Conferência Global sobre Alterações Climáticas
A directora-geral da Organização Mundial da Saúde, Margaret Chan, apelou aos governos para agirem de “forma decisiva” contra os...

Falando hoje na abertura da primeira Conferência Global sobre Alterações Climáticas e Saúde, em Genebra, na Suíça, Margaret Chan defendeu a necessidade de o sector da saúde "promover estratégias inteligentes em termos climáticos" visando reforçar a capacidade de adaptação dos sistemas de saúde aos riscos das alterações do clima.

“A evidência é esmagadora: a mudança climática põe em risco a saúde humana. Soluções existem e precisamos agir de forma decisiva para mudar essa trajectória”, apelou a directora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) durante o encontro em que participam 300 profissionais dos sectores da saúde e do ambiente.

A agência da ONU considera que a mudança de políticas de energia e de transportes pode salvar milhões de vidas de doenças causadas por altos níveis de poluição do ar, pelo que defende que uma atenção especial a sectores fundamentais como a saúde, a energia e o transporte.

Para a directora-geral da OMS, as medidas de adaptação às alterações climáticas também podem salvar vidas em todo o mundo, garantindo que as comunidades estejam melhor preparadas para lidar com o impacto do calor, condições meteorológicas extremas, doenças infecciosas e insegurança alimentar.

Também a directora-geral adjunta da OMS para a saúde da família, mulher e criança, Flavia Bustreo, exortou aos responsáveis das áreas da saúde e ambiente de todo o mundo a encontrarem soluções inteligentes para fazer face aos efeitos das mudanças climáticas.

“As populações vulneráveis, os pobres, os desfavorecidos e as crianças estão entre aqueles que sofrem a maior carga dos impactos relacionados com o clima e consequentes doenças, como a malária, diarreia e desnutrição, que já mata milhões de pessoas por ano”, disse Flavia Bustreo.

A responsável avisou que “sem uma acção efectiva para a mitigação e adaptação aos efeitos adversos das mudanças climáticas sobre a saúde, a sociedade terá de enfrentar um de mais graves problemas de saúde”.

“Mas a boa notícia é que a redução das alterações climáticas pode trazer benefícios substanciais e imediatos de saúde”, disse, no entanto, a directora do Departamento de Saúde Pública e Ambiente da OMS, Maria Neira.

“O exemplo mais poderoso é a poluição do ar, que, em 2012, foi responsável por 7 milhões de mortes - um em cada oito mortes em todo o mundo. Agora há evidência sólida de que a mitigação da mudança do clima pode reduzir bastante esse número”, sublinhou.

 

Circular Informativa N.º 188/CD/8.1.7
Autoridades alemãs reportam suspeita de contrafacção de lote de Remicade. Utentes devem entregar embalagens em causa.

As autoridades alemãs (BfArM/Paul-Ehrlich-Institute) reportaram a suspeita de contrafacção do lote n.º 3RMA66501, com a validade 06/2016, do medicamento Remicade 100mg (Infliximab), 100 mg, pó para concentrado para solução para perfusão, frasco para injectáveis.

Apesar de não ter sido detectada a existência deste lote de medicamento em Portugal, o Infarmed recomenda que:

  • as entidades que tenham adquirido este lote de medicamento não procedam à sua venda, dispensa ou administração, devendo comunicar de imediato ao Infarmed;
  • os utentes que disponham de medicamentos deste lote não os utilizem, devendo entregar as embalagens em causa na farmácia para posterior destruição.
  •  

O Remicade encontra-se aprovado para a doença de Crohn, colite ulcerosa, artrite reumatóide, espondilite anquilosante, artrite psoriática e psoríase.

Para mais informação contacte:

Centro de Informação do Medicamento e dos Produtos de Saúde (CIMI)

Telefone 217987373

Fax 211117552

E-mail: [email protected]

Linha do Medicamento: 800 222 444.

 

Em Coimbra
A Associação Emergência XXI vai realizar no sábado e no domingo, em Coimbra, o primeiro curso de prestação de cuidados de saúde...

“As forças de segurança, de operações especiais e forças armadas estão vocacionadas para uma função específica de combate e de segurança e a questão de saúde tem ficado para trás”, contou Rodrigo Catarino, coordenador do curso, sublinhando que esta iniciativa permite que um militar possa “efectuar algumas intervenções que podem salvar a vida de operacionais feridos em combate”.

O curso, que na primeira edição conta com dois especialistas americanos associados à medicina militar, terá 16 horas de formação, distribuídos por dois dias, e vai decorrer no Hospital Militar Regional de Coimbra. Na primeira edição, a associação convidou operacionais de forças como a Polícia de Segurança Pública, Comandos e Fuzileiros, procurando no futuro “estabelecer protocolos de cooperação e formação nesta área específica”.

“O objectivo da formação é criar os primeiros instrutores em Portugal para depois massificar o curso no país”, referiu o coordenador, explicando que em Portugal havia uma lacuna neste tipo de formação. Na intervenção, procura-se “tratar a vítima, prevenir a existência de mais vítimas e cumprir a missão”, sem nunca “descurar a táctica da operação”, disse à agência Lusa Rodrigo Catarino.

Os participantes são preparados para três fases distintas: “os cuidados sob fogo, em que as intervenções são limitadas, o socorro em campo táctico, em que não há o perigo iminente de serem atingidos, efectuando uma abordagem mais exaustiva, e a evacuação táctica em que se podem acrescentar mais intervenções durante o transporte do ferido”, explanou. Segundo o responsável, o projecto pretende que os operacionais possam actuar nas “principais causas de morte evitáveis”, sendo elas as “hemorragias exsanguinantes, pneumotórax hipertensivo e obstrução da via aérea”.

