Coordenador do projecto Alternative revela:
Apenas 3 a 4 % da população prisional com problemas de toxicodependência é encaminhada para tratamento. Conclusão do projecto...

Facilitar o diálogo institucional, designadamente entre a área da saúde, da justiça e da reinserção, para que toxicodependentes possam ser enviados para tratamentos coercivos, é um dos objectivos do projecto Alternative - um dos principais, no contexto do trabalho desenvolvidos -, que já está a ser posto em prática em Portugal, França, Itália e República Checa.

Em Portugal, o projecto Alternative está a trabalhar em dois estabelecimentos prisionais - Sintra e Lisboa -, de modo a que seis reclusos usufruam da liberdade condicional, numa unidade de recuperação para toxicodependentes.

No estabelecimento prisional de Sintra, cinco reclusos estão abrangidos pelo projecto e, no de Lisboa, um, adiantou Miguel Lago, coordenador do projecto. Para já concluiu-se que apenas 3 a 4 % da população prisional com problemas de toxicodependência é encaminhada para tratamento.

O coordenador do projecto Alternative acrescentou ainda que já foram feitos perto de 200 contactos e que se encontram a aguardar decisão de juízes de execução de penas para que possam trabalhar com mais casos, em Portugal.

O projecto Alternative, que também integra a Cruz Vermelha francesa, o grupo Abele, de Itália, e a organização não-governamental checa Sananin, visa promover a aplicação de medidas alternativas à prisão para toxicodependentes reclusos ou toxicodependentes com problemas com a justiça, disse Miguel Lago.

Realizado no Refeitório dos Frades da Assembleia da República, o debate foi promovido pela Cruz Vermelha Portuguesa e pela Associação dos Ex-deputados da Assembleia da República (AEDAR).

“Não perca tempo. Salve uma vida”
Dados de um estudo realizado a uma amostra da população portuguesa sobre o grau de conhecimento do enfarte revela que é pouco...

Realizado no âmbito da campanha “Não perca tempo. Salve uma vida”, do Stent for Life, mostrou que há ainda muito a ser feito na divulgação do enfarte junto da população.

Suores, náuseas, vómitos, falta de ar e ansiedade são os sintomas que acompanham uma dor no peito e que podem significar a ocorrência de um enfarte do miocárdio. Esta é a sintomatologia que a referida campanha pretende difundir através de meios como o facebook ou as salas de cinema, contando com vários embaixadores, entre eles a actriz Rita Blanco. O objectivo principal será a redução da mortalidade, incentivando a actuação rápida por parte da população, de forma a receber o tratamento adequado, a angioplastia.

No inquérito coordenado por Sofia Portela, directora do mestrado em Gestão de Serviços de Saúde do ISCTE, apenas 24% dos inquiridos responderam correctamente sobre a sintomatologia do enfarte. Neste estudo, apesar de uma grande percentagem (77%) saber que o enfarte é diferente do acidente vascular cerebral (AVC), 16% indicaram não haver diferenças entre ambos.

Apesar de ser uma doença maioritariamente masculina, também afecta as mulheres. Mas, um terço ainda associa o enfarte apenas aos homens. Quanto questionados sobre o que fariam se vissem alguém a ter um enfarte, 91% dos inquiridos responderam que chamariam uma ambulância e 95% mencionaram o número correcto: 112.

“Entre o início da dor até ao enfarte passa muito tempo, sendo o tempo suficiente para agir”, alertou Hélder Pereira, durante a apresentação deste estudo, sublinhando que a pessoa deve pedir ajuda num espaço de 2 horas.

“Nem todos os hospitais são especializados no tratamento do enfarte. A angioplastia requer equipa específica e logística particular”, frisou o cardiologista. A título de exemplo, na Grande Lisboa são seis as unidades hospitalares capazes de dar resposta a estes casos, entre as 22 existentes em todo o País. Se a pessoa não se dirigir a um desses hospitais de referência, é transferida entre hospitais.

“As pessoas ainda demoram um certo tempo a pedir ajuda. Por exemplo, alguns idosos, esperam que os filhos acordem para referirem que não estão a sentir-se bem”, referiu o cardiologista, na esperança que as acções da campanha tornem o tema mais familiar e consequentemente contribua para reduzir a mortalidade por enfarte.

Hospital de Santa Maria no Porto
O Hospital de Santa Maria – Porto, assinala o Dia dos Namorados com a iniciativa “Bate, Bate, Coração”, em colaboração com o...

Trata-se de uma acção de rastreio dos factores de risco cardiovascular, que tem como objectivo sensibilizar a população para a importância da medicina preventiva e para a manutenção de hábitos de vida saudáveis.

Os rastreios são gratuitos, abertos à população adulta de todas as idades e realizam-se entre as 10h00 e as 13h00 e as 14h00 e as 17h00, no átrio do Hospital de Santa Maria, no Porto. Não é necessária inscrição prévia.

Lurdes Serra Campos, directora-geral desta unidade hospitalar, disse que todos os anos neste dia é desenvolvida esta iniciativa com o objectivo de sensibilizar a população para a necessidade de manter o coração saudável. “O coração não é só o símbolo do Amor, ele é o motor do nosso corpo e por isso é tão importante adquirir hábitos de vida saudáveis para prevenir os factores de risco de doenças cardiovasculares”.

Os rastreios consistem na medição da tensão arterial e análise da frequência cardíaca em repouso, bem como na medição do perímetro abdominal, da percentagem de massa gorda e do índice de massa corporal, sendo estes testes realizados por técnicos do Holmes Place – Constituição e por uma enfermeira do Hospital de Santa Maria – Porto.

Se forem detectados valores fora do normal, as pessoas serão encaminhadas para uma consulta gratuita de Medicina Geral e Familiar, para um diagnóstico mais aprofundado.

Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe
Vírus detectados são semelhantes às estirpes que integram a vacina antigripal deste Inverno.

Oito novos casos de gripe foram admitidos em unidades de cuidados intensivos, entre 03 e 09 de Fevereiro, menos oito do que na semana anterior, segundo o Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe.

De acordo com o boletim do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, “a taxa de incidência do síndroma gripal foi de 64,2 casos por cada 100 000 habitantes, encontrando-se acima da zona de actividade basal pela sexta semana consecutiva, com tendência decrescente”.

O documento diz que os vírus detectados são semelhantes às estirpes que integram a vacina antigripal deste inverno e diz também que não foram detectados vírus influenza resistentes aos antivirais.

“Os 15 laboratórios da Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe notificaram até à data 620 casos positivos para o vírus influenza”, adianta o boletim, sublinhado que, entre 03 e 09 de Fevereiro, foram reportados oito novos casos de admissão, por gripe, nas unidades de cuidados intensivos de 18 hospitais portugueses.

Segundo o mesmo documento, nenhum dos doentes tinha sido vacinado contra a gripe.

“Desde o início da época (Outubro de 2013), foram reportados 87 casos de gripe nos doentes admitidos nas unidades de cuidados intensivos de vários hospitais. Verificou-se que apenas 1,7% desses doentes tinham sido vacinados contra a gripe e 75% apresentavam doença crónica subjacente”, acrescenta ainda o relatório.

Dia Europeu da Disfunção Eréctil
A disfunção eréctil é um dos problemas sexuais mais comuns nos homens, estimando-se que cerca de metade dos portugueses...

A prevalência da disfunção eréctil é notoriamente dependente da idade verificando-se que “afecta 29% dos homens entre os 40-49 anos, 50% entre os 50-59 anos e 74% entre os 60-69 anos”, disse Frederico Branco, urologista, a propósito do Dia Europeu da Disfunção Eréctil, que se assinala hoje [14 de Fevereiro].

Contudo, este pode ser “um problema passageiro, basta muitas vezes, vencer o preconceito, consultar um médico urologista e fazer exercício físico. A vergonha e o desconhecimento impedem uma grande percentagem de homens de ter uma vida sexual activa e satisfatória”, alertou o especialista.

“Apesar de ser uma doença benigna, altera de forma muito significativa a qualidade de vida tanto do doente como da sua companheira. Com o aumento da idade, a maioria dos homens tem piores erecções podendo tal facto causar baixa auto-estima, ansiedade, depressão e stresse”, sublinhou.

Segundo o especialista, os factores de risco para a existência da disfunção eréctil são múltiplos: idade superior a 50 anos, diabetes, hipertensão, colesterol elevado, fumador e doença cardiovascular, entre outros.

Frederico Branco defendeu ainda que “a presença de disfunção eréctil ao constituir um sinal de alarme de doença arterial, deverá não só obrigar a um estudo vascular minucioso, como também motivar a implementação de medidas que visem a alteração dos factores de risco cardiovascular”.

Assim, acrescentou o urologista, “antes de iniciar um tratamento específico deverá ser iniciado um processo de alteração do estilo de vida, como a cessação tabágica, a adopção de uma alimentação saudável e de um programa de exercício físico regular. Tal alteração melhora não só globalmente a saúde, como também se constata que com apenas estas alterações 30% dos doentes melhoram da sua disfunção eréctil”.

Mais cinco
A região de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo vai ter cinco novos locais de vacinação internacional e consulta do viajante.

“A Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo, a partir do dia 17 de Fevereiro de 2014, dispõe de cinco novos locais de vacinação internacional e consulta do viajante, que acrescem aos sete centros já existentes, passando assim a disponibilizar um total de 12”, refere aquele organismo, em comunicado citado pelo Jornal de Notícias Online.

Os novos locais situam-se no Entroncamento, no Bombarral, na Póvoa de Santo Adrião (Odivelas), na Damaia (Amadora) e em Paço de Arcos (Oeiras).

A ARS de Lisboa e Vale do Tejo considera que, “numa altura em que as deslocações para fora do país são cada vez mais frequentes e o próprio contexto de alterações climáticas, com a modificação do padrão de distribuição de vectores de doenças transmissíveis, torna-se necessário disponibilizar à população um maior número de centros de vacinação Internacional em vários pontos da região de forma a garantir uma maior acessibilidade aos cidadãos”.

Além dos novos locais, e dos já existentes, em Sete Rios (Lisboa) e em Almada, estão disponíveis para vacinação internacional as seguintes unidades hospitalares: Hospital D. Estefânia (idade pediátrica), Hospital Curry Cabral e Hospital de Santa Maria, em Lisboa, Hospital Garcia de Orta (Almada) e Hospital S. Bernardo (Setúbal).

Hospital de São João
Doze médicas, enfermeiras e outras funcionárias do Hospital de São João foram acusadas de falsificar documentos de supostos...

O esquema era simples: faziam depilação a laser numa clínica, onde uma médica responsável, que também é arguida, passava um documento garantindo que o tratamento era um acto médico de dermatologia. A factura era passada pela clínica já com o número de ADSE da cliente, que a apresentava aos serviços do Hospital S. João no Porto para obter o respectivo reembolso.

Muito frequente mas sem gravidade
Cerca de 80 por cento da população já teve ou há-de ter, ao longo da sua vida, pelo menos, um episód

A urticária é uma reacção inflamatória cutânea passageira, normalmente provocada por um mecanismo alérgico, caracterizada pelo aparecimento de babas vermelhas muito pruriginosas de tamanhos diferentes. Pode ocorrer em qualquer idade. 

