Reunião destinada a doentes, familiares, cuidadores e publico em geral
O “Impacto da Trombose Associado ao Cancro” foi o tema escolhido pelo Grupo de Estudos de Cancro e Trombose (GESCAT), para...

A trombose é a segunda causa de morte em doentes com cancro, estimando-se que o risco de sofrer um evento tromboembólico é 3-5 vezes maior nos doentes com cancro, submetidos a cirurgia, e até seis vezes maior nos doentes sob quimioterapia. Apesar dos mais recentes avanços na área do diagnóstico, a trombose continua a ser uma das principais causas de morte em doentes com cancro, apenas ultrapassada pela evolução do próprio tumor.

Por se tratar de uma patologia com grande impacto na vida dos doentes, o GESCAT destaca a importância de atuar no aumento da consciencialização desta problemática ao nível dos doentes, profissionais de saúde e entidades reguladoras. A reunião “Impacto da Trombose Associado ao Cancro”, destinada ao doente, tem como objetivo efetuar uma sessão de esclarecimento sobre os sinais e sintomas do tromboembolismo venoso (TEV), debater a importância da sua prevenção, o impacto na qualidade de vida do doente e a importância do correto acesso às terapêuticas anticoagulantes, como fator crítico de sucesso na gestão da trombose e cancro. Para mais informações e inscrições (participação presencial ou remota) visite: gescat.pt/.

De acordo com Sérgio Barroso, médico oncologista e presidente do GESCAT, “a doença oncológica constitui um fator de risco independente e relevante para o tromboembolismo venoso, fundamentalmente porque altera o normal equilíbrio do sistema de coagulação do organismo, desviando-o no sentido «pró-coagulante»”.

“Hoje em dia, o diagnóstico de trombose venosa profunda (TVP) e/ou embolia pulmonar (EP) - as entidades clínicas que caracterizam o tromboembolismo venoso (TEV) -, é realizado em cerca de 20% de todos os doentes com cancro, o que faz desta uma entidade cada vez mais prevalente a ponto de se estimar que “cerca de 1/5 de todos os doentes oncológicos sofram de TEV durante a evolução da sua doença” acrescenta o médico oncologista.

Por outro lado, sabe-se que a elevada morbilidade associada ao TEV no doente oncológico conduz a hospitalização por maiores períodos de tempo, atrasos ou descontinuação de quimioterapia, risco hemorrágico e de recorrência aumentado, síndrome pós-trombótico e compromisso da qualidade de vida do doente.

É importante referir que os doentes oncológicos têm, frequentemente, uma variedade de fatores de risco para sofrerem um evento tromboembólico, sendo que estes podem estar relacionados com o próprio doente (a idade, trombofilia ou obesidade); com o tumor (estadio, histologia, local primário ou existência de metástases) e/ou com o tratamento.

As heparinas de baixo peso molecular (HBPM) são consideradas o tratamento de primeira linha para esta população de doentes, devendo ser administradas em monoterapia entre três a seis meses.

O que se deve saber sobre a TROMBOSE ASSOCIADA AO CANCRO (TAC):

  1. Os doentes com cancro correm um risco acrescido de sofrer um evento tromboembólico.
  2. O risco de trombose em doentes com cancro é aumentado por fatores de risco como a cirurgia, hospitalização, infeções e por fatores específicos do cancro, incluindo o tipo de cancro, a fase da malignidade e os tratamentos.
  3. O TEV em doentes com cancro tem consequências graves porque pode levar à hospitalização, atrasar os tratamentos oncológicos e diminuir a sobrevivência. Além disso, o tratamento anticoagulante do TEV aumenta o risco de hemorragia.

A que sinais devemos estar atentos?

O TEV é uma complicação clínica relevante que pode apresentar-se como trombose venosa profunda (TVP) ou embolismo pulmonar (EP). Pode ocorrer de uma forma assintomática e manifestar-se unicamente quando o doente sofre um episódio fatal.

Normalmente tudo começa com uma trombose venosa profunda, ou seja, uma perna que subitamente aparece inchada, com dor e com dificuldade a andar. A dor pode existir apenas de pé ou ao caminhar, a perna pode endurecer e apresentar uma temperatura fora do normal (estar mais quente). Podem ainda ocorrer mudanças de cor da pele na perna afetada.

A reunião destinada a doentes, familiares, cuidadores e público em geral, subordinada ao tema “Impacto da Trombose Associado ao Cancro”, conta com o patrocínio da LEO.

Acompanhe a Página de Facebook https://www.facebook.com/TEV.pt/ e o site do Grupo de Estudos de Cancro e Trombose (GESCAT) – www.gescat.pt – para ficar a saber mais informações.

Amanhã na Fundação Calouste Gulbenkian
Amanhã, dia 19 de outubro, decorre a edição de 2021 do Colóquio Fundação Grünenthal, a partir das 17h, na Fundação Calouste...

Durante o evento, serão entregues ainda o Prémio Grünenthal Dor 2020, que distingue dois projetos nas vertentes de investigação básica e clínica, entregues, respetivamente, aos trabalhos “Serotoninergic and noradrenergic descending pain modulation in an animal model of chemotherapy-induced neuropathy”, da autoria de José Tiago da Costa-Pereira, Joana Ribeiro, Paula Serrão, Isabel Martins, Isaura Tavares, da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, e ao trabalho “Non-Adherence to Pharmacotherapy: A Prospective Multicentre Study About Its Incidence and Its Causes Perceived by Chronic Pain Patients”, de Rute Sampaio, Luís Azevedo, Claúdia Camila Dias, José Castro Lopes, igualmente da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.

Durante o Colóquio será também entregue a Bolsa de Jovens Investigadores 2021, que distinguiu o projeto intitulado “O papel dos microRNA146a e microRNA155 na dor e progressão da osteoartrose”, da autoria de Daniela Santos Oliveira, Joana Gomes, Fani Neto, Carlos Vaz, da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. A Bolsa de Apoio a Projetos de Investigação na Área da Dor 2021 reconhece, nesta edição, os projetos “Endophenotypical Determinants of Chronic Post-Surgical Pain Trajectories”, dos autores Inês Ferreira Vieira, José Miguel Pêgo, Hugo Leite-Almeida, da Escola de Medicina da Universidade do Minho, e o projeto “Dor Crónica Pós-AVC: Neuroimagem e Regulação da Emoção”, de Teresa Lapa, Mafalda Castro, Ana Filipa Correia, César Nunes, Miguel Castelo Branco e João Sargento, do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.

A Fundação Grünenthal tem a missão de investigar e divulgar conhecimento científico em Portugal, com particular dedicação ao âmbito da dor e respetivo tratamento. Por essa razão, promove e patrocina prémios destinados a galardoar trabalhos de investigação científica, bem como jornalísticos, que se enquadrem nos seus objetivos estatutários.

 

Campanhas de vacinação
A vacinação contra a Covid-19 vai poder ser feita em simultâneo com a vacina contra a gripe a partir de hoje. Esta medida visa...

A coadministração de outras vacinas é uma prática de vacinação realizada em Portugal e no mundo no âmbito dos Programas Nacionais de Vacinação, que visa otimizar os esquemas vacinais recomendados. 

