Em 2016
A Associação Acreditar vai abrir, no final de 2016, uma casa no Porto para acolher gratuitamente familiares de crianças com...

Segundo Margarida Cruz, a Casa Acreditar, situada num terreno do Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto, cedido à Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro pelo Ministério da Saúde, terá 16 quartos e, ao longo do ano, ajudará mais de 100 famílias.

As obras deverão arrancar ainda este mês, sendo a primeira pedra lançada no próximo domingo, data em que se assinala o Dia Internacional da Criança com Cancro, disse.

“O objectivo desta infraestrutura é receber as famílias deslocadas das crianças com cancro e que estão em tratamento no hospital, evitando que fiquem em habitações com condições precárias”, adiantou.

Margarida Cruz explicou que as famílias podem usufruir gratuitamente da Casa Acreditar e pelo tempo que for necessário, possibilitando-lhe uma vida “o mais próximo da normalidade possível”.

Os únicos custos são os da alimentação, mas as famílias com dificuldades económicas receberão um apoio, revelou.

“É importante que as famílias façam compras e cozinhem para manterem as rotinas diárias”, considerou Margarida Cruz.

A primeira Casa Acreditar do país foi inaugurada em 2002, em Lisboa, seguindo-se Coimbra, seis anos depois.

“Este é um dos momentos mais importantes da história da nossa associação. Cada casa representa a possibilidade real de ajudar mais e mais famílias, e especialmente as crianças e jovens, numa das alturas mais importantes das suas vidas”, realçou.

Margarida Cruz lembrou que as famílias do norte do país não tinham esta “mais-valia”, por isso, este é um projecto “muito desejado”.

O financiamento da obra, com um custo de 1,5 milhões de euros, será feito através de donativos da sociedade civil e empresas que, em conjunto, contribuem já para 92% do orçamento anual da Acreditar.

“Vamos levar a cabo iniciativas solidárias, campanhas de recolha de donativos e reuniões com empresas da região norte para angariar as verbas necessárias”, salientou.

A Acreditar é uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) fundada em 1993 como resultado da mobilização nacional de pais de crianças utentes dos serviços de oncologia pediátrica do país.

A associação ajuda as crianças e suas famílias a superar melhor os diversos problemas que se colocam a partir do momento em que é diagnosticado o cancro, contribuindo para fomentar a esperança.

Neste momento, a Acreditar tem 13 profissionais e cerca de 700 voluntários, trabalho sem o qual era “impossível” fazer o trabalho realizado, garantiu Margarida Cruz.

“A resposta da sociedade civil tem sido fundamental para levar a cabo o nosso trabalho”, terminou.

Criada no Porto
Uma nova associação de apoio aos amputados portugueses foi criada há cerca de um mês, no Porto, com o “objectivo simples” de ...

Em declarações, a presidente da denominada Associação Nacional dos Amputados (ANAMP), Paula Oliveira, explicou que neste momento conta já com cerca de 40 associados, mas apelou aos amputados e suas famílias para que se juntem a este projecto.

“Neste momento, temos já três serviços para oferecer aos nossos sócios nas áreas da psicologia, jurídica e contabilística, são profissionais que estão a trabalhar pro-bono para a associação”, disse.

Para Paula Oliveira, “40 sócios é um número bom para quem começou há cerca de um mês”, mas admitiu que este é “um processo complicado, porque as pessoas querem-se associar e ter benefícios imediatos”.

“Claro que como estamos a começar ainda temos pouco serviços para oferecer, estamos a fazer uma campanha na Internet, temos um ‘site’ www.anamp.pt e uma página no Facebook, onde constam os serviços que já temos disponíveis e os protocolos que já estabelecemos”, acrescentou.

Paula Oliveira foi amputada há oito anos, na sequência de um acidente de viação e, desde então, foi-se apercebendo das “várias lacunas” que existem.

“Ainda no seio hospitalar senti uma falta de apoio moral muito grande, falta de apoio psicológico e de apoios técnicos, quando saí do hospital. Muitas vezes tive de procurar ajuda na internet porque não há ninguém que nos ajude nesse sentido. Decidi, ao fim de oito anos de amputação, que tinha que fazer alguma coisa para ajudar pessoas que estão a viver a mesma situação que eu”, explicou.

A presidente da ANAMP pretende “ajudar as pessoas amputadas que sentem algum pudor de sair à rua, de conviverem, de serem empreendedoras e de quererem ter um emprego, porque sentem vergonha de si”.

“Como eu decidi, ao fim de seis meses de amputação, aceitar-me, para viver e ser feliz, acho que tenho por obrigação fazer alguma coisa para ajudar essas pessoas, tentar mudar mentalidades e ajudar”, frisou.

Paula Oliveira foi amputada aos 34 anos. O acidente aconteceu quando colocava a sinalização de avaria do seu carro. Foi atropelada e esteve hospitalizada durante quatro meses.

“Tive avanços e recuos na minha reabilitação. Usava uma prótese que me magoava muito, sangrava muito. Fiz uma amputação abaixo do joelho, mas por decisão minha, em 2013, decidi avançar para uma reamputação mais acima para poder usar uma prótese com um joelho pneumático e, assim, ter melhor qualidade de vida”, contou.

Paula Oliveira lamentou que não existam em Portugal dados estatísticos oficiais sobre o número de amputados, mas a associação está a recolher dados junto de várias fontes, nomeadamente de hospitais, que lhes permita conhecer melhor a realidade.

“Sabemos que entre 2000 e 2010, dez mil pessoas fizeram amputação transtibial (abaixo do joelho). Se a estes juntarmos todos os outros amputados acima do joelho, ao nível da anca, dos braços e das mãos percebemos que se trata de um número considerável. As nossas estimativas apontam para a existência de cerca de 300 mil amputados em Portugal”, afirmou.

