Dia 20 de outubro
No próximo dia 20 de outubro decorre a gala de entrega de prémios da 8.ª edição do Prémio Healthcare Excellence, no Hotel Vila...

Entre as 36 candidaturas estão os oito projetos finalistas oriundos de instituições de saúde de norte a sul do país: Prevenção de Quedas e Programa de recondicionamento ao esforço para doentes pós COVID-19,  da Unidade Local de Saúde de Matosinhos; Chegar mais longe… , da Andar; Clínica APIC, do Centro Hospitalar Tâmega e Sousa; Sistema de Rastreabilidade Têxtil e Cirurgia de ambulatório & hospitalização domiciliária em doentes em idade geriátrica com cancro da mama, do Centro Hospitalar Universitário de São João; Portal de agendamento online para vacinação contra a COVID-19 – pedido de agendamento vacina COVID-19, dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) e Just in Time, do Centro Hospitalar de Setúbal.

Os oito projetos finalistas serão apresentados pelos próprios autores a partir das 10h00, seguindo-se a apresentação do livro comemorativo “A Excelência da Saúde em Portugal”.

“A APAH e a AbbVie apresentam este livro comemorativo de forma a promover, homenagear e, principalmente, incentivar a propagação das boas práticas em saúde. Se os bons exemplos existem e podem dar respostas a problemas comuns, o objetivo da iniciativa e também deste livro é que possam ser replicados e inspirar novas ideias. Os projetos apresentados nesta edição especial são a prova viva da excelência da saúde em Portugal”, afirma Alexandre Lourenço, presidente da APAH.

A decisão final ficará a cargo do júri presidido por Delfim Rodrigues, vice-presidente da APAH, e que integra Carla Nunes, Diretora da Escola Nacional de Saúde Pública, Dulce Salzedas, jornalista da SIC e Victor Herdeiro, Presidente da Administração Central do Sistema de Saúde.

O grande vencedor será conhecido pelas 16h00 e irá receber o prémio no valor de 5.000 euros destinado à instituição onde o projeto foi desenvolvido e implementado.

À semelhança das edições anteriores, a cerimónia do Prémio Healthcare Excellence será emitida em Livestream no Facebook da APAH e no Canal APAH “Gestão em Saúde” no YouTube, permitindo assim a participação de todos os interessados.

Promoção da literacia em saúde
A Alfasigma Portugal é um dos parceiros do projeto “Saúde Digestiva”, uma iniciativa de responsabilidade corporativa da...

“Muitos portugueses têm problemas digestivos e consequentemente uma fraca qualidade de vida, e neste sentido, além de apoiarmos esta importante iniciativa na área da literacia em saúde, assumimos o compromisso na área de investigação e desenvolvimento de novas soluções terapêuticas que possam beneficiar estes doentes. Um compromisso que se reflete em patologias como a Encefalopatia Hepática e a Doença Diverticular do Cólon que, apesar de pouco conhecidas, são muito incapacitantes.” refere Rui Martins, diretor de Marketing e Vendas e responsável pela área de Relações Públicas da Alfasigma.

Com esta iniciativa a SPG tem como objetivo consciencializar a população portuguesa para o impacto das doenças do aparelho digestivo, incentivar a adoção de hábitos alimentares saudáveis e de atividade física regular, promover o diagnóstico precoce e o tratamento das doenças do Aparelho Digestivo, que afetam a qualidade de vida de aproximadamente 1/3 da população.

“Este movimento a que nos associámos, representa um importante passo na missão de chamar à atenção da população de quais os cuidados a ter para uma melhor Saúde Digestiva e congratulamos a Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia por este projeto, por serem o porta-voz e por veicularem fontes credíveis de informação junto dos portugueses.”, reforça Rui Martins.

 

 

Prémio pioneiro no ecossistema nacional em biotecnologia
Fetalix, Beesaver e MindMimics são os nomes dos três projetos distinguidos pelo Amyris Innovation BIG Impact Award, um concurso...

O projeto vencedor do Amyris Innovation BIG Impact Award, FETALIX, startup liderada por Joana Caldeira, propõe-se tratar a doença degenerativa do disco intervertebral, que provoca a dor lombar, em humanos e raças de cães específicas, através da utilização de um biomaterial desenvolvido e patenteado a partir de um derivado de uma fonte fetal de mamífero (representa um desperdício de milhões de toneladas gerado pela indústria pecuária), sustentado em princípios de economia circular (fator diferenciador do projeto). O biomaterial apresenta propriedades regenerativas únicas e a sua produção é simples, segura, acessível e passível de ser escalonável. 

O segundo prémio foi atribuído ao projeto Beesaver que se debruça sobre o problema da diminuição das abelhas em todo o mundo. Este projeto, liderado por Ana Cristina Afonso Oliveira, da Universidade do Minho, visa desenvolver um kit de triagem rápido e inovador para detetar esporos viáveis numa colónia infetada, mesmo que nenhuma doença seja aparente para os observadores. De referir que o diagnóstico precoce é muito importante para prevenir a sua disseminação, permitindo a implementação oportuna de protocolos sanitários com regras estritas de biossegurança.

O projeto MindMimics, apresentado por Laura Frazão, foi distinguido com o 3º prémio. O MindMimics pretende explorar os organoides do cérebro humano como uma alternativa para a triagem de fármacos e para o estudo de doenças do desenvolvimento neuronal. O conceito do projeto baseia-se na produção de organoides cerebrais e tumorais cerebrais, a partir de células estaminais pluripotentes induzidas recorrendo a bancos de células europeus ou aos próprios pacientes. A visão é a de disponibilizar este modelo de tecido cerebral humano, para ser usado por empresas farmacêuticas e instituições de I&D para apoiar a descoberta de novos fármacos e terapias para o combate a doenças neurológicas. 