Os dados disponíveis analisados pela Comissão Técnica de Vacinação contra a Covid-19 (CTVC), que incluem os resultados da reunião do grupo de peritos da Organização Mundial da Saúde em matéria de vacinação, mostram que existe um perfil de segurança aceitável após a toma de ambas as vacinas, avança fonte da Direção Geral da Saúde.  

Por outro lado, os dados sugerem ainda a manutenção da eficácia de ambas as vacinas, uma vez que, até à data, não existe evidência de alteração da resposta imunológica. 

As vacinas, explica a norma da DGS, “devem ser administradas em locais anatómicos diferentes”, salvo casos excecionais, e os utentes devem ser informados sobre as possíveis reações adversas, podendo optar por uma administração em dias diferentes. Para isso devem informar os profissionais de saúde no dia da vacinação e proceder à marcação de nova data para que seja administrada a segunda vacina. 

A DGS e a CTVC, conjuntamente com o INFARMED, IP e o INSA, IP, mantêm o acompanhamento atento do conhecimento científico, da situação epidemiológica, as avaliações de farmacovigilância e de efetividade das vacinas, podendo alterar as suas recomendações se for necessário. 

 

 

 

“Precisamos de um Plano Nacional Contra as Doenças Reumáticas (PNCDR) que seja eficaz!”
O encaminhamento precoce para a reumatologia e a redução do intervalo de diagnóstico são estratégias importantes para reduzir a...

Segundo o estudo “Mind The Gap: early referral to rheumatology in pandemic times”, realizado pelo especialista durante a pandemia, verificou-se, nos hospitais, uma diminuição média de 38,5% deste encaminhamento: no Instituto Português de Reumatologia houve uma queda de mais de 50% dos encaminhamentos, no Hospital do Conde de Bertiandos de 26,5% e no Hospital Garcia de Horta de 37,8%.

Luís Cunha Miranda, perante estes dados, refere que “é preciso fazer mais por estes doentes e garantir que são criadas estratégias para os ajudar. Contudo, esta análise apenas reflete uma necessidade que há muito tinha de ser reconhecida que passa pela implementação de um novo Plano Nacional Contra as Doenças Reumáticas (PNCDR) que cumpra com os objetivos estabelecidos.”

Para reforçar esta reflexão, o especialista realizou o estudo “Taxa de execução em 2021 Plano Nacional Contra as Doenças Reumáticas (PNCDR): 2004-2014: Porque precisamos de um novo PNCDR?”. Uma análise que permitiu concluir que a taxa de execução destas estratégias ficou aquém do esperado, com um total de 6 objetivos não concretizados, de todo, e 4 somente parcialmente efetuados, o que representa um total de 38,1% das iniciativas não efetuadas.

Para Luís Cunha Miranda, reumatologista, “estes dados demonstram que, ao dia de hoje, os resultados dos projetos propostos no âmbito das doenças reumáticas ficaram aquém do que era expectável e isso é preocupante. É inimaginável que o PNCDR tenha passado de programa prioritário, para programa inexistente em 2014, sendo que existem, neste momento, em Portugal, 12 programas nacionais prioritários e 11 não prioritários.”

 

 

Um dos maiores programas de Responsabilidade Social Corporativa na área da saúde
O evento público de distinção dos Projetos selecionados no âmbito da Edição de 2021 do Programa Gilead GÉNESE decorrerá no...

Criado em 2013 com a ambição de incentivar a investigação, a produção e a partilha de conhecimento científico a nível nacional, e de viabilizar iniciativas que conduzam à implementação de boas práticas no acompanhamento dos doentes, o Programa Gilead GÉNESE tornou-se uma referência na área da Responsabilidade Social Corporativa, incentivando projetos de investigação e de intervenção na área da comunidade. Ao longo de sete edições, o montante global de financiamento atribuído aos 89 projetos apoiados pelo Programa Gilead GÉNESE ascende a quase dois milhões de euros, tornando este um dos maiores programas de responsabilidade social corporativa da indústria farmacêutica em Portugal.

À Edição de 2021 do Programa Gilead GÉNESE candidataram-se 72 projetos nacionais, 49 de investigação e 23 de intervenção comunitária, submetidos por diversas entidades da área da saúde, instituições académicas e da sociedade civil, representando um incremento significativo no número de candidaturas dos anos anteriores. Foram selecionados 6 projetos de investigação e 7 de intervenção comunitária.

À semelhança das edições anteriores, esta 7ª edição do Programa Gilead GÉNESE conta com o Alto Patrocínio de Sua Excelência, o Presidente da República, vendo assim reconhecida a relevância desta iniciativa que apoia projetos nas áreas da hemato-oncologia, hepatites virais crónicas, infeção VIH/SIDA e, a grande novidade desta edição, da Covid-19. O contexto pandémico e a necessidade sentida de geração de evidência, nomeadamente estudos epidemiológicos e resultados em saúde (long-term Covid-19, saúde mental, mortalidade e impactos noutras patologias) foram determinantes para a inclusão desta nova área terapêutica que recebeu inúmeras candidaturas e viu distinguidos 5 projetos.

Nesta Cerimónia, além da distinção dos vencedores, terá lugar um debate sobre o tema “Pandemia: Que Lições para o Futuro?” que contará com a participação da Prof.ª Doutora Helena Canhão (Prof.ª Catedrática de Medicina na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa), do Prof. Doutor Henrique Barros (Presidente do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto), da Eng.ª Isabel Vaz (Presidente da Comissão Executiva do Grupo Luz Saúde) e do Dr. José Gomes Ferreira (Diretor-Adjunto de Informação da SIC).

“Na Gilead, temos a convicção de que o conhecimento gerado através dos projetos apoiados pelo Programa Gilead GÉNESE tem contribuído para a melhoria da prestação de cuidados de saúde em Portugal. É com muita satisfação que registamos o interesse crescente de um leque cada vez mais alargado de entidades, quer na vertente de investigação, quer na vertente de comunidade, que se distinguem pela qualidade dos projetos apresentados”, afirma Cláudia Delgado, Diretora Médica da Gilead e responsável pelo Programa.

Na sua componente Investigação, o Programa Gilead GÉNESE tem como áreas de projeto resultados em saúde, investigação com aplicação clínica e tecnologia ao serviço da saúde. Na vertente Comunidade, o Programa Gilead GÉNESE acolhe projetos nas áreas da qualidade de vida, diagnóstico e participação cívica e cidadania.

As candidaturas submetidas no âmbito do Programa Gilead GÉNESE são avaliadas segundo critérios objetivos, amplos e isentos, previamente estabelecidos. Consideram-se o mérito da equipa de investigação, a qualidade do projeto e estrutura e organização e metodologia do projeto.

A avaliação das candidaturas apresentadas esteve a cargo das Comissões Externas de Avaliação de Projetos – uma dedicada aos projetos de Investigação e outra aos da Comunidade – ambas constituídas por peritos de diferentes áreas e que são os responsáveis pela apreciação da qualidade, pertinência e caráter inovador dos projetos candidatos de acordo com os critérios de avaliação previamente estabelecidos.

Autarquias com maior autonomia financeira comunicaram mais
Um estudo que analisou a comunicação dos municípios portugueses no Facebook durante a primeira vaga da pandemia de Covid-19,...

A evolução das taxas de infeção em municípios vizinhos e as características sociodemográficas locais foram outros fatores que levaram a que algumas câmaras municipais comunicassem mais ativamente do que outras nesta rede social.

