Investigadores descobrem
O vírus do Ébola evolui mais lentamente do que outros, como o da gripe ou da sida, "e não o contrário, como se disse"...

"A principal característica dos vírus aéreos é a sua tendência para evoluir depressa, mas o do Ébola, felizmente, não se comporta da mesma forma", revelou Etienne Simon-Loriere, investigador do Instituto Pasteur, em entrevista telefónica à agência Efe.

De acordo com o perito, o seu centro de investigação continua a trabalhar sobre as potenciais mutações da estirpe proveniente da Serra Leoa, sendo fundamental manter o vírus permanentemente vigiado para se ficar ao corrente de eventuais mutações.

O investigador considerou "muito interessante" o fenómeno dos doentes expostos ao vírus do Ébola que não apresentam sintomas.

"Trata-se de algo comum e sucede com muitas doenças face a pessoas com um sistema imunitário extraordinário. Infelizmente, não podemos garantir que os portadores assintomáticos não contagiem outras pessoas", alertou.

No que se refere ao trabalho desenvolvido para conseguir uma vacina contra a doença, Etienne Simon-Loriere revelou que o Instituto Pasteur está actualmente a trabalhar em duas.

"A primeira das vacinas, que está na segunda fase de desenvolvimento, é uma variante da vacina do sarampo", mas "não é possível" avançar com uma data sobre quando estará pronta, declarou o investigador.

Quanto à segunda, "faz parte do grupo de vacinas utilizadas em terapia genética que costumam funcionar adequadamente e podem ser aplicadas a pessoas que já tenham sido expostas ao vírus", adiantou.

"É um pouco como a vacina contra a raiva, que se aplica a uma pessoa depois desta ter sido mordida", comparou.

O primeiro caso do novo surto de Ébola - o primeiro registado na África Ocidental - surgiu em dezembro de 2013 na Guiné-Conacri e, de lá, estendeu-se à Libéria e à Serra Leoa, infectando cerca de 22.000 pessoas, das quais quase 9.000 morreram, segundo a Organização Mundial de Saúde.

Projecto Places4All
Avaliar, classificar e dar informação sobre condições de acesso em espaços físicos é o desafio do Places4All, projecto...

Sejam pessoas com desafios de mobilidade, audição, visão, cognitivos ou de comunicação, quem tem necessidades especiais procura espaços que reúnam requisitos de acessibilidade para viajar, jantar ou fazer compras.

O Places4All, ou em português "espaços para todos", dispõe-se a fazer exactamente isso: avaliar espaços e divulgá-los, acabando por servir de "incentivo" a que outros lugares queiram "dar aquele passo na acessibilidade", conforme descreveu o fundador deste projecto de empreendedorismo social, Hugo Vilela.

"Partimos do princípio de que a acessibilidade deve ser um requisito como é a electricidade, estética do edifício ou a higiene e segurança alimentar. Se os espaços já se preocupam com acessos, então vamos encontrá-los e incentivar a melhorar cada vez mais", descreveu.

Hugo Vilela, que tem um mestrado em Inovação e Empreendedorismo Tecnológico e começou a dar forma ao Places4All em março de 2014 no Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto (UPTEC). É simultaneamente avaliador de espaços, mas também utilizador, uma vez que se desloca em cadeira de rodas.

A restante equipa junta profissionais de áreas como arquitectura, saúde e gestão e, no conceito de "avaliador-utilizador" o grupo conta também com uma pessoa surda.

Em maio do ano passado, a Places4All "usou" o Teatro do Campo Alegre, no Porto, para realizar um "piloto" ao seu sistema que no fundo consiste em avaliar seis áreas (estacionamento, percurso exterior, entrada, percurso interior, bens e serviços e casas de banho) do espaço, emitir um relatório com sugestões de melhoria e atribuir uma "nota" que se converte num dístico.

Ainda sobre os critérios de classificação dos espaços, Hugo Vilela explicou que estes têm por base a legislação em vigor (Decreto-Lei 163/2006), mas somam-se outros indicadores.

"As normas são um bom princípio à acessibilidade física, mas não são suficientes porque faltam questões como atendimento, imagem, som, contraste de cores. No fundo o ambiente que o lugar oferece. Se é ou não acessível a todos", explicou.

O Teatro do Campo Alegre mereceu a classificação global de 82,43% e após este "teste", a Places4All "entregou-se" à, para já, sua maior empreitada: fazer a avaliação de 39 áreas de serviço de todo o país.

"Foi assim, com esse contacto, que do Porto, decidimos saltar para o país", descreveu Hugo Vilela, avançando que já está a ser constituída uma equipa em Lisboa, podendo seguir-se Faro, e Évora.

No município de Sintra
As comissões de utentes da saúde da Amadora e de Sintra manifestaram-se ontem, em frente ao Hospital Fernando Fonseca, contra o...

“As condições de funcionamento das unidades de saúde, quer no concelho de Sintra, quer no concelho da Amadora, são muito preocupantes”, salientou Paula Borges, da Comissão de Utentes da Saúde do Concelho de Sintra (CUSCS), acrescentando que as unidades existentes “não dão a resposta necessária” às populações em termos de cuidados de saúde primários.

O protesto, promovido pela CUSCS, pela Comissão de Utentes da Saúde da Amadora (CUSA) e pela Plataforma de Lisboa em Defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS), juntou duas centenas de pessoas em frente ao Hospital Fernando Fonseca e contou com a participação da deputada do PCP Carla Cruz, e da do Bloco de Esquerda Catarina Martins.

Paula Borges lamentou que, nestes dois concelhos da periferia de Lisboa, muitas pessoas tenham de se levantar entre as 04:00 e as 06:00 para conseguir uma senha de atendimento nos centros de saúde, sendo que, quando não conseguem consulta, têm de recorrer às urgências.

“Aquilo por que lutamos é pela construção de um hospital público em Sintra, [que] é uma luta que tem mais de 20 anos”, frisou a porta-voz da CUSCS, uma reivindicação das populações dos dois concelhos, que defendem também uma dotação de meios humanos nos cuidados de saúde primários.