A associação sem fins lucrativos já desenvolve o curso de Apoio Pré-hospitalar ao Traumatizado (PHTLS), que é realizado “na mesma óptica, mas de âmbito civil”, explicou.

O início do curso vai contar com a presença do director dos serviços de saúde do Exército, Esmeraldo Alfarroba.

 

Registo é gratuito
Em vigor desde 1 de Julho, a nova plataforma informática permite aos médicos saberem que cuidados é que os doentes...

Entre 1 de Julho e 22 de Agosto último, 245 pessoas expressaram que tratamentos querem ou não receber em caso de doença terminal ou incurável ou perante um diagnóstico de inconsciência por doença neurológica ou psiquiátrica irreversível, notícia o jornal Público na sua edição digital.

“Mais de 200 testamentos vitais registados em apenas dois meses que foram marcados pelas férias são um sinal claríssimo da importância e da falta que fazia uma ferramenta desta natureza”, congratulou-se ao Público o presidente da Associação Portuguesa de Bioética, Rui Nunes. Já o bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, não se mostra impressionado com estes números: “Considerada a população nacional adulta, é um número pequeno e confirma as minhas expectativas de que este instrumento seria utilizado por um número reduzido de cidadãos”.

Com 148 registos, a região da área da influência da Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo foi até agora aquela que somou mais adesões no Registo Nacional do Testamento Vital (Rentev), a plataforma informática que arrancou no dia 1 de Julho. A ARS do Norte, por seu turno, somou 52 registos, segundo os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde. Seguem-se a ARS do Centro com 20 registos e as ARS do Alentejo e do Algarve com 14 e 11 registos, respectivamente.

Na altura em que o Rentev entrou em funcionamento, o Ministério da Saúde admitia que entre 20 a 30 mil pessoas aderissem àquela ferramenta no prazo de um ano. Mas, e porque “não é possível que o testamento vital registe adesões maciças se os portugueses não souberem que ele existe”, Rui Nunes considera que aquele patamar dificilmente será atingido se não houver uma “intensa campanha de sensibilização”: nas escolas, mas sobretudo junto dos médicos de família, para que estes expliquem às pessoas para que serve um testamento vital e como se faz.

Através do testamento vital, um cidadão pode manifestar antecipadamente a sua vontade “consciente, livre e esclarecida” no que concerne aos cuidados de saúde que deseja ou não receber no caso de se encontrar numa situação em que fica incapaz de expressar a sua vontade de forma autónoma. Poderá ser o que acontece num quadro de inconsciência por doença neurológica ou psiquiátrica irreversível, “complicada por intercorrência respiratória, renal ou cardíaca”. O diagnóstico de uma doença incurável ou em fase terminal ou a inexistência de expectativas de recuperação na avaliação clínica são outros dos quadros capazes de fazer accionar a também chamada “directiva antecipada de vontade” do doente.

Entre os cuidados que podem ser recusados incluem-se a reanimação cardio-respiratória, o suporte artificial de funções vitais por meios invasivos, a alimentação e hidratação artificiais que retardem o processo natural da morte e a administração de sangue ou derivados. Este último item assume particular importância no caso, por exemplo, das testemunhas de Jeová, que por motivos religiosos rejeitam transfusões. Aliás, e como adiantou em Junho ao Público o assessor jurídico da Associação das Testemunhas de Jeová, Raul Josefino, era prática comum entre os crentes (calcula-se que haja ao todo cerca de 50 mil praticantes ao todo, em Portugal) transportarem consigo um modelo de testamento vital que recusava as transfusões sanguíneas e que já contemplava a possibilidade de não quererem que a sua vida fosse prolongada perante um quadro clínico sem esperança de melhoria.

Desde 2012 que a lei permitia que um cidadão definisse até onde poderiam chegar os clínicos no caso de incapacidade de indecisão. Mas, para ficar tudo claro, era preciso ir a um notário, pagar à volta de 100 euros e andar sempre com o documento no bolso. Sem isso, o doente deixava o seu fim entregue à obra do acaso ou à decisão dos familiares. No passado dia 1 de Julho, tais decisões puderam passar a ficar predefinidas na referida plataforma informática que congrega todos os testamentos vitais validados pelos serviços de saúde e mediante a qual os médicos, do sector público mas também do privado, podem aceder à vontade dos doentes em situação extrema.

Sem quaisquer custos, o testamento vital pode ser efectuado através do preenchimento de um formulário próprio que está disponível nos sites das ARS, no Portal do Utente e no Portal da Saúde. No formulário aqui disponível, o cidadão pode também deixar nomeado um “procurador de cuidados de saúde”, ou seja, pode indicar uma pessoa de confiança (familiar ou não) que será chamada a decidir em seu nome sempre que a situação clínica o exija ou então que assegurará o cumprimento do testamento vital.

 

Altas adiadas
Só em três dos maiores hospitais do País este ano já 71 idosos tiveram de esperar nas enfermarias por um lugar num lar. No ano...

Em média doentes esperam cerca um mês por um lugar numa instituição. No Hospital Amadora-Sintra, nos primeiros seis meses do ano já foram identificados 42 doentes à espera de vaga. No ano passado, 197 idosos só tiveram alta depois de encontrada vaga num lar, escreve o Diário de Notícias.