Para chegarem a estas conclusões, os autores do estudo, Miguel Padeiro e Ângela Freitas, do Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território (CEGOT) da Universidade de Coimbra, extraíram mais de 100 mil “posts” das páginas oficiais de Facebook de 304 câmaras municipais – 4 municípios portugueses não têm página nesta rede social –, entre março e julho de 2020.

Os dados obtidos foram posteriormente integrados numa extensa base de dados (que abrangia dados territoriais, sociodemográficos, políticos e institucionais), cartografados e analisados através de métodos estatísticos, as designadas análises de regressão.

Ao longo da pandemia, principalmente na primeira vaga, as câmaras municipais usaram bastante o Facebook para comunicar. «Era necessário divulgar as medidas de confinamento, mas também providenciar conselhos de higiene, alertar para diversos riscos, dar conta da situação epidemiológica, e publicitar os diversos apoios que as câmaras implementavam (compras, medicamentos, apoio social, psicológico, financeiro). Este estudo procurou medir essa comunicação e perceber quais os fatores que levaram alguns municípios a comunicar muito intensamente e outros a comunicar menos», contextualiza Miguel Padeiro.

Os resultados do estudo, que já se encontra publicado na revista científica Government Information Quarterly, mostram uma importante variação na intensidade da comunicação através do Facebook. «A variabilidade foi também temporal, com um forte aumento das comunicações na altura em que a pandemia se instalava, uma fase mais estável e depois uma tendência para a diminuição a partir de junho. Por outro lado, a característica da população influenciou um aumento da comunicação na fase de forte progressão do vírus, provavelmente porque as vulnerabilidades sociais requeriam um maior cuidado e uma maior comunicação», afirma o investigador do CEGOT e docente da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC).

Na era da comunicação digital, em que as redes sociais são uma poderosa ferramenta para alcançar os cidadãos de forma mais direta e divulgar grandes quantidades de informação, os autores deste estudo consideram que os resultados obtidos podem contribuir para «melhorar o nível de preparação em possíveis contextos de crise no futuro. Em particular, a definição de estratégias de comunicação para as crises de saúde pública prolongadas será muito importante, e o conhecimento dos fatores que contribuem para uma maior e melhor comunicação será indispensável. A disponibilização de recursos financeiros para a realização de tais estratégias e para a redução da exclusão digital em todos os municípios portugueses pode contribuir para uma divulgação mais eficaz».

O próximo passo da investigação vai centrar-se na análise dos conteúdos das comunicações realizadas no Facebook pelas autarquias, «que poderão revelar padrões interessantes diretamente ligados com a evolução geográfica do vírus e com outras variáveis», finaliza Miguel Padeiro.

Dia Mundial da Menopausa
Hoje, 18 de outubro, assinala-se o Dia Mundial da Menopausa.

A menopausa é um processo biológico natural da vida de todas as mulheres. Representa o fim das menstruações espontâneas e implica 12 meses consecutivos sem período menstrual. A idade da menopausa é muito variável, mas ocorre em média por volta dos 50 anos – quando acontece antes dos 40 anos é classificada como precoce. Trata-se de um processo fisiológico que se coaduna com a falência da atividade endócrina dos ovários e a sua incapacidade de produzir estrogénios. A ausência desta hormona explica grande parte dos sintomas típicos desta fase.

A menopausa representa também o fim do ciclo de fertilidade da mulher. Vários fatores estão associados ao aparecimento da menopausa mais cedo do que o expectável nomeadamente hábitos tabágicos ou alguns medicamentos. Em determinadas circunstâncias, terapêuticas médicas ou cirúrgicas também podem estar na origem da menopausa: cirurgia de remoção dos ovários, tratamentos de quimioterapia ou radioterapia pélvica.

É consensual que alguns sintomas associados à menopausa podem eventualmente afetar de forma negativa a qualidade de vida da mulher, quer sob o ponto de vista pessoal ou profissional. De acordo com o estudo A Saúde dos Portugueses – Um BI em nome próprio, promovido pela Médis, em associação com a Return on Ideas, alguns eventos marcantes, tais como a maternidade e a menopausa, podem originar novas necessidades e atitudes. Neste sentido, 32% das mulheres inquiridas com 55 ou mais anos apontam a menopausa como sendo o acontecimento que mais altera a sua relação com a saúde. Seja porque passam a valorizar saúde de outra forma ou porque sabem que o próprio acontecimento pode levar a problemas de saúde.

Sintomas

Geralmente a menopausa é antecedida por uma outra fase, a peri-menopuasa, caracterizada por irregularidades menstruais que refletem a alteração do funcionamento do ovário. Quando a menopausa está instalada, os principais sintomas são:

  • Secura vaginal
  • Afrontamentos e suores noturnos
  • Perturbações de sono
  • Alterações de humor (irritabilidade, ansiedade ou tristeza)
  • Sintomas de depressão
  • Fadiga
  • Falta de memória
  • Dores articulares

Impacto na saúde da mulher

Tendo em conta as alterações fisiológicas da menopausa, algumas doenças podem tornar-se mais frequentes:

  • Problemas cardiovasculares: uma vez que os níveis de estrogénio diminuem, o risco de doença cardiovascular aumenta.
  • Osteoporose: existe uma perda de densidade mineral óssea nos anos seguintes à menopausa com aumento do risco de osteoporose. Esta é uma condição que faz com que os ossos se tornem mais frágeis e fracos, levando a uma maior possibilidade de fratura.
  • Incontinência e infeções urinárias: nesta fase, os tecidos da vagina e da uretra perdem elasticidade, o que pode levar a perdas maiores de urina. É também neste período de vida que a mulher tem mais propensão para desencadear infeções urinárias.
  • Desconforto nas relações sexuais: dada a secura vaginal, resultante da diminuição da humidade e da perda de elasticidade, perante o ato sexual, a mulher pode sentir algum desconforto e até sofrer alguma hemorragia. Esta sensação pode, de certa forma, reduzir a sua líbido.
  • Aumento do peso: durante e depois da menopausa, são várias as mulheres que veem o seu peso aumentar. Tal acontece porque o metabolismo se torna mais lento.

Acompanhamento médico

Tendo em conta o impacto da menopausa no maior risco de determinadas doenças é fundamental manter um acompanhamento médico regular. A vigilância clínica poderá ser realizada pelo seu médico de Clínica Geral ou pelo médico ginecologista, sendo que é muito importante manter os rastreios oncológicos atualizados, nomeadamente o rastreio do cancro do colo do útero e da mama.

Os sintomas decorrentes da menopausa variam muito de mulher para mulher: se para algumas mulheres a menopausa é muito tranquila, para outras é uma fase muito difícil. Felizmente existem vários tratamentos disponíveis para alívio das queixas. O seu médico irá ajudá-la e não deve hesitar em procurar aconselhamento.

Um estilo de vida saudável deve também integrar as estratégias para o alívio sintomático: a prática de exercício regular e uma alimentação saudável são sempre pontos favoráveis.

Este artigo foi preparado e validado com a colaboração de:

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Conclusões do Estudo REACT-COVID 2.0
O REACT-COVID 2.0 – o inquérito da Direção Geral de Saúde (DGS) sobre alimentação e atividade física em contexto de contenção...