Hugo Choupina, vice-presidente da ALUMNI ESB e co-organizador do evento, destaca “a excelência científica das soluções propostas aliada aos princípios de economia circular com foco particular em resolver problemas grandes na Sociedade,” acrescentando “estamos perante excelentes exemplos da melhor investigação que se realiza a nível nacional e que é passível de ser transferida e capitalizada na Indústria.” Ana Leite Oliveira, co-organizadora do evento e docente da Escola Superior de Biotecnologia, reforça “o júri ficou muito bem impressionado com a qualidade e quantidade de projetos apresentados.”  

John Melo, CEO da Amyris Inc, participou ativamente no evento e no final da sua intervenção elogiou o fator de inovação e de diferenciação dos projetos, felicitando todos os envolvidos. Na primeira edição do Amyris Innovation Big Impact Award, um prémio pioneiro no ecossistema nacional em biotecnologia, foram avaliadas mais de 40 candidaturas a nível nacional e internacional. 

O primeiro lugar receberá sete mil euros, enquanto o segundo e terceiro terão direito a dois mil e mil euros, respetivamente. Os resultados foram anunciados na 3ª edição do Biotechnology Innovation Forum: Think Big in Biotechnology, que decorreu online a 9 de outubro, organizado pela Associação de Antigos Alunos da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa no Porto, em parceria com a Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa no Porto, a Amyris Bio Products Portugal e a Delta Cafés. 

Estudo
Uma investigação da Universidade Edith Cowan (ECU), na Austrália, mostrou que o exercício físico pode ser uma arma na luta...

Num ensaio clínico, vários doentes obesos com cancro da próstata submeteram-se a um treino regular durante 12 semanas, tendo sido recolhidas amostras de sangue antes e depois do programa de exercício, para serem aplicadas diretamente nas células cancerígenas da próstata.

O supervisor do estudo, Robert Newton, revela que os resultados ajudam a explicar porque é que o cancro progride mais lentamente nos pacientes que se exercitam. "Os níveis de mioquinas anticancerígenas dos pacientes aumentaram em três meses", revela.

"Quando lhe tirámos o sangue antes e após o exercício e o colocamos em células cancerígenas vivas da próstata, vimos uma supressão significativa do crescimento dessas células sanguíneas após o treino", explica. Isso é bastante substancial e indica que o exercício crónico cria um ambiente de supressão do cancro no corpo."

Jin-so Kim, um candidato a doutoramento e líder da pesquisa, diz que embora as mioquinas pudessem sinalizar as células cancerígenas para crescerem mais lentamente - ou para parar completamente - não foram capazes de matá-las por si mesmas. No entanto, estas podem ser associadas a outras células sanguíneas para combater ativamente o cancro.

"As mioquinas, por si só, não dizem às células para morrerem", disse Kim. Mas sinalizam as nossas células imunitárias - as células T - para atacar e matar as células cancerígenas."

Newton acrescenta que o exercício também complementa outros tratamentos do cancro da próstata, como a terapia de privação de andrógeno, que é eficaz e geralmente prescrita, mas também pode levar a uma redução significativa da massa magra e ao aumento da massa gorda. Isto pode levar à obesidade sarcópenica (sendo obesa com pouca massa muscular), saúde mais pobre e cancro.

Todos os participantes no estudo eram obesos, e o programa de treino permitiu-lhes manter a massa magra enquanto perdiam massa gorda.

O estudo focou-se no cancro da próstata, uma vez que é o mais comum entre os homens e devido ao elevado número de mortes dos pacientes, mas o Professor Newton diz que os resultados podem ter um impacto mais alargado. "Pensamos que este mecanismo é aplicável a todos os tipos de cancro", diz.

 

Avaliação dos benefícios e riscos do fármaco
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) recebeu um pedido de estudo, com vista a uma autorização na União Europeia (UE) do...

A agência está a avaliar a licença de marketing solicitada pela Roche Registration GmbH para a aprovação do fármaco que combina os anticorpos monoclonais casirivimab e imdevimab, para tratar adultos e adolescentes com mais de 12 anos que não necessitam de oxigénio suplementar e estão em risco acrescido de desenvolver Covid-19 grave.

Esta combinação de anticorpos  monoclonais também poderia ser usada na prevenção da doença em adultos e adolescentes com mais de 12 anos, de acordo com os dados da Comissão de Medicamentos Humanos (CHMP).

A EMA estima que poderá concluir a sua avaliação dos benefícios e riscos do fármaco num período "reduzido" de dois meses, dependendo da robustez dos dados apresentados pela empresa farmacêutica, e desde que não sejam necessárias informações adicionais para apoiar a análise.

A agência iniciou uma revisão em tempo real dos dados deste tratamento que combinam anticorpos monoclonais já em fevereiro, depois de ver que "os resultados preliminares de um estudo indicam um efeito benéfico do fármaco na redução da quantidade de vírus no sangue (carga viral) em pacientes não hospitalizados" que o contraíram.

 

Estudo
Quatro em cada cinco sobreviventes da Covid-19 recuperam o olfato ou o paladar seis meses após a infeção, sendo que aqueles que...

Entre os 798 participantes do estudo que testaram positivo para o Covid-19 e que relataram uma perda de olfato ou sabor, foi possível concluir que, aqueles que tinha menos de 40 anos, recuperaram o seu olfato em maior escala do que aqueles com mais de 40.

Evan Reiter, diretor médico do Centro de Transtornos no Olfato e do Paladar da VCU Health e co-investigador do estudo, disse que os últimos dados mostram que 4 em cada 5 participantes, independentemente da idade, recuperaram o cheiro e o sabor em seis meses.

 

Especialista alerta para a incidência das doenças da tiroide em idade pediátrica
Atraso no crescimento, aumento do volume da tiroide, do peso e dificuldade de concentração na escola

O aparecimento do bócio advém de um mau funcionamento da glândula e do aumento do volume da tiroide. Para a especialista existe a possibilidade “de surgirem nódulos da tiroide, que apesar de serem menos prevalentes nas crianças do que na idade adulta, a possibilidade de um nódulo deste tipo na criança ser maligno é consideravelmente maior”. Daí que seja importante reconhecer os principais sintomas, diagnóstico e tratamentos.

