Setúbal, Coimbra, Viana do Castelo e Beja
Cerca de 100 farmácias de Setúbal, Coimbra, Viana do Castelo e Beja já começaram a dispensar medicamentos por receita...

Para o ministro Paulo Macedo, trata-se de um passo importante num programa, que já estava previsto, que deverá estar concluído em Junho, e de um sistema mais seguro para o cidadão.

"É um sistema mais seguro para o cidadão, porque por exemplo, tem duas ou três embalagens que lhe foram prescritas na mesma receita e vai-lhe permitir mobilidade de prescrição porque pode levantar uma hoje e daqui a cinco dias uma outra noutra farmácia o que até aqui não era possível", disse.

Também foi lançado um programa de incentivo à venda de genéricos pelas farmácias, que, segundo o ministro, numa primeira fase visa que a quota de mercado dos medicamentos genéricos aumente dos actuais 46% para os 50%, mas cujo objectivo final é alcançar a quota de 60% nos medicamentos genéricos.

"O que queremos é chegar já aos 50% e depois caminhar para os 60%", acrescentou Paulo Macedo.

Trata-se de um programa publicado em Diário da República que vai remunerar as farmácias pela contribuição de cada uma para a poupança gerada para o Estado e para os utentes com o crescimento do mercado dos medicamentos genéricos.

E isto porque, referiu, com o aumento da venda de medicamentos genéricos as farmácias diminuíram a sua margem de lucro, pelo que ao contribuírem para o aumento da venda de genéricos e, consequentemente, com uma diminuição de custos para o Sistema Nacional de Saúde, o Estado incentivá-las-á com uma remuneração financeira.

Paulo Macedo sublinhou que são os cidadãos quem mais beneficia com a venda dos medicamentos genéricos.

A remuneração, que é calculada de acordo com uma fórmula, traduzir-se-á num ganho de 15 cêntimos por cada euro a mais de medicamentos genéricos vendidos, segundo explicou aos jornalistas o presidente da Associação Nacional das Farmácias (ANF), Paulo Duarte.

Para Paulo Duarte, a receita electrónica trata-se de um "passo de gigante" já que permite aviar receitas apenas com o cartão de cidadão, mas também permite adquirir medicamentos com a receita do Sistema Nacional de Saúde a quem não dispõe deste cartão de identificação electrónico.

Associação Deco lança
A associação de defesa do consumidor Deco criou uma ferramenta online que permite aos utilizadores saberem se o tempo que...

Este simulador, disponível no site da Deco/Proteste, possibilita ainda aos utentes descarregarem minutas próprias para reclamar no caso de as consultas ou cirurgias ultrapassarem os tempos máximos de resposta definidos pela legislação.

A ferramenta online calcula se a estimativa de tempo dada pelos serviços de saúde está dentro ou fora do prazo legal e indica ainda a data limite para obter tratamento, assim como o tempo legal previsto por lei para aquele cuidado específico.

Para usar este simulador, o utilizador tem de identificar a unidade em que o serviço foi pedido, a data em que foi marcado e a data prevista para a sua realização.

A Deco recorda que, em Junho do ano passado, publicou um estudo em que mostra que mais de metade dos inquiridos afirma esperar mais do que o definido por lei para uma consulta no centro de saúde.

As consultas nos cuidados primários podem demorar até 15 dias a ser realizadas, desde a data de marcação, enquanto em caso de doença aguda o utente deve ser visto no próprio dia.

“Pretendemos com esta iniciativa capacitar o cidadão dos seus direitos, nomeadamente, qual o tempo de espera para determinado cuidado e para fazer exercer os seus direitos, incentivando a reclamação, pois caso o prazo tenha sido ultrapassado, disponibilizamos cartas tipo para reclamar, uma para a Entidade Reguladora da Saúde e outra para a unidade de saúde”, refere a Deco.

Eu Não Arrisco: Campanha da SPAVC
“O Acidente Vascular Cerebral é uma bomba-relógio que mata dois portugueses por hora.” Este é um dos alertas da Campanha EU NÃO...

O arranque oficial da Campanha vai acontecer no 9.º Congresso Português do Acidente Vascular Cerebral, entre 5 e 7 de Fevereiro de 2015, no Porto.

“O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a primeira causa de morte e incapacidade em Portugal. Uma em cada seis pessoas vai sofrer um AVC ao longo da vida. Trata-se de uma doença de elevado peso social que, predominando nos mais idosos, pode aparecer em qualquer idade. A prevenção é melhor que o tratamento e exige uma atitude pró-activa de cada um de nós”, afirma o Prof. José Castro Lopes, presidente da Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC), justificando o lançamento da acção de sensibilização.

A Campanha EU NÃO ARRISCO visa alertar os portugueses para os factores de risco e sintomas associados ao AVC e disseminar informação sobre a prevenção e tratamento desta que é a principal causa de morte e incapacidade no país.

A acção de awareness, tem como embaixador o cantor Carlos do Carmo e será uma campanha multimeios, com a duração de um ano – com especial enfoque no Dia Nacional do doente com AVC, a 31 de Março de 2015, e no Dia Mundial do AVC, a 29 de Outubro. Será veiculada online, nas redes sociais, em televisão, imprensa e outdoor. O site da campanha, www.eunaoarrisco.pt, estará brevemente disponível.

