Ministro da saúde
O recurso aos hospitais privados pelos doentes do Serviço Nacional de Saúde foi considerado uma possibilidade "quase nula...

"Quero deixar muito claro que a menção que foi feita à eventual colaboração com privados será numa situação de excepção, que não é o caso", afirmou hoje, em Sintra, o ministro da saúde, acrescentando não prever, "com uma probabilidade sequer razoável", o recurso aos serviços privados.

A possibilidade das urgências privadas tratarem doentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS) em alturas de maior afluência aos hospitais consta num conjunto de medidas previstas num despacho do secretário de Estado Adjunto do ministro da Saúde, Fernando Leal da Costa.

O ministro da saúde admitiu que, apesar da estirpe do vírus da gripe vir a ser semelhante à de há dois anos, também há a possibilidade "de ainda ser pior", o que justifica o planeamento de medidas excepcionais. "Nesse sentido temos de fazer o levantamento para esse cenário extremo, a que tipo de camas podemos recorrer, obviamente em primeiro lugar com os hospitais do sector social, com os quais existem acordos estabelecidos, e depois eventualmente saber que camas podiam estar no sector privado", explicou Paulo Macedo.

A probabilidade de recurso "ao sector privado por causa da gripe é muito baixa", considerou o ministro, frisando que se a gripe provocada por uma estirpe semelhante à de há dois anos "essa probabilidade é quase nula".

Paulo Macedo esclareceu que "foi pedido a cada Administrações Regionais de Saúde (ARS) para que veja na sua área de influencia" que camas podem ser reabertas e, depois, que seja inventariadas a capacidade de resposta em cada região.

Segundo um despacho de Fernando Leal da Costa, de 9 de Janeiro, assinado um dia após uma reunião com as várias entidades com intervenção na resposta à afluência aos serviços de urgência, "todos os hospitais devem ter camas supletivas para internamento".

"As administrações regionais de saúde devem averiguar onde podem estar recursos disponíveis para internamento em caso de necessidade acrescida, elencando todas as capacidades de hospitais e unidades de saúde do sector público, social, privado e militar", lê-se no despacho.

No documento admite-se que "será necessário deslocar os doentes para onde for preciso e impedir acumulação em salas de observação de serviços de urgência". Cabe ainda às ARS fazer "uma avaliação dos serviços de urgência privados e qual tem sido a procura e respectiva capacidade de resposta, para analisar uma eventual participação adicional destes serviços, caso seja necessário".

As ARS devem preparar de imediato a "alteração das regras geográficas da referenciação para serviços de urgência, passando freguesias da área de um hospital para outro com menos afluência", estipulou-se no despacho.

O ministro da saúde recusou que a falta de médicos no SNS se deva às baixas remunerações, notando que "são bem pagos relativamente aos outros portugueses", embora reconheça que têm "uma progressão muito lenta" na carreira. Paulo Macedo falava durante a assinatura de um protocolo com a Câmara de Sintra para a construção de quatro centros de saúde no concelho, em Algueirão-Mem Martins, Queluz, Almargem do Bispo e Agualva.

"Os centros de saúde vão começar a ser construídos este ano e deverão abrir em 2016", apontou, por seu lado, o presidente da autarquia, Basílio Horta, um investimento total de 7,9 milhões de euros, dos quais cerca de 2,4 milhões de euros do município que também cede os terrenos.

Investigadores criam
Investigadores de diferentes áreas criaram o Observatório para as Condições de Vida com o objectivo de analisar como vivem as...

“A ideia é tentar compreender melhor o que se passa com as populações, a forma como vivem, como se encontra a saúde e a sua qualidade de vida”, disse a investigadora do Observatório para as Condições de Vida (OCV), Ana Rajado.

A investigadora explicou que o projecto agrega investigadores de várias áreas do conhecimento e de diferentes instituições que pretendem estudar as questões relacionadas com o trabalho, saúde, educação, habitação, estado social, segurança social e a dinâmica de populações.

O observatório é apresentado na quinta-feira, em Lisboa, numa sessão pública em que será debatida a “evolução das condições de vida das populações e saúde”, uma área que os peritos consideram “urgente trabalhar e compreender melhor, sublinhou.

Isabel do Carmo, endocrinologista e uma das fundadoras do projecto, acrescentou que, “antes de tudo, é necessário considerar que a saúde não depende só dos cuidados de saúde”.

“Depende das condições em que as pessoas vivem e a verdade é que nos últimos três anos, vai para quatro, as condições de saúde das populações têm-se degradado”, disse Isabel do Carmo.

A “prova disso” é o facto de um quarto da população viver abaixo do limiar da pobreza, uma situação que levou à degradação das “condições de habitação, de alimentação e também, infelizmente, de acesso aos cuidados de saúde”. A especialista explicou que observatório pretende “aplicar uma análise científica à situação actual” da população, dando resposta às hipóteses que se vão colocando nas várias áreas.

“Eu posso pôr a hipótese que, neste momento, já há pessoas com insuficiência de calorias e com carências a nível de vitaminas e sais minerais, mas tenho de a provar” do ponto de vista científico, explicou.

Também “há hipóteses muito fortes de deterioração das condições de vida e de trabalho das pessoas mas é preciso fazer investigação sobre isso”, sustentou.

Mas também “há situações que já são objectivas”, como o aumento dos casos de pneumonia nos últimos três anos, constatado através de dados e que a própria Sociedade Portuguesa de Pneumologia já apontou como provável causa para esse aumento as condições em que as pessoas vivem.

“É perfeitamente lógico porque as pessoas vivendo em piores condições estão mais fragilizadas em relação às infecções”, disse a endocrinologista, apontando ainda a situação nas urgências hospitalares. “A questão das urgências também não é hipótese porque já se percebeu que houve uma ruptura do Serviço Nacional de Saúde”, frisou.

Ana Rajado adiantou que um dos objectivos do observatório é criar um indicador de bem-estar para “tentar compreender qual é o mínimo necessário para as pessoas viverem com alguma qualidade e, sobretudo, com saúde”. É necessário as pessoas “ter algum nível de bem-estar, que neste momento não existe para a maioria das pessoas”, lamentou.

“Nós queremos que o observatório ajude de alguma forma a clarificar e a informar as pessoas e, eventualmente, ter algum reflexo na melhoria de vida” da população, acrescentou.

