Estudo ENSP-NOVA: Literacia em Saúde no Ensino Superior
Quase metade da população estudantil universitária tem nível inadequado ou problemático de literacia em saúde, e é na área da...

A literacia em saúde é a capacidade individual para obter, processar e interpretar informação básica em saúde e serviços de saúde, para poder tomar decisões autónomas e inteligentes para si e para a comunidade. O “Saúde que conta”, uma iniciativa de investigação da ENSP-NOVA que há mais de 10 anos se tem debruçado sobre o papel do cidadão na gestão da sua saúde e bem-estar, incide agora o foco nos alunos do ensino superior.

“Numa sociedade em que a disponibilização de informação de saúde é uma constante, e na qual se pretende que as pessoas, cada vez mais, tenham um papel ativo na promoção e gestão da sua saúde, que tomem decisões, importa aferir se efetivamente estão preparadas para o fazer. Especialmente estes jovens adultos, com um papel social determinante”, refere Ana Rita Pedro, coordenadora do estudo e investigadora da ENSP-NOVA.

O estudo revela que existem assimetrias nos níveis de literacia em saúde na população universitária, com os estudantes com menores rendimentos e com pais com escolaridade mais baixa (até ao 3º ciclo) a reportarem mais níveis inadequados ou problemáticos de literacia em saúde, independentemente do género e da idade. Também o distrito onde completa o ensino secundário evidencia diferenças, sendo que os arquipélagos da Madeira e Açores e regiões do centro interior se destacam com maior proporção de estudantes com níveis deficitários de literacia em saúde.

“Os dados evidenciam que o contexto socioeconómico é um determinante fundamental da literacia em saúde na população universitária. O que aliás está em linha com o que tem vindo a ser observado para a população em geral, não só em Portugal, mas um pouco por toda a Europa. Mesmo num contexto diferenciado, como o do ensino superior, a situação socioeconómica e o meio familiar dos estudantes faz a diferença” - salienta ainda Ana Rita Pedro.

O estudo revela ainda que o nível de literacia em saúde é tendencialmente mais elevado entre os alunos de cursos de maior grau (pós-graduação, mestrado e doutoramento).

Quando analisados os determinantes de âmbito académico, são os alunos dos cursos não relacionados com Saúde quem apresenta níveis de literacia mais preocupantes, que se mantêm ao longo da formação – os níveis de literacia em saúde de um aluno finalista de um curso não relacionado com a Saúde não diferem dos de um aluno do primeiro ano. Em sentido inverso, ainda que os alunos do primeiro ano dos cursos de Saúde tenham níveis tendencialmente mais baixos de literacia em saúde que os restantes anos, estes tendem a aumentar ao longo da evolução académica. Verificou-se que um aluno finalista de um curso da área da Saúde tem maior propensão para ter um nível adequado de literacia em saúde, independentemente do género, idade ou rendimento, comparando com um aluno a iniciar o seu percurso.

Do estudo são ainda evidenciadas recomendações de estratégias de atuação para a promoção da literacia em saúde no contexto do ensino superior português, com base nos contributos de um painel de 28 peritos de diversas áreas e instituições a nível nacional.

Os resultados deste estudo serão apresentados esta tarde, a partir das 17h, na Câmara do Comércio e Indústria, numa sessão híbrida (presencial e online) em que serão discutidas recomendações para aumentar o nível de literacia no ensino superior português. A sessão poderá ser acompanhada remotamente em: www.saudequeconta2021.pt

Desafio recebeu mais de 100 candidaturas de todo o mundo
“Food from the Block” é um dos três projetos vencedores do “The Healthy Food Challenge”, uma iniciativa criada em parceria pela...

O desafio recebeu mais de 100 candidaturas de todo o mundo, com especial representação de Portugal, Brasil e Turquia, mas também dos Estados Unidos, do Canadá e de diferentes países do Sudeste Asiático, da Europa, da África e América do Sul.

Start-ups, empresas, organizações, grupos de jovens, comunidades religiosas, instituições públicas e organizações privadas, de todas as partes do mundo, foram convidadas a participar com boas ideias e a enviar propostas em resposta ao desafio lançado.

Os vencedores foram depois selecionados por um painel composto por sete representantes globais especializados em nutrição, envolvimento comunitário, alimentação e clima, sistemas alimentares, obesidade e determinantes sociais da saúde.

Food from the block, Portugal

Food from the Block é um projeto comunitário que visa reconstruir uma relação saudável com a alimentação, trazendo ligação, capacitação, conhecimento e inspiração às comunidades mais vulneráveis ​​de Lisboa. A Associação LOCALS, a organização por detrás desta iniciativa, é uma organização sem fins lucrativos que desenvolve projetos participativos com envolvimento das comunidades, de forma a que estas se tornem impulsionadoras ativas do desenvolvimento local, transformando positivamente os seus próprios bairros.

A Associação LOCALS, responsável pelo projeto vencedor em Portugal afirma: “Food from the Block nasce do entusiasmo e da vontade em tornar a literacia alimentar um processo participado aberto a todos. Estamos super entusiasmados para passar à ação! Vamos repensar os sistemas alimentares e o futuro da comida com as pessoas, cocriando soluções a partir das cozinhas das suas casas. Vamos resgatar a dimensão emocional e comunitária que a comida tem.  Pensar global para agir local: começamos pelos bairros Lisboetas, juntas-te a nós?”.

Enfrentar os desafios alimentares sistemáticos é uma forma de contribuir para a prevenção da obesidade e o mundo deve coletivamente fazer mais para criar ambientes alimentares saudáveis ​​e sustentáveis.

A prevenção da obesidade é um desafio urgente de saúde global. Atualmente, a obesidade atinge 650 milhões de adultos e 124 milhões de crianças e adolescentes e é um importante fator de risco para a carga global de doenças que levam ao aumento de diabetes, doenças cardiovasculares e cancro. A pandemia da covid-19 também evidenciou a necessidade urgente de ação, uma vez que pessoas com diabetes e obesidade correm maior risco de doença grave se contraírem covid-19.