Trata-se de uma situação muito frequente uma vez que se calcula que mais de metade da população tem um episódio de urticária em alguma fase da sua vida. Surge, habitualmente, de forma súbita e em qualquer parte do corpo, mas sem gravidade. Na grande maioria das vezes tem uma duração inferior a 24 horas (urticária aguda), embora em alguns casos se possa manter dias ou semanas e, em casos raros, persistir além das seis semanas - são as urticárias crónicas. Em todas estas formas a lesão é a típica "baba”. 

A urticária é originada pela activação de células da pele – os mastócitos - que libertam histamina por contacto com as substâncias a que o indivíduo é alérgico, mas muitas outras causas podem activar estas células e provocar a mesma reacção. 

Entre os factores desencadeantes mais envolvidos estão os medicamentos, alimentos, substâncias inaladas (perfumes, poeira, insecticidas, desodorizantes...), infecções e agentes físicos (frio, calor ou pressão). Além disso, em alguns casos, a urticária é provocada pelo contacto com determinadas plantas, por um atrito cutâneo, por um brusco contacto com a água ou, até mesmo, por esforço físico ou uma situação de stress

As urticárias crónicas, pela persistência das lesões ou irregularidade e imprevisibilidade do seu aparecimento, têm um grande impacto na qualidade de vida. Na sua grande maioria não são graves, em mais de 80 por cento não se identifica uma causa. Nestas é necessário efectuar análises para eliminar uma doença associada e tranquilizar o doente. 

Existe ainda um tipo de urticária que se manifesta de forma muito intensa, o edema de Quincke, cuja principal característica é o inchaço. Manifesta-se frequentemente na face, com grande edema (inchaço) de lábios e pálpebras. Esta forma pode ser perigosa se o edema atingir a laringe, dificultando a respiração e levando à asfixia. 

Diagnóstico
O diagnóstico de urticária é fácil e pode ser feito por qualquer médico, contudo a sua avaliação e tratamento nas formas mais crónicas ou recidivantes necessita do conhecimento do dermatologista que pode ter necessidade de recorrer a medicamentos diferentes dos anti-alérgicos habituais, os anti-histamínicos. 

Sintomas
A urticária pode ser aguda, quando as lesões desaparecem após alguns dias, ou crónica, quando persistem por várias semanas. 

Na urticária aguda, geralmente o quadro é mais intenso. As lesões variam desde pequenos pontos avermelhados a placas maiores, avermelhadas e inchadas, que podem atingir grandes áreas. As lesões tendem a ter duração curta. Já a localização, o número e a evolução destas lesões é muito variável, já que na urticária de origem alérgica costumam evidenciar-se um grande número de babas que podem distribuir-se por toda a superfície corporal. Contudo, a evolução do problema costuma ser aguda, já que desaparece por completo ao fim de algumas horas ou poucos dias. 

Na urticária crónica, o quadro é menos intenso, mas de longa duração. As lesões tendem a ser menores e podem existir continuamente ou desaparecer por um período para reaparecer posteriormente. 

Em qualquer um dos casos, os sinais e sintomas começam a evidenciar-se alguns minutos ou poucas horas após o organismo entrar em contacto com a substância responsável. 

Tratamento
O tratamento da urticária visa inicialmente combater os sintomas provocados pela acção da histamina. 

Assim, os anti-histamínicos são os medicamentos indicados, uma vez que bloqueiam a acção da histamina, aliviam o prurido e evitam a formação de novas lesões. Produtos de uso local, como loções calmantes com mentol e cânfora, também ajudam a aliviar a comichão. 

No caso do edema de Quincke, são administrados outros medicamentos – habitualmente corticosteróides - para além dos anti-histamínicos para evitar o edema da laringe. 

Prevenção
A melhor forma de prevenir a urticária consiste na realização de um diagnóstico que permita identificar as substâncias que provocaram a reacção e evitar o contacto com as mesmas. Para além disso, um tratamento de hipossensibilização, através da aplicação de vacinas elaboradas com as substâncias responsáveis, a médio prazo, pode ser eficaz para prevenir o problema. 

Principais desencadeadores da crise de urticária

Compreendem uma ampla variedade de circunstâncias:

• Alimentos: peixe, marisco, leite, ovos, chocolate, nozes, feijão, ervilhas, morangos, ananás, aditivos alimentares (corantes);

• Medicamentos: penicilina, ácido acetilsalicílico, insulina, imuno-globulinas, contrastes radiológicos, opiáceos;

• Picadas de insectos: abelhas, vespas;

• Plantas: folhas de urtiga, algas e líquen, pólen de plátanos e outras árvores;

• Animais: pêlos, escamas e secreções de animais; picada de medusas;

• Substâncias químicas: perfumes, produtos de limpeza, maquilhagem;

• Esforço físico intenso;

• Frio e calor;

• Situações de stress;

Exposição ao sol;

• Doenças: infecções virais, bacterianas, fúngicas ou parasitárias; hipertiroidismo, febre reumática, artrite reumatóide, lúpus eritematoso.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Programa Partnering for CureTM
Iniciativa científica pioneira na Europa destinada a aumentar a investigação clínica virológica e a transformar os resultados...

Três investigadores europeus de virologia foram premiados com bolsas de investigação com base nos projectos para investigação sobre novas formas de cura de doenças virais. Os premiados foram seleccionados por um grupo de especialistas independentes que integram o programa Partnering for CureTM, uma iniciativa pioneira na Europa.

O programa, patrocinado pela Bristol-Myers Squibb, pretende aumentar a investigação científica inovadora que poderá levar à cura de doenças virais, VIH, hepatite B (VHB) e hepatite C (VHC). Partnering for Cure foi lançado por um grupo independente de especialistas em virologia independentes com o objectivo de apoiar a investigação inovadora e proporcionar uma maior colaboração e partilha de conhecimentos entre a comunidade cientifica e a comunidade clínica no campo da doenças víricas.