Para a Ordem dos Nutricionistas este estudo vem provar, à semelhança de outros, que os erros alimentares seguem uma gradação social: quanto mais baixa a posição social, pior o consumo alimentar, potenciando mais doenças relacionadas com a má alimentação, como a diabetes, a obesidade, as doenças cardiovasculares ou o cancro. Urge, por isso, a intensificação das ações da estratégia nacional de promoção a alimentação saudável com enfoque na literacia na alimentação em particular nas populações mais vulneráveis, no sentido de limitar as desigualdades sociais na alimentação.

“O acesso a alimentação adequada é um direito humano. Exige-se uma abordagem multissectorial e essencialmente política, destacando-se a importância de todos os decisores políticos dos diversos setores intensificarem medidas com potencial impacto na melhoria dos hábitos alimentares da população para garantir que todos os portugueses – todos sem exceção –, tenham acesso a uma alimentação justa, equilibrada, sustentável e saudável”, salienta Alexandra Bento, bastonária da Ordem dos Nutricionistas.

O estudo conduzido pela DGS e realizado entre maio e junho de 2021 concluiu que 36,8% dos inquiridos mudaram os hábitos alimentares, sendo que 58,2% afirma que alterou para melhor e 41,8% modificou o padrão alimentar para pior. Acresce que foram encomendadas mais refeições em takeaway (32,2%) e foram consumidos mais snacks doces (26,3%), no entanto, e positivamente, o consumo de água aumentou (22,3%), assim como de hortícolas (18,6%) e de fruta (15,2%).

O REACT-COVID 2.0, que contou com uma amostra de 4.930 indivíduos, com 18 ou mais anos, confirmou o impacto do contexto pandémico nas alterações no quotidiano dos portugueses, já confirmadas na primeira fase do estudo que, realizada em maio de 2020, anunciou que metade da população inquirida (45,1%) reportou ter mudado os seus hábitos alimentares durante o primeiro confinamento e 41,8% teve a perceção de que mudou para pior.

Recorde-se que ainda que na passada sexta-feira, dia 15 de outubro, foi conhecida a “Balança Alimentar 2016-2020”, um estudo do Instituto Português de Estatística (INE), que concluiu que o aporte calórico médio diário aumentou face ao último período em análise (2012 e 2015) e que representa duas vezes o valor recomendado para um adulto com um peso médio saudável.

“Balança Alimentar Portuguesa 2016-2020” do INE conhecida na passada sexta-feira
Na passada sexta-feira, 15 de outubro, foi conhecida a “Balança Alimentar 2016-2020”, um estudo do Instituto Nacional de...

O aumento do aporte calórico é acompanhado por desequilíbrios graves, como o elevado consumo de carne – os portugueses comem quatro vezes mais carne do que aquela que é recomendada. A gordura na alimentação nacional também se mantém elevada e o consumo de álcool é igualmente excessivo.

Do período em análise (2016-2020) salienta-se o reforço da liderança do consumo de água e a redução positiva de consumo de refrigerantes que, para a Ordem dos Nutricionistas, poderá ser o reflexo claro da taxação implementada em 2017 às bebidas açucaradas. 

“Como vemos as medidas intencionalmente desenhadas para combater os problemas baseadas na evidência científica são efetivas. Este tipo de medidas podem e devem ser intensificadas pela Assembleia da República e pelo Governo a quem se exigem ações imediatas pela saúde de todos nós”, salienta Alexandra Bento, bastonária da Ordem dos Nutricionistas.

Já no ano do início da pandemia, em 2020, registou-se um ligeiro decréscimo do aporte calórico e um aumento da inatividade física, por força do confinamento. Neste período, a Ordem dos Nutricionistas apresenta novo cartão vermelho, salientando que “a ligeira diminuição das calorias ingeridas durante o ano transato, que ainda assim são muito elevadas face às necessidades, terá pouca expressão, num período marcado por uma diminuição drástica da atividade física.”  

“Apesar da redução das calorias ingeridas, temos de ter em consideração que o gasto energético foi muito diminuto durante o ano transato – já com o REACT-COVID realizado após o primeiro confinamento, tivemos conhecimento que a atividade física tinha diminuído. Estamos a aguardar com expectativa os resultados do segundo REACT-COVID. Salientamos que é essencial que se inicie um estudo alargado ao estado de saúde dos portugueses no período pós-pandémico, nomeadamente através de uma avaliação do estado nutricional da população portuguesa”, afirma Alexandra Bento.  

Recorde-se que a Balança Alimentar Portuguesa é um instrumento analítico de natureza estatística baseado na oferta de alimentos no território nacional numa perspetiva de consumo aparente, enquadrando as disponibilidades alimentares e a respetiva evolução em Portugal, em termos de produtos, nutrientes e calorias.

“Estamos cansados de ser o parente pobre do SNS"
O presidente do Sindicato dos Enfermeiros – SE, Pedro Costa, lamenta que a ministra da Saúde tenha dois pesos e duas medidas no...

Pedro Costa espera que “haja um equívoco da parte do gabinete da ministra da Saúde”. Isto porque, em resposta ao Acordo de Compromissos entregue a 21 de setembro no Ministério, o secretário de Estado Adjunto da Saúde escreveu aos enfermeiros dando conta da vontade de o Governo em reunir, negociar e resolver as justas reivindicações dos enfermeiros. “Infelizmente, apesar de tanto elogio e tanta palmadinha nas costas, parece que só depois do Orçamento de Estado do próximo ano estar a aprovado é que há disponibilidade de agenda para receber os enfermeiros”, frisa.

A confirmar-se a reunião na próxima semana com estruturas sindicais de outras classes profissionais do SNS, Pedro Costa admite que “tal só irá reforçar o sentimento de injustiça que assola os enfermeiros e irá motivá-los ainda mais para a greve convocada para 3 e 4 de novembro”. O pré-aviso de greve, recorde-se, foi marcado para o período compreendido entre as 08 horas de dia 03 de novembro e as 24 horas do dia 04 de novembro.

“Estamos cansados de ser o parente pobre do SNS, aqueles que são publicamente elogiados e vangloriados, mas que, depois, na hora de discutir direitos laborais ficam sempre para último plano”, acrescenta o presidente do Sindicato dos Enfermeiros – SE. Pedro Costa acrescenta que este “é um comportamento que revela a falta de consideração e de respeito pelos enfermeiros e pelos seus problemas”.

O responsável desta estrutura sindical teme que o Ministério da Saúde procure aproveitar as reivindicações de enfermeiros, médicos e farmacêuticos, depois de todos terem apresentado pré-avisos de greve, para reunir em momentos diferentes, antes e depois da aprovação do Orçamento, e, assim, retirar força reivindicativa a cada estrutura.

“Além disso, de que vale ao ministério anunciar que vai reforçar o orçamento para a Saúde em 700 milhões de euros se, na prática, esse dinheiro apenas vai servir para construir novos hospitais? Será que vão equipar os hospitais apenas com máquinas”, questiona ainda. Pedro Costa lamenta que “esteja a ser perdida uma oportunidade de aproveitar os fundos do Plano de Recuperação e Resiliência para resolver os verdadeiros problemas do SNS: a falta de recursos humanos e a correta valorização dos que já ali trabalham”.

