officer da ei energia independente.

Mudanças no comportamento energético dos consumidores

Outra das consequências da pandemia foi o confinamento e o recolher obrigatório, que têm feito com que a população passe mais tempo nas suas casas. Estas estadias mais prolongadas em casa tiveram um impacto nos consumidores, uma vez que 83% dos inquiridos confirmam que a pandemia afetou o seu consumo de energia e 59% viram aumentar o seu consumo doméstico de energia porque estão mais tempo casa desde o início da pandemia.

Ficar mais tempo em casa, em comparação com a vida antes da pandemia, fez com que muitos cidadãos repensassem agora algumas práticas comuns, a fim de reduzir a quantidade da sua fatura energética e, consequentemente, o impacto ambiental das suas casas. Neste sentido, mais de metade dos inquiridos (64%) dizem já ter mudado - ou estar a planear mudar - alguns hábitos como instalar lâmpadas economizadoras de energia em casa, apagar as luzes quando não são necessárias ou desligar aparelhos quando não estão a ser utilizados.

Reduzir o consumo de ar condicionado e/ou aquecimento (32%), melhorar o isolamento das suas casas (36%), instalar algum tipo de energia renovável, como painéis solares, (27%) ou incorporar sistemas de domótica para controlar o consumo de eletricidade (19%) são outras medidas a ter em conta pelos portugueses inquiridos.

“A população não só quer poupar na sua fatura energética, mas também minimizar a sua pegada ambiental. Neste sector, estamos alinhados com a importância de apostar em fontes limpas como o autoconsumo solar fotovoltaico e remamos em conjunto para aumentar o peso deste tipo de energia. 81% dos portugueses e mais de metade dos espanhóis (54%) percebem este esforço que estamos a fazer", acrescenta Ysabel Marqués.

 

 

Bebé sofria de Linfohistiocitose Hemofagocítica
Um recém-nascido conseguiu recuperar de uma doença genética rara muito grave após um transplante de sangue do cordão umbilical....

Segundo estudos anteriores, a incidência anual desta doença era de 1,2 casos por milhão de recém-nascidos. No entanto, o número de casos descritos na literatura tem vindo a aumentar significativamente. A LHH caracteriza-se pela ativação exagerada e desajustada do sistema imunitário, que pode conduzir à falência de vários órgãos, deixando os doentes em estado muito crítico.

“Neste caso recentemente reportado, a origem da LHH é genética, o que significa que o bebé apresenta a forma mais grave da doença, com manifestação clínica ainda antes do nascimento. Os sinais iniciais comuns, como o aumento do volume do fígado e do baço, febre e alterações neurológicas, foram detetados muito precocemente, ainda durante a gravidez, permitindo o rápido início do tratamento, incluindo a rápida iniciação da terapêutica, conjugada com o transplante de células estaminais, neste caso de sangue do cordão umbilical, que constitui o único tratamento capaz de curar a LHH familiar”, sublinha Alexandra Machado, Diretora Médica da Crioestaminal.

Às 36 semanas, foi possível detetar a acumulação de líquido na cavidade abdominal do bebé e, logo após o nascimento, os exames radiológicos e ecografia mostraram não só a acumulação de líquido no abdómen, mas também o aumento do volume do baço. Já as análises ao sangue revelaram valores anormalmente baixos dos vários constituintes do sangue.

Após transfusões de plaquetas e glóbulos vermelhos, que surtiram pouco efeito na normalização dos parâmetros sanguíneos, verificou-se a rápida progressão da doença, com aumento do volume do fígado, acompanhado de disfunção deste órgão, quadro sugestivo de LHH familiar.

No segundo dia de vida, verificavam-se já 5 dos 8 critérios utilizados para o diagnóstico da doença, confirmado, posteriormente, por análise genética. Iniciou-se então o tratamento convencional, com corticosteroides, outros agentes imunossupressores e quimioterapia, com o objetivo de induzir a remissão da doença, que se conseguiu alcançar 46 dias após o nascimento.