Segundo disse, “não existem dados oficiais no Instituto Nacional de Estatística, porque os amputados estão incluídos no grupo dos deficientes”.

Projecto "Antípodas"
O projecto “Antípodas” vai juntar a fotografia ao som para ajudar a compreender as consequências da doença de Alzheimer para o...

Luís Montanha, fotógrafo de Vila Real, e Pedro Cruz, designer de som de Aveiro, juntaram-se para desenvolver uma exposição de 30 fotografias e áudio que pretende reflectir sobre esta demência.

“O que vê o doente de doente de Alzheimer” é precisamente o desafio a que os mentores do “Antípodas” querem ajudar a responder.

A ideia passa por oferecer um retrato metafórico da doença e das suas consequências, a partir do ponto de vista do próprio doente.

“A fotografia vai ser uma espécie de consciência ou os olhos do próprio doente. Vai assumir mais directamente o ponto de vista do doente”, afirmou Luís Montanha.

O fotógrafo explicou que o projecto é baseado numa experiência vivida com a sua avô, que sofreu de uma demência.

“Acompanhei-a durante meio ano, tempo que me permitiu conhecer de perto a doença e sentir que, através deste projecto, poderia ajudar as pessoas, todos os cuidadores ou familiares, a perceber a complexidade desta patologia”, salientou Luís Montanha.

O responsável quer que o “Antípodas” sirva de alerta. “Esta doença é muito complexa e não pode ser tratada com senso comum, não se trata com lógica, porque é uma doença muito dinâmica, tão depressa o doente passa de um estado de confusão, para um estado de lucidez aparente para um estado de ansiedade, da pessoa querer ir embora, quando está na própria casa”, frisou.

E o que vê o doente? “É muito, muito difícil. Estou a tentar perceber aos poucos. Estou a trabalhar com o espaço da casa da minha avô, porque foi lá que as coisas aconteceram e tentar, se fosse eu o doente, perceber aquele espaço”, respondeu Luís Montanha.

A exposição será instalada numa casa com dois andares, algum mobiliário e fraca iluminação. As fotografias serão acompanhadas de registos sonoros.

Por isso mesmo, o visitante percorrerá o roteiro “muito familiar e intimista” munido de um MP3 e auscultadores, passando “por alguns momentos de confusão e lucidez, numa intermitência com a própria doença”.

“O som será uma espécie de sedativo que pretende que o espectador experiencie o projecto com todos os sentidos possíveis”, acrescentou o designer Pedro Cruz.

Para Luís Montanha, “é importante que o espetador sinta que o lugar é ou foi habitado, que se sinta familiarizado como se fosse a própria casa”.

O resultado será uma “interpretação artística” dos dois promotores, mas o projecto conta também com a colaboração do Centro Apoio Alzheimer Viseu.

O “Antípodas” será exibido em Julho, em Viseu, no âmbito do Festival Jardins Efémeros, que é coprodutor do projecto.

No entanto, neste momento, os promotores estão a desenvolver uma campanha de angariação de fundos para conseguirem os 1800 euros necessários para a impressão fotográfica e a aquisição de dispositivos sonoros.

Depois da estreia do projecto, no Jardins Efémeros de 2015, será lançado um livro e ainda um CD com a faixa sonora produzida para a exposição.

Novo medicamento
Estima-se que a deficiência em Vitamina D afecte cerca de 1.000 milhões de pessoas em todo o mundo.

O défice de Vitamina D é um problema que afecta cerca de 1.000 milhões de pessoas em todo o mundo (1). Dois estudos portugueses apuraram que 65% a 92,7% dos doentes internados no nosso país apresentam défice moderado a grave de Vitamina D (2,3).

A Vitamina D é fundamental para a saúde óssea e força muscular (4), estando recomendada pela Endocrine Society na dose diária de 800 U.I. para prevenção de quedas e fracturas a partir dos 65 anos (5).

Para além dos benefícios esqueléticos e musculares, a Vitamina D tem um papel modulador da resposta imunitária e na fisiologia cardiometabólica, nomeadamente na prevalência de infecções, na regulação do sistema reninaangiotensina e secreção de insulina, respectivamente (4).

Para uma tão elevada prevalência do défice contribui o facto de as fontes alimentares de Vitamina D serem escassas (a maioria dos alimentos apresenta conteúdo não significativo de Vitamina D) e a falta de exposição solar, sendo os idosos e as pessoas institucionalizadas populações de risco (2).

Agora está disponível no mercado português um novo medicamento indicado na prevenção e tratamento da deficiência de Vitamina D, colecalciferol (Vitamina D₃), fruto da investigação e desenvolvimento do Grupo Tecnimede (6).

O medicamento está disponível em comprimidos de 22.400 U.I., fornecendo a dose diária recomendada (800 U.I) de Vitamina D, com a toma de apenas um comprimido por mês (a cada 28 dias) (6).