Portugal foi um dos primeiros países do mundo a reconhecer a obesidade como sendo uma doença crónica. Ainda assim, a prevalência da doença continua a aumentar mesmo com as iniciativas que têm sido promovidas no país. Segundo o último Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF) do Instituto Ricardo Jorge, aproximadamente dois terços da população adulta portuguesa (67,6%), vive com excesso de peso (Índice de Massa Corporal (IMC)≥25) ou obesidade (IMC≥30), sendo que a prevalência de obesidade é de 28,7%.

“O que comemos atualmente está a prejudicar a nossa saúde e o nosso planeta”, afirma o Dr. Gunhild A Stordalen, fundador e presidente executivo da EAT.  “Precisamos de novas soluções e parcerias para mudar comportamentos e de um sistema alimentar que apoie dietas saudáveis ​​e sustentáveis.”

“O Autocuidado e Humanização na Arte de CuiDar”
A Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos (APCP) organiza, no próximo dia 22 de outubro, o 2º Congresso Internacional de...

Com a consciência da urgência no desenvolvimento dos Cuidados Paliativos no país, o grande objetivo deste congresso passa pela priorização e valorização dos cuidados paliativos, contribuindo para os colocar na ordem do dia e na agenda política.

Por esse motivo estão convidados a estarem presentes neste evento todos os profissionais de saúde, docentes e investigadores em Cuidados Paliativos, mas também decisores e responsáveis na saúde. A sessão de abertura conta com a presenta da ministra da Saúde, Marta Temido.

A APCP conta também com presença de Maria de Belém Roseira (Ministra da Saúde entre 1995 e 1999), Assunção Cristas (Presidente do CDS-PP entre 2016 e 2020 e Ministra da Agricultura e do Mar entre 2011 e 2015) e Catarina Pazes (Presidente da APCP), numa sessão moderada por Eunice Lourenço (Rádio Renascença).

O Congresso conta, ainda, com a importante participação de vários profissionais especialistas na área, nacionais e internacionais, para abordar temas como a humanização em saúde, a promoção do autocuidado das equipas e os desafios colocados pela pandemia.

Este congresso realiza-se no mês dos Cuidados Paliativos, na sequência da campanha de sensibilização promovida pela APCP ao longo de todo o mês, sob o mote “Porque Todos Importam”.

Segundo Catarina Pazes, Presidente da Direção da APCP, este congresso representa uma importante oportunidade de partilha entre os profissionais que se dedicam a esta área clínica e também de discutir a estratégia para tornar clara para todos a urgência nacional de um acesso equitativo a Cuidados Paliativos.

Abordagem One Health (Uma Só Saúde) em Portugal é crucial para otimizar a saúde pública
A importância de cuidar da saúde animal e ambiental para otimizar a saúde pública e evitar futuras pandemias, como a Covid-19,...

De acordo com um relatório recente da World Wide Fund for Nature (WWF)1, existe uma forte probabilidade de surgirem novas pandemias transmitidas por animais, a menos que se tomem medidas urgentes. As más normas de segurança alimentar estão a aumentar, como o comércio e consumo de animais selvagens, potenciando a exposição a patologias, dando origem todos os anos a três ou quatro novas doenças zoonóticas (algumas muito graves como o VIH/Sida, a Síndrome Respiratória Aguda e a Covid-19). O risco de surgir uma nova pandemia "é mais alto do que nunca", com o potencial de voltar a causar o caos na saúde, nas economias e na segurança global, como aconteceu no caso da disseminação do vírus SARS-CoV-2.

Luís Montenegro, diretor clínico do Hospital Veterinário Montenegro e presidente do congresso explica que “o comércio e consumo de animais selvagens, a desflorestação, a expansão da agricultura extensiva e a intensificação insustentável da produção animal conduzem ao aparecimento de zoonoses. Neste sentido, é fundamental reforçar o impacto que a saúde animal pode ter na saúde humana, sem descurar a saúde ambiental, e de que modo estas podem coexistir entre si, através da introdução da abordagem One Health, em Portugal.”

No caso dos animais de companhia, grande parte das doenças que estes transmitem às pessoas que com eles coabitam, podem ser evitadas através de regras básicas de higiene e segurança. A prevenção dessa transmissão alicerça-se através de medidas e políticas que deverão envolver um trabalho conjunto de médicos, médicos veterinários e especialistas em saúde ambiental.

Luís Montenegro apela às entidades políticas e autoridades de saúde nacionais, para a urgência de se adotar o conceito One Health no nosso país, para alcançar um futuro mais sustentável “Em vez de se observar uma multiplicação de recursos e de práticas, passa a observar-se uma única escola de saúde – um espaço coabitado por várias medicinas – construída com pilares interdisciplinares, optimizadores de recursos, inclusivos e cooperativos. Esta abordagem depende de uma reorganização das instituições e dos serviços que devem trabalhar para o mesmo fim”.

Para obter intervenções bem-sucedidas, é necessário a cooperação de profissionais de saúde humana (médicos, enfermeiros, profissionais de saúde pública, epidemiologistas), de saúde animal (médicos veterinários, enfermeiros veterinários, trabalhadores agrícolas), do meio ambiente (ecologistas, especialistas em vida selvagem) e de outras áreas de especialização.

“Um espaço coabitado por várias medicinas traz inúmeras vantagens, mas para alcançá-las, precisamos de instituir uma comunicação mais assertiva entre as partes envolvidas”, sublinha o especialista, que ambiciona ser pioneiro na introdução desta abordagem de saúde em Portugal.

 

29 e 30 de outubro | Porto Palácio Congress Hotel, Porto
A Sociedade Portuguesa de Senologia (SPS) vai reunir, em formato virtual e presencial, um amplo painel de especialistas...