Pedro Costa conclui que “até dia 03 de novembro ainda há muito tempo para o Ministério da Saúde reconsiderar a sua posição e reabrir a mesa de negociações com os enfermeiros”. “Da nossa parte haverá sempre disponibilidade para dialogar”, assegura o presidente do Sindicato dos Enfermeiros – SE.

 

17 de outubro
A ANGEL – Associação Síndrome de Angelman Portugal realiza mais um Encontro Nacional, no dia 17 de outubro, na Quinta Real...

Com periodicidade anual e dirigido a todas as pessoas com interesse na Síndrome de Angelman e temas correlacionados, os encontros nacionais pautam pelo caráter informativo e pela partilha de experiências, essenciais para um maior e mais aprofundado conhecimento de uma doença genética que, sendo rara e identificada apenas em 1965, carece de ser explorada.

Apesar do trabalho desenvolvido ao longo de 10 anos de existência, a Associação ainda sente as consequências do défice de conhecimentos não apenas científicos e médicos, mas de toda a comunidade no que respeita a esta Síndrome.

No 10.º Encontro, a Associação procura esclarecer todos os interessados sobre o uso de canabidiol (CBD) e o seu potencial medicinal no tratamento de sintomatologia associada à Síndrome de Angelman. À mesa (redonda) sentam-se a Dra. Carla Dias, Presidente da Direção do Observatório Português de Canábis Medicinal e o Dr. José Carlos Ferreira, prestigiado neuropediatra em diversos centros hospitalares para conversar sobre este tema.

Com o Encontro a Associação pretende intensificar o conhecimento e esforço na investigação sobre Síndrome de Angelman e apoiar os familiares no encontro de respostas adequadas ao seu caso específico

 

Situação Epidemiológica
Desde ontem foram registados perto de 800 novos casos de infeção pelo novo coronavírus e sete mortes em território nacional. O...

A região Centro foi a região do país que registou maior número de mortes, desde o último balanço: três óbitos em sete. Seguem-se a regiões de Lisboa e Vale do Tejo e Alentejo com duas mortes cada, a assinalar nas últimas 24 horas.

De acordo com o boletim divulgado hoje pela DGS, foram ainda diagnosticados 766 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo foi a que registou a maioria dos casos, nas últimas 24 horas: 230, seguida da região Norte com 226 novas infeções. Desde ontem foram diagnosticados mais 171 casos na região Centro, 37 no Alentejo e 62 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, a Madeira registou mais 12 casos e o arquipélago dos Açores conta agora com mais 28 infeções.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 301 doentes internados, menos 20 que ontem. Também as unidades de cuidados intensivos tiverem menos um doente internado.

O boletim desta sexta-feira mostra ainda que, desde ontem, 624 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 1.030.439 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 30.212 casos, mais 135 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância menos 160 contactos, estando agora 21.426 pessoas em vigilância.

Opinião
As necessidades alimentares e nutricionais de uma pessoa sem diabetes não são diferentes das necessi

Antes de mais, é importante identificar as diferenças entre os dois tipos de diabetes – a Diabetes Tipo 1 (DT1) e a Diabetes Tipo 2 (DT2). A DT1, de cariz inevitável, tem origem na destruição das células produtoras de insulina do pâncreas pelo sistema de defesa do organismo. A hormona que leva a glicose (açúcar) a entrar nas células é, desta forma, produzida em pouca quantidade ou inexistente. É o tipo mais comum entre crianças e jovens. A DT2, que pode ser prevenida, surge quando o pâncreas não consegue produzir insulina em quantidade suficiente ou esta não é utilizada de forma eficaz pelo organismo. Pode passar despercebida durante anos e ocorre, geralmente, a partir dos 40 anos. O envelhecimento, o sedentarismo e hábitos alimentares incorretos são alguns dos fatores que estão na sua origem.

A alimentação da pessoa com diabetes deve ser planeada no sentido de encontrar o equilíbrio entre as necessidades nutricionais, o tratamento, com recurso a medicação oral ou insulina, e ainda a atividade física. O grupo de nutrientes a que se tem que dar mais atenção é o dos Hidratos de Carbono, vulgarmente denominados por “açúcares”, dando preferência aos complexos (ex: pão integral ou de mistura, massa, arroz), pois não provocam um aumento muito rápido da glicemia, em comparação com os hidratos de carbono simples (ex: açúcar tradicional que adquirimos no supermercado ou que o está contido num bolo recheado de creme).

No Dia Mundial da Alimentação, queremos partilhar algumas estratégias no sentido de melhorar o equilíbrio da glicemia, evitando as suas alterações (hipoglicemias e hiperglicemias):

  • Aprender a ler os rótulos alimentares, identificando os “hidratos de carbono” presentes nos alimentos e promovendo escolhas mais saudáveis;
  • Preferir sempre alimentos com hidratos de carbono mais complexos, isto é, que não provocam aumentos rápidos de glicemia (hiperglicemias);
  • Saber como substituir os alimentos do plano alimentar (ex: substituir o arroz pelo grão e outras leguminosas), mantendo a quantidade de hidratos de carbono prevista para a refeição;
  • Elaborar receitas saudáveis e mais apetecíveis, ao invés de refeições com um teor aumentado de gordura, sódio e açúcares adicionados;
  • Fazer intervalos de 2 a 3 horas entre as refeições;
  • Aumentar o consumo de água ao longo do dia, procurando beber cerca de 1,5 litros diariamente.

A Associação de Jovens Diabéticos de Portugal (AJDP) promove diversas iniciativas ao longo do ano para promover um estilo de vida saudável e prevenir e gerir a diabetes. Nas iniciativas de cariz educacional, dinamizamos o projeto “AJDP nas Escolas” através sessões de esclarecimento sobre a patologia em escolas, empresas e outras entidades; A nível alimentar, temos os Brunchs Vitaminados, em que apresentamos soluções mais saudáveis para a alimentação de toda a

população; promovemos igualmente iniciativas ao nível do desporto, como a Colónia de Férias Desportivas de Verão, destinada apenas a jovens com diabetes, as caminhadas e fins-de-semana de convívio abertos a toda a população, o projeto DiabPT United, com uma equipa de futsal formada por jovens com diabetes, entre muitas outras. Procurem por nós em www.facebook.com/JovensDiabeticos e www.ajdp.org.

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Universidade do Minho
A dor crónica tem o potencial de alterar hábitos, comportamentos e vidas.

Não é só um problema de cada um, é um problema de saúde pública e, uma das principais causas de procura dos cuidados de saúde em todo o mundo. Em Portugal, os dados mais recentes estimam uma prevalência de 33,6% de pessoas a viver com dor crónica e, apesar de ser uma das doenças mais prevalentes, a dor crónica é ainda uma realidade pouco considerada pelos profissionais de saúde e escondida por quem sofre.

O acesso aos cuidados de saúde especializados em dor crónica continua longe de ser ideal. O tratamento da dor crónica é feito predominantemente ao nível dos cuidados de saúde primários, com um processo que se revela muitas vezes lento e muito condicionado pelas assimetrias regionais e geográficas do nosso país. Para além disso, as terapêuticas farmacológicas continuam a ser favorecidas, apesar dos efeitos secundários, questões associadas à tolerância medicamentosa ou eficácia limitada.

