Hepatite C
A Rede Internacional da Médicos do Mundo apresenta a sua oposição à patente do sofosbuvir concedida pelo Instituto Europeu de...

Há vários meses que a Rede Internacional da Médicos do Mundo (MdM), em conjunto com outras organizações, alerta para os problemas colocados pelo custo dos novos tratamentos para a hepatite C e do sofosbuvir em particular. O laboratório farmacêutico Gilead detém o monopólio do sofosbuvir e está a comercializar este tratamento de 12 semanas a um preço exorbitante – 41 mil euros em França e 44 mil euros no Reino Unido -, impedindo assim que muitas pessoas tenham acesso ao medicamento.

A oposição a uma patente é um recurso legal através do qual a sua validade pode ser contestada. Se for bem-sucedida irá incentivar a concorrência de versões genéricas do sofosbuvir a um preço de apenas 101 dólares. Apesar da utilização do sofosbuvir no tratamento da hepatite C representar um enorme avanço terapêutico, a molécula em si, que resulta do trabalho de investigadores públicos e privados, não é suficientemente inovadora para garantir uma patente. Uma vez que existe um abuso por parte da Gilead ao impor preços que não são sustentáveis aos sistemas de saúde, a Médicos do Mundo decidiu apresentar a sua contestação. É a primeira vez na Europa que uma ONG recorre a esta medida para melhorar o acesso dos doentes aos medicamentos.

“Estamos a defender o acesso universal aos cuidados de saúde: a luta contra a desigualdade na saúde envolve a salvaguarda do sistema de saúde baseado na solidariedade”, explica o Dr. Jean-François Corty, Director de Projectos da MdM França, que acrescenta que “mesmo num país “rico” como a França, com um orçamento anual para medicamentos de 27 mil milhões de euros, é difícil suportar este custo e já estamos a assistir a um racionamento arbitrário que exclui os doentes do tratamento”. 

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que existam 130 a 150 milhões de doentes crónicos de hepatite C. Na União Europeia (UE), entre 7,3 a 8,8 milhões de pessoas poderão estar infectadas. Em Portugal, onde o medicamento deverá ter um custo superior a 42 mil euros – 100 mil euros contabilizando todo o tratamento necessário -, estão registados nos hospitais mais de 13 mil doentes com hepatite C, estimando-se no entanto que o número de infectados seja de cerca de cem mil. Anualmente a infecção provoca à volta de mil mortos. 

“A oposição a uma patente é um recurso que já foi utilizado pela sociedade civil na Índia e Brasil para conseguir a revogação de uma patente concedida de forma indevida e a disponibilização de versões genéricas”, explica Olivier Maguet, membro delegado do conselho da MdM para a hepatite C. “Recursos que levaram a uma descida considerável no custo dos tratamentos e ao acesso dos doentes que de outra forma não teriam a oportunidade.”

A Rede Internacional da Médicos do Mundo está envolvida na luta pela promoção do acesso universal do tratamento da hepatite C na Europa e em todo o mundo. Está também a lançar um debate público em França sobre a fixação dos preços dos medicamentos e do seu impacto no sistema de saúde.

Intervenção realizada no Hospital de Santo António
Realizou-se no Hospital de Santo António, no Porto, o primeiro transplante renal em que a dadora e a receptora possuíam um...

A incompatibilidade de grupo sanguíneo era até hoje um dos maiores impeditivo para a realização de um transplante, dado que se assistia à rejeição do órgão. Esse problema pode estar prestes a ser extinto, em Portugal, e Rosário Pinto é o exemplo disso, revela o Notícias ao Minuto.

A gestora de viagens, de 50 anos, sofria de uma patologia renal poliquística, que causa 10% de insuficiências renais. Foi obrigada a retirar um rim e teve que se sujeitar a intensas sessões de hemodialises.

O hospital de Santo António no Porto decidiu no entanto arriscar um procedimento realizado pela primeira vez no Japão na década de 90 e que já foi feito milhares de vezes em todo o mundo, menos em Portugal: realizar um transplante em que a dadora e a receptora têm grupos sanguíneos incompatíveis.

Rosário ainda hesitou mas acabou por avançar e aproveitar esta “janelinha de oportunidades”.

A irmã de Rosário foi a dadora, num processo que se chama Plasmaférese e que consiste em retirar anticorpos anti-B que levariam à rejeição do rim. Durante 10 dias a mulher submeteu-se a este processo para garantir que o seu corpo aceitaria aquele órgão. Precisou de mais 20 dias depois do transplante para garantir que tudo havia corrido bem e, agora, três meses depois, é certo que a operação foi bem-sucedida.

A situação traz um novo alento aos médicos, que acreditam que desta forma se pode contornar o facto de ser muito difícil encontrar dadores compatíveis.

Depois de preço subir 348%
Os doentes com esquizofrenia e bipolares vão deixar de ter acesso a um medicamento injectável usado em casos urgentes, como...