Para Paula Borges, “não é tolerável, que só no universo do concelho de Sintra”, 165 mil utentes não tenham médico de família, o que significa que estão em falta 71 médicos no município.

A moção “A política de saúde deste Governo mata” das comissões de utentes considera que “o SNS, por força das políticas praticadas nos últimos anos, tem sofrido o maior ataque de sempre, tendo já sido posto em causa o direito à saúde universal, geral e tendencialmente gratuita, tal como consagrado na Constituição da República”.

“O caos que se vive em muitos hospitais nos serviços de urgência, com tempos de espera infindáveis, tendo já sido registadas mortes por alegada falta de assistência é consequência da situação de rutura a que o SNS chegou”, denuncia-se na moção.

Os utentes de Amadora e de Sintra reclamam “uma nova política de saúde”, com o reforço de “meios humanos, técnicos e financeiros”, aumentando a capacidade de resposta da rede de cuidados de saúde primários.

Entre as duas centenas de manifestantes viam-se pessoas empunhando cartazes nos quais se podia ler frases como “650 mil utentes e um só hospital” e “não á destruição do Serviço Nacional de Saúde”.

António Tremoço, da CUSA, explicou que, em relação ao Hospital Fernando Fonseca, “não se coloca apenas o problema das urgências, mas também a falta de meios humanos” que leva os utentes “a esperarem três anos para fazer exames”.

Os comandantes dos bombeiros voluntários da Amadora, Mário Conde, e de Algueirão-Mem Martins, Joaquim Leonardo, também se associaram ao protesto contra a falta de condições no hospital, provocando a retenção de macas nas urgências, com a consequente limitação de meios operacionais das corporações.

Em comunicado, a coordenadora de Sintra do Bloco de Esquerda alertou que a “saúde não pode continuar em lista de espera” e que as dificuldades sentidas pelas populações “não são fruto de um mero ‘pico de afluência’, mas sim resultado da falta de instalações e equipamentos, de pessoal e de material”.

“O reforço de pessoal, a construção de novos centros de saúde, o alargamento do hospital existente e a construção de uma nova unidade não podem continuar em lista de espera nem manter-se como inconsequentes promessas”, afirma o BE.

Especialistas
Os frutos vermelhos e os peixes gordos, como a cavala, o salmão e a sardinha, têm propriedades anti-inflamatórias que “podem...

“É importante a pessoa perceber como a alimentação pode ter um alívio muito importante na dor”, adiantou Carla Santos, que falava a propósito de um ‘workshop’ de alimentação para doentes com dor, promovido pela Associação para o Desenvolvimento da Terapia da Dor (Astor), que decorre na sexta-feira, na Faculdade de Medicina Dentária de Lisboa.

A dietista do Hospital Garcia de Orta, em Almada, explicou que há alimentos que, além de minimizar a dor, ajudam a “aliviar a inflamação, drenar líquidos em excesso ou, em associação, ajudar a perder peso”.

Mas seja para a disfagia, que pode ser oncológica, mecânica ou neurológica, seja para a obesidade, “a alimentação tem de ser sempre apelativa para que seja procurada pelo utente”, sublinhou.

Com o ‘workshop’, a Astor pretende promover a partilha de conhecimentos, sabores e experiências que ajudam a melhorar a vida dos doentes com dor.

Beatriz Craveiro Lopes, da direcção da Astor e directora da Unidade de Dor do Hospital Garcia de Orta, acrescentou que estes alimentos “são uma arma terapêutica para ajudar os doentes”.

“O que se bebe e o que se come tem repercussões na saúde das pessoas”, podendo influenciar para melhor ou para pior o estado da sua doença, “porque há alimentos que podem interferir com a medicação”, disse Beatriz Craveiro Lopes.

A especialista deu como exemplo o caso das pessoas que têm dificuldade em engolir, porque têm uma doença neuromuscular, um cancro do esófago, da laringe, ou problemas na região do pescoço e não podem comer qualquer alimento, sobretudo os sólidos.

Nestes casos é importante saber os alimentos que deve escolher e como os confeccionar para ultrapassar essa dificuldade, explicou Beatriz Craveiro Lopes.

“O objectivo que temos é ensinar aos profissionais de saúde, mas sobretudo aos doentes e aos seus cuidadores, o que é mais indicado para o doente em determinadas situações”, sublinhou.

Apontou o caso de alguns tratamentos para doentes oncológicos em que não devem ser ingeridos alimentos ou bebidas frias ou geladas - mas como dar a volta a esta questão, quando o menos indicado é o que mais agrada e o que mais conforta os doentes, questionou a médica.

Beatriz Craveiro Lopes adiantou que são muitos problemas que surgem no dia-a-dia e aos quais é preciso dar resposta, sensibilizando a população para estes assuntos, explicando-lhes que, “com pequenas soluções, obtêm-se grandes resultados”.

A especialista adiantou que os profissionais de saúde e a população já “estão muitos atentos” à questão dos cuidados com a alimentação, mas, em relação à importância da alimentação no alívio da dor, ainda se está “muito longe do que é desejável”.

A dor oncológica pode afectar entre 60% a 80% dos doentes com cancro, nomeadamente na fase mais avançada da doença.

Maiores hospitais admitem
Cinco hospitais universitários admitiram recorrer à justiça para garantir e defender o direito de todos os doentes com hepatite...

“Os cinco centros hospitalares universitários, que querem cumprir a sua missão de tratar os seus doentes com equidade, adoptarão as medidas legais e outras que considerem adequadas para garantir e defender o direito de todos os doentes ao acesso aos tratamentos”, afirmam os presidentes dos centros hospitalares de São João, do Porto, Universitário de Coimbra, Lisboa Norte e Lisboa Central.

Em comunicado, os responsáveis adiantam ser “insustentável” o valor que têm sido obrigados a pagar para o tratamento da hepatite C em Portugal.

