Ordem dos Enfermeiros
A Ordem dos Enfermeiros afirmou que a contratação de “umas dezenas de profissionais de enfermagem”, anunciada pelo ministro da...

O titular da pasta da Saúde, Paulo Macedo, “anunciou recentemente a contratação de umas dezenas de profissionais de enfermagem, mas esta medida, aparentemente reactiva, apenas pretende responder ao alarme social que a morte de utentes nas urgências provocou”, sustenta a Secção Regional do Centro (SRC) da Ordem dos Enfermeiros (OE).

A decisão do Ministério da Saúde (MS) surge “depois de o país assistir à incapacidade dos serviços de urgência em gerir o fluxo de utentes e de lhes dar a resposta adequada e em tempo útil”, sublinha a Secção do Centro da OE, considerando que a contratação daqueles profissionais pretende “apenas camuflar um problema, mas não resolvê-lo”.

Os doentes que “recorram às urgências terão de ser encaminhados para outros serviços para receberem os cuidados de saúde de que necessitam, mas nestes serviços as lacunas de profissionais de enfermagem também existem, e com idêntica gravidade”, adverte a SRC da organização dos profissionais de enfermagem.

A SRC da OE “tem vindo a comunicar às administrações regionais de saúde e a outras entidades com responsabilidades nesta matéria as graves carências de enfermeiros nos serviços de internamento”, mas “só pontualmente é desbloqueada a contratação de alguns profissionais, sempre em número manifestamente insuficiente”, assegura a Ordem, referindo na região Centro casos como os dos centros hospitalares de Entre Douro e Vouga, de Tondela/Viseu e do Baixo Vouga.

“Se o caos ainda não se instalou noutros serviços, muito se deve à dedicação dos profissionais de enfermagem que, exaustos, com dezenas de horas de trabalho a mais cada mês procuram evitar que os serviços entrem em colapso”, afirma a Ordem.

O recente anúncio de novas contratações, feito pela tutela, é “obviamente bem-vindo”, afirma ainda a SRC da OE, que manifesta, no entanto, preocupação que “possa ser apenas uma medida reactiva e que apenas responde ao alarme social, e não à consciência de uma necessidade”.

A Secção do Centro da OE questiona, por isso, se o MS “vai adoptar uma política de gestão do caos, como aconteceu com as urgências hospitalares” e aguardar que “situações graves aconteçam noutros serviços, para minorar as críticas lacunas de profissionais de enfermagem”.

Ministro da Saúde garante
O ministro da Saúde, Paulo Macedo, sublinhou que o recrutamento de médicos para o Serviço Nacional de Saúde tem a ver com a...

Paulo Macedo salientou que "há claramente financiamento" para o recrutamento de médicos e explicou que "a questão é a escassez destes profissionais em certas especialidades".

Depois da visita a dois centros de saúde da região de Lisboa com prolongamento de horário aos dias de semana e ao sábado por causa do surto de gripe, o governante afirmou que, no ano passado, foram recrutados "todos os médicos de medicina geral e familiar disponíveis em Portugal".

Acompanhado pelo secretário de Estado Ajunto do Ministro da Saúde, Leal da Costa, Paulo Macedo notou que não só se recrutaram médicos de medicina geral e familiar que "terminaram a especialidade" como se abriu "a possibilidade de quem está no sector privado poder vir para o público".

"Vamos fazer este ano novamente para diferentes especialidades hospitalares", garantiu o membro do Governo, acrescentando que se preconiza o recrutamento de "todos aqueles que há necessidade no Serviço Nacional de Saúde (SNS)", como, por exemplo, "radiologistas e anestesistas".

O ministro da Saúde referiu ainda que "é para manter" o prolongamento do horário dos centros de saúde, das 20:00 às 22:00 nos dias de semana e das 10:00 às 14:00 aos sábados.

"Para já, estamos satisfeitos, não estamos nada arrependidos", disse, garantindo que o alargamento extraordinário se prolongará "até final de Fevereiro".

Nas visitas realizadas à Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados, em Linda-a-Velha, e ao Centro de Saúde de Alcântara, o número de utentes foi muito escasso, porém Paulo Macedo afirmou que, no agrupamento, foram observadas "cerca de 160 pessoas durante a semana".

"O que entendemos é que há um conjunto potencial dessas pessoas que iriam à urgência [hospitalar]", frisou o ministro, observando que "independentemente de haver mais ou menos pessoas ou por simplesmente termos uma mudança total daquilo que é o surto da gripe, assume-se este custo, o que interessa é servir as pessoas".

O alargamento de horário em centros de saúde foi implementado na Região do Vale do Tejo, "com uma oferta de fim-de-semana de mais de 2 mil consultas", e em algumas unidades no norte e centro.

"Houve outras administrações regionais de saúde, nomeadamente no Alentejo e Algarve, que acharam que não era preciso ter prolongamento", disse

Abre em Abril
O primeiro centro português de formação de cuidados de desenvolvimento para bebés prematuros em Portugal vai abrir no dia 1 de...

“Em 1 de Abril 2015, o Centro Hospitalar de São João inaugurará o centro de formação, com a possibilidade de receber candidaturas de outros hospitais”, disse a directora do Serviço de Neonatologia do Hospital de São João, Hercília Guimarães.

Segundo aquela médica, “será o primeiro e único centro português integrado na rede Newborn Individualized Developmental Care and Assesment Program (NIDCAP)”.

A Federação Internacional NIDCAP é uma organização profissional, sem fins lucrativos, sediada na Harvard Medical School e no Brigham and Woman´s Hospital and Children´s Hospital em Boston (EUA), que é a agência responsável por supervisionar a qualidade da formação do centro.