No Centro Hospitalar de São João (que integra o São João e o hospital de Valongo) este ano já se registaram 19 pedidos à Segurança Social para integrar doentes em lares de terceira idade. Neste momento, há cinco que ainda ocupam uma cama de hospital apenas porque não têm para onde ir.

No Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (Hospitais da Universidade e o dos Covões) registaram-se este ano 10 casos. Menos do que os 15 de 2013.

 

Estudo sugere
A toma de antidepressivos pelas mulheres grávidas pode estar associada a um risco acrescido de hiperactividade no bebé, sugere...

Os problemas de transtorno de défice de atenção com hiperactividade (TDAH) caracterizam-se por dificuldades em concentrar-se e a levar até ao fim tarefas complexas.

Estes problemas afectam 3 a 5% de crianças em idade escolar em França. segundo vários estudos, e caracterizam-se frequentemente por uma dificuldade em manter-se no lugar, esperar a sua vez ou por comportamentos impulsivos.

No estudo publicado na Molecular Psychiatry (revista do grupo Nature), os investigadores do Massachusetts General Hospital (EUA) “observaram um risco persistente de TDAH após uma exposição aos antidepressivos, em particular no primeiro trimestre” da gravidez, adianta a France Presse, citada pelo Diário de Notícias Online.

Este estudo, estatístico, foi elaborado a partir de dados recolhidos num sistema de cuidados de saúde do norte dos EUA, visando 2243 crianças diagnosticadas com TDAH e 1377 crianças autistas.

O objectivo inicial dos investigadores era perceber se o consumo de antidepressivos durante a gravidez podia traduzir-se num risco acrescido de autismo na criança. Sobre esta questão os investigadores estimam que a ligação não é significativa.

Já a associação entre os antidepressivos consumidos durante a gravidez e a TDAH é “significativa”. Os investigadores sublinham, porém, que o risco é “reduzido em termos absolutos” e recomendam mais estudos sobre este tema.

 

Em Portugal
O presidente da administração do Hospital de São João, Porto, defendeu ser possível eliminar a Hepatite C no país se o Estado...

“Dispomos de todos os instrumentos necessários a uma estratégia de eliminação da doença”, assinala António Ferreira num artigo de opinião publicado hoje [27 de Agosto] no Jornal de Notícias na qual destaca que “pela primeira vez, graças aos novos medicamentos, é possível tratar eficazmente a hepatite C”.

Para o efeito propõe que o “tratamento da Hepatite C em Portugal se baseie apenas na associação dos novos antivirais”, por oposição aos actuais tratamentos que, diz, são comercializados “a preços verdadeiramente pornográficos e incompatíveis para qualquer sistema de saúde”,

“Tratar a hepatite C em Portugal custará entre 4 mil e 8 mil milhões de euros” pelo que, com o actual orçamento da saúde a fixar-se nos cerca de nove milhões, “não é possível tratar todos os doentes com hepatite C”, assinala.

Porque a actual estratégia “serve os interesses da indústria farmacêutica”, ao apostar no tratamento “excepcional a preços muito altos dos poucos doentes (…) em risco de vida”, António Ferreira considera que este plano “não tem lógica em termos de saúde pública porque permite que o vírus continue a disseminar-se”, para além de não ter “racionalidade em termos económicos”.

O administrador propõe “que se garanta o tratamento a todos os infectados, independentemente do estádio da doença” e que “se inicie um processo negocial com os fornecedores, baseado num programa a implementar em 10 a 15 anos, a um custo médio nunca superior a 10 mil euros por doente tratado”.

Uma vez que “a maioria dos novos antivirais não está, ainda, aprovada pela agência europeia do medicamento”, António Ferreira destaca que o Estado pode usar da “prerrogativa de autorizar a [sua] utilização especial” já que as normativas comunitárias assim o permitem.

“Este processo, para além de garantir uma mais do que justa remuneração da indústria, seria sustentável para o SNS [e] implicaria uma despesa de 500 mil euros a mil milhões de euros diferida por 10 a 15 anos (bem menor que a despesa anual actual)”, assinala.

Propõe por fim que “o executivo e as forças políticas representadas na Assembleia da República, recusando a actividade “lobista” da indústria farmacêutica, assumam este desiderato como um imperativo nacional (…) e se unam no objectivo de combater este flagelo de saúde pública”.

 

Reunião com Sindicato
O reforço de enfermeiros no Serviço Nacional de Saúde é uma prioridade e só no primeiro semestre foram contratados 409...

A Administração Central do Sistema de Saúde ACSS reuniu-se com o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), no dia em que mais de 80% dos enfermeiros do Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC) estiveram em greve, para protestar contra a falta de profissionais, que, segundo o sindicato, ultrapassa os 400, só nos seis hospitais do grupo. Chegou também a estar marcada uma reunião entre o secretário de Estado Adjunto da Saúde e o SEP, mas foi desmarcada pela tutela, que a adiou para 17 de Setembro, disse o SEP.

A reunião da ACSS destinou-se a “analisar as contratações de pessoal de enfermagem pelas entidades públicas empresariais do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, diz um comunicado da ACSS, que adianta que em análise esteve o ponto de situação da celebração, renovação ou conversão de contratos individuais de trabalho, por parte de entidades públicas empresariais do SNS. Serviu ainda, adianta-se no comunicado, para iniciar a discussão sobre a definição de necessidades e critérios para enfermeiros-principais nos serviços do SNS.

No mesmo comunicado pode ler-se que, no ano passado, foram recrutados 579 novos enfermeiros, num ano em que se registaram 432 saídas do SNS, por motivo de aposentação.