Para o XI Congresso Nacional de Senologia, os principais temas em destaque são o rastreio personalizado; novos genes, novas recomendações; inteligência artificial em cancro da mama; oncogeriatria; mudanças no tratamento da doença metastática; novas abordagens para os marcadores tradicionais e o tratamento no novo milénio.

Tendo por base o “Cancro da mama no novo milénio: Ciência e Decisão” como mote do Congresso, pretende-se levantar várias questões e desafios, para os quais é fundamental perspetivar e delinear uma abordagem que melhor permita tratar a doença nas futuras gerações. Para tal, foi criado um programa de dois dias de trabalho composto por oito sessões temáticas, três simpósios, assim como por uma sessão dedicada às comunicações orais dos trabalhos científicos submetidos a avaliação de um júri previamente selecionado.

“Acreditamos que esta segunda década do milénio possa ser a altura ideal para analisar e projetar o tratamento do cancro da mama nas próximas gerações através de um trabalho contínuo, eficaz e detalhado em relação aos desafios do cancro da mama e da gestão dos sobreviventes. Assim, ao longo deste evento de âmbito científico, pretendemos promover sessões multidisciplinares que nos permitam recolher conclusões relevantes para a área da patologia mamária e trazer as melhores soluções para o doente”, assegura o Dr. José Carlos Marques, vice-presidente da direção da SPS.

O programa do XI Congresso Nacional de Senologia pode ser consultado em https://congressonacionalsenologia.pt/.

 

 

Associação Portuguesa de Nutrição
A osteoporose caracteriza-se pela diminuição da massa óssea e deterioração da estrutura dos ossos, t

Estão identificados alguns fatores de risco modificáveis, que se associam maioritariamente ao estilo de vida e que poderão relacionar-se com o aparecimento desta patologia, destacando-se: uma alimentação pobre em cálcio, um consumo excessivo de álcool, o tabagismo e um estilo de vida sedentário.

É então fundamental que se atue na prevenção que, a nível alimentar e nutricional, passará por garantir uma alimentação completa, variada e equilibrada, assegurando o cumprimento das recomendações diárias de ingestão de determinados nutrientes, por exemplo de cálcio, vitamina D e proteína.

No que diz respeito ao cálcio, um indivíduo adulto, saudável, necessita em média de 1000 mg diariamente. Os alimentos que integram o grupo do leite e derivados – leite, iogurtes, leites fermentados e queijos - destacam-se como os que apresentam uma maior quantidade deste micronutriente na sua composição. Além disso, o cálcio presente nos produtos lácteos é mais facilmente absorvido pelo organismo, ou seja, tem uma elevada biodisponibilidade, tornando-os alimentos de eleição em todas as faixas etárias, quer seja pelo seu papel no crescimento e desenvolvimento das crianças, quer pela prevenção da perda de densidade mineral óssea em idades mais avançadas.

No entanto, apesar destes produtos serem os grandes fornecedores deste mineral, os hortícolas de folhas verde-escuro (brócolos, espinafres, couve portuguesa), alguns frutos secos e leguminosas, também apresentam quantidades interessantes de cálcio, pelo que devem ser igualmente considerados.

No que concerne à vitamina D, esta assume-se fundamental na absorção do cálcio e fósforo a nível intestinal. Além de se obter através da ingestão de alguns alimentos, especialmente peixes gordos (salmão, atum, cavala, sardinha) e óleos de peixe, esta vitamina pode também ser sintetizada pelo organismo, bastando expor a pele ao sol durante alguns minutos por dia.

Por fim, os alimentos fortificados com cálcio e/ou vitamina D disponíveis atualmente no mercado – lácteos, bebidas e cremes vegetais, cereais – podem auxiliar os indivíduos na obtenção destes nutrientes, pelo que poderão ser considerados em casos de osteoporose.

Será ainda de reforçar que as recomendações nutricionais e alimentares devem ser adaptadas à realidade de cada indivíduo, com o acompanhamento profissional por parte do Nutricionista, devendo ser parte integrante de um estilo de vida saudável e promotoras de uma alimentação completa, variada, equilibrada e sustentável, optando sempre que possível por alimentos sazonais, de proximidade e oriundos de produções com práticas mais conscientes ambientalmente.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Investigação sobre Centros de Apoio à Vida Independente (ICAVI)
A Associação Portuguesa de Neuromusculares (APN) acaba de desenvolver o projeto ICAVI, uma investigação integrada no programa...

“Neste momento, já conseguimos analisar alguns dados que nos suscitam maior preocupação: a menos de um ano para o final do projeto-piloto MAVI, 66 por cento dos CAVI demonstram grande preocupação sobre a importância de revisão e consolidação do programa, com vista à criação de uma legislação definitiva sobre Vida Independente, ainda inexistente.”, explica José Manuel Silva, coordenador do projeto ICAVI e investigador da Escola Superior de Saúde de Santa Maria e do Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde.

Segundo o estudo, 28 por cento dos CAVI indicam ainda, “a necessidade de haver uma maior abrangência da Assistência Pessoal, permitindo alcançar mais pessoas, áreas geográficas de difícil acesso, dar uma maior resposta às necessidades de apoio, assim como possibilitar a atribuição de mais horas de assistência pessoal do que as que estão atualmente preconizadas pelo DL 129/2017. Outro aspeto que merece a maior atenção é a questão da necessidade de profissionalização e regulamentação da profissão do Assistente Pessoal”, acrescenta José Manuel Silva.

O estudo que começa a ser divulgado de forma faseada – Avaliação do MAVI pelos CAVI – foi realizado pelas entidades promotoras, sem qualquer apoio financeiro por parte das entidades estatais, e conta com a participação voluntária de todos os CAVI. Dos 35 CAVI em funcionamento, 32 (92 por cento) responderam a um inquérito estruturado e de preenchimento online.