“Um preço que retira a capacidade aos mesmos de tratar todos os seus doentes e que obriga à avaliação de medidas de acção”, sustentam.

Os presidentes dos centros hospitalares lembram que a hepatite C “é uma epidemia que afecta gravemente um elevado número de cidadãos que estão à responsabilidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, sendo que “o estado da arte permite a cura da esmagadora maioria dos doentes com esta patologia”.

Afirmam ainda que os hospitais portugueses, designadamente os universitários, têm feito ao longo dos últimos anos um forte esforço no investimento em tratamentos inovadores, nomeadamente os da hepatite C.

O Jornal de Notícia noticiou na quarta-feira a união dos maiores hospitais do país contra a empresa que vende o novo fármaco da hepatite C.

De acordo com o JN, “os hospitais de S. João e de Santo António, no Porto, os Hospitais Universitários de Coimbra, o Hospital de Santa Maria e o Centro Hospitalar Lisboa Central (S. José) decidiram unir-se e tomar uma posição de força contra a farmacêutica norte-americana Gilead Sciences”.

“Os cinco hospitais juntaram-se para interpor uma providência cautelar por abuso de posição dominante contra a empresa que vende o novo fármaco da hepatite C” e “vão fazer queixa na Autoridade da Concorrência”, escreve o matutino.

Especialistas alertam
O vice presidente da Sociedade de Gastrenterologia apelou hoje a uma “agilização” nas negociações entre a tutela e a indústria...

José Cotter lembrou que este processo negocial se arrasta há muitos meses e que apesar de oficialmente o novo tratamento ser disponibilizado aos doentes portugueses considerados prioritários, a verdade é que, aparentemente, isso não está a acontecer em todos os casos.

José Cotter falava a propósito de um encontro que se realiza sábado, em Guimarães, sobre “Hepatite C, Novas Realidades, Novos Horizontes”.

Em Portugal estima-se que o número de infectados seja de cerca de cem mil, provocando cerca de mil mortos por ano. A hepatite C continua a ser a causa mais frequente de cancro do fígado e de transplante hepático.

“O que se passa neste momento é que há administrações hospitalares que têm doentes já com autorização para fazer tratamentos, mas não desbloqueiam as verbas para o concretizar”, afirmou o especialista.

José Cotter entende que “este circuito” de acesso ao novo tratamento, com custos muito elevados mas com uma eficácia de “cerca de 95%”, tem de ser repensado para que se agilize todo o processo.

“O circuito não está correcto, porque os doentes são autorizados por uma comissão nacional de farmácia e terapêutica, mas depois é endossado aos hospitais a responsabilidade do custo destes tratamentos. Ora, nós sabemos que em Portugal temos hospitais eventualmente subfinanciados, eventualmente descapitalizados e sabemos que estes tratamentos são caros. Portanto, como é que os hospitais vão assumir o custo, se à partida, já estão numa difícil situação financeira”, questionou.

O especialista considera que tem de se encontrar outras formas de os hospitais acederem aos tratamentos.

“Pode haver uma verba fixa para este programa ou pode haver um fundo onde os hospitais recorram especificamente para isto. É uma questão política que compete à tutela e a mais ninguém agilizar”, sublinhou.

Enquanto isso, frisou, “os doentes esperam e desesperam pelos tratamentos e a situação está-se a tornar insustentável, porque isto não tem um mês nem dois”.

“O que estamos aqui a equacionar é uma questão de economia de curto/médio prazo, porque é evidente que alguns destes doentes se forem curados não necessitam de fazer transplantes que também têm custos elevados”, disse.

E questionou: “O que é que é mais caro, fazer um tratamento destes ou um transplante? E a qualidade de vida do doente? Então se o doente ficar curado com um tratamento de 12 semanas, um tratamento cómodo, com pouquíssimos efeitos colaterais, não é muito melhor do que ter de fazer uma grande cirurgia, ter de ficar a tomar medicamentos para o resto da vida para conseguir manter o seu órgão transplantado em boas condições?”

“É uma questão de equacionar custos e equacionar a qualidade de vida dos cidadãos”, frisou.

Em relação às negociações que ainda decorrem entre o Ministério da Saúde e a farmacêutica que disponibiliza o tratamento, o vice presidente da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia apela a que haja um entendimento urgente de forma que estes fármacos possam ser disponibilizados de acordo com o que é o estado da arte no tratamento da Hepatite C actual.

“Todos estes processos não estão devidamente agilizados, basta lembrar que estamos há cerca de um ano com uma negociação arrastada entre a tutela e a farmacêutica e os resultados até ao momento foram muito poucos”, acrescentou.

Secretário de Estado da Alimentação
O secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar afastou hoje a hipótese de proibir a utilização de carne...

“A carne picada pode e deve ser consumida no momento em que ela é picada”, disse Nuno Vieira e Brito, no final de uma reunião da Comissão de Segurança Alimentar que decorreu hoje no Ministério da Agricultura para analisar, entre outros assuntos, um estudo da DECO sobre a venda de carne picada em 26 talhos.

O estudo revelado pela revista Proteste, da Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO), analisou amostras de carne de vaca picada vendida em 26 talhos da Grande Lisboa, de Setúbal e do Grande Porto, detectando irregularidades em 23 dos estabelecimentos.

Segundo o estudo, em 23 dos estabelecimentos são adicionados sulfitos à carne e o produto é mantido em temperaturas acima do previsto por lei e sem as devidas condições de higiene e de conservação.

O secretário de Estado sublinhou que “não está colocada em causa o problema de proibição da utilização de carne picada” pelo consumidor.

Para Nuno Lima Dias, da DECO, as conclusões do estudo “são claras: não se deve comprar carne de vaca vendida a granel, previamente picada. Quanto muito, o consumidor deve escolher a peça e mandar picar na loja, porque não estão reunidas as condições para ter um produto de qualidade”.