O programa NIDCAP foi criado para permitir a aprendizagem específica da observação e avaliação do desenvolvimento dos bebés prematuros e em risco.

“Um dos objectivos fundamentais do programa é fornecer um apoio à formação dos profissionais das unidades de cuidados intensivos neonatais que desejem oferecer cuidados numa perspectiva individualizada, centrada na família e no desenvolvimento neurocomportamental do bebé prematuro”, acrescenta Hercília Guimarães, assumindo que se trata da “concretização de um sonho” que começou em 2003, altura em que foi a Boston.

A partir de próximo dia 1 de Abril, uma equipa, constituída por quatro enfermeiras, duas médicas e uma psicóloga, vai poder dar formação de cuidados de desenvolvimento para bebés prematuros a profissionais falantes de língua portuguesa.

O centro de formação destina-se a todos os profissionais de saúde que trabalham nas Unidades de Neonatologias entre os quais: médicos, enfermeiros, psicólogos, técnicos de fisioterapia e terapia ocupacional, entre outros.

Com a criação do primeiro centro de formação de cuidados de desenvolvimento de bebés prematuros, Portugal junta-se a Itália, Espanha, França, Reino Unido, Suécia, Noruega, Holanda, Israel, Argentina e Estados Unidos.

O primeiro centro de formação de cuidados de desenvolvimento de bebés é certificado pelo Newborn Individualized Developmental Care and Assessment Program (NIDCAP), e é “um grande desafio" e uma "enorme responsabilidade e comprometimento que todos os profissionais da Neonatologia do Centro Hospitalar do São João assumem", explicou Hercília Guimarães.

Ministro da Saúde diz
O ministro da Saúde, Paulo Macedo, defendeu que o perfil dos utentes que procuram as urgências não sofreria alterações por...

Paulo Macedo respondia desta forma à proposta, feita pelo secretário-geral do PS, António Costa, de isenção do pagamento de taxas moderadoras para os utentes que recorrem às urgências dos centros de saúde com doença aguda, medida que defendeu ser extraordinária e temporária.

"A Direcção-Geral da Saúde (DGS) já se pronunciou sobre isso. Não há qualquer motivo, técnico ou clínico, que altere o perfil da procura, por haver ou não isenção das taxas [moderadoras]", disse o governante no final de uma visita ao Hospital Amato Lusitano (HAL) de Castelo Branco.

O ministro da Saúde recordou que nos números da execução orçamental do ano de 2014, hoje conhecidos, verificou-se que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem "contas equilibradas".

"Temos uma diminuição do valor das taxas moderadoras. Ao contrário do que propôs a ‘troika’, não aumentamos as taxas, inclusive elas diminuíram", sublinhou.

O governante sublinhou que, nos cuidados primários, o valor das taxas moderadoras é ainda mais diminuto.

"As taxas não são uma razão que altere o perfil de procura de serviços e de oferta de serviços. Relembro que, para além da maioria da população estar isenta [do pagamento de taxas moderadoras], designadamente os mais idosos, ninguém fica por atender por não ter dinheiro para as taxas moderadoras", concluiu.

Três anos após lei o permitir
Três anos após entrar em vigor, a cobrança coerciva de taxas moderadoras em atraso pelas Finanças ainda não arrancou, estando...

De acordo com a legislação publicada em Junho de 2012, “constitui contra-ordenação, punível com coima, a utilização dos serviços de saúde pelos utentes sem pagamento de taxa moderadora devida, no prazo de 10 dias seguidos após notificação para o efeito”.

A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) é a entidade competente para a instauração e instrução dos processos de contra-ordenação, bem como para a aplicação da coima.

As Finanças só poderão instaurar os processos após receberem informação sobre as taxas moderadoras por pagar, e respectivos utentes infractores, o que deve ser feito pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS).

A ACSS “procede à emissão e envio à Autoridade Tributária e Aduaneira, da certidão de dívida a que se refere o número anterior sempre que o montante em dívida seja igual, ou superior, a dez euros”, lê-se na legislação.

Fonte do gabinete do ministro da Saúde disse que, até hoje, “ainda não estão a ser comunicados à Autoridade Tributária e Aduaneira, para cobrança coerciva, quaisquer valores relativos a dívidas de taxas moderadoras devidas pela utilização de serviços de saúde”.

Questionado pela Lusa, o ministro da Saúde disse que este atraso não o preocupa e que considera adequado ser as Finanças a realizar esta cobrança coerciva, tal como acontece com portagens em falta ou bilhetes de transporte por pagar.

Sobre os montantes que não estão a ser cobrados – a lei define que “o produto da coima cobrado no processo de contra-ordenação reverte para o Estado (40%), para a entidade que elabora o auto de notícia (35%) e para a AT (25%)” – Paulo Macedo diz que não são significativos. “Devem, contudo, ser cobrados”, adiantou.

Segundo os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), para “agilizar o processo de pagamento de taxas moderadoras em dívida, tornando mais fácil e mais cómodo o processo de pagamento para os utentes”, foi criado um sistema informático: o Sitam. O Sitam é um sistema centralizador que permite a gestão de emissão de cartas e notificações dos pagamentos e cobranças. O projecto-piloto do Sitam arrancou no final de 2014 no Centro Hospitalar do Alto Ave e, segundo a SPMS, deve ser “alargado progressivamente a toda a rede de unidades” do Serviço Nacional de Saúde (SNS) durante o primeiro trimestre deste ano.

Para 80M€
O Creating Health, gabinete de apoio à captação de financiamento para inovação e investigação na saúde, que será lançado hoje,...