“Apesar dos avanços significativos registados nos últimos anos há ainda muito trabalho a fazer para que um dia seja possível curar doenças infecciosas crónicas, como VIH, VHB e VHC”, comentou Emília Valadas, médica no Hospital de Santa Maria e especialista nacional envolvida no programa Partnering For Cure. “A iniciativa Partnering for Cure está a encarar este problema de frente, unindo-se à comunidade clínica para dar apoio à investigação que nos aproximará ainda mais da nossa última esperança, uma possível cura.”

“Temos o prazer de anunciar os investigadores seleccionados da primeira iniciativa de investigação Partnering for Cure”, afirmou George Hanna, médico e vice-presidente para a área de desenvolvimento de investigação em VIH da Bristol-Myers Squibb. “A Bristol-Myers Squibb é líder na área da virologia e queremos manter o nosso compromisso de apoiar a investigação e a educação inovadoras em virologia, com o objectivo de proporcionar um fórum de discussão de ciência inovadora sobre a natureza das infecções virais crónicas.”

Os vencedores das bolsas de investigação do Partnering for Cure são: Matthieu Perreau, Centre Hospitalier Universitaire Vaudois (CHUV) Service Immunologie et Allergie, Suíça com o projecto: identificação da(s) população(ões) de células T CD4 de memória que albergam VIH-1 com capacidade de replicação dentro dos tecidos linfoides; Ruxandra Calin, Departamento de doenças infecciosas e tropicais, Hôpital Pitié-Salpêtrière, França com o projecto: análise abrangente dos reservatórios de VIH em doentes cronicamente infectados pelo VIH-1 tratados com sangue com baixa carga de VIH-ADN associado a células.

Valentina Svicher, AVIRALIA Foundation, Itália com o projecto: identificação e caracterização funcional de elementos genéticos no genoma do VHB correlacionados com a reactivação do VHB através da imunossupressão).

 

Partnering for Cure

A iniciativa Partnering for Cure foi desenvolvida e orientada por um grupo independente europeu de especialistas em doenças víricas na Europa, incluindo Alemanha, França, Suíça, Suécia, Bélgica, Itália, Espanha e Reino Unido, com o apoio da equipa de investigação e desenvolvimento da Bristol-Myers Squibb.

A iniciativa Partnering for Cure tem como objectivos proporcionar educação clínica a médicos interessados em virologia, apoiar os investigadores activos em virologia e proporcionar aos médicos e investigadores um fórum de discussão sobre os avanços nas doenças víricas com vista à cura

Partnering for Cure reforça o compromisso da Bristol-Myers Squibb em relação à virologia que está enraizado no legado da empresa e na investigação contínua sobre VIH e hepatites virais. As infecções virais crónicas contribuem substancialmente para o aumento de doenças crónicas e para a mortalidade prematura em todo o mundo.

Em Dezembro de 2012, o Global Burden of Disease Study (Estudo sobre o aumento global da doença) registou 1 465 000 mortes causadas por VIH/SIDA e 1 445 000 mortes causadas por hepatite viral em 2010. As infecções pelos vírus das hepatites B e C contribuem anualmente em cerca de 57% de casos de cirrose hepática e 78% de casos de carcinoma hepatocelular – cancro do fígado. Apesar dos avanços significativos registados na última década, ainda continuam a existir necessidades significativas não correspondidas e a oportunidade de cura, particularmente do VIH.

Assinala-se hoje
Assinala-se hoje o Dia Internacional do Preservativo e o GAT e em parceria com a AIDS Healthcare Foundation distribui...

O GAT, em parceria com a AIDS Healthcare Foundation e com associações nacionais está a organizar um conjunto de iniciativas para assinalar o Dia Internacional do Preservativo.

Da parte da manhã, a partir das 9:00, serão distribuídos preservativos desde o Marquês de Pombal até à Avenida da Liberdade, passando pela Praça do Martim Moniz.

Durante a tarde, estão planeadas actividades na zona do Chiado a partir das 14:30. A acção terminará pelas 17 horas, em frente ao Teatro São Carlos, com a colaboração da cantora Rita Redshoes que mais uma vez se associa a este dia.

Noutros pontos do país, várias organizações realizarão actividades para assinalar esta iniciativa, nomeadamente:

- Associação Existências – Coimbra

- Associação Médicos do Mundo – Lisboa e Porto

- Centro de Aconselhamento e Detecção Precoce de Faro

- Cooperativa de Solidariedade Social Acompanha – Peniche

- Fundação Portuguesa a Comunidade Contra a SIDA – Coimbra, Funchal, Lisboa, Porto e Setúbal

- Movimento de apoio à Problemática da SIDA (MAPS) – Faro

 

Em 2014, Portugal permanece sem um plano de acção e estratégia, no acesso, na promoção, cobertura dos meios de prevenção da transmissão sexual com base no conhecimento da epidemia e avaliação de necessidades O mecanismo de distribuição de material preventivo tem falhas, é fragmentado e não é pro-activo.

O acesso aos meios de prevenção, quer nos estabelecimentos de ensino, quer nos estabelecimentos prisionais, permanece uma situação por resolver. É preocupante observar que o número de preservativos distribuídos pelo Plano Nacional tem diminuído desde 2009, de cerca de 7 milhões para cerca de 2,5 milhões em 2012.

O trabalho conjunto, liderança e compromissos políticos são cruciais para o controlo da transmissão da infecção pelo VIH e outras infecções sexualmente transmissíveis.

 

Liga Portuguesa Contra a Sida realiza rastreios gratuitos no Chiado

Para assinalar o mesmo dia, a Unidade Móvel de Rastreios “Saúde+Perto” da Liga Portuguesa Contra a Sida (LPCS) distribui preservativos e realiza rastreios ao VIH e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis.  