A psiquiatra Inês Cunha, do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, refere que este "é um retrocesso de 30 anos na psiquiatria de urgência". O motivo foi o aumento de preço proposto pelo laboratório, que passaria a embalagem de olanzapina injecção intramuscular de 4,82 para 21,60 euros. O Infarmed garante que existem alternativas e que o mesmo medicamento mantém-se disponível em comprimidos, esclarece o Diário de Notícias. A Lilly Portugal justifica o pedido com os custos de produção e refere que a revisão de preço iria traduzir-se num aumento de encargos para o SNS de 10 mil euros anuais.

"É um medicamento que usamos muito em situações urgentes. É uma injecção intramuscular que não tem genérico. Vamos perder um medicamento precioso que usamos em doentes agitados, seja nas urgências ou em internamento. O mesmo existe em comprimido, mas numa situação de descompensação não é possível dá-los. A injecção intramuscular é a melhor alternativa. Ficar sem ela, é voltar atrás 30 anos na psiquiatria de urgência", diz Inês Cunha.

Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
Um projecto do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, a funcionar desde 2010, preserva a fertilidade a doentes...

Em 2010, foi diagnosticado um linfoma a Marta, de 33 anos, que foi alertada pela sua médica de que o tratamento de quimioterapia e radioterapia lhe poderia pôr em causa a fertilidade, tendo feito uma criopreservação do tecido ovárico.

Quando é diagnosticado um cancro "a uma pessoa, não se pensa em mais nada a não ser em resolvê-lo", sublinhou, contando que quando lhe propuseram a possibilidade de preservar a sua fertilidade a partir do Centro de Preservação da Fertilidade do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) foi "uma porta aberta".

"O facto de nos estarem a propor um futuro, de haver algo mais do que aquele período negro, enche-nos de esperança", contou Marta.

Dois anos depois de ter ultrapassado o cancro, foi contactada pela psicóloga do centro para uma consulta, concluindo-se que o tratamento ao linfoma afectou a sua fertilidade.

"Na altura, não estava sensibilizada nesse sentido", referiu, estando agora a preparar "um reimplante do tecido ovárico".

O Centro de Preservação da Fertilidade do CHUC, a funcionar no Hospital Pediátrico, começou em Outubro de 2010, após a divulgação das recomendações da Sociedade Americana de Oncologia, que apontava para a necessidade da preservação da fertilidade, disse a directora do centro, Ana Almeida Santos.

Ao início, o centro oferecia a criopreservação do tecido ovárico - uma técnica experimental - e a preservação de esperma, sendo que desde Outubro de 2012 disponibiliza também a congelação de ovócitos.

Até ao final de Dezembro, o centro já preservou a fertilidade a 275 doentes oncológicos, 188 homens e 87 mulheres.

A maior parte dos médicos "não falavam deste assunto", apontou a coordenadora de uma equipa multidisciplinar de seis médicos, uma psicóloga, dois embriologistas e uma farmacêutica.

"Idealmente, os doentes têm de vir assim que lhes é diagnosticado o cancro", visto que se deve fazer a preservação antes de o tratamento começar, aclarou, considerando que "no momento em que se trata da doença, também se tem que pensar na vida para além do cancro".

Cláudia Melo, psicóloga do centro, sublinha que no meio da "revolta" e da "incontrolabilidade emocional" do diagnóstico, o facto de os doentes poderem tomar uma decisão, mesmo que optem por não preservar a fertilidade, faz com que "melhore a sua qualidade de vida".

Também na fase de pós-doença, um momento "com níveis de depressão e ansiedade muito elevados", haver "um projecto de parentalidade" leva a "uma melhor adaptação" na sobrevivência, salientou.

No centro, "fala-se do futuro e não de um presente", em que "o médico só dá más notícias", concluiu.

No dia 28 tem lugar uma sessão pública, no Auditório da Reitoria da Universidade de Coimbra, especialmente destinada a médicos, organizada em conjunto com o Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro e a Administração Regional de Saúde do Centro, que pretendem com esta iniciativa lançar um projecto nacional de ampla divulgação da oncofertilidade.

15 de Fevereiro – Dia Europeu do Enfermeiro Perioperatório
A AESOP (Associação dos Enfermeiros de Sala de Operações Portugueses) promove, em colaboração com o Ministério da Educação e o...

Subordinado ao tema “A Representação que as Crianças têm do Enfermeiro de Bloco Operatório”, o concurso insere-se na celebração do Dia Europeu do Enfermeiro Perioperatório, que se assinala no dia 15 de Fevereiro.

Todas escolas que aderiram, receberam a visita de Enfermeiros Perioperatórios, com vista a sensibilizar os alunos para as funções destes enfermeiros especializados e os riscos da sua profissão, desmistificando o ambiente do Bloco Operatório, um local isolado e misterioso.

“Estivemos em escolas do 1º ciclo de Lisboa, Porto, Coimbra, Braga, Leiria, Paços Ferreira, Torres Vedras, Tomar e Trevões, com o propósito de divulgar o que fazemos. Para tal, recriou-se o ambiente de uma Sala de Operações de uma forma muito real, tendo sido proposto às crianças participar num concurso de desenho sobre o Bloco Operatório”, explica Filomena Correia, coordenadora nacional do evento.

