Sexual, físico ou psicológico
Uma em cada três mulheres da União Europeia foi ou será vítima de pelo menos um episódio de abuso sexual, físico ou psicológico...

O maior estudo sobre violência de género alguma vez realizado na União Europeia (UE) foi divulgado pela Agência para os Direitos Fundamentais (FRA, na sigla em inglês), revelando a persistência do problema e um forte pendor de género: 97% das vítimas de violência sexual, física ou psicológica são mulheres, revela o Jornal de Notícias Online.

“É uma chamada de alerta: a violência afecta praticamente todas as mulheres”, disse a investigadora Joanna Goodey, em Viena de Áustria, sede da FRA.

As mulheres foram questionadas sobre as suas experiências de abusos físicos, sexuais e psicológicos, em casa, no trabalho, na esfera pública e também no espaço virtual (perseguição e assédio através da internet).

Nos 12 meses anteriores à realização do estudo - com 42 mil inquiridas nos 28 Estados-membros da UE -, 3,7 milhões de mulheres foram alvo de violência sexual e 13 milhões de mulheres foram vítimas de violência física.

Os resultados dizem ainda que a violação dentro do casamento não é uma raridade e que uma em cada cinco grávidas foi violentada pelo parceiro actual.

Estes e outros indicadores revelam “claramente” que “os direitos das mulheres da UE não estão a ser garantidos na prática”, resume o estudo.

Joanna Goodey não tem dúvidas: “Se estes dados dissessem respeito a um país fora da UE, haveria imensas declarações de indignação, mas isto é dentro da EU”.

Considerando que o combate à violência de género “não está entre as prioridades” comunitárias, a perita lamenta que o tema esteja a ficar “fora de moda”, com a UE a preferir fazer campanhas focadas “em áreas particulares da violência”, que, sendo “muito importantes”, afectam menos mulheres.

A FRA não se limita a analisar os dados, deixando algumas recomendações, nomeadamente para lidar com o número de mulheres que, sendo vítimas de violência física e/ou sexual, não contactam as autoridades.

A “grande maioria” das mulheres recorrem aos serviços de saúde quando querem denunciar um caso de maus tratos e, por isso, “os profissionais de saúde precisam de ser treinados para saberem ler os sinais”, sublinha Goodey, recordando que os centros de apoio, como casas-abrigo, são “sub-financiados” e só existem na capital ou nas grandes cidades.

“O abrigo mais próximo pode estar a uma distância de quatro horas de carro, enquanto toda a gente sabe onde fica o médico mais próximo”, compara, frisando que as mulheres inquiridas aprovaram, por “grande maioria”, que os profissionais de saúde passem a incluir, nas consultas de rotina, perguntas sobre violência, quando observam sinais que a indiciam. “Não é um assunto de privacidade”, frisa.

Uma das novidades da pesquisa é a inclusão de “novas ou recentes” formas de violência de género, que recorrem à tecnologia, concluindo que onze por cento das inquiridas foram alvo de "avanços inapropriados" nas redes sociais e através de mensagens escritas de telemóvel (SMS) ou de correio electrónico (emails).

As mulheres entre os 18 e os 29 anos são mais vulneráveis, com 20% das jovens a reportarem "ciber-assédio", refere Goodey, recusando o argumento da “liberdade de expressão”.

Pneumoconioses dos mineiros de carvão
Esta síndroma resulta da exposição à poeira respirável proveniente do carvão mineral, desprendida du

Também conhecida como pneumoconioses dos mineiros do carvão, a síndrome de Caplan é uma perturbação pouco frequente que pode afectar os mineiros do carvão que sofrem de artrite reumatóide. A doença desenvolve-se rapidamente através da formação de grandes nódulos redondos no pulmão. Tais nódulos podem formar-se nos indivíduos que sofreram uma exposição significativa ao pó do carvão.

Quanto maior for a intensidade e duração da exposição, tanto maior serão as hipóteses de desenvolvimento da doença. A síndrome pode apresentar-se na sua forma mais simples, através da presença de máculas e placas (deposição de partículas enegrecida no tecido conjuntivo peribrônquico e sub-pleural) danificando as vias aéreas adjacentes e predispondo a enfisema focal ou centro lobular.

Na sua forma mais complicada a síndrome de Caplan caracteriza-se pela presença de grandes massas fibróticas predominando nos lobos superiores de ambos os pulmões.

Sintomas
A pneumoconiose dos mineiros de carvão ou sindrome de Caplan não complicada não costuma determinar manifestações significativas, uma vez que os sintomas surgem após vários anos de exposição ao agente – pó do carvão. Podem no entanto os doentes apresentar uma função respiratória obstrutiva com tosse e falta de ar.

Nos casos mais graves da doença, a dispneia apresenta-se como uma grave perturbação funcional. Se os doentes forem fumadores e apresentarem enfisema ou bronquite a gravidade da função respiratória será maior.

Diagnóstico, prevenção e tratamento
O médico estabelece o diagnóstico quando detecta as manchas características na radiografia ao tórax da pessoa que esteve exposta ao pó do carvão durante muito tempo. Regra geral indivíduos que trabalharam em minas pelo menos durante10 anos.

Pode prevenir-se a sindrome de Caplan suprimindo o pó do carvão no local de trabalho. Os trabalhadores do carvão devem fazer radiografias ao tórax todos os quatro a cinco anos, de modo que a doença possa ser detectada no estadio inicial.

Quando esta se detecta, o trabalhador deve ser transferido para uma zona com baixas concentrações de pó de carvão para prevenir a fibrose maciça progressiva.

A prevenção é fundamental pois não há cura para esta doença. O doente que tem dificuldades respiratórias pode beneficiar dos tratamentos utilizados para a doença pulmonar obstrutiva crónica, como os fármacos que permitem manter as vias aéreas abertas e livres de secreções.

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Tipo raro de cancro
O carcinoma da tiróide é o tumor endócrino mais frequente, mas também com maior probabilidade de cur

Ocorre quando a tiróide segrega quantidades superiores às normais de calcitonina. Além disso, as metástases correm com frequência através do sistema linfático e, através do sangue, atingem outros órgãos, como por exemplo, o fígado, pulmões e ossos.

A glândula tiróide é formada por dois tipos de células: as foliculares, responsáveis pela formação das hormonas tiroideias, e as parafoliculares ou células C, produtoras da calcitonina.

O Carcinoma Medular de Tiróide (CMT) é o carcinoma proveniente das células C, um cancro muito raro e com pior prognóstico do que os carcinomas bem diferenciados. Pode ser esporádico (80 por cento dos casos) ou familiar surgindo associado à síndrome de neoplasia endócrina múltipla tipo 2 (MEN2) (ver abaixo).

Neste tipo de cancro, a glândula tiróide produz quantidades excessivas de calcitonina, uma hormona segregada por certas células tiroideias. Dado que também pode produzir outras hormonas, pode causar sintomas inabituais. Além disso, tem tendência a difundir-se (metástases) pelo sistema linfático até aos gânglios linfáticos e, através do sangue, ao fígado, pulmões e ossos. Este cancro desenvolve-se juntamente com outros tipos de cancro endócrino no que constitui a denominada síndroma da neoplasia endócrina múltipla. O tratamento exige a extirpação completa da glândula tiróide. Pode ser necessária cirurgia adicional se o cancro se tiver difundido pelos gânglios linfáticos.

Estudos e investigação
Nas últimas décadas os cientistas têm vindo a investigar alterações genéticas que podem provocar doenças, entre as quais o cancro. Descobriu-se que um subgrupo de cancros é devido à hereditariedade. Este tipo de cancros é causado por alterações genéticas mutações) que se transmitem de pais para filhos.