A partir das 14h30, a LPCS integra a campanha "VIH/SIDA em Portugal - 30 anos: reflectir e agir”, da Direcção-Geral da Saúde, e entrega preservativos na Assembleia da República, uma acção simbólica que conta com a adesão dos deputados de diversos partidos políticos que aderiram à causa da prevenção e diagnóstico do VIH/SIDA.

NICE emite projecto de orientação
O Instituto Nacional de Saúde e Assistência Excelência do Reino Unido emitiu um projecto de orientação que recomenda que mais...

O Instituto Nacional de Saúde e Assistência Excelência do Reino Unido (NICE) disse que quer rever as regras de 2008, em parte para “reflectir as mudanças no preço e disponibilidade de estatinas genéricas”, avança o site RCM Pharma.

Especificamente, o NICE sugeriu que o limite para o início do tratamento preventivo para estas condições deve ser reduzido para metade, de um risco de 20% de desenvolver doença cardiovascular (DCV) ao longo de 10 anos para um risco de 10%. A agência indicou que o medicamento preferido para doentes que iniciam o tratamento com estatinas é o Lipitor® (atorvastatina) da Pfizer, que também está disponível em genérico. O NICE acrescentou que o uso do tratamento de alta intensidade com estatinas deve ser acompanhado com o combate a outros factores de risco, incluindo parar de fumar e reduzir o consumo de álcool.

De acordo com o NICE, apesar das evidências mostrando que a mortalidade por doenças cardiovasculares está a descer, a morbilidade parece estar a aumentar, com o custo para o serviço nacional de saúde a aumentar de cerca de 6,9 mil milhões de libras (11,4 mil milhões de dólares) em 2003 para cerca de 7,9 mil milhões de libras (13,1 mil milhões de dólares) em 2010. A agência observou que até 7 milhões de pessoas no Reino Unido estão actualmente a tomar estatinas, a um custo anual estimado de 450 milhões de libras (745 milhões de dólares). Os especialistas sugerem que as recomendações actualizadas podem fazer com que o número de doentes aconselhados a tomar estatinas atinja os 12 milhões, com a grande maioria dos homens na faixa dos 50 anos e a maioria das mulheres acima de 60 anos a serem incluídos no limite de risco.

Mark Baker, director do Centro para a prática clínica do NICE, referiu que “a eficácia das estatinas […] está agora bem comprovada e o seu custo caiu”. Baker disse que “agora queremos ouvir opiniões sobre este projecto de orientação”, acrescentando que “os médicos terão de fazer um julgamento sobre os riscos para as pessoas que têm um risco menor do que 10% de desenvolvimento de doença cardiovascular e aconselhá-los de forma adequada”.

Em Novembro do ano passado, a American Heart Association e o American College of Cardiology publicaram directrizes semelhantes relacionadas a novos factores de risco para as estatinas, que alguns especialistas estimaram podem aumentar o número de doentes nos EUA a tomar os medicamentos em mais de duas vezes.

Em humanos
Uma nova vacina contra a tuberculose poderá ser brevemente testada em humanos, prevêem os resultados de uma pesquisa...

Segundo a Horizon-Magazine, publicação da União Europeia, a potencial vacina contra a tuberculose que anualmente mata 1,3 milhão de pessoas no mundo, está a ser desenvolvida por cientistas do Reino Unido, Alemanha, Argentina e Coreia do Sul.

O projecto, que deverá terminar no dia 28 de Fevereiro, está centrado nas formas de bloqueio da transmissão da doença, bem como na prevenção da infecção latente para que esta não se transforme numa verdadeira tuberculose.

O projecto descobriu cerca de 40 potenciais vacinas de tuberculose, das quais quatro foram legalmente certificadas para início de testes em seres humanos.

O director do programa nacional de tuberculose em Moçambique, Ivan Matsinhe, considerou que a descoberta de uma vacina seria “uma grande vantagem” para países como Moçambique que integra a lista dos 22 estados que a nível mundial contribuem para 80% da doença.

“A descoberta de uma vacina que possa ter um efeito profilático e eventualmente terapêutico seria para países como Moçambique, que tem um alto peso da doença, uma grande vantagem”, disse Ivan Manhiça.

Anualmente, Moçambique detecta cerca de 50 mil casos de tuberculose e, a nível mundial, 3,5 milhões de pessoas são diagnosticadas com novos casos da doença, segundo o responsável pelo programa de tuberculose no país.

“A descoberta desta vacina seria naturalmente um grande avanço, pois iria contribuir para alcançar não só os cerca de 3,5 milhões de casos que são perdidos anualmente, mas também poderíamos pensar numa possível eliminação de doença”, afirmou.

Moçambique ainda não tem uma vacina profilática para a tuberculose, possuindo somente a BCG (Bacilo Calmette-Guérin), vacina utilizada para a prevenção da tuberculose, que é administrada em crianças, conferindo alguma protecção em relação ao desenvolvimento de formas mais graves da epidemia.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, na União Europeia, sete pessoas morrem por hora devido a tuberculose e cerca de 1/3 da população mundial está infectada com o bacilo de Koch.

“As novas vacinas são a única solução sustentável que pode ter um impacto significativo no combate à epidemia global da tuberculose”, considerou o director da Iniciativa Vacina para Tuberculose (TBVI, na sigla em inglês), Jelle Thole

Circular Informativa
Na sequência da operação conjunta realizada pelo Infarmed e a ASAE, foram apreendidas e colhidas amostras dos produtos VisexPro...

Após análise laboratorial, o Infarmed detectou que os produtos VisexPro, Furunbao e Kasutra contêm substâncias com actividade farmacológica e incluídas na composição de medicamentos.

Atendendo a que estes produtos não foram avaliados como medicamentos, a sua utilização constitui um risco para saúde, em particular para os indivíduos com doenças do foro cardiovascular.