Conclusões do primeiro barómetro nacional de saúde oral
O primeiro Barómetro Nacional de Saúde Oral, realizado pela consultora QSP, mostra que os portugueses têm plena confiança no...

Entre os que participaram no barómetro, que tem validade estatística, 93,5% dos inquiridos afirmam estar satisfeitos ou muito satisfeitos com o seu médico dentista.

Entre os que responderam ao barómetro, 63,7% confessa que nunca mudou de médico dentista, sendo os principais factores de fidelização a confiança no médico dentista, a qualidade nos serviços prestados e a habituação.

O bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, Orlando Monteiro da Silva, considera que “as conclusões do barómetro mostram que existe uma relação muito forte entre os médicos dentistas e os doentes. A percentagem de doentes que nunca mudou de médico dentista é muito elevada e prova que a relação humana é mais forte do que a comodidade, conveniência ou luxo das instalações. A confiança é um valor que temos de estimar e estimular a par da qualidade técnica dos nossos profissionais que em Portugal é das mais avançadas do mundo”.

Os atributos que os portugueses mais associam ao seu médico dentista são “confiável”, “prestável”, “paciente” e “cuidadoso”. É ainda de salientar que a maioria, 64,5%, esclarece as suas dúvidas de saúde oral junto do seu médico dentista, em prejuízo de outros meios, como a internet.

Apenas 7,7% diz que mudou ou está a pensar mudar de médico dentista, havendo 21% que só pretende mudar em caso de necessidade.

Só 0,7% diz estar insatisfeito ou muito insatisfeito com o seu médico dentista. O principal motivo de insatisfação é para 64,1% dos inquiridos o preço elevado, seguindo-se, com apenas 12%, o resultado dos tratamentos.

Uma maioria de portugueses, 63,9%, afirma que tomou conhecimento do seu médico dentista por recomendação de amigos, familiares ou conhecidos. 14,5% revela que viu a clínica ou o consultório na rua e entrou, e 7% tomou conhecimento do seu actual médico dentista através da publicidade tradicional. Nenhum dos inquiridos mencionou as redes sociais, embora 4,2% tenha escolhido o seu médico dentista através da internet e apenas 0,1% referiu a recomendação por outro médico.

O barómetro conclui também que 97,8% dos portugueses valorizam mais o profissional médico dentista do que a clínica ou consultório.

A Higiene e limpeza (78,4%) são os factores mais relevantes para os inquiridos, seguindo-se os preços praticados (77,1%), os resultados dos tratamentos (76,7%), a confiança no médico dentista (74,7%), equipamentos modernos (72,2%) e meios complementares de diagnóstico (70,2%).

Sempre que vão ao médico dentista 88% dos inquiridos reconhecem que lhes é explicado tudo o que vai ser feito e uma percentagem quase idêntica afirma que compreende tudo o que o seu médico dentista lhe transmite nas consultas. Apenas 26% diz ter medo de ir ao dentista.

Ir ao dentista regularmente é importante para a saúde oral e para a saúde em geral para mais de 90% dos inquiridos. O pagamento da consulta é feito no ato por 81,3% dos portugueses, havendo 8,3% que utilizam um subsistema de saúde e 4,3% têm seguro ou plano de saúde. Apenas 10,2% dos portugueses recorrem ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) quando precisam de serviços de saúde oral e 51,5% considera que não existem cuidados de saúde oral no SNS.

Entre os que responderam ao barómetro, 20,9% diminuiu o número de visitas ao médico dentista no último ano e a questão monetária é o principal motivo evocado para não ir ao dentista. Há 8,3% de portugueses que nunca foram a uma consulta de medicina dentária.

Resumo da Ficha Técnica: Foram realizadas 1102 entrevistas presenciais. A amostra foi construída através do método de amostra estratificada proporcional, para as variáveis género e idade e desproporcional para a variável região, segundo dados do INE. A margem de erro teórica é de 2,95% para um intervalo de confiança de 95%.

Prevalência aumenta com a idade
A disfunção erétil pode surgir em qualquer idade, embora a prevalência aumente com a idade.
Disfunção eréctil

A disfunção erétil (DE) é a incapacidade persistente para obter ou manter uma ereção peniana que permita a um homem ter relações sexuais satisfatórias. Significa o mesmo que “impotência sexual”, embora este termo seja pouco utilizado pela comunidade científica, exceto quando descreve um grau extremo de disfunção erétil. Nada tem a ver com outros problemas sexuais masculinos, como a falta de desejo sexual, as alterações da sensação de prazer (orgasmo) ou os problemas de emissão de esperma (ejaculação).

Quando se fala de DE, pode-se estar a falar de uma incapacidade total para conseguir uma ereção, de uma incapacidade parcial ou de só ter ereções de curta duração, mas todas estas situações são disfunções. Precisamente por existirem tão grandes variações, é difícil calcular a verdadeira prevalência da disfunção erétil.

Apesar de ser uma disfunção benigna, a disfunção erétil pode afetar a saúde física e psicossocial e ter um impacto significativo na qualidade de vida dos homens que sofrem desta condição e das suas parceiras.

Estudos demonstram que a disfunção erétil pode ser uma manifestação precoce de doença vascular periférica ou de doença coronária, pelo que deve ser encarada não só como uma questão de qualidade de vida mas também como um aviso potencial de doença cardiovascular.

Estudo epidemiológico Episex-pt
Em 2006, a Sociedade Portuguesa de Andrologia revelou os resultados de um ambicioso estudo epidemiológico sobre as disfunções sexuais em Portugal. O estudo, denominado Episex-pt (Vendeira, Pereira et al., 2006), foi efetuado por aplicação direta de um questionário, onde foram analisados os dados referentes a 1250 homens e 1250 mulheres, com idades compreendidas entre 18 e 75 anos, inquiridos em Portugal Continental entre Março e Dezembro de 2004. A amostra foi estratificada por região do país e grupo etário.

O Episex-pt revelou que 12.9% dos homens (cerca de 460 mil indivíduos) referiam problemas de ereção.

O estudo comprovou que a disfunção aumenta de prevalência com a idade: acima de 40 anos 17.6% dos homens referiram algum grau de disfunção erétil, sendo de 23.4% a prevalência nos homens com mais de mais de 50 anos.

Um levantamento levado a cabo pela Sociedade Portuguesa de Andrologia em 2004 avaliou em apenas cerca de 10 mil o número de consultas anualmente realizadas em todo o País. Ou seja, recorreram a consultas especializadas menos de 5.6% dos homens que se estima terem problemas eréteis...

