Espaço OPP Desenvolvimento Profissional
A Ordem dos Psicólogos anunciou que 190 profissionais foram reintegrados no mercado de trabalho e 34 criaram o seu próprio...

Neste momento, estão 1.319 psicólogos desempregados inscritos neste serviço da Ordem Portuguesa dos Psicólogos (OPP) destinado a apoiar os profissionais em situação de desemprego e a ajudar na procura do primeiro trabalho ou na criação do seu próprio emprego, disse o bastonário da OPP, Telmo Mourinho Baptista.

Os psicólogos são acompanhados através de um processo de tutoria individual e gestão do Plano de Acompanhamento Individual, um projecto que é pioneiro e inédito nas ordens em Portugal e na Europa, explicou.

Telmo Mourinho Baptista adiantou que a empregabilidade dos psicólogos é “uma questão que preocupa muitos profissionais, principalmente os mais jovens, os que estão a ingressar na profissão".

Este espaço “prepara as pessoas e dá-lhes apoio nas várias etapas”, recorrendo também a outras iniciativas, como a Bolsa de Emprego da OPP, onde estão inscritos 3.719 psicólogos, sublinhou.

Nesta Bolsa de Emprego estão inscritos 3.719 psicólogos, segundo dados da OPP. No total, estão inscritos na Ordem dos Psicólogos 20.643 profissionais.

“Com a necessidade que existe em responder às necessidades das pessoas e com a existência de profissionais no desemprego não se percebe (…) porque não se faz a contratação de profissionais para resolver parte dos problemas existentes” a nível psicológico”, disse o bastonário.

Deu como exemplo o Serviço Nacional de Saúde (SNS), onde existem 601 profissionais, um número que considerou “manifestamente pouco”.

“Seriam necessárias duas ou três vezes mais, mas a questão fundamental é começar com um processo que progressivamente se aproxime de números mais adequados”, sustentou.

Apesar de entender que o país atravessa uma situação de crise, o bastonário disse que não pode ser motivo para “deixar diminuir totalmente” a resposta às necessidades das pessoas.

“É uma contínua batalha que travo com os ministérios da Educação e da Saúde para conseguir que façam uma contratação mais adequada e que resolvam as necessidades, porque todos os dias vemos que faltam profissionais”, sustentou.

Para Telmo Mourinho Baptista, a solução passa por conseguir “ter mais protecção psicológica generalizada e de proximidade”, como nos centros de saúde e nas escolas.

O número de psicólogos inscritos nos centros de emprego tem aumentado desde 2009. Apesar das oscilações do ano de 2014, o último semestre “ficou marcado pelo acentuado aumento do número de psicólogos inscritos no IEFP”, fixando-se nos 3.719, números semelhantes aos de 2013, refere a OPP.

APCOI
47 mil alunos de todo o país juntam-se à Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil para promover hábitos saudáveis e...

Já foram divulgados os 378 “Hinos da Fruta” no site www.heroisdafruta.com, desenvolvidos por alunos dos 2 aos 12 anos de escolas do 1º ciclo e jardins de infância, de todo o país, no âmbito da 4ª edição do projecto “Heróis da Fruta - Lanche Escolar Saudável” promovido pela APCOI - Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil, que tem como objectivo aumentar o consumo diário de fruta fresca em idade escolar tendo em conta que 73,5% das crianças portuguesas ainda não ingere fruta na quantidade recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Os “Hinos da Fruta” são canções apresentadas em formato de videoclip nos quais as crianças pretendem partilhar com os adultos, através da música, as importantes lições que aprenderam na 1ª etapa deste projecto sobre o papel da alimentação saudável na prevenção da obesidade infantil, doença que em Portugal afecta uma em cada três crianças.

A 2ª etapa do projecto “Heróis da Fruta - Lanche Escolar Saudável” que agora começa, convida todos os adultos a participar solidariamente naquela que é já segundo Mário Silva, presidente da APCOI “a maior iniciativa gratuita de educação para a saúde a nível nacional e que desde 2011 melhorou os hábitos alimentares de 183.395 crianças através de um modelo pedagógico de sucesso comprovado, como demonstram os resultados do impacto da última edição: 42,6% das crianças que participaram aumentaram o seu consumo diário de fruta, em apenas 12 semanas.”

Os vídeos estão disponíveis para votação do público até às 23:59 do dia 10 de Março de 2015, no site www.heroisdafruta.com. Esta votação irá apurar os 60 hinos finalistas, correspondentes aos 3 mais votados dos 18 distritos continentais e das 2 regiões autónomas dos Açores e da Madeira.

Posteriormente, o Júri composto por nomes de referência no panorama musical português (João Gil, Ana Bacalhau dos Deolinda, Amor Electro, Henrique Feist, Maria João, Mário Laginha, Vanessa Silva, Rita Redshoes, OqueStrada, HMB, Frankie Chavez, Filipe Pinto e também o cantor infantil Avô Cantigas) escolherá três vencedores entre os 60 finalistas e ainda um vencedor entre os hinos não finalistas.

Estas quatro escolas vencedoras vão receber a visita da APCOI que realizará a peça de teatro interactiva "Super Festa dos Heróis da Fruta" para celebrar a importância da fruta na alimentação diária das crianças.

Se votar nos “Hinos da Fruta” pode ganhar mais de 1200 prémios!

Quem votar nos hinos estará também a participar em simultâneo no passatempo "Vote nos Hinos da Fruta e Habilite-se a Ganhar Prémios" que vai oferecer 1250 bilhetes para: Parques Aquáticos, Zoológicos, Museus, Cinemas, Aquários, Centros Ciência Viva, Parques de Diversões e muito mais!

Para ganhar um prémio basta votar em qualquer “Hino da Fruta”. Até 10 de Março a APCOI está a oferecer um destes prémios de 40 em 40 votos. Saiba como votar em: www.heroisdafruta.com

Health Cluster Portugal
Cerca de 400 pessoas estão a usar e a testar diariamente soluções tecnológicas que visam simplificar a vida dos idosos, no...

O teste piloto, a decorrer no Grande Porto, Aveiro, Covilhã e Évora, é o resultado do AAL4ALL (‘Ambient Assisted Living’ para todos), que é financiado em 4,8 milhões pelo QREN e que reúne 30 entidades parceiras com o objectivo de desenvolver e implementar tecnologia e serviços que apoiem a população sénior no que diz respeito aos cuidados de saúde e bem-estar.

“A iniciativa AAL4ALL vem trazer soluções e apontar caminhos de resposta a um dos grandes desafios do nosso tempo: garantir que não perdemos qualidade de vida à medida que vamos envelhecendo. O aumento da população idosa e a necessidade de providenciar meios que respondam à crescente procura de melhores cuidados de saúde e bem-estar estão na base desta iniciativa”, explica o director-executivo do Health Cluster Portugal (HCP).