Despacho
Os enfermeiros poderão passar a pedir exames complementares de diagnóstico aos doentes em espera nas urgências, segundo um...

Este sistema experimental só será aplicado nos hospitais que o queiram fazer e nas unidades que forem identificadas pelas administrações regionais de saúde (ARS) como aquelas em que se possa esperar maior benefício com esta medida na redução dos tempos de espera.

É ainda necessário que a Direcção-geral da Saúde e a Ordem dos Médicos definam uma norma de orientação clínica para o efeito.

Segundo o despacho hoje publicado em Diário da República, “em episódios de urgência com apresentação tipificada”, (…) “pode ser considerada a solicitação, pelo enfermeiro da triagem, de meios complementares de diagnóstico”.

Para isso, a direcção clínica tem de definir previamente um conjunto de questões (algoritmo) que sustentem a opção do profissional de saúde. Esses algoritmos são sujeitos a uma avaliação trimestral que passa pela Direcção-geral da Saúde (DGS).

Esse algoritmo é construído em função de uma norma de orientação clínica, que ainda tem de ser elaborada. A norma de orientação clínica (NOC) é produzida pela DGS em “colaboração estreita com a Ordem dos Médicos”, segundo fonte oficial do Ministério da Saúde.

Aliás, segundo o Ministério, a norma de orientação clínica é “o primeiro passo” e essencial para que este diploma possa ter efeito prático.

“Este complemento de triagem é introduzido de forma voluntária e experimental, com a duração de um ano, nas unidades que forem identificadas pelas ARS como aquelas onde se possa esperar maior benefício na redução de tempos de espera”, refere o diploma.

O despacho determina ainda que todos os serviços de urgência devem assegurar, até 30 de Setembro deste ano, que usam a versão mais recente do sistema de triagem de Manchester – escala que permite identificar a prioridade clínica de um doente.

Além disso, todas as urgências são obrigadas a aplicar a triagem de Manchester até ao final deste ano, devendo ainda implementar auditorias internas mensais.

Os serviços de urgência devem ainda ser alvo de, pelo menos, uma auditoria externa por ano.

Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde anunciou a contratação de 2.000 enfermeiros para 2015, lembrando que estão a decorrer vários concursos de...

Segundo nota deste organismo, está em fase de abertura um concurso para o recrutamento de mil enfermeiros para os serviços e estabelecimentos de saúde do Sector Público Administrativo, que abrange centros de saúde e hospitais.

Ainda para este ano serão contratados pelo menos mais mil enfermeiros para os hospitais Entidades Públicas Empresariais (EPE) e Unidades Locais de Saúde (ULS).

De acordo com a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), encontram-se a decorrer vários concursos de recrutamento de médicos especialistas para unidades hospitalares, no total de 1.925 vagas.

“Estima-se que estes três concursos encerrem até ao final do primeiro semestre de 2015, permitindo reforçar os hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) com mais médicos especialistas e promover a sua redistribuição pelos diferentes hospitais e Regiões”, lê-se na nota da ACSS.

7 de Fevereiro no Estádio do Dragão
A Saúde Atlântica - Clínica do Dragão recebe no próximo dia 7 de Fevereiro a 3ª edição das Jornadas Saúde Atlântica que este...

A 3ª edição das Jornadas Saúde Atlântica realiza-se a 7 de Fevereiro, na Saúde Atlântica – Clínica do Dragão, no Porto. O tema deste ano denomina-se “As lesões e os problemas mais frequentes do futebol. O que todos devem saber”, centrado na vertente do futebol e das lesões nos desportistas. Várias personalidades ligadas ao mundo do desporto marcarão assim presença num evento que pretende destacar o futebol como elemento promotor da saúde.

Presididas por Espregueira-Mendes e por Niek van Dijk, as Jornadas Saúde Atlântica contam com a comparência de vários convidados nacionais e estrangeiros, de diversas áreas como cardiologia, traumatologia desportiva, ortopedia, nutricionismo, imagiologia, tratamentos, fisioterapia, mesoterapia, entre muitas outras. Neste âmbito, alguns dos temas em debate incluem: as lesões mais frequentes do futebol, lesões do joelho e tornozelo, lesões musculares e tendinosas, avaliação cardíaca e médico-desportiva, avaliação isocinética, Porto KTD, programa de prevenção de lesões, novos tratamentos biológicos e o futebol e a saúde.

Conforme explica Espregueira-Mendes “o objectivo destas jornadas é reunir à volta da mesa todos os intervenientes no futebol independentemente da sua área de formação. O futebol é, actualmente, o mais relevante fenómeno desportivo mas também social, económico e até político com enorme relevo e impacto na vida diária dos cidadãos. Devemos aproveitar esta visibilidade para passarmos mensagens que melhorem a qualidade de vida das pessoas”.

Para além disso, pretendemos também “afirmar a Saúde Atlântica - Clínica do Dragão como representante das mensagens da FIFA em Portugal: “Football for Health”, Prevenção de lesões com programa 11+ e clínica de excelência para tratamento de lesões resultantes do desporto, acessível a toda a gente!”