Existem exames laboratoriais capazes de detectar essas mutações, através da análise dos genes que permitem identificar os indivíduos com predisposição genética para desenvolver essa doença.

A MEN 2 - "Multiple Endocrine Neoplasia" - é uma doença hereditária caracterizada pelo aparecimento de tumores em várias glândulas endócrinas (tiróide, supra-renais e paratiróides) levando ao desenvolvimento de CMT, feocromocitoma e hiperparatiroidismo.

A MEN 2 é dividida em 3 subgrupos de acordo com as glândulas afectadas:

MEN 2A- Famílias com indivíduos afectados com CMT, feocromocitoma e hiperparatiroidismo
MEN 2B- Famílias com indivíduos afectados com CMT, feocromocitoma e lesões nas mucosas da boca denominados neuromas mucosos
CMTF (carcinoma medular da tiróide familiar)- Quando existem 3 ou mais indivíduos do mesmo lado da família em que a única manifestação da doença é o CMT.

Em 1993 uma equipa de cientistas descobriu que a MEN 2 e o CMTF são causadas por alterações específicas num gene chamado RET. Essas alterações genéticas são chamadas mutações e provocam o funcionamento anormal do gene RET.

Cada ser humano tem duas cópias de cada gene, uma herdada da mãe e a outra herdada do pai. A cópia que é herdada pelos filhos é transmitida ao acaso. Por este motivo quando um dos pais é portador de uma mutação no gene RET, as probabilidades dos descendentes herdarem uma cópia do gene RET com a mutação, de entre as duas cópias do progenitor portador, são de 50 por cento. Tal significa que os familiares em 1º grau de um portador da mutação têm 50 por cento de hipóteses de ter herdado a mutação.

Se o teste é positivo, a tiroidectomia profiláctica está indicada para a maioria das pessoas afectadas. A cirurgia profiláctica previne o cancro da tiróide pois o órgão é removido antes do seu desenvolvimento.

Como a expressividade da MEN 2 é variável, mesmo dentro da mesma família, só alguns desenvolvem feocromocitoma e hiperparatiroidismo. Periodicamente devem ser realizados exames que permitam uma vigilância apertada quer para uma quer para outra condição.

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Estudo
A apneia do sono pode dificultar o controlo da glicose sanguínea em pessoas com diabetes tipo 2 ao prejudicar o estágio de sono...

Estas descobertas fornecem mais uma razão para as pessoas usarem a máscara de CPAP (pressão positiva contínua em vias aéreas) durante toda a noite. O dispositivo é usado como tratamento padrão da apneia do sono e ajuda a manter a respiração constante.

É sabido que a apneia do sono – distúrbio que causa interrupções no sono e reduções perigosas dos níveis de oxigénio – cause um aumento muito grande do risco de diabetes tipo 2. Os casos mais graves estão geralmente associados ao controlo deficiente da glicose sanguínea em diabéticos.

As pausas na respiração dos pacientes com apneia podem acontecer em qualquer período da noite. Todavia, o novo estudo, publicado na revista Diabetes Care, descobriu que os episódios que ocorreram durante o sono REM (fase na qual ocorre o movimento rápido dos olhos) foram mais prejudiciais para o controlo da glicose sanguínea a longo prazo.

O sono REM ocorre na maioria das vezes antes do despertar, nas primeiras horas da manhã. Contudo, pesquisas mostraram que muitos pacientes removem as máscaras de CPAP no meio da noite por sentirem desconforto, afirmou Babak Mokhlesi, um dos autores do estudo e director do centro de distúrbios do sono da Universidade de Chicago.

Por isso, é mais provável que a apneia desses pacientes deixe de ser tratada durante o sono REM, período que talvez tenha uma importância singular para as pessoas com diabetes, afirmou Mokhlesi.

Estudo
Ter um ataque de raiva pode elevar o risco de sofrer um enfarte ou um Acidente Vascular Cerebral (AVC), revela uma nova...

Os cientistas identificaram as duas horas subsequentes a uma explosão de cólera como as de maior risco para a saúde de um indivíduo.

Mas os responsáveis pelo estudo alegam que mais pesquisas são necessárias para entender como funciona essa conexão e descobrir se estratégias para desanuviar o stress podem evitar tais complicações.

Pessoas que já tenham histórico de doenças cardíacas também apresentam maior risco de saúde caso passem por episódios de descontrolo emocional, afirmou o estudo americano, publicado na revista científica European Heart Journal.

Nas duas horas imediatamente subsequentes ao ataque de raiva, o risco de uma paragem cardíaca aumentou cinco vezes e o de AVC mais de três vezes, identificou o estudo, baseado em nove pesquisas diferentes.

O estudo foi feito a partir da análise de dados de milhares de pessoas.

Investigadores da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard afirmaram que o risco de um ataque de raiva na população comum é relativamente baixo - a hipótese de um indivíduo sofrer uma paragem cardíaca atinge uma a cada 10 mil pessoas com baixo risco cardiovascular que tenham rasgos de fúria uma vez por mês. Para pessoas com elevado risco cardiovascular, o risco aumenta para quatro em cada 10 mil.

Mas, segundo os cientistas, o risco é acumulativo, o que significa que indivíduos com temperamento explosivo têm uma maior probabilidade de sofrer de tais problemas.

Na avaliação da investigadora Elizabeth Mostofsky e a sua equipa, responsáveis pelo estudo, cinco ataques de raiva podem resultar em 158 paragens cardíacas por 10 mil pessoas com baixo risco cardiovascular por ano, aumentando para 657 as paragens cardíacas por 10 mil pessoas com elevado risco cardiovascular.

Segundo ela, «embora o risco de sofrer um ataque cardíaco após uma explosão de raiva é relativamente baixo, o risco pode acumular dependendo do número de episódios em que o indivíduo perca o controlo».

Ainda não está claro, no entanto, por que é que a raiva pode ser perigosa - os cientistas destacam que os resultados não necessariamente indicam que a cólera causa problemas cardíacos e de circulação.

Centro Hospitalar do Algarve
O Centro Hospitalar do Algarve esteve cerca de quatro meses sem agulhas para fazer biópsias à próstata, o que acabou por deixar...

A notícia é avançada na edição desta terça-feira do Diário de Notícias, acrescentando que a escassez de material levou a que profissionais da unidade chegassem mesmo a pedir material emprestado ao setor privado.

Contactado pelo jornal, o administrador, Pedro Nunes, e o hospital, não fizeram qualquer comentário até à hora de fecho da edição.

Hospital de São João, Porto
A nova ala pediátrica do Hospital de São João custa 16 milhões de euros e demora um ano e meio a construir.

O presidente da Associação Humanitária “Um Lugar para o Joãozinho”, oficialmente constituída a 13 de Janeiro, anunciou nesta segunda-feira que ainda este mês será lançado o concurso para a adjudicação da nova ala pediátrica do Hospital de S. João, Porto.

“Os dois meses de trabalho que a associação já desenvolveu permitem-me alimentar a esperança de que, ainda antes do início do verão, estarei em condições de anunciar a data do início das obras, e que o lançamento da primeira pedra possa ainda ocorrer este ano”, afirmou Pedro Arroja, que falava na sessão de apresentação da associação.

Segundo o economista, “o plano de trabalho inclui várias dimensões e várias estratégias de acção, mas as principais são a contratualização da obra, a contratualização do financiamento e a contratualização do mecenato”.

“O Estado português encontra-se numa situação financeira que não lhe permite lançar novas obras e novos investimentos. Não é altura para comentar o processo que conduziu a esta situação. Mas a verdade é que todos nós, cidadãos adultos, somos responsáveis por ela, uns por acção, outros por omissão. Existe apenas um segmento da população que está isento de responsabilidades na situação financeira em que o país desde há anos se encontra – as crianças”, considerou.