Segundo Joaquim Cunha, “a boa utilização das TICE (Tecnologias de Informação, Comunicação e Eletrónica) é essencial para proporcionar à população sénior a manutenção do seu estilo de vida de uma forma autónoma, com qualidade e no seu ambiente habitual, ou seja em casa ou no local de trabalho. Nesta iniciativa foi possível juntar empresas e instituições de referência nas áreas do conhecimento relevantes para os objectivos pretendidos, e obter resultados validados pelos utilizadores, num quadro em que a preocupação em assegurar modelos de negócio sustentáveis esteve sempre presente”.

Em comunicado, o HCP refere que ao longo dos quatro anos de projecto (2011-2015) foram desenvolvidos “centenas de testes e criadas dezenas de soluções inovadoras” com o objectivo de proporcionar “um novo fôlego à perspectiva de viver até uma idade avançada com qualidade de vida, decorrente do uso de novas tecnologias que suportam a manutenção do seu estilo de vida de uma forma autónoma, no ambiente habitual da sua casa”.

Alguns exemplos destas tecnologias passam pela detecção de queda do idoso/utilizador pelo smartphone e envio de um SMS de alerta ao seu cuidador, lembrete para a toma de medicação, monitorização da actividade física, contagem do número de passos efectuados, cálculo da distância percorrida e quilocalorias despendidas, entre outras.

Os resultados deste projecto serão apresentados na próxima segunda-feira, no Auditório do Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto (UPTEC), entre as 14:00 e as 17:45.

O Health Cluster Portugal é uma associação privada sem fins lucrativos que tem como objetivo promover o exercício de iniciativas e actividades tendentes à consolidação de um polo nacional de competitividade, inovação e tecnologia, de vocação internacional, através da promoção da cooperação entre empresas, organizações, universidades e entidades públicas.

O objectivo é o aumento do respectivo volume de negócios, das exportações e do emprego qualificado, nas áreas económicas associadas à área da saúde, bem como à melhoria da prestação de cuidados de saúde.

Assume como missão tornar Portugal num ‘player’ competitivo na investigação, concepção, desenvolvimento, fabrico e comercialização de produtos e serviços associados à saúde, em nichos de mercado e de tecnologia selecionados, tendo como alvo os mais exigentes e mais relevantes mercados internacionais.

Banco Farmacêutico
O Banco Farmacêutico anunciou que os portugueses doaram cerca de 10.500 fármacos e produtos de saúde na campanha de recolha de...

Os medicamentos doados vão ser entregues a 77 instituições de solidariedade social, que apoiam cerca de 79.758 pessoas.

Segundo o Banco Farmacêutico (BF), participaram nas VII Jornadas de Recolha de Medicamentos cerca de 400 voluntários e 132 farmácias dos distritos de Lisboa, Setúbal, Santarém, Évora, Beja, Portalegre, Faro, Aveiro, Porto, Vila Real e Bragança.

Com esta iniciativa, “contribuímos para aumentar a acessibilidade ao medicamento a populações desfavorecidas”, refere o BF num comunicado publicado no seu ‘site’.

Todos os medicamentos e produtos de saúde doados eram “novos, seguros e de qualidade” (não são aceites medicamentos vindos de casa) e correspondem à lista de necessidades de cada uma das instituições de solidariedade social contempladas pela recolha.

No ano passado, aderiram ao programa 122 farmácias, que recolheram 10 mil medicamentos e produtos de saúde, no valor de 40 mil euros, que foram distribuídos pelas zonas centro e sul do país. Este ano, a iniciativa estendeu-se à região norte.

Em seis anos de Jornadas de Recolha de Medicamentos já foram doados 50 mil medicamentos e produtos de saúde, tendo-se “verificado um sólido crescimento do número de farmácias aderentes, voluntários, instituições apoiadas e também do número de medicamentos recolhidos”.

Desde 2009, ano em que a iniciativa decorreu pela primeira vez em Portugal, tanto o número de instituições apoiadas como o de farmácias associadas a esta causa quase duplicou, registando-se um crescimento que ronda os 190% em ambos os casos.

O Banco Farmacêutico nasceu em Milão e a primeira Jornada de Recolha de Medicamentos decorreu em Dezembro de 2000. Desde então, a iniciativa tem-se realizado todos os anos no segundo sábado do mês de Fevereiro.

Actualmente, a iniciativa, que também existe em Espanha desde 2007, abrange cerca de 3.500 farmácias e já beneficia mais de 450 mil pessoas carenciadas.

Após demissão de Miguel Oliveira e Silva
O obstetra Miguel Oliveira e Silva, que apresentou a demissão do cargo de director clínico do Centro Hospitalar de Lisboa Norte...

O médico, que preside ao Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNECV), estava nestas funções desde Outubro de 2014, tendo substituído no cargo a pediatra Maria do Céu Machado, que também se demitiu.

Miguel Oliveira e Silva será substituído por Margarida Lucas, que actualmente dirige o serviço de urgências do Hospital de Santa Maria que, juntamente com o Pulido Valente, compõe o Centro Hospitalar de Lisboa Norte (CHLN).

A demissão de Miguel Oliveira e Silva foi hoje noticiada pelo Diário de Notícias.

OMS pede
A Organização Mundial de Saúde pediu aos países para investirem mais fundos no combate a um conjunto de doenças tropicais...

Com 1,5 mil milhões de pessoas afectadas num universo de 149 países, a Organização Mundial de Saúde (OMS) insiste, num relatório sobre o combate a “doenças tropicais negligenciadas” – em que elenca 17 – que a injecção de verbas adicionais pode salvar vidas, prevenir deficiências, acabar com o sofrimento e melhorar a produtividade.

“O aumento do investimento por parte dos governos pode aliviar a miséria humana, distribuir de forma equitativa os ganhos e libertar multidões há muito condenadas à pobreza”, afirmou a directora-geral da Organização Mundial de Saúde, Margaret Chan.

Dirk Engels, que lidera o departamento de controlo de doenças tropicais negligenciadas, disse aos jornalistas, em Genebra, que África é “o continente com o maior número dessas doenças, em termos absolutos”, com muitas pessoas a sofrerem de mais do que um tipo.

Segundo o mesmo responsável, cerca de 450 milhões de pessoas na África subsariana estão em risco de contrair essas doenças.

Contudo, como ressalvou a OMS, também atingem a América Latina, o Médio Oriente e a Ásia e podem até aparecer em países europeus ou nos Estados Unidos.

A OMS considera a úlcera de Buruli, a doença de Chagas, a cisticercose, a dengue, a dracunculíase (doença do verme da Guiné), a equinococose, a fasciolíase, a tripanossomíase africana (doença do sono), a leishmaniose, a lepra, a filaríase linfática, a oncocercíase (a cegueira dos rios), a raiva, a esquistossomose, as parasitoses, o tracoma e o bouba como as doenças tropicais negligenciadas.

Neste sentido, a OMS recomenda aos países que invistam 2,9 mil milhões de dólares anualmente até 2020 para tratar as doenças ou combater os vetores das mesmas, como sejam os insectos.

Depois disso, os fundos necessários para a década seguinte cairiam para 1,6 mil milhões de dólares anuais, à medida que as doenças são reduzidas ou erradicadas, indicou o organismo.

