Dia Europeu do 112
O Instituto Nacional de Emergência Médica assinala hoje o Dia Europeu do 112, apelando aos portugueses que participem ...

As chamadas efectuadas para o 112 são sempre atendidas por uma Central de Emergência da Polícia de Segurança Pública, que canaliza para os Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) as chamadas relativas a situações de emergência médica.

Dados indicam que o INEM atendeu uma média de 3.457 chamadas por dia em 2014, que deram origem ao accionamento de diversos tipos de ambulância (emergência médica, suporte imediato de vida, transporte inter-hospitalar pediátrico), motas de emergência, viaturas médicas de emergência e reanimação e helicópteros.

No total, foram atendidas em 2014 pelos Centros de Orientação de Doentes Urgentes 1.262.145 chamadas de emergência, mais 61.040 relativamente ao ano anterior.

Estas chamadas levaram à activação de 1.134.090 meios de emergência médica em 2014, mais 62.354 comparativamente com o ano anterior, acrescentam os dados.

No Dia Europeu do 112, o INEM recorda aos portugueses “um gesto simples” que “pode salvar vidas”: ligar o 112 quando as pessoas necessitam de ajuda das autoridades, seja devido a assaltos, situações de incêndios ou socorro e também em caso de emergência médica.

“É um alerta e um pedido de colaboração a todos os cidadãos que usam o número de emergência. O sucesso da missão do INEM é apenas possível se o cidadão participar activamente na activação do sistema de emergência, ligando 112 em caso de emergência médica e colaborando com os operadores na triagem da situação”, sublinha o instituto, em comunicado.

Para “um rápido e eficaz socorro às vítimas”, o INEM apela à população que informe de “forma simples e clara” os operadores, indicando o local onde a pessoa se encontra, o número de telefone do qual está a ligar, o tipo de situação (doença, acidente, parto, etc.), o sexo e a idade aparente das vítimas, as queixas que apresentam e as alterações observadas.

“Quanto maior for o conhecimento do cidadão sobre a forma correcta de activação dos serviços de emergência mais eficiente será a actuação do INEM, daí a importância do Dia Europeu do 112 para fazer chegar esta mensagem aos cidadãos”, salienta.

O Número Europeu de Emergência 112 foi criado em 1991 e desde 2008 passou a ser o único número de emergência que pode ser usado de qualquer telefone fixo, móvel ou telefone público para aceder gratuitamente aos serviços de emergência em qualquer país da União Europeia.

Segundo o Eurobarómetro, apenas um em cada quatro cidadãos europeus sabe que o 112 pode ser utilizado em qualquer país da União Europeia em caso de emergência.

Em Janeiro
Os Serviços de Saúde de Macau informaram que 646 pessoas foram acusadas de infringirem a lei antitabaco em Janeiro, elevando o...

Em comunicado, divulgado ao final da tarde de terça-feira, os Serviços de Saúde indicam que os agentes de fiscalização de controlo do tabagismo realizaram, desde a entrada em vigor da lei até 31 de Janeiro, 709.983 inspecções a estabelecimentos.

A maioria dos infractores sinalizados em Janeiro pelos agentes de fiscalização é do sexo masculino (595 ou 92,1%) e residente de Macau (63,6%).

Os cibercafés continuam a surgir no topo dos estabelecimentos infractores (116 casos ou 18%), seguidos dos espaços com máquinas de diversão e videojogos (109 casos ou 16,9%). Nos parques/jardins e zonas de lazer foram detectados 94 casos (14,6%).

Em comunicado, os Serviços de Saúde indicam ainda que em 31 casos foi necessário o apoio das forças de segurança.

Desde o início do ano, 444 acusados (68,7%) já pagaram a multa.

Já nos casinos foram realizadas, entre 1 e 31 de Janeiro, inspecções conjuntas dos Serviços de Saúde e da Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos.

Nos espaços de jogo, foram autuadas 34 pessoas, a esmagadora maioria era do sexo masculino e turista (70,6%).

No primeiro mês do ano, o Gabinete para a Prevenção e Controlo do Tabagismo recebeu 374 chamadas telefónicas, das quais 245 foram motivadas por pedidos de esclarecimento, 111 relacionadas com queixas e 39 sugestões.

Estudo indica
Investigadores do Instituto Gulbenkian de Ciência descobriram, numa experiência com a mosca-da-fruta, que a duplicação de genes...

A bactéria em causa chama-se "Wolbachia" e está presente na maioria dos insectos, tendo os cientistas Luís Teixeira e Ewa Chrostek detectado que o número de repetições de genes de uma região específica do genoma da bactéria, a Octomom, pode determinar o seu carácter patogénico: genes a mais podem ser letais para a bactéria.

Contudo, paradoxalmente, devido à duplicação dessa informação genética, "a 'Wolbachia' dá protecção contra infecções virais", sublinhou Luís Teixeira, exemplificando que a bactéria "bloqueia a infecção do mosquito com o vírus da dengue".

Uma experiência-piloto, financiada pela Fundação Bill e Melinda Gates, para o controlo da transmissão da dengue, uma doença infecciosa, decorre em cinco países - Brasil, Austrália, Indonésia, Colômbia e Vietname -, onde foram libertados mosquitos-da-dengue com a "Wolbachia".

Os cientistas do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC) descobriram que, quanto mais cópias genómicas de Octomom geram, mais as bactérias "Wolbachia" crescem e se tornam patogénicas, e mais cedo as moscas morrem.