“Em comparação com outros países da OCDE, Portugal registava, em 2013, um rácio de enfermeiros por mil habitantes de 6,23 e, em 2010, esse valor era de 5,92. Em 2012, Espanha registava um ratio de 5,3 enfermeiros por cada mil habitantes”, diz o comunicado.

Num dia marcado pela greve, a dirigente do SEP Isabel Barbosa disse que a elevada adesão demonstrou o “enorme descontentamento” dos enfermeiros.

Em frente ao Hospital de São José concentraram-se, cerca de meia centena de enfermeiros, empunhando cartazes com escritos como “Menos enfermeiros, menos cuidados” ou “Não à destruição do SNS”, e gritando palavras de ordem como “Macedo escuta, os enfermeiros estão em luta” e “A saúde é um direito, sem ela nada feito”.

Só naquele hospital, a adesão à greve chegou aos 82%, acima dos 78% do Hospital Dona Estefânia e dos 79% do Hospital de Santa Marta e da Maternidade Alfredo da Costa.

Níveis de adesão mais elevados registaram os hospitais Curry Cabral e Santo António dos Capuchos, com 86% e 92%, respectivamente.

Segundo Isabel Barbosa, a principal razão da convocação da greve foi a carência de enfermeiros e as consequências que daí advêm: encerramento de camas nos serviços, redução do número de enfermeiros para prestar cuidados aos utentes, milhares de horas acumuladas e centenas de feriados por serviço acumulados. “Os enfermeiros não aguentam mais, precisam de tempo de descanso adequados, quer para a saúde deles próprios quer para a qualidade dos próprios cuidados prestados aos utentes. Portanto esta é uma greve não só para defender os direitos dos enfermeiros, mas para defender os utentes e o SNS”, desabafou.

 

Banco Africano de Desenvolvimento
A epidemia do vírus Ébola poderá custar entre 1% e 1,5% do Produto Interno Bruto dos países da África Ocidental afectados pelo...

Globalmente, o Ébola vai “provavelmente custar 1% ou 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) dos países da União do Rio Mano”, organização que integra a Libéria, a Serra Leoa e a Guiné-Conacri, “países que começavam a recuperar dos difíceis anos de crise, das guerras civis das décadas de 1960, 1980 e 1990”, referiu hoje o presidente do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), Donald Kaberuka, numa conferência de imprensa.

As previsões da organização apontam igualmente que a Costa do Marfim, o quarto país daquela organização mas que ainda não foi afectado pela epidemia, deverá sofrer as mesmas consequências financeiras.

Donald Kaberuka alertou ainda que a segurança alimentar na Libéria, país que regista mais casos e mais vítimas mortais, também está “em risco”, uma vez que o vírus ameaça a manutenção das colheitas agrícolas. Neste país, “se hoje as pessoas não se ocupam da agricultura, existirá uma crise alimentar. É o primeiro impacto directo sobre os agricultores desta região”, apontou.

Além da crise imediata e a médio prazo, o responsável considerou que “a multiplicação das medidas de encerramento de fronteiras terrestres e aéreas em muitos países africanos”, decididas por “precaução”, irá custar “muito” ao comércio e aos fluxos económicos da região.

África, na sequência do vírus Ébola, “arrisca a sua imagem, a fuga de investimentos, uma nova estigmatização, quando o continente começava a descolar”, lamentou Kaberuka.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) contabilizou, até 20 de Agosto, 1.427 mortos em 2.615 casos identificados em quatro países da África Ocidental.

A Libéria é o país mais afectado, com 624 mortos em 1.082 casos, seguindo-se a Guiné-Conacri, onde foram registados casos a cerca de 150 quilómetros da fronteira com a Costa do Marfim, com 406 vítimas mortais.

A Serra Leoa (392 mortes) e a Nigéria (cinco mortes) são os outros países afectados pela epidemia.

 

Através da utilização de um composto farmacológico
Uma equipa de investigadores portugueses descobriu como travar a evolução de um tipo de leucemia frequente nas crianças,...

O trabalho foi desenvolvido por uma equipa de investigadores do Instituto de Medicina Molecular (IMM) da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, sob a coordenação de João Taborda Barata, com “resultados bastante promissores no que respeita ao potencial desenvolvimento de uma terapêutica alternativa para tratamento da leucemia linfoblástica aguda de células T (LLA-T), um tipo de leucemia bastante frequente em crianças”, revela o instituto.

Publicada na revista científica Oncogene, a investigação estudou o papel da proteína ‘CHK1’ em doentes e concluiu que esta se encontra ‘hiperactivada’, permitindo a viabilidade das células tumorais e a proliferação da doença.

“Demonstrámos que a expressão do gene CHK1 está aumentada neste tipo de leucemia. O curioso é que o CHK1 serve como uma espécie de travão para a multiplicação celular, mas acaba por ajudar as células leucémicas porque as mantém sob algum controlo. Se inibirmos o CHK1 as células tumorais ficam tão ‘nervosas’ – o que chamamos de ‘stresse replicativo’ – que acabam por morrer”, explica João Barata.

Deste modo, o CHK1 constitui “um novo alvo molecular para potencial intervenção terapêutica em leucemia pediátrica”, acrescenta.

A equipa de investigadores utilizou um composto farmacológico (PF-004777736) para inibir o gene CHK1 e verificou que o composto induzia a morte de células de LLA-T (leucemia linfoblástica aguda de células T), sem afectar as células T normais.

A investigação conseguiu assim observar que a utilização daquele composto farmacológico é capaz de interferir na proliferação das células afectadas e de interromper o seu ciclo de vida, diminuindo o desenvolvimento da doença.