A diferença entre o hipotiroidismo e o hipertiroidismo, é que no primeiro o metabolismo desacelera, devido a uma produção de hormonas insuficiente e no segundo, acontece o contrário. Porém, o hipotiroidismo continua a ser o mais frequente, tanto nos adultos como nas crianças, pois este pode ser diagnosticado logo à nascença através do teste do pezinho.

A causa mais frequente de hipotiroidismo é a doença autoimune da tiroide - o Tiroidite de Hashimoto ou autoimune crónica. Outras causas estão relacionadas com a radioterapia da cabeça e pescoço, a cirurgia ou uma malformação congénita e ainda com défice de iodo. Em relação ao hipertiroidismo na infância é 10-20 vezes menos frequente que o hipotiroidismo e geralmente acontece na adolescência, principalmente naquelas crianças com histórico familiar. Surge também devido a uma doença autoimune – a doença de Graves. Os sinais são evidentes: alterações do humor, irritabilidade, agitação, tremor, suores, intolerância ao calor, palpitações, diarreia.

No entanto, para o hipertiroidismo existe um fármaco que reduz a síntese de hormonas, mas é bem mais complicado do que o hipotiroidismo, exigindo uma vigilância clínica mais apertada com realização de exames periódicos. Apesar destas disfunções “as crianças que sofram desta patologia da tiroide podem ter uma vida completamente normal, desde que sejam acompanhadas por um médico especialista e tomem a medicação prescrita regularmente”, alerta a endocrinologista.

 

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Alerta a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia
No âmbito do Dia Mundial da Visão, que este ano se celebra a 14 de outubro, a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO) irá...

“Cerca de 65 por cento das pessoas com deficiência visual têm 50 anos ou mais e em Portugal temos vindo a assistir a um aumento de casos de baixa visão por degenerescência macular da idade. A DMI é a principal causa de perda de visão acima dos 65 anos. Distorção das imagens, aparecimento de manchas - começa desta forma, que muitas pessoas acham normal devido à idade - mas pode levar à cegueira. A melhor forma de travar a doença é um diagnóstico precoce, por isso é tão importante fazer visitas regulares ao seu Médico Oftalmologista.” afirma Rufino Silva, Presidente da SPO e Médico Oftalmologista em Coimbra, acrescentando que “as pessoas devem preocupar-se com um estilo de vida saudável e apostar mais na prevenção - é por isso fundamental divulgar esta informação: a grande maioria das deficiências visuais podem ser evitadas e/ou tratadas.”

As causas principais de cegueira e de perda de visão irreversível, na população portuguesa, são a degenerescência macular da idade, a retinopatia diabética e o glaucoma. A prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento atempado são possíveis e fundamentais, tornando-se assim possível evitar essa perda de visão que é muitas vezes irreversível e com elevados custos para o doente, sua família e para a sociedade em geral.

“Pelos 40-50 anos, quando surge a presbiopia, deve consultar-se um médico oftalmologista e iniciar o despiste de glaucoma, entre outras patologias. Não é adequado comprar óculos de leitura e não fazer uma observação pelo médico da especialidade. Em idades mais avançadas é obrigatória a observação a cada 1 a 2 anos, para despiste de catarata, glaucoma e degenerescência macular da idade. O envelhecimento da população significa que o risco de desenvolver deficiência visual relacionada com a idade é cada vez maior por isso, nunca é demais fomentar a prevenção e a consulta regular junto de um Médico Oftalmologista”, refere Lilianne Duarte, Médica Oftalmologista e investigadora clínica. 

A cada cinco segundos, há um adulto a cegar no mundo, enquanto que a cada minuto o mesmo acontece com uma criança

Os cuidados com a visão devem manter-se ao longo da vida. O Dia Mundial da Visão tem como objetivo lembrar que as principais causas de cegueira no mundo podem ser prevenidas e/ou tratadas se as populações tiverem acesso a cuidados de saúde adequados. A cada cinco segundos há um adulto a ficar cego no mundo, enquanto que a cada minuto o mesmo acontece com uma criança.

Para além das enumeradas, são também causas de perda de visão: a miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia - situações que podem ser corrigidas com óculos, lentes de contato ou cirurgia LASER ou implante de lentes. Por sua vez, a catarata pode ser corrigida com elevado sucesso com cirurgia, evitando a progressão até à cegueira.

Nesta altura do ano, com as primeiras semanas de escola, é igualmente importante estar atento às crianças.

O Rastreio Nacional de Saúde Visual prevê rastreios simples aos 2 e aos 4 anos, mas caso estes não tenham ocorrido, (e muitos estiveram suspensos pela Pandemia COVID 19) devem ser reagendados ou em alternativa ser realizada uma consulta com um Médico Oftalmologista. As crianças, que por qualquer razão, não fizeram rastreios nem consultas antes dos seis anos, devem realizar uma observação por Oftalmologia nesta fase do início das aulas.

O rastreio da retinopatia diabética está implementado a nível nacional e é fundamental para reduzir a perda de visão e a cegueira, associadas a esta patologia. Quando não há tratamento atempado, a retinopatia diabética pode terminar em cegueira irreversível.

#loveyoureyes a campanha mundial

A SPO decidiu este ano lançar uma iniciativa aberta a todos os que gostam de fotografia, como forma de chamar a atenção para o lema da campanha mundial: #loveyoureyes - ama os teus olhos.

Assim, serão pedidas fotografias que retratem olhos de pessoas com o intuito de focar a nossa atenção num dos órgãos mais importantes do nosso corpo. Os vencedores terão um prémio na área da fotografia.

Dia Mundial da Trombose assinala-se a 13 de outubro
A trombose é uma patologia com grande impacto na vida dos doentes. No Dia Mundial da Trombose, que se assinala a 13 de outubro,...