O projecto é apresentado publicamente hoje [26 de Janeiro] na Universidade Católica, num evento que conta com a presença do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.

"O Creating Health - Research and Innovations Funding é um gabinete de apoio à captação de financiamento para Inovação e Investigação (I&I) em saúde, com enfoque inicial no programa-quadro de I&I da União Europeia, Horizonte 2020, sob a coordenação da área de Saúde Pública do Instituto de Ciências da Saúde (ICS) da Universidade Católica Portuguesa", explicou o fundador do projecto, Ricardo Baptista Leite.

"Trata-se de uma iniciativa através do apoio de várias instituições e que se diferencia pela prestação de um serviço público, sem fins lucrativos, e especializado na área da saúde" que conta com o "alto patrocínio de sua excelência o senhor Presidente da República e o apoio institucional do Governo", acrescentou.

Questionado sobre qual é a meta em termos de captação de fundos, Ricardo Baptista Leite explicou que o "objectivo será apoiar e contribuir activamente para a ambição nacional de pelo menos duplicar o investimento europeu, a nível dos fundos europeus disponibilizados, em Portugal na área da saúde".

Baptista Leite recordou que do fundo europeu que esteve em vigor entre 2007 e 2013, com cerca de 6,1 mil milhões de euros, "Portugal conseguiu captar apenas 40 milhões de euros (...), apesar da reconhecida excelência e potencial de investigação e inovação nacionais, Portugal esteve sistematicamente abaixo da média europeia na captação destes fundos".

Por isso, o Creating Health "quer duplicar este valor, permitindo assim grandes ganhos e impulsionado a investigação e a inovação e a implementação de projectos de saúde", os quais se espera que "possam ter uma maior tradução em produtos e serviços de valor para saúde, para a sociedade, com impacto no mercado para impulsionar o crescimento e mais oportunidades de emprego".

Relativamente ao investimento neste projecto, Ricardo Baptista Leite disse que "é significativo em termos de recursos humanos e de parcerias internacionais".

Esta é uma iniciativa "sem fins lucrativos, por via da acção de responsabilidade social de várias empresas patrocinadoras das áreas da saúde e das telecomunicações", sublinhou o fundador, adiantando que "como academia, o Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica entendeu que está estrategicamente posicionada para poder prestar um serviço público de apoio às instituições nacionais na captação de financiamentos para projectos de saúde".

Segundo Ricardo Baptista Leite, "há um importante empenho do Creating Health na construção de redes com e entre instituições locais e internacionais para o estabelecimento de sinergias e parcerias estratégicas para a formação de consórcios europeus e internacionais, apoiando com isto a internacionalização da comunidade nacional de investigação e inovação".

Em diversos domínios
A Misericórdia do Fundão vai candidatar diversos projectos ao próximo quadro comunitário de apoio, no qual vê "uma janela...

"Vemos nele [Portugal 20/20] uma janela de oportunidade em diversos domínios, que procuraremos aproveitar da melhor forma, candidatando projectos em diversas áreas tendo sempre em vista, de forma directa ou indirecta, a prossecução dos objectivos, espírito e missão da instituição", afirmou.

Eleito para o segundo mandato consecutivo à frente da Santa Casa da Misericórdia do Fundão (SCMF), este responsável apontou como projectos a candidatar a remodelação do Lar da Misericórdia e a requalificação das Casas do Bairro de Santa Isabel, que deverão ser transformadas em "residências assistidas".

No âmbito do turismo, a SCMF pretende levar a cabo a requalificação da Estalagem da Neve, unidade hoteleira que é propriedade desta instituição e que, durante anos, esteve concessionada a privados.

"Queremos devolver ao Fundão um empreendimento hoteleiro de elevada qualidade que possa constituir uma oferta turística diferenciada que conjugue alojamento e restauração de qualidade com arte e cultura", afirmou Jorge Gaspar.

Já na área da educação, a instituição deverá apresentar uma candidatura para a ampliação da Academia de Música e Dança do Fundão, que tem actualmente 600 alunos.

Jorge Gaspar prometeu ainda que ao longo dos próximos quatro anos continuará a trabalhar para aumentar a qualidade da resposta social de todas as valências da SCMF, bem como para conseguir a sustentabilidade financeira da instituição, ponto que aliás colocou no "topo das prioridades".

"Atingimos equilíbrio operacional, mas falta algum caminho para atingirmos o equilíbrio financeiro", disse, referindo que no anterior mandato se passou de um passivo de quase meio milhão de euros para resultados operacionais positivos de cerca de 200 mil euros.

Durante a cerimónia - na qual marcaram presença, entre outros, o presidente da Câmara do Fundão e o presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar da Cova da Beira - o provedor também abordou a questão da devolução do Hospital do Fundão à SCMF, garantindo que tal não colide com o protocolo que tinha sido previamente assinado entre estas três entidades.

Prometeu ainda que no processo negocial procurará "capacitar o hospital com novas valências ou com o reforço das já existentes" e reiterou que o hospital continuará no Serviço Nacional de Saúde e que não haverá acréscimo de custos para a população.

A SCMF dá actualmente resposta a 1.800 utentes e conta com mais de 300 trabalhadores.

 

União das Misericórdias quer bloco operatório para o Hospital do Fundão

A União das Misericórdias Portuguesas (UMP) vai reivindicar a abertura de um bloco operatório no Hospital do Fundão, no âmbito da transferência da gestão da unidade para a misericórdia local, disse hoje um representante daquela instituição.

Humberto Carneiro, que em nome da UMP é coordenador do grupo de trabalho para a devolução dos hospitais às misericórdias, explicou que, a ser aprovado, esse bloco deverá servir para a realização de pequenas cirurgias das especialidades médicas que sejam asseguradas pelo Hospital do Fundão.