Efetivamente, a dor é uma experiência multidimensional demasiado complexa e dinâmica para se cingir unicamente à componente física e ser gerida apenas farmacologicamente. A dor crónica deve ser encarada como um desafio multidimensional, em que todas as terapêuticas químicas, físicas e psicológicas coexistam, inseridas numa abordagem multiprofissional.

A escassez da formação pré e pós-graduada na área da dor, bem como o número e a alocação limitada dos profissionais de saúde dedicados a esta área de prestação de cuidados de saúde, constitui outro entrave à dinamização e eficácia do tratamento da dor crónica. Também relevante é o défice em termos de educação e capacitação dos pacientes com dor, sendo uma missão importante dessa mesma prestação de cuidados, a contribuição para a literacia dos cidadãos em relação à prevenção e controlo da dor.

Com a pandemia por COVID-19 assistiu-se a um maior distanciamento dos cuidados de saúde relativamente aos cidadãos nesta e noutras áreas de saúde, que não as relacionadas diretamente com a pandemia. O acesso ficou dificultado e o acompanhamento dos cidadãos mais distanciado. Contudo, a pandemia trouxe também a oportunidade de compreendermos e aceitarmos a importância do cuidado à distância; do estar presente e do acompanhar, ainda que nem sempre de forma direta e presencial. O conforto e conveniência de ter a capacidade de avaliar remotamente a intensidade, impacto e experiência de dor, assim como uma equipa multidisciplinar disponível para fornecer estratégias para lidar com a dor crónica, democratiza o acesso da população a cuidados diferenciados.

É neste seguimento que uma equipa com médicos, psicólogos, enfermeiros e investigadores criou um projeto de monitorização da dor e de acompanhamento personalizado na gestão e combate à dor - uma iniciativa desenvolvida em conjunto com o Centro de Medicina Digital P5, da Escola de Medicina da Universidade do Minho. O intuito é simples: a procura e promoção dos melhores cuidados, de cuidados centrados na pessoa com dor, nesta área tão negligenciada, tentando fazer a translação do conhecimento académico, com a prática clínica do dia a dia.

Queremos promover o acesso da pessoa com dor crónica a cuidados multidisciplinares, com a proximidade e conveniência da medicina digital, mas sempre com toda a nossa presença humana, olhos nos olhos, e com total atenção, disponibilidade e empatia. Queremos dar mais qualidade de vida a todas as pessoas com dor crónica, minimizando o seu sofrimento e melhorando o seu bem-estar, e ajudar no primeiro passo para um país mais consciente e comprometido com a resolução das dificuldades da nossa população.

Autores: 
António Melo, Médico Anestesiologista
Filipe Antunes, Médico de Medicina Física e de Reabilitação
Patrícia Pinto, Psicóloga Clínica e da Saúde
Hugo Almeida, Investigador

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As explicações de um neurocirurgião
Nem sempre a dor nas costas é sinónimo de hérnias discais ou artroses.

As dores da coluna vertebral são sempre causadas pelas hérnias discais e pelas artroses

As hérnias discais e as artroses estão incluídas na espondilose degenerativa que é a doença mais frequente da coluna vertebral.

A frequência das hérnias discais e das artroses aumenta com a idade, a partir dos 30 anos. Aos 80 anos, todas as pessoas têm artroses da coluna vertebral.

O que é interessante é que, muitas pessoas têm hérnias discais ou artroses, mas não têm dor.

Por outro lado, em muitas pessoas com dor, esta não pode ser relacionada diretamente com as hérnias discais ou as artroses.

Finalmente, as dores da coluna vertebral podem ser causadas por fraturas após traumatismos, doenças reumáticas como a artrite reumatoide e a espondilite anquilosante, as infeções e os tumores. Estas doenças são mais raras, mas mais graves e devem ser diagnosticadas e tratadas numa fase inicial.

Ou seja, dor nas costas não é sinónimo de hérnias discais ou artroses.

As hérnias discais e as artroses são provocadas pelas posturas e os pesos

A principal causa das hérnias discais e das artroses é genética ou hereditária, ou seja, a tendência para as desenvolver durante a vida é transmitida de pais para filhos.

A postura, os pesos suportados, os movimentos repetitivos e a vibração também desempenham um papel importante, mas secundário.

Os problemas de dor na coluna vertebral são mais frequentes em pessoas com excesso de peso, fumadores e com estilo de vida sedentário ou pouca atividade física.

Ou seja, a nossa tendência para desenvolver hérnias discais ou artroses está definida pela nossa genética. Contudo o nosso estilo de vida vai definir se o envelhecimento da coluna vertebral vai acontecer de forma mais ou menos rápida e se esse envelhecimento produz dor e incapacidade.

A COVID-19 afeta o sistema respiratório, mas também outros órgãos, nomeadamente, a coluna vertebral

De muitos milhões de pessoas que foram infetadas pelo vírus, nenhuma desenvolveu um problema da coluna vertebral diretamente relacionado com a coluna vertebral.

Contudo, algumas pessoas desenvolveram lesões do sistema nervoso e muitas desenvolveram cansaço intenso e prolongado (até 6 meses), o que, indiretamente, afeta a saúde da coluna vertebral.

Por um lado, devido ao confinamento, muitas pessoas ganharam peso, passam mais tempo sentados, reduziram o exercício físico, estão submetidas a maior stress psicológico e fumam mais. Estes hábitos de vida são responsáveis pelo surgimento de doenças da coluna vertebral bem como pelo agravamento de doenças prévias que estavam bem compensadas.

As pessoas com dor na coluna vertebral devem ficar em repouso absoluto

Para a grande maioria das pessoas, o repouso absoluto não ajuda e é prejudicial e perigoso.

O repouso absoluto por mais de 3 dias causa: perda de resistência cardíaca, respiratória e muscular; medo de ser incapaz de retomar a vida prévia; doenças muito graves como a trombo-embolia e as infeções.

Num episódio de dor na coluna vertebral, as pessoas devem manter, tanto quanto possível, as atividades da sua vida pessoal, familiar, social e laboral.

Quem tem doenças da coluna vertebral não deve realizar exercício físico

Quem não tem problemas da coluna vertebral deve praticar exercício físico para os evitar.

Por outro lado, o exercício físico é uma parte fundamental no tratamento das pessoas com doenças da coluna vertebral.

As atividades que impliquem suportar grandes pesos (halterofilismo) ou trepidação (motociclismo, BTT) devem ser evitadas.

Entre as atividades com benefício demonstrado incluem-se: modalidades simples como a caminhada e a corrida, preferencialmente em terra ou passadeira; modalidades mais estruturadas como o pilates e o RPG.

O objetivo é melhorar a resistência cardíaca e respiratória, a flexibilidade da coluna vertebral e a força dos músculos que a suportam.

É fundamental que se escolha uma modalidade compatível com a rotina diária de modo a ser consistente.

Por outro lado, é importante que haja um aumento gradual do número de sessões, da duração das sessões e da sua intensidade.

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No dia Mundial da Alimentação
A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) organiza, amanhã, Dia Mundial da Alimentação, a iniciativa “Oficina da...

Uma aula de ioga para toda a família, uma conversa sobre alimentação sustentável (com a nutricionista Ana Carvalhas) e um almoço partilhado, são ingredientes que convidam à boa disposição, num local também ele aprazível: o espaço junto ao Centro Náutico do Choupalinho, na margem esquerda do rio Mondego.