Estes produtos são, por isso, considerados como medicamentos ilegais, nos termos das disposições conjugadas da alínea dd) do n.º 1 do artigo 3.º e alínea a) do n.º 2 do artigo 181.º do Decreto-Lei n.º 176/2006, de 31 de Agosto.
Face ao exposto, o Infarmed recomenda que:

- as entidades que disponham dos referidos produtos, não procedam à sua venda ou dispensa;

- os utentes que tenham adquirido estes produtos não os utilizem.

Infarmed
O Infarmed emitiu uma circular informativa sobre o patrocínio de Congressos, Simpósios, Acções ou eventos científicos ou de...

Na sequência das alterações ao artigo 159.º do Decreto-Lei n.º 176/2006, de 30 de Agosto, pelo Decreto-Lei n.º 128/2013, de 5 de Setembro, esclarece-se o seguinte:

- Nos termos do n.º 1 do citado artigo, qualquer entidade abrangida pelo Estatuto do Medicamento, que patrocine congressos, simpósios ou quaisquer acções ou eventos de cariz científico ou de divulgação, directa ou indirecta, de medicamentos, deve comunicar previamente ao Infarmed o referido patrocínio.

- Esta comunicação deve ser feita até 10 dias úteis antes da realização do evento, através do Sistema de Gestão de Publicidade de Medicamentos (GPUB) que, entretanto, foi alterado de modo a implementar esta funcionalidade.

- O GPUB estará disponível para a inserção de todas as comunicações prévias a partir de 13 de Fevereiro de 2014.

- As entidades (titulares de autorização de introdução no mercado (AIM), representantes locais, distribuidores e intermediários) que ainda não se encontram registadas no GPUB devem solicitar o seu registo na referida plataforma através do e-mail [email protected].

- As comunicações efectuadas são da exclusiva responsabilidade dos declarantes.

Os esclarecimentos adicionais sobre esta matéria devem ser solicitados à Equipa da Publicidade através do e-mail [email protected].

Para pôr população a salvar vidas
O Instituto Nacional de Emergência Médica costuma dar apenas formação a profissionais, mas vai agora dar também a cidadãos comuns.

O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) está a ensinar manobras de reanimação para pôr a população a salvar vidas, disse o porta-voz da instituição, considerando este um passo para “consciencializar e formar” sobre suporte básico de vida.

“É, seguramente, reduzido o número de pessoas que sabe fazer as manobras de reanimação e este é um passo para começar a consciencializar e formar as pessoas”, disse Pedro Coelho dos Santos. O responsável apontou a importância da iniciativa – que se realiza em centros comerciais do país -, justificando com a existência de estudos demonstrativos de que “a probabilidade de sobrevivência de uma vítima em paragem cardio-respiratória a quem são feitas manobras de reanimação precocemente aumenta de forma muito significativa”.

“Por outro lado, está estudado que, numa vítima em paragem cardio-respiratória, por cada minuto que passa sem ter manobras de reanimação, a sua possibilidade de sobrevivência decresce cerca de 10% ao minuto”, destacou.

Explicando que a vítima em paragem cardio-respiratória “não respira e não tem pulso”, Pedro Coelho dos Santos salientou que, ao não fazer-se nada à pessoa, “a situação não vai alterar-se por si, pelo que as manobras de reanimação são fundamentais”.

“Para aprender a salvar uma vida há três passos fundamentais, o primeiro é identificar a situação de paragem cardio-respiratória, o segundo é ligar o número 112 - se não se pedir ajuda, ela não vai chegar – e, por fim, ensinar as pessoas a fazer as manobras”, esclareceu.

As manobras de reanimação ou o suporte básico de vida limitam-se a “compressões cardíacas e respiração boca-a-boca”, informou o porta-voz do INEM, observando: “São manobras simples, qualquer leigo que não profissional de saúde pode aprender e fazer toda a diferença em salvar a vida”.

É este treino que está a ser ensinado por profissionais do INEM em centros comerciais do país, de forma gratuita, no âmbito de uma parceria entre o instituto e a Sonae Sierra que decorre este mês e na qual já participaram cerca de 300 pessoas.

No sábado, a acção decorre no LeiriaShopping e a 22 no AlgarveShopping.

“No INEM só damos formação a profissionais de saúde e a elementos da cadeia de socorro. Esta é uma oportunidade que as pessoas têm de aprender com os profissionais da emergência médica”, referiu Pedro Coelho dos Santos, admitindo a realização de outras iniciativas idênticas.

Produzido no Hospital de Portalegre
Um vídeo produzido no Hospital de Portalegre sobre uma cirurgia laparoscópica com uma técnica considerada de “topo” e...

O vídeo mostra todas as técnicas utilizadas numa cirúrgica laparoscópica em que se retirou um tumor do recto a um doente tendo utilizado apenas orifícios naturais, sem serem necessárias incisões na pele.

“O vídeo foi enviado para o maior e melhor site de cirurgia laparoscópica do mundo. Trata-se de um site francês, e está publicado naquele espaço com outros vídeos de outras partes do mundo, mas portugueses, como este, não há nenhum”, explicou hoje um dos cirurgiões envolvidos, Hugo Capote.

De acordo com o médico, o vídeo está publicado no site websurg.com, sublinhando o clínico que “não é nada fácil” a publicação de documentos naquele espaço por causa dos critérios “rigorosos” dos administradores da página.

Hugo Capote relatou que esta cirurgia, considerada “rara” em Portugal, foi acompanhada por um vídeo de “qualidade” porque o Hospital de Portalegre “tem apostado” nos últimos tempos nesta área.

“Eu acho que há outros colegas a fazer isto em Portugal, eu não conheço muitos, mas para se fazer este tipo de trabalhos é preciso ter condições materiais que correspondem a um investimento por parte da Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA)”, disse.