No programa das Jornadas Saúde Atlântica está ainda incluída uma mesa redonda subordinada ao tema “Corpo clínico, dirigentes e ética no desporto - Quem coordena, quem faz o quê e quem decide?”, apresentado pelo jornalista Ricardo Couto e pelo médico ortopedista Espregueira-Mendes. Desta iniciativa fazem parte comentadores desportivos, jogadores, adeptos e médicos, o que a tornará ainda mais interessante.

Tendo também em conta a promoção da saúde pelo desporto, nomeadamente nas camadas jovens, na 3ª edição destas Jornadas estarão ainda presentes crianças das escolas Dragon Force do FC Porto e escola secundária da região que, com o intuito de dar a conhecer um programa de prevenção de lesões do desporto apoiado pela FIFA, farão algumas demonstrações no relvado do Estádio do Dragão.

 

ACSS
A Administração Central do Sistema de Saúde revelou, que estão em curso ou serão abertos este ano concursos para a contratação...

De acordo com a nota foram autorizados ainda em Junho de 2014 dois concursos para a contratação de 817 especialistas e a 26 de Janeiro um outro concurso acrescentou mais 275 vagas para clínicos.

Depois, refere o comunicado, serão abertos novos concursos após a conclusão das duas épocas de internato médico de 2015, o que irá permitir admitir mais 819 médicos.

Ao número de médicos especialistas a Administração Central do Sistema de Saúde acrescenta ainda outros 14 profissionais recrutados para a área da medicina interna cujo processo foi concluído no início de Janeiro.

“De sublinhar ainda que, a Lei do Orçamento de Estado para 2015 vem introduzir diversos mecanismos que facilitam a contratação de profissionais de saúde, assim como a sua fixação em zonas carenciadas, designadamente a possibilidade de atribuição de incentivos, mediante diploma em fase de aprovação”, conclui a nota.

ACSS
Apenas 85 vagas das 200 abertas para a contratação de médicos de família foram preenchidas e, por isso, será aberto um novo...

Na sexta-feira foi publicada a lista de ordenação final dos candidatos referente ao procedimento de recrutamento de médicos de família, tendo sido preenchidas 85 vagas e excluídas 37 candidaturas, o que vai permitir “assegurar cobertura médica a cerca de 161 mil utentes”, afirmou a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS).

Sendo que o concurso, que data de Abril, visava a contratação de 200 médicos especialistas em medicina geral de família, os Ministérios da Saúde e das Finanças autorizaram já a abertura de novo concurso para preencher as 115 vagas que ficaram por preencher, afirma a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS.

Os seleccionados foram contactados e devem agora escolher uma vaga entre as disponibilizadas pelas diferentes Administrações Regionais de Saúde, sendo que a Algarve é a que oferece mais postos de trabalho (82), seguida da de Lisboa e Vale do Tejo (50), do Alentejo (27), do Norte (21) e do Centro (20).

Sindicatos de saúde
Sindicatos da área da saúde mostraram-se preocupados e indignados com a desorganização e a falta de investimento do Serviço...

Num encontro promovido pela Confederação Portuguesa de Quadros Técnicos e Científicos (CPQTC) esta tarde em Lisboa, os sindicatos nacionais dos enfermeiros, de técnicos superiores, de fisioterapeutas, de farmácia e de diagnóstico mostraram "uma grande preocupação e indignação com o estado do Serviço Nacional de Saúde (SNS), não apenas nas urgências, mas perante toda a desorganização", disse Carlos Calado, dirigente nacional do CPQTC.

Os sindicatos manifestaram ainda preocupação perante a falta de financiamento no SNS e pela "transferência de responsabilidade para o privado: "Vê-se nas urgências, nas análises, nos exames de diagnóstico. São serviços que deviam estar garantidas pelo SNS e que estão a ser transferidos para unidades privadas, com lucros para as próprias", sublinhou Carlos Calado.

O responsável pela organização do encontro disse ainda que os sindicados concluíram que "é necessário que as organizações sindicais da Função Pública convirjam em acções de luta", considerando estes "não são problemas corporativos", mas também dos utentes, que "também são vítimas do que está a acontecer".

Os sindicatos presentes no encontro consideram que a situação actual do SNS "é o culminar de um conjunto de mal feitorias que vêm desde há muitos anos", mas defenderam a sustentabilidade do sistema, "desde que se saiba seleccionar as prioridades de investimento", criticando as despesas com compromissos assumidos nas parceiras-público-privadas (PPP) e nos 'swaps'.

A CPQTC considera que o SNS "vem sendo maltratado por sucessivos governos, com destaque para o actual governo PSD-CDS" e, por isso, decidiu realizar este encontro de organizações sindicais representativos de profissionais do sector da saúde.

Presidente NBC Medical
O presidente da farmacêutica NBC Medical, Nuno Belmar da Costa, dona da angolana Farmalog, afirmou que os medicamentos em...

“No sector dos medicamentos começa a haver escassez, porque as empresas instaladas em Angola não conseguem fazer importações porque não conseguem pagar aos fornecedores no estrangeiro”, diz o responsável, garantindo que, no caso da farmacêutica portuguesa, “isto até é visto como uma oportunidade para manter o ritmo normal de trabalho” e escapar a uma crise que está a estender-se a toda a economia.