Apesar de este tipo de leucemia ser um cancro que apresenta grande sucesso terapêutico nas crianças, os efeitos secundários resultantes das terapias actuais são bastante consideráveis.

A LLA- T é um cancro do sangue (tumor líquido) especialmente frequente em crianças e que se caracteriza por um aumento descontrolado do número de linfócitos T (glóbulos brancos), as células do sistema imunitário responsáveis por identificar e combater agentes externos causadores de infecção.

A incidência de LLA em geral é relativamente similar na Europa e nos Estados Unidos da América, com um caso em cada 50 mil habitantes, sendo mais frequente no sexo masculino do que no sexo feminino e apresentando dois picos de incidência: dos dois aos cinco anos e após os 50 anos de idade.

Num só mês
A Unicef, agência das Nações Unidas, disse hoje que realizou, em Agosto, “a maior operação de assistência humanitária” de...

Em comunicado, a Unicef refere que distribuiu às crianças afectadas por “um número recorde de crises” no mundo, entre as quais os conflitos no Iraque e na Síria e o surto do vírus Ébola na África Ocidental, “uma quantidade de bens de primeira necessidade sem precedentes”.

Só durante este mês, a Unicef expediu “mil toneladas de bens essenciais para crianças”, quantidade que “daria para encher 19 aviões Jumbo de carga”. Do armazém central da organização, situado em Copenhaga, capital dinamarquesa, já saíram “33 cargas com bens de emergência para as regiões mais conturbadas do mundo”.

As famílias e crianças do Iraque, deslocadas no Noroeste do país, “receberam 500 toneladas de ajuda”, incluindo “rações de alimentos, água, artigos médicos, tendas e alimentos terapêuticos prontos a usar”, adianta a Unicef.

Na vizinha Síria, foram distribuídas “mais de quatro milhões de doses de vacinas contra a poliomielite”, doença que reapareceu na sequência da ruptura do sistema de saúde.

Na Síria, salienta a organização, a resposta “evoluiu para um fluxo regular de envios de bens”, desde pastilhas para purificar a água a ferramentas de saúde e educação.

“Em situações de crises múltiplas desta magnitude, as crianças devem estar em primeiro lugar. A Unicef está empenhada em manter este rumo. Enquanto as crianças precisarem de ajuda, continuaremos a levar a cabo estas operações de abastecimento urgentes, complexas e em larga escala”, justificou Shanelle Hall, directora de operações de aprovisionamento e logística da Unicef.

Para ajudar a conter o surto do vírus Ébola, a Unicef enviou para a Libéria “248 toneladas de artigos”, como luvas de látex, óculos de segurança e fatos de macaco para proteger os técnicos de saúde, desinfectante de cloro concentrado e medicamentos.

República Centro-Africana, Palestina e Sudão do Sul são outras regiões em crise a receberem apoio da Unicef neste momento.

Ao longo do mês de Agosto, chegaram à República Centro-Africana “26 toneladas de equipamento médico, vacinas, rações de alimentos e material para cavar poços de água”.

A Palestina recebeu “3,5 milhões de toneladas de bens, maioritariamente medicamentos essenciais para Gaza, a fim de reabastecer os hospitais e centros de saúde danificados pelo conflito”.

Para o Sudão do Sul, onde 50 mil crianças “estão em risco de morrer devido a má nutrição”, foram enviadas “34 toneladas de bens” de primeira necessidade.

“Agora, é essencial manter os corredores humanitários abertos para que estes bens continuem a chegar às crianças que deles precisam desesperadamente”, apelou Shanelle Hall.

A agência da ONU prevê que venha a ser necessário “redobrar esforços face ao conflito no Iraque e ao surto de Ébola na África Ocidental”.

 

Ébola:
O belga Peter Piot, co-descobridor do vírus Ébola em 1976, afirmou hoje que tudo aconteceu para que a epidemia ganhasse...

“Nós nunca tínhamos tido um surto de tal amplitude (…) Há seis meses nós assistimos ao que podemos chamar uma tempestade perfeita: tudo se reuniu para que ganhasse esta velocidade”, declarou o investigador numa entrevista ao jornal francês Libération.

A epidemia do Ébola, que já fez quase 1.500 mortos, “explodiu em países em que os serviços de saúde não funcionam, devastados por anos de guerra. Além disso, a população desconfia radicalmente das autoridades”, referiu Peter Piot ao jornal.

“É preciso restabelecer a confiança. Nada pode ser feito numa epidemia como esta do Ébola sem a confiança”, acrescentou.

O coordenador das Nações Unidas contra o vírus Ébola, o médico David Nabarro, já avisou que a luta contra o surto é uma guerra que poderia levar até seis meses.

Peter Piot igualmente lamentou “a lentidão extraordinária” das instituições.

“A OMS só acordou em Julho”, ainda que o alerta tenha sido lançado no início de Março e sabendo-se que a epidemia teve início em Dezembro de 2013.

“Agora assume a liderança, mas é tarde”, sublinhou.

Em meados de Agosto, os especialistas reunidos pela OMS julgaram ético fornecer aos doentes medicamentos experimentais com efeitos secundários ainda não testados.

“O mínimo que podemos fazer é colocar estes produtos disponíveis em países que foram afectados (pelo Ébola)”, defendeu o investigador.

 

Organização Mundial de Saúde recomenda
A Organização Mundial de Saúde recomendou hoje proibir a venda de cigarros electrónicos a menores de idade, por considerar que...