A ocorrência do Tromboembolismo Venoso (TEV) no decurso da doença oncológica confere um mau prognóstico e aumenta o risco de recorrência, o qual se encontra elevado nos 3-6 primeiros meses, podendo persistir até 10 anos após o episódio inicial. A elevada morbilidade associada ao TEV no doente oncológico conduz a hospitalização por maiores períodos de tempo, atrasos ou descontinuação de quimioterapia, risco hemorrágico e de recorrência aumentado, síndrome pós-trombótico e compromisso da qualidade de vida do doente.

A LEO Pharma, através da sua Unidade de Trombose, promoveu o primeiro estudo epidemiológico a nível ibérico sobre o risco de trombose em doentes com cancro ativo, tratados com quimioterapia, terapia hormonal ou biológica, no qual participaram cerca de 2.000 doentes de 70 hospitais em Portugal e Espanha. Designado por CARTAGO (CARacTerizAção do risCO de trombose em doentes com cancro), o objetivo deste estudo passa por instituir uma ferramenta que possa estratificar o risco de trombose na população oncológica, portuguesa e espanhola. De acordo com o Dr. Esteve Colomé, Diretor Médico da Unidade de Trombose da LEO Pharma Ibéria, "o risco de um evento trombótico em doentes oncológicos é elevado em ambiente hospitalar e em ambulatório, especialmente nos casos de tumores com elevado risco trombótico, tais como tumores pulmonares, pancreáticos ou urológicos".

O TEV é uma complicação clínica relevante que pode apresentar-se como trombose venosa profunda (TVP) ou tromboembolismo pulmonar (EP). O risco de TEV é 3-5 vezes maior nos doentes com cancro, submetidos a cirurgia, e até seis vezes maior nos doentes sob quimioterapia.

A LEO Pharma, com mais de 70 anos de experiência em investigação, desenvolvimento e produção de heparinas de baixo peso molecular, está empenhada em melhorar a prevenção e tratamento do tromboembolismo venoso e os casos em que a trombose convive com outras patologias, tais como o cancro.

Conscientes do impacto na mortalidade e morbilidade da trombose associada a cancro, torna-se necessário atuar no aumento da consciencialização desta problemática ao nível dos doentes, profissionais de saúde e entidades reguladoras. Neste âmbito, O GESCAT (Grupo de Estudos de Cancro e Trombose), em parceria com a LEO Pharma, promove no próximo dia 6 de novembro de 2021, uma reunião destinada ao doente, onde se pretende, entre os vários intervenientes desta área, debater e esclarecer os principais fatores que atuam na otimização da gestão da trombose e cancro. Entre vários temas, teremos uma sessão de esclarecimento sobre os sinais e sintomas do TEV, será discutida a importância da sua prevenção, o impacto na qualidade de vida do doente e a importância do correto acesso às terapêuticas anticoagulantes, como fator de sucesso na gestão desta patologia.

 

Dia Mundial das Doenças Reumáticas
Hoje, dia 12 de outubro celebra-se o Dia Mundial das Doenças Reumáticas.

Destaca-se a quantidade de doenças diferentes que se classificam nesta categoria, desde as supostamente mais benignas (mas mais frequentes) como a osteoartrite ou a osteoporose, até às potencialmente mais graves (felizmente mais raras) como algumas doenças autoimunes sistémicas. E ainda se sublinha o carácter universal deste tipo de enfermidades capazes de atingir quaisquer escalões etários, a forma como implicam sofrimento para doentes, familiares e cuidadores, como impõem um desgaste psicológico e financeiro a quem com elas convive, como representam um custo muito importante para toda a sociedade.

Estranho mundo este onde o dia celebrado é o da doença e não o do doente…

Porque se alguém merece ser alvo de qualquer tipo de celebração, de reconhecimento, de ajuda é exactamente cada um dos que, anonimamente ou não, sofre e suporta as vicissitudes de uma sorte que foi mais madrasta que amiga. E também aqui existem filhos e enteados… Há alguns anos, era eu ainda aprendiz nas artes da medicina (felizmente ainda não parei de o ser!), lembro-me de ouvir uma doente comentar a propósito da sua doença (um Lupus Sistémico particularmente grave): “… se vou ter uma doença, que seja algo raro… um Ferrari!”

Estranho mundo este onde o sofrimento causado por doenças comuns é desvalorizado pela frequência e o exotismo, ainda que perigoso, é valorizado com orgulho!

Aqui reside o paradoxo deste dia: não existe nenhuma pessoa no mundo que não tenha (ou não venha a ter) uma doença reumática! Elas existem não só como consequência de disfunções imunológicas e alterações metabólicas, mas também como consequência do envelhecimento e por isso mesmo, pela sua omnipresença, acabam muitas vezes por ser desvalorizadas ou mesmo ignoradas por médicos, cuidadores e até doentes que vêm em muitas doenças reumáticas, principalmente nas que têm um carácter degenerativo, apenas um desígnio do destino.

E claro, também existem os “Ferraris”, as doenças mais raras, complexas, a exigirem outro tipo de cuidados e a resultarem em outro tipo de complicações, mais graves, potencialmente fatais.

E é nesta altura que médicos discutem quais as especialidades que devem tratar o quê, economistas analisam como devemos pagar e a quem e políticos discursam sobre o mérito dos seus projectos.

Conseguem imaginar como seria a saúde da nossa sociedade se cada um de nós se concentrasse de facto em contribuir para uma equipa global, onde os méritos inerentes ao nosso treino e aptidão fosse colocado numa perspectiva de equipa, onde de facto os doentes fossem o foco daquilo que fazemos. É notável a energia gasta em “animosidades institucionais”, sempre em nome dos doentes, sempre em prol da saúde da nossa população, sempre na defesa dos melhores interesses que, cada um de nós, tem a certeza serem os dos outros.

As doenças reumáticas são um universo demasiado grande para ser controlado e demasiado importante para ser ignorado. Por isso celebramos o Dia Mundial das Doenças Reumáticas. Porque temos a obrigação de não desistir, teremos de coordenar melhor os nossos esforços, valorizar mais o que temos e o que somos, reconhecer que todas as especialidades médicas, todos os profissionais de saúde, todos os decisores políticos têm o dever de fazer melhor e podem fazê-lo se colocarmos, de facto, o doente primeiro.