“A importação de medicamentos está relativamente bloqueada porque as empresas internacionais pura e simplesmente não enviam produtos para Angola sem a certeza de receberem o dinheiro”, acrescenta, lembrando que no caso da sua própria empresa, as verbas para pagamento dos medicamentos portugueses exportados para Angola estão bloqueadas na conta da angolana Farmalog “desde Novembro” à espera de autorização do Banco Nacional de Angola (BNA)para serem disponibilizados dólares.

O alerta sobre a escassez de medicamentos surge na mesma altura em que a ministra do Comércio de Angola anuncia que o BNA está a reforçar a disponibilização de divisas aos bancos comerciais para desbloquear o pagamento de produtos importados, nomeadamente alimentos e medicamentos.

De acordo com Rosa Pacavira, verificam-se "constrangimentos relativos aos pagamentos" de mercadoria importada, com remessas em atraso desde Novembro, devido à escassez de divisas.

"O BNA está neste momento a disponibilizar remessas para os bancos, de forma gradual, para que então se possa fazer o pagamento daqueles importadores de produtos alimentares e medicamentos, essencialmente. Para que tenhamos então os produtos a entrarem para o país", afirmou a governante, em Luanda.

Apesar do clima adverso, a intenção deste gestor português, que abriu a NBC Medical há seis anos, e a angolana Farmalog há dois, é continuar no país: “Apesar da crise continuamos de pedra e cal no mercado, não mandamos pessoas embora, temos é mais cautelas na vertente de custos e investimentos”, explicou.

Sobre os próximos tempos, Belmar da Costa antecipa dificuldades porque "como não há dólares na economia, qualquer empresa com expatriados está a ter sérias dificuldades em fazer transferência de dólares através do banco, e mesmo que queiram levantar, não há, e não há mesmo".

O problema agrava-se por causa da saúde financeira da generalidade das empresas portuguesas presentes em Angola, "que enfrentaram cinco anos de austeridade, ficando descapitalizadas e sem capacidade de gerar cash-flow”, mas a solução, defende, pode estar no Banco Central Europeu.

"Estou convencido que este programa do BCE de desbloquear verbas pode ajudar, desde que haja vontade da banca em incentivar as PME a recorrer ao crédito, por isso se o dinheiro for bem gerido e chegar realmente à economia real, isto pode beneficiar as empresas exportadoras que passam a ter acesso ao crédito, e assim haver mecanismos de financiamento que podem aliviar, de certa forma, esta crise anunciada em Angola", concluiu Belmar da Costa.

A NBC Medical é uma empresa portuguesa criada há seis anos, tendo facturado 28 milhões de euros em Portugal no ano passado. Emprega 43 pessoas em Portugal e exporta a totalidade da sua produção de medicamentos e produtos clínicos, sendo Angola o destino de cerca de 50% das exportações.

Há dois anos, criou a Farmalog, que teve uma faturação de 15 milhões de dólares em 2014 e emprega cerca de 80 pessoas, detendo ainda seis farmácias, uma empresa de reagentes e diagnósticos e outra de logística grossista farmacêutica nas províncias, com um armazém em Benguela e outro em Cabinda.

ACSS
A Administração Central do Sistema de Saúde abriu concurso de habilitação ao grau de consultor em várias especialidades da...

Segundo o aviso publicado em Diário da República na sexta-feira, ao final do dia, as candidaturas podem ser apresentadas no prazo de 15 dias úteis nas Administrações Regionais de Saúde e nos Serviços de Saúde das regiões autónomas da Madeira e Açores.

Podem concorrer "clínicos com cinco anos de exercício efectivo de funções, contados após a obtenção do grau de especialista, número que se estima na ordem dos 1.300 candidatos", refere a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), acrescentando que a preparação do processo se iniciou no 3.º trimestre de 2014. O concurso tem um número de vagas ilimitado.

"Com a abertura deste concurso, o Ministério da Saúde pretende criar condições de desenvolvimento da carreira médica no Serviço Nacional de Saúde, tal como disposto no acordo celebrado entre o Governo e os Sindicatos Médicos, em outubro de 2012", explica a ACSS, numa nota de imprensa.

A legislação de enquadramento das carreiras médicas prevê a existência de dois graus de qualificação, o de especialista e o de consultor, sendo este atribuído pelo Ministério da Saúde e reconhecido pela Ordem dos Médicos, através da realização de um procedimento concursal, explicou a entidade.

A ACSS recorda que o Ministério da Saúde já tinha concluído os concursos para o grau de consultor de 2002 e 2005, processos que se encontravam pendentes, abrangendo um total de 2.816 médicos.

Está também a decorrer o concurso aberto em 2012 com um total 3.233 candidatos admitidos e 196 júris em 44 especialidades médicas, acrescenta.

Com o objectivo de "permitir o desenvolvimento da carreira médica", decorre igualmente o processo de autorização para a abertura de 140 vagas na categoria de assistente graduado sénior.