Baseando-se nas análises e amostras que a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) tem recolhido, o inspector-geral deste organismo, Pedro Portugal Gaspar, concluiu que “é seguro comer carne picada”.

“Não temos nenhum dado que aponte para alguma consideração menos recomendada deste consumo”, afirmou.

Da reunião, saiu a opinião unânime de que tem sido feito um esforço profundo da melhoria da segurança alimentar em Portugal e que não está em causa minimamente qualquer área de intervenção de segurança alimentar para o consumidor, conforme afirmou Nuno Lima Dias.

Contudo, os participantes neste encontro constataram “a necessidade de intensificar a formação e a informação e a divulgação para o retalho e os diferentes operadores nesta área”. Defenderam ainda a “avaliação e o reajustamento de alguns planos de controlo em áreas específicas onde exista maior probabilidade de gestão e risco.”

“Vamos continuar a acompanhar todos os aspectos higio-sanitários dos talhos e do retalho e a utilização ou não de substâncias não permitidas do ponto de vista legal”, assumiu.

O secretário de Estado da Economia, Leonardo Matias, defendeu que, antes destes estudos serem divulgados, deviam passar primeiro pela Comissão de Segurança Alimentar para que não seja “uma comunicação de forma alguma alarmista”.

Leonardo Matias ressalvou que “o universo das instituições que vendem carne é de 6.393. O estudo da DECO visitou 26, ou seja, 0,04 por cento do total dos estabelecimentos em Portugal”.

O governante lembrou ainda que, em 2014, a ASAE inspeccionou 676 estabelecimentos que vendem carne, o que representa 11 por cento do total.

“A DECO é um importante parceiro na defesa do consumidor e tem feito um trabalho excelente, que é importante que se mantenha. Tem é que ser construtivo com o governo e com a sociedade civil e que não seja de forma nenhuma alarmista para manter a sua credibilidade que é fundamental”, adiantou.

A comissão da segurança alimentar é composta por 12 membros, representantes dos ministérios da Economia e Agricultura, da ASAE, direcção geral e institutos, de confederações, como a dos agricultores CAP, de federações e associações, entre as quais a DECO e os representantes da grande distribuição APED.

Até ao final do ano
O governo de Macau confirmou hoje a contratação de 529 profissionais de saúde até ao final do ano, oriundos de territórios como...

A proposta, que já foi aprovada pelo Secretário dos Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, inclui a contratação de pessoal médico no total de 386 profissionais e de 143 administrativos, detalhou o director dos Serviços de Saúde, Lei Chin Ion.

O pessoal médico abrange 14 médicos especialistas e 18 de clínica geral, 161 enfermeiros, 28 farmacêuticos, 88 técnicos – incluindo 43 técnicos de diagnóstico e terapeutas – , e 77 auxiliares de saúde.

“Com certeza que o governo de Macau vai continuar a contratar médicos e enfermeiros de Portugal. Temos uma comunidade portuguesa muito grande e por isso vamos contratar mais”, afirmou Alexis Tam.

O Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura reiterou a importância de colmatar a falta de recursos humanos na saúde depois de ter alertado no início do mês para a necessidade de acelerar a contratação de profissionais de saúde.

O processo de contratação passará por 50 concursos públicos a realizar ao longo do ano, dos quais 18 já estão em curso.

A informação foi avançada durante a apresentação de novas medidas para reduzir o tempo de espera para atendimento nos serviços de saúde em Macau.

As novas medidas incluem a atribuição de subsídios para atendimento no sector privado para alguns grupos populacionais, os quais podem ser usados por um período de 48 horas.

Assim, a partir de hoje passa a ser atribuído um subsídio de 230 patacas (cerca de 25 euros) para os utentes já abrangidos por cuidados de saúde gratuitos no sector público que se dirijam às urgências no hospital privado Kiang Wu. Já as consultas externas passam a ser subsidiadas em 110 patacas (cerca de 12 euros) em várias clínicas e centros médicos.

Até à data estavam abrangidos para cuidados de saúde gratuitos no serviço público indivíduos com idade igual ou superior a 65 anos, crianças e estudantes, grávidas, deficientes e cidadãos carenciados. Com as novas medidas de triagem passam também a ter direito aos novos subsídios os funcionários públicos e seus familiares, docentes e trabalhadores das escolas e portadores do cartão de acesso a cuidados de saúde emitido pelo hospital Público Centro Hospitalar Centro São Januário.

Outra medida anunciada hoje foi a implementação de uma aplicação para telemóvel para consultar as listas de espera em tempo real das diversas instituições médicas integradas na rede.

Internistas continuarão a ser o garante do funcionamento dos Serviços de Urgência
Mais uma vez este ano as Urgências Hospitalares são notícia, com os doentes a aguardarem muitas horas para serem observados e...

O caos instala-se no Serviço de Urgência (SU) sempre que os doentes chegam às centenas, porque não têm alternativas credíveis de qualidade onde possam recorrer. A situação torna-se ingovernável, quando se esgota a capacidade de internamento e os doentes são tratados nos corredores do SU, como se estivessem nas enfermarias.

A profissionalização das Equipas de Urgência não é a solução para o SU sobrelotado. Para a Sociedade Portuguesa de Medicina Interna, a aplicação cega do modelo estrito de equipas médicas dedicadas, tem enormes riscos em Portugal:

- O número de doentes que recorre ao SU é muito elevado, ao contrário do que acontece noutros países.

- Em Portugal o doente chega por regra à Urgência sem qualquer tipo de triagem médica ou contacto com o Médico Assistente, pelo que é crucial a abordagem holística garantida pelo Internista.

- Mais de 90% dos internamentos hospitalares são feitos através do SU, pelo que é fundamental a presença dos Médicos dos Serviços na Urgência, única forma de garantir a qualidade assistencial e evitar altas indevidas.

- O Médico “Urgencista” entra em exaustão em poucos anos, pelo que o modelo não perdura no tempo.