Os peritos aconselharam também proibir-se o consumo de cigarros electrónicos em espaços públicos fechados, indicou um documento publicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

“As provas existentes mostram" que os cigarros electrónicos "não são simples 'vapor de água'”, como argumentam frequentemente os fabricantes e o seu consumo em espaços públicos fechados deve ser proibido “a menos que seja provado que esse vapor exalado não é perigoso para quem está mais próximo”, afirmou.

De acordo com a OMS, existem provas suficientes para fazer uma advertência para “crianças, adolescentes, grávidas e mulheres em idade fértil” relativa às consequências a longo prazo que pode ter o consumo do cigarro electrónico no “desenvolvimento do cérebro”.

Estas recomendações foram publicadas pela organização no âmbito da sexta sessão da conferência das partes signatárias da Convenção-Quadro da OMS sobre o Controlo do Tabaco, que vai decorrer de 13 a 18 de Outubro, em Moscovo.

 

Investimento de 2 milhões de euros
A Unidade de Cuidados Continuados da Misericórdia de Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, vai abrir em Outubro após um...

“É o concretizar de um desejo”, afirmou João Marques, salientando a importância de mais esta valência da instituição, que vai aumentar a “oferta social” no concelho e permitir, também, a criação de 25 novos postos de trabalho.

A unidade, pronta desde o início de 2013, tem 32 camas, sendo que para 30 delas “há acordo de financiamento”, referiu o responsável.

“Quem coloca os utentes é o Ministério da Saúde, mas é desejável que sejam pessoas da região, não apenas por uma questão de comodidade para elas, como para as respectivas famílias”, adiantou João Marques.

A obra – instalações, equipamento e arranjos exteriores – teve um custo de cerca de 2 milhões de euros, tendo obtido um financiamento do Ministério da Saúde de 630 mil euros.

“Mantemos uma dívida de um milhão de euros à banca e temos uma candidatura ao Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) que, se fosse aprovada, permitiria à misericórdia reduzir o endividamento”, continuou João Marques.

Segundo o provedor da Santa Casa da Misericórdia, “se houvesse apoio do QREN era uma garrafa de oxigénio para a tesouraria” da instituição que poderia equacionar “outro tipo de investimento virado para o seu público-alvo, a população envelhecida”, assim como para “os jovens que procuram emprego”.

Para amortizar a dívida, o provedor anunciou, em Março, que a misericórdia iria alienar quatro imóveis, tendo já concretizado a venda de um apartamento no concelho de Cascais.

A Misericórdia de Pedrógão Grande tem 84 utentes em lar e mais 60 nos três centros de dia, na sede do concelho, Vila Facaia e Graça. Presta, igualmente, apoio domiciliário a 45 pessoas e, nas valências de creche e jardim-de-infância, tem 60 crianças. Tem, ainda, cantina social, na qual são apoiadas cerca de 25 pessoas. Actualmente conta com 88 funcionários e 10 avençados. A misericórdia é, depois da Câmara Municipal, o maior empregador do concelho, acrescentou o provedor.

 

Baixar a taxa de absentismo
Unidade hospitalar já presta serviços de Medicina do Trabalho a empresas. Experiência começou com os funcionários e visa...

O Hospital de S. João, no Porto, quer fazer contratos com seguradoras para tratar de sinistrados do trabalho. Para começar, vai acompanhar os seus trabalhadores. Segundo o Jornal de Notícias Online, o objectivo é baixar, em 25%, a taxa de absentismo.

A aposta é rentabilizar a marca S. João como garantia de qualidade para entrar num mercado dominado pelo privado. A ideia é simples, mas inovadora: fazer contratos com empresas no âmbito da Medicina do Trabalho e com seguradoras para tratar dos acidentados.

A experiência começou no próprio hospital, que regista cerca de 400 acidentes laborais, por ano, entre os seus 5600 trabalhadores, explicou Pedro Norton, director do serviço de Medicina Ocupacional. Promover a saúde e prevenir as doenças e os acidentes de trabalho é o objectivo do primeiro Laboratório de Saúde Ocupacional, criado no Centro Hospitalar de S. João.

 

Em 2011, 52% queriam a legalização
Em três anos sobe em 14% os jovens que pretendem que a substância continue ilegal. Europa evidencia tendência contrária.

Mais jovens portugueses rejeitam a ideia de legalizar a cannabis, contrariando a tendência europeia. Só nos últimos três anos, subiu em 14% a estatística dos que por cá não estão interessados nesta legalização, escreve o Jornal de Notícias na sua edição digital.

Se em 2011 eram 52% os jovens portugueses, dos 15 aos 24 anos, que defendiam que a cannabis deveria continuar ilegal, agora são já 66%. Portugal está em contracorrente, já que a tendência europeia é para que cada vez mais jovens queiram a sua legalização. Os números dizem que na UE, em 2011, eram 59% os jovens europeus que queriam ver a cannabis ilegal, agora são apenas 53%, menos 6%.

A tendência portuguesa “é surpreendente”, avança Manuel Cardoso, subdirector geral do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), acrescentando que “isto vai, no entanto, no sentido de todo o trabalho que tem sido feito para sensibilizar os jovens para os comportamentos de risco”.

Manuel Cardoso lembra que, recentemente, o SICAD fez um estudo que versava sobre as novas substâncias psicoactivas, verificando, igualmente, que “a maioria dos jovens, mesmo os que as consumiam, não concordavam com a sua legalização”. Aquele responsável entende que a situação em Portugal “é confortável” e que "para isto, ajudou o facto de se ter optado por não criminalizar". “Não é crime o consumo (em pequenas quantidades), mas é proibida a comercialização. As pessoas sabem que as pode prejudicar”, defende.