Pedro Arroja referiu que a nova ala pediátrica do Hospital do São João custa 16 milhões de euros e demora um ano e meio a construir.

“Pode parecer um milagre reunir a partir de mecenas e de outras contribuições voluntárias 16 milhões de euros na situação presente em que Portugal se encontra (…). A nova ala pediátrica do Hospital de São João vai ser construída e oferecida pela comunidade de todos os portugueses ao hospital. É esta a missão desta associação e que, pela minha parte, prosseguirei com zelo religioso”, disse.

À associação compete “obter o financiamento, adjudicar a construção da obra e encontrar os meios de pagamento necessários. É uma oferta inteiramente gratuita da comunidade ao Hospital de São João”, sublinhou.

O projecto de solidariedade "Um lugar para o Joãozinho", criado em 2009, tem como objectivo a angariação de 16 milhões de euros para a construção da nova ala pediátrica do Centro Hospitalar de São João.

Desde o início do projecto realizaram-se várias iniciativas de angariação de verbas, mas “o montante financeiro que se conseguiu acumular é muito reduzido. A tarefa da associação é angariar praticamente a totalidade do financiamento e depois pagar o hospital, que em princípio será um pagamento a dez anos”, segundo Pedro Arroja.

Dos órgãos sociais da nova associação fazem também parte o director da Faculdade de Medicina do Porto, Agostinho Marques, presidente da Assembleia-geral, e Manuel Eanes, presidente do Conselho Fiscal.

A direcção, além de Pedro Arroja (presidente), inclui António Ferreira, presidente do Conselho de Administração do Hospital de São João, e Caldas Afonso, director do Serviço de Pediatria do mesmo hospital, entre outros.

Desenvolvida nos Estados Unidos
Investigadores norte-americanos desenvolveram uma membrana eletrónica que poderá substituir o "pacemaker", adaptando...

O dispositivo, criado por investigadores das universidades de Ilinóis, em Urbana-Champaign, e Washington, em Saint Louis, usa uma espécie de "teia de sensores e eléctrodos" para monitorizar continuamente a actividade do coração e pode, através de choques eléctricos, manter um batimento cardíaco saudável.

Os investigadores usaram tecnologia modelar e uma impressora 3D para criar o protótipo da membrana, que adaptaram ao coração de um coelho, conseguindo manter o órgão perfeitamente operacional "fora do corpo, numa solução rica em oxigénio e nutrientes".

Os resultados da investigação foram publicados no jornal "online" Nature Communications, dedicado à publicação de investigações nas áreas da biologia, física e química.

Ao contrário do "pacemaker" e de outra tecnologia desfibrilhadora implantável já conhecida, a fina membrana elástica será feita à medida para encaixar perfeitamente sobre o coração.

"Quando ocorre um ataque cardíaco ou arritmia, pode também aplicar terapia de alta definição e estímulos elétricos para os prevenir", explicou o engenheiro biomédico Igor Efimov, da universidade de Washington, que ajudou a criar e a testar o aparelho, citado por uma rádio local norte-americana, a KWMU-1.

O novo sistema permite manter os sensores em contacto total com o coração, usando eletrónica elástica, uma inovação desenvolvida pelo cientista de materiais da universidade de Ilinóis, John Rogers.

Apesar de usar os mesmos materiais rígidos da electrónica comum, os circuitos foram desenhados em forma de S, o que lhes permite esticar e dobrar sem quebrar.

"Este pericárdio [membrana do coração] artificial é um instrumento que consegue interagir com o coração de várias formas que são relevantes para a cardiologia clínica", disse John Rogers à KWMU-1, comparando o aparelho à verdadeira membrana do coração.

Apesar de não estar pronto para ser usado no imediato, o aparelho será uma importante ferramenta de investigação, permitindo aos cientistas estudarem as alterações do batimento cardíaco.

No futuro, as membranas electrónicas poderão ser comuns na monitorização de pacientes de alto risco cardíaco, prevenindo ataques de coração, acreditam os seus criadores.

Estudo
O excesso de pesadelos na infância pode ser um sinal precoce do surgimento de transtornos psicóticos na vida adulta, sugere uma...

O estudo foi publicado na revista científica Sleep e analisou dados de 6,8 mil crianças do Reino Unido até aos 12 anos de idade.

Conduzida a pedido da organização YoungMinds, a pesquisa também mostrou que pesadelos acompanhados de gritos e movimentos involuntários durante a noite também poderiam elevar o risco do aparecimento de doenças mentais.

Como parte da pesquisa, os pais tiveram de responder a perguntas sobre problemas de sono dos seus filhos.

No fim do levantamento, as crianças foram avaliadas quanto à frequência de experiências psicóticas, como alucinações e delírios.

O estudo revelou que a maioria das crianças tinha pesadelos em algum ponto da infância. No entanto, 37% delas apresentavam “sonhos aflitivos” com frequência acima da média.

Uma em cada dez crianças tinha pesadelos, geralmente entre os três e sete anos de idade.

A equipa de cientistas da Universidade de Warwick, em Inglaterra, concluiu que o excesso de pesadelos estaria ligado a um maior risco de aparecimento de problemas de saúde.

Cerca de 47 em cada 1 mil crianças sofriam de alguma forma de experiência psicótica.

No entanto, aqueles que apresentavam sonhos aflitivos aos 12 anos tinham 3,5 vezes mais probabilidades de desenvolver psicoses.

O risco duplicava se a criança sofresse um distúrbio do sono conhecido como «pânico nocturno», uma espécie de pesadelo potencializado, caracterizado por gritos durante a noite.

Um dos investigadores, Dieter Wolke, afirmou à BBC que os «pesadelos são relativamente comuns, assim como os pânicos nocturnos, mas a frequência com que isso acontece pode indicar um problema mais sério».

A relação entre os distúrbios do sono e as psicoses ainda não está clara.

Uma teoria é de que o bullying ou outros eventos traumáticos no início da vida podem causar ambos os sintomas.

Outra hipótese diz respeito às ligações dos cérebros das crianças, uma vez que as fronteiras entre o que é real e fantasioso são menos claras.

Segundo Wolke, uma rotina regular na hora de ir para a cama e a qualidade do sono são elementos chave para reduzir o número de pesadelos.

«A qualidade do sono é muito importante. As crianças têm de ir para cama com maior regularidade, evitar filmes que estimulem a ansiedade antes de dormir e não usar o computador durante a noite.»

Já os “pânicos nocturnos” podem ser solucionados acordando brevemente as crianças durante a noite.

Para Lucie Russell, directora de campanhas da YoungMinds, «o estudo é importante porque tudo o que pudermos fazer para possibilitar uma identificação precoce de sinais de doenças mentais é vital para ajudar milhares de crianças».

«Quando mais cedo o problema foi avaliado, maior é a probabilidade de a criança se livrar da psicose na idade adulta», concluiu.

Saiba o que são
As doenças da tiróide são muito comuns, sendo a doença nodular da tiróide uma das mais frequentes e
Nódulos tiroide

tiróide é uma glândula que todos temos e se localiza no pescoço. A sua função é produzir, armazenar e libertar para a corrente sanguínea as hormonas tiroideias – triodotironina (T3) e tetraiodotironina (tiroxina ou T4) – que são essenciais à vida: contribuem para a regulação da temperatura corporal, da frequência cardíaca, da pressão arterial, do funcionamento intestinal, do controlo do peso, do nível do colesterol, da força muscular, da memória, dos estados de humor, entre outras funções.

Por vezes pode estar aumentada de volume de forma difusa – bócio simples ou pode ter nódulos – bócio nodular.