A Sociedade Portuguesa de Medicina Interna espera que o senso impere para que as causas reais da sobrelotação das urgências possam ser identificadas e minimizadas. Os Internistas continuarão a ser o garante do funcionamento dos Serviços de Urgência e fazem-no com grande dedicação e competência.

Estudo da Deco analisado
A qualidade da carne picada à venda em Portugal, posta em dúvida num estudo divulgado esta semana, vai ser hoje o tema de uma...

A Comissão vai analisar um estudo da Deco (Defesa do Consumidor) que colocou em causa a qualidade da carne picada em 26 talhos, devido a problemas de conservação, higiene e temperatura de venda. Na maior parte dos talhos foram encontrados sulfitos (que dão aparência de frescura) proibidos.

O estudo foi divulgado na terça-feira e nesse mesmo dia a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) esclareceu que os sulfitos detectados podem ser utilizados por serem aditivos alimentares aprovados como conservantes.

Na quarta-feira a Deco voltou a garantir que a utilização de sulfitos na carne picada é proibida por lei e disse que a ASAE “lançou uma injustificável confusão” sobre o objecto do estudo, que foi a carne picada à venda em alguns talhos.

A ASAE e a Deco são duas das entidades representadas na Comissão que hoje se vai reunir e na qual participam também o secretário de Estado da Alimentação e Investigação Agroalimentar, Nuno Vieira de Brito, e o secretário de Estado adjunto e da Economia, Leonardo Mathias.

A Comissão, criada em maio de 2014, tem por missão propor medidas que garantam não existirem alimentos à venda que não sejam seguros, e de informar as pessoas sobre suspeitas legítimas de riscos para a saúde.

Estudo
As crianças portuguesas comem, em média, mais fruta por dia do que as de seis outros países europeus, mas as pertencentes a...

As conclusões são as primeiras a surgir do estudo do projecto europeu EPHE, financiado pela Comissão Europeia e apoiado pela Organização Mundial de Saúde, que tem como “principal objectivo avaliar o impacto de intervenções de promoção de hábitos alimentares saudáveis e de actividade física na redução das desigualdades sociais na saúde, em crianças em idade escolar dos seis aos nove anos”, coordenado em Portugal pela Faculdade de Ciências da Nutrição da Universidade do Porto (FCNAUP) com a Direcção-Geral da Saúde e desenvolvido na Maia.

“As crianças portuguesas foram as que apresentaram consumos mais elevados de fruta, comparativamente às restantes crianças europeias que integram este projecto. Em média, as crianças portuguesas, consomem fruta diariamente, pelo menos uma vez por dia. No entanto, verificaram-se diferenças significativas no consumo de fruta em função do estatuto socioeconómico dos pais”, pode ler-se no comunicado do projecto EPHE, que abrange Bélgica, Bulgária, França, Grécia, Holanda, Portugal e Roménia.

Ainda que o resultado do consumo seja de “destacar pela positiva”, como disse a investigadora da FCNAUP Maria João Gregório, isto significa que uma criança que pertença a um nível socioeconómico mais baixo come menos fruta do que uma criança de famílias de um nível socioeconómico superior.

Maria João Gregório acrescentou que se verificou ainda que “as crianças portuguesas, que pertencem a famílias com nível socioeconómico mais baixo, têm uma frequência de consumo de refrigerantes e de sumos de fruta maior do que as de famílias de nível socioeconómico mais elevado”.

O projecto, na Maia, decorre no âmbito da iniciativa “Maia Menu Saudável” e englobou 240 crianças e respectivas famílias.

Através de questionários, em três anos consecutivos, o objectivo é compreender se o desenvolvimento do projecto foi bem-sucedido na alteração de consumos, para reduzir as desigualdades sociais na saúde.

“O que nós sabemos é que as estratégias de promoção da saúde têm mais impacto nos indivíduos que têm um nível socioeconómico mais elevado”, realçou Maria João Gregório.

O comunicado acerca do projecto refere ainda que, “no que diz respeito ao consumo de hortícolas, independentemente do estatuto socioeconómico da família, as crianças incluídas neste estudo apresentam uma frequência de consumo de hortícolas de, em média, duas a quatro vezes por semana”, embora “quase 30% das famílias com nível educacional mais baixo referiram que as crianças consomem salada menos do que uma vez por semana”.

Sobre a definição de “estatuto socioeconómico”, o estudo explica que este foi definido “pelo nível educacional de ambos os pais, pela situação profissional e pela posição face ao rendimento”, tendo sido “o nível educacional da mãe selecionado como a variável socioeconómica que melhor previa o estatuto socioeconómico parental em toda a amostra”.

O projecto europeu EPHE, para a prevenção da obesidade infantil e a promoção do acesso à saúde, toma a sigla da designação original, Ensemble Prévenons l'Obésité des Enfants for the Promotion for the Health Equity.

Entre 2012 e 2014
A área de Lisboa e Vale do Tejo consome mais de 50% do financiamento extraordinário do Serviço Nacional de Saúde, ultrapassando...

Os dados são relativos ao período entre 2012 e 2014 e mostram que apenas três dos 15 hospitais de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) consumiram 784 milhões de euros, mais 121 milhões de euros de financiamento extraordinário do Estado do que o total das 17 unidades hospitalares da região Norte.

Em causa estão injecções excepcionais de dinheiro para os hospitais pagarem dívidas a fornecedores, que totalizaram naqueles dois anos 1.490 milhões de euros em LVT (50,8%), 663 milhões euros no Norte (22,6%) e 450 milhões euros no Centro (15,3%), descreve-se nos documentos que a Lusa consultou.

Juntando a região Norte à região Centro, o financiamento extraordinário estatal foi de 1.113 milhões de euros, o equivalente a 37,9% do total nacional e a menos 376 milhões de euros do que a região de LVT.

O Norte e o Centro tem uma população de 5.349.624 pessoas, ao passo que LVT tem 3.383.242, de acordo com os documentos.

No Norte investiu-se 182 euros per capita, no Centro 264 e em LVT 441 euros per capita.