Este ano, a 12 de Outubro, deveríamos fazer algo verdadeiramente radical: celebrar o Dia Mundial do Doente Reumático!

*Este texto não é escrito de acordo com o novo acordo ortográfico

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Diretor do Serviço de Pneumologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e presidente eleito da Sociedade Respiratória Europeia
Carlos Robalo Cordeiro, professor catedrático e pneumologista, acaba de ser reeleito, por unanimidade, Diretor da Faculdade de...

Desta forma, o então eleito Diretor da FMUC dá continuidade ao Plano de Acção (PA) que sustentou a candidatura apresentada em 2019, o qual incide em quatro áreas estratégicas: Ensino e Formação, Investigação Científica e Desenvolvimento Tecnológico, Prestação de Serviços, Gestão, Organização e Recursos, Relações Institucionais, Parcerias e Internacionalização.

Apesar de todos os constrangimentos relacionados com a pandemia que marcaram fortemente o anterior mandato, Carlos Robalo faz um balanço positivo. “A pandemia acabou por constituir uma aprendizagem para todos nós. Apesar de muitos projectos terem sido adiados, assistimos a uma verdadeira onda de coesão e solidariedade que se fez notar nas mais variadas ocasiões. O corpo docente, assim como toda a Escola, tudo fez para minimizar os danos e não colocar em causa o plano formativo dos estudantes, ainda que tenham sido suspensas temporariamente as aulas práticas de medicina que envolviam contacto com doentes. Assistimos a uma enorme mobilização dos estudantes da Faculdade de Medicina, que, em colaboração com o Departamento de Saúde Pública da Administração Regional de Saúde do Centro (ARS Centro), deram apoio na realização de inquéritos epidemiológicos. Os últimos anos colocaram-nos à prova, não só a nível profissional, mas também humano”.

Além de Professor catedrático, Carlos Robalo Cordeiro é também diretor do Serviço de Pneumologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e presidente eleito da Sociedade Respiratória Europeia (European Respiratory Society – ERS), a maior sociedade científica global dedicada à investigação e formação em torno das patologias respiratórias.

Especialista em pneumologia, possui uma carreira marcada por inúmeras distinções nacionais e internacionais, como os prémios Thomé Villar (1988, 1993, 1998 e 2013) e AstraZeneca (2008) da SPP; Morgagni Award, da Associazione Morgagni Malattie Polmonari, de Itália (2009), Personalidade do Ano da Fundação Portuguesa do Pulmão (2011), Membro Honorário da Sociedade Nacional Romena de Pneumologia (2018) e Medalha de Ouro da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (2018).

 

Estudo publicado no The Lancet
Os casos de distúrbios depressivos e ansiedade aumentaram mais de um quarto em todo o mundo em 2020 devido ao coronavírus. Isto...

Especificamente, os dados sugerem que a pandemia causou 53 milhões de casos de depressão e 76 milhões de casos de perturbações de ansiedade.

Isto significa, por exemplo, que os casos de grande desordem depressiva e ansiedade aumentaram no ano passado 28% e 26%, respetivamente.

As mulheres e os mais jovens foram os mais afetados pela pandemia.  Os países com taxas elevadas de Covid-19 e com maior número de restrições foram aqueles que registaram os maiores aumentos na prevalência destas perturbações.

 

Ensaios Clínicos Fase 3
Em comunicado, a AstraZenaca já fez saber que o medicamento AZD7442, desenvolvido para tratar a Covid-19, conseguiu uma redução...

90% dos participantes inscritos pertenciam a populações em alto risco de progressão para o Grave Covid-19, incluindo aqueles com comorbilidades. Apesar disso, o tratamento minimizou o desenvolvimento da doença em 67% em comparação com aqueles que receberam um placebo durante o ensaio. Apenas nove pessoas que receberam AZD7442 experimentaram eventos adversos em comparação com 27 entre aqueles que receberam o placebo.

Deste modo, a empresa avança que o medicamento, aplicado por meio de uma injeção, foi em geral bem tolerado.

Segundo a AstraZeneca os resultados sugerem, ainda, que o medicamento pode reduzir de modo significativo os casos graves da doença, “com proteção continuada por mais de seis meses”.

 

Situação Epidemiológica
Desde ontem foram registados pouco mais de 300 casos de infeção pelo novo coronavírus e sete mortes em território nacional. O...

A região Norte foi a região do país que registou maior número de mortes, desde o último balanço: quatro em sete. Seguem-se as regiões Centro, Lisboa e Vale do Tejo e Alentejo com uma morte, cada, a assinalar nas últimas 24 horas.

De acordo com o boletim divulgado hoje pela DGS, foram ainda diagnosticados 327 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo foi a que registou a maioria dos casos, nas últimas 24 horas: 112, seguida da região Norte com 76 novas infeções. Desde ontem foram diagnosticados mais 55 casos na região Centro, 41 no Alentejo e 22 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, o arquipélago da Madeira conta agora com mais 10 infeções, e os Açores com onze.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 356 doentes internados, mais 22 que ontem. Também as unidades de cuidados intensivos registarem um pequeno aumento: desde ontem, há mais três doentes, estando agora 58 doentes na UCI.

O boletim desta segunda-feira mostra ainda que, desde ontem, 308 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 1.027.424 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 30.167 casos, mais 12 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância menos 209 contactos, estando agora 23.309 pessoas em vigilância.

Champalimaud Research Symposium 2021
De 13 a 15 de outubro, um grupo de proeminentes cientistas internacionais, especializados em neurociência e inteligência...

Enquanto os neurocientistas procuram decifrar os mecanismos biológicos que dão origem à inteligência, os cientistas dedicados à IA trabalham para gerar inteligência in silico. Podem as interações entre estes dois campos, aparentemente distintos, aproximar os objetivos de cada um deles?