No total, foram submetidos a concurso cerca de 2.000 desenhos infantis sobre o Enfermeiro e o Bloco Operatório. A Exposição Nacional realiza-se em Lisboa, na Sala de Conferências do Hospital D. Estefânia.

Júri Nacional:

  • Representante do Ministério da Saúde
  • Representante do Ministério da Educação
  • Mercedes Bilbao – Presidente da AESOP
  • Mafalda Milhões – Artista Plástica
Escola Superior de Enfermagem de Coimbra
A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra iniciou um curso de pesquisa-acção participativa em saúde, que está a ser...

O grupo de formandos é maioritariamente constituído por enfermeiros ligados a projectos que envolvem populações vulneráveis (por exemplo, sem-abrigo) e que procuram saber mais sobre uma abordagem de pesquisa que, entre outros aspectos, se caracteriza por um “processo democrático” e em que os resultados são transferidos para a comunidade de forma imediata.

Como é a participação dos cidadãos na produção de conhecimento? Podem as pessoas melhorar o conhecimento sobre os problemas que mais afectam as populações, em particular aquelas que evidenciam desigualdades no acesso à saúde?

Estas são algumas perguntas de partida para uma formação de quatro dias (termina quinta-feira, dia 12 de fevereiro), que foi desenvolvida pela International Collaboration for Participatory Health Research (ICPHR) e que em Portugal tem a coordenação das professoras da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), Irma da Silva Brito e Maria da Alegria Simões.

“A pesquisa-acção participativa em saúde é uma abordagem que enfatiza a participação dos cidadãos em todos os aspetos do processo de pesquisa, incluindo-o em todas as etapas: desde a identificação de questões de pesquisa até soluções de execução/acção”, afirma a professora Irma Brito, ao notar que “a participação das partes interessadas faz aumentar a sua capacidade de efectuar mudanças nas condições sociais mais amplas que afectam a saúde e bem-estar a longo prazo”.

“Vários estudos salientam a importância da participação e do envolvimento da comunidade nos serviços de saúde, sobretudo para contribuir para a melhoria do acesso, atendimento, cobertura, adesão terapêutica e eficácia”, prossegue a professora da ESEnfC.

Este curso de pesquisa-acção participativa em saúde está a ser oferecido em quatro países na língua local e haverá oportunidades para os participantes dos diferentes países compartilharem as suas experiências numa plataforma de Internet. Além da ESEnfC (Portugal), são organizações participantes a Universidade de Northumbria de Newcastle (Reino Unido), a Universidade Católica de Ciências Aplicadas de Berlim (Alemanha) e a Universidade de Alberta (Canadá).

OMS
A líder da Organização Mundial de Saúde afirmou que os cuidados de saúde universais são um poderoso instrumento para combater a...

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a ausência de um sistema de saúde gratuito empurra anualmente 100 milhões de pessoas para a pobreza, como resultado dos elevados custos pelos serviços necessários.

"A assistência universal na saúde é um dos mais poderosos instrumentos sociais que se podem usar. É a expressão máxima da justiça", afirmou Margaret Chan, directora geral da OMS.

"Os sistemas de saúde não vão automaticamente gravitar em direcção a uma maior igualdade ou evoluir naturalmente no sentido da cobertura universal. Todos estes resultados requerem medidas deliberadas", concluiu.

Ortopedistas lançam campanha
“Não caia nisso” é o tema de uma campanha de sensibilização que a Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia lança na...

“O principal objectivo desta campanha é informar, particularmente os seniores, mas também a população em geral sobre o risco de queda e as complicações daí inerentes”, nomeadamente as fracturas, disse o responsável pela iniciativa, Carlos Evangelista.

As estimativas apontam que 30% dos idosos já caíram alguma vez e que cinco a 10% dessas quedas ocasionaram lesões graves com risco de morte, adiantou o ortopedista.

“As fracturas, particularmente nas pessoas de mais idade, são situações que trazem muita carência, muita dependência a essas pessoas e por isso nós tentamos com esta campanha alertar para pequenos problemas do dia-a-dia”, explicou.

Tendo em conta que “a grande maioria das quedas acontece dentro de casa”, a campanha dá alguns conselhos para as prevenir, como evitar locais pouco iluminados, pavimentos molhados, retirar tapetes que possam provocar derrapagens e consequentes quedas, evitar medicação que perturbe o equilíbrio e em caso de insuficiência, melhorar a audição e a visão.

O ortopedista advertiu que “as pessoas com alguma idade que vivem sozinhas, e não só, têm que ter alguns cuidados em casa e atenção a alguns pormenores que vão evitar a queda”, como não ter objectos no chão, ter uma luz de presença no quarto para quando se levanta durante a noite, andar com o telemóvel ao peito ou tomar banho sentada.

Além dos problemas médicos, “as quedas apresentam custos sociais, económicos e psicológicos enormes, aumentando a dependência e a institucionalização”.