Porém, segundo a investigação, quanto maior o número de cópias de genes, mais forte é também a protecção antiviral dada pela bactéria à mosca-da-fruta.

A dupla de investigadores do Instituto Gulbenkian de Ciência pretende, em novos estudos, entender como a bactéria evolui, descodificando quais os genes da região do genoma (informação genética) identificada que são importantes, o que fazem, como interagem.

As conclusões da investigação foram publicadas hoje na revista PLOS Biology.

Estudos revelam
A combinação de cafeína e teanina presente no chá preto tornam-no ideal para consumo ao pequeno-almoço, beneficiando a...

No decorrer da última década têm sido feitos estudos com foco no factor “atenção” - elemento fundamental na nossa vida diária, principalmente no que toca a trabalho, pois influencia a memória, a execução de tarefas complexas e o próprio raciocínio.

Para comprovar cientificamente os efeitos deste chá, os especialistas estudaram os efeitos de duas componentes fundamentais do chá preto: a cafeína e a teanina.

Um estudo publicado na revista científica Nutritional Neuroscience intitulado “A combinação de L-teanina e cafeína melhora a performance cognitiva e aumenta o estado de alerta”1, investigou o efeito em jovens adultos de uma combinação de 97 miligramas de teanina e 40 miligramas de cafeína (o que equivale a entre duas a três chávenas de chá preto – tendo em conta uma chávena de chá de 200 miligramas), na performance cognitiva, no estado de alerta, na pressão arterial e batimentos cardíacos, comparando com os efeitos de um tratamento placebo.

Estes efeitos acima referidos foram analisados antes e após a administração da cafeína e da teanina. A combinação de níveis moderados de teanina e cafeína melhorou significativamente a precisão na execução de tarefas e aumento do estado de alerta, bem como redução do cansaço. Ficou também provado que a combinação entre os dois elementos presentes no chá preto aumenta os níveis de atenção em tarefas cognitivas exigentes, sendo por isso a bebida ideal para começar o dia.

Um outro estudo, intitulado: “A relação entre o chá e o consumo de outras bebidas na performance laboral e no humor”2, veio reforçar as conclusões do estudo anteriormente referido no que respeita ao estado de alerta e redução do cansaço. Demonstrou ainda que o consumo de chá tem a capacidade de melhorar o estado de humor, mantendo-o positivo ao longo do dia e otimizando estados psicológicos e a performance no trabalho, bem como a resolução de problemas de forma criativa.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), um consumo de cafeína moderado não é prejudicial para a saúde. Este organismo recomenda que não se ultrapasse os 300 miligramas de cafeína por dia, sendo que o chá preto contém, em média, 45 miligramas por chávena, cerca de metade de um café expresso.

É possível, assim, beber várias chávenas de chá preto por dia sem exceder o limite recomendado pela OMS. Para os mais sensíveis aos efeitos da cafeína, o chá permite também a adaptação a cada um, jogando com o tempo que a saqueta de chá está mergulhada na água – menos tempo para menos cafeína, mais tempo para uma dose maior.

Por outro lado, o chá preto é uma excelente fonte de hidratação, sendo uma forma de beber mais água, especialmente no Inverno. A água tem um papel essencial para o organismo, e é vital para a manutenção da saúde.

O chá pode também ser uma arma útil na perda ou controlo do peso, uma vez que não tem calorias se não for acrescentado açúcar. Além disso, um estudo realizado na Holanda demonstra que quem bebe chá frequentemente terá uma maior tendência para praticar uma alimentação equilibrada, e preocupar-se-á mais com a adopção de estilos de vida saudáveis.

Com todos estes benefícios, o chá preto é uma alternativa saudável para o pequeno-almoço, permitindo usufruir dos seus efeitos positivos ao longo de todo o dia.

1 Giesbrecht, T., Rycroft, J. A., Rowson, M. J., & de Bruin, E. A. (2010), The Combination of L-theanine and caffeine improves cognitive performance and increases subjective alertness, Nutritional Neuroscience, 13, 283-290
2 Bryan, J., Tuckey, M., Einöther, S. J. L., Garczarek, U., Garrick, A., de Bruin, E. A. (2011), Relationships between tea and other beverage consumption to work performance and mood, Apettite, dói: 10.1016/j.appet.2011.11.009

A partir de 2020
As unidades do Serviço Nacional de Saúde têm de reduzir para metade, a partir de 2020, o número de casos relacionados com erros...

Globalmente, este Plano pretende garantir a maior segurança possível dos doentes, evitando incidentes, que na maioria dos casos surgem ligados a defeitos organizacionais e não à competência técnica dos profissionais, segundo o documento publicado hoje em Diário da República.

No que respeita à segurança na utilização da medicação, o Plano prevê, para final de 2020, que se reduza em 50% em cada ano, face ao anterior, o número de ocorrências de medicação nas instituições do Serviço Nacional de Saúde (SNS) ou convencionados.

Segundo o sistema nacional que permite a notificação de incidentes na saúde, 13% do total de casos notificados são incidentes de medicação.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que entre 8% e 10% dos doentes internados em cuidados intensivos e 13% dos doentes em ambulatório sejam vítimas de incidentes, devido a práticas pouco seguras na utilização de medicação.

As instituições de saúde devem adoptar boas práticas na validação e dupla validação de procedimentos relativos a medicamentos. Em relação aos fármacos de alto risco, bem como aos que são semelhantes, quer foneticamente quer de aspecto, devem ser adoptadas estratégicas específicas.