"O bloco operatório do Fundão foi desactivado, mas nós, por princípio, defendemos o mesmo que aconteceu em Serpa", disse, referindo-se ao facto de no caso alentejano ter sido acordada a construção de um bloco operatório para as especialidades de Dermatologia, Oftalmologia e Ortopedia, a concretizar em 2016.

Humberto Carneiro, que falava durante a cerimónia de posse dos órgãos sociais da Santa Casa da Misericórdia do Fundão (SCMF), explicou que "faz todo o sentido" que as intervenções cirúrgicas da especialidade sejam feitas no mesmo local da consulta, "por uma questão de eficiência e de equilíbrio do próprio hospital".

"Não faz sentido que as consultas sejam feitas no Fundão e depois se faça a transferência dos utentes para outro hospital, onde o médico que faz a cirurgia tem a necessidade de fazer a consulta pré-operatória de diagnóstico, porque isso era duplicar custo", fundamentou.

A eventual abertura de um serviço de urgência para este hospital do distrito de Castelo Branco também será outra das questões que a UMP promete colocar "em cima da mesa", apesar de Humberto Carneiro assumir que nesse caso concreto a situação "é mais complexa".

O representante da UMP recusou a ideia de que a devolução seja uma privatização, explicou que esta unidade hospitalar continuará integrada no Serviço Nacional de Saúde e assegurou que em relação aos utentes não se alterará "absolutamente nada".

Quanto à poupança de 25% que está prevista na lei que regulamenta esta devolução, Humberto Carneiro referiu que poderá ser obtida em aspectos de gestão, como seja a opção "por uma estrutura mais ligeira" nos quadros directivos.

O provedor da SCMF que tomou posse para um novo mandato, Jorge Gaspar, sublinhou que aquela entidade "não pretende a devolução do hospital a qualquer custo" e deixou a promessa de que no processo negocial procurará "capacitar o hospital com novas valências ou com o reforço das já existentes".

A intenção de transferência da gestão do Hospital do Fundão, que actualmente integra o Centro Hospital da Cova da Beira, foi formalizada a 16 de Dezembro de 2014, na assinatura do "Compromisso de Cooperação para o Sector Social e Solidário", no qual também está prevista a passagem dos hospitais de Santo Tirso e de São João da Madeira para a alçada das misericórdias locais.

Grupo de Estudos de Tumores Neuroendócrinos
Um em cada três doentes com tumores neuroendócrinos tem a doença em estado avançado e disseminada por outros órgãos, segundo um...

O Grupo de Estudos de Tumores Neuroendócrinos vai apresentar os resultados de um estudo nacional que envolveu quase 300 doentes de 15 hospitais, no Congresso de Endocrinologia 2015, que decorre no Funchal.

Segundo Ana Paula Santos, coordenadora do grupo, “um em cada três doentes já apresentava a doença disseminada para outros órgãos, sobretudo o fígado”.

Nos casos em que o tumor estava ainda localizado, a maioria dos doentes foi operada, ficando sem doença aparente.

No caso dos tumores avançados, a maioria fez tratamento médico, com poucos efeitos adversos, tendo a quimioterapia sido instituída numa pequena percentagem de doentes, principalmente nos casos mais graves.

A responsável explica ainda que quase todos os doentes se mantiveram activos, “o que demonstra o bom estado geral que estes doentes apresentam, mesmo em casos de doença avançada”.

“A grande maioria dos tumores primários estava localizada no pâncreas, seguida do intestino delgado e estômago. Os tumores bem diferenciados foram os mais frequentes”, acrescenta.

As conclusões do estudo salientam ainda a idade média “relativamente jovem” à altura do diagnóstico (57 anos) e a igual distribuição entre os géneros.

O Estudo Transversal de Caracterização das Neoplasias Neuroendócrinas em Portugal envolveu 293 doentes com tumores neuroendócrinos do tubo digestivo distribuídos por 15 hospitais do norte, centro e sul do país.

Trata-se de um estudo observacional, multicêntrico, que incluiu dados demográficos, assim como de diagnóstico e terapêutica, de doentes seguidos nas consultas dos centros envolvidos, durante um período de 18 meses.

O Grupo de Estudos de Tumores Neuroendócrinos pertence à Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo (SPEDM) que está a organizar o Congresso Nacional de Endocrinologia.

Este evento visa promover o debate, entre especialistas nacionais e internacionais, sobre trabalhos desenvolvidos na área de endocrinologia.

No Centro Hospitalar do Baixo Vouga
A Entidade Reguladora da Saúde vai analisar a alegada actividade fictícia na marcação de cirurgias no Centro Hospitalar do...

O deputado Filipe Neto Brandão anunciou que requereu ao ministro da Saúde esclarecimentos sobre uma denúncia à Ordem dos Médicos de estarem a ser marcadas “cirurgias fictícias” no Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV).

Filipe Neto Brandão, na pergunta dirigida a Paulo Macedo, pretende saber que diligências foram desencadeadas pela Inspecção de Saúde “face ao teor das graves denúncias feitas pelos profissionais de saúde, tanto mais que é afirmado que parte dos comportamentos denunciados terá tido o fim de subtrair informação ao conhecimento da tutela”.

Numa exposição dirigida ao Bastonário da Ordem dos Médicos há cerca de um mês, enviada também à Comissão Parlamentar de Saúde, mais de uma dezena de profissionais do CHBV alegam ter “conhecimento de inúmeros casos de agendamentos fictícios de cirurgias, em algumas especialidades, com o intuito de mascarar os verdadeiros números das listas de espera para envio à tutela.”