Um dos objectivos da campanha é também diminuir os custos no tratamento destas fracturas que, segundo dados da Direcção-Geral da Saúde, estimaram-se, em 2006, em 52 milhões de euros, só em cuidados hospitalares.

“O que vai acontecer em meia dúzia de anos e já está a acontecer é os hospitais estarem cheios de doentes idosos com fracturas do colo do fémur”, disse o médico, defendendo como medida para evitar esta situação a aposta na prevenção, que deve começar junto das crianças.

Carlos Evangelista salientou ainda o impacto das fraturas do colo do fémur, que são “a grande problemática das quedas”, no dia-a-dia das pessoas

“Se a pessoa não for operada nas primeiras horas, se não tiver toda a atenção que é devida, mesmo no pós-operatório, as pessoas iniciam um processo de recusa de andar porque têm medo de cair novamente”, o que leva a uma atrofia da massa óssea.

Devido a este problema, a pessoa começa a fechar-se em casa, a deixar de falar com a família e a entrar num processo de depressão que a pode levar à morte, disse Carlos Evangelista, apontando esta situação como uma das explicações para o elevado número de mortes a seguir à fractura do colo do fémur (28%).

“É todo um acumular de um processo que resulta da desistência de viver”, lamentou.

Esta campanha vai contar com iniciativas de sensibilização em lares de terceira idade, universidades seniores, em centros de saúde e acções de rua, com a distribuição de panfletos a alerta para esta problemática.

Senador de Porto Rico propõe
Um senador de Porto Rico apresentou segunda-feira um projecto de lei para multar os pais com filhos obesos, uma iniciativa...

O senador Gilberto Rodríguez Valle já afirmou, perante a polémica, estar disposto a rever a sua proposta de multar os pais com crianças obesas e acusá-los de maus-tratos, se durante um período determinado os filhos não emagrecerem.

“Não é a forma correcta de o fazer. Vai trazer complicações porque há crianças obesas por complicações médicas e razões genéticas”, afirmou ao jornal El Nuevo Dia o presidente da Academia Americana de Pediatria de Porto Rico.

A proposta estabelece que o Departamento de Educação seja responsável por identificar os casos de maior risco de obesidade infantil e dar orientação aos pais.

Se ao fim de seis meses, segundo o projecto, a criança não tiver emagrecido o caso deverá ser enviado para o Departamento da Família.

O Departamento da Família fará novo acompanhamento por mais um período de seis meses e, caso a criança não tenha melhorado, os pais são multados em 500 dólares.

Se seis meses depois continuar a não haver progressos, a multa passará a ser de 800 dólares.

Uma criança obesa “é um problema de saúde e pode converter-se num gasto económico devido ao desenvolvimento de doenças no coração, diabetes e outras patologias”, afirmou o senador José Luís Dalmau, que também defende o projecto de lei apresentado pelo seu colega.

“Têm de haver consequências para os pais das crianças obesas”, vincou.

Em ratos
Uma insulina "inteligente" experimental, que actua durante 14 horas, apresentou resultados promissores em ratos e...

O produto, designado como Ins-PBA-F e desenvolvido por bioquímicos na Universidade de Utah, Nos Estados Unidos, entra automaticamente em acção quando o nível de açúcar no sangue dispara, de acordo com a investigação publicada nos Procedimentos da Academia Nacional de Ciências.

Testes em ratos com uma forma de diabetes tipo 1 mostraram que uma injecção pode, “repetida e automaticamente, baixar os níveis de açúcar no sangue depois de serem dadas aos ratos quantidades de açúcar comparáveis às que consumiriam às refeições", refere o estudo.

O medicamento imitou com bastante precisão o modo como os organismos de ratos normais reporiam o seu nível de açúcar no sangue para valores equilibrados depois de comer, segundo os investigadores.

O coautor do estudo, Danny Chou, professor assistente de Bioquímica na Universidade de Utah, considerou tratar-se de "um avanço importante na terapia com insulina”, disse.

“A nossa insulina derivativa parece controlar o açúcar no sangue melhor do que qualquer outra coisa atualmente disponível para tratar doentes com diabetes”, sublinhou.

As pessoas com diabetes tipo 1 têm de controlar constantemente o nível de açúcar no sangue e injectar-se manualmente com insulina quando necessário.

Qualquer erro ou lapso poderá levar a complicações, incluindo problemas cardíacos, cegueira e mesmo morte.

O Ins-PBA-F é uma versão quimicamente modificada de uma hormona naturalmente produzida pelo organismo e difere de outros produtos de ‘insulina inteligente’ em desenvolvimento, que usam uma barreira proteica, como um gel ou um revestimento, que inibe a insulina quando o nível de açúcar é baixo.

Após mais testes de segurança a longo prazo em animais de laboratório, os primeiros testes de segurança em seres humanos poderão começar dentro de dois a cinco anos.

Hospitais de Abrantes, Tomar e Torres Novas
As dívidas do Centro Hospitalar do Médio Tejo, composto pelos hospitais de Abrantes, Tomar e Torres Novas, ascendem a mais de...