O Plano Nacional para a Segurança do Doente prevê ainda a redução anual de 1%, a partir de 2020, da taxa de incidentes cirúrgicos inadmissíveis.

Por outro lado, e ainda na área das cirurgias, prevê-se que, dentro de seis anos, a lista de verificação de segurança cirúrgica seja usada em 95% das operações. Esta lista permite à equipa cirúrgica validar uma sequência de actividades e desta forma minimizar os riscos de ocorrência de incidentes.

Este Plano pretende também reduzir o número de quedas no SNS para metade, a partir de 2020, lembrando o diploma que quase um quarto dos incidentes registados no sistema nacional de notificações está relacionado com quedas.

O documento prevê também metas ligadas ao consumo de antibióticos e à resistência a bactérias, estabelecendo para o final de 2020 uma taxa de prevalência de infeção hospitalar de 8%, reduzindo em metade, face a 2014, o número de antimicrobianos.

Em termos globais, dentro de seis anos, 90% dos serviços de urgência e de internamento dos hospitais têm de ser os sistemas informáticos em intercomunicação e 90% dos centros de saúde terão de ter acesso às notas de alta das entidades hospitalares de referência.

Infecções fúngicas das unhas
Unhas amarelas, grossas e quebradiças são alguns dos sinais que precisa ter em conta para identifica

O termo onicomicose é geralmente utilizado para indicar qualquer infecção fúngica na unha. “Estas infecções são sete vezes mais frequentes nas unhas dos pés do que nas unhas das mãos”, refere Miguel Rocha, farmacêutico especialista em Podologia, acrescentando que, “as onicomicoses caracterizam-se por um espessamento anormal da unha, tornando-a mais quebradiça ou com maior probabilidade de esfarelar”.

E porque se trata da doença das unhas mais comum nos adultos saiba que cuidados de ter em conta para evitar o seu aparecimento.

  • Lavar e secar cuidadosamente os pés todos os dias, com especial atenção para os intervalos entre os dedos;
  • Não compartilhar toalhas ou tapetes de banho;
  • Utilizar meias de algodão e calçado respirável (não sintético);
  • Mudar de meias diariamente;
  • Evitar o calçado apertado;
  • Usar chinelos em zonas de banhos públicos (piscinas e balneários);
  • Tratar o pé de atleta antes que a infecção avance para as unhas.
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
FDA otorga revisión prioritaria
A Food and Drug Administration, agencia reguladora Americana otorga “priority review” a la solicitud de autorización de...

PharmaMar anuncia que la agencia reguladora americana U.S. FDA (Food and Drug Administration) otorga “priority review” (revisión acelerada en 6 meses) a la solicitud de autorización de comercialización de YONDELIS® (trabectedin) para el tratamiento de todos los tipos de sarcoma de tejidos blandos incluidos liposarcomas y leiomiosarcomas, en aquellos pacientes que hayan sido previamente tratados con quimioterapia, incluyendo una antraciclina. El socio estratégico de PharmaMar para el desarrollo de YONDELIS® en EE. UU., Janssen Research & Development, presentó la solicitud ante la FDA el pasado 24 de noviembre de 2014 (1).

YONDELIS® fue designado medicamento huérfano para sarcoma de tejidos blandos por la Comisión Europea (CE) en 2001 y por la U.S. FDA en 2004, lo cual se concede a fármacos indicados para el tratamiento de enfermedades raras. La U.S. FDA otorga la revisión prioritaria a aquellas terapias que pueden ofrecer un avance importante en cuanto a seguridad o eficacia del tratamiento, diagnóstico o prevención de enfermedades graves comparado con los tratamientos disponibles. La revisión prioritaria significa que la U.S. FDA tomaría una decisión en 6 meses en vez de los 10 meses que conlleva la revisión estándar.

YONDELIS® se comercializa en 77 países para el tratamiento de sarcoma de tejidos blandos avanzado y en 70 países para el cáncer de ovario recurrente sensible a platino en combinación con doxorrubicina.

 

Sarcoma de tejidos blandos

Los sarcomas de tejidos blandos son un tipo de cáncer que se originan en tejidos blandos, como el músculo, la grasa y vasos sanguíneos, entre otros (2,3). En EE. UU. Se estima que alrededor de 12.000 personas serán diagnosticadas con sarcoma de tejidos blandos en 2015, y unos 4.870 pacientes morirán debido a esta enfermedad3. El leiomiosarcoma es un tumor agresivo que se desarrolla en el tejido muscular liso, como por ejemplo el del útero, el tracto gastrointestinal y el músculo que recubre los vasos sanguíneos. El liposarcoma es un tumor maligno que se origina principalmente en la grasa de las piernas y del abdomen. En pacientes com metástasis, sólo el 16% alcanza una media de supervivencia de 5 años (2).

 

Sobre PharmaMar y YONDELIS® (trabectedin)

PharmaMar es una compañía biofarmacéutica, con sede en Madrid, líder mundial en el descubrimiento, desarrollo y comercialización de nuevos antitumorales de origen marino. PharmaMar es una filial del Grupo Zeltia (Bolsa española, ZEL) compañía esta última cuyas acciones se negocian en la Bolsa española desde 1963 y en el mercado continuo español desde 1998 y YONDELIS® (trabectedina) es un nuevo fármaco antitumoral aislado del tunicado marino, Ecteinascidia turbinata, que se produce de manera sintética. El fármaco bloquea la progresión del tumor inhibiendo la transcripción activada, interfiriendo con mecanismos de reparación del ADN y modulando el microentorno tumoral. PharmaMar ha firmado un acuerdo de licencia con Janssen Research & Development para el desarrollo y comercialización de trabectedina en cualquier parte del mundo excepto Europa y Japón.