Referências Bibliográficas: 1 – Holick M. Vitamin D Deficiency. N Engl J Med 2007 Jul 19;357(3):266-81; 2 – Alves M, Bastos M, leitão F, Marques G, Ribeiro G, Carrilho F. Vitamina D – importância da avaliação laboratorial. Ver Port Endocrinol Diabetes Mtab. 2013;8(1):32-39. 3 – Santiago T, Rebelo M, Porto J, Silva N, Vieira J, Nascimento Costa JM. Hipovitaminose D em doentes Internados num Serviço de Medicina Interna. Acta Med Port 2012 Mar-Apr;25(2):68-76. 4 – Lamberg-Allardt C, Brustad M, Meyer HE, Steingrimsdottir L. Vitamin D – a systematic leterature review for the 5th edition of Nordic Nutrition Recommendations. Food Nutr Res 2013 Oct 3;57:22671. 5 – Holick MF, Binkley NC, Bischoff-Ferrari HA, Dordon CM, Hanley DA, Heaney RP, et al; Endocrine Society. Evaluation, treatment, and prevention of Vitamin D deficiency: an Endocrine Society clinical practice guideline. J Clin Endocrinol Metab 2011 Jul;96(7):1911-30. 6 – MOLINAR 22.400 U.I. [Resumo das Características do Medicamento). Sintra – Sociedade Técnico-Medicinal, S.A.; 2014. 

Lojinha ONV
Na semana que antecede o carnaval, época de festa e muitas brincadeiras, a Operação Nariz Vermelho lança a Lojinha ONV, um...

“Com o lançamento da Lojinha ONV, pretendemos facilitar o acesso aos nossos produtos através da compra online e chegar a todos aqueles que querem “meter o nariz” por esta causa”, explica Magda Ferro, Coordenadora de Comunicação e Eventos da Operação Nariz Vermelho (ONV).

Concebida pela empresa especializada em comércio eletrónico Viamodul, a Lojinha ONV está disponível em http://www.narizvermelho.pt/lojinha e arranca com oito artigos solidários.

Narizes de palhaço, t-shirts e ímanes da Operação Nariz Vermelho ou até um par de Paez Nariz Vermelho, para estar sempre na moda, são alguns dos produtos que poderá encontrar na loja online.

Os pagamentos podem ser feitos por transferência bancária, por multibanco ou por Paypal e as entregas são realizadas por correio – de momento apenas em Portugal Continental – ou presencialmente, fazendo o levantamento dos artigos nas instalações da Operação Nariz Vermelho.

Banco Farmacêutico promove
Mais de 130 farmácias de todo o país participam sábado na campanha de recolha de medicamentos para entregar a instituições de...

Entre as 09:00 e as 19:00, 500 voluntários vão recolher em 132 farmácias medicamentos e produtos de saúde não sujeitos a receita médica para distribuir pelos utentes de 75 instituições dos distritos de Lisboa, Setúbal, Santarém, Évora, Beja, Portalegre, Faro, Aveiro, Porto, Vila Real e Bragança.

O objectivo da iniciativa é “sensibilizar os portugueses para a doação de medicamentos e produtos de saúde não sujeitos a receita médica” nas farmácias, onde o farmacêutico garante a qualidade dos remédios doados, refere o Banco Farmacêutico (BF) em comunicado.

“Só podem ser doados medicamentos novos, seguros e de qualidade e que ainda não tenham estado fora do circuito do medicamento (não são aceites medicamentos vindos de casa) e que correspondam à lista de necessidades de cada uma das instituições de solidariedade social contempladas pela recolha”, explica o BF.

No ano passado, aderiram ao programa 122 farmácias que recolheram 10 mil medicamentos e produtos de saúde, no valor de 40 mil euros, que foram distribuídos pelas zonas centro e sul do país. Este ano, a iniciativa estende-se à região norte.

O BF adianta que, em seis anos de Jornadas de Recolha de Medicamentos, “tem-se verificado um sólido crescimento do número de farmácias aderentes, voluntários, instituições apoiadas e também do número de medicamentos recolhidos”.

Desde 2009, ano em que a iniciativa decorreu pela primeira vez em Portugal, tanto o número de instituições apoiadas como o de farmácias associadas a esta causa quase duplicou, registando-se um crescimento que ronda os 190% em ambos os casos.

“Apesar do contexto de crise económica que temos vivido nos últimos anos, a solidariedade dos portugueses mantém-se e tem crescido. É com muita satisfação que constatamos que a cada nova edição da recolha de medicamentos temos a participação de mais farmácias, as doações são em maior número e conseguimos ajudar cada vez mais pessoas, que é o nosso principal objectivo”, afirma o presidente do BF, Luís Mendonça, no comunicado.

O Banco Farmacêutico nasceu em Milão e a primeira Jornada de Recolha de Medicamentos decorreu em Dezembro de 2000. Desde então, a iniciativa tem-se realizado todos os anos no segundo sábado do mês de Fevereiro.

Actualmente, a iniciativa, que também existe em Espanha desde 2007, abrange cerca de 3.500 farmácias e já beneficia mais de 450 mil pessoas carenciadas.

Direcção-Geral da Saúde publica
A propósito do Dia do Doente, a Direcção-Geral da Saúde publicou dados sumários sobre a Saúde dos Portugueses, que apresentam...

De acordo com os dados, a taxa de mortalidade infantil voltou a descer para 2.85 por mil nados vivos e a taxa de mortalidade materna persiste com valores que colocam Portugal na linha da frente em termos mundiais, 8 por 100 mil nados vivos.

Em relação à morte prematura, há, ainda, muitos portugueses que morrem “antes de tempo” e que não atingem os 70 anos de idade, apesar da melhoria recente quando comparada com anos anteriores. A este propósito, Portugal assumiu o compromisso, no contexto da “Saúde 2020” de baixar a taxa percentual actual de 22,6% (estimativa provisória de 2014), para valores inferiores a 20% até à meta referida.

No que respeita à esperança média de vida, as diferenças de género que se verificam, calculada quer à nascença, quer aos 65 anos de idade, mantêm uma tendência de estabilidade ou ligeiramente decrescente. A melhoria desta questão carece de medidas estratégicas adequadas.

Pode consultar o documento aqui.