Entretanto, a administração do CHBV assegurou hoje que “não foi identificada qualquer actividade fictícia” na marcação de cirurgias, cujo agendamento foi inspeccionado.

Em comunicado, aquela entidade admite, contudo, que, há cerca de um ano, “o processo de agendamento do Sistema de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC), foi objecto de auditoria externa por parte da IGAS que, concluiu pela existência de algumas irregularidades que foram sanadas”.

Segundo a administração hospitalar, “neste momento realizam-se as melhores práticas clínicas no Centro Hospitalar do Baixo Vouga” e na “análise do Contrato Programa com a tutela não foi identificada qualquer actividade fictícia”.

O caso vai agora ser objecto de análise da Entidade Reguladora da Saúde que abrirá um inquérito no caso de encontrar matéria para isso.

Ébola:
A Organização Mundial de Saúde disse que o combate contra a epidemia do vírus Ébola continua a ser extremamente difícil e que a...

“Faço esta analogia. Há seis meses na cama estavam duas cobras e ninguém podia deitar-se. Agora só há uma cobra, mas isso não significa que podemos apagar a luz e dormir”, afirmou, numa conferência de imprensa, Bruce Aylward, director-geral adjunto da Organização Mundial de Saúde (OMS) e responsável pela resposta operacional à epidemia.

Após mais de seis meses, o combate contra a epidemia que afecta alguns países da África Ocidental – Guiné Conacri, Libéria e Serra Leoa -, deu alguns frutos. Pela primeira vez desde que começou o surto, os três países registaram, durante quatro semanas seguidas, um decréscimo dos casos de contágio.

Nos últimos 21 dias (o período de incubação do vírus é de aproximadamente três semanas) foram contabilizados 463 casos, incluindo casos suspeitos e prováveis, na Serra Leoa, 109 casos na Guiné Conacri e 21 casos na Libéria, “o que constitui uma redução substancial, uma tendência muito bem-vinda”, referiu Bruce Aylward.

“No entanto, estamos preocupados porque esta diminuição pode originar uma certa indolência e isso é o pior risco. O objectivo deve ser unicamente a redução dos casos a zero”, reforçou o representante da OMS.

Actualmente, um dos aspectos mais preocupantes é que só 50% das infecções registadas têm origem numa lista de contactos, o que significa que existem muitos núcleos de transmissão que são desconhecidos.

Outros dos aspectos preocupantes, segundo Bruce Aylward, é o facto de existir uma forte transmissão nas capitais dos três países, situação que está a dificultar o controlo do contágio, dado o grande número de pessoas e as constantes movimentações, a falta de controlo social e a migração.

Em termos globais, 21.296 pessoas foram infectadas com o Ébola desde o início deste surto, há cerca de um ano, tendo 8.429 delas morrido, de acordo com os dados mais recentes divulgados pela OMS.

Francisco George diz
O director-geral da Saúde, Francisco George, disse que a mortalidade prematura em Portugal constitui um "problema que...

"A mortalidade prematura tem entre nós uma magnitude que não podemos continuar a ignorar", salientou Francisco George, na abertura do Congresso Português de Endocrinologia, que reúne mais de 700 especialistas no Funchal até domingo.

O responsável indicou que cerca de 23 mil portugueses morrem todos os anos antes dos 70 anos.

Francisco George realçou que a "a causa das causas" da mortalidade entre os 35 e os 70 anos está na alimentação, a que junta a hipertensão e os problemas relacionados com o consumo de tabaco.

"Há um denominador comum que tem a ver com os comportamentos", salientou, lembrando, por exemplo, que sempre que se ingere um refrigerante podemos estar a ingerir o equivalente a oito pacotes de açúcar.

No decurso da intervenção, o director-geral da Saúde apresentou, ainda, dois temas para análise no congresso: a administração de iodo às mulheres no período entre a pré concepção e a amamentação e a falta de ajustamento com a indústria farmacêutica no tratamento da diabetes.

O Congresso Português de Endocrinologia que decorre no Funchal foi organizado pela Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo e regista um recorde de participantes (750) e de trabalhos apresentados (242).

O presidente do Governo regional, Alberto João Jardim, presidiu à sessão de abertura e aproveitou falar sobre as razões da dívida da Madeira, indicando que resulta dos 500 anos de colonialismo e da retirada constante de dois terços da produção pelo Estado central.

Jardim disse ainda, que face à actual crise, o país "não pode ficar conformado perante o disparate".

"Este país tem de se mexer. Se os partidos do regime não são capazes de dar o salto, temos nós que dar o salto de qualquer maneira. O país não vai ficar prejudicado e não vai ficar sujeito à ditadura dos partidos. É preciso que todos tenhamos capacidade de iniciativa", disse o presidente do governo regional, actualmente em gestão, considerando, porém, que não serão os madeirenses que vão "tomar a iniciativa de alternativas".

Ébola:
O presidente da Serra Leoa, Ernest Bai Koroma, anunciou o levantamento das medidas de restrição estabelecidas para lutar contra...

“As restrições ao movimento das populações serão reduzidas para apoiar a actividade económica. Não existirão mais restrições deste tipo a nível provincial e local”, declarou Koroma num discurso à nação transmitido pela televisão na quinta-feira à noite. As medidas entram hoje [23 de Janeiro] em vigor.

A Serra Leoa, com 6 milhões de habitantes, colocou em quarentena seis das suas 14 províncias, ou seja, perto de metade da população, depois do estabelecimento do estado de emergência no final de Julho, para lutar contra a epidemia de Ébola que causou mais de 3.100 mortos e cerca de 10 mil infectados.