O Centro Hospitalar de S. João aparece em sétimo lugar da lista dos 10 hospitais com maior financiamento extraordinário, com um montante de 131 milhões de euros, 4,5% do total nacional de 2,9 milhões de euros.

A Norte, apenas a Administração Regional de Saúde figura no top dez, com 106,9 milhões de euros.

As unidades onde o investimento é maior são o Centro Hospitalar de Lisboa Norte (300 milhões de euros, 10,2% do total), o Centro Hospitalar de Lisboa Central (288 milhões de euros, 9,8% do total) e o Centro Hospitalar de Setúbal (196,9 milhões de euros, 6,7% do total).

O hospital Garcia da Orta, onde os sete chefes do serviço de urgência se demitiram na segunda-feira (e mantiveram a decisão apesar do anúncio de um conjunto de medidas para melhorar o atendimento nas urgências da unidade de Almada), recebeu entre 2012 e 2014 144 milhões de euros de financiamento extraordinário.

O Centro Hospitalar do Algarve está em quinto lugar neste ranking, tendo obtido 176,7 milhões de euros do Estado.

Em quarto lugar situa-se o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, com 196,3 milhões de euros (6,7% do total).

O Centro Hospitalar do Barreiro, no Montijo, e o Centro Hospitalar de Lisboa – zona ocidental, receberam 95 e 91 milhões de euros.

No Algarve, o investimento foi de 6,1% do total e no Alentejo de 5,2%.

Infarmed revela
O Infarmed revelou os nomes dos 20 genéricos retirados do mercado após uma recomendação da Agência Europeia do Medicamento (EMA...

Apesar de em Portugal existirem 64 dos genéricos com autorização de introdução no mercado, cujos testes são feitos na empresa em questão (GVK Biosciences), apenas 20 estão a ser comercializados, conforme afirmou o presidente do organismo que regula o sector (Infarmed), numa conferência realizada ao final da manhã de ontem.

“Apesar de não serem conhecidas evidências que ponham em risco a saúde pública, e enquanto se aguarda a decisão final da Comissão Europeia, com base no princípio da precaução, o Infarmed solicitou, ontem de manhã, aos titulares de autorização de introdução no mercado, a retirada voluntária dos 20 medicamentos em causa comercializados em Portugal”, refere este organismo, em comunicado.

Os fármacos que desde ontem deixaram de estar à venda são o Ácido alendrónico Accord (70 mg), Ácido alendrónico Labesfal (70 mg),Candesartan Mylan (8 mg),Candesartan Mylan(16 mg),Candesartan Mylan (32 m), Desloratadina Labesfal OD (5 mg),Desloratadina Ratiopharm (5 mg), Desloratadina Teva (5 mg),Donepezilo Mylan (5 mg), Donepezilo Mylan (10 mg), Esomeprazol Mylan (20 mg).

Nesta lista estão ainda os genéricos Esomeprazol Mylan (40 mg), Fluconazol Basi(50 mg), Fluconazol Basi (150 mg), Fluconazol Basi (200 mg), Trimetazidina Mylan (35 mg), Trimetazidina Pharmakern (35 mg), Venlafaxina Azevedos (37,5 mg), Zenlafaxina Azevedos (75 mg), Venlafaxina Azevedos(150 mg).

Para 2015
O sector da saúde lidera o plano de actividades do Governo da Província de Luanda para 2015, nomeadamente com acções com vista...

O documento, que foi ontem analisado numa reunião orientada pelo governador provincial de Luanda, Graciano Domingos, destaca também o sector da educação nas actividades do ano em curso.

Em declarações à imprensa, no final da reunião, o director do Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística, Jacob Pinto, referiu que o sector social "é o que mais sobressai" na agenda de actividades.

"A educação e a saúde são as prioridades, depois vêm os outros sectores no que tange às infraestruturas, mas o peso da nossa acção governativa incide sobretudo nestes dois sectores", disse o responsável.

Entretanto, o actual quadro de crise financeira que Angola enfrenta, originada pela forte quebra na cotação internacional do barril de petróleo, que se situa abaixo dos 50 dólares, vai influenciar nas actividades a desenvolver pelo Governo da Província de Luanda (GPL).

Segundo Jacob Pinto, o plano vai ser reajustado face à orientação para uma redução substancial de cerca de 52% das despesas.

"Daí a necessidade de reajustar todo o programa de investimento público, incluindo as despesas de funcionamento", frisou o responsável.

A inauguração do Hospital Geral de Luanda, prevista para abril do ano em curso, destaca-se no quadro de actividades do GPL, uma infraestrutura que deverá "melhorar a assistência médica da população em qualidade e quantidade".

O Hospital Geral de Luanda, uma obra construída pela primeira vez em 2006, teve de voltar a ser reconstruído anos depois da sua inauguração devido a problemas detectados na construção.

Em abril de 2012, começou a ser reconstruída após um acordo entre os Governos de Angola e da China, que formalizou a revisão do plano de construção do projecto de reabilitação, construção e ampliação da nova unidade, em substituição da edificada em 2006.

Entre as acções no campo da saúde para Luanda, são de realçar ainda a avaliação das condições de atendimento dos casos de sinistrados de acidentes de viação em hospitais nos arredores de Luanda, a reactivação e fiscalização dos centros de tratamento de cólera, o mapeamento da oncocercose nos municípios de Icolo e Bengo e Quiçama, entre outras.

A reactivação dos centros de recuperação nutricional nos municípios e abertura de novos, a busca activa dos casos de lepra nas comunidades, a inauguração do Centro de Hemoterapia de Luanda e a realização de três campanhas de vacinação contra a poliomielite são também tarefas perspectivadas para 2015.

Em Lisboa
Um estudo que envolveu 113 jovens de Lisboa, com idades entre os 9 e os 13 anos, revela que a maioria tem comportamentos de...

Estas são alguns dos primeiros resultados do “Young Health Programme (YHP) – Like ME”, programa de intervenção e promoção da saúde mental juvenil, realizado pelo Centro de Investigação Interdisciplinar em Saúde do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa, em articulação com a Médicos do Mundo (MdM), ontem apresentado.