Os médicos recrutados para esta categoria têm direito ao reposicionamento remuneratório correspondente e podem manter o regime de trabalho que detinham antes, nomeadamente o regime de dedicação exclusiva, equivalente a 42 horas, segundo a ACSS.

Em 2013, tinha havido uma autorização semelhante para preencher 130 postos de trabalho naquela categoria, sendo 44 vagas para o norte do país, 42 para Lisboa e Vale do Tejo, 28 para o Centro, nove para o Alentejo e sete para o Algarve.

Prémio Grünenthal/ASTOR 2015
A criação de uma pastilha dissolúvel na boca, contra a dor em doentes com mucosite oral, valeu à investigadora Filipa Cosme...

Segundo a investigadora, a pastilha, que contém um anestésico e um antifúngico, pretende dar "a maior comodidade possível" ao doente, com várias aftas na boca e dor associada durante muito tempo.

Filipa Cosme Silva esclareceu que a pastilha propõe-se ser um substituto da solução líquida que actualmente se administra nos hospitais aos pacientes, que se veem em dificuldades para bocejar devido à dor.

A mucosite oral é uma inflamação na boca, caracterizada por várias aftas e dor prolongada, que surge em doentes com cancro, devido a tratamentos de radioterapia e quimioterapia, e em doentes do aparelho digestivo.

A pastilha desenvolvida pela investigadora, no âmbito da sua tese de mestrado, em fase de conclusão, na Faculdade de Farmácia de Lisboa, tem na sua composição o anestésico lidocaína e o antifúngico nistanina, além de água, gelatina, glicerina e goma-arábica.

"Dissolve-se mais lenta ou rapidamente, se o doente assim o entender", assinalou Filipa Cosme Silva, acrescentando que o paciente "pode deslocar a pastilha para onde tem mais dor".

No caso de doentes que perderam a capacidade de produzir saliva, como é os que se submeteram a quimioterapia ou radioterapia para tratar cancros na cabeça ou no pescoço, a pastilha estimula a salivação, assegurou a investigadora, que trabalha nos serviços farmacêuticos do Hospital de Santa Maria, em Lisboa.

Filipa Cosme Silva adiantou que qualquer doença que provoque disfagia (dificuldade de deglutição) "pode beneficiar da pastilha".

As potencialidades do medicamento, que foi administrado a pessoas "mais ou menos saudáveis", apenas com "uma ou duas aftas", mas que se sentiram melhor, terão de ser ainda testadas em doentes, ressalvou.

A confirmar-se o seu sucesso no tratamento de pacientes, Filipa Cosme Silva pretende desenvolver, posteriormente, outras pastilhas, com outras substâncias activas, como terapêutica para doenças do aparelho digestivo.

As conclusões do estudo que deram à investigadora o Prémio Grünenthal/ASTOR 2015 vão ser apresentadas, em Março, num congresso de farmacêutica hospitalar, em Hamburgo, na Alemanha.

A investigação foi desenvolvida numa parceria entre o Instituto de Investigação do Medicamento, da Faculdade de Farmácia de Lisboa, e o Centro Hospitalar Lisboa Norte, do qual faz parte o Hospital de Santa Maria.

O galardão destina-se a distinguir trabalhos, em língua portuguesa, sobre investigação clínica para o tratamento da dor, e que são apresentados sob a forma de comunicação oral.

O prémio é atribuído pela Fundação Grünenthal, que promove o estudo e tratamento da dor, e pela Associação para o Desenvolvimento da Terapia da Dor/ASTOR.

A distinção foi entregue, em Lisboa, durante o Convénio da ASTOR, que pretendeu debater ideias e propostas para a melhoria do diagnóstico e tratamento da dor crónica e aguda e da dor no doente com cancro.

Em Angola
A ministra do Comércio angolana, Rosa Pacavira, anunciou que o Banco Nacional de Angola (BNA) está a reforçar a...

A governante falava aos jornalistas depois de se reunir em Luanda com importadores nacionais e bancos comerciais, encontro em que participou o governador do BNA, José Pedro de Morais Júnior e que serviu para analisar as dificuldades sentidas pelas empresas no acesso a divisas, face à quebra da cotação do barril de petróleo no mercado internacional.

De acordo com Rosa Pacavira, verificam-se "constrangimentos relativos aos pagamentos" de mercadoria importada, com remessas em atraso desde Novembro, devido à escassez de divisas.

"O BNA está neste momento a disponibilizar remessas para os bancos, de forma gradual, para que então se possa fazer o pagamento daqueles importadores de produtos alimentares e medicamentos, essencialmente. Para que tenhamos então os produtos a entrarem para o país", afirmou a governante, no final do encontro.

Não foram adiantados valores em concreto, sendo que na semana passada o BNA vendeu aos bancos comerciais, de acordo com dados recolhidos junto da instituição, 300 milhões de dólares (267 milhões de euros) em divisas.

Na origem do problema está a diminuição de receitas de venda do barril de crude por Angola, o que fez diminuir a entrada de divisas no país, provocando a escassez de dólares no mercado e dificultando o pagamento das empresas a fornecedores internacionais.

O presidente da Associação Industrial de Angola, José Severino, em declarações, já defendeu uma desvalorização de 8% na moeda nacional, o kwanza, para travar a crescente procura de dólares no mercado, cuja cotação disparou devido à crise no petróleo.