Para o médico, o “treino, a dedicação e a paciência” foram factores que “compensaram” e ajudaram este projecto a vencer recentemente o primeiro prémio na categoria de melhor vídeo, no Congresso Internacional de Cirurgia, que decorreu no Porto.

“O vídeo foi discutido no congresso com outros colegas e foi unânime que foi uma técnica bem realizada e eficaz que trouxe vantagens para o doente”, acrescentou.

O médico explicou que a cirurgia em causa foi “curativa”, o que permitiu que o doente “não ficasse com nenhuma cicatriz”, tendo uma recuperação “rápida”, o que permitiu ao fim de três dias obter alta hospitalar.

Estudo sobre o enfarte em Portugal
Um estudo sobre o enfarte em Portugal concluiu que há portugueses que desconhecem o número de emergência médica e que alguns...

Dos mil portugueses inquiridos, no âmbito de um estudo do Stent For Life, 5% (50) desconheciam que o número de telefone a ligar para chamar uma ambulância é o 112.

À pergunta “qual o número para chamar a ambulância em Portugal”, 3% (30) responderam que não sabiam, 1% (10) respondeu que era o 115 e 1% (10) respondeu que era o 118 (número das informações).

A estes 5% que, “de forma espontânea não indicaram correctamente o número de telefone” de emergência médica, foi perguntado posteriormente: “dos seguintes números - 115, 112 ou 911 -, qual o número correcto para chamar a ambulância em Portugal?”.

Aqui, 66% responderam que era o 112, mas 10% afirmaram ser o 115 e 7% disseram que era o 911 (número de emergência nos Estados Unidos), enquanto 17% admitiram que não sabiam.

O estudo foi realizado por dois investigadores do ISCTE e é uma iniciativa do Stent For Life, um projecto europeu lançado pela European Association of percutaneous Cardiovascular Interventions e pelo EuroPCR, presente em dez países, sendo apoiado em Portugal pela Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC).

O estudo pretendia aferir o conhecimento dos portugueses face ao enfarte agudo do miocárdio e aos seus sintomas, e perceber de que forma reagiriam perante um episódio de ataque cardíaco.

Em Lisboa
Especialistas reunidos em Lisboa discutem opções de tratamento do cancro do recto.

Há doentes com cancro no recto que são submetidos a uma cirurgia mutilante quando o tumor poderá já ter desaparecido com os tratamentos de radio e quimioterapia, defendem especialistas, que querem discutir novas estratégias de combate à doença.

Há décadas que o tratamento do cancro no recto, um dos mais frequentes em Portugal, se baseia quase sempre na cirurgia, que implica tirar o ânus e construir um artificialmente (colostomia), o que pode “perturbar muito a imagem e qualidade de vida dos doentes”.

Carlos Carvalho, oncologista nesta área, explicou que a abordagem, actualmente, passa por fazer radio e quimioterapia, antes da cirurgia, mas marcando sempre a operação para retirar depois o tumor.

Quando há excesso de hormonas tiroideias
O hipertiroidismo é uma doença devida ao excesso de hormonas tiroideias em circulação, habitualmente
Ecografia à tiróide

O hipertiroidismo ocorre quando a glândula tiróide produz hormonas em excesso. As hormonas tiroideias controlam quase todas as funções do organismo e a velocidade de funcionamento. Quando há um excesso destas hormonas, o organismo fica "acelerado”, o mal-estar passa a estar evidente e requer o tratamento urgente.

Em cerca de 70 a 80 por cento dos casos, a causa mais frequente de hipertiroidismo é uma doença auto-imune conhecida como bócio tóxico difuso ou doença de Graves. Trata-se de uma alteração em que há aumento do volume da tiróide (bócio), hipertiroidismo e, por vezes, edema dos tecidos periorbitários que podem causar alterações da visão. É mais frequente nas mulheres que nos homens e pode ser familiar.

Outras causas, menos frequentes, ocorrem na existência de nódulo tóxico, ou seja, quando a tiróide apresenta um único nódulo que produz mais hormonas que o necessário para o funcionamento normal do organismo; também o bócio multinodular tóxico pode causar hipertiroidismo. Esta situação ocorre quando a tiróide se apresenta mais volumosa (bócio) com vários nódulos que podem produzir excesso de hormonas.

Por outro lado, a tiroidite subaguda ou granulomatosa, de origem virusal (após uma infecção vírica) provoca um bócio doloroso. Neste caso, há também um hipertiroidismo transitório.

Existem outras causas menos frequentes, como o excesso de hormona tiroideia, por tratamento incorrecto ou de modo voluntário, pode provocar estados de hipertiroidismo, ou ainda, a ingestão excessiva de iodo provocada por algumas medicações que contém iodo, podem estimular a tiróide e causar um hipertiroidismo.

Sintomas

O hipertiroidismo pode provocar uma grande variedade de sintomas e de diferentes graus de gravidade. Os mais comuns são a ansiedade e irritabilidade, o cansaço, particularmente muscular (braços, coxas, dificuldade em levantar objectos ou subir escadas), tremores, palpitações, sudação, emagrecimento, por vezes muito acentuado, contrastando com o aumento de apetite, alterações menstruais, no caso do sexo feminino.

Podem ainda ocorrer insónia, queda de cabelo, pele fina alteração das unhas, diarreia, olhar vivo, fixo e/ou olhos proeminentes e visão dupla (na Doença de Graves).

Diagnóstico

Perante uma suspeita clínica de hipertiroidismo o diagnóstico deverá ser apoiado por análises ao sangue com doseamentos laboratoriais. É necessário dosear os valores em circulação das hormonas tiroideias (T3 livre e T4 livre) que estão habitualmente elevadas e a TSH que se encontra diminuída. Esta pode ser a única alteração laboratorial num hipertiroidismo inicial.