A maioria das vezes desconhece-se a causa, no entanto, a deficiência de iodo, a toma de alguns medicamento, determinados químicos, radioterapia da cabeça ou do pescoço ou ainda questões genéticas são algumas das causas conhecidas que podem estar na origem destes nódulos.

Os nódulos da tiróide são "caroços" que aparecem frequentemente no interior da glândula, ou seja, são grupos de células que crescem anormalmente. Podem também surgir quistos - cavidades cheias de líquido ou então inchaços provocados por inflamação da tiróide. A maior parte dos nódulos da tiróide não são cancro e muito poucos interferem com a saúde de quem os tem. São muito mais frequentes nas mulheres do que nos homens, já que pelo menos uma em cada 15 mulheres e um em cada 60 homens em Portugal tem um nódulo da tiróide que pode ser sentido/palpado.

Os nódulos com menos de 1 cm, não têm importância clínica, necessitando apenas controlo anual. Nos nódulos com mais de 1 cm é conveniente a realização de uma citologia aspirativa com agulha fina para verificar que não existe cancro da tiróide, que constitui uma minoria das situações (cerca de 5 por cento). Se forem grandes podem dar algum desconforto ou sensação de compressão a nível cervical. Nessa situação pode ser necessário cirurgia, ou sempre que a citologia for suspeita.

Sintomas dos nódulos da tiroide

A maioria dos nódulos não provoca quaisquer queixas e, por isso, são habitualmente detectados por acaso, algumas vezes durante uma ecografia feita por outras razões.

Em casos raros, os nódulos podem provocar dor na parte da frente do pescoço que parece vir da mandíbula ou da orelha. Se se trata de um nódulo grande pode provocar alguma impressão com o engolir de comida sólida ou líquida.

Mais raramente ainda os nódulos podem provocar tosse ou mesmo falta de ar se apertam a traqueia. Estas queixas podem ser provocadas por nódulos malignos ou benignos.

Diagnóstico dos nódulos da tiroide

Quando um nódulo da tiróide é detectado, deve ser estudado por médicos especializados no tratamento de doentes com alterações das glândulas endócrinas.

Palpando o seu pescoço, o seu médico vai determinar a localização, tamanho e consistência do nódulo. É importante saber se se trata de um só nódulo ou de vários, dado que quando é mais de um é habitualmente uma situação benigna chamada bócio multinodular.

A ecografia permite ao médico confirmar se há apenas um nódulo ou se são vários, se são sólidos ou líquidos (quistos) se o resto da glândula está maior que o habitual e se as células aparentam estar a funcionar normalmente. A ecografia é um exame indolor que nos permite avaliar a morfologia da glândula, mas não indica se o nódulo é benigno ou maligno.

Poderá também ter de fazer colheita de sangue para saber o nível das suas hormonas tiroideias, ou seja se a sua tiróide está a trabalhar regularmente ou não.

Conforme o parecer do médico poderá necessitar de fazer uma citologia aspirativa. Este exame, também chamado biopsia, não provoca dor significativa e tem por objectivo recolher células do nódulo para as estudar ao microscópio e saber se se trata de um nódulo benigno, maligno ou se é um nódulo que terá de ser operado para haver certeza que é benigno. Ocasionalmente, se se trata de um quisto, é possível aspirar o líquido do seu interior.

Há outros exames que mais raramente poderão ser feitos para melhor esclarecer a situação tais como cintigrafia ou cintilografia, medição dos anticorpos contra a tiróide no sangue e outros.

Tratamento dos nódulos da tiroide

O tratamento irá depender do resultado dos exames. Ou seja, se o nódulo não é cancro e não é muito grande, frequentemente, é proposto tratamento farmacológico para tentar reduzir as dimensões do nódulo.

Outro tipo de tratamento inclui iodo radioactivo no caso de a sua tiróide estiver a trabalhar de mais ou em risco de isso acontecer.

Poderá também ser necessário optar pela cirurgia, ou porque os nódulos são muito grandes provocando compressão noutros órgãos, ou porque a citologia não deu a certeza absoluta de se tratar de uma situação benigna.

Tipos de nódulos  da tiroide

Benignos

Podem ser quistos, nódulos, coloides, adenomas....

Malignos

- A maioria dos cancros da tiróide não tem a gravidade dos outros cancros e têm um comportamento "quase benigno”
- O tratamento é cirúrgico
- Por vezes é necessário tratamento com iodo radioactivo
- A vigilância deve ser para o resto da vida.

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Causada pelo papilomavírus humano
As verrugas são pequenos tumores cutâneos causados por qualquer dos 60 tipos de papilomavírus humano
Verruga

As verrugas virais são causadas pelo papiloma vírus humano (HPV) e podem aparecer em qualquer idade, sendo mais frequentes nas crianças e menos nas pessoas de idade. Podem disseminar-se pela pele, através do contacto das lesões com áreas não atingidas e transmitidas pelo contacto directo com pessoas contaminadas.

A maior parte das verrugas são inócuas, uma vez que os tipos mais frequentes não degeneram em cancro. Por isso, é frequente as verrugas desaparecerem sem tratamento. Existem contudo outros tantos tipos que infectam e podem tornar-se cancerosos.

O tamanho e a forma da verruga dependem do tipo de vírus que esteja na sua origem (existem cerca de 60 tipos de vírus do papilomavírus humano) e da sua localização no corpo. Por essa razão umas verrugas são dolorosas e causam dor, outras crescem em grupo, outras ainda surgem como formações isoladas e únicas. Há ainda as verrugas que desaparecem e voltam a aparecer uns tempos depois.

Sintomas

As verrugas virais podem apresentar-se de várias formas, de acordo com a sua localização e formato.

Verruga vulgar

Localizadas na superfície normal da pele. As lesões são elevadas, endurecidas, de superfície áspera e coloração esbranquiçada. Algumas apresentam um pontilhado escuro. Isoladas ou em grupo, podem variar de diametro, de milímetros a centímetros. As áreas mais atingidas são as extremidades dos membros, muito frequentemente as mãos, cotovelos e joelhos. Mais facilmente encontradas em crianças e adolescentes.

Verruga peri-ungueal

São as verrugas vulgares que se localizam ao redor das unhas. Devido ao facto de se estenderem para dentro da prega ungueal, este tipo de verruga pode ser de tratamento mais difícil.

Verruga plana juvenil

As lesões são pequenas, de superfície plana e em grande número. As regiões mais atingidas são a face e os membros. Mais frequentes em adolescentes.

Verruga plantar

Localizadas nas plantas dos pés. Estas lesões crescem para dentro da pele, devido ao peso do corpo impedir o seu crescimento para fora. São, muitas vezes, confundidas com calosidades, porém, quando raspadas, as lesões mostram uma superfície irregular e pontos escuros no seu interior, o que as diferencia dos calos. As maiores costumam ser dolorosas ao pisar.

Verruga filiforme

Mais frequente na face e no pescoço. Este tipo de verruga forma lesão digitiforme (semelhante a um dedo) que se projecta da superfície da pele. É mais facilmente encontrada nas pessoas idosas.

Verruga genital ou condiloma acuminado

Este tipo de verruga é encontrado na região genital ou peri-anal. As lesões são mais macias e, quando localizadas nas mucosas, podem ser húmidas. A coloração varia de esbranquiçada a escura e o tamanho varia de pequeninos pontos a grandes lesões vegetantes (aspecto de couve-flor). Mais comum em adultos pode ser adquirida por transmissão sexual. Detectar verrugas genitais em crianças deve levantar a suspeita de abuso sexual.

Tratamento

O tratamento das verrugas depende da localização, do tipo e da gravidade, bem como do tempo de permanência sobre a pele.

Em geral, as verrugas vulgares desaparecem sem tratamento em menos de 2 anos. As aplicações diárias de uma solução ou de um emplastro que contenha ácido salicílico e ácido láctico amaciam a pele infectada, que se pode raspar suavemente para fazer com que a verruga desapareça mais rapidamente.