Os "números da realidade" do Centro Hospitalar do Médio (CHMT) foram apresentados pelo Conselho de Administração (CA) aos autarcas da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT), tendo o presidente do CA elencado ainda os resultados a nível financeiro, de recursos humanos e actividade assistencial, "descrição com base nos resultados reais" entre o ano de 2010 e 2014.

No documento pode ler-se que, relativamente aos resultados financeiros, o CHMT recebeu um investimento de 85 ME, entre 2012 e 2014, por via de aumentos de capital e programas de regularização de divida.

"Apesar deste investimento, a divida acumulada, a 31 de Dezembro de 2014, encontra-se ao nível de 2010, cifrando-se em mais de 42 ME, no limite da sustentabilidade", aponta.

O CA do CHMT, que tomou posse em Julho de 2014, refere ainda que, entre 2010 e 2014, no sector dos Recursos Humanos (prestação directa de cuidados de saúde), "o número de saídas suplanta largamente as entradas", acrescido do facto de a maior quantidade de saídas verificar-se em médicos, enfermeiros e assistentes operacionais, num total de mais de três centenas de profissionais.

Quanto aos Resultados Assistenciais, o CA destaca a diminuição da lotação dos hospitais em 93 camas, assim como a diminuição das consultas médicas de 2013 para 2014.

Os dados entre 2010 e 2014 refletem ainda um aumento das Sessões de Hospital de Dia, a diminuição dos partos na maternidade do CHMT, situada em Abrantes, a diminuição dos atendimentos nos Serviços de Urgência, uma diminuição significativa dos atendimentos na Unidade Médica Cirúrgica, e diminuição dos atendimentos na Urgência Pediátrica.

O documento aponta ainda para uma diminuição da actividade cirúrgica convencional e um aumento da actividade cirúrgica realizada em regime de ambulatório.

Nesta mesma reunião foram ainda deixadas as directrizes do actual Conselho de Administração, tendo o seu presidente, Carlos Andrade Costa, com um mandato válido até 2016, garantido que "o principal objectivo terá como prioridade o fortalecimento das competências clínicas" do CHMT.

"Este fortalecimento passará pelo aumento de médicos do quadro, pela diminuição da dependência de prestadores de serviços, pelo aumento das competências formativas, pelo reforço dos hospitais de dia e pelo reforço das competências clínicas na gestão da doença crónica", pode ler-se no documento.

"Qualquer pensamento estrutural sobre o CHMT está dependente do atingir das metas anteriores", defendeu Carlos Andrade Costa, referindo que "poderão ser tomadas medidas avulsas e pontuais por força dos recursos disponíveis".

Em declarações, Maria do Céu Albuquerque, presidente da CIMT, disse que os autarcas "vêm com grande preocupação um serviço que está deficitário e desarticulado, entre os cuidados hospitalares e os cuidados primários de saúde".

"Para além dos números, existem pessoas com problemas de saúde que têm de ser resolvidos, e os autarcas querem fazer parte da solução para tornar este serviço mais próximo e mais eficiente", notou.

Constituído pelas unidades hospitalares de Abrantes, Tomar e Torres Novas, separadas geograficamente entre si por cerca de 30 quilómetros, o CHMT funciona em regime de complementaridade de valências, abrangendo uma população na ordem dos 250 mil habitantes do Médio Tejo, distrito de Santarém.

Instituto do Sangue
O Instituto Português do Sangue e da Transplantação apelou à dádiva de sangue, devido à quebra nas colheitas nesta altura do...

Segundo uma nota do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), as dádivas de sangue "têm diminuído sucessivamente", caindo a reserva nacional das 17.620 unidades, do início do ano, para as 11.240 unidades, ontem.

Os grupos sanguíneos nos limites inferiores aos desejáveis são o 0-, o 0+ e o A-, com reservas para cinco a seis dias, precisou o presidente do IPST, Helder Trindade, frisando que a não reposição das reservas pode levar ao adiamento de cirurgias dentro de "uma semana ou duas".

Helder Trindade esclareceu que a diminuição das dádivas, normal nesta época do ano, se manifestou na última semana de Janeiro e nos primeiros dias de Fevereiro, devido às habituais constipações e gripes, que, disse, levaram os dadores regulares a recusarem dar sangue.

"Sabemos que a próxima semana não vai alterar o fluxo de dadores - pelo contrário, é Carnaval", lembrou, assinalando que "a gripe vai continuar a deixar sequelas".

O presidente do IPST apela, neste sentido, aos dadores não regulares para que reforcem a sua dádiva o mais breve possível.

Hospital de Bragança
A Unidade Local de Saúde do Nordeste informou que análises recentes feitas água do hospital de Bragança revelaram que já não...

“O resultado da mais recente análise efectuada pelo Laboratório Regional de Saúde Pública de Braga à qualidade química e biológica da água da Unidade Hospitalar de Bragança - conhecido esta tarde – revelou-se negativo, ou seja, não foi detectada qualquer presença da bactéria Legionella Pneumófila Serotipo 1”, lê-se num comunicado da entidade responsável pelas unidades de saúde no distrito de Bragança.