Existindo uma DE, e ao contrário do que muitos pensam, esta pode ser tratada quase sempre, independentemente do grupo etário e, até, da etiologia. O reconhecimento dessa realidade é cada vez maior. Na verdade, e apesar da baixa procura de ajuda especializada, são cada vez mais os homens que, tratados, conseguem recuperar a sua capacidade erétil, graças aos cada vez mais eficazes tratamentos existentes.

O que é que pode causar uma disfunção erétil?
A função erétil requer uma sequência de acontecimentos, o que significa que a disfunção erétil pode surgir sempre que houver interrupção ou perturbação de qualquer deles. Vimos que é a nível cerebral que os estímulos sensoriais passam a integrar os afetos, as memórias, os conhecimentos e as fantasias. É exatamente nesta fase do processo sequencial que qualquer dificuldade ou perturbação na integração de qualquer um dos fatores referidos, determinará uma causa psicológica de DE. Por exemplo, uma desastrosa prévia experiência sexual, registada no hipocampo, pode perturbar o estímulo sensorial, diminuindo a sua atividade.

Cerca de 10 a 20% dos casos de disfunção erétil devem-se exclusivamente a fatores psicológicos. Entre eles encontram-se a ansiedade, a depressão, a falta de autoestima, o sentido de culpa, o medo de falhar. Mas a maior parte dos fatores psicológicos existe em associação com as causas orgânicas ou, melhor dizendo, surge como reação secundária às causas físicas. Esse grupo pode atingir 80% das situações.

As causas físicas são principalmente de dois tipos: neurológicas, como por exemplo os casos de interrupção da condução nervosa periférica por cirurgias radicais de remoção do reto, da próstata e da bexiga, ou vasculares, quando a circulação sanguínea do pénis está perturbada.

A causa mais frequente de disfunção erétil é precisamente a insuficiência arterial, que é responsável por cerca de 60-70% das causas orgânicas de disfunção. Uma série de doenças crónicas - aterosclerose, hipertensão, diabetes, alcoolismo, tabagismo - provoca alterações da parede dos vasos sanguíneos, obstruindo o seu interior ou diminuindo a elasticidade da sua parede. Isso pode determinar uma diminuição do aporte sanguíneo.

Menos frequente é a insuficiência venosa, que acontece em cerca de 20% dos casos orgânicos de disfunção erétil e pode dever-se a malformação congénita ou a lesões tardias. Quando a anomalia venosa é congénita as queixas são muito precoces, frequentemente desde a adolescência. Se são lesões tardias geralmente encontramos uma história de diabetes, excesso de tabaco, doença de Peyronie ou, simplesmente, não encontramos qualquer explicação.

As causas endocrinológicas, não considerando a diabetes, são responsáveis por apenas cerca de 5% das disfunções. As situações mais relevantes são devidas a problemas da hipófise, do testículo, da tiroideia ou simplesmente devidas a alterações intrínsecas do envelhecimento que se repercutem no sistema hormonal.

Outra causa muito frequente de disfunção erétil é a tóxica e a medicamentosa. Pode estar presente em cerca de 25% das perturbações erécteis. Para além das drogas ilícitas, onde dominam a cocaína, a heroína e o ecstasy, encontram-se os anti-hipertensores, os anti-histamínicos, os antidepressivos, os supressores do apetite e os anti-ulcerosos pépticos.

Como se diagnostica a disfunção erétil?
Para determinar o tipo e grau de DE é muito importante conhecer a história do doente, realizar exames físicos e laboratoriais, estabelecer uma avaliação psicológica e endocrinológica e, caso necessário, realizar testes mais específicos.

A história do doente, a começar pela caracterização sumária do envolvimento social, inquirindo a idade, as habilitações literárias e profissionais, estado civil, idade da mulher, número de filhos, onde habita, com quem vive, o modo como vive é muito importante. Depois, interessa caracterizar os antecedentes de doença.

Como se trata a disfunção erétil?
Uma regra básica da terapêutica da DE impõe que se tentem sempre medidas menos invasivas antes de se avançarem para medidas mais invasivas. Assim, a terapêutica da DE pode ser classificada em três níveis, baseados não só na agressividade da terapêutica, mas também em critérios práticos de quem deve prescrevê-la e executá-la.

As chamadas terapêuticas de primeira linha são aquelas que podem ser prescritas por qualquer médico, desde que bem conhecedor da DE e dos tratamentos que prescreve.

As terapêuticas de segunda linha, reservadas para situações mais graves ou que não melhoraram com as terapêuticas de primeira linha, estão vocacionadas para serem prescritas e/ou administradas por sexólogos e andrologistas.

A terceira e última linha terapêutica, para situações ainda mais graves, é exclusivamente constituída por técnicas cirúrgicas.

Nuno Monteiro Pereira in Revisitar as Disfunções Sexuais Masculinas

Este texto foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Ébola:
O método da Organização Mundial de Saúde de apresentação dos casos de Ébola, em balanços acumulativos, foi criticado em Davos...

“É inútil dizer que há tantos casos confirmados e mortes desde o início da epidemia, o que é preciso é saber quantos casos por semana, é o único método para compreender a evolução da doença”, declarou Hans Rosling, professor de saúde pública na Suécia.

Rosling trabalha sobre o Ébola com o Ministério da Saúde da Libéria, um dos três países mais afectados pelo vírus, juntamente com a Serra Leoa e com a Guiné-Conacri.

“Desde 1 de Janeiro de 2015, contamos cerca de um caso de Ébola confirmado por dia” na região, adiantou, comparando com Agosto quando se registavam 20 casos por dia.

O professor sueco chamou ainda a atenção para a necessidade de enviar especialistas em doenças epidémicas para a região.

“Enviar pessoas sem experiência para o terreno não é útil”, disse.

O coordenador da ONU para a luta contra a epidemia, David Nabarro, indicou no mesmo debate que a região precisava “de seis dezenas de especialistas em coordenação, africanos”, para optimizar todos os programas de ajuda em curso.

 

Banco Mundial reduziu estimativa de prejuízo económico da epidemia

O Banco Mundial (BM) reduziu a sua estimativa do prejuízo económico da epidemia de Ébola, mas alertou que os três países africanos mais afectados ainda terão de suportar um custo elevado.