As respostas de cada CAVI serão publicadas na íntegra num documento exclusivo, pelo que os próprios assumem toda a responsabilidade pelas mesmas e a equipa de coordenação do projeto responsabilizou-se do planeamento, aplicação e redação das conclusões.

 

Consultas mensais de Medicina Geral e Familiar e de Enfermagem
A comunicada Académica da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro passa a ter acesso a 50 consultas mensais de Medicina...

De acordo com um comunicado de imprensa este “protocolo pretende otimizar as condições de acesso da comunidade académica da UTAD a serviços de saúde disponibilizados pelo ACES Douro I, por isso, estudantes e docentes, investigadores, trabalhadores não docentes e não investigadores da UTAD terão também acesso à Consulta de Cessação Tabágica, bem como a outras áreas de especialidade e programas de saúde disponibilizadas pelo ACES Douro I”. As equipas de saúde escolar do ACES Douro I vão desenvolver atividades nas instalações da UTAD, em articulação com a Pró-Reitoria para a Saúde e Bem-Estar.

“A criação de contextos promotores de saúde, a prevenção de comportamentos de risco e a importância de proporcionar à comunidade da UTAD o acesso a serviços de saúde contribuem para o desenvolvimento da estratégia para a saúde e bem-estar da UTAD”, frisa a Pró-Reitora para a Saúde e Bem-Estar, Conceição Rainho.

 

 

 

 

Nutricionistas pedem que se avalie o estado nutricional das crianças pós crise pandémica
O estudo COSI Portugal, sistema de vigilância nutricional infantil, foi apresentado esta terça-feira, 19 de outubro, e concluiu...

Esta preocupação demonstrada pela Ordem dos Nutricionistas baseia-se nos recentes estudos divulgados, nomeadamente a Balança Alimentar 2016-2020, que concluiu que o os portugueses consumiram o dobro da energia necessária e se alimentaram de forma desequilibrada, e o REACT-COVID 2.0, que demonstra que a pandemia agravou as desigualdades na alimentação, com os mais desfavorecidos a aumentarem o consumo de refeições pré-preparadas, de snacks doces e salgados, de refrigerantes e de refeições de takeaway.

“Sem dúvida que foi um progresso positivo, tanto mais que esta tendência invertida de excesso de peso e obesidade se verifica desde 2008 a 2019, no entanto não nos podemos demitir de responsabilidades quando ainda uma em cada três crianças portuguesas tem peso acima do recomendado, especialmente quando passamos por um período longo de alterações na alimentação, acompanhado pela redução da prática de exercício físico, o que pode ter hipotecado estes resultados”, afirma Alexandra Bento, bastonária da Ordem dos Nutricionistas. 

A Ordem dos Nutricionistas solicita que seja feita uma nova recolha e análise de dados sobre o estado nutricional das crianças, “para que, de facto, se possa ter um conhecimento real do impacto da pandemia no estado nutricional das crianças e, consequentemente, na sua saúde”.

“Estávamos no bom caminho, mas ainda nos encontramos longe do destino ao qual desejamos chegar. E, sobretudo, não sabemos qual é o atual estado nutricional das nossas crianças. É preciso dados atuais sobre o peso das crianças e mais ritmo e mais intensidade na implementação de medidas que contribuam para que as crianças adquiram conhecimentos e competências para fazerem escolhas alimentares mais saudáveis”, reforça Alexandra Bento.

A Ordem dos Nutricionistas espera que a integração de nutricionistas nas escolas, uma medida proposta por Alexandra Bento já em 2018, prevista no Orçamento do Estado de 2020, e tornada publica a decisão de contratação pelo Ministério da Educação na passada semana, possa ser célere por forma a se levar a efeito uma verdadeira estratégia para a alimentação escolar. 

O estudo apresentado hoje no INSA, em Lisboa, concluiu que o excesso de peso diminuiu 8,2% e que a obesidade registou uma redução de 3,4%, entre 2008 e 2019, em crianças dos 6 aos 8 anos de idade. Apesar das diminuições verificadas, uma em cada três crianças continua a apresentar excesso de peso ou obesidade. 

Recorde-se que o COSI Portugal é integrado no estudo Childhood Obesity Surveillance Initiative da Organização Mundial da Saúde/Europa e coordenado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) e envolveu 8.845 crianças de 228 escolas do 1.º Ciclo do Ensino Básico, no ano letivo 2018/2019, a maior amostra de todas as fases decorridas até ao momento.

Distinção internacional
A Unidade de AVC (Acidente Vascular Cerebral) do Hospital do Litoral Alentejano, da Unidade Local de Saúde do Litoral...

Os Angels Awards são uma distinção de reconhecimento e motivação para as equipas, estabelecendo uma cultura de monitorização contínua do trabalho desenvolvido na área do AVC.

A Unidade de AVC da ULSLA, afeta ao serviço de Medicina Interna, foi inaugurada em 2008, e conta, desde abril 2021, com 8 camas em exclusivo, sendo composta por uma equipa multidisciplinar. A sua missão é assegurar um tratamento adequado na fase aguda ao doente com AVC e garantir seguimento personalizado de acordo com as necessidades do doente e da sua família ou cuidador.

"Este é mais um caso de sucesso na ULSLA, demonstrativo do esforço desenvolvido na melhoria da prestação de cuidados de saúde no Litoral Alentejano", escreve a Unidade Hospitalar. 

 

Nova construção
A nova maternidade de Coimbra vai ser construída no polo dos Hospitais da Universidade, revelou hoje o presidente do Centro...

O anúncio da construção da nova maternidade (serviços de obstetrícia e neonatologia) decorreu no Salão Nobre da Câmara Municipal de Coimbra, numa conferência que juntou o presidente do CHUC e o presidente do município, José Manuel Silva.