Aproveitando a reunião com os importadores, a ministra do Comércio apontou que, "num total despeito", há produtores que chegam a Luanda sem o devido licenciamento, pelo que serão tomadas medidas, nomeadamente fazendo-os reverter para instituições de solidariedade social.

"O produto que não está licenciado não está autorizado a entrar no país e temos que tomar algumas medidas, cautelares, neste sentido, para que futuramente os importadores não importarem produtos que não estejam licenciados", rematou Rosa Pacavira.

Relatório da UE
Agências Europeias publicam a primeira análise de resultados integrados de seres humanos e animais.

A utilização de certos agentes antimicrobianos em animais e seres humanos está associada a resistência a esses mesmos agentes a bactérias de animais e seres humanos. Há também diferenças importantes no consumo de antimicrobianos entre os países europeus. Estes são alguns dos resultados da primeira análise integrada de pessoas, animais e alimentos feita na Europa e publicado em conjunto pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (AESA) e a Agência Europeia de Medicamentos (EMA).

O primeiro relatório conjunto do ECDC / AESA / EMA sobre a análise integrada do consumo de agentes antimicrobianos e a ocorrência de resistência "também identifica as limitações dos dados que precisam ser abordadas para permitir uma análise mais aprofundada e desenhar novas conclusões. Isto inclui dados sobre o consumo dos antimicrobianos nos hospitais em mais países europeus e a monitorização das bactérias resistentes na flora das pessoas saudáveis e doentes.

Esta análise foi realizada a pedido da Comissão Europeia e combina dados de cinco redes de monitorização europeus que junta informação dos Estados-Membros da Islândia, Noruega e Suíça.

Esta abordagem holística tem como objectivo permitir uma melhor utilização dos dados existentes e fortalecer os sistemas de vigilância coordenados sobre o consumo de antimicrobianos e resistência aos mesmos na medicina humana e veterinária. Para além de permitir que os decisores políticos decidam sobre a melhor forma de combater a resistência antimicrobiana em humanos e animais.

O relatório conjunto irá informar sobre o plano de acção da Comissão Europeia contra as crescentes ameaças de resistência antimicrobiana. Os dados também irão contribuir para o estabelecimento de metodologias e prioridades na luta contra o desenvolvimento das resistências.

Este é o primeiro de uma série de relatórios que EMA, a EFSA e ECDC planeiam publicar com base nos dados recolhidos em diversas redes de monitorização. O acesso a dados precisos sobre o uso de antimicrobianos e a ocorrência de resistência é um passo essencial para desenvolver e acompanhar políticas que minimizem o desenvolvimento de antimicrobianos eficazes para as gerações futuras.

Em Cantanhede
A Associação Europeia de Bancos de Sangue do Cordão Umbilical reuniu-se hoje em Cantanhede com o objectivo de partilhar e...

Em declarações, André Gomes, director da Crioestaminal, disse que a associação europeia, de que esta empresa sediada no Biocant Park, em Cantanhede, é sócia fundadora, reúne cerca de 70 por cento das amostras do sangue do cordão umbilical existentes a nível europeu.

"Os objectivos para 2015 passam por ajudar a desenvolver o setor e continuar a investigação para desenvolver mais aplicações [de células estaminais]", disse André Gomes.

Embora cada empresa possua os seus próprios projectos de investigação, o responsável da Crioestaminal frisou que estão a ser investigadas aplicações para paralisia cerebral e autismo, bem como a eventual aplicação do tecido do cordão umbilical no tratamento de doenças autoimunes - aquelas em que o sistema imunitário ataca tecidos saudáveis do corpo humano.

De acordo com André Gomes, até à data, as células estaminais são usadas no tratamento de mais de 80 patologias como leucemias, anemias, linfomas ou doenças metabólicas hereditárias, entre outras, tendo sido realizados mais de 30 mil transplantes.

O responsável da Crioestaminal frisou ainda que a associação europeia do sector, com sede em Bruxelas e denominada Cord Blood Europe, "pretende garantir ‘standards' muito elevados de qualidade e segurança" e reúne, para além de Portugal, empresas localizadas na Alemanha, Bélgica, Grécia, Dinamarca e Polónia.

A Crioestaminal é o segundo maior banco europeu de amostras de sangue do cordão umbilical ao nível da capacidade de armazenamento - o maior é um banco belga - e o quarto em número de amostras armazenadas, cujas instalações, recentemente ampliadas, foram hoje dadas a conhecer aos parceiros estrangeiros, no âmbito da assembleia anual da associação realizada em Cantanhede.

A Cord Blood Europe, frisou, pretende estender a sua actividade a outros bancos europeus, "desde que cumpram os necessários critérios de qualidade", alegou.

No início de Fevereiro
O especialista em Economia e Finanças e ex-presidente da Entidade Reguladora da Saúde, Álvaro Almeida, assume no início de...

“Designo, em regime de comissão de serviço, por um período de cinco anos, renovável por igual período, o licenciado Álvaro Santos Almeida, para exercer o cargo de presidente do conselho directivo da Administração Regional de Saúde do Norte”, lê-se no despacho do Ministro da Saúde publicado quinta-feira em Diário da República.