Num relatório divulgado na terça-feira, o BM indicou que a epidemia custará este ano 6,2 mil milhões de dólares (5,3 mil milhões de euros) aos países da África subsaariana, quando numa estimativa divulgada em Outubro referia o valor de 25 mil milhões de dólares (21,5 mil milhões de euros).

“A eventualidade de uma propagação além dos três países afectados e o seu custo económico são agora muito mais baixos do que o que se temia graças às acções intensivas dos países e da comunidade internacional”, disse a instituição.

“Atingidos em cheio” pelo vírus do Ébola, a Guiné-Conacri, a Serra Leoa e a Libéria vão continuar a pagar este ano um pesado custo, calculado no total pelo BM em 1,6 mil milhões de dólares (1,3 mil milhões de euros).

De acordo com o relatório, a Serra Leoa será o país mais afectado economicamente, com um custo de 920 milhões de dólares (794,7 milhões de euros), seguido da Guiné-Conacri (540 milhões de dólares ou 466 milhões de euros) e da Libéria (180 milhões de dólares ou 155 milhões de euros).

Como em 2014, a epidemia da febre hemorrágica deve igualmente amputar as perspectivas de crescimento dos três países. Para a Serra Leoa, é esperada para este ano uma recessão de 3%, quando antes do início da crise estava previsto um crescimento de 8,9%. A Guiné-Conacri deve ter uma recessão menor (-0,2%), enquanto a Libéria poderá crescer 3%, segundo o BM.

“Até atingirmos o objectivo de zero casos de Ébola, o risco de um grave impacto económico para os três países continua inaceitavelmente alto”, considerou o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, citado num comunicado.

A epidemia de Ébola, que causou perto de 8.500 mortos desde há um ano, a grande maioria na África Ocidental, parece registar um ligeiro declínio, revelou recentemente a Organização Mundial de Saúde.

No Porto
Especialistas mundiais reúnem-se no sábado no Porto para debater os avanços terapêuticos na síndrome de Morquio tipo A, uma...

Elisa Leão Teles, coordenadora do encontro e directora da Unidade de Doenças Metabólicas do Centro Hospitalar de S. João, Porto, disse que a nova e única terapêutica foi aprovada a nível europeu pela Agência Europeia do Medicamento em Abril de 2014, mas em Portugal o processo de disponibilização com reembolso está em curso, aguardando parecer do Infarmed.

“Esta terapêutica é de administração exclusivamente hospitalar, semanalmente, por via endovenosa, em regime de hospital de dia. Tal como outras terapêuticas lisossomais, tem um custo muito elevado, com reembolso total”, acrescentou.

Elisa Teles explicou que a síndrome de morquio é “uma doença hereditária do metabolismo, extremamente rara, crónica, progressiva, debilitante e com morbilidade e mortalidade aumentada”. Normalmente é diagnosticada no início da infância, sendo cada indivíduo afectado de forma distinta e com taxas variadas de progressão da doença e envolvimento dos órgãos.

A síndrome pode resultar em complicações músculo-esqueléticas levando a uma estatura baixa, bem como problemas potencialmente graves a nível cardíaco, pulmonar, sistema nervoso, olhos, ouvidos, nariz e garganta, fígado e dentes. A nível cognitivo, as capacidades dos doentes são normais.

“Chegamos finalmente a outra possibilidade de terapia, que é a terapia enzimática de substituição, isto é colocar no organismo do doente a enzima que lhe falta melhorando-lhe a resistência e a capacidade de marcha”, explicou a especialista.

Até há cerca de um ano, além das correcções cirúrgicas, havia apenas um tratamento sintomático para estes doentes, tentando abreviar a sintomatologia, nomeadamente a dor óssea e articular, que é uma característica destes doentes.

“É um passo grande”, considerou, referindo que aquilo que se pretende no encontro de sábado, na Fundação de Serralves, é “reunir os peritos internacionais com os peritos nacionais, alertar e orientar relativamente ao diagnóstico e à monitorização e tratamento do doente”. A coordenadora da reunião salientou que estes doentes quando diagnosticados devem ser dirigidos para unidades de doenças metabólicas, com equipas multidisciplinares alargadas.

Um novo bloco ou uma deslocalização dos serviços
O ministro da Saúde, Paulo Macedo, comprometeu-se com a ampliação das urgências do Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra),...

Paulo Macedo falava durante a assinatura de um protocolo para a construção de quatro centros de saúde no concelho de Sintra, adiantando que "o hospital de Amadora-Sintra é um excelente hospital em termos técnicos", admitindo, no entanto, que os serviços de urgência têm dificuldades em dar resposta.

"Aquela urgência, tal como está a funcionar, precisa claramente de uma ampliação. Esse projecto foi pedido pela Administração Regional de Saúde (ARS) ao conselho de administração", revelou o ministro da Saúde, acrescentando que a solução passará por "um edifício novo ou uma deslocalização" da urgência, para outra zona da unidade.

O governante reconheceu que, independentemente de problemas de recursos humanos pontuais, a urgência do Amadora-Sintra, "como está planeada há mais de uma década, só dá resposta com macas, fora dos sítios onde elas devam estar".

A autarquia de Sintra assinou com a ARS de Lisboa e Vale do Tejo um protocolo para a instalação de quatro unidades de saúde no município, em Algueirão-Mem Martins, Queluz, Almargem do Bispo e Agualva. A câmara de Sintra, presidida por Basílio Horta e a ARS comprometem-se a promover uma parceria na qual o município cede gratuitamente, em regime de direito de superfície, o espaço para a instalação de uma Unidade de Saúde em Algueirão-Mem-Martins, nos terrenos da antiga fábrica da Messa.

Esta nova unidade vai substituir a Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados Algueirão, a Unidade de Saúde Familiar Natividade (Ouressa), a Unidade de Saúde Pública Sintra, a Unidade de Cuidados na Comunidade Cruzeiro e o Espaço Jovem.

A futura unidade de saúde de Queluz será instalada na antiga Escola Básica D. Fernando II, em substituição da Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados Lusíadas.

A nova unidade de saúde projectada para Almargem do Bispo irá substituir a Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados - pólos de Almargem do Bispo, Sabugo, D. Maria e Negrais.

A unidade de saúde em Agualva vai substituir a Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados Agualva, tal como as restantes em terreno cedido pelo município, mas a sua concretização fica adiada para 2016.