 

1 http://www.jnj.com/news/all/Janssen-Submits-New-Drug-Application-for-YON...treatment-of-Patients-with-Advanced-Soft-Tissue-Sarcoma

2 American Cancer Society. What is a soft tissue sarcoma? Available at: http://www.cancer.org/cancer/sarcomaadultsofttissuecancer/detailedguide/...

3 General information about adult soft tissue sarcoma. Available at:http://www.cancer.gov/cancertopics/pdq/treatment/adult-soft-tissue-sarco... Accessed:January 19, 2015

INEM
O INEM abriu hoje um concurso para contratar 85 Técnicos de Emergência para trabalhar em ambulâncias, na sua condução, no...

O procedimento concursal em causa visa preencher 85 postos de trabalho na carreira de Técnico de Ambulância de Emergência (TAE), previstos no mapa de pessoal e a serem distribuídos pela Delegação Regional do Norte (10), pela Delegação Regional do Centro (10) e pela Delegação Regional do Sul (65).

As funções destes técnicos consistem na prestação de socorro pré-hospitalar na vertente não medicalizada, bem como colaboração ativa na vertente medicalizada, no transporte de doentes emergentes, na condução de ambulâncias, na operação dos sistemas de informação e telecomunicações das ambulâncias e na colaboração na formação em emergência médica.

Os candidatos têm 10 dias úteis para concorrer e serão escolhidos em função dos resultados apresentados em seis fases do concurso: prova de conhecimentos, avaliação curricular, prova de condução base, avaliação psicológica, curso de condução defensível e curso de tripulante de ambulância de socorro.

NO final do ano passado, o INEM tinha anunciado a intenção de contratar 70 profissionais para os serviços de atendimento das chamadas de emergência e a abertura de um concurso para mais 85 Técnicos de Ambulância de Emergência, hoje concretizada.

SICAD
Os especialistas do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências defendem que a lei do álcool deve ser...

Depois de um estudo sobre os padrões de consumo de álcool nos jovens após a nova lei ter entrado em vigor, em meados de 2013, o Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD) concluiu que a frequência e padrões de consumos se mantiveram nos adolescentes e nos jovens.

“Parece justificar-se a implementação de medidas mais restritivas, nomeadamente no que toca ao acesso a bebidas alcoólicas por parte de menores de idade. Tal, aliás, recebe o consenso dos jovens e profissionais participantes nos estudos realizados”, refere o SICAD num relatório divulgado.

Publicado em Abril de 2013, o novo diploma legal veio proibir a venda, disponibilização ou consumo de bebidas espirituosas a menores de 18 anos e de cerveja e de vinho a menores de 16.

Em dois estudos realizados a propósito da nova lei, concluiu-se que jovens e profissionais de estabelecimentos que vendem bebidas consideram a aplicação da legislação como deficitária, havendo uma perceção geral de “uma certa desresponsabilização no seu cumprimento”.

Segundo o SICAD, isto constata-se precisamente pela “proporção considerável de jovens inquiridos com idade inferior a 16 anos que adquiriu e tomou bebidas alcoólicas nos 12 meses seguintes à alteração legislativa”.

Embora a grande maioria dos profissionais diga que é habitual pedir cartão de identificação para controlar a idade do cliente, apenas cerca de metade dos jovens com menos de 17 anos disse que alguma vez lhe foi pedida a identificação para a compra de bebidas alcoólicas.

“Tanto os jovens como os profissionais entrevistados concordam que a lei é difícil de controlar no que diz respeito à venda de bebidas alcoólicas a menores. As principais dificuldades mencionadas prendem-se com estratégias adoptadas pelos menores para contornar a lei, mas também com a questão de não ser fácil perceber pelo aspeto a idade do cliente”, refere o resumo dos estudos realizados pelo SICAD.

Mais uma vez, jovens e profissionais que vendem bebidas partilham a perceção de que não há muita fiscalização sobre os locais de venda de álcool, com os vendedores a afirmarem que não sentiram reforço de inspecção com a entrada em vigor da nova lei.

Além de defender uma lei mais restritiva, o SICAD sugere um maior investimento em campanhas informativas e em estratégias preventivas e de redução de riscos.

GEEM e Biogen Idec atribuem
O Grupo de Estudos de Esclerose Múltipla da Sociedade Portuguesa de Neurologia e a Biogen Idec, atribuíram um prémio e uma...

A bolsa Bolsa de Investigação em Esclerose Múltipla (BIEM) foi atribuída ao grupo de estudo liderado por Ana Martins da Silva, neurologista, pelo projecto que pretende identificar os biomarcadores genéticos e epigenéticos da progressão da doença em doentes de Esclerose Múltipla (EM) portugueses. Esta bolsa contempla projectos de investigação multicêntricos, nacionais (podendo haver colaboração internacional), com a duração de dois anos.

Já o vencedor do prémio EMin (Esclerose Múltipla para Internos de Neurologia) foi um estudo nacional sobre a demografia, perfil socioeconómico e características da patologia dos doentes de EM portugueses, desenvolvido por um grupo de estudo liderado pelo neurologista Paulo Alegria.