Álvaro Almeida é professor associado da Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP), onde é presidente do Agrupamento Científico de Economia e director do Mestrado em Gestão e Economia de Serviços de Saúde, e leciona unidades curriculares da área da economia e políticas de saúde.

É também professor e coordenador de cursos na área da gestão e instituições de saúde da Porto Business School (PBS) e investigador associado do CEF.UP – Center for Economics and Finance at UP.

É ainda consultor na área da economia, gestão e políticas de saúde, tendo coordenado vários estudos para instituições públicas e privadas (como o estudo “As Medidas na Saúde: da racionalização à excelência”, realizado pela PBS para o Health Cluster Portugal).

Tem participado em grupos de trabalho governamentais (actualmente é coordenador da Comissão de Acompanhamento da Reforma Hospitalar e membro da Comissão Nacional para os Centros de Referência, e foi presidente do Grupo de Trabalho Turismo de Saúde) e é avaliador economista externo do INFARMED.

Álvaro Almeida é doutorado em Economia pela LSE - London School of Economics and Political Science (Reino Unido), licenciado em Economia pela FEP e Mestre em Economia pela FEP.

Entre outros cargos, foi presidente do Conselho Directivo da Entidade Reguladora da Saúde (2005-2010), presidente do Conselho de Administração da Espaço Atlântico – Formação Financeira (2001-2003), economista do Fundo Monetário Internacional (1997-2000) e investigador no Financial Markets Group da London School of Economics (1994-1997).

A CReSAP, Comissão de Recrutamento e Selecção para a Administração Pública, tinha apresentado ao Governo três candidatos - Álvaro Fernando Santos Almeida, Fernando Alberto Alves e José Miguel Dias Paiva - para substituir o actual presidente do conselho directivo da ARS Norte, Castanheira Nunes.

O actual presidente do conselho directivo da Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte, Luís António Castanheira Nunes, foi nomeado em outubro de 2011 pelo governo para um mandato de três anos.

4 de Fevereiro - Dia Mundial de Luta contra o Cancro
No dia 4 de Fevereiro assinala-se o Dia Mundial do Cancro, uma doença que poderá levar 18 mil portugueses a necessitar de...

Este núcleo de estudos defende também que os Cuidados Paliativos introduzidos numa fase mais precoce da doença, a par dos tratamentos dirigidos à cura, melhoram a qualidade de vida e aumentam a sobrevida dos doentes.

“O cancro é das doenças para a qual temos cada vez mais tratamentos e possibilidades de cura. Contudo, com a maior longevidade da população, as doenças oncológicas também têm aumentado. Segundo as recomendações da OMS, calcula-se que cerca de 80 por cento dos doentes com cancro que virão a falecer podem necessitar de cuidados paliativos diferenciados. Assim, de acordo com a mortalidade em Portugal, cerca de 18.000 doentes com cancro podem necessitar, anualmente, destes cuidados. A necessidade de cuidados paliativos na doença oncológica não diminui, pelo contrário, aumenta se quisermos melhorar a qualidade da assistência prestada a estes doentes”, explica Elga Freire, coordenadora do Núcleo de Estudos de Medicina Paliativa (NEMPAL).

Segundo dados da European Association for Palliative Care, em 2013 Portugal estava na cauda dos países da União Europeia, com 5,05 serviços de cuidados paliativos por milhão de habitantes. Elga Freire reconhece que em Portugal ainda falta cobrir grande parte das necessidades de cuidados paliativos, seja internamento ou domicílio. Segundo esta especialista em Medicina Interna, “a resposta deve passar pela mudança dos cuidados prestados aos doentes crónicos e terminais, o que implica, sobretudo, a formação e treino em cuidados paliativos de todos os profissionais de saúde que tratam estes doentes e a criação de estruturas em número suficiente para poder responder às reais necessidades da população portuguesa”.

“É urgente haver um maior empenho das políticas de saúde e sociais para que se implementem as várias estruturas já definidas, nomeadamente os cuidados paliativos domiciliários que vão ao encontro das preferências da população portuguesa, segundo um estudo de Bárbara Gomes para o Cicely Saunders Institute, King’s College London, publicado em 2010”, assevera a coordenadora do NEMPAL.

A Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos (APCP) calcula que cerca de 90 por cento dos portugueses que precisam de cuidados paliativos não os recebe. Para Elga Freire, isto acontece porque não há respostas adequadas. “De acordo com os estudos mais recentes, 60 por cento dos doentes falecidos necessitariam de cuidados paliativos, repartindo-se equitativamente por diferentes níveis de complexidade. No que respeita às diferentes tipologias de unidades/equipas, calcula-se que serão necessárias 133 equipas de cuidados paliativos domiciliários, 102 equipas intra-hospitalares de suporte em cuidados paliativos (uma em cada instituição hospitalar), 28 unidades de internamento em hospitais de agudos e 46 unidades vocacionadas para doentes crónicos. Os recursos actuais ainda estão longe destes números”, conclui a especialista.

Indicação dada pela filha de ambos
Uma menina de 8 anos sugeriu aos pais, ambos investigadores, usar antibióticos para curar uma doença oncológica. Nas pesquisas...