A nova maternidade será construída numa zona de estacionamento dos HUC, sendo que a escolha da localização foi feita «por razões fundamentalmente técnicas e por razões fundamentalmente clínicas», sendo necessário que a sua construção fosse junto aos HUC, face à necessidade de garantir a segurança das grávidas.

O concurso para o projeto de arquitetura será lançado ainda durante esta terça-feira e o presidente do CHUC espera que a maternidade possa ser inaugurada em dezembro de 2024. A estimativa quanto ao custo de investimento será de 38 milhões de euros para a infraestrutura e 6,8 milhões de euros em equipamento.

O presidente do CHUC realçou que a construção da nova maternidade estará integrada numa aposta no descongestionamento do trânsito nos HUC e salientou que o centro hospitalar vai avançar com a requalificação de todo o parque de estacionamento.

O plano tem também em conta o acesso do Metrobus aos HUC, assim como um aumento em 20% nas consultas realizadas nos Covões, que vai retirar em média mil pessoas por dia dos Hospitais da Universidade.

“Educação e Saúde em Tempos de Covid-19”
A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), o projeto Rede de Enfermagem de Saúde Infantil: Portugal (Rede ENSI...

Trata-se de uma atividade académica e científica, com possibilidade de participação presencial (sala de reuniões do Polo B) e online, desenhada numa colaboração entre profissionais de Portugal, Marrocos e Espanha.

O evento, que reúne especialistas em educação e saúde, em torno de diversos temas relacionados com as consequências da pandemia, começa pelas 9h30 de quinta-feira, com a intervenção (sessão de abertura) da Presidente da ESEnfC, Aida Cruz Mendes. Segue-se, às 10h00, a comunicação “A escola face às dificuldades: educação para a saúde em tempos de pandemia”, a proferir por Miguel Ángel Martín Sánchez, da Universidade da Extremadura (Espanha).

Ainda no período da manhã, Jorge Cáceres Muñoz (Laboratorio Internacional de Promoción de Buen Trato y Participación Infantil) e Otman Ghannami (AICE), falarão, respetivamente, sobre “Escola e comunidade face à COVID-19: chaves para a reconstrução socioeducativa” (11h00) e sobre “Inserção sociolaboral durante a COVID-19 com adolescentes e jovens marroquinos em contextos de risco” (11h45).

A tarde do primeiro dia de trabalhos inicia com uma preleção do presidente do Conselho Técnico-Científico da ESEnfC, Paulo Queirós, intitulada “Reorganização do ensino na licenciatura em enfermagem em situação pandémica” (às 14h00).

“O ensino na ESEnfC em tempos de COVID-19”, por elemento da Associação de Estudantes da ESEnfC a confirmar (15h00), e “Dinâmicas académicas e saúde mental dos estudantes em tempos de COVID-19 (International Student Well-Being Study (C 19 ISWS)” pelas docentes da ESEnfC, Beatriz Xavier e Ana Paula Camarneiro (16h00), são outros assuntos em destaque ainda no dia 21.

 Já no dia 22, sexta-feira, ouviremos o docente da ESEnfC, Manuel Chaves, discursar sobre o tema “Vacinação COVID-19 – uma experiência de ensino” (09h15) e a enfermeira Eugénia Rainha Pereira (ACES Guarda - UCC Seia) sobre “A proteção das crianças em tempos de COVID-19” (10h00). Pelas 11h00, Tomás Campoy Aranda (CIPI) falar-nos-á sobre “A abordagem qualitativa da pesquisa ao exercício da profissão de saúde em tempos de pandemia” e, 45 minutos depois, Antonio Salvador Jiménez Hernández (também do CIPI) trará para a discussão “Os desafios da escola pós-COVID”.

O seminário internacional termina pelas 12h30, com a intervenção do presidente do Conselho Pedagógico da ESEnfC, Rui Gonçalves. Mais informações em http://www.esenfc.pt/event/semint.

8º Encontro Científico APO, que decorre na Casa da Música, no Porto
A Associação Portuguesa de Osteoporose (APO) assinala amanhã, 20 de outubro, o Dia Mundial da Osteoporose, com a realização do...

Segundo a APO, a pandemia empurrou para segundo plano outros cuidados com a saúde e o bem-estar, nomeadamente as rotinas que promovem uma boa saúde óssea. Para incentivar a população a voltar a cuidar da saúde óssea, de forma a favorecer a qualidade de vida atual e futura, a APO lançou uma campanha digital com o mote é tempo de fortalecer (a saúde óssea), para prevenir a osteoporose, que assenta em três pilares fundamentais: nutrição, exercício físico e vitamina D.

Desde logo, importa fortalecer a massa óssea através de uma alimentação equilibrada e rica em cálcio – segundo a APO, 60% das mulheres e quase metade dos homens não ingerem cálcio em quantidade suficiente. É recomendado o consumo de lacticínios, que fornecem uma grande dose de cálcio, de fácil absorção (um copo de leite fornece 35% do Valor de Referência de cálcio).

A prática regular de exercício é outra das indicações. Trinta minutos de caminhada por dia, a par da adoção de hábitos mais saudáveis, como substituir o elevador pelas escadas, usar menos vezes o carro e fazer pausas ao longo da jornada de trabalho, são suficientes para permitir que os ossos se tornem mais fortes. E, por fim, assegurar a exposição ao sol, durante 15 minutos por dia, fundamental para garantir a produção de vitamina D, que é essencial para a absorção de cálcio pelo organismo. Em Portugal, apesar da grande exposição solar, a deficiência de vitamina D é prevalente, pelo que a APO defende a vigilância regular dos níveis de vitamina D e a suplementação, com o devido acompanhamento médico, sempre que necessário.

O 8º Encontro Científico da APO decorre amanhã e reúne todo o conselho científico da APO, com o objetivo de traçar o plano de sensibilização e avaliação do estado da saúde óssea em Portugal.