Durante dois dias
Os técnicos de diagnóstico e terapêutica iniciam hoje uma greve de dois dias, o primeiro dos quais com uma manifestação frente...

A greve, convocada pelo Sindicato dos Técnicos Superiores de Saúde das áreas de Diagnóstico e Terapêutica (STSS), decorre desde as 00:00 de hoje, prolonga-se até às 23:59 de sexta-feira e visa “defender os serviços públicos de saúde e, em especial, o Serviço Nacional de Saúde (SNS)”.

De acordo com o pré-aviso de greve, a paralisação é um protesto contra “o bloqueio negocial das carreiras, imposto pelo Governo, em clara violação da lei”.

Em causa está também “a não revisão das carreiras, associado ao congelamento dos escalões e dos concursos, dos cortes salariais e da depreciação do pagamento do trabalho extraordinário, atingir quase 50% das remunerações a que os técnicos de diagnóstico e terapêutica têm direito”.

O “desemprego galopante, a não substituição dos profissionais aposentados e consequente aumento das cargas de trabalho, desrespeito pelas escalas de trabalho, violações do direito aos descansos semanais e compensatórios e dos limites do trabalho extraordinário, sobrecarga dos regimes de trabalho, com risco para a segurança dos doentes e a qualidade dos desempenhos” são outros dos motivos da greve.

No primeiro dia de greve, os trabalhadores vão manifestar-se no primeiro dia frente ao Ministério da Saúde.

Análises clínicas e outros exames de diagnóstico e terapêutica poderão ser afectados pela greve, que pode ainda ter impacto em cirurgias programadas.

Em comunicado, o STSS considera que o Governo “agravou a discriminação e a violência institucional que vem exercendo sobre” estes profissionais.

Em Novembro do ano passado, os técnicos de diagnóstico já tinham realizado dois dias de greve nacional, exigindo a revisão da carreira, contestando a interrupção de negociações por parte do Ministério da Saúde e reclamando da sobrecarga de trabalho, devido à falta de substituição dos funcionários que se foram aposentando.

Segundo o Sindicato, a necessidade de revisão das carreiras dos profissionais de diagnóstico e terapêutica tem sido reconhecida pelos governos nos últimos 14 anos, sem que ainda se concretizasse a alteração pretendida.

Relativamente ao diálogo negocial, os sindicalistas acusam o actual Ministério da Saúde de bloquear as negociações sem qualquer explicação.

Além destes motivos, os sindicalistas consideram que o Governo veio agravar a “discriminação institucional” destes profissionais.

OMS
O número de pessoas infectadas com a febre hemorrágica Ébola voltou a subir pela segunda semana consecutiva, principalmente na...

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), até ao passado domingo foram confirmados 144 novos casos no espaço de uma semana contra os 124 detectados na semana anterior.

Na Guiné-Conacri foram registados 65 novos casos, contra os 39 detectados há uma semana, refere a OMS, acrescentando que é o número mais elevado desde o início do ano.

Na Serra Leoa foram confirmados 74 novos casos, contra os 80 registados a semana anterior e na Libéria apareceram apenas três novos casos.

“Este aumento do número de casos na Guiné-Conacri e de transmissão generalizada na Serra Leoa demonstram os importantes desafios que ainda precisam ser superados para alcançar zero casos”, alertou a OMS.

Desde o início da epidemia, 22.894 pessoas foram infetadas com o Ébola em nove países e 9.177 morreram.

Todas as mortes, excepto 15, ocorreram na Guiné-Conacri, Libéria e Serra Leoa.

Em países com menos meios
A antiga ministra da Saúde Maria de Belém Roseira defendeu que os países com “menos meios têm de convencer as farmacêuticas a...

A dirigente socialista falava à margem do lançamento do livro “Regulação da saúde”, da autoria de Rui Nunes, depois de questionada acerca do acordo para o fornecimento ao Estado português de um tratamento inovador para a doença.

Maria de Belém acrescentou que “há uma indispensabilidade", já que Portugal está no espaço europeu, "que [o acordo] não se verifique apenas na questão da economia, mas sobretudo naquilo que é a aliança necessária entre os países para lutarem pelos instrumentos tão indispensáveis para garantirem o exercício de direitos fundamentais”.

O livro “Regulação da saúde”, apresentado em Lisboa, faz uma incursão sobre as mais modernas teorias do Estado, em particular sobre a emergência do conceito de “Estado Regulador”, enquanto modelo de Estado que garante o acesso dos cidadãos a determinados bens sociais, por exemplo, a saúde, a educação ou as "utilities" (energia, água, transportes, ambiente, entre outros).

Acerca do livro, que também apresentou, a antiga ministra da Saúde que, “em época onde aquilo que se privilegia são apenas as soluções exactas, aquelas que têm lucro imediato, o professor Rui Nunes faz uma análise e um estudo desta matéria do que é o direito à protecção da saúde”.

Rui Nunes é director do Departamento de Ciências Sociais e Saúde da Faculdade de Medicina do Porto, preside à Associação Portuguesa de Bioética e integrou o Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (2003-2009), sendo actualmente Coordenador do Conselho Nacional para o SNS da Ordem dos Médicos.

ARS
A Administração Regional de Saúde do Centro afirmou que foi atingida a meia centena de unidades de cuidados na comunidade,...

Com a abertura, neste ano, das unidades de cuidados na comunidade (UCC) de Mangualde e Vila de Rei, a Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) atingiu "a meia centena de UCC activas" nos 77 concelhos da região, representando um universo de cerca de um 1,7 milhões de habitantes, referiu a ARSC, em comunicado.