O EMin tem por objectivo desenvolver os conhecimentos e o interesse dos internos de Neurologia na EM, ao proporcionar-lhes formação específica e ao mesmo tempo estimulando o desenvolvimento de projectos de investigação próprios que culminem na sua publicação. Ao longo do ano de 2014, foi proporcionada formação presencial, através da realização de cinco sessões, e acompanhamento do trabalho de investigação desenvolvido.

Para José Vale, Presidente do Grupo de Estudos de Esclerose Múltipla (GEEM), “estas iniciativas pioneiras na área da Esclerose Múltipla em Portugal são fundamentais para incentivar os profissionais de saúde e os internos a desenvolver mais e melhor investigação clínica, ajudando-os a ultrapassar os constrangimentos financeiros que muitas vezes condicionam o desenvolvimento deste tipo de projectos.”

Sérgio Teixeira, director-geral da Biogen Idec Portugal afirma que “a Bolsa de Investigação em Esclerose Múltipla e o Prémio EMin vêm confirmar e sublinhar não só o nosso compromisso com a investigação e a inovação nesta área, mas também a aposta que a companhia tem vindo a fazer em Portugal”.

A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença crónica, muitas vezes incapacitante, que ataca o sistema nervoso central, que é composto pelo cérebro, medula espinal e nervos ópticos. Os sintomas podem ser ligeiros ou graves, variando desde formigueiros nos membros inferiores até paralisia ou perda de visão. A progressão, gravidade e sintomas específicos são imprevisíveis e variam de pessoa para pessoa. A EM afecta cerca de 8.300 pessoas em Portugal.1 A Esclerose Múltipla Surto-Remissão é a forma mais comum da doença, responsável por cerca de 85% dos casos, e é caracterizada por surtos agudos com recuperação total ou parcial com acumulação de incapacidade.2

1Kobelt et al. Access to Innovative treatments in MS. 2009

2Multiple Sclerosis International Federation. About MS – Types and Course. Acedido a 21.03.2013. http://www.msif.org/en/about_ms/types_of_ms.html

Apesar de nova lei
Os menores de 18 anos continuam com o mesmo padrão de consumo de bebidas espirituosas, apesar da entrada em vigor da nova lei...

Tal como estabelece a própria legislação, o Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD) analisou a aplicação da nova lei e os impactos nos padrões de consumo por parte de jovens e adolescentes.

“No período temporal analisado – ano precedente e subsequente à legislação em estudo -, entre os jovens inquiridos e entrevistados, verifica-se a tendência de manter a frequência de consumos, incluindo de bebidas espirituosas entre os menores de 18 anos”, refere a análise do SICAD, concluída em Dezembro passado e hoje divulgada.

Contudo, o próprio estudo ressalva que as mudanças na saúde e nos comportamentos das populações se processam geralmente ao longo de um ano e que este estudo analisou um curto período de tempo.

Para esta análise, o SICAD realizou em maio do ano passado um estudo com mais de mil jovens entre os 10 e os 24 anos, tendo concluído que, para os inquiridos, a nova legislação não trouxe “alterações relevantes no padrão de consumo de bebidas alcoólicas”.

No estudo constatou-se que entre 9 a 14% dos jovens inquiridos que consumiu álcool no último ano o fez menos vezes do que no ano anterior.

“Globalmente a tendência reside na manutenção da frequência de ingestão de todas as bebidas alcoólicas e de todos os consumos”, refere o estudo.

Independentemente do tipo de bebida alcoólica, a maior parte dos jovens bebe menos do que uma vez por semana. No caso da cerveja e das bebidas espirituosas, os jovens bebem sobretudo uma a três vezes por mês.

A cerveja é a bebida tomada com maior regularidade (42% referem um consumo semanal), seguida das bebidas espirituosas (21% declaram beber semanalmente), do vinho (16% refere consumo semanal) e de ‘alcopops’ - bebida alcoólica em garrafa semelhante a bebida sem álcool e a refrigerante - (14% declaram beber semanalmente).

Em hospitais da região Norte
A Administração Regional de Saúde do Norte anunciou a abertura de um concurso para o recrutamento de 44 médicos de diversas...

Este concurso, publicitado hoje em Diário da República, encontra-se aberto pelo prazo de 15 dias.

No Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro serão preenchidas vagas nas especialidades de Anatomia Patológica (1), Anestesiologia (2), Cirurgia Maxilo-Facial (1), Cirurgia Plástica Reconstrutiva e Estética (1), Gastrenterologia (1), Ginecologia/obstetrícia (1), Medicina Interna (1), Neurorradiologia (1), Otorrinolaringologia (1), Pneumologia (1), Psiquiatria (1), Psiquiatria da Infância e da Adolescência (1), Radiologia (1) e Reumatologia (1).

O Centro Hospitalar do Alto Ave vai admitir especialistas em Anatomia Patológica (1), Dermatovenereologia (1), Medicina Interna (1) e Oftalmologia (2).

Ao Centro Hospitalar da Póvoa de Varzim/Vila do Conde destinam-se especialistas em Anestesiologia (1) e Medicina Interna (1) e para o Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga estão abertas vagas para Anestesiologia (1) e Medicina Interna (1).

No Hospital de Santa Maria Maior/Barcelos existem duas vagas em Anestesiologia, duas em Cirurgia Geral, uma em Imunohemoterapia, uma em Medicina Física e de Reabilitação, uma em oftalmologia, uma em Ortopedia, uma em Psiquiatria e uma em Urologia.