Os organizadores do Simpósio da Champalimaud Research, que acontece esta semana (de 13 a 15 de outubro), acreditam que a resposta é “Sim”. “A neurociência e a IA são duas faces da mesma moeda”, diz Joe Paton, Co-diretor da Champalimaud Research e um dos Chairs do simpósio. “Sendo que, aquilo que as liga de modo fundamental é o facto de ambas procurarem compreender a natureza da inteligência.”

O co-Chair Leopoldo Petreanu, investigador principal do laboratório de Circuitos Corticais no Centro Champalimaud, acrescenta que a neurociência e a IA têm uma longa história de influência mútua. “Os fundamentos das redes neurais artificiais foram originalmente inspirados pelo conhecimento gerado pela neurociência, sobre como os neurónios biológicos e as áreas do cérebro interagem. Mais recentemente, porém, o fluxo de ideias também tem acontecido na outra direção, tendo a IA fornecido à neurociência novas teorias sobre o funcionamento do cérebro”, destaca.

Embora as interações entre estes campos estejam a acontecer com cada vez mais frequência, estas conversas nem sempre são fáceis. O co-Chair Jakob Macke, que lidera um laboratório de IA e Aprendizagem Automática (Machine Learning) na Eberhard Karls University, em Tübingen, sugere que encontros científicos como este podem facilitar um intercâmbio mais frutífero. “Cada campo tem a sua própria linguagem e objetivos distintos, e o que funciona para o cérebro pode não ser o melhor para um computador. É por isso importante trabalhar nas semelhanças e nos objetivos partilhados, bem como ter em conta as suas diferenças. Só alimentando estes diálogos é que os dois campos podem continuar a inspirar-se mutuamente”.

O encontro é um evento híbrido, que acontece tanto virtual como presencialmente no Centro Champalimaud (as inscrições para o evento online estão disponíveis com um desconto). O programa científico será transmitido em direto numa plataforma virtual desenhada para que os participantes possam colocar perguntas durante as palestras, visitar as sessões de pósteres, interagir com outros investigadores e revisitar sessões anteriores.

Iniciativa que visa reconhecer e divulgar as melhores práticas de adoção das TIC na área da saúde
A 5ª edição do evento HINTT sob o tema e-Health: Sci-fi or Pure Reality?, ficou marcada pelo estabelecimento de uma parceria...

O Born From Knowledge Awards é um programa promovido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, através da ANI, e materializa-se num conjunto de iniciativas destinadas a valorizar ideias, projetos e empresas inovadoras que tenham por base o conhecimento científico e/ou tecnológico. Uma das iniciativas do programa Born from Knowledge consiste na associação a prémios de inovação existentes, que tenham como objetivo fomentar a I&D, a inovação e o empreendedorismo nacional.

E é neste sentido que o BfK Awards se junta às 4 categorias do Prémio HINTT: Startup Innovation, Clinical Outcomes, Value Proposition e Patient safety. Assim na próxima edição do HINTT, será atribuída uma distinção especial BfK Awards a um dos projetos candidatos ao Prémio HINTT – Maturidade Digital, avaliando essas candidaturas de acordo com cinco critérios: base científica, inovação, colaboração, propriedade intelectual e impacto.

Para Filipa Fixe, administradora executiva da Glintt, “esta Parceria com a ANI é um marco extremamente importante para o HINTT, dado que vem uma vez mais comprovar a excelência dos projetos candidatos ao longo destas edições, ajudando a transformar este evento numa referência no setor nacional da saúde. Para além dos 4 vencedores do Prémio HINTT, para o ano teremos mais uma distinção especial BfK Awards que poderá ser entregue a outro finalista ou a um dos vencedores”.

De acordo com João Borga, administrador executivo da ANI, “é uma honra juntarmos esforços com a Glintt, com a atribuição da distinção Born from Knowledge, neste evento. Acreditamos que o nosso programa de valorização do conhecimento científico e tecnológico vai ajudar a promover, divulgar e premiar a produção de conhecimento e inovação que sobe ao palco do HINTT, dando visibilidade a exemplos de transformação da economia pela ciência”.

Os Prémios HINTT são uma iniciativa que visa reconhecer e divulgar as melhores práticas de adoção das TIC na área da saúde, e têm como objetivo melhorar a segurança do cidadão, apoiar a decisão clínica e a eficiência global. 

Desta forma, na categoria de Clinical Outcomes, o vencedor do Prémio HINTT 2021 foi a solução desenvolvida pelo Fraunhofer AICOS, com o Projeto “Derm.AI - Utilização de Inteligência Artificial para Potencializar o Rastreio Teledermatológico”. Este consiste numa solução que pretende facilitar e aumentar a eficiência do processo de referenciação na Teledermatologia entre Cuidados de Saúde Primários e Serviços de Dermatologia do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e, para isso tem dois grandes objetivos principais: 1) Integração de uma aplicação móvel para aquisição de imagens dermatológicas de lesões cutâneas no sistemas de referenciação do SNS; 2) Construção de uma plataforma de Inteligência Artificial de Priorização de Risco e Apoio à Decisão.

Por sua vez, o Projeto “Portal de Agendamento Online para vacinação contra a COVID-19”, dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, venceu na categoria de Patient Safety, um Portal que possibilitou a solicitação do agendamento da vacinação para o local e a data mais convenientes, de acordo com a disponibilidade e a capacidade instalada dos postos de vacinação existentes.

Das startups a concurso – na categoria Startup Innovation - o Projeto “adhesiv.Ai – Remote Wound Care”, da BestHealth4U, foi o vencedor. Um adesivo flexível e adequado para a pele, que trata eficazmente a ferida, e monitoriza continuamente a progressão da cicatrização. Esta tecnologia inovadora está integrada com um software de rastreamento digital (inteligência artificial que prevê a evolução da ferida), permitindo que os médicos controlem e monitorizem com eficácia as feridas dos seus doentes à distância, permitindo um acompanhamento contínuo e seguro a partir de casa.