“Entramos agora numa fase de transição. Tendo em conta os progressos realizados contra a doença, devemos agir para permitir o restabelecimento económico e social”, explicou Koroma, anunciando também o aligeiramento das restrições ao comércio no sábado na região oeste, que inclui a capital, Freetown.

Lembrando “o objectivo de zero casos até 31 de Março”, o chefe de Estado referiu que está em preparação a reabertura das aulas “para a terceira e quarta semana de Março”.

“O combate não terminou”, alertou, no entanto, o presidente, apelando a que se mantenha a vigilância e as medidas de higiene e de prevenção, em particular não tocar nos doentes e nos mortos com Ébola.

Em Lisboa
A Administração Regional de Saúde de Lisboa disponibilizou 30 camas de Cuidados Continuados Integrados, perfazendo um total de...

As novas 30 camas são da tipologia de Longa Duração e Manutenção e inserem-se na Unidade de Cuidados Continuados Integrados Canha, que será inaugurada no sábado, anunciou hoje a entidade.

A administração regional de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) lembra que este nível intermédio de cuidados contribui para a gestão das altas hospitalares, permitindo que as camas dos hospitais sejam atribuídas a doentes agudos.

Recentemente o Ministério da Saúde sublinhou a importância de agilizar as “altas sociais” (altas hospitalares de pessoas que já não necessitam de estar a ocupar uma cama no hospital), para disponibilizar camas necessárias para outros doentes e melhorar os serviços de urgência.

A falta de camas para doentes agudos nos hospitais foi, aliás, uma das principais criticas apontadas para a situação de “caos” gerada nas urgências pela elevada afluência de utentes nas últimas semanas.

A nova unidade UCCI Canha fica no concelho do Montijo e está inserida na área de intervenção do Agrupamento de Centros de Saúde Arco Ribeirinho, tendo sido construída ao abrigo do Programa Modelar com um apoio de 750 mil euros.

Com mais estas 30 camas em Unidades de Internamento de Cuidados Continuados Integrados, a ARSLVT passa a contar com um total de 1.662 camas, distribuídos da seguinte forma: 157 para convalescença, 77 para Cuidados Paliativos, 518 para cuidados de média duração e reabilitação e 910 para longa duração e manutenção.

O objectivo destas unidades é a prestação de cuidados de saúde e de apoio social de forma continuada e integrada a pessoas que, independentemente da idade, se encontrem em situação de dependência, permitindo a promoção da sua reabilitação, estabilização clínica e autonomia.

Nas UCCI são prestados cuidados que previnem e retardam o agravamento da situação de dependência, com vista a melhorar o conforto e qualidade de vida dos doentes.

Reunião com António Costa
O bastonário da Ordem dos Médicos considerou que não é possível discutir um plano de catástrofe quando a catástrofe está a...

Estas posições foram assumidas por José Manuel Silva no final de uma reunião que classificou como "muito importante" com o secretário-geral do PS, António Costa, na qual também esteve presente o bastonário da Ordem dos Enfermeiros, Germano Couto.

"Apesar de Portugal ser um país temperado, os idosos portugueses são particularmente frágeis, passam mais frio do que outros idosos de países europeus, possuem polipatologia, vivem sozinhos e a redução dos apoios sociais agravou o impacto negativo do inverno. Portanto, era expectável que houvesse uma maior pressão sobre o sistema de saúde", sustentou o bastonário da Ordem dos Médicos.

José Manuel Silva disse depois que outros países que atravessaram crises financeiras, como a Islândia e a Irlanda, não desinvestiram na resposta nos seus sistemas de saúde, ao contrário de Portugal.

De acordo com o bastonário da Ordem dos Médicos, em Portugal registou-se "um aumento da procura" dos serviços de saúde, algo que "já se previa que iria ocorrer em Dezembro passado".

"Já se previa que a epidemia de gripe poderia ser mais grave, nomeadamente após se detectar uma mutação de um dos vírus - e isso obrigava naturalmente a fazer-se planeamento para que o sistema estivesse preparado para responder à maior procura, mas também à menor disponibilidade de apoios sociais por causa dos cortes. Agora, estamos a viver uma situação grave, e é evidente que quando a catástrofe está a acontecer não é possível começar a discutir um plano de catástrofe", criticou José Manuel Silva.

O bastonário da Ordem dos Médicos usou também palavras duras para descrever o que se passou com casos controversos de mortalidade em algumas urgências hospitalares do país.

"Não estamos a falar de mortes nas urgências, porque acontecem sempre, mas sim de mortes sem que os doentes chegassem a ser atendidos. Esta é uma situação inaceitável, desumana e terceiro mundista", declarou José Manuel Silva.

A mesma linha de análise foi também apresentada pelo bastonário da Ordem dos Enfermeiros, que destacou as consequências do fenómeno da emigração no seu sector profissional e defendeu um maior investimento nos cuidados de saúde primários.

Neste ponto, José Manuel Silva afirmou apoiar a medida do Governo para a contratação de médicos de família em situação de reforma.

"Finalmente", exclamou o bastonário e docente universitário de Coimbra, dizendo que a Ordem dos Médicos "anda há três anos a preconizar essa mesma medida".

"Infelizmente, foi preciso chegar a esta situação de quase total descompensação para essa medida estar a ser considerada [pelo Governo]. É uma solução ideal para o sistema, já que nos últimos cinco anos se reformaram 1400 médicos de família, na sua maioria reformas antecipadas", justificou José Manuel Silva.

José Manuel Silva defendeu ainda que a contratação de médicos de família que se encontram em situação de reforma é uma solução boa em termos de experiência e de custo qualidade para o sistema.