A ARSC frisou que, com a entrada destas duas unidades, passaram a haver mais de cem unidades funcionais (UCC e unidades de saúde familiar) nos seis agrupamentos de centros de saúde da região.

No início do ano passado, foi atingido "o meio milhão de utentes inscritos" nas unidades de saúde familiar (USF) na área de influência da ARSC, número que "aumentou ao longo de 2014", com a abertura de cinco unidades, estando de momento a funcionar 51 USF.

No comunicado, a Administração de Saúde do Centro referiu ainda que há 860 profissionais de saúde a operar nas USF, 310 dos quais médicos.

Nas UCC, "estão envolvidos 522 profissionais", entre enfermeiros, médicos, assistentes técnicos e operacionais, nutricionistas, psicólogos, técnicos de serviço social, fisioterapeutas e higienistas orais, informou.

Associação de bebidas espirituosas
A associação de produtores de bebidas espirituosas pediu ao Governo para reformular a lei do álcool, acabando com a distinção...

Em declarações, o secretário-geral da Associação Nacional de Empresas de Bebidas Espirituosas (ANEBE) saudou os estudos divulgados na terça-feira, que apontam para a ineficácia da nova lei do álcool, em vigor desde meados de 2013.

Numa avaliação aos efeitos desta legislação, o Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD) concluiu que os padrões de consumo dos jovens se mantiveram, recomendando uma legislação mais restritiva.

Na mesma linha, a ANEBE defende que a lei deve ser alterada, colocando os 18 anos como idade mínima para consumo de qualquer tipo de bebida alcoólica.

Segundo o secretário-geral da ANEBE, Mário Moniz Barreto, qualquer discriminação ou distinção da idade em função da bebida é ineficaz e pode dar a ideia errada de que há álcool bom e álcool mau.

Além disso, considera que uma “legislação ineficaz e não adequada à realidade” leva a que a sua aplicação seja difícil.

A nova legislação, publicada em Abril de 2013, veio proibir a venda, disponibilização ou consumo de bebidas espirituosas a menores de 18 anos e de cerveja e de vinho a menores de 16.

Investimento de 5M
As obras estão prontas e, depois das últimas afinações, o edifício receberá investigadores e empresas que queiram inovar na...

O edifício está concluído e já não falta muito tempo para que os laboratórios dedicados à investigação e as salas de incubação de novas empresas ligadas à saúde encham de vida o UBIMedical. Um projecto da Universidade da Beira Interior (UBI) que vem acrescentar mais uma vertente a uma área que começou a evoluir com a criação da Faculdade de Ciências da Saúde (FCS). O espaço espera a instalação Labfit, a primeira “spin off” com origem na UBI que irá trabalhar na nova infraestrutura, e estão já confirmadas mais duas empresas.

Construído nas proximidades de duas instituições, às quais está naturalmente ligado e com as quais trabalhará intimamente – FCS e Hospital Pêro da Covilhã – o UBIMedical representa um investimento superior a cinco milhões de euros, financiado por programas europeus a 75%.

O restante foi pago pela UBI, que acrescenta à capacidade instalada neste setor 1000 metros quadrados dedicados a laboratórios de investigação e uma zona com igual dimensão para receber empresas que se dediquem ao desenvolvimento de novos produtos, soluções ou serviços de alta tecnologia.

Saúde é linha obrigatória
Requisito obrigatório: saúde. “O objetcivo é servir, tal como a nível internacional, como um acelerador de conhecimento, através da investigação, mas também de transferência desse conhecimento para as empresas”, explica Mário Raposo, vice-reitor para a área Financeira e Projectos, que tem acompanhado de perto a instalação da infraestrutura.

Não só na área da saúde, as universidades constituem-se como centros de novas descobertas, a dificuldade reside em fazer chegar esses resultados ao mercado. A forma como o responsável entende que a equação pode ser resolvida “é conseguir que os investigadores, ou eventualmente outros interessados, peguem nas ideias, nas tecnologias, nos produtos e nas patentes que se desenvolvem e transformem isso em coisas comercializáveis”.

Este projecto vai mais além e não deixa de olhar para a região que envolve a UBI, que contribui desta forma para um “cluster” importante, ainda que, naturalmente, os progressos que saírem das salas do UBIMedical terão influência em espaços mais abrangentes. Um trabalho que a UBI já desenvolvia antes e que tem assim continuidade com mais condições. “A aposta que tem sido feita na Faculdade, nos equipamentos, nos laboratórios, na requalificação dos recursos humanos é precisamente com o objectivo de ajudar a melhorar a qualidade de vida das populações que vivem aqui”, salienta Mário Raposo.

Consultas de oftalmologia
No caso do UBIMedical esse trabalho incluirá, na oftalmologia, consultas a pacientes, que poderão assim colaborar também nas investigações, através da análise das duas necessidades. Além desta, irão ser desenvolvidos projetos na bioquímica, biotecnologia, biomedicina, biofísica, indústria farmacêutica, nutrição, medicina desportiva, saúde e bem estar, entre outras.

Essa base, no entanto, não é estanque. “Isto não é um espaço fechado. É um sistema aberto e hoje os sistemas de inovação querem-se abertos”, salienta Mário Raposo, defendendo que “a inovação circula entre várias áreas do conhecimento e nós na Universidade sempre procuramos isso”.

Assim, a expectativa do vice-reitor é que os laboratórios de partida, considerados prioritários em determinadas áreas, não impedirão a instalação ou potenciação de outras. Em especial o dinamismo empreendedor que se pretende, sublinha o elemento da Reitoria: “A fase seguinte é pegar nessa capacitação laboratorial que existe, conseguir criar um dinamismo que leve à criação de spin offs na Universidade, seja por professores e investigadores, seja por alunos de doutoramento ou de mestrado que venham agora fixar-se e ligar-se a estas empresas e a esses laboratórios que estão aqui instalados”.