Outros exames poderão ser necessários como doseamentos mais específicos ou técnicas de imagem como a ecografia ou a cintigrafia da tiróide.

Tratamento

Há vários tratamentos possíveis. A melhor opção terapêutica, discutida com um endocrinologista, deverá levar em consideração vários factores como sejam o tipo de hipertiroidismo, a sua gravidade, a idade ou história clínica do doente. O especialista discutirá e informará o doente sobre os riscos e benefícios de cada tipo de tratamento.

Habitualmente, existem três diferentes tratamentos, cujo objectivo é terminar com a produção excessiva de hormonas da tiróide:

Fármacos anti-tiroideios

Em Portugal há fármacos que actuam diminuindo a produção de hormonas da tiróide. Alguns doentes conseguem uma remissão de hipertiroidismo com um tratamento prolongado (12-18 meses) embora noutros apenas se consiga um controlo provisório.

Podem ter alguns efeitos colaterais (reacções cutâneas, alterações hepáticas, redução de glóbulos brancos) e o seu uso deve ser vigiado e controlado por um especialista.

Iodo radioactivo

O iodo radioactivo permite lesar as células da tiróide levando à diminuição da capacidade de produzir hormonas tiroideias conseguindo-se uma normalização da quantidade de hormonas tiroideias em circulação.

Resulta numa resolução definitiva do hipertiroidismo. É administrado por via oral (geralmente em cápsulas) entra em circulação e é captado pela tiróide que se encontra hiperactiva e destrói as células. O seu efeito máximo é notado 3- 6 meses após a administração.

Ocasionalmente o hipertiroidismo mantém-se e é necessária uma segunda dose. Mais frequentemente resulta num hipotiroidismo (glândula menos activa) e é preciso ficar a tomar hormona tiroideia de substituição. Nestes casos, de fácil controlo, é necessário o tratamento com comprimidos de hormona tiroideia durante o resto da vida pois a tiróide fica definitivamente lesada.

Tratamento cirúrgico

Em alguns casos é necessário remover cirurgicamente parte (nódulo tóxico) ou toda a glândula (doença de Graves ou Bócio multinodular tóxico) Se a remoção for completa surge o hipotiroidismo e é necessário tomar hormona tiroideia para o resto da vida.

A decisão para este tipo de terapêutica deve ser ponderada criteriosamente pelo endocrinologista e pelo cirurgião que deverá ter experiência neste tipo de cirurgia.

Nos casos de tiroidites o tratamento é apenas sintomático podendo ser utilizados vários tipos de medicamentos como analgésicos eventualmente até corticosteróides.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Em Portugal
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Em Portugal a prevalência ao longo da vida de perturbações psiquiátricas é estimada em cerca de 30 por cento e calcula-se que a prevalência de doenças graves seja de 12 por cento. Nos últimos anos, um em cada cinco portugueses terá sofrido de uma doença psiquiátrica (23 por cento) e quase metade (43 por cento) já teve uma destas perturbações durante a vida.

As doenças mentais e comportamentais mais comuns são as perturbações da ansiedade, com prevalência ao longo da vida de 16,5 por cento e estima-se que 3,2 por cento dos casos sejam graves. De entre perturbações de ansiedade as fobias a situações específicas são as mais comuns, com prevalência de 8,6 por cento, seguidas da perturbação obsessivo-compulsiva (4,4 por cento). As depressões atingem 8 por cento do total das doenças mentais.

Em 2003, os resultados do Eurobarometer mostravam que, Portugal era o terceiro dos quinze países da União Europeia, com mais casos de morbilidade psiquiátrica na população geral. No entanto, aquele observatório referiu que Portugal se encontrava no primeiro lugar do ranking da morbilidade psiquiátrica na população feminina com idade igual ou superior a 45 anos.

A avaliação dos resultados do Plano Nacional de Saúde 2004-2010 que evidenciou uma evolução muito positiva para muitos indicadores de saúde em Portugal, também revelou que era no âmbito da Saúde Mental que algumas das metas propostas não foram alcançadas, concluindo que as doenças e perturbações mentais e comportamentais deveriam merecer uma particular atenção do Estado, dos profissionais de saúde e da comunidade. No âmbito da saúde mental e das metas que não foram alcançadas destacam-se o consumo de álcool, o suicídio e o consumo de anti-depressivos.

Em Portugal o consumo de álcool persiste como um importante problema de Saúde Pública. Embora o seu consumo tenha diminuído per capita, estima-se que a meta de 10 litros por pessoa por ano proposta no Plano Nacional de Saúde não terá sido atingida em 2010.

Em Portugal a mortalidade por suicídio mantém-se em valores elevados, embora dos mais baixos observados nos países da Europa dos 15. A taxa de mortalidade padronizada em indivíduos não idosos residentes em Portugal Continental manteve até 2006 uma tendência decrescente, mas a partir de então verificou-se um ligeiro acréscimo atingindo os 5,7/100 000, em 2008, um valor muito acima da meta proposta para 2010. A mortalidade por suicídio tem maior expressão no sexo masculino e nas regiões do Sul do País.

Quanto ao consumo de antidepressivos em ambulatório, no mercado do SNS, verificou-se um aumento de 18,6 por cento, entre 2005 e 2007, sendo que foi nas regiões do Centro e do Sul do País que se registou um maior consumo de benzodiazepinas. A evolução do consumo de antidepressivos no contexto dos países da OCDE de 2000 a 2005, na sua generalidade, registou um aumento de consumo. Portugal assume uma posição intermédia no respectivo ranking.

Figura 1. Taxa de mortalidade padronizada por suicídio antes dos 65 anos / 100 000 habitantes.

Figura 2 - Evolução do Consumo de Antidepressivos no contexto dos países da OCDE (2000 - 2005)

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