Para urgências nos centros de saúde
O secretário-geral do PS propôs a imediata concessão da isenção do pagamento de taxas moderadoras para os utentes que recorrem...

António Costa falava no final de uma reunião de hora e meia na sede nacional do PS, em Lisboa, com os bastonários das ordens dos Médicos, José Manuel Silva, e dos Enfermeiros, Germano Couto, que na conferência de imprensa foi o primeiro a defender a concessão extraordinária de isenções de taxas moderadoras nos centros de saúde enquanto durar a "epidemia" de gripe.

Perante os jornalistas, o secretário-geral do PS defendeu que o país está neste momento "a pagar o preço" de uma política de consolidação orçamental "desastrada" com "cortes cegos" no Estado social, designadamente na saúde, e fez questão de salientar que a sua proposta de isenção temporária do pagamento de taxas moderadoras nos centros de saúde para casos de doenças agudas deve ser acompanhada por medidas de reforço dos cuidados de saúde primários.

"Tem de haver um aumento da capacidade atendimento dos centros de saúde, o que pressupõe a generalização dos horários de atendimento" e o "reforço em termos de recursos humanos", sustentou o líder socialista.

Acompanhado pelo dirigente socialista Manuel Pizarro, e pelas deputadas do PS Maria Antónia Almeida Santos e Luísa Salgueiro, António Costa disse que o Governo foi alertado já em Dezembro que poderiam ocorrer graves problemas no sistema de saúde.

"Estamos em risco de epidemia de gripe e são necessárias medidas que procurem atenuar em situação de contingência aquilo que se poderá viver nas próximas semanas. Em primeiro lugar, é essencial que a Direcção-Geral da Saúde reforce a informação às populações sobre cuidados preventivos para diminuir os riscos. Em segundo lugar, tem de ser descongestionada a pressão sobre as urgências hospitalares", advogou o líder socialista.

Em termos de médio e longo prazo, o secretário-geral do PS considerou que é importante que o Estado "não esteja a responder em catástrofe perante a catástrofe".

"Temos de inverter a política que tem sido seguida, porque os cuidados de saúde são absolutamente fundamentais para as populações. Tem de haver limites a uma estratégia orçamental cega. É preciso que se perceba que esta política de austeridade tem custos e que estão agora à vista de todos", acrescentou António Costa.

Ao Governo
A Câmara de Penafiel vai exigir ao Ministério da Saúde medidas urgentes para controlo da tuberculose nas freguesias com elevado...

"Impõe-se o necessário e urgente combate e controlo da tuberculose nas freguesias de risco", comunicou hoje à Lusa fonte da autarquia.

A deliberação do executivo nesse sentido foi tomada por unanimidade, depois de as entidades de saúde no concelho terem revelado, recentemente, dados sobre a incidência da doença, os quais estarão entre os mais elevados da Europa.

A situação foi também denunciada pelo deputado do PCP Jorge Machado, na visita que efectuou ao concelho no dia 05 de Janeiro.

O parlamentar afirmou que na reunião realizada naquele dia com o Agrupamento de Centros de Saúde e com o Centro de Diagnóstico Pneumológico de Penafiel foi-lhe comunicado que em algumas freguesias ligadas à indústria da pedra encontra-se o maior surto de tuberculose da Europa. "É um dado assustador", afirmou.

Luzim, Boelhe, Rio de Moinhos e Cabeça Santa são as freguesias de Penafiel, no distrito do Porto, com maior prevalência de casos de tuberculose.

Face à situação, a autarquia local anunciou hoje que "vai pedir mais rastreios e reforço de clínicos nas extensões de saúde das freguesias consideradas de alto risco de tuberculose".

Na deliberação do município liderado por Antonino Sousa, recomenda-se à tutela da saúde que se faça "uma avaliação da possibilidade de os rastreios serem feitos em postos da área de residência dos doentes, privilegiando a proximidade".

Ao mesmo tempo, recomenda-se "às entidades competentes o reforço do número de clínicos nas extensões de saúde das freguesias consideradas como freguesias de risco".

Para a autarquia, "embora a incidência de tuberculose esteja a diminuir, acompanhando a tendência nacional, não se pode "baixar os braços face aos resultados preocupantes".

Boletim de Vigilância Epidemiológica
Um terço dos casos de gripe detectados na terceira semana deste ano pertencem ao vírus A(H3), que inclui estirpes diferentes da...

Neste período, foram analisados 393 casos de síndroma gripal, com o vírus influenza do tipo B - o predominantes - a ser detectado em 68% dos casos de gripe.

Contudo, o vírus A(H3) foi identificado em 32% dos casos de gripe, representando “um aumento destes casos” relativamente à semana anterior.

“A maioria dos vírus influenza do subtipo A(H3) pertencem ao grupo genético que inclui estirpes diferentes da estirpe vacinal 2014/2015”, explica a nota que acompanha o Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe, divulgado pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA).

Neste período, a taxa de incidência da síndroma gripal foi de 122,4 casos por cada 100 mil habitantes.

O frio extremo, o aumento da incidência das infecções respiratórias agudas e o início da actividade gripal são algumas das causas que as autoridades atribuem ao excesso de óbitos que se registou na terceira semana do ano.

“Este excesso de óbitos foi observado apenas na população com 75 ou mais anos de idade e em todas as regiões do continente, com excepção do Algarve e regiões autónomas”, prossegue a nota.

Uma nota da Direcção-Geral da Saúde (DGS) indica que “também nalguns países da Europa foi observado excesso de mortalidade (Inglaterra, Escócia, País de Gales, Holanda e França)”.

O mesmo documento refere que “a procura de consultas em centros de saúde e serviços de urgência aumentou naquela semana, tal como se vinha verificando desde o final de 2014”.