Investigadores na área do cancro, na Universidade de Manchester, estavam a jantar com a filha Camilla, de 8 anos, quando lhe perguntaram o que ela achava que se devia usar para curar uma doença oncológica. A sua resposta foi: antibióticos, “como quando tenho dores de garganta”, afirmou a menina.

Pode parecer uma resposta infantil, mas a verdade é que os pais de Camilla testaram esta hipótese e descobriram que alguns antibióticos fazem com que as células tumorais parem de formar mitocôndrias, um elemento da célula que utiliza o oxigénio para produzir energia e dióxido de carbono, explica o Daily Mail, citado pelo jornal Sol.

Os pais de Camilla, Michael Lisanti e Federica Stogia, conseguiram provar que as células estaminais cancerígenas, que estão na origem dos tumores, mantendo-os vivos e fazendo com que se espalhem pelo corpo, estão repletas de mitocôndrias.

Michael e Federica provaram ainda que há quatro antibióticos que ‘matam’ as células estaminais que estão na base de diversos cancros: da mama, da próstata, do pulmão, do ovário, do pâncreas, do pele e do cérebro. E, acima de tudo, não prejudicam as células saudáveis.

Há vários estudos prévios que comprovam esta teoria, mas o Cancer Research UK alertou que se trata apenas de uma experiência laboratorial, logo não há garantias de que venha a resultar em humanos. Em homenagem, Michael e Federica colocaram o nome de Camilla como uma das autoras do estudo, que foi publicado na revista Oncotarget.

UMinho cria
Uma equipa liderada pela Universidade do Minho criou uma tecnologia que permite extrair pedras dos rins em apenas um ou dois...

Em comunicado, a Universidade do Minho (UMinho) explica que a tecnologia utiliza um campo eletromagnético para navegar com segurança uma agulha para punção do rim.

“Após os testes em animais, espera-se avançar para ensaios nos humanos a partir do próximo ano”, acrescenta.

Segundo Estêvão Lima, professor da Escola de Ciências da Saúde da UMinho, extrair pedras nos rins demora actualmente duas horas e “depende muito quer da experiência do cirurgião quer do uso de radioscopia, que pode ter consequências sérias de radiação no doente e no cirurgião”.

Na prática, pica-se com uma agulha de 20 centímetros na zona lombar do paciente, abrindo caminho aos instrumentos cirúrgicos para a remoção.

“Mas a técnica que agora criámos é mais rápida, menos invasiva e permite ver no ecrã do computador a rota que a agulha deve seguir”, resume Estêvão Lima, também cientista do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde e director do serviço de Urologia do Hospital de Braga.

O novo processo, que demora em média um a dois minutos, facilita ainda a tarefa a médicos menos experientes e aumenta a segurança dos procedimentos.

O projecto decorre em parceria com o Instituto Politécnico do Cávado e do Ave e já foi testado em animais.

Os investigadores estão a aperfeiçoar o sistema com o fim de obter o certificado para futuros testes em pessoas.

Caso estes venham a ser bem sucedidos, espera-se que o primeiro produto seja patenteado e chegue às salas de operações a partir de 2016.

A pesquisa venceu o 1.º Prémio no Simpósio da Associação Portuguesa de Urologia, foi eleita para as melhores comunicações do Congresso Europeu de Urologia 2014 e tem sido publicada em revistas científicas internacionais.

As pedras nos rins afectam uma em cada 200 pessoas, sobretudo os homens.

Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe
A mortalidade em Portugal continuou acima do esperado pelas entidades de saúde na quarta semana do ano, mas registou uma...

"A mortalidade 'por todas as causas' [está] acima do esperado", refere a nota que acompanha o Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe, divulgado pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), que acrescenta o "início provável do período de decréscimo".

Até à quarta semana deste ano, foram analisados 512 casos de síndroma gripal, segundo o boletim.

O INSA aponta que "este excesso de óbitos foi observado apenas na população com 75 ou mais anos de idade e em todas as regiões do Continente, com excepção do Algarve e das regiões autónomas".

"O aumento dos óbitos observado não pode ser atribuído a nenhuma causa específica, podendo, no entanto, estar associado ao frio extremo, ao aumento da incidência das infecções respiratórias agudas e ao início da actividade gripal", explica a informação.

A incidência do síndroma gripal situou-se nos 148 casos por cada 100 mil habitantes, na semana entre 19 e 25 de janeiro, sendo 31% dos casos detectados pertencente ao vírus A(H3), grupo genético que inclui estirpes diferentes daquelas que constam nas vacinas administradas.

A informação especifica ainda que o vírus 'influenza' do tipo B foi detectado em 64% dos casos de gripe naquela semana, continuando a ser o dominante.

Na Europa, segundo a nota, foi igualmente observado um excesso de mortalidade, em Inglaterra, Escócia, País de Gales, Holanda, França e Espanha.

Nas Unidades de Cuidados Intensivos, "foram admitidos sete novos casos de gripe, o que corresponde a uma taxa de admissão por gripe em UCI de 3,5%, inferior àquela estimada para a semana anterior", acrescenta o boletim.

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