Paulo Macedo garantiu ao presidente da Câmara de Sintra que "não haverá qualquer fecho de centro de saúde sem plano de substituição".

Através de contrato-programa, a assinar posteriormente, a ARS compromete-se a financiar "até ao limite de 70%" do valor de cada uma das empreitadas para instalação das unidades de saúde, com excepção da unidade de Agualva, assegurando o município "o pagamento do valor remanescente", ou seja, os restantes 30%.

A autarquia, em comunicado, adiantou que o investimento "ronda os 7,9 milhões de euros, nos quais a câmara participa com cerca de 2,4 milhões de euros, a que acresce a cedência dos terrenos".

"Os centros de saúde vão começar a ser construídos este ano e deverão abrir em 2016", apontou o presidente da autarquia, Basílio Horta, assegurando que a unidade de Agualva não será esquecida e também vai ser construída com apoio municipal.

Elementos da Comissão de Utentes da Saúde de Sintra manifestaram-se em frente ao Palácio Valenças, onde decorreu a assinatura do protocolo, empunhando cartazes onde se lia "Por um hospital público em Sintra" e "Sintra, 160 mil utentes sem médico".

Assinala-se a 15 de Fevereiro
Duas equipas de enfermeiros perioperatórios do Hospital de Santo André, unidade de Leiria do Centro Hospitalar de Leiria,...

As sessões de informação decorreram de 7 a 9 de Janeiro, e deram a conhecer as funções de cada um dos enfermeiros em ambiente cirúrgico, no âmbito do Dia Europeu do Enfermeiro Perioperatório, que se assinala a 15 de Fevereiro.

Os profissionais de enfermagem recriaram uma sala de operações onde simularam uma intervenção cirúrgica à apendicite do João, um menino imaginário de cinco anos. Numa dinâmica de vinte minutos foi possível compreender na prática as funções do cirurgião, do anestesista, dos enfermeiros (de anestesia, circulante e instrumentista) e do assistente operacional, para um procedimento seguro e de qualidade.

O objectivo desta dinâmica foi dar visibilidade à enfermagem perioperatória, com a promoção do conhecimento e informação, através da proximidade dos cidadãos mais pequenos com o ambiente cirúrgico, mostrando às crianças a importância e a missão dos enfermeiros perioperatórios numa sala de operações, ainda que a fingir, na medida em que asseguram a qualidade e segurança do doente durante todo o procedimento cirúrgico, e fomentam a humanização dos cuidados, com o esclarecimento de dúvidas e a amenização dos medos.

Para assinalar o Dia Europeu do Enfermeiro Perioperatório, a Associação dos Enfermeiros de Sala de Operações Portugueses (AESOP) promove um concurso nacional de desenho dirigido às crianças, subordinado ao tema “A representação que as crianças têm do Enfermeiro de Bloco Operatório”.

Em Leiria, esta iniciativa está a ser desenvolvida em parceria com o Centro Hospitalar de Leiria (CHL), que desafiou os alunos das oito escolas visitadas a participar.

Todos os desenhos serão expostos no centro comercial Leiriashopping, entre os dias 15 e 21 de Fevereiro, e será atribuído um prémio regional para os três melhores desenhos e um prémio para os três trabalhos que se destacarem a nível nacional.

O enfermeiro perioperatório avalia a necessidade dos cuidados, executa-os, previne complicações e zela pela segurança e conforto dos doentes no período perioperatório. A sua missão é cuidar da pessoa, tendo em conta a sua individualidade e vulnerabilidade, antes, durante e após a cirurgia.

Ordem dos Enfermeiros/Norte favorável
O presidente da secção regional do Norte da Ordem dos Enfermeiros, Jorge Cadete, manifestou-se favorável à parceria com o poder...

“É uma boa medida mas, tal como dizem os autarcas, tem de ser acompanhada do devido financiamento. Esse acompanhamento tem de ser previsto de forma a tornar sustentável esta passagem de competências”, disse.

Segundo um documento do Governo sobre as competências a descentralizar na área da saúde, os municípios podem participar na "definição dos períodos de funcionamento e cobertura assistencial, incluindo o alargamento dos horários de funcionamento das unidades funcionais dos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES)".

A delegação de competências nos municípios será desenvolvida através de "contratos inter administrativos" nas áreas da educação, saúde, segurança social e cultura, mas segundo o ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro, médicos e enfermeiros, à semelhança de professores, não serão abrangidos pelo novo regime.

No regime de delegação de competências nos municípios e entidades municipais aprovado na quinta-feira em Conselho de Ministros está previsto o alargamento do horário dos centros de saúde, em função das necessidades locais.

Para Jorge Cadete, “se houver uma maior proximidade em termos vigilância e protecção da saúde evitam-se muitos agravamentos do estado de saúde e evitam-se muitas idas às urgências”.

“Se o cidadão apresenta problemas ao nível de respostas de saúde, o autarca está, melhor do que ninguém, posicionado para encontrar as melhores soluções e se essas soluções forem encontradas numa estratégia de melhor parceria com as organizações de saúde é uma mais-valia”, considerou.

Contudo, frisou, “não vale só descentralizar, é necessário que esta devolução de competências seja devidamente suportada financeiramente. Quem tem a ganhar é o cidadão”.

Nos recursos humanos da saúde, os municípios poderão assumir o "recrutamento, gestão, alocação, formação e a avaliação do desempenho" de técnicos superiores, técnicos superiores de saúde, técnicos de diagnóstico e terapêutica e assistentes técnicos e assistentes operacionais, segundo o documento.

Além da articulação com os ACES na adaptação ou alargamento do horário dos centros de saúde, "em função das necessidades locais", respeitando os períodos mínimos previstos na lei, os municípios devem promover "intervenções de apoio domiciliário" e de "apoio social a dependentes".

O presidente da Secção Regional do Norte da Ordem dos Enfermeiros defendeu também um maior investimento na rede de cuidados continuados como uma das medidas para resolver a situação nas urgências.

Para Jorge Cadete, grande parte dos problemas surgem porque não existem camas para internar os doentes que necessitam de maiores cuidados, mas considerou que “o recurso aos privados deve ser analisado com cuidado”.

“Teria de haver estratégias e planos de contingência para que quando houvesse este aglomerado de doentes pudesse haver abertura de camas. Reforçar a rede de cuidados continuados seria uma resposta”, disse.