O investimento total para 16 anos ascende a 34 mil milhões de dólares.

Nos Açores
Uma investigadora da Universidade dos Açores identificou, em espécies marinhas invasoras presentes nas águas do arquipélago,...

“Encontrámos uma série de extractos dessas espécies que têm actividade antitumoral, em laboratório, que ainda não foram testadas em animais”, revelou Carmo Barreto, à margem de um seminário sobre espécies marinhas invasoras, que decorreu no polo de Ponta Delgada da Universidade dos Açores.

A investigadora referiu que um destes extractos, encontrados no âmbito de uma recolha de espécies marinhas invasoras realizada em 2013 nas ilhas de São Miguel e Santa Maria, possui uma “actividade bastante elevada” no combate às células tumorais que pode ajudar a combater o cancro de mama.

“Ainda por cima, têm uma actividade muito mais elevada contra estas células cancerígenas do que contra as células normais. Isto é algo muito positivo quando andamos à procura de produtos para a quimioterapia”, explicou Carmo Barreto.

Ainda no âmbito da análise de espécies marinhas invasoras que chegam aos Açores através dos cascos dos navios, foi identificada, segundo a investigadora, uma substância que pode dar um bom pesticida de origem biológica e, por outro lado, uma boa droga para combater a doença de Alzheimer.

O trabalho de laboratório que conduziu a estas conclusões teve início em 2014, de acordo com Carmo Barreto, que referiu que a Universidade de Aveiro tem colaborado com a academia açoriana neste projecto, que é coordenado por Ana Cristina Costa, responsável pelo CIBIO-Açores - Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos.

Maioria com fármacos recentes
O Ministério da Saúde autorizou até agora 802 tratamentos para a hepatite C, dos quais 633 com os medicamentos mais recentes,...

Em comunicado, a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) precisa que há 302 tratamentos com sofosbuvir ou suas combinações, e 331 tratamentos por via de ensaios clínicos (170) ou através de acesso sem custos para o Serviço Nacional de Saúde (161 casos).

O comunicado foi divulgado depois de uma reunião do Ministério da Saúde com os hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS), marcada na sequência do acordo de terça-feira entre o ministério e a farmacêutica Gillead para a comparticipação a 100% dos medicamentos para a hepatite Sovaldi (sofosbuvir) e Harvoni (sofosbuvir e ledipasvir).

A reunião serviu para dar início ao dispositivo nacional para o tratamento imediato da hepatite C e dizer aos hospitais a estratégia para o tratamento da doença.

Segundo a nova estratégia as Comissões de Farmácia e Terapêutica (CFT) de cada hospital devem de pronunciar-se no prazo de cinco dias para decidir a utilização dos medicamentos, cabendo à Administração Central do Sistema de Saúde gerir o modelo de financiamento. Todo o processo será gerido através do Portal da hepatite C.

“Desta forma pretende-se promover uma maior celeridade aos pedidos de tratamento no mais curto espaço de tempo e com critérios claros, protocolados e monitorizados”, diz-se no comunicado, no qual se salienta a “mudança de paradigma” no tratamento da hepatite C.

A questão da hepatite C e dos medicamentos para a doença (um universo de cerca de 13.000 pessoas) foi recentemente polémica, depois de uma doente ter morrido enquanto esperava autorização para a toma de um novo fármaco e dos protestos de outro doente numa comissão parlamentar na qual estava o ministro da Saúde.

A farmacêutica Gillead chegou a pedir 48 mil euros para curar cada doente com hepatite C através de um medicamento inovador (sofosbuvir). O Ministério da Saúde negociou durante um largo período para conseguir preços mais baixos.

Ordem dos Médicos alerta
O conselho regional do Sul da Ordem dos Médicos responsabiliza a tutela pelas demissões no Hospital Fernando da Fonseca,...

A Ordem dos Médicos reagia assim em comunicado à decisão dos directores de serviço do Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra) colocarem os seus lugares à disposição, acusando a Administração e a Direcção Clínica de não terem em consideração as necessidades do hospital para levar a cabo a sua missão de tratar bem os doentes.

Numa referência à recente demissão de chefes de equipa de urgência do Garcia de Orta, o conselho do Sul da Ordem sublinha que esta é a segunda vez, num curto espaço de tempo, que médicos chefes de serviço se demitem por razões semelhantes: falta de condições de trabalho e défice do número de elementos das equipas.

“Uma política de saúde que se baseia nas regras financeiras teria que dar este resultado, era apenas uma questão de tempo. Podem as intervenções do ministro da Saúde, que nunca responde a questões essenciais de forma clara, dar a ideia de que um surto de gripe imoderado causa imensos problemas ao seu modelo de gestão dos serviços, mas a realidade é outra, é a de um caminho que conduzirá outros hospitais para situações semelhantes a esta”, afirma.

O conselho regional do Sul da Ordem dos Médicos responsabiliza os dirigentes políticos da saúde, orientados pelo ministro da tutela, e os gestores por eles nomeados – e não os médicos nem os outros profissionais de saúde – por este “caos no SNS [Serviço Nacional de Saúde] de que não há memória”.

A Ordem salienta que “a situação dramática” que se vive neste hospital, que esteve sem director clínico cerca de dois meses, estava prevista por estes médicos, que advertiram o Conselho de Administração e a Direcção Clínica em diversas circunstâncias.

“Mas a verdade é que o Hospital continuou a perder profissionais e revelou uma grave incapacidade de contratar”, afirma aquele organismo, acrescentando ter acompanhado “com atenção ocaso” e recebido denuncias que tentou resolver, mas que “caíram em saco roto”.

Para a Ordem dos Médicos, com esta política de contenção de despesas e de contratos em outsourcing dificilmente poderão melhorar as condições de trabalho dos médicos e os cuidados de saúde prestados aos doentes.

Será dado a quem precisa
O medicamento inovador Sofosbuvir para o tratamento da hepatite C está desde as 21:00 de terça-feira comparticipado a 100% pelo...

Eurico Castro Alves falava no final de uma reunião com todos os presidentes dos conselhos de administração e os directores clínicos dos hospitais que tratam a hepatite C em Portugal, o Infarmed e o secretário de Estado da Saúde.

De acordo com o presidente do organismo que regula o sector do medicamento, o acordo com o laboratório do medicamento inovador Sofosbuvir foi assinado às 21:00 de terça-feira e desde então está a ser comparticipado a 100% pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS).

A partir de agora, explicou Eurico Castro Alves, será accionado um mecanismo de tratamento da doença que passa pela introdução, por parte dos médicos, de informações sobre os doentes e os tratamentos num registo informático (portal da hepatite) criado pelo Infarmed.

“É muito importante que os médicos introduzam todas as informações relativamente ao doente – as quais irão ser monitorizadas - até para se controlar se o doente fica curado”, disse Eurico Castro Alves.

A partir do momento em que o médico introduz estes dados, começa a contar um prazo de cinco dias que a comissão de farmácia e terapêutica do hospital onde o doente é tratado, juntamente com o conselho de administração, para “validar a decisão e dar o medicamento ao doente”, acrescentou.