Terminada esta fase inicial do tratamento, seguiu-se o transplante com células estaminais do sangue do cordão umbilical de um dador compatível, com o objetivo de substituir o sistema hematopoiético – produtor das células do sangue – defeituoso, por um outro saudável. O transplante de sangue do cordão umbilical foi bem-sucedido, e o bebé teve alta aos 7 meses de vida. Na consulta de seguimento dos 16 meses, apresentava-se saudável, com um desenvolvimento motor e mental normal para a idade.

Este caso de sucesso demonstrou que um transplante de células estaminais do sangue do cordão umbilical, a par da referenciação atempada para tratamento, são capazes de melhorar significativamente o prognóstico das crianças com LHH familiar e conduzir a um desfecho favorável.

Nas mulheres que venceram a doença e que participaram do estudo, não houve diminuição dos níveis da hormona anti-mulleriana (AMH).
Apesar da magnitude avassaladora desta pandemia e da sua prevalência mundial, os efeitos reprodutivos da COVID-19 não estão...

Nesse sentido, e com base na presença de recetores do vírus SARS-CoV-2 no ovário, há uma pergunta que se afigurava como obrigatória para os especialistas em fertilidade: a reserva ovárica da mulher pode ser afetada após a infeção por COVID-19? O estudo dos investigadores do IVI vem responder a esta pergunta.

“De maio a junho de 2020, convidámos 46 doentes das nossas clínicas IVI a participar neste estudo, depois de terem vencido o coronavírus. Todas elas tinham estudo prévio da hormona anti-mulleriana (AMH) com 6 meses de antecedência, no máximo. Os resultados desta pesquisa foram muito positivos, mostrando que a transmissão desta doença não afeta o estado da reserva ovárica. Por isso, podemos estar convictos de que as hipóteses de sucesso no tratamento reprodutivo permanecem intactas”, explica Catarina Godinho, ginecologista e especialista em Medicina da Reprodução do IVI Lisboa.

As mulheres participantes no estudo foram divididas em dois grupos, de acordo com os níveis prévios de HAM: níveis baixos (16 doentes), com média de idades de 38,6 anos; e níveis normais a elevados (30 pacientes), com média de idades de 34,7 anos. Em nenhum dos dois grupos foi possível concluir que a doença pudesse afetar a diminuição da reserva, o que é encorajador para as mulheres que já antes de terem sido infetadas com COVID-19 tinham uma reserva ovárica baixa.

“Embora os resultados suscitem grandes esperanças para as mulheres que tiveram COVID-19, no que diz respeito às previsões reprodutivas, são necessários mais dados para tirar conclusões definitivas, por isso será essencial aumentar o tamanho da amostra para verificar se os resultados permanecem nesta linha”, conclui.

 

Pessoas acamadas ou com mobilidade reduzida
A Médicos do Mundo, em parceria com o Agrupamento de Centros de Saúde do Arco do Ribeirinho, no Distrito de Setúbal, está a...

Para ajudar a responder à escassez de recursos e à inexistência de meios, que possibilitem a deslocação de pessoas acamadas ou com mobilidade reduzida até aos locais de vacinação, a Médicos do Mundo (MdM) está a ajudar a implementar uma resposta específica, para estes utentes, na zona rural do Montijo. O objetivo é impedir que a distância geográfica constitua uma barreira à prestação de cuidados de saúde e à celeridade na vacinação contra a COVID-19.

Em parceria com o Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Arco Ribeirinho - que integra, na sua área geográfica de influência, os concelhos de Alcochete, Barreiro, Moita e Montijo, do Distrito de Setúbal -, a MdM está a proceder à vacinação dos utentes no domicílio e a reforçar os meios locais para responder às necessidades em saúde de uma zona rural, com elevada dispersão geográfica, afeta à Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) Montijo Rural.

A intervenção da MdM insere-se no trabalho que já realiza, todos os dias, para assegurar o direito e o acesso a cuidados de saúde a todas as pessoas, independentemente da sua condição, contribuindo para a implementação de soluções adaptadas a cada situação, como é o caso da vacinação nesta zona rural do Montijo.

Esta ação de vacinação, que abrange mais de 400 pessoas acima dos 80 anos - entre utentes a vacinar no domicílio, na sede em Pegões e no Pólo de Canha da UCSP Montijo Rural –, arrancou no início de abril, com a administração da primeira dose no domicílio. Estes utentes recebem agora a segunda dose na próxima segunda-feira, 17 de maio.