O médico pode fazer um tratamento com congelação da verruga utilizando azoto líquido, mas é possível que tenha de repetir o processo ao fim de 2 ou 3 semanas para a eliminação completa.

A electrocoagulação (um tratamento que usa a corrente eléctrica) ou a cirurgia por laser podem destruir a verruga, mas ambos os procedimentos podem deixar cicatrizes. Independentemente do método utilizado no tratamento, a verruga reaparece aproximadamente num terço dos casos.

O médico também pode tratar as verrugas vulgares com produtos químicos como o ácido tricloroacético ou a cantaridina, que destroem a verruga. No entanto, costumam surgir novas verrugas à volta do bordo das anteriores.

As verrugas plantares costumam macerar-se com ácido salicílico mais concentrado, aplicado sob a forma de solução ou de emplastro. Este processo químico deve ser acompanhado do corte da verruga com um bisturi, da sua congelação ou da aplicação de outros ácidos sobre a sua superfície. Os médicos podem utilizar técnicas adicionais, tal como a injecção de determinadas substâncias químicas na verruga para a destruir. Em qualquer caso, as verrugas plantares são difíceis de curar.

As verrugas planas costumam ser tratadas com agentes descamantes, como o ácido retinóico ou o ácido salicílico, que fazem com que a verruga se solte juntamente com a pele descamada.

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Regulamento do passatempo:

- Se não seguir estes 4 passos a participação NÃO SERÁ VALIDADA;
- O sorteio termina dia 16/3/2014 e os vencedores serão sorteados no dia seguinte através do site random.org;
- Qualquer dúvida deverá ser enviada apenas por mensagem privada;
- Os prémios serão enviados por correio.

Prémios:

1º Prémio - 1 Voucher para Consulta de Avaliação + Higiene Oral
2º Prémio - 1 Voucher para Consulta de Avaliação
3º Prémio - 1 Voucher para Higiene Oral

Obs.: Cada voucher é válido apenas para uma pessoa e pode ser utilizado em qualquer uma das clínicas do grupo MALO Clinic Dental Care em Portugal. Pode consultar as clínicas aqui.

Boa sorte a todos os participantes!!

Enfermeiros do Centro
A Secção Regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros anunciou na passada sexta-feira a celebração de um protocolo com a Unidade...

“Os enfermeiros estarão, assim, a colaborar activamente na garantia da segurança dos doentes e na monitorização contínua das relações benefício-risco dos medicamentos”, frisou Isabel Oliveira, presidente da estrutura regional, citada num comunicado enviado à comunicação social.

O acordo, com duração de um ano (renovável), vai possibilitar que os enfermeiros, responsáveis pela administração de medicamentos e monitorização dos seus efeitos, sejam envolvidos na notificação de reações adversas a medicamentos aos Centros de Farmacovigilância.

A Unidade de Farmacovigilância do Centro, sediada em Coimbra e ligada à Associação para a Investigação Biomédica e Inovação em Luz e Imagem (AIBILI), vai emitir trimestralmente um boletim de farmacovigilância que a Secção Regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros fará distribuir por cada um dos seus 14 mil membros.

Cancro oral
Médicos dentistas que vão fazer o rastreio já foram seleccionados e tudo está pronto para arrancar em Março. Programa vai focar...

Os 240 médicos dentistas que vão participar no programa de rastreio do cancro oral já foram seleccionados e a rede está pronta para arrancar assim que houver a luz-verde oficial. A ideia é que todo o processo demore menos de um mês, entre a primeira consulta com o médico de família ou o dentista que detectam a lesão suspeita, a biópsia que confirma o diagnóstico e a chegada dos casos positivos a um dos três Institutos Portugueses de Oncologia (IPO) do país.

O bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas explicou que o rastreio, que regra geral começa com uma avaliação de rotina feita pelo médico de família, “vai dar prioridade às pessoas com mais de 40 anos que sejam fumadoras e que bebam álcool em excesso”, por serem situações de risco para o desenvolvimento deste tipo de tumores que afectam a cavidade oral, dos lábios à garganta, incluindo as amígdalas e faringe.

Orlando Monteiro da Silva adiantou que a lista final dos 240 profissionais “calibrados especificamente para o programa” e que vão integrar a rede será entregue ainda durante esta sexta-feira à Direcção-Geral da Saúde, sendo que no total houve mais de 1100 candidatos. O despacho do Ministério da Saúde determina que oficialmente o rastreio arranca a 1 de Março, mas o bastonário afirmou que é preciso uma comunicação prática no sentido de poderem avançar no terreno, ainda que considere que na próxima semana os médicos já possam começar a sinalizar os doentes com lesões suspeitas.

Além do grupo de risco, sempre que o médico de família detecte uma lesão suspeita ou que o próprio doente apresente uma queixa, o cheque também será emitido e o utente pode ir à rede de dentistas seleccionados para ser avaliado e fazer uma eventual biópsia – já que ao contrário dos outros cheques relacionados com a saúde oral “a condição económica não é determinante”, disse Orlando Monteiro da Silva.

Se a lesão for detectada numa consulta particular com um dentista o doente pode também ser encaminhado para o médico de família, para que este ordene a emissão do cheque para biópsia. Orlando Monteiro da Silva adiantou que quando o exame confirma a existência de um cancro a informação é enviada para os IPO. Na biópsia será testada também a presença do vírus do papiloma humano (HPV), presente em alguns cancros orais e que pode levar a alterações no protocolo de cirurgia e de radioterapia a seguir.

Ao todo, entre o primeiro contacto com o médico e a chegada do doente ao IPO da área de residência para a primeira consulta deve passar no máximo um mês. “No caso de a lesão ainda ser pré-maligna o doente fica em vigilância e, em princípio, ao fim de seis meses repete a biópsia”, acrescentou o bastonário.

Principais sintomas
Alterações de cor, aumento de volume em alguma zona com presença de uma massa endurecida, feridas que não cicatrizam e dificuldade em engolir são alguns dos principais sinais de alerta, alertou Orlando Monteiro da Silva, que sublinhou que, muitas vezes, na primeira fase este tipo de cancro não dá dor, apesar de se estimar que mate 500 pessoas por ano em Portugal e de já estar entre os principais tumores malignos em termos de mortalidade. “O auto-exame é fundamental para se actuar a tempo, pois a detecção precoce aumenta a sobrevivência e permite até a cura”, acrescentou.

O rastreio insere-se no alargamento do Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral, que conta neste ano com um orçamento total de mais de 16 milhões de euros. Além dos anteriores cheques-dentista para diagnóstico, as pessoas passam agora a ter acesso até dois “cheque-biópsia” no valor de 50 euros e que o bastonário definiu como um “programa de saúde pública de vanguarda que permitirá a detecção precoce, melhorando o prognóstico” do doente. Ao todo a ideia é que neste ano sejam feitas 5000 biópsias a lesões suspeitas que serão analisadas no Ipatimup (Instituto de Patologia e Imunologia Molecular), no Porto.

Na Madeira
Pagamento esteve suspenso durante alguns dias nas urgências da hospital central do Funchal até o parlamento regional repor a...

O governo regional da Madeira, por portaria publicada na passada sexta-feira no Jornal Oficial, determina que o regulamento das tabelas de preços das instituições e serviços integrados no Serviço Nacional de Saúde, aprovado pela Portaria n.º 20/2014, de 29 de Janeiro, do Ministério de Saúde, seja aplicável ao Serviço Regional de Saúde que integra os hospitais, centros de saúde e demais estabelecimentos.