As conclusões revelam que “os jovens têm comportamentos de saúde adequados, baixa percentagem de comportamentos de risco e ‘bullying’ enquanto agressores e uma percepção positiva da autoestima e autoconceito”.

Em matéria de saúde, a maioria destes jovens afirma já ter ouvido falar sobre a Sida ou sobre o VIH, mas 37 deles, mais de um terço, revelaram nunca ter ouvido falar desta doença.

Segundo o estudo, apenas cinco dos inquiridos já tinham iniciado a vida sexual, quatro dos quais revelaram que aconteceu entre os 10 e os 11 anos, com “um, três ou quatro parceiros”.

No último mês dois jovens indicaram ter tido relações sexuais com uma pessoa.

Na última vez que tiveram relações sexuais, quatro destes cinco jovens não usaram preservativo ou qualquer método anticoncepcional.

O estudo salienta ainda que pouco menos de metade dos jovens foi a uma consulta de dentista, exame de rotina ou tratamento dentário nos últimos 12 meses, sendo que 11% nunca recorreu a estes profissionais de saúde.

No que respeita a experiências com tabaco, ingestão de bebidas alcoólicas e consumo de drogas, foram negadas pela maioria dos jovens.

Quatro deles, no entanto, fumaram um cigarro inteiro entre os 5 e os 11 anos, 17% consumiram bebidas alcoólicas entre os 6 e os 13, e a maioria nunca experimentou marijuana, LSD, ácido, ecstasy ou cogumelos.

Quanto à condução sob efeito do álcool, um dos jovens referiu ter conduzido 21 vezes sob esse efeito no último mês, indica o estudo, salientando que, ao nível dos comportamentos de segurança, 73,5% nunca usaram capacete ao andar de bicicleta nos últimos 12 meses, mas 61,1% utilizam cinto de segurança sempre que andam de carro.

Este trabalho de investigação concluiu ainda que, no último ano, a maioria dos jovens não se sentiu triste ou sem esperança, nem pensou em magoar-se a si próprio intencionalmente.

“No entanto, é de registar que 5,4% dos jovens fez planos ou tentou magoar-se a si próprio intencionalmente”.

Os comportamentos de agressão para com terceiros também são raros, sendo mais frequentes contra colegas do que contra professores.

Os jovens revelam principalmente comportamentos de “observação de agressão”, seguidos de comportamentos de vitimização e, só por último, comportamentos de agressão.

A maioria nunca transportou uma arma branca ou de fogo e não faltou à escola por se sentir inseguro, mas envolveu-se em lutas físicas duas vezes no último ano, metade das quais no recinto escolar.

O estudo conclui que os jovens revelam diferentes percepções, embora de forma geral positivas: razoável competência e desempenho escolares, boas competências sociais, boa percepção da sua aparência, razoável competência atlética e comportamento.

O objectivo deste estudo, lançado em fevereiro de 2013, foi o de caracterizar, em matéria de saúde, de ‘bullying’, de autoestima e de autoconceito, as populações juvenis inseridas nos diversos projectos de intervenção comunitária integradas no “YHP – Like ME” na Região de Lisboa.

Este programa de responsabilidade social pretende, até 2015, aumentar em 30% a autoestima e, em 10%, o número de jovens capacitados na área da saúde mental, sendo direcionado a menores entre os 10 e 12 anos, integrados em projectos Escolhas, com pouco acesso a cuidados de saúde e em situação de vulnerabilidade, alterações no desenvolvimento ou problemas comportamentais relacionados com a imagem e a autoestima.

Ministérios da Saúde e das Finanças autorizaram
Os Ministérios da Saúde e das Finanças autorizaram a abertura de concursos para 275 médicos hospitalares e para 115 médicos de...

As autorizações de abertura de concursos, publicadas na terça-feira em Diário da República, destinam-se a recrutar 115 médicos especialistas em medicina geral e familiar, ao qual poderão concorrer clínicos com ou sem vínculo ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), e 275 médicos especialistas nas áreas hospitalar e de saúde pública, a preencher pelos médicos que adquiriram o grau de especialista na segunda época de 2014.

Após a publicação destes dois despachos conjuntos dos Ministérios da Saúde e das Finanças em Diário da República, os próximos passos passarão pela identificação de necessidades prioritárias por instituição de saúde e pela abertura de recrutamentos a nível regional para os 115 médicos e família e um procedimento nacional de recrutamento para os 275 clínicos hospitalares, esclarece a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS).

Estes médicos ficam obrigados a permanecer no mínimo três anos no posto de trabalho a ser preenchido, condição que constará dos anúncios de abertura.

“Reconhecendo o carácter central dos recursos humanos que integram o SNS, esta medida tem por objectivo suprir as necessidades de pessoal médico, através da autorização de procedimentos concursais e da criação de condições legais para melhorar a distribuição dos recursos existentes”, explica uma nota da ACSS.

Relativamente aos 115 médicos de família, os respectivos postos de trabalho serão distribuídos pelas cinco Administrações Regionais de Saúde (ARS), à luz do aviso que procederá à abertura do concurso.

A ACSS recorda que foi aberto um concurso para o recrutamento de 200 médicos de família, distribuídos pelas cinco ARS e cuja lista provisória de ordenação final dos 85 candidatos foi aprovada a 17 de outubro de 2014, aguardando-se a autorização para prosseguimento do concurso.

Atendendo ao facto de não ter sido possível preencher a totalidade das vagas, foi solicitada autorização ao Ministério das Finanças para o desenvolvimento de novo procedimento concursal, com vista ao preenchimento do número remanescente de postos de trabalho (115) previamente autorizados.

CReSAP apresenta
A CReSAP, Comissão de Recrutamento e Selecção para a Administração Pública, deliberou apresentar ao Governo três candidatos...