Já a vacinação dos restantes utentes inscritos, que começou a 24 de abril, com o reforço de meios da MdM, tem a administração da segunda dose programada para 17 de julho.

 

Evento online
A Academia Mamãs sem Dúvidas junta vários especialistas em saúde materna, no próximo dia 17 de maio, entre as 18h e as 20h,...

A 8.ª edição do “Especial Grávida” pretende ajudar as gestantes a esclarecer as suas dúvidas sobre três grandes temas inerentes à chegada de um bebé:

“Primeiros Socorros Pediátricos”, contando com os conselhos da Enfermeira Paula Brito e da Enfermeira Alzira Morim, ambas especialistas em saúde materna e obstetrícia, que vão explicar quais os procedimentos em caso de situações de emergência ou acidentes que possam ocorrer com o bebé.

“Células Estaminais: vale a pena guardar?”, com a participação de Ana Silva, formadora no laboratório português de criopreservação BebéVida, que vai explicar as potencialidades terapêuticas dos tecidos e células estaminais do recém-nascido.

“Fisiologia do Trabalho de Parto: quando devo ir ao hospital?”, com as recomendações da Enfermeira Alice Araújo, especialista em Saúde Materna e Obstetrícia e fundadora do projeto Momentos de Ternura, sobre os aspetos a ter em consideração quando se aproxima o momento do parto.

A inscrição neste evento é gratuita aqui, mas obrigatória. 'Ao inscreverem-se, as futuras mamãs habilitam-se a receber um cabaz de produtos no valor de 385€, composto por: uma mala da maternidade com produtos Bioderma, um Baby Nest Voksi, um peluche das Mascotes BebéVida, uma Pegada Babyart, um pack Elifexir pós-parto, uma bomba manual Nuvita e um intercomunicador Alecto.

Consulte o website da Academia Mamãs sem Dúvidas para mais informações: mamassemduvidas.pt

“"Uma Visita à História da Diabetes no Centenário da Descoberta da Insulina”
A exposição itinerante “Uma Visita à História da Diabetes no Centenário da Descoberta da Insulina”, rumou até à cidade do Porto...

Esta exposição revisita os principais marcos históricos relativos ao tratamento da diabetes, desde o antigo Egipto, data de 1550 A.C., onde havia já referência a uma doença semelhante à diabetes, e até ao ano de 1921, o ano da descoberta da insulina.

A iniciativa “Uma Visita à História da Diabetes no Centenário da Descoberta da Insulina”, faz ainda menção aos anos 80 do século XX, década em que a insulina passou a ser comparticipada a 100% pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS). Em Portugal destaca-se a figura de Ernesto Roma, a quem se deve a criação da primeira associação de diabetes do mundo, a Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) presidida por José Manuel Boavida e que conta hoje com cerca de 130 colaboradores.

A Comissão Executiva das Comemorações do Centenário da Descoberta da Insulina é composta por José Luiz Medina, Luis Gardete Correia e Manuel Almeida Ruas, médicos endocrinologistas que acompanharam mais de meio século da história da insulina, para trabalhar com Instituições e Sociedades ligadas ao tratamento da diabetes.

A exposição poderá ser visitada ainda no Porto no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, onde estará patente de 26 de maio a 16 de junho. Para mais informações, consultar o link www.100anosinsulina.pt

 

Novo dispositivo portátil oferece proteção contínua contra vírus
Acaba de chegar ao mercado um novo dispositivo portátil que oferece forte proteção contínua, durante 24 horas por dia, contra o...

De acordo com o especialista de Medicina Geral e Familiar, Viriato Horta, entre as medidas mais eficazes no combate ao novo coronavírus estão “as medidas que evitam ou reduzem significativamente a transmissão direta e indireta dos vírus SARS-CoV-2 (contágio) entre pessoas: lavagem/desinfeção das mãos, etiqueta respiratória, desinfeção das superfícies, uso de máscara facial/viseira, distanciamento físico, quarentenas, isolamento profilático, ventilação adequada dos espaços interiores e desinfeção do ar ambiente” e a vacinação.