A portaria, assinada pelos secretários regionais das Finanças e dos Assuntos Sociais, apresenta algumas especificações e adaptações na portaria nacional, nomeadamente que as unidades hospitalares integradas no Serviço de Saúde da Região sejam consideradas como Hospital Central. E adianta que a classificação dos serviços de urgência será aprovada por despacho do secretário Regional dos Assuntos Sociais, após a entrada em vigor da presente portaria, ou seja a partir de 1 de Março, dia seguinte ao da sua publicação.

O novo diploma revoga a Portaria n.º 113/2009, de 4 de Setembro, dos Secretários regionais do Plano e Finanças e dos Assuntos Sociais, bem como o Despacho n.º 26-A/2009, de 5 de Setembro, do secretário regional dos Assuntos Sociais, que restringiam o pagamento das taxas moderadoras no arquipélago.

Alberto João Jardim tinha prometido durante a campanha para as eleições regionais de 2011 que a Madeira continuaria a ser a única excepção do país, ao não aplicar as taxas moderadoras, mas através do Programa de Ajustamento Económico e Financeiro que assinou em Janeiro de 2012,comprometeu-se com a sua cobrança, uma das medidas implementadas para “garantir a sustentabilidade do Serviço Regional de Saúde e a viabilidade da entidade pública que presta serviços no sector”.

A aplicação das taxas foi determinada através de simples decreto regulamentar do governo regional, cuja ilegalidade foi declarada pelo Tribunal Constitucional, alegando “regulamentar um decreto-lei é manifestamente um acto que excede os poderes do governo regional”. Até repor a legalidade, o executivo de Jardim decidiu suspender a cobrança e enviou ao parlamento regional - órgão a cuja competência legislativa está reservada a nível regional, em exclusivo, tal matéria – uma proposta de decreto legislativo regional que, discutido com processo de urgência, foi aprovado pela maioria PSD na passada terça-feira, 25 de Fevereiro.

Durante o debate, o deputado Mário Pereira (CDS/PP) exigiu que os madeirenses tivessem as mesmas condições de acesso aos cuidados de saúde proporcionados pelo Serviço nacional. “Não é possível exigir a comparticipação financeira dos madeirenses se não lhes proporcionamos o que de positivo é garantido pelo Serviço Nacional de Saúde, nomeadamente indicadores de qualidade e acessibilidade”, frisou o deputado, reclamando programas de recuperação dos doentes em lista de espera.

“Não pode haver portugueses de primeira e portugueses de segunda”, concluiu o também médico que pediu a demissão do secretário regional dos Assuntos Sociais, Jardim Ramos, porque, disse Mário Pereira, “não é possível continuar a liderar o sector de saúde que apresenta a pior perfomance do país”. O número de pessoas na lista de espera de cirurgia subiu 40% desde 2011 na Madeira, região onde o serviço de saúde não tem sistema de gestão de inscritos e demora, em média, três anos a concretizar pedidos. Dados reportados pelas instituições regionais à Direcção Geral de Saúde referem que no espaço de três anos (2010/12) o número de infecções hospitalares aumentou 44% no Hospital Central do Funchal, sendo de 14,4% a taxa registada em 2013, o valor mais alto do país.

Idosa operada
Mulher de 88 anos sofria de um tumor da pele no nariz que lhe deixara um terço da face em carne viva.

Foi operada em Gaia, onde lhe construíram um nariz a partir da pele do antebraço e de osso da bacia.

Maria das Dores Franco punha um penso sempre que saía à rua, em Valadares. "É a curiosidade das pessoas, sabe". Encolhe os ombros naquele jeito que faz descair a cabeça, como quem não pode fazer nada. E semicerra os olhos. Aquilo, o olhar delas, das pessoas, dava-lhe pena.

Mas com essa pena podia ela bem. O medo que tinha de se deitar numa marquesa, de ser adormecida e de, quiçá, não voltar a acordar, esse sim, tolhia-a. Andou dois anos nisto, depois de saber que aquela ferida em carne viva que lhe crescia na cara era um tumor, dos maus. Coisa de pele. Com o tempo, já estava no septo nasal. Com o tempo, invadir-lhe-ia os olhos.

Estudo
Os homens têm maior risco de distúrbios de desenvolvimento neurológico – do cérebro e do sistema nervoso, como por exemplo o...

As estatísticas médicas são claras. O que não era claro era a origem da diferença. Um estudo que analisou milhares de casos demonstrou agora que o motivo da diferença está na genética.

Os cérebros de homens e mulheres têm várias diferenças, e isso vem da fase de desenvolvimento da infância em diante.

E mutações genéticas, ou seja, modificações nos genes, podem criar desordens, distúrbios no desenvolvimento neurológico.

O que se viu agora é que as mulheres têm mais resistência do que os homens quando se trata de acumular mutações genéticas nocivas. Os «defeitos» nos genes que bastam para causar os problemas precisam de estar em bem maior quantidade nas mulheres para produzir o mesmo efeito nocivo nos homens.

«Este é o primeiro estudo de, que modo convincente, demonstra uma diferença a nível molecular entre rapazes e raparigas que foram para uma clínica por conta de um distúrbio de desenvolvimento», afirmou um dos líderes do estudo, Sébastien Jacquemont, da Universidade de Lausanne, na Suíça. O trabalho está publicado na última edição da revista científica American Journal of Human Genetics.

Estudo
Os autores de um novo estudo alertam os cardiologistas e outros profissionais da saúde sobre «lesões cardíacas ocultas»...

Apesar dos airbags salvarem vidas e reduzirem ferimentos, também podem causar lesões e mortes de origem cardíaca e pulmonar, especialmente se o condutor ou passageiro não estiver a usar o cinto de segurança, segundo um estudo publicado no Canadian Journal of Cardiology.

«Lesões cardíacas podem acontecer após a abertura do airbag, mesmo quando não há lesões visíveis no momento da apresentação no hospital, e isso pode incluir lesões cardíacas graves», disse o autor principal do estudo, Rami Khouzam, da University of Tennessee Health Science Center (Memphis, Estados Unidos).

Os principais tipos de lesões cardiovasculares foram: dissecção da artéria aorta, lesão das válvulas cardíacas, ruptura do átrio direito, enfarte do miocárdio, hemopericárdio (acumulação de sangue na membrana em torno do coração) e tamponamento cardíaco.

«As pessoas precisam de estar cientes de que, sentar-se a uma distância menor do que 25 centímetros de onde está localizado um airbag aumenta o risco de lesões, além disso, é necessário utilizar o cinto de segurança», conclui Khouzam.

Recomendado pela National Comprehensive Cancer Network
A National Comprehensive Cancer Network Clinical Practice Guidelines in Oncology recomendou a inclusão do Yondelis em ensaios...

A National Comprehensive Cancer Network (NCCN) Clinical Practice Guidelines in Oncology em neoplasias uterinas recomendou a inclusão do Yondelis em ensaios clínicos para o tratamento de doentes com leiomiossarcoma uterino, já que os dados da actividade deste medicamento nesta indicação (13,9 meses de sobrevivência global) mostram que pode ser útil em doentes que já esgotaram as linhas de tratamento standard.

Os leiomiossarcomas são tumores agressivos e frequentemente difíceis de tratar. O leiomisossarcoma uterino é um sarcoma de tecidos moles que deriva das células dos músculos lisos do útero. Já os sarcomas de tecidos moles são tumores malignos que surgem nas células mesenquimais e são um grupo heterogéneo de tumores representando 0,7% dos tumores malignos.

Geralmente, os sarcomas classificam-se de acordo com a linha de células normais a que mais se parecem. De todos os sarcomas de tecidos moles, cerca de 5 a 10% são leiomiossarcomas e acredita-se que provenham de células musculares lisas das paredes dos pequenos vasos sanguíneos.