Nas Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) foram admitidos 11 novos casos de gripe, o que corresponde a uma taxa de admissão por gripe em UCI de 5,7%, valor superior ao que foi estimado para as semanas anteriores, adianta a nota.

Planos de acção conjuntos
Hospitais e centros de saúde preparam-se para semanas de intensa afluência de utentes, já que o pico da gripe se espera que...

Para fazer face ao surto da gripe, cujo pico se espera na semana do Carnaval (segunda de Fevereiro), os agrupamentos dos centros de saúde e o Centro Hospitalar do Oeste (CHO), que abrangem 295 mil utentes, definiram planos de acção em conjunto, escreve o Correio da Manhã.

 Vão ser alargados o horário de atendimento e a prioridade de acesso nas extensões de saúde para "reduzir a sobrecarga das Urgências do hospital e os tempos de espera", disse Isabel Carvalho, directora clínica do CHO. Na semana passada foram atendidos nas unidades de Cuidados Intensivos 11 doentes com gripe.

A taxa de incidência de gripe é elevada (122,4 casos por cada 100 mil habitantes) e a mortalidade é superior face ao esperado, mas apenas na população com mais de 75 anos, referiu a Direcção-Geral de Saúde.

Maior capacidade de socorro
Instituto alega que quer ter uma maior capacidade de resposta no socorro aos cidadãos. Para isso tem de reduzir o número de...

O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) quer reduzir o número de helicópteros do socorro de vítimas e doentes graves e alterar a sua actual localização, escreve o Correio da Manhã na sai edição digital."Todo o helitransporte deve ser reformulado para dar uma maior capacidade de resposta aos cidadãos. Temos acidentes com mais de um ferido, em que o ‘heli’ tem de fazer várias viagens, por exemplo de Macedo de Cavaleiros para o Porto, porque só pode transportar uma vítima de cada vez, perde tempo.

Queremos ter ‘helis’ com capacidade para dois feridos", afirmou Paulo Campos, presidente do INEM. Assim, os contratos com as empresas que fornecem os meios aéreos vão ser revistos. A alteração do sistema de helitransporte passa por definir "o número de ‘helis’ necessários e o local onde vão estar". "Há 5 ‘helis’ [Macedo de Cavaleiros, Paredes, Aguiar da Beira, Loures e Loulé] mas não voam a tempo inteiro, e a aeronave Kamov, da Protecção Civil, não foi utilizada para a emergência entre 30 de Setembro e 15 de Outubro de 2014, pois após o combate aos fogos leva tempo a ser limpa".

Encontrar soluções para os desafios agrícolas de amanhã
Estão abertas as candidaturas por dissertação para a Cimeira global “Youth Ag” da Bayer CropScience e a Future Farmers Network,...

Encontram-se abertas as candidaturas para a Cimeira global “Youth Ag” da Bayer CropScience e a Future Farmers Network (FFN - Rede de Futuros Agricultores), que se realiza entre 24 e 28 de Agosto em Camberra, na Austrália e que reúne cerca de 100 jovens do mundo inteiro, entre os 18 e os 25 anos, sobre o tema “Alimentar um planeta com fome”, sobre práticas agrícolas sustentáveis.

A população mundial aumenta todos os dias em 233 mil pessoas, passando dos 7,2 mil milhões actuais para mais de 9 mil milhões em 2050, de acordo com as estimativas das Nações Unidas. A questão essencial é: De que forma poderemos alimentar todas estas pessoas? De forma a desenvolver ideias e apoiar a acção global necessária para resolver este desafio é necessário um pensamento visionário, perspectivas a longo prazo e criatividade.

Em Camberra, este grupo de jovens representantes de todo o mundo irá partilhar, discutir e desenvolver ideias de forma a criar uma visão comum. A região da Ásia-Pacífico alberga uma enorme variedade de hábitos de cultivo e de alimentação. A Austrália, o continente povoado mais seco, é um local especial para sinalizar a necessidade de práticas agrícolas sustentáveis.

Sob o tema “Alimentar um planeta com fome”, os jovens com idades entre 18 e 25 anos podem enviar uma dissertação sobre a sua posição e ideias relativamente às causas subjacentes da segurança alimentar e o efeito que esta pode ter numa população em crescimento. A capacidade de apresentar ideias originais e paixão em ajudar a moldar o futuro serão critérios de selecção essenciais da Cimeira "Youth Ag”. Estão abertas as candidaturas por dissertação, através da Internet e até 30 de Janeiro de 2015. Para mais informações sobre o processo de candidatura e a conferência, consulte a página www.youthagsummit.com.

A Cimeira “Youth Ag” integra o novo Programa Educativo Agrícola da Bayer CropScience, que assume uma abordagem holística. “Na Bayer CropScience, acreditamos na importância de fomentar um diálogo construtivo e de longo prazo sobre os desafios e oportunidades da agricultura. Estamos empenhados em ajudar a próxima geração de jovens líderes de ideias a aprender e crescer, à medida que nos esforçamos para accionar uma intensificação sustentável da agricultura,” sublinhou Steffen Kurzawa, Diretor Global de Comunicações da Bayer CropScience.

A Bayer CropScience está empenhada em motivar os líderes de ideias do amanhã - com iniciativas como a Cimeira “Youth Ag” 2015, bolsas de estudo agrícolas e programas de aprendizagem práticos nos seus laboratórios e quintas. Encoraja os jovens a aprender mais sobre a agricultura e o fornecimento alimentar sustentáveis, destacando o papel essencial da ciência e da inovação.

Descubra mais sobre o Programa Educativo Agrícola na página: http://www.ag-education.bayer.com

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