Ao lado de Portugal - neste aumento de pessoas que não quer a legalização da cannabis - estão países como a Holanda (mais 14% relativamente a 2011), a Bélgica (mais 13%), a Letónia (mais 8%) e a França (com mais 6% do que em 2011).

No resto da Europa, mesmo nos países onde a maioria esmagadora não quer a legalização, a tendência é para que sejam cada vez menos jovens a pensar assim. No Chipre, por exemplo, 72% dos jovens não quer a legalização da cannabis, mas são já menos 10% em relação ao ano de 2011. Na restante UE, na Itália, por exemplo, são já menos 22%, na Alemanha menos 17%, na Áustria menos 14 e na Eslovénia menos 13%.

Ainda assim, e apesar de cada vez mais gente na UE começar a ser tolerante à ideia da legalização, na maioria dos países ainda vence a ideia contrária. Apenas na Holanda (53%), na Áustria (53%), na Eslováquia (54%), na Polónia (55%), na Irlanda (57%), na Itália (60%), Eslovénia (64%) e República Checa (73%), a maioria das pessoas quer a sua legalização. Destaca-se a Holanda que apesar de continuar a querer a legalização da cannabis vê aumentar em 14% os que defendem a ilegalidade da substância.

Portugal está entre os primeiros 10 países que não querem legalizar a cannabis e, segundo Manuel Cardoso, tal também se deve ao facto de a legislação não criminalizar o consumo. Treze anos após a lei que descriminalizou o uso de drogas, Portugal continua a ser visto como pioneiro nesta matéria. Foi muitas vezes referido, a nível internacional, como um caso de sucesso.

 

A partir de Setembro
Os portugueses passam a poder beneficiar de cuidados de saúde noutros Estados-membros, a partir da próxima semana, com direito...

De acordo com a lei que estabelece as normas de acesso a cuidados de saúde transfronteiriços, hoje publicada em Diário da República, os beneficiários do Serviço Nacional de Saúde (SNS) têm direito ao reembolso das despesas directamente relacionadas com tratamentos prestados noutro Estado-membro da União Europeia, desde que sejam tidos como cuidados de saúde que caberia ao Estado português garantir, através da sua estrutura de saúde pública.

O diploma estabelece que as prestações de saúde com direito a reembolso são as previstas na tabela de preços do SNS, mas salvaguarda que este direito (ao reembolso) “pressupõe a existência de uma avaliação prévia por um médico de medicina geral e familiar” do SNS ou por serviços regionais de saúde que “determinem a necessidade dos cuidados”.

A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) tinha criticado alguns aspectos da proposta de lei, entre os quais precisamente o direito ao reembolso ficar dependente de avaliação prévia por um médico de família, por considerar que havia “risco de discriminação”. No entanto, o Governo não alterou este ponto.

O valor a ser reembolsado será apenas até ao limite do que teria sido assumido pelo Estado português enquanto responsabilidade financeira do SNS, caso esses cuidados tivessem sido prestados em Portugal, de acordo com a tabela de preços do SNS.

A lei estabelece ainda restrições em alguns casos, que obrigam o utente a fazer um “pedido de autorização prévia”, para ter direito ao reembolso.

É o caso dos cuidados de saúde que exijam o internamento por pelo menos uma noite, cuidados que sejam “altamente onerosos e de elevada especialização”, tratamentos que impliquem risco para o doente ou para a população e prestações de saúde feitas por um profissional que suscite “preocupações sérias” quanto à qualidade ou segurança dos cuidados.

A definição daquilo que são os “cuidados altamente onerosos e de elevada especialização” constará de uma portaria a ser publicada no prazo de 30 dias e comunicada à Comissão Europeia no mês seguinte.

O diploma publicado estabelece também o reconhecimento em Portugal das receitas médicas emitidas noutro Estado-membro e os critérios a serem observados, como a identificação do doente e do médico, a autenticação da receita e a identificação do medicamento por denominação comum ou por marca comercial, quando se tratar de um medicamento biológico, considerado necessário.

A Lei publicada entra em vigor no dia 01 de Setembro, transpondo para a legislação nacional uma directiva europeia aprovada a 09 de Março de 2011, depois de ter estado em consulta pública de 25 de Outubro a 25 de Novembro de 2013. A demora do processo levou a Comissão Europeia, a 10 de Julho, a instar Portugal a adoptar as regras europeias sobre as receitas médicas, ameaçando levar o caso a Tribunal.

A Comissão referia que, até àquela data, Portugal ainda não tinha transposto a directiva para o direito nacional, não obstante estar obrigado a fazê-lo até 25 de Outubro, pelo que deu um prazo de dois meses (a contar de 10 de Julho) para informar Bruxelas das medidas tomadas para a efectiva aplicação da lei, sob pena de levar o caso ao Tribunal de Justiça da União Europeia.

 

Em causa a redução do número de enfermeiros por turno
...

Os enfermeiros exigem a admissão de mais profissionais de enfermagem, respeitando dotações adequadas, e horários de trabalho nos termos da lei e normas regulamentares, designadamente compatíveis com a vida familiar e social e com tempos de descanso adequados.

Em causa está a redução do número de enfermeiros por turno em muitos serviços, “listas” para inscrição de enfermeiros voluntários com vista à realização de trabalho extraordinário programado, milhares de feriados não gozados ou excesso de dias de trabalho não pagos, diz o sindicato.