O esclarecimento surge depois de, na sexta-feira, a Unidade Local de Saúde (ULS)do Nordeste ter confirmado que detectada a presença da bactéria na água do hospital de Bragança, no dia anterior, e que tinham sido “tomadas as medidas necessárias” sem registo de casos de doença.

A administração defende que o resultado conhecido “comprova a eficácia das medidas adoptadas pela ULS Nordeste, na passada sexta-feira, logo após ter sido identificada, através de uma acção de monitorização periódica, a presença da referida bactéria naquele hospital”.

A ULS Nordeste não especifica, contudo, as medidas que tomou para resolver a situação.

No esclarecimento por escrito, aquela entidade salienta que “além da actual garantia da qualidade química e biológica da água, atestada pelos resultados agora divulgados, não foi registado nesta entidade qualquer caso de doença com origem de infecção pela bactéria mencionada”.

Em 2011, três doentes foram infectados e dois acabaram por morrer vítimas da bactéria detectada numa ala do quarto piso do edifício hospitalar.

Naquela ocasião também foi detectada a presença de “legionella pneumophila” na água do hospital de Bragança, que procedeu à desinfecção através da injecção de água a alto impacto nas canalizações e com cloro e lixívia.

São cerca de 20 mil
20 mil pessoas com a forma mais grave de epilepsia queixam-se de atrasos na referenciação para cirurgia. A denúncia parte da...

Para estes doentes, os medicamentos já não resolvem o problema. A epilepsia refractária, a forma mais grave da doença, afecta um terço do universo dos portadores de epilepsia em Portugal e o único tratamento possível é a cirurgia. A taxa de sucesso é altamente satisfatória, mas a espera é longa.

Em declarações à Renascença, o presidente da Liga Portuguesa contra a Epilepsia (LPCE), Francisco Sales, fala de “um atraso grande no envio dos doentes para cirurgia, e a percentagem de cura é muito elevada: em cada dois doentes, um fica completamente sem crises e o outro melhora substancialmente”.

Outro problema é o difícil acesso aos medicamentos nas farmácias. Francisco Sales diz que “muitas vezes as farmácias não têm os medicamentos em stock e os doentes têm de esperar várias semanas”.

O presidente da Liga Portuguesa contra a Epilepsia alerta contudo que “o doente nunca deve deixar de tomar a medicação”.

Daí, o conselho: “tenham stock de medicação em casa porque sabem que, se deixarem chegar ao fim, poderão ter mais dificuldade em comprá-la no imediato”.

A Liga Portuguesa contra a Epilepsia estima que todos os anos surjam 5 mil novos casos da doença. Desses, cerca de 300 são candidatos a cirurgia. Mas só 50 são operados.

 

Dia Internacional da Epilepsia é assinalado hoje

Epilepsia é mais do que ter crises é o tema de uma campanha europeia que decorrerá em 2014/2015 e cujo objectivo é alertar e sensibilizar a sociedade e os governos para as questões de quem vive com epilepsia.

 

Talvez não saiba que:

> Na Europa existem 6 milhões de pessoas com epilepsia

> Cerca de um terço das pessoas com epilepsia não respondem aos medicamentos existentes: são 20 milhões em todo o mundo

> Muitas formas de epilepsia persistem durante toda a vida e algumas são progressivas

> Cerca de 80% das pessoas com epilepsia apresentam co-morbilidades (ou seja, outras doenças associadas)

> A taxa de mortalidade nas pessoas com epilepsia é superior à da população em geral, existindo um risco 20 vezes superior de morte súbita

> Para além das crises epilépticas, muitos outros factores prejudicam a qualidade de vida das pessoas com epilepsia, por exemplo, a discriminação, o estigma, ou os efeitos secundários da medicação

Estudar o papel do nitrito, ascorbato e óxido nítrico
O investigador Tiago Monteiro, do Centro de Neurociências de Coimbra, foi distinguido pela Gulbenkian pelo seu envolvimento num...

O investigador Tiago Monteiro, do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra, foi premiado pelo Programa de Estímulo à Investigação da Fundação Calouste Gulbenkian, para estudar o papel do nitrito, ascorbato e óxido nítrico em patologias cerebrais resultantes da privação de oxigénio.

A distinção, na área científica da Química e Cérebro no âmbito do Ano Europeu do Cérebro, será entregue numa cerimónia oficial da FCG, no próximo dia 24 de Fevereiro, pelas 15 horas, no Auditório 3. O prémio, no total de 12.500 euros, é repartido em duas partes: 2.500 para o investigador e 10 mil para a Instituição de acolhimento suportar os encargos com a execução da investigação.

Rui Barbosa, investigador do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) responsável pelo acolhimento institucional do projecto, detalha os objectivos do estudo: “o estudo das reacções do nitrito no cérebro envolverá a sua medição, em tempo real, no espaço extra celular, com um sensor de dimensões micro (microbiosensor), em simultâneo com a medição do fluxo sanguíneo cerebral com sonda laser. Posteriormente serão realizadas experiências in vivo com os microbiosensores implantados no cérebro de rato, os quais permitirão modular a sua actividade neuronal”.