Este procedimento refere-se aos 95% dos doentes que deverão ficar curados com o Sofosbuvir ou outros semelhantes, estando previsto para os restantes cinco por cento o recurso a autorizações de utilização excepcional, que o Infarmed se propõe responder em dois dias.

Eurico Castro Alves garante que todos os doentes que precisam de tratamento vão receber os fármacos que necessitam e acrescentou que actualmente existem 602 a receber o Sofosbuvir.

O dirigente disse ainda que 44 doentes foram já dados como tratados, graças a esta terapêutica.

Após declarações
O bastonário da Ordem dos Médicos pediu a demissão do presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo,...

"Seguramente, está a informar mal o ministro da Saúde e não lhe dá oportunidade para, atempada e preventivamente, resolver os problemas dos hospitais que estão sob a sua responsabilidade. O presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS-LVT), depois destas afirmações, deverá perder a confiança do ministro. Eu, se fosse ministro da Saúde, demitia-o", afirmou José Manuel Silva, após receber uma delegação do PCP, encabeçada pelo secretário-geral comunista, Jerónimo de Sousa.

O representante dos médicos referia-se a afirmações de Cunha Ribeiro, atribuindo os problemas a internamentos mais prolongados e à falta de médicos. O presidente da ARS-LVT disse que "o número de doentes que vai aos serviços de urgência não aumentou”, mas há "doentes mais graves, mais idosos" e com maior permanência nas instalações.

"Vinte e oito directores de serviço demitiram-se, as chefias de equipa de urgência também apresentaram as suas demissões em Dezembro. Se calhar, essa pseudo-frase do presidente da ARS é que é capaz de estar errada. Eu pergunto o que será uma crise. Esta narrativa oficial de procurar minimizar e esconder a verdade é que continua a contribuir para que os verdadeiros problemas do país não sejam resolvidos. A preocupação da tutela ao não resolvê-los, é escondê-los", continuou o bastonário, comentando a classificação de "pseudo-crise" por parte de Cunha Ribeiro.

Entretanto, Helena Isabel Almeida é a nova directora clínica do Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra), após a demissão do anterior responsável e de 28 dos 33 directores de serviço da unidade hospitalar, que se mostraram contra a ausência de estratégia para evitar a "contínua degradação das condições de trabalho".

"Disse o presidente da ARS-LVT - que, se calhar, devia ser demitido, mentiu -, que o hospital [Amadora-Sintra] contratava todos os médicos disponíveis. Não é verdade. No ano passado, dispensou proactivamente o único radiologista de intervenção que tinha, que foi trabalhar para Inglaterra, ganhar mais e com respeito pela qualidade e diferenciação do trabalho. Os doentes passaram a ser pior tratados e direccionados para outros hospitais", exemplificou José Manuel Silva.

Segundo o bastonário da Ordem dos Médicos (OM), a situação "é da exclusiva responsabilidade da tutela, do Ministério da Saúde, que impôs uma série de medidas e restrições" e, agora, "o hospital não pode funcionar milagrosamente", pois, "se assim fosse, milagrosamente, a situação do país também seria bem melhor".

"Não teve a ver com nenhuma vaga de frio siberiana ou qualquer epidemia de gripe particularmente grave. Foi, de facto, reflexo da incapacidade de resposta do SNS e da ausência de planeamento para preparar o inverno. Mais parecia que o Ministério da Saúde estava à espera que o inverno fosse uma primavera e que não houvesse gripe", criticou.

Para José Manuel Silva, "a congestão e todas as consequências e dramas vividos nos serviços de urgência na maioria dos hospitais do país tem uma justificação: a crise social secundária [que se seguiu] às medidas de austeridade e os cortes excessivos impostos ao SNS, impedindo a capacidade de resposta [número de camas, cuidados de saúde primários, cuidados continuados, número de profissionais de saúde]".

O bastonário da OM considerou ainda que "o problema não estava só no director clínico do Amadora-Sintra" e que o ministro da Saúde deveria também avaliar a gestão por parte do conselho de administração daquela unidade hospitalar.

“Conversas de desporto… com ciência”
Mário Marques defendeu que a actividade física dos mais velhos produz melhorias na qualidade de vida desta faixa da população.

Regressou à UBI o ciclo de conferências “Conversas de desporto… com ciência”, no passado dia 11 de Fevereiro, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas. Mário Marques, docente e investigador do Departamento de Ciências do Desporto proferiu uma conferência subordinada ao tema “O treino de força na população idosa: uma nova abordagem metodológica”.

O orador defendeu que tratando-se de pessoas de uma faixa etária sensível, é importante investigar e consolidar os efeitos da força na população idosa, pois os treinos de força nesta idade traduzem-se num aumento da qualidade de vida e independência. “Isto mesmo está demonstrado por variadíssimos estudos”, mas também “é verdade que os métodos de treino são algo conservadores”, defendeu Mário Marques.

Tendo por base os estudos desenvolvidos pelo seu grupo de trabalho, e que já resultaram em vários artigos publicados em revistas da especialidade, o modo de abordar este tema apresenta algumas inovações relativamente ao treino da população mais idosa.

Assente em vários pressupostos, comprovados cientificamente, após um pico por volta dos 25/35 anos a força começa a decrescer, bem como a funcionalidade, somado a uma perda de massa muscular, e com o avanço da idade surge como uma grande preocupação “a queda do idoso e suas consequências”.

E se por norma se trabalha só a força no idoso, este grupo de estudo introduz um novo paradigma: treinar a força sim, mas também treinar a funcionalidade. O que o grupo se propôs, segundo Mário Marques, foi “estudar o treino dos idosos introduzindo mais velocidade nos exercícios, mas diminuindo a carga”, salientando ainda que “todo este treino acompanhado de uma alimentação saudável e uma atenção especial à medicação, pode trazer ganhos maiores e multilaterais que só o treino de força muitas vezes não proporciona”.

Para o Prof. Mário Marques “importa agora a Universidade fazer a ponte, a ligação à comunidade, levando este conhecimento às IPSS’s, às pessoas que trabalham estes aspectos com os idosos, e também divulgar estes estudos criando sinergias de modo a testarmos os conceitos e melhorarmos a qualidade de vida dos idosos”.

Após a apresentação, seguiu-se uma sessão de perguntas e respostas com os presentes. Esta fase foi moderada por Daniel Marinho, presidente do Departamento de Ciências do Desporto, que para terminar informou que estas “conversas...” são para continuar, de forma a trazer para o debate investigadores de outras áreas, e também aproximar os investigadores da população.

Novo presidente da FSPOG quer
A Federação das Sociedades Portuguesas de Obstetrícia e de Ginecologia acaba de nomear Daniel Pereira da Silva como presidente...

O ex-director do serviço de ginecologia do IPO de Coimbra afirma que “é urgente incentivar o diálogo sobre as políticas de saúde da mulher e desenvolver estratégias inovadoras que irão permitir uma melhoria nesta área.”