Já na categoria Value Proposition venceu o CHU de São João, com o projeto Cri.Obesidade, que permite incorporar e tirar o melhor proveito das novas tecnologias de process mining, possibilitando a total autonomia ao utilizador na monitorização de todo o processo de tratamento dos doentes, em particular, perceber rapidamente quais os constrangimentos em termos de tempo de espera para cada passo do processo de tratamento.

Fazendo um balanço da 5ª edição do HINTT, Filipa Fixe menciona que “nesta 5ª edição, o objetivo manteve-se: dar palco à saúde digital, sem nunca esquecer o cidadão. O contexto pandémico que atravessamos veio reforçar a importância do foco no cidadão, tanto as entidades públicas e privadas como as entidades ditas pagadoras desempenharam a sua atividade focada no cidadão como nunca antes visto. Ou seja, falamos tanto do Ministério da Saúde, como de entidades seguradoras, e até mesmo as próprias entidades reguladoras. Desta forma, a tendência que vemos passa por soluções que permitam a proximidade com o utente, com o cidadão, onde quer que ele esteja.” Prossegue ainda explicando que “a utilização de algoritmos, da chamada inteligência artificial sobre os dados para conseguir melhorar a parte do diagnóstico, de acelerar processos, de transformar as instituições para se tornarem mais ágeis e para proporcionar aos profissionais de saúde mais tempo de qualidade para dedicar aos seus doentes e junto com eles tomar a melhor decisão, são aspetos que caracterizam as candidaturas”, refere.

O HINTT enquanto “montra” de projetos de referência a nível nacional permite que as instituições e as equipas partilhem entre si ideias que podem resultar em novos projetos ou novos modelos de implementação das soluções propostas, garantindo um maior impacto tanto para as entidades de saúde como para os utentes. Assim, foram várias as entidades que estiveram a concurso e que ficaram entre as 10 soluções finalistas, nomeadamente: a iLof; o INEM; o Well Partners; Glooma; CHULC e o SPEM.

Opinião
«(…) quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que

Não poucas vezes, talvez a mais delas, em muitas situações da nossa sociedade pós-moderna e pós-capitalista, vivemos uma permanente conspiração do silêncio em relação aos Cuidados Paliativos. Paliativo deriva do latim pallium que era o nome do manto usado pelos cavaleiros das Cruzadas para se protegerem das intempéries. Os Cuidados Paliativos têm este propósito fundamental, o de proteger, amparar, cuidar integralmente da pessoa e da sua família ao longo de todo o caminho novo que se abre quando há o diagnóstico de uma doença grave, incurável, progressiva e que, em anos a dias, pode levar à morte. Este acompanhamento abrange todas as dimensões da pessoa humana, desde o corpo que dói, às emoções que sentem, à família que amam, e à alma que sofre.

Algumas correntes defendem a mudança da designação de “Cuidados Paliativos” para outras alternativas mais redutoras e eufemísticas, que desenraízam estes cuidados do seu valor histórico e simbólico, na esperança que haja maior “aceitação” por parte da comunidade e dos próprios profissionais de saúde. Num tempo que se defende secular, vivemos de outros dogmas e atormentados por outros tabus que reconhecemos como normoses e, assim, nos impedem de sermos mais. Queremos fugir e ignorar a morte, o sofrimento, a intimidade, a espiritualidade; infantilizamo-nos em lugar de nos convocarmos para o crescimento; planificamo-nos em lugar de nos aprofundarmos. Porquê não acreditar no poeta e mudar os homens usando borboletas?

As pessoas que acompanhamos em Cuidados Paliativos são mestres e mostram-nos que o caminho para se ser inteiro não é fugir das questões fundamentais da vida, mas abraçá-las. Mostram-nos que querem ser cuidadas por uma medicina baseada na evidência e baseada na relação humana. Mostram-nos que a verdade e o afeto são essenciais para cuidarmos delas. Mostram-nos que é preciso encontrar o extraordinário no ordinário, porque o quotidiano é o grande tesouro. Mostram-nos que não é a morte que as atormenta, mas a vida mal vivida.

Mostram-nos que apesar de, o valor superlativo da bondade, da gratidão e do amor são perenes. Mostram-nos que as regras podem ser reinventadas. Mostram-nos que o tempo é presente. Mostram-nos que a doença não é um impasse, mas uma travessia para mergulhar em novas dimensões de si mesmas. Mostram-nos que a vida é uma dádiva e um dom.

Embora os Cuidados Paliativos sejam associados à morte, a área principal do nosso cuidado é a Vida. Não tenhamos medo de olhar para nós e para os nossos e perceber como queremos realmente viver. Não tenhamos medo de ser mais verdadeiros, mais inteiros, mais humanos. O último apelo é o de conseguirmos fazer de Portugal um lugar onde as pessoas aprendam a ver as felicidades certas, isto é, um lugar onde não haja medo de viver.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
“Um Olhar Informado Sobre o Cancro da Próstata em Portugal”
No âmbito da iniciativa “Homens Bem Informados”, a Associação Portuguesa dos Doentes da Próstata (APDP) organiza, com o apoio...

Com início marcado para as 18h30, o evento, no qual será feita uma breve contextualização sobre a iniciativa, vai contar com o contributo de vários especialistas que vão participar em dois debates.

O “Cancro da Próstata e a realidade nacional: Necessidades e desafios”, contará com José Graça, da Associação Portuguesa de Doentes da Próstata; os especialistas André Mansinho da Sociedade Portuguesa de Oncologia e Luís Abranches Monteiro da Associação Portuguesa de Urologia.

O Painel de Debate seguinte – sob o tema “Tornar o Cancro da Próstata uma Prioridade em Portugal” -, conta com a presença do médico Luís Campos Pinheiro, representante da Ordem dos Médicos; Maria Antónia Santos da Comissão de Saúde; Margarida Oliveira do Infarmed e José Dinis, Diretor do Programa Nacional das Doenças Oncológicas.