A Proposta de Designação, a que hoje a Lusa teve acesso, indica que o júri da CReSAP vai apresentar ao Governo os candidatos Álvaro Fernando Santos Almeida, Fernando Alberto Alves e José Miguel Dias Paiva.

O documento, datado de segunda-feira, assinala ainda que “foram opositores a este procedimento concursal dez candidatos”.

Publicado em Diário da República (DR) a 14 de novembro de 2014, o procedimento concursal de recrutamento e selecção do cargo de Presidente da Administração Regional de Saúde do Norte, I. P. foi aberto pela CReSAP “pelo prazo de dez dias úteis” a contar da data de publicação.

“A indicação dos requisitos formais de provimento, de perfil pretendido, da composição do júri e dos métodos de selecção será publicitada na Bolsa de Emprego Público (BEP)”, pode ler-se em DR.

O actual presidente do conselho directivo da Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte, Luís António Castanheira Nunes, foi nomeado em outubro de 2011 pelo governo para um mandato de três anos.

Para a ARS Norte, e por despachos assinados então pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e pelo ministro da Saúde, Paulo Macedo, foram nomeados os vogais Ponciano Manuel Castanheira de Oliveira e Rui Afonso Móia Pereira Cernadas.

Wings for Life World Run Portugal
João Correia, referência nacional do atletismo em cadeira de rodas, é o embaixador da Wings for Life World Run Portugal, uma...

“Sou um homem de causas e esta marca-me particularmente. É impossível ficar indiferente quando se veem imagens de uma corrida de atletismo com milhares de participantes em 33 países, unidos em prol de uma cura que poderá ajudar um dia, milhões de pessoas que se encontram na mesma condição física que a minha! Esta prova faz-me acreditar cada vez mais no meu lema de vida: Nunca Desistir!” afirma o Penta Campeão Nacional das distâncias de 100 e 200 metros e por duas vezes Campeão da Europa de 200 metros.

João Correia nasceu em 1983 e, aos dois, anos, sofreu um acidente que o deixou numa cadeira de rodas. Em 1991, começou a praticar desporto, tendo-se tornado no primeiro atleta português a ganhar uma medalha internacional, para o atletismo em cadeira de rodas. Actualmente está a preparar o regresso em força à competição.

Saiba quais são
Esta é a lista dos 28 medicamentos genéricos existentes em Portugal que a Agência Europeia do Medicamento (EMA) recomendou que...

Destes 28 medicamentos, alguns são apresentados em diferentes dosagens, totalizando 64 apresentações.

Ácido alendrónico Accord - para a Osteoporose

Cefpodoxima Alkaloid – antibiótico usado sobretudo para pneumonias bacterianas, bronquites agudas, infecções agudas das bronquites crónicas, sinusites, anginas, faringites.

Tramadol + Paracetamol Brown - associação de dois analgésicos, que actuam em conjunto para aliviar a dor

Trimetazidina Brown – vasodilatador para tratamento da angina de peito

Escitalopram Brown - antidepressivo

Ebastina Brown – antialérgico

Quetiapina Daquimed – para a esquizofrenia e a perturbação bipolar

Levodopa + Carbidopa + Entacapona Generis – para a doença de Parkinson

Entacapona Generis – para a doença de Parkinson

Desloratadina Labesfal OD – antialérgico

Ácido alendrónico Labesfal – para a osteoporose pós-menopáusica

Donepezilo Anova – para tratamento do Alzheimer

Esomeprazol Anova – antiácido, para a doença de refluxo gastro-esofágico e úlceras

Venlafaxina Azevedos – antidepressivo

Fluconazol Basi – antifúngico

Desloratadina Labormed – antialérgico

Cefpodoxima Lupin – antibiótico usado sobretudo para pneumonias bacterianas, bronquites agudas, infecções agudas das bronquites crónicas, sinusites, anginas, faringites

Esomeprazol Mylan - antiácido, para a doença de refluxo gastro-esofágico e úlceras

Atorvastatina Anova – para o colesterol e para os triglicéridos

Donepezilo Mylan – para tratamento da doença de Alzheimer

Trimetazidina Mylan - terapêutica adicional para o tratamento sintomático de doentes com angina de peito

Candesartan Mylan – para tratamento da hipertensão e da insuficiência cardíaca

Leflunomida Pentafarma – antirreumático, para tratamento da artrite reumatoide

Desloratadina Peseri - antialérgico

Trimetazidina Pharmakern – para a angina de peito

Desloratadina Ratiopharm - antialérgico

Trimetazidina Itraxel – para a doença isquémica do coração

Desloratadina Teva - antialérgico

Infarmed
O presidente do Infarmed acredita que “dentro de dias” poderá surgir o acordo com o laboratório que comercializa o Sofosbuvir,...

Eurico Castro Alves reagia desta forma à notícia do Jornal de Notícias (JN) que hoje dá conta de uma união dos maiores hospitais do país contra a empresa que vende o novo fármaco da hepatite C.

De acordo com o JN, “os hospitais de S. João e de Santo António, no Porto, os Hospitais Universitários de Coimbra, o Hospital de Santa Maria e o Centro Hospitalar Lisboa Central (S. José) decidiram unir-se e tomar uma posição de força contra a farmacêutica norte-americana Gilead Sciences”.

“Os cinco hospitais juntaram-se para interpor uma providência cautelar por abuso de posição dominante contra a empresa que vende o novo fármaco da hepatite C” e “vão fazer queixa na Autoridade da Concorrência”, escreve o matutino.

Sem comentar a iniciativa, Eurico Castro Alves disse que está nas mãos do laboratório uma proposta do Infarmed – sobre o preço do Sofosbuvir – que o presidente do organismo acredita que vai ser bem-sucedida.

Após umas longas negociações, o Infarmed acredita agora que o acordo poderá estar para “dentro de dias”.

Eurico Castro Alves realçou a boa vontade manifestada pela Gilead, que ofereceu cem tratamentos ao SNS, mas lembrou que um outro laboratório também ofereceu 130 tratamentos.

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