Para Daniel Pereira da Silva, “sendo a Federação das Sociedades Portuguesas de Obstetrícia e de Ginecologia (FSPOG) a maior sociedade científica nacional, que agrega as organizações científicas das áreas da Obstetrícia, Medicina Materno-fetal, Ginecologia, Infertilidade e contracepção, pretende-se que mantenha um elo de unidade na promoção e defesa da saúde da mulher de todas as sociedades federadas, bem como simultaneamente estimule o diálogo e coesão na diversidade das especificidades que competem às outras sociedades”.

 

Perfil médico ginecologista Daniel Pereira da Silva

  • Especialista Em Ginecologia, Ginecologia Oncológica e Obstetrícia
  • Director do Serviço de Ginecologia do IPO de Coimbra, De 1996 a 2013
  • Membro da Comissão Coordenadora do Programa de Rastreio do Cancro do Colo do útero da Região Centro do País
  • De 1991 a 1994 Foi Membro da Direcção Clínica do Instituto Português de Coimbra
  • Autor de mais de 150 Trabalhos Publicados Em Revistas Nacionais e Estrangeiras
  • Membro de Várias Sociedades Médicas Nacionais e Internacionais
  • Presidente da Sociedade Portuguesa de Ginecologia de 2000 a 2006
  • Investigador Em Vários Ensaios Clínicos Nas Áreas da Menopausa, HPV e Cancro do Ovário.

 

Federação das Sociedades Portuguesas de Obstetrícia e de Ginecologia

A FSPOG é uma associação criada em 2005, com fins científicos, que tem por fim promover e contribuir para o estudo e desenvolvimento da Obstetrícia e da Ginecologia. A Federação pretende defender os interesses legítimos das sociedades integrantes e contribuir para a actualização científica e adequado exercício profissional. Integram a FSPOG quatro sociedades: a Sociedade Portuguesa de Ginecologia, a Sociedade Portuguesa de Medicina da Reprodução (SPMR), a Sociedade Portuguesa de Obstetrícia e Medicina Materno Fetal (SPOMMM) e a Sociedade Portuguesa da Contracepção (SPDC).

Para mais informações consulte: http://www.fspog.com/pt/index.php

Maioria são mulheres
Os cuidadores de pessoas dependentes em Portugal sofrem de depressão, são na maioria mulheres (92%), têm uma média de idade de...

As principais características dos cuidadores de pessoas dependentes, sejam doentes mentais ou com doença física, é que não têm absolutamente nenhuma formação para cuidar desses doentes no domicílio, são mulheres (principalmente filhas ou noras do doente), têm, em média, 62 anos, são domésticas (maioria) ou abandonaram a sua profissão (32%), têm “muito baixa escolaridade” e podem sentir-se tristes até deixarem de comer.

O estudo “Familiares Cuidadores de Pessoas Dependentes”, cujo responsável é Carlos Sequeira, professor na Escola Superior de Enfermagem do Porto e presidente da Sociedade Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental, conclui também que o “Estado dá muito poucas ajudas” aos cuidadores e que mais de 70% dos cuidadores sofrem de uma “sobrecarga de trabalho”, que abrange tanto trabalho físico, como trabalho emocional.

Para fazer face à inexistência de formação junto dos cuidadores de pessoas dependentes em Portugal, Carlos Sequeira anunciou que em Março vai iniciar-se a aplicação de um programa piloto que vai comparar os resultados entre 100 cuidadores que vão receber formação e outros cuidadores que não vão ter qualquer formação.

A primeira fase do projecto foi a construção de um programa base de capacitação por peritos.

A segunda fase do projecto arranca em Março próximo e vai ser aplicada a cuidadores afetos a instituições do norte, como por exemplo, o hospital de São João e Santo António, do Porto, o hospital de Matosinhos ou à Associação Alzheimer Portugal.

Os cuidadores vão aprender coisas tão simples como saber de que lado se deve alimentar um doente que sofreu um AVC, que exercícios deve praticar para estimular a cognição de um doente que sofre de Alzheimer, aprender como mobilizar na cama para a casa de banho, ou saber qual a quantidade de ingestão de água por dia se deve dar a um acamado, revela o especialista.

O objectivo é que o programa de capacitação dos cuidadores familiares seja adoptado em todas as entidades em Portugal junto de todos os cuidadores, refere Carlos Sequeira, que é também coordenador do Grupo de Investigação de Inovação e Desenvolvimento em Enfermagem – CINTESIS, da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.

Segundo Carlos Sequeira, o Estado português devia “promover a manutenção dos cuidadores no domicílio”, mas tornando-os “mais activos" para que os doentes precisem cada vez menos de internamento e de menos fármacos.

Uma maioria dos cuidadores estudados sente-se triste ao final de alguns anos a tomar conta dos doentes em casa. Os cuidadores sentem-se também sem vontade de comer, começam a achar que a vida não faz sentido e assumem que só se mantêm vivos, porque precisam de cuidar de alguém, esquecendo-se de cuidar de si próprios, conta Carlos Sequeira, argumentando que a formação servirá também para que os cuidadores aprendam técnicas para cuidar dos outros “mas não se esquecendo deles próprios”.

Dos 200 cuidadores estudados, mais de metade (124) cuidam de pessoas com doença mental (esquizofrenia e demência vária), ou seja têm de estar a cuidar 24 horas desses doentes e, por isso, também precisam de ser apoiados e precisam de tempo livre.

Se os cuidadores soubessem, por exemplo, que existem colchões próprios para prevenir feridas ou que perguntas formular para estimular a cognição, poderiam facilitar muito o seu dia-a-dia e ajudar mais o doente, sugere Carlos Sequeira.

Estudo
Uma equipa de investigadores norte-americanos divulgou que uma nova substância testada em macacos forneceu um escudo...

O estudo, divulgado pela revista científica britânica Nature, oferece a perspectiva do possível desenvolvimento de um tratamento de efeito prolongado contra o vírus da imunodeficiência humana (VIH).

“Desenvolvemos um inibidor muito potente e de amplo espetro” que agiu sobre o VIH-1, a principal estirpe do vírus da SIDA presente no mundo, explicou Michael Farzan, o investigador que dirigiu a investigação.

A nova substância é fruto de uma investigação de vários anos conduzida principalmente pelo The Scripps Research Institute – um centro de investigação sem fins lucrativos com sede na Florida -, e financiada pelo Instituto público norte-americano de investigação sobre doenças infectocontagiosas (NIAID).

A substância designada eCD4-Ig oferece uma “protecção muito, muito forte” contra o VIH, reforçou Farzan.

A experiência realizada com macacos rhesus mostrou que esta substância, injectada uma única vez, foi capaz de proteger os animais da versão símia do vírus da SIDA durante um período de, pelo menos, oito meses.

Para assegurar o efeito prolongado, a eCD4-Ig foi associada a um vírus adeno-associado (AAV), inofensivo mas que tem a capacidade de se introduzir nas células e de provocar a fabricação da proteína protectora, de forma a criar um efeito anti-SIDA de longa duração.