O primeiro no norte do país
O primeiro centro de actividades ocupacionais do norte do país destinado a jovens com o Síndrome de Asperger vai começar a...

Segundo a Associação Portuguesa de Síndrome de Asperger (APSA), o novo espaço localiza-se na freguesia de Valpedre e está equipado para proporcionar actividades a jovens autistas de elevada funcionalidade. "Estamos muito contentes com o espaço e reconhecidos à câmara de Penafiel", disse António Sousa Vieira, director da delegação Norte daquela associação. E acrescentou: "Quero agradecer ao Município de Penafiel pela cedência deste espaço e pela contribuição necessária à sua remodelação. Desde o primeiro momento acarinhou este projecto e contribuiu para a sua concretização, reforçando esta mais-valia para a região".

O equipamento vai começar a funcionar com três utentes, mas a expectativa da associação é que até ao final do ano se possa chegar aos 12. A dificuldade actual, explicou, é que ainda não foi possível fazer protocolos com a Segurança Social, o que onera o custo do serviço. Quando tal acontecer, previu, aumentará rapidamente o número de utentes.

O centro de actividades pode acolher até 20 jovens, mas essa capacidade revelar-se-á insuficiente para as necessidades da região norte. Por isso, assinalou o dirigente, são necessários mais equipamentos no norte, incluindo na região do Porto.

A Síndrome de Asperger é uma perturbação neuro-comportamental de base genética e pode ser definida como uma perturbação do desenvolvimento que se manifesta por alterações sobretudo na interacção social, na comunicação e no comportamento.

Calcula-se que em Portugal existam cerca de 40 mil portadores de Síndrome de Asperger, afectando maioritariamente os rapazes.

O centro de actividades ocupacionais de Valpedre tem uma ocupação máxima de 20 utentes, jovens e adultos, com idades superiores a 18 anos. Treino de competências pessoais e profissionais, informática, artes plásticas, natação, agricultura e jardinagem e saídas de grupo são algumas das actividades previstas para aquele equipamento.

Para Antonino de Sousa, presidente da Câmara de Penafiel, o centro constitui "um desafio que marca pela diferença e demonstra a cidadania da nossa região".

"Mostramos, mais uma vez, que em Penafiel vemos a inclusão social como uma das grandes prioridades", assinalou.

Protocolo de cooperação
Cerca de 73 mil embalagens de uma lista de 236 medicamentos deverão ser doadas ao longo deste ano a São Tomé e Príncipe, na...

A ideia do protocolo surgiu em Dezembro, após a tomada de posse do novo Governo são-tomense, que solicitou a Portugal, através do Infarmed, "apoio para viabilizar uma doação de medicamentos destinados ao Hospital Central Dr. Aires de Menezes", em São Tomé e Príncipe, disse fonte da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde.

De acordo com a mesma fonte, "a doação em apreço respeita apenas a medicamentos a doar pela indústria farmacêutica", mas "o Ministério da Saúde de São Tomé e Príncipe anexou uma lista de outros materiais hospitalares que, porventura, podem fazer parte do portfolio de algum dos laboratórios doadores".

Em termos de medicamentos, as necessidades, para um ano, são de cerca de 73 mil embalagens de uma lista de 236 medicamentos, "às quais a indústria farmacêutica nacional procurará responder", adiantou o Infarmed, acrescentando que "os doadores prevêem enviar um primeiro contentor para São Tomé e Príncipe no final de Fevereiro".

O transporte marítimo para o país, bem como o desalfandegamento e distribuição de medicamentos vão ficar a cargo do Ministério da Saúde de São Tomé e Príncipe, sendo o principal ponto de armazenamento e distribuição o Hospital Central Dr. Aires de Menezes, de onde os medicamentos devem partir para suprir carências detectadas nos hospitais públicos do país.

O protocolo de cooperação, assinado no passado dia 15, envolveu o Embaixador de São Tomé e Príncipe em Portugal, Luís Guilherme de Oliveira Viegas, em representação do Governo do seu país, o Infarmed, a Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma), a Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos (Apogen) e a empresa de distribuição de medicamentos Grupo Rangel.

Assegurar as urgências
O Ministério da Saúde pediu aos hospitais que apenas autorizem férias a médicos e enfermeiros no período do Carnaval após...

Após o caos gerado no período natalício pela falta de pessoal nas urgências hospitalares, a tutela pretende evitar que o cenário se repita no Carnaval.

O Ministério receia que o afluxo de doentes seja elevado devido à gripe e, como tal, solicitou às Administrações Regionais de Saúde (ARS) que assegure que as escalas dos serviços de urgência estejam asseguradas antes de serem concedidos dias de férias ao pessoal médico e de enfermagem.

Empresa garante
A empresa que detém a marca de preservativos com produtos contrafeitos, detectados na Polónia, esclareceu hoje que não existem...

“Os produtos contrafeitos que entraram ilegalmente no mercado polaco são cópias das embalagens Durex polacas (escritas em polaco). Nenhum dos lotes detectados na Polónia como produto contrafeito foi colocado no mercado Português. Além disso, os invólucros dos preservativos Durex genuínos, apresentam, além do número de lote e prazo de validade, a marcação CE ‘CE 0120’- omissa no produto contrafeito”, lê-se num comunicado da RB, a empresa que detém a marca de preservativos em causa.

A autoridade que regula o sector do medicamento (Infarmed) alertou para a existência de preservativos contrafeitos de uma marca e modelos comercializados em Portugal.

Numa circular informativa, o Infarmed informa que “a autoridade competente da Polónia detectou a existência de preservativos da marca Durex contrafeitos”.

Em causa estão lotes dos modelos Durex, Durex Extra Safe, Durex Classic e Durex Pleasuremax.

Em Portugal são vendidos os modelos Durex Extra Safe e Durex Pleasuremax, os quais são comercializados com as designações Durex Extra Seguro e Durex Dame Placer, respectivamente.

Ainda que garanta que os lotes com defeito detectados na Polónia não estão à venda em Portugal, a empresa pede atenção aos consumidores.

“Apesar de nenhum dos lotes detectados na Polónia como produto contrafeito ter sido colocado no mercado Português, caso encontre alguma embalagem ou lote contrafeito, aconselhamos que [a] devolva [ao] estabelecimento onde foi adquirido, para que possa ser recolhido e destruído”, lê-se no comunicado.