A estes ingredientes junta-se, ainda, “uma pitada” de solidariedade, através da recolha de bens alimentares a entregar, no dia seguinte – 17 de outubro é o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza –, por estudantes de enfermagem, à Cozinha Solidária da Associação Integrar, também em Coimbra.

Esta oficina, a decorrer entre as 10h30 e cerca das 14h00 de sábado, realiza-se com o apoio de vários parceiros e amigos da ESEnfC: “Convidas. Projeto que visa conciliar a vida profissional com a vida familiar em espaços de convívio, conhecimento e bem-estar” (a funcionar na ESEnfC), Programa 5 ao Dia, Mercado Abastecedor de Coimbra, Associação Integrar, Coimbra Stand Up Paddle, Banco Santander Universidades, Associação de Apoio aos Cuidados de Saúde dos Pequenitos e, claro, nutricionista e professora de ioga da Escola BmQ.

A ESEnfC faz parte da comissão coordenadora da Rede das Instituições de Ensino Superior para a Salvaguarda da Dieta Mediterrânica, constituída em 2019, e que pretende contribuir, através de uma abordagem multidisciplinar, para a defesa da dieta mediterrânica em diversas vertentes, como seja ao nível da produção e valorização dos produtos, da educação para a saúde, da preservação de técnicas, festividades e paisagens ancestrais

 

 

Dia Mundial da Alimentação
No dia 16 de outubro assinala-se o Dia Mundial da Alimentação, uma parte vital da nossa vida e muito

Mito 1 - As pessoas com diabetes não podem fazer uma alimentação normal.

A alimentação das pessoas com diabetes deve incluir todos os grupos de alimentos de forma equilibrada e variada, tal como se recomenda na alimentação saudável de qualquer pessoa sem diabetes. Existem alguns cuidados importantes pela necessidade de controlar os níveis de glicemia (açúcar no sangue), de conseguir um peso saudável e de manter os níveis de colesterol, triglicéridos e pressão arterial normais. Alguns destes cuidados incluem aumentar a ingestão de fibra e reduzir os hidratos de carbono refinados e alimentos processados ricos em açúcares, gordura e sal. Um dos desafios mais importantes é aprender a ingerir as quantidades certas em cada refeição, para uma boa gestão calórica e controlo dos níveis de glicose após as refeições e ao longo do dia, tendo ainda em consideração fatores como a idade, o peso e o tipo de terapêutica.

Mito 2 - As pessoas com diabetes não podem comer doces.

As pessoas com diabetes podem ingerir doces, mas não todos os dias. O mesmo conselho é dado aliás a toda a população. São no geral alimentos ricos em açúcar, gordura e calorias, que contribuem para o pior controlo glicémico e excesso de peso. Devem por isso reservar-se para situações ocasionais, em pequenas doses e combinado previamente com a equipa de saúde o tipo de ajustes ou cuidados a ter para evitar o aumento acentuado dos níveis de glicose no sangue. 

Mito 3 - As pessoas com diabetes podem comer fruta sem restrição de quantidade.

A fruta, contém hidratos de carbono e é rica em outros nutrientes fundamentais como a fibra, vitaminas, sais minerais e anti-oxidantes. Deve integrar o plano alimentar das pessoas com diabetes, mas como todos os alimentos, em porções recomendadas. No geral cerca de 3 doses de fruta diárias, privilegiando a fruta fresca (não em sumo) e quando possível com casca, por apresentar um maior teor de fibra com benefícios para o controlo da glicemia, do colesterol, da saúde intestinal, entre outros. “Considerando o impacto na glicemia, pode finalizar uma refeição que não contenha excesso de hidratos de carbono, ou pode integrar um lanche saciante, com um iogurte não açucarado ou uma pequena dose de frutos oleaginosos (noz ou amêndoa), por exemplo”, explica Maria João Afonso.

Mito 4 - Quem come muito açúcar vai ter diabetes.

“A alimentação rica em açúcares adicionados é, para além da alimentação hipercalórica, do excesso de peso, da obesidade e do sedentarismo, entre outros, um dos fatores que aumenta o risco da diabetes tipo 2”. Este tipo de diabetes está intimamente relacionada com o excesso de gordura corporal (principalmente abdominal), que resulta numa maior dificuldade na ação da insulina.

Mito 5 - Eliminar totalmente os hidratos de carbono ajuda a tratar a diabetes.

“As pessoas com diabetes, têm necessidade de controlar ou gerir a quantidade de hidratos de carbono em cada refeição e o tipo de alimentos que fornece esses hidratos de carbono.  Mas quantificar ou reduzir quando em excesso, não é o mesmo que eliminar, com vários riscos para a saúde. A quantidade total varia com a idade, género, peso e nível de atividade física, sendo que a gestão relacionada com a distribuição ao longo do dia (número de refeições e quantidades) é adaptada aos objetivos e tipo de tratamento de cada pessoa com diabetes. Para além disso devem privilegiar-se os alimentos com hidratos de carbono menos processados, sem adição de açúcares, gorduras e sal por um lado, e mais ricos em vitaminas, sais minerais e fibras importantes para o controlo glicémico e saúde cardiovascular”, afirma a nutricionista da APDP.

Mito 6 - Não é necessário controlar a ingestão de gordura. 

“As gorduras devem ser ingeridas com moderação devido ao elevado valor energético, no entanto considerar a qualidade é fundamental para a saúde cardiovascular, dando preferência às gorduras insaturadas como as que existem no azeite, atum, cavala, salmão e outros peixes, no abacate, ou em frutos oleaginosos sem sal (amêndoas, nozes, avelãs, …)”, sugere a responsável pela área da nutrição na APDP.

“Em Portugal temos mais de um milhão de pessoas com diabetes e mais de 50% da população com obesidade ou excesso de peso, uma população que precisa urgentemente de ser incentivada e ajudada a comer melhor e a mexer-se mais. O maior combate pela prevenção da diabetes é a redução da obesidade. Sabemos bem que esta não é uma luta só individual. Ela é essencialmente uma guerra contra interesses económicos e culturais estabelecidos, e pela criação de estruturas de apoio e motivação a todos aqueles que procuram ser mais saudáveis, perdendo peso, evitando o estigma e conseguindo evitar todas as suas consequências nefastas. É esse o alerta que a APDP deixa neste Dia Mundial da Alimentação”, conclui José Manuel Boavida, presidente da APDP.

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Desenvolvido pela AstraZeneca
A Agência Europeia do Medicamento já deu início ao processo de avaliação contínua de uma combinação de dois anticorpos...

Este procedimento de revisão contínua é utilizado pela EMA para acelerar a avaliação de um novo medicamento em situações de emergência de saúde pública, tendo já sido usado para a aprovação das vacinas contra o vírus SARS-CoV-2 na União Europeia.

“O Comité de Medicamentos Humanos da EMA (CHMP) deu início a uma revisão contínua do Evusheld, uma combinação de dois anticorpos monoclonais – tixagevimabe e cilgavimabe -, que está a ser desenvolvida pela AstraZeneca AB para a prevenção de Covid-19 em adultos”, informou o regulador europeu.