Já no dia 7 de novembro, a APO promove, em parceria com a Mimosa e com a Runporto, a Corrida dos Ossos Saudáveis, que volta às ruas de Porto, depois de uma edição virtual em 2020, convidando todas as famílias a correrem ou caminharem pela saúde óssea.

Recorde-se que a osteoporose é uma doença silenciosa que vai reduzindo a densidade óssea, aumentando o risco de fraturas. Atinge cerca de meio milhão de portugueses, em particular mulheres acima dos 50 anos, e é responsável por cerca de 50 mil fraturas por ano só em Portugal. As fraturas devidas à osteoporose são, de resto, uma das maiores causas de dor, de incapacidade a longo prazo e de perda de independência entre os adultos com idades mais avançadas, e podem mesmo conduzir a morte prematura.

Estima-se que a osteoporose custe 120 milhões de euros por ano ao SNS e que mais de 75% desses custos sejam atribuíveis à osteoporose nas mulheres.

Situação Epidemiológica
Desde ontem foram registados pouco mais de 800 novos casos de infeção pelo novo coronavírus e seis mortes em território...

A região de Lisboa e Vale do Tejo foi a região do país que registou maior número de mortes, desde o último balanço: três óbitos em seis. Seguem-se as regiões Norte com duas e Centro cm uma morte a assinalar nas últimas 24 horas.

De acordo com o boletim divulgado hoje pela DGS, foram ainda diagnosticados 832 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo foi a que registou a maioria dos casos, nas últimas 24 horas: 317, seguida da região Norte com 251 novas infeções. Desde ontem foram diagnosticados mais 169 casos na região Centro, 32 no Alentejo e 41 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, a Madeira registou mais 14 casos e o arquipélago dos Açores conta agora com mais oito infeções.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 299 doentes internados, menos 13 que ontem. Também as unidades de cuidados intensivos tiverem menos dois doentes internados.

O boletim desta terça-feira mostra ainda que, desde ontem, 1.010 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 1.032.802 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 30.021 casos, menos 184 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância menos 499 contactos, estando agora 20.675 pessoas em vigilância.

O ISPA – Instituto Universitário receberá no dia 19 de outubro, às 16h30, a Professora Doutora Marian Bakermans-Kranenburg, da...

A especialista em Psicologia do Desenvolvimento discutirá o comportamento observável e não observável dos pais: o que lhes acontece, a nível neurobiológico, na dinâmica relacional com os seus filhos; se esses processos serão iguais para pais e mães; se os fatores neurobiológicos influenciam o comportamento dos pais ou se será o comportamento dos pais a afetar a sua neurobiologia.

Ao longo da carreira, a investigadora tem-se dedicado ao estudo da vinculação e intervenção; à observação do papel do pai (desde o tempo in utero até ao nascimento e desenvolvimento do filho); ao estudo do impacto da neurobiologia na parentalidade; ao estudo das consequências, no cérebro, dos maus-tratos, particularmente em crianças institucionalizadas.

O evento surge, assim, no âmbito da campanha Primeiros Anos a Nossa Prioridade, um projeto que pretende promover a consciencialização para a importância do desenvolvimento infantil nos primeiros anos de vida na construção de uma sociedade mais saudável e sustentável. E, neste sentido, influenciar políticas e investimentos.

Os parceiros desta campanha internacional, liderada em Portugal pela Fundação Nossa Senhora do Bom Sucesso, têm como objetivo promover oportunidades iguais para todas as crianças dos zero aos seis anos, em particular nos primeiros mil dias de vida, bem como tentar assegurar que as suas famílias tenham condições para lhes proporcionar um vínculo seguro, um ambiente saudável, estimulante e protetor.

O ISPA – Instituto Universitário associa-se a esta iniciativa promovendo ativamente a divulgação alargada de informação científica recente e, deste modo, reforçando na sociedade a inequívoca importância dos primeiros anos de vida.

Esta sessão insere-se no habitual Ciclo de Conferências, um espaço semanal de palestras abertas ao público, de entrada livre (mediante a lotação do Auditório 1 do ISPA, que se localiza na Rua Jardim do Tabaco, 34, 1149-041 Lisboa).

Para saber mais sobre este Ciclo de Conferências, visite: https://www.ispa.pt/agenda/ciclo-de-conferencias/

X Congresso da SPPCV realiza-se de 28 a 30 de outubro
A Sociedade Portuguesa da Coluna Vertebral (SPPCV) vai realizar o seu X Congresso, entre os dias 28 e 30 de outubro, num...

“O X Congresso da SPPCV tem um programa equilibrado, com os temas mais atuais, com interesse para a comunidade científica ligada à cirurgia da coluna. Temos palestrantes do mais alto gabarito, nacional e internacional. É um privilégio podermos, em apenas três dias, ouvir todas estas pessoas e partilhar momentos durante o congresso”, afirma Pedro Varanda, presidente da Comissão Organizadora do evento.

Falando das temáticas de destaque "Vias Anteriores e Endoscopia da Coluna”, Pedro Varanda refere que se trata de temas muito atuais e prementes que estão agora a “ressurgir" juntos dos profissionais que se dedicam ao tratamento da patologia da coluna vertebral. Contudo, salienta que todo o programa é muito rico e bem construído.

“As minhas expectativas são muito elevadas. Foram feitos todos os esforços para apresentarmos os temas mais interessantes, com os melhores palestrantes, de forma a, mais uma vez, tornar o nosso congresso nacional um momento alto da cirurgia da coluna vertebral”, conclui Pedro Varanda.

O Congresso da SPPCV vai já na sua décima edição e tem como missão promover a discussão, divulgação científica e aprendizagem de temas relacionados com a coluna vertebral.

Para mais informações e inscrições: https://cutt.ly/pRhVuaJ

 

Estudo “Custo e Carga do Excesso de Peso e da Obesidade em Portugal”
O custo direto do excesso de peso e obesidade foi estimado em cerca de 1,2 mil milhões de euros, aproximadamente 0,6% do PIB e...