O investigador salienta ainda que “os resultados deste estudo in vivo no cérebro podem contribuir para esclarecer o papel do nitrito, ascorbato e óxido nítrico na função vascular do cérebro, promovendo o fluxo sanguíneo em estados de privação de oxigénio e abrindo a possibilidade de novas abordagens terapêuticas para determinadas patologias cerebrais”.

O Programa de Estímulo à Investigação da Fundação Calouste Gulbenkian distingue anualmente propostas de investigação de elevado potencial criativo em áreas científicas no âmbito das disciplinas básicas: Matemática, Física, Química e Ciências da Terra e do Espaço, apoiando a sua execução em centros de investigação portugueses.

A distinção destina-se a jovens envolvidos em trabalhos de investigação em instituições de investigação portuguesas, cuja idade seja inferior a 26 anos, sendo que a bolsa divide-se em duas partes, uma para o investigador e a outra para a instituição de acolhimento.

12 países envolvidos
Para ter um retrato mais fiel do número de doentes autistas na Europa e da melhor forma de tratar estes doentes, o Instituto...

São 12 países a trabalharem para uma causa comum: Saber a nível europeu quantas pessoas sofrem de autismo, qual a melhor forma de detectar a doença e os custos económicos e sociais envolvidos, escreve a TSF Online.

O Instituto Ricardo Jorge, em colaboração com o Hospital Pediátrico de Coimbra, vai estar envolvido neste projecto europeu que demorará três anos e custará 2,1 milhões de euros.

Sabe-se que 50% dos casos de autismo nas crianças provêm de marcadores genéticos mas pensa-se também que factores ambientais possam influenciar a doença.

O projecto ASDEU pretende validar marcadores biológicos comuns para diagnosticar esta perturbação neurológica.

Os investigadores pretendem que o melhor conhecimento sobre o autismo sirva para a adequação de políticas comuns de diagnóstico e maior apoio nos países europeus envolvidos.

Pela primeira vez
A segunda-feira de cada segunda semana do mês de Fevereiro foi instituída, a nível mundial, o Dia da Epilepsia. É hoje...

A partir de 2015, a segunda-feira de cada segunda semana do mês de Fevereiro, passa a ter um significado diferente, quer se encontre no hemisfério norte, no hemisfério sul, a oeste ou a leste de Greenwich, tenha as crenças que tiveres, seja mulher ou homem. É o mesmo dia em todo o Mundo. É o Dia Mundial da Epilepsia e este ano, esse dia é, 9 de Fevereiro.

Foi este o dia maioritariamente escolhido pelas organizações ligadas à epilepsia em todo o mundo. Na Europa, este dia era já o Dia Europeu da Epilepsia e esteve sempre muito relacionado com o Dia de São Valentim, personagem historicamente invocada pelos doentes que sofriam de epilepsia para sua protecção, surgindo como patrono da Epilepsia.

A importância de promover o conhecimento e a sensibilização pública para esta doença não pode ser subestimada.

A aprovação em 2011, no Parlamento Europeu, da Declaração Escrita de Epilepsia e o recente reconhecimento (Janeiro de 2015) pela Organização Mundial da Saúde (OMS) da epilepsia como doença prioritária necessitando de uma acção coordenada a nível de cada país, dirigida aos seus aspectos médicos, sociais e conhecimento público, faz-nos acreditar que iniciativas deste género podem contribuir de facto para melhorar a assistência clínica às pessoas que sofrem de epilepsia, bem como fomentar o investimento na investigação em epilepsia, nomeadamente no desenvolvimento de novos tratamentos ou em estratégias preventivas.

É objectivo da Liga Portuguesa Contra a Epilepsia (LPCE), que em Portugal as autoridades de Saúde integrem rapidamente as recomendações da Comissão Europeia e da OMS.

Estabelecer um Dia Mundial de Epilepsia, é enviar uma mensagem forte para toda a comunidade, que a epilepsia é uma doença global, requerendo acções a nível de cada país.

 

Iniciativas programadas

Articulação com a campanha europeia - “epilepsia é mais do que ter crises”. Divulgação dos vídeos publicitários promovendo uma maior sensibilização pública para esta doença

Acções de rua sob o lema “Um gesto basta”, onde um comportamento muito simples, como a partilha de um objecto simbólico, no nosso caso um balão lilás, se pode transformar num projecto de entre ajuda. A LPCE promove estas iniciativas de rua com uma dupla finalidade: informação e angariação de fundos.

Desenvolver projectos de investigação
A Direcção-Geral da Saúde assina acordo para desenvolver projectos de investigação relacionados com o envelhecimento activo e...

A Direcção-Geral da Saúde (DGS) assinou, dia 4 de Fevereiro, um acordo-quadro de colaboração com a Fundación General de la Universidad de Salamanca, a Fundación General del Consejo Superior de Investigaciones Científicas e a Universidade do Algarve para desenvolver projectos de investigação e iniciativas relacionadas com envelhecimento da população.