A NCCN é uma entidade sem fins lucrativos formada por 23 dos principais centros do mundo dedicados à investigação, educação e cuidado dos doentes com cancro. Os seus principais objectivos são melhorar a qualidade, eficácia e eficiência dos cuidados dos doentes com cancro para melhorar a sua qualidade de vida. Através da liderança e experiência dos profissionais clínicos das instituições membros da NCCN, esta desenvolve recursos que representam informação valiosa para os numerosos interessados em melhorar o sistema de cuidados de saúde. Assim, a NCCN promove a importância da melhoria contínua da qualidade e reconhece a importância da criação de guidelines de prática clínica adequados para uso dos doentes, médicos e outros responsáveis que tomam decisões nos cuidados médicos.

Algumas instituições membros da NCCN foram pioneiras no conceito da abordagem em equipa multidisciplinar no atendimento ao doente e poder assim levar a cabo uma investigação inovadora que contribua significativamente na compreensão, diagnóstico e tratamento do cancro.

 

Sobre PharmaMar

A PharmaMar é uma empresa biofarmacêutica do Grupo Zeltia líder mundial na descoberta, desenvolvimento e comercialização de novos medicamentos de origem marinha contra o cancro. Yondelis é o primeiro medicamento anti-tumoral espanhol, está actualmente aprovado para o tratamento dos sarcomas de tecidos moles em 42 países fora do Espaço Económico Europeu (EEE) e em 31 desses países para o tratamento do cancro do ovário recorrente e platino sensíveis, para além do Brasil. Em 30 países do EEE está também aprovado para o tratamento dos sarcomas de tecidos moles e do cancro do ovário recorrentes platino sensíveis. Yondelis também está em estudo de fase II no cancro da mama e tumores pediátricos. A PharmaMar conta com outros quatro novos compostos em desenvolvimento clínico: Aplidin, Zalypsis, PM01183 e PM060184. A PharmaMar também tem uma excelente carteira pré-clínica de candidatos e um forte programa de investigação e desenvolvimento.

 

Sobre a Zeltia

Zeltia S.A é um grupo biofarmacêutico líder mundial no desenvolvimento de medicamentos de origem marinha aplicados à oncologia. As principais empresas do Grupo Zeltia são a PharmaMar, a empresa biotecnológica líder mundial dedicada ao desenvolvimento de tratamentos contra o cancro através da descoberta e desenvolvimento de medicamentos inovadores de origem marinha; GENOMICA, a primeira empresa espanhola no campo do diagnóstico molecular; Sylentis, dedicada à investigação de aplicações terapêuticas no silenciamento genético (RNAi), e um sector químico composto pela Zelnova e pela Xylazel, duas empresas rentáveis e líderes nos seus respectivos segmentos de mercado.

Autorizada utilização em meio hospitalar
Está autorizada a utilização do ipilimumab em meio hospitalar no tratamento do Melanoma Avançado em doentes adultos previamente...
  • A terapêutica inovadora da Imuno-Oncologia, Ipilimumab, é a primeira e única aprovada que demonstra, no ensaio de Fase III, aleatorizado, prolongar a sobrevivência a longo prazo em alguns dos doentes com tratamento prévio para o melanoma avançado
  • O ipilimumab, uma imunoterapia inovadora, é o primeiro e único tratamento aprovado que demonstrou sobrevivência a longo prazo em doentes previamente tratados para o melanoma avançado num ensaio de fase III aleatorizado
  • Em Portugal os doentes com melanoma avançado (irressecável ou metastático) previamente tratados podem agora ter acesso a um dos avanços no tratamento desta doença mais significativos nos últimos 30 anos
  • O ipilimumab ilustra o enfoque da Bristol-Myers Squibb na Imuno-Oncologia, um novo paradigma no tratamento do cancro que modula directamente o sistema imunitário em diversos tipos de cancro

A Bristol-Myers Squibb (BMS) anuncia que o INFARMED, a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, autorizou, para utilização em meio hospitalar no tratamento do Melanoma Avançado em doentes adultos previamente tratados, o medicamento YERVOY® (ipilimumab), uma imunoterapia inovadora que vem preencher uma lacuna existente nesta área terapêutica . Esta decisão é saudada pela Bristol-Myers Squibb e médicos envolvidos no tratamento e na assistência de doentes que lidam com esta doença devastadora, onde a esperança média de vida através da quimioterapia convencional é de apenas seis a nove meses.·[i]

A decisão tomada pelo Infarmed simboliza um importante marco no tratamento do melanoma avançado. Os resultados que temos vindo a alcançar para o tratamento do melanoma avançado através de tratamentos standard como a quimioterapia e a radioterapia têm sido extremamente fracos. O Ipilimumab, que potencia a resposta do sistema imunitário para procurar e destruir as células do melanoma, é a primeira e única terapia a demonstrar a sobrevivência a longo prazo, em alguns doentes.

Aprovado na Europa em Julho de 2011, o ipilimumab representa um dos avanços mais significativos no tratamento de melanoma avançado nos últimos 30 anos. [ii] É o primeiro e único tratamento aprovado que demonstra o benefício de prolongar a vida dos doentes previamente tratados para o melanoma avançado, num ensaio de fase III aleatorizado. [iii] As taxas de sobrevivência estimadas nos ensaios para um e dois anos de tratamento com Ipilimumab foram de 46% e 24% respectivamente, o que representa quase o dobro do controle, com alguns doentes vivos após 3, 4 anos de tratamento.iv No estudo, a mediana da sobrevivência global foi de 10 meses (IC 95%: 8,0 - 13,8) para o YERVOY e de 6 meses (IC 95%: 5,5 - 8,7) para o braço de controlo gp100. No Congresso da Sociedade Europeia de Oncologia Médica, em Outubro de 2012, para além da apresentação do crescente número de dados de sobrevivência a longo prazo para o Ipilimumab no tratamento de melanoma metastático, também foram apresentados os resultados de cinco anos de acompanhamento de três estudos de fase 2. [iv]

Os tipos de acontecimentos adversos atribuídos ao YERVOY relacionam-se geralmente com o seu mecanismo de acção (imunitário). YERVOY pode resultar em reacções adversas graves e fatais relacionadas com o mecanismo de acção imunitário devido à activação e proliferação de células-T. Os acontecimentos adversos associados ao YERVOY são geridos utilizando as normas orientadoras específicas, que incluem a administração de corticosteróides sistémicos, interrupção/descontinuação da dose e/ou outros agentes imussupressores. Orientações de tratamento descritas no resumo de características do medicamento (RCM), que incluem a interrupção/descontinuação (novo RCM prevê atraso de dose para gestão das reacções adversas imunitárias), administração de corticosteróides sistémicos, e/ou outros imunossupressores.

O Ipilimumab representa um passo de mudança genuíno no tratamento do melanoma avançado. A possibilidade de acesso a um novo medicamento que tem o potencial de prolongar a vida é um passo encorajador para estes doentes e para os familiares de quem sofre desta devastadora doença. A aprovação do Ipilimumab é uma óptima notícia para os doentes, para as suas famílias e para os médicos que tratam estes doentes em Portugal.

A aprovação pelo Infarmed para a utilização do Ipilimumab em meio hospitalar no tratamento de melanoma avançado em doentes adultos previamente tratados segue-se ao acesso ao tratamento com o ipilimumab num número crescente de países Europeus, incluindo Áustria, Bélgica, Dinamarca, Inglaterra, Finlândia, França, Alemanha, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Holanda, Noruega, Escócia, Espanha, Suécia, Suíça e País de Gales.