Depois de tratados com esta combinação, os macacos receberam doses cada vez mais fortes da versão símia do vírus da SIDA (SHIV-AD8). Nenhum destes animais desenvolveu a infecção, contrariamente aos macacos não tratados com a substância eCD4-Ig e que foram utilizados como elementos de controlo.

As doses de SHIV-AD8 administradas aos macacos que receberem a nova substância foram quatro vezes maiores do que aquelas que foram injectadas aos macacos do grupo de controlo.

Desde 1981, cerca de 78 milhões de pessoas foram infectadas com o vírus da imunodeficiência humana, que destrói as células do sistema imunológico e deixa o corpo exposto a doenças como a tuberculose e pneumonia, entre outras.

Cerca de 39 milhões de pessoas terão morrido, segundo as estimativas das Nações Unidas.

Medicamentos antirretrovirais, desenvolvidos em meados da década de 1990, tratam da infecção, mas não conseguem curar ou prevenir. Estes tratamentos que são para toda a vida trazem danos colaterais para os doentes, bem como representam um grande peso para os orçamentos dos sistemas de saúde.

Após demissão de 28 directores
Helena Isabel Almeida é a nova directora clínica do Hospital Fernando Fonseca, Amadora, nome que foi conhecido no final de uma...

A nova directora clínica é pediatra neste hospital e sucede no cargo a Nuno Alves, que já tinha apresentado o seu pedido de demissão.

Esta reunião seguiu-se à demissão de 28 dos 33 directores de serviços deste hospital que estão contra a ausência de estratégia para evitar a “contínua degradação das condições de trabalho” no Hospital Amadora-Sintra.

Numa carta enviada à administração do hospital e ao ministro da Saúde, os médicos demissionários referem que desde há dois anos se assiste a uma “progressiva degradação da capacidade de resposta às adversidades e uma diminuição preocupante da qualidade assistencial”.

Na reunião de hoje, a administração “esclareceu detalhadamente todas as questões apresentadas na carta assinada pelos 28 Directores de Serviço, nomeadamente: recursos humanos, investimentos e actividade assistencial”.

“Estas questões têm merecido a atenção e esforços no sentido da sua resolução por parte deste conselho”, lê-se na nota enviada à comunicação social.

A administração reconhece que “ficou também demonstrado que as preocupações manifestadas pelos directores dos serviços clínicos têm tido acolhimento do conselho de administração, como evidenciado na posição manifestada nos relatórios e contas, efectuados nos últimos três anos”.

A mesma nota refere que a administração do Amadora-Sintra “manifestou também a disponibilidade para a elaboração de um documento conjunto, a enviar à tutela, no sentido de apresentar, uma vez mais, os problemas e respectivas propostas de solução”.

Infarmed
A empresa Ratiopharm – Comércio e Indústria de Produtos Farmacêuticos, Lda., irá proceder à recolha voluntária de 38 lotes do...

A recolha de 38 lotes do medicamento Furosemida Ratiopharm 40 mg, comprimidos, nas apresentações de 10 e 60 comprimidos, com os números de registo 4514683 e 5505284, indicados em anexo, será feita na sequência dos resultados dos perfis de dissolução obtidos no laboratório do INFARMED, I.P..

Assim, o Infarmed determina a suspensão imediata da comercialização destes lotes.

Face ao exposto:
- As entidades que possuam estes lotes de medicamento em stock não os podem vender, dispensar ou administrar, devendo proceder à sua devolução.

Integração profissional
Para o CADIn este dia marca também 10 anos de trabalho na integração socioprofissional de pessoas com Síndrome de Asperger, ao...

À partida, as pessoas com Síndrome de Asperger experimentam grandes dificuldades na entrada no mercado de trabalho devido às suas limitações na comunicação, na relação interpessoal e na capacidade de adaptação. Para ajudar a superá-las é necessário, por um lado, criar condições para uma efectiva igualdade de oportunidades no acesso ao emprego e, por outro, criar condições para que estes colaboradores sejam uma mais-valia para a empresa, porque essa é a única forma de garantir a sua empregabilidade.

Fazendo um balanço destes 10 anos, o que mais nos gratifica é o reconhecimento por parte dos empregadores de que, apesar do esforço inicial, ser uma empresa inclusiva é compensador a vários níveis, desde a produtividade às relações interpessoais dentro da empresa.

Com o acompanhamento adequado, as equipas aprendem a reconhecer e potenciar o trabalho destes colegas especialmente empenhados, com uma grande capacidade de atenção ao detalhe e gosto pela realização de tarefas rotineiras. Com a convivência vão também percebendo que o colega com Síndrome de Asperger retira do trabalho mais do que um salário ou realização profissional, uma enorme satisfação pessoal e a realização social de fazer parte de um grupo de pares. O que, por sua vez, gera um enorme orgulho e motivação nas equipas de trabalho.

 

Duas histórias de integração

Manuel, 39 anos

Os resultados escolares do Manuel nunca desiludiram os pais. Entrou para a universidade e, aos 27 anos, obteve a licenciatura. Os seus tempos livres eram passados em casa, com a família. Apaixonado por cinema, passava a pente fino todos os guias de TV para não perder uma emissão, que gravava e listava numa base de dados com milhares de registos.

O número e diversidade de empregos que teve também mereciam uma base de dados. Apesar de ser um profissional assíduo e empenhado, os desentendimentos com colegas e comportamentos desadequados faziam com que cada experiência de trabalho terminasse ao fim de pouco tempo.

Foi aos 35 anos que o Manuel e família encontraram uma explicação para estas dificuldades ao ser-lhe diagnosticada Síndrome de Asperger. Com o apoio da equipa do CADIn iniciou a colaboração com uma empresa que compreendeu e aceitou a sua diferença.

Nas visitas periódicas da psicóloga do CADIn foram feitos os ajustes necessários para que o colaborador Manuel fosse considerado uma mais-valia para a equipa. É atento aos detalhes que os outros ignoram e não se importa de realizar as mesmas tarefas todos os dias. Pelo contrário, é isto que o faz feliz há 10 anos.

 

Maria, 25 anos

A vida da Maria mudou depois de um entrevista de emprego. Já tinha percebido que era “esquisita”, que coisas que para os outros eram fáceis, para ela eram um quebra-cabeças: atar os sapatos, andar sem tropeçar, entender piadas, fazer amigos.

Foi a directora da escola onde estagiava quem primeiro percebeu que os comportamentos diferentes da Maria podiam ter uma explicação e a encaminhou para uma avaliação no CADIn. Quando soube que tinha Síndrome de Asperger, pensou: “boa, afinal não sou esquisita!”.

Todos os dias a Maria enfrenta dificuldades para lidar com coisas que são banais para a maioria das pessoas. Conta com o apoio da directora da escola, que agora sente como mãe, e do CADIn. A sua maior conquista é acreditar em si mesma: “Chego a todo lado como os outros, mas mais lentamente”. No futuro, quer ser educadora de infância e continuar a trabalhar com crianças que, diz, a entendem melhor que ninguém.

 

Sobre o CADIn

O CADIn nasceu em 2003 com a missão de promover a integração na sociedade de pessoas com perturbações do neurodesenvolvimento.