O processo global de envelhecimento da população, resultante do aumento progressivo da esperança de vida e da redução das taxas de natalidade, coloca desafios semelhantes em Portugal e Espanha.

De acordo com diferentes estudos populacionais, a faixa etária da população com mais de 65 anos crescerá mais de 21% até 2050. Tanto no caso português como no espanhol, estas previsões ultrapassam os 30%.

A nova pirâmide populacional exigirá profissionais do Sistema Nacional de Saúde que, a partir das suas áreas de especialização, possam compreender o envelhecimento de uma forma integradora, pelo que esta será uma das acções fundamentais a desenvolver no âmbito desta colaboração.

O acordo agora assinado pretende potenciar esta investigação levada a cabo por equipas interdisciplinares, visando também a criação de um grupo de trabalho com o objectivo de apresentar um projecto no âmbito do Programa Operacional de Cooperação Transfronteiriça Espanha-Portugal (POCTEP) da União Europeia.

Prémio em Contracepção 2015
Estão abertas a partir de hoje as inscrições para o 4º Prémio de investigação na área da contracepção, da responsabilidade da...

A Sociedade Portuguesa de Contracepção (SPDC) e a multinacional farmacêutica Gedeon Richter, que patrocina o prémio, abrem hoje, dia 9 de Fevereiro, as candidaturas para o 4º Prémio na área da contracepção e recebem projectos até 31 de Julho. O prémio surge para premiar estudos de investigação na área da saúde sexual e reprodutiva e impulsionar a investigação nacional.

Os autores do trabalho vencedor serão premiados com o montante de 6 mil Euros, pelo que se podem candidatar ao prémio, licenciados, profissionais de saúde ou educação na área da saúde sexual e reprodutiva, sócios da SPDC.

A direcção da SPDC afirma que, “Em Portugal, os apoios à investigação são muito escassos. Os profissionais de saúde procuram desenvolver investigação na área da saúde sexual e reprodutiva em condições muito difíceis, pelo que pretendemos que esta iniciativa seja um incentivo à investigação nesta área tão importante na vida da população.”

 “Queremos promover a inovação e investigação nacional e continuar a incentivar os profissionais portugueses no desenvolvimento de projectos que permitem criar respostas que vão ao encontro das necessidades da população no que diz respeito à sua sexualidade e saúde reprodutiva”, refere Daniel Pereira da Silva, Medical Advisor da Gedeon Richter Portugal.

A entrega do 4º Prémio em Contracepção, vai decorrer na 5ª Reunião Anual da Sociedade Portuguesa de Contracepção, que se realiza de 25 a 26 de Setembro de 2015, em Lisboa.

Em 2014, o 3º Prémio em Contracepção foi atribuído ao trabalho “Adolescentes e Contracepção de Longa Duração - Satisfação e continuação no primeiro ano de utilização” ao grupo constituído por Lúcia Correia, Ana Marujo, Inês Antunes, Isabel Martins, Fátima Palma e Maria José Alves da Maternidade Alfredo da Costa.

As candidaturas podem ser enviadas para o e-mail [email protected]. Os trabalhos vão ser avaliados por um júri nomeado pela SPDC, constituído por cinco médicos diferenciados na área da saúde reprodutiva. O regulamento do prémio pode ser consultado aqui.

 

Avastin, Herceptin, Nivestim e Torisel
O Infarmed emitiu uma Circular Informativa - N.º 019/CD/8.1.7. – sobre a possível distribuição de medicamentos falsificados.

A Agência Europeia do Medicamento emitiu uma informação sobre a possível distribuição ilegal dos medicamentos constantes da tabela abaixo, na sequência de um furto nos serviços farmacêuticos de um hospital romeno:
 

Medicamento

Dosagem

Forma farmacêutica

Lote

Validade

Titular de AIM/Representante

Avastin

25mg/ml (4 frascos)

Concentrado para solução para perfusão

B7110B01
B8000B02

11-2015
04-2016

Roche Farmacêutica Química, Lda.

Avastin

25mg/ml (16 frascos)

Concentrado para solução para perfusão

B7031B03
B7050B06

02-2016
06-2016

Roche Farmacêutica Química, Lda.

Herceptin

150 mg

Pó para concentrado para solução para perfusão

H4450B03

05-2018

Roche Farmacêutica Química, Lda.

Torisel

25mg/ml

Concentrado e solvente para solução para perfusão

AJ64/92

04-2017

Laboratórios Pfizer, Lda.

Nivestim

30 MU/0,5 ml

Solução injetável ou para perfusão

2861123B

03-2016

Hospira Portugal, Lda.

 

Apesar de não ter sido detetada a existência destes lotes de medicamentos em Portugal, alerta-se que medicamentos fornecidos por distribuidores não autorizados devem ser considerados como falsificados, não podendo ser considerados seguros ou eficazes, pelo que não devem ser utilizados.

Atendendo a que estes medicamentos são utilizados apenas em meio hospitalar, as entidades que eventualmente tenham adquirido estes lotes de medicamento não devem proceder à sua venda, dispensa ou administração, devendo comunicar de imediato ao Infarmed.

 

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