Na Unidade Local de Saúde do Nordeste serão admitidos especialistas em Anestesiologia (1), Cardiologia (1), Gastrenterologia (1), Ginecologia/Obstetrícia (1) Oftalmologia (1), Psiquiatria (1), Psiquiatria da Infância e da Adolescência (1) e Radiologia (1).

Há ainda uma vaga de radiologia a preencher no Centro Hospitalar Médio Ave e uma em Urologia no Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa.

Os médicos candidatos devem possuir o título de especialista na correspondente área profissional e ter, preferencialmente, um mínimo de um ano de experiência profissional.

De acordo com o aviso hoje publicado em Diário da República, os especialistas que venham a ser recrutados ficam obrigados a permanecer pelo período mínimo de três anos no posto de trabalho que venham a ocupar.

Estudo revela
Os danos na camada exterior do cérebro causados pelo tabagismo podem ser reversíveis depois de a pessoa parar de fumar, mas...

Os exames de ressonância magnética de 50 escoceses septuagenários confirmaram uma ligação entre o fumo e uma aceleração no desgaste relacionado com a idade do córtex – a camada externa da massa cinzenta, de acordo com os investigadores que publicaram o estudo.

Entretanto, os investigadores também referiram, pela primeira vez, o potencial de recuperação após a pessoa deixar de fumar.

O córtex de ex-fumadores no grupo “parece ter recuperado parcialmente para cada ano sem fumar”, de acordo com a equipa multinacional autora do estudo, publicado no jornal Molecular Psychiatry, da revista Nature.

Os investigadores advertiram que “embora a recuperação parcial pareça possível, pode ser um processo longo”.

Outros estudos têm relacionado o fumo de cigarros com o declínio cognitivo e demência e alguns referem uma degeneração cerebral.

“As evidências sugerem que os fumadores têm, em média, um funcionamento cognitivo global um pouco mais pobre numa idade avançada, assim como têm menores médias em vários domínios cognitivos, como a flexibilidade cognitiva e memória”.

No entanto, nunca havia sido demonstrado se os efeitos poderiam reversíveis.

Neste novo estudo, o grupo de investigadores utilizaram pessoas que participaram numa pesquisa que utilizou crianças escocesas em idade escolar, em 1947, quando as suas funções cognitivas foram testadas.

Os participantes sobreviventes foram submetidos a ressonância magnética (MRI), feita em 2007, e os resultados de 504 deles foram analisados.

Havia 36 fumadores, 223 ex-fumadores e 245 que nunca fumaram no grupo, tendo os participantes em média 73 anos, segundo o estudo.

Não houve diferenças significantes entre o QI (coeficiente de inteligência) na infância e na velhice, tendo sido o grupo dividido, quase igualmente, apenas entre homens e mulheres.

As análises das ressonâncias mostraram que os fumadores recorrentes “tinham um córtex mais fino do que os que nunca tinham fumado”, referiu ainda o estudo.

O estudo referiu que aqueles que deixaram de fumar podem apresentar uma desaceleração, para um ritmo mais lento, do afinamento do córtex, passando a um afinamento normal característico em idades mais avançadas.

Hepatite C
A Rede Internacional da Médicos do Mundo apresenta a sua oposição à patente do sofosbuvir concedida pelo Instituto Europeu de...

Há vários meses que a Rede Internacional da Médicos do Mundo (MdM), em conjunto com outras organizações, alerta para os problemas colocados pelo custo dos novos tratamentos para a hepatite C e do sofosbuvir em particular. O laboratório farmacêutico Gilead detém o monopólio do sofosbuvir e está a comercializar este tratamento de 12 semanas a um preço exorbitante – 41 mil euros em França e 44 mil euros no Reino Unido -, impedindo assim que muitas pessoas tenham acesso ao medicamento.

A oposição a uma patente é um recurso legal através do qual a sua validade pode ser contestada. Se for bem-sucedida irá incentivar a concorrência de versões genéricas do sofosbuvir a um preço de apenas 101 dólares. Apesar da utilização do sofosbuvir no tratamento da hepatite C representar um enorme avanço terapêutico, a molécula em si, que resulta do trabalho de investigadores públicos e privados, não é suficientemente inovadora para garantir uma patente. Uma vez que existe um abuso por parte da Gilead ao impor preços que não são sustentáveis aos sistemas de saúde, a Médicos do Mundo decidiu apresentar a sua contestação. É a primeira vez na Europa que uma ONG recorre a esta medida para melhorar o acesso dos doentes aos medicamentos.

“Estamos a defender o acesso universal aos cuidados de saúde: a luta contra a desigualdade na saúde envolve a salvaguarda do sistema de saúde baseado na solidariedade”, explica o Dr. Jean-François Corty, Director de Projectos da MdM França, que acrescenta que “mesmo num país “rico” como a França, com um orçamento anual para medicamentos de 27 mil milhões de euros, é difícil suportar este custo e já estamos a assistir a um racionamento arbitrário que exclui os doentes do tratamento”. 

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que existam 130 a 150 milhões de doentes crónicos de hepatite C. Na União Europeia (UE), entre 7,3 a 8,8 milhões de pessoas poderão estar infectadas. Em Portugal, onde o medicamento deverá ter um custo superior a 42 mil euros – 100 mil euros contabilizando todo o tratamento necessário -, estão registados nos hospitais mais de 13 mil doentes com hepatite C, estimando-se no entanto que o número de infectados seja de cerca de cem mil. Anualmente a infecção provoca à volta de mil mortos. 