Trabalhamos com crianças, jovens e adultos com necessidades especiais ajudando-as a superar dificuldades na aprendizagem, na comunicação, na interação social, entre outras. Mas também com as suas famílias, escolas e empregadores, para que aprendam como podem ajudá-los a utilizar todo o seu potencial.

Porque a diferença pode bater à porta de qualquer um, criámos a Bolsa Social. Esta permite comparticipar o custo das consultas, avaliações e terapias quando os recursos das famílias são insuficientes.

Segura e eficaz
Como é do conhecimento geral, as pessoas idosas, em Portugal, tomam diariamente um elevado número de

Como gerir então a medicação de um idoso? Alguns conselhos práticos para pessoas idosas, cuidadores formais e informais.

Os medicamentos são parte integrante da vida da maioria dos nossos idosos, permitindo manter sob controlo as várias doenças crónicas de que padecem, contribuindo para uma melhoria da sua qualidade de vida. Contudo, por vezes a quantidade de medicamentos que um idoso toma diariamente é tão elevada que obriga a uma organização e administração com cuidados acrescidos por parte do idoso e de quem dele cuida, de forma a garantir que não há erros nas doses, nos horários ou na troca de medicamentos.

De seguida deixamos-lhe alguns conselhos sobre esta matéria consoante os diferentes contextos em que o idoso se movimenta:

Nas consultas no centro de saúde com o seu médico e enfermeiro de família e/ou no hospital ou outra instituição de saúde:

  • As consultas de rotina no centro de saúde são o momento ideal para utentes e profissionais de saúde comunicarem sobre vários aspetos: a medicação atual, a sua eficácia, a adesão ou não ao tratamento, possíveis efeitos secundários, interações entre diferentes medicamentos, indicações e prescrições de outros médicos especialistas que seguem o utente a nível hospitalar e/ou privado, e para esclarecer qualquer tipo de dúvida;
  • Sempre que possível ou for necessário, a pessoa idosa deve fazer-se acompanhar por familiar ou cuidador, para assim saberem qual o seu estado de saúde, que medicamentos vai tomar, para quê, qual a dose, durante quanto tempo, se existem efeitos secundários, interações com outros medicamentos, de que forma devem ser tomados (por exemplo, se os comprimidos podem ser esmagados ou têm de ser tomados inteiros), ou qualquer outro assunto pertinente.

Nas idas à farmácia com o seu farmacêutico:

  • Sempre que for à farmácia “aviar” uma receita, sugira ao seu farmacêutico que escreva na caixa do medicamento correspondente, as indicações do médico no que respeita à dose e à hora da toma de cada medicamento;
  • Sugerimos, se possível, que vá sempre à mesma farmácia, pois será uma excelente maneira de criar uma relação de confiança com o farmacêutico que, para além de passar a conhecer o estado de saúde do idoso, pode ajudá-lo sempre que tiver alguma dúvida.

E lá em casa: Como organizar toda a medicação?

Há alguns princípios a ter em atenção e que poderão fazer toda a diferença…

  • Em casa, necessita de ter um modo de organização que possa facilmente cumprir de forma segura a toma correta, à hora certa de todos os medicamentos que o idoso necessita. Pelo seu caracter mais prático, há cada vez mais idosos que utilizam caixas com pequenas divisórias (pequeno-almoço, almoço, jantar, deitar) para organizar a toma diária dos seus medicamentos;
  • Em opção, poderá ser usado um quadro (feito numa folha de papel à mão ou desenhado no computador) onde constem todos os nomes dos medicamentos, para que servem, incluindo uma pequena descrição dos mesmos, a hora da toma e um local para colocar um “certo” depois de cada toma. Igualmente prático, este quadro tem ainda a vantagem de poder ser guardado, criando-se assim um histórico.

E o que fazer a tantas caixas de medicamentos…

  • Independentemente do método que utiliza para organizar os medicamentos do idoso, guarde sempre todas as caixas desses mesmos medicamentos. Para além de preservar a informação sobre a toma que os farmacêuticos escrevem sobre a mesma, acrescente a data em que o idoso tomou esses comprimidos e algumas observações pertinentes como, por exemplo, se foi bem ou mal tolerado;
  • Ainda, quando guardar as caixas, guarde também o folheto informativo que é essencial se necessitar de tirar alguma dúvida relacionada com efeitos secundários, interações medicamentosas ou sobredosagem. Para facilitar o seu armazenamento, poderá espalmá-las e guardá-las numa caixa reservada exclusivamente para esse efeito.  

E nunca é de mais relembrar que a toma deve ser sempre à hora certa…

  • Para ser eficaz, um tratamento requer que todos os medicamentos sejam tomados à mesma hora todos os dias. Se decidiu organizar os medicamentos em caixas adequadas para o efeito, estes já podem estar divididos para a hora das diferentes refeições. Também será estrategicamente importante manter essa caixa junto do lugar da mesa onde o idoso normalmente realiza as refeições para evitar o esquecimento;
  • Em casos mais específicos poderá haver a possibilidade de programar o telemóvel ou o despertador para lembrar a hora da toma, de forma a assegurar que o idoso não falhe a toma de nenhum medicamento. Se o cuidador estiver em casa com o idoso pode administrar o medicamento, se não, poderá informar o idoso relativamente à hora do alarme e qual o medicamento a tomar. Se esse sistema for muito complicado para o idoso, e caso não esteja em casa, o cuidador poderá agendar um lembrete no seu telemóvel e ligar para o idoso nessa hora, dizendo-lhe qual o medicamento que deve tomar.

E tomar sempre a dose certa…

  • Constatamos muitas vezes que as pessoas idosas deixam de tomar um medicamento porque se sentem melhor ou porque acham que o medicamento pode estar a fazer bem a uma coisa mas mal a outra. O cuidador deve certificar-se que o idoso respeita a toma diária dos seus medicamentos e que não tomou decisões como diminuir, aumentar ou alterar a dosagem de um medicamento, sem antes falar com o seu médico assistente ou outro profissional da equipa de saúde, para avaliarem a sua situação de saúde concreta.

Muita atenção ao prazo de validade dos medicamentos!

  • É essencial que a pessoa idosa e o seu cuidador tenham atenção aos prazos de validade dos diferentes medicamentos que o idoso está a tomar. Sugerimos que organize mensalmente os medicamentos que tem em casa, levando para a farmácia todos os que se encontram fora de prazo de validade ou que o idoso deixou de tomar de forma definitiva. Pode guardar as caixas para o tal “arquivo” que falamos anteriormente, mas o conteúdo das caixas deve ser devolvido à farmácia.