A empresa, que aconselha “à denúncia e devolução de qualquer produto contrafeito”, criou uma linha de apoio aos consumidores, “com profissionais especializados disponíveis para esclarecer todas as dúvidas”, com o número 800 203 300.

Em Coimbra
Uma investigação desenvolvida no Centro de Neurociências e Biologia Celular e na Faculdade de Medicina de Coimbra “abre portas...

Uma equipa de investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) e da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) descobriu que “as células do sistema imunitário T CD8”, produzidas pelo Timo (“órgão linfóide situado junto ao coração”) para defender o organismo de infecções, “estão alteradas na artrite reumatóide”, afirma a Universidade de Coimbra (UC), numa nota divulgada.

Essas células são “responsáveis pela manutenção da doença, quer ao nível sanguíneo quer ao nível das articulações”.

Nesta doença crónica, as T CD8 “perdem a tolerância imunológica e destroem as células erradas, ou seja, matam as células boas da articulação”, revela a investigação.

O estudo foi realizado primeiro em modelos animais e posteriormente em humanos, designadamente em “96 doentes com artrite reumatóide, seguidos no Serviço de Reumatologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC)”, sob direcção do catedrático da FMUC José António Pereira da Silva.

A equipa de investigadores verificou ainda, nas experiências com modelos ratinhos, que, retirando as T CD8 do sistema, os animais “apresentavam melhorias muito significativas”.

Estes resultados “abrem portas para o desenvolvimento de novos alvos terapêuticos com o foco nestas células que estão a matar as células erradas porque perderam a capacidade de distinguir o que é estranho daquilo que faz parte do organismo”, sustenta Helena Carvalheiro, primeira autora do artigo científico feito a este propósito e já publicado no Arthritis & Rheumatology, “jornal internacional de referência da área”.

A artrite reumatóide provoca a “destruição das articulações e invalidez progressiva” e a procura de novas respostas clínicas “continua a ser um objectivo nuclear, apesar dos notáveis progressos registados já na última década”, sublinha o especialista da FMUC José António Pereira da Silva.

Financiada pela acção Marie-Curie (bolsas atribuídas pela União Europeia) e por um laboratório de indústria farmacêutica, a pesquisa vai agora focar-se em “seleccionar as vias moleculares intracelulares das T CD8, que podem ser modificadas geneticamente” com fins terapêuticos.

“Vamos avaliar como funcionam os sinais dentro destas células, através da análise genética, identificar os que estão alterados e proceder à sua reparação para que todas as peças da máquina voltem a funcionar em favor do doente”, explicita Helena Carvalheiro.

Em três ilhas dos Açores
O Governo dos Açores revelou que as análises laboratoriais confirmaram que há um surto de doença hemorrágica viral entre os...

O surto desta doença nos Açores foi detectado em Dezembro na Graciosa, confirmando-se agora a sua presença em mais três ilhas do arquipélago. As análises foram realizadas pelo Laboratório Regional de Veterinária e pelo CIBIO/Universidade do Porto a amostras de coelhos-bravos mortos recolhidos nas Flores, São Jorge e Terceira, tendo-se confirmado "a presença da nova estirpe da doença hemorrágica viral (DHV) nas populações de coelho-bravo" daquelas três ilhas, segundo um comunicado do executivo regional.

O Governo Regional decidiu, por outro lado, proibir a caça na ilha Terceira, interdição que havia já sido decidida no início do ano para São Jorge e Flores, por causa do número "significativo" de coelhos-bravos encontrados mortos, e na Graciosa, ainda em Dezembro.

Entre 2 e 19 de Janeiro foram recolhidos 2.780 coelhos mortos na ilha das Flores, 1.333 em São Jorge e 80 na Terceira, revela o Governo Regional.

"Os serviços das direcções regionais dos Recursos Florestais e da Agricultura mantêm em curso iniciativas destinadas a informar a população sobre os comportamentos a adoptar para impedir a disseminação do vírus, nomeadamente avisar de imediato os Serviços Florestais dos locais da presença de coelhos mortos, prevenir a disseminação para os coelhos domésticos e promover a desinfecção de calçado, vestuário, ferramentas e interior das viaturas, no caso de contacto com coelhos infectados", diz o governo açoriano.

Segundo a mesma nota, "a implementação destas iniciativas tem permitido uma evolução positiva na contenção dos efeitos do surto da virose hemorrágica detectado em Dezembro de 2014 na ilha Graciosa".

O Governo Regional reitera ainda que esta doença, "apesar de muito contagiosa para os coelhos", não se transmite aos seres humanos ou outras espécies animais. No entanto, a carne dos coelhos afectados não deve ser consumida.

Ordem dos Médicos
O presidente da Secção Regional do Centro da Ordem Médicos, Carlos Cortes, disse que o Ministério da Saúde está “desorientado”...

“Não é aceitável a desorientação e incapacidade do MS de controlar a situação” nas urgências, afirmou, em Coimbra, em declarações à agência Lusa, Carlos Cortes, considerando que “as medidas avulsas”, que a tutela tem vindo a adoptar, “são o reconhecimento irrefutável da falência” da política que tem seguido para o Serviço Nacional de Saúde (SNS).

“Picos de afluência [de doentes] às urgências acontecem todos os anos”, este ano talvez de forma algo mais acentuada, e “vão voltar a acontecer”, mas o Ministério da Saúde (MS) reage com “soluções desconexas e a conta-gotas”, afirma Carlos Cortes.

As urgências privadas podem vir a tratar doentes do SNS em alturas de maior afluência aos hospitais, segundo um conjunto de medidas que inclui a repetição da triagem, quando o tempo de espera for ultrapassado.

As medidas constam de um despacho assinado pelo secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, Fernando Leal da Costa, a 9 de Janeiro, quando já tinham ocorrido três mortes em serviços de urgência. Esse número subiu entretanto para oito.

O facto de o acréscimo de afluência às urgências ser encarado com “surpresa”, no entanto, é “motivo de maior preocupação ainda” para os médicos, sublinhou.

A circunstância de o ministro da Saúde, Paulo Macedo, que é “o alto responsável pela saúde em Portugal, ficar surpreendido” com o aumento de afluência, nesta época do ano, aos serviços de urgências dos hospitais públicos, “deixa-nos preocupados”, frisou Carlos Cortes.

“O Ministério [da Saúde] tem estado a vender a imagem de que está a salvar o SNS, através de respostas mínimas”, afirmou o presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, considerando que a tutela continua a “esquecer-se das respostas” a nível dos cuidados de saúde primários.