Ajudas nos custos logísticos
E chegamos à parte dedicada às empresas. Dividido em dois pisos, o UBIMedical destina o superior para os laboratórios e, abaixo, para o empreendedorismo. Sem menosprezo simbólico, porque a dimensão é a mesma e a importância dada à transferência de conhecimento já foi sublinhada. Em termos logísticos, será oferecido o espaço para instalação e funcionamento – custos de electricidade, limpeza e segurança – um auditório e salas de reuniões, “para receber clientes e falar com outras entidades”, explica Mário Raposo.

Os parceiros desta área não têm de estar ligados à UBI. “Podem vir da Universidade – salienta – mas se vierem de fora obviamente que serão bem-vindas e é isso que irá acontecer porque já temos algumas manifestações de interesse de entidades externas”.

Uma coisa é certa, o projecto do UBIMedical não vai resultar no sacrifício financeiro de outros sectores da UBI. Desenhada para funcionar em funding gap, a estrutura “não é um centro de custos para a Universidade”, explica o vice-reitor para a área Financeira, concluindo: “Tem de gerar receitas para pagar aquilo que consome. Aquilo que se vai fazer é na ótica de gerar rentabilidade”. Tudo isto prevendo o investimento que é necessário nos primeiros tempos.

No prazo de 15 anos, os custos terão de ser iguais aos proveitos

15 de Fevereiro
A ANGEL – Associação de Síndrome de Angelman de Portugal associa-se uma vez mais ao Dia Internacional da Síndrome de Angelman...

Para assinalar a data em Portugal, a associação irá organizar uma largada de balões em diversos pontos do país, nomeadamente no Estoril, em Portel, na Ilha do Pico, em Coimbra e em Faro.

O objectivo da acção é promover uma maior visibilidade sobre os sintomas associados a esta doença rara, para que haja um diagnóstico mais célere e, por consequência, uma abordagem de tratamento correcta e mais imediata de cada caso.

De acordo com a secretária-geral da ANGEL, Catarina Costa Duarte, “a associação já conseguiu identificar mais de 60 crianças com Síndrome de Angelman em Portugal, mas acreditamos que ainda haja outros casos mal diagnosticados. O que pretendemos com estas acções é chamar a atenção para esta síndrome e para a nossa associação, de modo a podermos prestar auxílio, informação e apoio aos familiares de portadores desta doença, bem como a profissionais e técnicos de saúde, investigadores e demais interessados.”

O Dia Internacional da Síndrome de Angelman será ainda marcado pelo lançamento do novo site da associação portuguesa e pela apresentação de um filme sobre esta doença rara que será disponibilizado online.

 

Sobre a Síndrome de Angelman

A síndrome de Angelman é uma doença genético-neurológica que se estima que afecte um em cada 15 mil bebés. Descoberto em meados da década de 60 pelo médico Harry Angelman, esta síndrome é causada, na maioria dos casos, pela ausência ou imperfeição do cromossoma 15 herdado da mãe.

A doença manifesta-se por volta do sexto mês de vida, ao verificar-se um atraso no desenvolvimento psicomotor, como um atraso severo no desenvolvimento, dificuldade na fala, distúrbios no sono, convulsões, movimentos desconexos e sorriso frequente.

A ANGEL foi constituída em Portugal em 2012 por um grupo de pais de crianças portadoras de Síndrome de Angelman, que sentiram a necessidade de reunir/concentrar esforços na vida diária para oferecerem uma vida melhor aos seus filhos.

Dia Internacional da Criança com Cancro – 15 de Fevereiro
O cancro é a primeira causa de morte infantil, não acidental, após o primeiro ano de vida. Nos últimos 5 anos, foram...

Atenta a esta realidade a União Humanitária dos Doentes com Cancro (UHDC) define como prioridade para 2015 uma maior aposta na dinamização da sua valência de apoio a crianças com cancro e seus familiares.

A UHDC é uma Associação Humanitária, de Solidariedade Social e de Beneficência, sem fins lucrativos que conta com o Apoio Multidisciplinar a Crianças com Cancro. Esta valência consiste na prestação integrada de diversos apoios gratuitos e específicos a crianças com cancro, nomeadamente, acompanhamento pedagógico, psicológico, assistência social, terapia familiar e terapia de grupo.

Cláudia Costa, representante da UHDC explica que “esta valência é aberta não só a crianças (e jovens) com cancro, mas também a crianças familiares de doentes com cancro, nomeadamente, crianças em processo de luto. O cancro pediátrico arrasa assim cerca de 3000 famílias portuguesas anualmente. Estas crianças passam por internamentos sucessivos, tratamentos, cirurgias, por processos traumáticos fisicamente e psicologicamente, tanto para elas como para as suas famílias, tornando-se essencial o apoio que desenvolvemos para ajudar estas crianças e familiares a superarem da melhor forma o cancro”.

Este ano a UHDC pretende apostar ainda mais no apoio a crianças com cancro. Como explica Cláudia Costa “porque estamos cientes da importância do apoio a crianças com cancro, este ano pretendemos dinamizar ainda mais a nossa valência de Apoio Multidisciplinar a Crianças com Cancro através de parcerias e contactos com Escolas e os institutos de oncologia”. 

Em Março
Um grupo de hospitais árabes, o National Guard, University & Research Hospitals, anunciou que vem em Março a Portugal...