A situação é de tal forma que a falta de enfermeiros levou já ao “encerramento de camas” em vários serviços, como no Bloco Operatório do Hospital D. Estefânia.

“As consequências são evidentes: intensos ritmos de trabalho o que origina fadiga, exaustão e potencia o ‘erro’”, alerta o sindicato.

No último mês, enfermeiros de várias unidades hospitalares do país têm feito greve em protesto contra a falta de profissionais nos serviços, tendo o bastonário alertado já para a existência de risco na qualidade e segurança dos cuidados prestados.

O ministro da Saúde, Paulo Macedo, afirmou entretanto que, até ao final do ano, serão contratadas centenas de enfermeiros.

 

Estudo revela:
O conhecimento comum diz que à medida que a idade avança menor é a necessidade de dormir. Pela primeira vez, um estudo...

Conduzido por investigadores do Beth Israel Deaconess Medical Center, EUA, e da Universidade de Toronto, Canadá, o estudo concluiu que há um conjunto específico de neurónios associados à regulação do sono, do denominado núcleo pré-óptico no hipótalamo anterior, que vai morrendo com a idade, escreve a edição online da revista Visão.

“Quanto mais células perder em consequência do envelhecimento, mais difícil será dormir”, explica Clifford Saper, líder da investigação e presidente do Departamento de Neurologia do Beth Israel Deaconess Medical Center.

Através do estudo foi possível observar que as pessoas com 70 anos, geralmente, dormem menos uma hora e meia do que quando tinham 20 anos e que quantos mais neurónios, maior o tempo de sono contínuo (ou seja, com menos interrupções).

Publicadas na revista científica Brain (cérebro), as novas descobertas podem abrir caminho ao desenvolvimento de medicamentos que ajudem os mais idosos a dormir sem afectar outras funções cerebrais.

 

Regressam em Setembro com novidades
É já em Setembro que os Cursos de Cozinha da Escola da Diabetes voltam já no dia 18 com “Refeições Ligeiras de Inverno”. Podem...

Da preparação da sopa à sobremesa, das refeições mais ligeiras às de “faca e garfo”, os Cursos de Cozinha Saudável da Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal - APDP, regressam em Setembro à Escola da Diabetes (Rua do Sol ao Rato, n.º 11, Lisboa). Ministrados por um Chef de Cozinha e uma Dietista, trazem novidades e garantem convívio, em ambiente descontraído, com uma componente educativa. O convite é para pessoas com e sem Diabetes.

 

Cursos e Datas:

 

Refeições Ligeiras de Inverno

18/Set.

17h30-19h30

Pequenos-almoços e lanches

25/Set.

15h00-17h30

Menu Completo

09/Out.

15h00-17h30

Pratos de micro-ondas

12/Nov.

15h00-17h30

Pratos de Baixo Índice Glicémico

27/Nov.

17h30-19h30

Doces Quase sem Açúcar

10/Dez.

17h30-19h30

 

 

“Cada vez mais estudos, confirmados nas consultas diárias com os utentes na APDP, referem que a alimentação é um elemento-chave no controlo dos níveis de glicemia e na energia necessária para as várias actividades ao longo do dia. Por nem sempre ser fácil equacionar as melhores refeições com o pouco tempo de que dispomos, estes cursos vêm facilitar essa vertente com ideias para confeccionar refeições simples, de baixo índice glicémico, saudáveis, e simultaneamente saborosas, para toda a família”, defende Luís Gardete Correia, presidente da APDP.

Assim acontece com o primeiro curso que decorre já no próximo dia 18 de Setembro – “Refeições Ligeiras de Inverno”. Das 17h30 às 19h30, os participantes terão oportunidade de preparar uma refeição completa, não obrigatoriamente de “faca e garfo”, como tartes, saladas e sopas.

Sendo o pequeno-almoço e os lanches refeições importantes para manter os níveis de energia e de açúcar no sangue entre as refeições principais, o segundo curso em torno destes temas decorre no dia 25 de Setembro: para aprender a fazer o seu muesli e a conhecer quais os melhores alimentos a introduzir nestas refeições, para promover o aumento do gasto energético, melhorar a concentração e o controlo do apetite.

O curso “Menu Completo”, que acontece a 9 de Outubro, pretende ser um curso geral. Enquanto se prepara uma refeição completa, desde a sopa à sobremesa, aprendem-se estratégias para tornar as receitas mais saudáveis e equilibradas, adaptando as receitas de que mais se gosta.

Os “Pratos de Micro-ondas” (12 Novembro) também vão estar em destaque na Cozinha Dietética da Escola da Diabetes. Neste curso, entre as 15h00 e as 17h30, mostra-se que alimentação saudável também se conjuga com rapidez e que o micro-ondas pode ser utilizado com segurança para fazer comida saborosa.

“Pratos de Baixo Índice Glicémico” (27 Novembro) e “Doces Quase sem Açúcar” (10 Dezembro) fecham o ciclo de formação em cozinha da APDP. Se o primeiro ajuda a esclarecer os vários mitos associados a este conceito, saber como funciona e como utilizá-lo no dia-a-dia, o segundo permite transformar e aprender receitas de sobremesas mais equilibradas como arroz doce, mousse de chocolate, bolo de chocolate, cheesecake, gelatinas...

As inscrições para os Cursos de Cozinha da APDP devem ser feitas através do e-mail [email protected] ou do telefone 213 816 101. O custo associado é de 20 euros, sendo que as crianças até aos 12 anos não pagam.

 

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