Segundo o último Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF) do Instituto Ricardo Jorge, aproximadamente dois terços da população adulta portuguesa (67,6%), vive com excesso de peso (Índice de Massa Corporal (IMC)≥25) ou obesidade (IMC≥30), sendo que a prevalência de obesidade é de 28,7%.

O estudo hoje conhecido, mostra que as doenças relacionadas com a obesidade que mais contribuem para os 1,2 mil milhões de euros de custos diretos em saúde são a diabetes, o acidente vascular cerebral (AVC), a doença cardíaca isquémica (DCI) e a doença renal crónica (DRC). É importante realçar que o custo do tratamento destas doenças é 88 vezes superior ao custo do tratamento da obesidade per se, que ultrapassa os 13 milhões de euros anuais.

Em 2018, ocorreram 46 269 óbitos por doenças relacionadas com obesidade, o que representa 43% dos óbitos totais ocorridos em Portugal Continental naquele ano. No que diz respeito à carga da doença, esta foi avaliada em anos de vida ajustados pela incapacidade, que juntam os anos de vida perdidos por morte prematura e os anos de vida perdidos por incapacidade. Concluiu-se que a obesidade em Portugal provoca a perda de 203 002 anos de vida ajustados pela incapacidade por ano, valor que supera o número de anos perdidos por AVC.

Margarida Borges, a investigadora que liderou este estudo explica que “os números que obtivemos evidenciam que 46% das pessoas que morrem num ano, morrem com doenças relacionadas com a obesidade. Para percebermos melhor a magnitude do problema, e quando olhamos para a perda de mais de 200 000 anos de vida ajustados pela incapacidade, isto significa praticamente o mesmo que retirar nove dias de vida, por ano, a cada português adulto. Estes são números avassaladores, que retratam uma verdadeira pandemia não transmissível e sublinham a urgência de envolvermos ativamente a população na prevenção do excesso de peso e da obesidade e de assegurarmos um diagnóstico precoce e um tratamento adequado das pessoas que vivem com a doença.”

Já Paula Freitas, endocrinologista e presidente da SPEO sublinha que “a resposta eficaz na luta contra a obesidade depende efetivamente de todos nós. Sem tratamento, a evolução da obesidade em Portugal é uma barreira à equidade socioeconómica e ao progresso do país. Os números deste estudo reforçam o sentido de urgência de “recalibrar a balança”, com maior enfoque na prevenção, no reforço da intervenção dos cuidados de saúde primários, na abordagem multidisciplinar, no acesso equitativo ao tratamento adequado - cirúrgico e farmacológico e à tolerância zero com o estigma e discriminação de qua ainda são vítimas as pessoas que vivem com obesidade”.

Considerada como a “pandemia do século XXI”, a obesidade é a segunda principal causa de morte no mundo e o maior desafio global de saúde na área das doenças crónicas, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Sem tratamento adequado, a obesidade danifica gradualmente o normal funcionamento do organismo. O seu impacto vai além da esfera individual, ao afetar famílias, sistemas de saúde, economias e o progresso social, comprometendo a saúde das próximas gerações. Ignorar o risco é contribuir para um país mais doente, vulnerável e assimétrico, incapaz de travar a progressão desta doença crónica e as suas consequências.

Mais do que nunca, precisamos de estratégias e respostas eficazes para conter e reverter a prevalência da obesidade. Do ónus individual é urgente passar para uma visão partilhada de saúde pública, no qual todos têm um papel a desempenhar.

Alternativa às opções convencionais como a cirurgia e a radiofrequência
O Hospital CUF Tejo foi a primeira unidade de saúde privada do país a realizar uma ablação percutânea da tiroide por micro...

Este tratamento inovador, alternativo às opções convencionais - como sejam a cirurgia e a radiofrequência - permite tratar todos os tipos de nódulos de forma minimamente invasiva, com maior conforto e segurança, por garantir menor risco de queimaduras e hemorragias. Acresce, ainda, que por se tratar de uma alternativa à cirurgia, tem a mais valia estética de não deixar marcas. 

Numa comparação direta com a técnica de ablação por radiofrequência, Leonor Fernandes, médica radiologista no Hospital CUF Tejo, realça que, no tratamento por micro-ondas, a par da menor taxa de complicações associadas, como hemorragia e queimadura, “esta nova técnica permite ganho no tempo total de cada procedimento - que dura menos de meia hora, e possibilita assim tratar nódulos maiores, numa só sessão”. 

Esta técnica, possibilitada pelos mais recentes avanços tecnológicos, é realizada sob orientação ecográfica, através da introdução percutânea de uma antena muito fina e de fácil manuseio que se conecta a um equipamento gerador de energia.

A radiologista da CUF acrescenta, ainda, que este novo tratamento, utiliza apenas anestesia local e uma sedação ligeira, ficando o doente sempre acordado e a comunicar com a equipa de intervenção responsável durante todo o procedimento, “permitindo, assim, a monitorização e tratamento de eventual ligeira dor e assegurar a preservação da qualidade da voz, no decorrer da intervenção”.

Antes de iniciar este tratamento, é imperativo realizar uma ecografia para avaliar se o nódulo preenche os requisitos necessários, “devendo a seleção ser criteriosa e preferencialmente fruto da opinião de uma equipa multidisciplinar, dedicada a patologia nodular da tiroide”. Entre os critérios de aplicabilidade para este tratamento, à data atual, encontram-se os nódulos benignos, com uma dimensão superior a 2 centímetros, com boa visualização ecográfica, sintomáticos e/ou inestéticos.