Segundo o Público, as entrevistas (presenciais) irão decorrer em Lisboa em 13 e 14 de Março próximo, e o objectivo é recrutar não só enfermeiros mas também técnicos de análises clínicas e de radiologia, fisioterapeutas, perfusionistas/cardio-pneumologia, segundo o anúncio que foi tornado público esta terça-feira por André Leite, da empresa FFF Healthcare. Uma empresa que no ano passado foi notícia por ter intermediado a ida de um grupo de médicosportugueses para Arábia Saudita, Kuwait, Jordânia e Emirados Árabes Unidos.

Os hospitais árabes pretendem agora enfermeiros para muitas áreas, desde bloco operatório a cuidados intensivos, a pediatria e neonatologia e obstetrícia, cirurgia-geral, ortopedia, emergência e reabilitação, entre outras, segundo o anúncio.

A empresa adianta que dispõe ainda de “vagas seniores “ para directores de enfermagem, chefes de serviço e coordenadores de equipa.  No caso dos directores de enfermagem, “os salários líquidos anuais isentos de impostos podem ascender aos 95 mil euros por ano”, diz. Nos outros casos, variam entre "43 mil e 70 mil euros".

As horas extraordinárias, acrescenta, serão pagas à parte (“200 euros por turno até mil euros/mês”) e os hospitais oferecem" 54 dias de férias pagas por ano com oferta de duas viagens de avião por ano (ida e volta)". Os contratos são “anuais e renováveis automaticamente”.

Os interessados devem enviar o curriculum vitae em inglês e só depois serão seleccionados para entrevistas com elementos da direcção de recursos humanos deste grupo privado de hospitais.

Esta empresa já tinha vindo a Portugal contratar enfermeiros e já tem vários profissionais de saúde portugueses a trabalhar nesta parte do mundo desde há algum  tempo. No final do ano passado, foi notícia porque em questão estava o recrutamento, para hospitais da Arábia Saudita, de médicos, a quem ofereciam salários de até 11 mil euros por mês e alojamento para a família. O anúncio foi então publicado no site da Ordem dos Médicos. 

O grupo de hospitais do Ministério da Saúde da Arábia Saudita e do Al–Mouwasat Medical Services Co (com unidades na Arábia Saudita, Kuwait, Jordânia e Emirados Árabes Unidos) procurava profissionais com pelo menos três anos de experiência em 15 especialidades diferentes.

Estudo
Um quarto dos adolescentes dorme menos de sete horas por noite e apenas 20% dormem mais de nove horas, revela um estudo sobre...

Realizado pela Associação Portuguesa de Cronobiologia e Medicina do Sono (APCMS), o estudo procurou identificar as características do sono nos adolescentes, tendo inquirido 354 jovens de várias escolas do país em 2013.

Segundo o estudo, a maior parte dos adolescentes (cerca de 67%) dorme entre sete e nove horas, o que, segundo os especialistas, “é insuficiente”, uma vez que o ideal seria dez horas, e comporta “riscos reais” para os jovens, como mau desempenho escolar e adopção de comportamentos desviantes.

Em declarações, o presidente da associação e coordenador do estudo, Miguel Meira e Cruz, disse que estes dados “não são surpresa”, mas “vêm cimentar a preocupação que existe sobre a restrição e privação do sono” nos adolescentes.

“Os adolescentes não têm grandes regras para ir para a cama, fisiologicamente também estão mais propensos para se deitarem mais tarde, disse Miguel Meira e Cruz.

Por outro lado, têm muito mais focos de atenção, como as saídas à noite, estudar durante a noite, as discotecas, os telemóveis, as redes sociais.

Segundo o especialista, os adolescentes privados de sono têm maior probabilidade de terem acidentes, um pior rendimento e comportamento escolar e problemas de saúde, porque o sistema imunitário fica mais débil.

Também “têm mais comportamentos de risco, consomem mais substâncias nocivas, bebem mais álcool e têm comportamentos desviantes”, sublinhou.

Helena Loureiro, coautora do trabalho, apontou diversas explicações para os resultados do estudo, divulgados a propósito do Dia Mundial do Sono (13 de Março).

“Entre outros motivos importantes, prevalecem hábitos desajustados, consumo calórico excessivo e implementação deficitária de regras elementares de higiene do sono”, disse Helena Loureiro.

Perante estes resultados, Miguel Meira e Cruz defendeu que têm de ser mantidos esforços para mudar comportamentos e educar a população jovem e, sobretudo, as famílias para que “o sono, algo fundamental à vida, essencial para o desenvolvimento, saúde e bem-estar, tenha um papel central na vida dos jovens”.

O estudo também analisou o cronotipo destes adolescentes (vespertinos, intermediários ou matutinos) e a sua interacção com a duração do sono e sonolência.

“Constatámos que existia uma correlação inversa entre sonolência e cronotipo, ou seja, parece que os vespertinos são mais afectados pela sonolência e suas potenciais consequências”, explicou Miguel Meira Cruz.

Por outro lado, a relação linear directa entre o cronotipo e a duração de sono permite concluir que os matutinos têm maior tempo de sono, provavelmente porque se deitam mais cedo e são mais regrados.

Para o coordenador do estudo, seria vantajoso “definir e adequar horários em função do relógio biológico dos estudantes, o que não é feito”.

Miguel Meira Cruz adiantou que estes problemas levam muitos jovens às consultas do sono. “Muitas vezes chegam-nos à consulta com dificuldades em manterem-se acordados durante as aulas, com sonolência”.

Segundo o especialista, estas situações são relativamente fáceis de tratar, na maioria das vezes não envolve fármacos, mas “requerem uma disciplina do adolescente, mas também da família”, para mudar hábitos e comportamentos.