Entre os agentes de desinfeção, encontram-se os biocidas “que provocam a morte ou a inativação de vários tipos de micro-organismos (bactérias, vírus, parasitas, fungos e leveduras)”, utilizados para a desinfeção das mãos, das superfícies, da água e do ar ambiente.

“Os biocidas, que por definição não são medicamentos, podem ser produtos químicos (soluções alcoólicas, água oxigenada, produtos clorados, permanganato de potássio, produtos iodados, cloreto de benzalcónio, amoníaco, permetrina e similares, icaridina, ozono…) ou agentes físicos (radiação ultravioleta B ou C, vapor seco…)”, explica o especialista dando conta que apesar de potencialmente perigosos “podem ser usados de forma segura pela maioria das pessoas, desde que não sejam ingeridos, inalados ou injetados e se respeitem as suas normas de utilização”.

A exceção recai sobre o ozono e a radiação ultravioleta, que sendo “tão agressivos não podem ser usados na presença de seres humanos e animais de estimação”, adverte o especialista.

“O dióxido de cloro, por ter um efeito oxidativo muito intenso, é um dos biocidas mais potentes. É utilizado correntemente para a desinfeção de superfícies, de redes de águas e da água de tanques e piscinas. Por ser muito alcalino, exerce um efeito corrosivo potente e prolongado sobre a maioria dos órgãos do nosso corpo, podendo provocar vómitos, febre, tosse irritativa, conjuntivites, queimaduras dos olhos, das vias aéreas, da boca, faringe, esófago e estômago se for colocado na pele ou for ingerido ou inalado em doses tóxicas, o que limita o seu uso como desinfetante externo do corpo e do ar ambiente”, adianta Viriato Horta.

Segundo o médico de Medicina Geral e Familiar, “havendo interesse em utilizar de forma segura o dióxido de cloro como agente esterilizador do ar ambiente em presença de pessoas ou animais, foi preciso encontrar uma solução que juntasse eficácia e segurança permitindo o seu uso como um complemento às medidas habituais de prevenção das doenças infectocontagiosas transmitidas por via aérea”.

Foi isso que fez uma empresa sul-coreana ao desenvolver “um dispositivo capaz de emitir um gás invisível, incolor, inodoro e não irritante de dióxido de cloro, em doses de tal modo baixas que são inofensivas para os seres humanos, animais de estimação e plantas domésticas, mas que são suficientes para matar uma grande variedade de bactérias, fungos e vírus existentes no ar ambiente e em superfícies, entre os quais os vírus influenza e os coronavírus SARS-CoV-2, responsáveis, respetivamente, pela gripe e pela presente pandemia de COVID-19”.

Viriato Horta explica que este dispositivo elimina até 99.93% de vírus, 99.99% de bactérias e 99.8% de bolores em espaços interiores até 10 metros quadrados, sendo bastante seguro: “o dióxido de cloro que emite atinge normalmente concentrações no ar de 0.03 ppm (partes por milhão), muito abaixo do limiar de segurança definido para a exposição em humanos de 0.1 ppm”, revela o médico.

“Em Portugal, este pequeno e versátil dispositivo (prepara-se em segundos – a produção do dióxido de cloro faz-se dentro do próprio dispositivo após a sua ativação -, tem uma autonomia de 30 a 40 dias, é leve e portátil) e apresenta-se em 3 versões: para uso doméstico, para o automóvel (veículo) e para o frigorífico (neste caso, destina-se à redução dos maus cheiros e à melhoria da conservação dos alimentos frescos, pela eliminação de germes no seu interior)”, descreve Viriato Horta, salientando, porém que “não trata infeções, não dispensa o cumprimento rigoroso de todas as normas exigíveis pelas autoridades de saúde para a prevenção das doenças infectocontagiosas (nomeadamente da COVID-19) e não deve dar uma falsa sensação de segurança e de imunidade a quem o utilize, devendo ser considerado como um complemento que reforça a nossa segurança e reduz as hipóteses de sermos contagiados por micro-organismos infeciosos em ambientes fechados”.

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