A iniciativa “Homens Bem Informados” surgiu a propósito da campanha europeia “Let’s Talk About Prostate Cancer” e tem como rosto o apresentador de televisão Hélder Reis. O objetivo desta campanha passa por sensibilizar a população portuguesa, em especial a masculina, para esta doença através de conteúdo informativo disponível no site da Astellas e na página de Facebook “Homens Bem Informados”. Nestas plataformas é possível encontrar informação sobre este tipo de cancro, incluindo sintomas, fatores de risco e formas de diagnóstico.

O cancro da próstata é a segunda principal causa de morte por cancro em homens acima dos 50 anos, sendo que 2 em cada 11 homens em Portugal são afetados por esta doença. Em 2020, foram diagnosticados em Portugal cerca de 7.000 novos casos. É atualmente mais letal para os homens do que o cancro da mama para as mulheres, tendo sido responsável por mais de 100.000 mortes na Europa em 2020. Em todo o mundo, surgiram cerca de 1,5 milhões de novos diagnósticos no mesmo ano.

 

 

 

 

 

 

Adoção da abordagem One Health (Uma Só Saúde) em Portugal é crucial
A importância de cuidar da saúde animal e ambiental para otimizar a saúde pública e evitar futuras pandemias, como a Covid-19,...

De acordo com um relatório recente da World Wide Fund for Nature (WWF)1, existe uma forte probabilidade de surgirem novas pandemias transmitidas por animais, a menos que se tomem medidas urgentes. As más normas de segurança alimentar estão a aumentar, como o comércio e consumo de animais selvagens, potenciando a exposição a patologias, dando origem todos os anos a três ou quatro novas doenças zoonóticas (algumas muito graves como o VIH/Sida, a Síndrome Respiratória Aguda e a Covid-19). O risco de surgir uma nova pandemia "é mais alto do que nunca", com o potencial de voltar a causar o caos na saúde, nas economias e na segurança global, como aconteceu no caso da disseminação do vírus SARS-CoV-2.

Luís Montenegro, diretor clínico do Hospital Veterinário Montenegro e presidente do congresso explica que “o comércio e consumo de animais selvagens, a desflorestação, a expansão da agricultura extensiva e a intensificação insustentável da produção animal conduzem ao aparecimento de zoonoses. Neste sentido, é fundamental reforçar o impacto que a saúde animal pode ter na saúde humana, sem descurar a saúde ambiental, e de que modo estas podem coexistir entre si, através da introdução da abordagem One Health, em Portugal.”

No caso dos animais de companhia, grande parte das doenças que estes transmitem às pessoas que com eles coabitam, podem ser evitadas através de regras básicas de higiene e segurança. A prevenção dessa transmissão alicerça-se através de medidas e políticas que deverão envolver um trabalho conjunto de médicos, médicos veterinários e especialistas em saúde ambiental.

Luís Montenegro apela às entidades políticas e autoridades de saúde nacionais, para a urgência de se adotar o conceito One Health no nosso país, para alcançar um futuro mais sustentável. “Em vez de se observar uma multiplicação de recursos e de práticas, passa a observar-se uma única escola de saúde – um espaço coabitado por várias medicinas – construída com pilares interdisciplinares, optimizadores de recursos, inclusivos e cooperativos. Esta abordagem depende de uma reorganização das instituições e dos serviços que devem trabalhar para o mesmo fim”.

Para obter intervenções bem-sucedidas, é necessário a cooperação de profissionais de saúde humana (médicos, enfermeiros, profissionais de saúde pública, epidemiologistas), de saúde animal (médicos veterinários, enfermeiros veterinários, trabalhadores agrícolas), do meio ambiente (ecologistas, especialistas em vida selvagem) e de outras áreas de especialização.

“Um espaço coabitado por várias medicinas traz inúmeras vantagens, mas para alcançá-las, precisamos de instituir uma comunicação mais assertiva entre as partes envolvidas”, sublinha o especialista, que ambiciona ser pioneiro na introdução desta abordagem de saúde em Portugal.

Valor angariado reverte a favor da Make-A-Wish
No âmbito da 5.ª edição da Maratona da Maternidade, organizada pelo laboratório BebéVida, a atriz e apresentadora Cláudia...

Claúdia Vieira é madrinha da Maratona da Maternidade e simultaneamente da Fundação Make-A-Wish (instituição escolhida pela BebéVida para receber a totalidade do valor angariado com as inscrições do evento) e vai juntar-se a futuras mamãs convidadas para uma aula de fitness e pilates, que terá a duração aproximada de uma hora.

Esta é uma das dez sessões, totalmente gratuitas e transmitidas via Zoom, que vão acontecer entre as 10h45 e as 18h00 do dia 16 de outubro, sobre várias temáticas ligadas à maternidade. Ao inscrever-se no site da BebéVida, as participantes ficam habilitadas a receber um cabaz de produtos de valor superior a 3 000€.

Por sua vez, no dia 17 de outubro, a BebéVida realiza mais uma caminhada, em formato virtual, dirigida em especial às famílias em crescimento, com o duplo objetivo de incentivar a natalidade e angariar donativos para a Make-A-Wish, conhecida por realizar desejos de crianças e jovens, dos 3 aos 17 anos, com doenças graves, proporcionando-lhes um momento de força, alegria e esperança.

“É com enorme alegria que estamos uma vez mais com a BebéVida! O ano passado conseguimos realizar, juntos, um desejo, graças a todos os participantes envolvidos. Estamos muito entusiasmados com esta 5.ª edição da Maratona da Maternidade que está repleta de novidades e que, simultaneamente, irá contribuir para que mais crianças gravemente doentes possam realizar o seu maior desejo”, refere Mariana Carreira, diretora executiva da Make-A-Wish.

Todas as pessoas que queiram participar na caminhada são desafiadas a fazer uma caminhada de três quilómetros e a partilhar as fotografias do percurso por si escolhido nas suas redes sociais, usando a hashtag #maratonabebevida e identificando os perfis @bebevida.pt e @makeawishportugal. Caso sejam atingidos 1000km percorridos, a BebéVida compromete-se a dobrar o valor angariado.

 

 

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