Por último, relembramos que o uso correto da medicação é fundamental para a manutenção e recuperação da saúde de qualquer pessoa e, em especial, da pessoa idosa. Neste sentido deixamos como recomendações gerais:

1. Mantenha os medicamentos nas embalagens originais, pois assim é mais fácil controlar a data de validade dos mesmos e evita que se misturem com outros medicamentos. Mas, se preferir colocar os medicamentos em caixas para o efeito, as chamadas caixas porta-medicação, prefira sempre as que tenham tampa e utilize caixas diferentes para diferentes tipos de medicamentos (por exemplo, material de penso, medicamentos orais ou medicamentos de inalar). A medicação deve ser sempre guardada em caixa de plástico com tampa, visto que as caixas de madeira e de papelão não são indicadas para o efeito, pois podem favorecer a formação de fungos. Mantenha os medicamentos em local seco, arejado, longe do sol e principalmente em local fora do alcance das crianças. Evite guardar medicamentos nos armários da casa de banho, pois a humidade pode estragar a medicação.

2. Para facilitar o processo e para evitar erros, dentro das caixas da medicação, os medicamentos devem estar divididos pelas horas crescentes ou períodos do dia em que devem ser administrados (exemplo: manhã, tarde, noite e nunca manhã, noite e tarde). As referidas caixas podem ser separadas por dia da semana, ou também, uma caixa por cada dia da semana.

3. No caso da pessoa idosa não saber ler, os medicamentos podem ser agrupados e, na sua caixa, desenhar, por exemplo, um relógio com a indicação dos ponteiros e das horas a que devem ser tomados ou outra figura que remeta para a fase do dia (por exemplo, uma chávena de café para a manhã ou pequeno-almoço ou uma cama para a noite ou jantar). Sempre que seja possível, deve-se evitar medicações durante a madrugada para não interromper o descanso da pessoa idosa e/ou do seu cuidador.

4. Se o número de medicamentos for muito elevado, otimize a sua organização, desenvolvendo um plano de medicação diária, que será uma espécie de agenda do dia onde colocará em cada hora o nome do  medicamento e a hora exata em que este deve ser tomado. Afixe o dito plano num lugar visível, onde a pessoa idosa passe frequentemente, como por exemplo, na porta do frigorífico. Nesse plano poderá também colocar um “visto” na medicação já dada, evitando assim aquelas dúvidas, se já tomou ou não o(s) medicamento(s).

5. Deixe somente a última “guia de tratamento para o utente” (a do lado direito da receita médica) junto à caixa de medicamentos. Isto evita confusão quando há troca de medicamentos ou receitas, e facilita a consulta em caso de dúvida ou quando solicitado por qualquer profissional de saúde.

6. Para evitar confusões e erros, devolva sempre os medicamentos que já não utiliza à sua farmácia, para serem devidamente tratados, ou se não o fizer, guarde-os noutro lugar, bem longe da sua medicação diária e fora do alcance das crianças.

7. Se a pessoa idosa tiver dificuldade em engolir comprimidos ou se for alimentada por sonda nasogástrica, converse com o seu médico e/ou enfermeiro de família sobre a possibilidade de dissolver os comprimidos em água ou em sumos. É também importante saber se há alimentos que devem ser evitados pelo facto de poderem interagir com a medicação. Nalguns casos, em que está presente o hábito de beber álcool é importante discutir com a equipa de saúde, se esse consumo pode manter-se mediante determinadas regras ou se deverá ser abandonado.

8. Não utilize como referência para dar os medicamentos a cor dos comprimidos pois as cores dos comprimidos podem mudar consoante o laboratório onde são produzidos.

9. E nunca se esqueça: não guarde em casa medicamentos fora de validade e não acrescente, diminua, substitua ou retire medicamentos sem antes consultar a equipa de saúde que o segue. E já agora, não use medicamentos que foram receitados para outra pessoa, mesmo que essa pessoa tenha um problema de saúde semelhante ao seu.

10. Se após tomar um medicamento a pessoa idosa apresentar alguma reação estranha/possíveis efeitos secundários ou interação entre medicamentos, avise logo que possível a equipa de saúde.

11. Informe os profissionais de saúde sobre todos os medicamentos que a pessoa idosa toma, sejam ou não de prescrição de médica, sem esquecer os chamados produtos de saúde (chás, vitaminas e suplementos). Cuidado com os produtos naturais, como os chás de plantas medicinais, pois estes podem alterar a ação da medicação que a pessoa idosa está a tomar.

12. Se conduz veículos ou manipula máquinas ou utensílios de cozinha, convém perguntar se algum medicamento que a pessoa idosa anda a tomar ou tenha sido prescrito pode afetar o seu estado de alerta ou a sua destreza manual.

13. Se a pessoa idosa vai de viagem lembre-se de informar a sua equipa de saúde. Há medicamentos que requerem cuidados adicionais em função do destino ou do meio de transporte.

14. Em caso de qualquer dúvida e sempre que precisar de ajuda para organizar a medicação solicite-a à equipa multidisciplinar de saúde, esta com certeza estará disponível para ajudar.

 

Autores: 

 

Maria Helena JunqueiraEnfermeira Especialista em Enfermagem Médico-Cirúrgica – Serviço de Medicina do Hospital de Pombal – Centro Hospitalar de Leiria EPE, [email protected]

 

Pedro QuintasEnfermeiro Especialista em Enfermagem Comunitária na área de Enfermagem de Saúde Familiar - Unidade de Cuidados na Comunidade Pombal, [email protected]

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Moçambique
A epidemia de cólera está a alastrar-se em Tete, centro de Moçambique, atingindo agora, além da cidade capital e Moatize,...

O director distrital da Saúde em Mutarara disse que a doença foi diagnosticada na localidade de Sinjale, distrito de Mutarara, onde até terça-feira estavam internadas 37 pessoas com diarreias agudas, alargando a área de expansão da doença, num momento em que as autoridades moçambicanas declararam alerta máximo em todo o país.

Segundo António Catemene, o surto de cólera em Mutarara já provocou dois mortos e atinge 68 pessoas, a primeira dos quais surgiu a 15 quilómetros de Sinjale, num povoado onde se pratica o garimpo e vivem mais de duas mil pessoas de diferentes nacionalidades sem observar as mínimas condições de higiene.

Face a esta situação, ainda segundo Catemene, foi activado um centro de tratamento de cólera em Sinjale e técnicos de saúde estavam hoje a caminho da região para reforçar o pessoal local.

"Estamos muito preocupados com a zona de Sinjale, visto que as condições de saneamento do meio são precárias e tememos que rapidamente o surto se alastre por toda a zona", explicou Catemene, acrescentando que as medidas preventivas já estão a ser tomadas também em Nhamayabue, sede distrital de Mutarara, onde já se preparou uma tenda para receber possíveis casos novos.

Com a eclosão do surto de cólera em Mutarara sobe para 21 o número de óbitos na província de Tete, num total de 1.340 casos detectados neste distrito e também em Moatize e na cidade de Tete.

O Ministério da Saúde anunciou na terça-feira o alerta máximo para Moçambique devido ao surto de cólera, que tinha matado até então pelo menos 28 pessoas, a maioria em Tete, e atingiu mais de 2.400 nas províncias do centro e do norte do país.

"Estamos em alerta máximo e a situação é muito complexa. Só em Tete, em média, as unidades sanitárias atendem 70 a 75 pessoas com cólera por dia", afirmou a directora-adjunta de Saúde Pública, Benigna Matsinhe.

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