Historicamente, a cirurgia, a radiação e a terapia dirigida por citotóxicos têm sido o pilar do tratamento na maioria dos cancros avançados [v]. Contudo, a sobrevivência a 5 anos, continua baixa para muitos doentes com tumores sólidos avançados [vi]. A Imuno-Oncologia, que utiliza a capacidade natural do sistema imunitário do doente para combater o cancro [vii], tem sido reconhecida como uma nova modalidade terapêutica, com potencial de prolongar a sobrevivência a longo prazo.

A Imuno-Oncologia, uma abordagem inovadora com evolução rápida no tratamento do cancro, que se foca em agentes que trabalham directamente com o sistema imunitário do corpo para combater as células do tumor, tornou-se uma área prioritária de pesquisa e desenvolvimento da BMS. A companhia está comprometida em conseguir avanços neste importante campo de investigação, com o objectivo último de melhorar os outcomes dos doentes e a sobrevida a longo prazo de entre uma extensa variedade de cancros. O ipilimumab representa o primeiro composto aprovado do nosso robusto pipeline na área da Imuno-Oncologia.

 

Sobre o Melanoma Metastático

O melanoma é um tipo de cancro da pele caracterizado pelo crescimento descontrolado das células produtoras de pigmentos (melanócitos) localizadas na pele [viii]. O melanoma avançado é a forma mais mortal e ocorre quando o cancro se dissemina para além da superfície da pele, invadindo outros órgãos, nomeadamente os gânglios linfáticos, pulmões, cérebro ou outras partes do corpo [ix]. Algumas células cancerígenas conseguem evitar a vigilância do sistema imunitário, o que permite a sobrevivência do tumor [x].

O melanoma tem maior probabilidade de cura quando tratado nos estadios iniciais [xi]. No entanto, no melanoma avançado, a taxa média de sobrevivência é de apenas 6 meses, com taxas de mortalidade a um ano de 75%, tornando-o numa das formas mais agressivas de cancro. Ao contrário da maioria dos outros tumores sólidos, o melanoma afecta os mais jovens e pessoas de meia-idade. A mediana da idade de diagnóstico do melanoma é de 57 anos e a mediana da idade da morte é aos 67 anos [xii]. Todos os anos, surgem 1000 novos casos de melanoma em Portugal.

 

Sobre o Yervoy (Ipilimumab)

O ipilimumab é um anticorpo monoclonal humano recombinante, que bloqueia a actividade do antigénio-4 associado aos linfócitos T citotóxicos (CTLA-4). O CTLA-4 desempenha um papel crucial na regulação da resposta imunitária natural, através do envio de sinais inibitórios às células T. O ipilimumab liga-se ao CTLA-4 e bloqueia a sua interacção com os seus ligandos CD80/CD86. O bloqueio da actividade do CTLA-4 aumenta a activação e proliferação das células T. O mecanismo de acção de YERVOY nos doentes com melanoma é indirecto, possivelmente através das respostas imunitárias anti-tumoral mediadas pelas células T.

O ipilimumab é a primeira imunoterapia indicada no tratamento do cancro a ser aprovada pela FDA. Nos doentes com melanoma, o mecanismo de acção do ipilimumab é indirecto, através de uma resposta imunitária anti-tumoral mediada pelas células [iv].

A 25 de Março de 2011, a Autoridade Americana do Medicamento (FDA) aprovou o ipilimumab para o tratamento de doentes com melanoma avançado irressecável ou metastático.

Em Julho de 2011, a EMA, Agência Europeia de Medicamentos, aprovou o ipilimumab para o tratamento de doentes adultos com melanoma avançado irressecável ou metastático previamente tratados.

Em Novembro de 2013, a Comissão Europeia aprovou YERVOY® (ipilimumab) para uso em primeira linha de tratamento em doentes adultos com melanoma avançado (irresecável e metastático).

O perfil de segurança do ipilimumab é considerado estar relacionado com o seu mecanismo de acção enquanto imunoterapia. No ensaio clínico piloto de Fase 3, em doentes adultos previamente tratados, os acontecimentos adversos relacionados com o fármaco foram maioritariamente acontecimentos adversos imunitários (irAEs), que ocorreram em aproximadamente 60% dos doentes tratados com ipilimumabiv. Os acontecimentos adversos imunitários descritos até à data incluem gastrointestinais, cutâneos, hepáticos, endocrinológico e sistema nervoso [xiii]. Os acontecimentos adversos mais frequentemente notificados (>=10% dos doentes) incluíram diarreia, erupção cutânea, prurido, fadiga, náuseas, vómitos, diminuição do apetite e dores abdominais iv. A maioria dos acontecimentos foram ligeiros a moderados. O diagnóstico precoce e uma gestão apropriada dos acontecimentos adversos usando normas orientadoras estabelecidas específicas do produto (referidas no RCM) são essenciais para minimizar as complicações xiv.

 

Sobre a Bristol-Myers Squibb

A Bristol-Myers Squibb é uma empresa Biofarmacêutica global cuja missão consiste em descobrir, desenvolver e disponibilizar medicamentos inovadores que ajudem os doentes a vencer doenças graves.

 

[i] Korn E et al. Meta-analysis of phase 2 cooperative group trials in metastatic stage IV melanoma to determine progression-free and overall survival benchmarks for future phase 2 trials. J Clin Oncol 2008;26:527-534.

[ii] Eggermont A and Robert C. New drugs in melanoma: it’s a whole new world. European J Cancer 2011; 47:2150-57.

[iii] Hodi FS et al. Improved survival with ipilimumab in patients with metastatic melanoma. N Engl J Med 2010; 363:711-23.

[iv] Lebbe C, Weber JS, Maio M, et al. Five-year survival rates for patients (pts) with metastatic melanoma (mm) treated with ipilimumab (ipi) in phase II trials. Presented at: 37th European Society of Medical Oncology 2012 Congress; September 28–October 2, 2012; Vienna, Austria. Abstract 1116. Available at: http://abstracts.webges.com/viewing/view.php?congress=esmo2012&congress_id=370&publication_id=607 Last accessed May 2013

[v] DeVita VT, Rosenberg SA. N Engl J Med. 2012:366:2207-2214.

[vi] Surveillance, Epidemiology and End Results (SEER) Program. Available at: http://seer.cancer.gov Last accessed May 2013

[vii] Borghaei H, Smith MR, Campbell KS. Eur J Pharmacol 2009;625:41-54.

[viii] Skin Cancer Foundation. What is melanoma? Available at http://www.skincancer.org/Melanoma. Last accessed May 2013

[ix] SkinCancerNet. Melanoma: How it returns, where it spreads. Available at: http://www.skincarephysicians.com/skincancernet/melanoma_returns.html. Last accessed May 2013

[x] Ryungsa K, Manabu E and Kazuaki T, Cancer immunoediting from immune surveillance to immune escape, Immunology 2007 May; 121(1): 1–14

[xi] American Cancer Society. Melanoma skin cancer. Can melanoma be found early? Available at: http://www.cancer.org/cancer/skincancer-melanoma/detailedguide/melanoma-skin-cancer-detection. Last accessed May 2013.

[xii] Markovic SN et al. Malignant melanoma in the 21st century, part 1: epidemiology, risk factors, screening, prevention, and diagnosis. Mayo Clin Proc. 2007;82:364-380.

[xiii]http://www.ema.europa.eu/ema/index.jsp?curl=pages/medicines/human/medicines/002213/human_med_001465.jsp&mid=WC0b01ac058001d124 Last accessed: May 2013

 

A- Robert C, Thomas L, Bondarenko I et al. Ipilimumab plus dacarbazine for previously untreated metastatic melanoma. N Engl J Med. 2011 30;364(26):2517-26.

B-Patt D. et al, Eur J Canc Suppl 2013; 49 (suppl 2): abstract 3751

C- Margolin K et al, Eur J cancer, 2013; 49 (supp): abstract 3742

 

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