“Em vez de transmitir um sentimento de segurança e de confiança às populações”, o Ministério está a promover o “alarmismo”, anunciando “todos os dias medidas novas, avulsas e desconexas”, enquanto “continuam a morrer pessoas à porta das urgências”.

Os médicos têm “insistido na necessidade de valorizar a prestação de cuidados de saúde primários, através dos centros de saúde”, mas a tutela continua a não querer “ouvir os profissionais que estão no terreno”, sustenta Carlos Cortes, concluindo que “a falta de recursos humanos é o maior problema do SNS”.

Sindicato dos Enfermeiros Portugueses
O dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses Celso Silva disse que, nos últimos dias, têm ocorrido casos de &quot...

O enfermeiro e dirigente da direcção regional do Alentejo do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) Celso Silva disse que estes casos têm ocorrido, porque as macas à disposição, no serviço de urgências, por vezes, estão “todas ocupadas”.

“Desde há uns dias, temos uma enorme afluência de utentes às urgências, o que leva a uma demora no atendimento, superior àquilo que é desejável e recomendado", disse Celso Silva, relatando haver casos de "doentes internados em cadeirões".

Segundo o dirigente sindical, a situação deve-se a uma “diminuição de respostas”, por parte da Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA) nos centros de saúde, e à “falta” de profissionais no serviço de urgências do hospital de Portalegre, nomeadamente enfermeiros.

“Nós lamentamos imenso aquilo que se está a passar no serviço de urgências. Nós temos, há muito tempo, alertado a administração da ULSNA e aquilo que sabemos é que não são tomadas medidas para que o problema seja minimizado”, disse.

Celso Silva relatou que os tempos de espera no serviço de urgência no hospital de Portalegre "são, por vezes, ultrapassados", em relação ao que é desejável e recomendado, o que considerou ser “inadmissível”.

“O número de profissionais não permite que o atendimento seja mais célere”, disse.

A Lusa tentou obter esclarecimentos da administração sobre o assunto, mas o porta-voz da ULSNA, Ilídio Pinto Cardoso, informou que os responsáveis não iriam fazer qualquer comentário.

Sobre a falta de cuidados de saúde
O presidente da associação de lares privados de idosos desafiou o Ministério da Saúde e a Ordem dos Enfermeiros a verificarem...

O desafio do presidente da Associação de Apoio Domiciliário, de Lares e Casas de Repouso de Idosos (ALI), João Ferreira de Almeida, surge na sequência de declarações do bastonário da Ordem dos Enfermeiros, Germano Couto, proferidas na segunda-feira, no final de uma visita ao Hospital das Caldas da Rainha, e de afirmações do ministro da Saúde, Paulo Macedo, feitas no início do mês, durante uma visita ao serviço de urgência do Hospital de Guimarães.

Germano Couto defendeu que “o Ministério da Saúde e o Ministério da Solidariedade Social têm de se entender no que respeita aos lares de terceira idade”, sustentando que, “muitas vezes, as mortes acontecem, não por responsabilidade dos hospitais, mas sim porque [os doentes] não tiveram os cuidados necessários a montante”.

O ministro da Saúde também afirmou, no início de Janeiro, que iria trabalhar em conjunto com o Ministério da Saúde e o da Segurança Social, para encontrar soluções mais eficazes para casos de idosos "depositados" nos hospitais e para impedir "assimetrias" nas taxas de vacinação em lares.

Em declarações o presidente da ALI refutou estas declarações, afirmando que “convinha falarem com as estruturas representativas dos lares de idosos”, antes de as fazerem, para analisarem a situação e verificar as soluções que há para estas situações.

“Com a má fama e a antipatia que há com os lares de idosos, os lares estão mesmo à mão para serem os maus da fita. É fácil descarregar para os que estão mesmo a jeito de apanhar por tabela, e sacode-se a água do capote”, sublinhou.

Para o responsável, é preciso distinguir os diferentes tipos de lares: “Nos licenciados privados há cuidados médicos, nos lares sociais se calhar há menos e, nos lares clandestinos, não há mesmo”.

Segundo João Ferreira de Almeida, os lares privados até evitam levar os idosos às urgências: “Todos sabemos bem o mal que passam quando vão às urgências”.

Assegurou ainda que as instituições licenciadas disponibilizam um “médico próprio” aos idosos, “mesmo não sendo obrigatório segundo a regulamentação em vigor”.

Para Serviço Nacional de Saúde
A Administração Central do Sistema de Saúde indicou que este ano foram autorizadas contratações de 22 médicos especialistas e...

Em comunicado, a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) adianta que nos primeiros 20 dias de 2015 foram autorizadas 130 contratações para o SNS, sendo 22 de médicos especialistas e 108 de enfermeiros.

Segundo a ACSS, os 22 médicos especialistas contratados vão ser integrados no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes (quatro), Centro Hospitalar de Leiria (quatro), Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (quatro), Centro Hospitalar Lisboa Ocidental (dois), Hospital Garcia de Orta (dois), Centro Hospitalar do Algarve (dois), Centro Hospitalar Tâmega e Sousa (um), Unidade Local de Saúde (ULS) do Baixo Alentejo (um) e ULS de Castelo Branco (um).

A ACSS destaca ainda que 55 enfermeiros contratados vão desempenhar funções no Centro Hospitalar de Lisboa Central e sete no Hospital Fernando da Fonseca.

Governo garante
O secretário de Estado da Saúde negou que o país viva um “período de emergência ou caos generalizado” devido à gripe e pediu...

Leal da Costa, que falava numa conferência de imprensa sobre o surto de gripe deste ano, disse que este “nem era o maior” de que há registo, lembrando que um dos maiores ocorreu em 1999 e que nem por isso se pode atribuir responsabilidade a António Guterres, primeiro-ministro na altura.

O secretário de Estado disse estar farto “de inverdades sistemáticas de que há menores probabilidades de se sobreviver ao inverno por causa dos cortes no Serviço Nacional de Saúde”.

“Como também não é verdade que as mortes nas urgências estejam relacionadas com atrasos nos atendimentos”, acrescentando que todos os anos morrem nos serviços de urgência hospitalares 10 mil portugueses.

O secretário de Estado falava numa conferência de imprensa conjunta com o director-geral de Saúde, Francisco George, e o presidente do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, Fernando Almeida.

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