Retirados do mercado
Um quarto dos suplementos alimentares que as autoridades recolheram no último ano para análise apresentavam substâncias activas...

Em comunicado conjunto, os dois organismos apresentam o resultado de um protocolo assinado há um ano para “reforçar o controlo dos suplementos alimentares que, na sua composição, contenham substâncias activas com acção farmacológica utilizadas em medicamentos, constituindo assim um risco para a saúde pública”.

No seguimento desta acção, foram colhidos “98 suplementos alimentares que se encontravam disponíveis no mercado, suspeitos de falsificação e/ou adulteração com substâncias com acção farmacológica”.

“Do total de produtos colhidos, 58 suplementos são produtos destinados ao emagrecimento e 40 são suplementos destinados à melhoria do desempenho sexual”, lê-se na nota da autoridade que regula o sector do medicamento e da Autoridade da Segurança Alimentar e Económica (ASAE).

Estas autoridades anunciaram que tomarão “as medidas adequadas de retirada do mercado e instauração dos respectivos processos de contraordenação", bem como darão continuidade "ao controlo dos suplementos alimentares colocados no mercado”.

Em São Tomé e Príncipe
O Fundo Global anunciou um donativo de cinco milhões de dólares para financiar programas de erradicação do paludismo em São...

"O Fundo já anunciou a nova subvenção para o país que é de cerca de cinco milhões de dólares (4,42 milhões de euros) para os próximos três anos, de 2015 a 2017", disse Mamisoa Rangers, que se encontra na capital são-tomense para discutir formas de aplicação desta verba.

Desde 2005 que o Fundo Global constituiu-se num dos maiores financiadores dos programas de luta contra o paludismo, tuberculose e HIV/SIDA em São Tomé e Príncipe, colocando à disposição do Governo são-tomense avultadas somas que são geridas pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

Este ano, com vista a preparar um novo programa, o Fundo Global fez deslocar ao arquipélago três representantes para analisar com o Centro Nacional de Endemias são-tomense novas intervenções no combate a malaria.

"O Fundo Global não tem presença no país e depende dos beneficiários para executar as subvenções que acorda. Em São Tomé e Príncipe, o PUND é o beneficiário principal das subvenções acordadas para programas de luta contra HIV, tuberculose e paludismo em São Tomé", disse Mamisoa Rangers, para justificar a presenças de três especialistas do fundo na capital são-tomense.

A reunião multissectorial entre o Governo são-tomense, Fundo Global, PNUD e outros parceiros acontece uma semana depois do início do nono ciclo de pulverização domiciliar com Bendiocard, produto aprovado pela Organização Mundial da Saúde para matar os mosquitos causadores do paludismo.

O paludismo deixou de ser, há mais de cinco anos, a principal causa de mortalidade e morbilidade em São Tomé e Príncipe.

Segundo fonte hospitalar, nos últimos anos não se registou qualquer morte por paludismo, "apesar de alguns casos de internamento para tratamento".

Na ilha do Príncipe, a situação é ainda mais animadora. Desde 2005 que não se regista qualquer caso de mortalidade nem mesmo de internamento.

Ministério da Saúde
A isenção do pagamento do transporte para os doentes transplantados ou insuficientes renais crónicos que façam diálise ou...

O anúncio foi feito, em comunicado, pelo Ministério da Saúde, que assinala o Dia Mundial do Doente com a alteração da "portaria sobre o transporte de doentes não urgentes", alargando isenções e a garantia de alguns encargos.

A isenção é também alargada aos doentes com paralisia cerebral e com situações neurológicas que resultem em limitação motora.

A alteração do diploma, anunciada terça-feira, tem por objectivo "alargar aos utentes com paralisia cerebral e situações neurológicas, que resultem em limitação motora, a isenção de pagamento dos encargos com o transporte necessário à realização dos cuidados de saúde determinados pela sua condição clínica", segundo o Ministério.

"Para os doentes transplantados e insuficientes renais crónicos que realizem diálise peritoneal ou hemodiálise domiciliária, o Serviço Nacional de Saúde passa igualmente a assegurar os encargos de transportes, independentemente do número de deslocações mensais", sublinha-se no documento divulgado terça-feira pelo Ministério da Saúde.

“Para todas estas situações, a isenção deixa de depender, como até agora, da insuficiência económica e da prescrição médica”, acrescenta o texto divulgado.

O comunicado divulgado terça-feira destaca ainda a descida da mortalidade infantil em Portugal no ano passado.

De acordo com os números já divulgados pela Direcção-Geral da Saúde (DGS), no passado mês de Janeiro, registou-se "uma taxa de mortalidade infantil a descer para 2,85 por mil nados vivos", em 2014.

No ano passado, em Portugal, verificaram-se 238 mortes infantis, até ao primeiro ano de vida, o valor mais baixo de sempre em números absolutos, quando as estimativas apontavam para a existência de 83.511 nascimentos nesse ano.

Segundo os dados do sistema de informação dos certificados de óbito (SICO), esta é a segunda melhor taxa de mortalidade, tendo a mais baixa - 2,53 - sido registada em 2010, ano em que o número absoluto de mortes, no primeiro ano de vida, foi 256, mas o número de nascimentos foi de 101.381.

O Ministério da Saúde destacou ainda a aprovação na terça-feira do Plano Nacional para a Segurança dos Doentes 2015-2020, no âmbito da Estratégia Nacional para a Qualidade da Saúde.

Globalmente, este Plano tem por objectivo garantir a maior segurança possível dos doentes, evitando incidentes, que na maioria dos casos surgem ligados a defeitos organizacionais e não à competência técnica dos profissionais, segundo o documento publicado hoje em Diário da República.

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