Em comunicado, a EMA adiantou ainda que esta decisão dos especialistas do CHMP de iniciar a avaliação contínua é baseada nos resultados preliminares dos estudos clínicos, que sugerem que o medicamento pode ajudar a proteger contra a doença provocada pelo coronavírus.

“A EMA começou a avaliar dados de estudos laboratoriais e em animais”, avançou a agência, que vai analisar também novas informações da farmacêutica sobre a qualidade, a segurança e a eficácia do Evusheld assim que estiverem disponíveis.

“Embora a EMA não possa prever os cronogramas gerais, [esta análise] deve levar menos tempo do que o normal devido ao trabalho realizado durante a revisão contínua”, referiu.

Os anticorpos tixagevimab e o cilgavimab foram concebidos para se ligarem à proteína spike do SARS-CoV-2, com o objetivo de impedir que o vírus entre nas células do corpo e cause a infeção.

Em fase de revisão contínua estão mais dois tratamentos à base de anticorpos, desenvolvidos pela Eli Lilly e pela GlaxoSmithKline and Vir Biotechnology, enquanto outros cinco estão na etapa mais avançada de avaliação da autorização para serem introduzidos no mercado.

Para já, a EMA apenas aprovou, em junho de 2020, o antiviral remdesivir para o tratamento da Covid-19 em adultos e adolescentes a partir de 12 anos e com pneumonia, que requerem oxigénio suplementar.

Entrevista
Segundo o estudo “Prevalência e Caraterização da Dor Crónica nos Cuidados de Saúde Primários”, 33,6%

Em Portugal, a dor é o principal sintoma que leva o doente a procurar o médico e os cuidados de saúde. Segundo o estudo “Prevalência e Caraterização da Dor Crónica nos Cuidados de Saúde Primários”, 33,6% dos indivíduos acompanhados em unidades de Cuidados de Saúde Primários vivem com dor crónica. Para entendermos a complexidade deste problema, como se caracteriza a dor crónica?

A dor crónica é uma doença com todo um conjunto de sinais e sintomas que se prolonga para além do tempo expectável de resolução do quadro clínico. Tem uma dimensão sensorial “o que se sente”, mas também emocional, resultado de experiências de toda a nossa vida passada, que determina que cada um de nós tenha a sua própria dor, diferente de qualquer outra.

Quais as principais causas ou fatores de risco associados à dor crónica?

Sendo que a dor crónica é predominantemente de etiologia músculo-esquelética "músculos, ossos e articulações”, tem necessariamente a ver com os hábitos de vida e particularmente com o sedentarismo e o excesso de peso. As posturas incorretas e os maus posicionamentos em casa ou no trabalho, também são causas possíveis de desencadear dor e potencialmente evitáveis, se corrigidas.

Como é feito seu diagnóstico? De que forma é possível quantificar a dor, tendo em conta que muitos não a conseguem compreender?

O diagnóstico é clínico, médico, e resulta da entrevista e da relação empática que se estabelece com o cidadão, nomeadamente com a recolha da história clínica, a realização do exame físico objetivo e, eventualmente, se persistir alguma dúvida, da realização de meios complementares de diagnóstico.

A dor pode ser prevenida? Quais os cuidados a ter?

Ter hábitos de vida saudáveis, nomeadamente na alimentação equilibrada e diversificada, na realização de exercício físico diário e na atenção aos pequenos pormenores da vida quotidiana de forma a evitar posturas e posicionamentos incorretos.

Tratando-se de uma entidade clínica complexa, em que consiste o seu tratamento?

Consiste em ter uma abordagem multimodal, isto é, de modos complementares, quer sejam medicamentos, as medidas químicas, as medidas físicas como a fisioterapia, os agentes físicos e o exercício, quer sejam psicológicas, particularmente na motivação para a superação da dor crónica.

De um modo geral, de que forma pode a dor condicionar a vida do doente? Quais as repercussões económicas e sociais da dor?

Falamos, hoje em dia, do conceito de dor total, porque tem repercussões físicas no corpo do doente, emocionais, na forma de estar e de ser, sociais, na forma de se relacionar com os outros e económicas pelos custos que acarreta no tratamento da dor ou até de absentismo laboral.

Na sua opinião, por que motivo continua a ser tão difícil entender e valorizar a dor? Qual o papel dos profissionais de saúde neste âmbito?

Se cada um tem a sua dor, acaba por guardar para si essa experiência e não a expor na sua totalidade, pensando sempre que o ou os outros não nos compreenderão. Cabe aos profissionais de saúde desmistificar estes conceitos, apoiar e disponibilizar todo um conjunto de práticas e saberes ao cidadão com dor crónica por forma a que possa depois superar essas situações.

Por fim, no âmbito desta temática, quais as principais recomendações /considerações?

Prevenir é o melhor remédio, como já dizemos e bem, que “mais vale prevenir do que remediar”, pelo que propor hábitos de vida saudáveis como a prática regular de exercício e evitar o excesso de peso e as doenças que lhe estão associadas, são a melhor forma de prevenir a dor crónica.

 

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Evento engloba sessões, mesas-redondas, simpósios e conferências
Entre hoje e amanhã, 15 e 16 de outubro, o Meliã Ria Hotel, em Aveiro, recebe o XXIX Congresso Português de Aterosclerose. Sob...

A Sociedade Portuguesa de Aterosclerose (SPA) promove mais uma edição do seu Congresso anual que se dirige, de uma forma particular, a todos aqueles que sejam especialistas na área da Medicina Geral e Familiar, bem como aos especialistas hospitalares, que vão discutir e partilhar o que de novo existe na área destas patologias, tendo por base a prática clínica.

O programa científico do evento engloba sessões, mesas-redondas, simpósios e conferências que pretendem abordar a diversidade das disciplinas científicas que se relacionam com a aterosclerose. A edição deste ano divide-se entre a participação física em Aveiro, com mais de 120 participantes, e a assistência virtual, com cerca de 700 participantes.

"Com exigência, abriremos porta ao futuro com o conhecimento que, aqui, partilhamos. Estes momentos de reflexão e aprofundamento do conhecimento são essenciais para capacitar melhor os nossos clínicos na luta contra a doença aterosclerótica”, reforça Carlos Rabaçal, Presidente do XXIX Congresso Português de Aterosclerose.

No programa científico, o destaque do primeiro dia vai para a conferência sobre a próxima década na aterosclerose promovida por Kausik Ray, Professor no Imperial College London e Presidente da European Atherosclerosis Society.

Já o segundo dia do evento será marcado pela conferência sobre “Ritmos circadiários, genes periódicos e doenças ateroscleróticas”, ministrada pelo Dr. António Pedro Machado, e por uma sessão mais informal dedicada a debater se “Há um mundo antes e outro depois da pandemia?” e que contará com a participação do escritor Afonso Cruz.

O programa conta ainda com uma mesa redonda promovida em conjunto com a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF) para discutir guidelines, consensos e normas relacionadas com a aterosclerose e os seus doentes.

Os participantes do Congresso vão poder ainda assistir a sessões sobre os efeitos pleiotrópicos dos fármacos CV, os benefícios do Ómega 3, o tratamento da inflamação e uma mesa redonda sobre a relação entre aterosclerose e AVC.

O programa completo e todas as informações sobre o Congresso podem ser consultados em www.congressoportuguesaterosclerose.pt

 

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