A patologia nodular da tiroide é extremamente frequente na população em geral, sobretudo em idades mais avançadas e no sexo feminino. “Há pessoas que, por exemplo, por receio da operação, ou porque não podem arriscar uma eventual alteração da sua voz ou porque não querem uma cicatriz no pescoço, afastam a hipótese de fazer uma cirurgia, e, por isso, é com satisfação que vejo a chegada desta técnica inovadora, que nos permite colocar em cima da mesa, para discussão de tratamento personalizado de cada doente, mais uma opção. Acredito que esta é uma técnica promissora a nível mundial e, claramente, também em Portugal”, partilha a especialista.

245 mil para investigação e projetos que melhorem as condições de saúde pública
A Biocodex Microbiota Foundation tem candidaturas abertas para a atribuição de duas bolsas para projetos de investigação e um...

"Microbiota e ABCD – Doença Crónica Baseada na Adiposidade” – é o tema escolhido para a 3.ª edição da Bolsa Nacional para Projetos de Investigação em Microbiota, com um prémio no valor de 25 mil euros. As candidaturas estão abertas até ao dia 16 de dezembro de 2021 e o prémio destina-se ao melhor trabalho de investigação que seja apresentado por clínicos/investigadores que trabalhem em instituições científicas e tecnológicas portuguesas. 

Até 30 de novembro de 2021 estão também abertas as candidaturas à Bolsa Internacional para Projetos de Investigação, com um prémio de 200 mil euros e ao qual podem concorrer médicos e investigadores de todos os países, incluindo de Portugal, independentemente da especialidade médica.

Este ano, o Comité Científico Internacional escolheu o tema “Structure and Function of the Gut Microbiota Resistome”. O objetivo é que os projetos explorem o papel funcional dos genes de resistência a antibióticos no microbioma intestinal, com foco em microrganismos anaeróbios difíceis de avaliar na microbiologia clínica de rotina.

O Prémio Henri Boulard de Saúde Pública, criado este ano pela Biocodex Microbiota Foundation, tem como objetivo distinguir dois projetos que aprofundem o compromisso com a melhoria da saúde pública em todo o mundo. Este Prémio, no valor de 10 mil euros para cada vencedor, pretende também homenagear o cientista francês que identificou e isolou a estirpe única Saccharomyces boulardii CNCM I-745® que a Biocodex produz há mais de 50 anos para o tratamento da diarreia.

As candidaturas ao Prémio Henri Boulard de Saúde Pública estão abertas até final de novembro e os dois projetos premiados serão escolhidos por um júri internacional independente. Os candidatos têm de apresentar projetos inovadores que possam proporcionar melhores condições de saúde pública em condições patológicas ligadas ao desequilíbrio da microbiota intestinal humana. Destina-se exclusivamente a projetos desenvolvidos em alguns países subdesenvolvidos da Ásia, África e da América Latina.

Este novo prémio destaca apenas projetos que tenham um impacto positivo na saúde a nível local, por exemplo, por meio da educação e consciencialização em saúde, novas infraestruturas, projetos agrícolas ou de purificação de água.

 

Conferência Leading Innovation, Changing Lives
Os benefícios da transformação digital, impulsionada pela pandemia de Covid-19, nos cuidados de saúde, ao nível da eficácia e...

Para decifrar esta questão, a Conferência Leading Innovation, Changing Lives, organizada pela MSD Portugal, vai juntar, no próximo dia 6 de novembro, médicos de diferentes gerações para debater como pode a tecnologia contribuir para a humanização dos cuidados prestados ao doente. Os profissionais de saúde interessados em participar nesta discussão devem fazer o registo no evento através da plataforma.

A 3.ª edição da Conferência, que vai decorrer num formato híbrido, tem como objetivo proporcionar um momento científico de reflexão, discussão e partilha de experiências, mas também de celebração e reconhecimento da crescente importância da Investigação Científica para o futuro da Medicina em Portugal, com a entrega do Prémio MSD de Investigação em Saúde.

O evento terá início pelas 10h30, com a participação do Bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, e da Diretora Médica da MSD Portugal, Paula Martins de Jesus, para dar as boas-vindas a todos os participantes.

Sob o mote “Digitalização & Humanização: Uma conversa intemporal com & para os melhores do mundo”, serão analisados os novos tempos e os desafios na prática clínica, com o contributo de um reconhecido painel de convidados, entre eles a Prof.ª Céu Mateus, Presidente da Sociedade Portuguesa de Economia da Saúde, que vai abordar a transição digital na Saúde, analisando o impacto nos sistemas de saúde e nos doentes.

Segue-se um momento de partilha entre médicos formados em diferentes décadas, nomeadamente: a Prof.ª Manuela Carvalheiro, ex-diretora do Serviço de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e ex-presidente da Sociedade Portuguesa de Diabetologia; o Prof. Luís Costa, diretor do departamento de Oncologia do Centro Hospitalar Lisboa Norte e diretor do Centro Académico de Medicina de Lisboa; o Dr. Hugo Rodrigues, pediatra na Unidade Local de Saúde do Alto Minho e autor do blogue "Pediatria para Todos"; e a Dr.ª Margarida Santos, interna de Medicina Geral e Familiar na ARS LVT-USF do Arco e autora do podcast "A Curiosidade Salvou o Gato", que vão dinamizar a discussão desta temática na Mesa Redonda.

Durante a Conferência, serão ainda conhecidos os projetos científicos finalistas e divulgado o Grande Vencedor do Prémio MSD de Investigação em Saúde, uma distinção criada pela MSD, em 2019, com o propósito de reconhecer todo o trabalho e dedicação das equipas médico-científicas no desenvolvimento de projetos de investigação inovadores, com qualidade e com real impacto para o avanço e melhoria da Saúde em Portugal.

Ao longo destes anos, a atribuição do Prémio MSD de Investigação em Saúde tem permitido apoiar a implementação de projetos diferenciadores em Portugal e estimulado a investigação científica junto dos jovens profissionais que seguem a carreira médica.

As inscrições na Conferência Leading Innovation, Changing Lives, destinada a profissionais de saúde, podem ser feitas através do site profissionaisdesaúde.pt.

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