“A oposição a uma patente é um recurso que já foi utilizado pela sociedade civil na Índia e Brasil para conseguir a revogação de uma patente concedida de forma indevida e a disponibilização de versões genéricas”, explica Olivier Maguet, membro delegado do conselho da MdM para a hepatite C. “Recursos que levaram a uma descida considerável no custo dos tratamentos e ao acesso dos doentes que de outra forma não teriam a oportunidade.”

A Rede Internacional da Médicos do Mundo está envolvida na luta pela promoção do acesso universal do tratamento da hepatite C na Europa e em todo o mundo. Está também a lançar um debate público em França sobre a fixação dos preços dos medicamentos e do seu impacto no sistema de saúde.

Intervenção realizada no Hospital de Santo António
Realizou-se no Hospital de Santo António, no Porto, o primeiro transplante renal em que a dadora e a receptora possuíam um...

A incompatibilidade de grupo sanguíneo era até hoje um dos maiores impeditivo para a realização de um transplante, dado que se assistia à rejeição do órgão. Esse problema pode estar prestes a ser extinto, em Portugal, e Rosário Pinto é o exemplo disso, revela o Notícias ao Minuto.

A gestora de viagens, de 50 anos, sofria de uma patologia renal poliquística, que causa 10% de insuficiências renais. Foi obrigada a retirar um rim e teve que se sujeitar a intensas sessões de hemodialises.

O hospital de Santo António no Porto decidiu no entanto arriscar um procedimento realizado pela primeira vez no Japão na década de 90 e que já foi feito milhares de vezes em todo o mundo, menos em Portugal: realizar um transplante em que a dadora e a receptora têm grupos sanguíneos incompatíveis.

Rosário ainda hesitou mas acabou por avançar e aproveitar esta “janelinha de oportunidades”.

A irmã de Rosário foi a dadora, num processo que se chama Plasmaférese e que consiste em retirar anticorpos anti-B que levariam à rejeição do rim. Durante 10 dias a mulher submeteu-se a este processo para garantir que o seu corpo aceitaria aquele órgão. Precisou de mais 20 dias depois do transplante para garantir que tudo havia corrido bem e, agora, três meses depois, é certo que a operação foi bem-sucedida.

A situação traz um novo alento aos médicos, que acreditam que desta forma se pode contornar o facto de ser muito difícil encontrar dadores compatíveis.

Depois de preço subir 348%
Os doentes com esquizofrenia e bipolares vão deixar de ter acesso a um medicamento injectável usado em casos urgentes, como...

A psiquiatra Inês Cunha, do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, refere que este "é um retrocesso de 30 anos na psiquiatria de urgência". O motivo foi o aumento de preço proposto pelo laboratório, que passaria a embalagem de olanzapina injecção intramuscular de 4,82 para 21,60 euros. O Infarmed garante que existem alternativas e que o mesmo medicamento mantém-se disponível em comprimidos, esclarece o Diário de Notícias. A Lilly Portugal justifica o pedido com os custos de produção e refere que a revisão de preço iria traduzir-se num aumento de encargos para o SNS de 10 mil euros anuais.

"É um medicamento que usamos muito em situações urgentes. É uma injecção intramuscular que não tem genérico. Vamos perder um medicamento precioso que usamos em doentes agitados, seja nas urgências ou em internamento. O mesmo existe em comprimido, mas numa situação de descompensação não é possível dá-los. A injecção intramuscular é a melhor alternativa. Ficar sem ela, é voltar atrás 30 anos na psiquiatria de urgência", diz Inês Cunha.

Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
Um projecto do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, a funcionar desde 2010, preserva a fertilidade a doentes...

Em 2010, foi diagnosticado um linfoma a Marta, de 33 anos, que foi alertada pela sua médica de que o tratamento de quimioterapia e radioterapia lhe poderia pôr em causa a fertilidade, tendo feito uma criopreservação do tecido ovárico.

Quando é diagnosticado um cancro "a uma pessoa, não se pensa em mais nada a não ser em resolvê-lo", sublinhou, contando que quando lhe propuseram a possibilidade de preservar a sua fertilidade a partir do Centro de Preservação da Fertilidade do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) foi "uma porta aberta".

"O facto de nos estarem a propor um futuro, de haver algo mais do que aquele período negro, enche-nos de esperança", contou Marta.

Dois anos depois de ter ultrapassado o cancro, foi contactada pela psicóloga do centro para uma consulta, concluindo-se que o tratamento ao linfoma afectou a sua fertilidade.

"Na altura, não estava sensibilizada nesse sentido", referiu, estando agora a preparar "um reimplante do tecido ovárico".

O Centro de Preservação da Fertilidade do CHUC, a funcionar no Hospital Pediátrico, começou em Outubro de 2010, após a divulgação das recomendações da Sociedade Americana de Oncologia, que apontava para a necessidade da preservação da fertilidade, disse a directora do centro, Ana Almeida Santos.

Ao início, o centro oferecia a criopreservação do tecido ovárico - uma técnica experimental - e a preservação de esperma, sendo que desde Outubro de 2012 disponibiliza também a congelação de ovócitos.

Até ao final de Dezembro, o centro já preservou a fertilidade a 275 doentes oncológicos, 188 homens e 87 mulheres.

A maior parte dos médicos "não falavam deste assunto", apontou a coordenadora de uma equipa multidisciplinar de seis médicos, uma psicóloga, dois embriologistas e uma farmacêutica.

"Idealmente, os doentes têm de vir assim que lhes é diagnosticado o cancro", visto que se deve fazer a preservação antes de o tratamento começar, aclarou, considerando que "no momento em que se trata da doença, também se tem que pensar na vida para além do cancro".

Cláudia Melo, psicóloga do centro, sublinha que no meio da "revolta" e da "incontrolabilidade emocional" do diagnóstico, o facto de os doentes poderem tomar uma decisão, mesmo que optem por não preservar a fertilidade, faz com que "melhore a sua qualidade de vida".

Também na fase de pós-doença, um momento "com níveis de depressão e ansiedade muito elevados", haver "um projecto de parentalidade" leva a "uma melhor adaptação" na sobrevivência, salientou.

No centro, "fala-se do futuro e não de um presente", em que "o médico só dá más notícias", concluiu.

No dia 28 tem lugar uma sessão pública, no Auditório da Reitoria da Universidade de Coimbra, especialmente destinada a médicos, organizada em conjunto com o Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro e a Administração Regional de Saúde do Centro, que pretendem com esta iniciativa lançar um projecto nacional de ampla divulgação da oncofertilidade.

15 de Fevereiro – Dia Europeu do Enfermeiro Perioperatório
A AESOP (Associação dos Enfermeiros de Sala de Operações Portugueses) promove, em colaboração com o Ministério da Educação e o...

Subordinado ao tema “A Representação que as Crianças têm do Enfermeiro de Bloco Operatório”, o concurso insere-se na celebração do Dia Europeu do Enfermeiro Perioperatório, que se assinala no dia 15 de Fevereiro.

Todas escolas que aderiram, receberam a visita de Enfermeiros Perioperatórios, com vista a sensibilizar os alunos para as funções destes enfermeiros especializados e os riscos da sua profissão, desmistificando o ambiente do Bloco Operatório, um local isolado e misterioso.

“Estivemos em escolas do 1º ciclo de Lisboa, Porto, Coimbra, Braga, Leiria, Paços Ferreira, Torres Vedras, Tomar e Trevões, com o propósito de divulgar o que fazemos. Para tal, recriou-se o ambiente de uma Sala de Operações de uma forma muito real, tendo sido proposto às crianças participar num concurso de desenho sobre o Bloco Operatório”, explica Filomena Correia, coordenadora nacional do evento.

No total, foram submetidos a concurso cerca de 2.000 desenhos infantis sobre o Enfermeiro e o Bloco Operatório. A Exposição Nacional realiza-se em Lisboa, na Sala de Conferências do Hospital D. Estefânia.

Júri Nacional:

  • Representante do Ministério da Saúde
  • Representante do Ministério da Educação
  • Mercedes Bilbao – Presidente da AESOP
  • Mafalda Milhões – Artista Plástica
Escola Superior de Enfermagem de Coimbra
A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra iniciou um curso de pesquisa-acção participativa em saúde, que está a ser...

O grupo de formandos é maioritariamente constituído por enfermeiros ligados a projectos que envolvem populações vulneráveis (por exemplo, sem-abrigo) e que procuram saber mais sobre uma abordagem de pesquisa que, entre outros aspectos, se caracteriza por um “processo democrático” e em que os resultados são transferidos para a comunidade de forma imediata.

Como é a participação dos cidadãos na produção de conhecimento? Podem as pessoas melhorar o conhecimento sobre os problemas que mais afectam as populações, em particular aquelas que evidenciam desigualdades no acesso à saúde?

Estas são algumas perguntas de partida para uma formação de quatro dias (termina quinta-feira, dia 12 de fevereiro), que foi desenvolvida pela International Collaboration for Participatory Health Research (ICPHR) e que em Portugal tem a coordenação das professoras da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), Irma da Silva Brito e Maria da Alegria Simões.

“A pesquisa-acção participativa em saúde é uma abordagem que enfatiza a participação dos cidadãos em todos os aspetos do processo de pesquisa, incluindo-o em todas as etapas: desde a identificação de questões de pesquisa até soluções de execução/acção”, afirma a professora Irma Brito, ao notar que “a participação das partes interessadas faz aumentar a sua capacidade de efectuar mudanças nas condições sociais mais amplas que afectam a saúde e bem-estar a longo prazo”.

“Vários estudos salientam a importância da participação e do envolvimento da comunidade nos serviços de saúde, sobretudo para contribuir para a melhoria do acesso, atendimento, cobertura, adesão terapêutica e eficácia”, prossegue a professora da ESEnfC.

Este curso de pesquisa-acção participativa em saúde está a ser oferecido em quatro países na língua local e haverá oportunidades para os participantes dos diferentes países compartilharem as suas experiências numa plataforma de Internet. Além da ESEnfC (Portugal), são organizações participantes a Universidade de Northumbria de Newcastle (Reino Unido), a Universidade Católica de Ciências Aplicadas de Berlim (Alemanha) e a Universidade de Alberta (Canadá).

OMS
A líder da Organização Mundial de Saúde afirmou que os cuidados de saúde universais são um poderoso instrumento para combater a...

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a ausência de um sistema de saúde gratuito empurra anualmente 100 milhões de pessoas para a pobreza, como resultado dos elevados custos pelos serviços necessários.

"A assistência universal na saúde é um dos mais poderosos instrumentos sociais que se podem usar. É a expressão máxima da justiça", afirmou Margaret Chan, directora geral da OMS.

"Os sistemas de saúde não vão automaticamente gravitar em direcção a uma maior igualdade ou evoluir naturalmente no sentido da cobertura universal. Todos estes resultados requerem medidas deliberadas", concluiu.

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