Laboratório confirma
A farmacêutica Gilead, detentora do medicamento inovador para a hepatite C, disse que a doente que morreu recentemente vítima...

A informação foi avançada pelo Rádio Renascença e entretanto confirmada, em comunicado, pela empresa Gilead.

Na nota hoje enviada à agência Lusa, a Gilead disse nunca ter recebido qualquer nota de encomenda para o uso do medicamento na mulher de 51 anos, que morreu na sexta-feira vítima de hepatite C, apesar de o laboratório o ter disponibilizado.

Segundo a farmacêutica, o Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental enviou à Gilead, a 4 de Novembro do ano passado, um pedido de acesso sem custos ao medicamento Ledispasvir/Sofosbuvir, mas na altura não havia enquadramento legal para o fornecer sem custos.

Na sequência de um pedido de esclarecimento, a Autoridade do Medicamento explicou, a 31 de Dezembro de 2014, que o fornecimento do medicamento se enquadrava num novo regulamento relativo ao programa para acesso precoce a fármacos sem custos para o Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Nove dias depois, a Gilead comunica ao Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental a sua disponibilidade para fornecer o medicamento a essa doente sem custos para o SNS.

Contudo, até hoje, o laboratório diz não ter recebido “qualquer nota de encomenda ao abrigo do respectivo regulamento por parte desse hospital para o medicamento em questão”.

A Gilead recorda ainda que, no dia 16 de Janeiro, foi acordado com o Ministério da Saúde o acesso sem custos ao medicamento para a hepatite C para os 100 doentes mais urgentes.

Questionada pela agência Lusa sobre se os medicamentos já foram disponibilizados e se começaram a ser tratados, a Gilead remeteu para a Autoridade do Medicamento (Infarmed), escusando-se a prestar mais esclarecimentos.

A Lusa contactou igualmente o Infarmed para obter explicações, mas até ao momento ainda não teve resposta.

A Gilead frisa que, logo que foi legalmente possível fazê-lo, acordou com o Ministério da Saúde “o acesso precoce e sem custos a 100 tratamentos”.

Movimento “Cancro Sem Tabus”
A Liga Portuguesa Contra o Cancro lança hoje o movimento “Cancro sem tabus”, uma iniciativa que pretende “quebrar os mitos que...

Lançado no Dia Mundial da Luta contra o Cancro, a campanha desafia os portugueses a partilharem o seu testemunho sobre esta doença, sendo “o exemplo dado por figuras públicas, que falam sobre os tabus que consideram fundamental afastar da palavra “cancro” e o que sentiram quando passaram pela doença”, adianta a Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) em comunicado.

Nicolau Breyner, João Lobo Antunes, Jorge Gabriel, Sofia Lisboa, António Forjaz, Cláudia Marcos e Marine Antunes são os nomes que se associaram à campanha e que gravaram vídeos individuais nos quais relatam a sua experiência pessoal com as doenças oncológicas e que podem ser visualizados no site da LPCC e na sua página de Facebook.

“Estudos recentes concluíram que, para os portugueses, o cancro é a doença mais preocupante e que as razões para tal prendem-se com a elevada prevalência das doenças oncológicas, a ausência de cura e elevada mortalidade”, refere o presidente da Liga, Francisco Cavaleiro de Ferreira, defendendo a importância de lançar campanhas que desmistifiquem algumas ideias erradas que ainda persistem à volta da doença, que mata 70 portugueses por dia.

Fique a saber
A angina de peito é um desconforto ou dor no peito que ocorre quando sangue rico em oxigénio não che
Desenho de homem com dor forte no peito

 

A doença coronária é normalmente causada pela aterosclerose, uma situação em que depósitos gordos (chamados “placas”) se formam ao longo das paredes interiores dos vasos sanguíneos. Apesar de afectar principalmente homens de meia-idade ou mais velhos, pode ocorrer em ambos os sexos e em todas as faixas etárias.

 

Sintomas

A angina de peito provoca normalmente uma dor no peito tipo pressão, queimadura ou aperto. A dor principal situa-se habitualmente por baixo do esterno, podendo também atingir a garganta, os braços, os maxilares, a zona entre as omoplatas ou até mesmo o estômago. Outros sintomas que podem estar relacionados com a angina de peito incluem náuseas, tonturas, dificuldade em respirar/falta de ar e sudação.

A angina de peito pode dividir-se em dois tipos

Angina estável

A dor no peito segue um padrão específico, ocorrendo quando alguém pratica actividade física intensa ou experimenta emoções extremas. Outras situações que levam à angina de peito incluem fumar um cigarro ou um charuto, o tempo frio, uma refeição grande e o esforço na casa de banho. A dor normalmente desaparece quando o factor desencadeante termina.

Angina instável

Os sintomas são menos previsíveis e deve chamar um médico imediatamente quando a tiver. Esta dor no peito ocorre em repouso, durante o sono ou frequentemente com um esforço mínimo, podendo o desconforto ser prolongado e intenso.

Diagnóstico

O seu médico pode suspeitar que tem angina de peito baseado nos sintomas e no risco de doença coronária. O médico irá rever o seu historial médico para saber se fuma (ou se fumou) e se tem diabetes e pressão arterial elevada, bem como questioná-lo acerca do historial médico da sua família, rever os seus níveis de colesterol, incluindo o colesterol LDL (mau) e o colesterol HDL (bom), e ainda verificar a pressão arterial e pulsação e auscultar o coração e os pulmões. Pode precisar de realizar um ou mais dos seguintes testes de diagnóstico de forma a determinar se tem uma doença coronária:

Electrocardiograma (ECG)

O ECG é um registo dos impulsos eléctricos do coração que pode identificar problemas com a frequência e ritmo cardíaco e por vezes pode mostrar alterações indicativas de uma artéria bloqueada.

Prova de esforço

Se o ECG estiver normal e for capaz de andar, será encaminhado para realizar uma prova de esforço na qual terá de caminhar num tapete rolante enquanto a sua frequência cardíaca é monitorizada. Noutras provas de esforço utiliza-se medicação para estimular o coração, injectam-se corantes para procurar obstruções e fazem-se ecografias para fornecer mais informação.

Angiografia coronária

Estas radiografias das artérias coronárias constituem a forma mais fidedigna de avaliar a gravidade da doença coronária. Um tubo fino, longo e flexível (chamado cateter) é inserido numa artéria no antebraço ou na virilha. O médico orienta o cateter em direcção ao coração utilizando uma câmara especial e, assim que o cateter esteja em posição, é injectado um corante para mostrar o fluxo sanguíneo no interior das artérias coronárias, realçando quaisquer áreas estreitadas ou bloqueadas.

Duração esperada

Um episódio de angina de peito estável normalmente dura menos de cinco minutos. Uma dor que dure mais do que isso ou que seja intensa pode indicar uma diminuição mais significativa no fornecimento de sangue ao coração, sugerindo um ataque cardíaco ou uma angina instável.

Prevenção

Pode ajudar a prevenir a angina causada pela doença coronária controlando os factores de risco para as artérias obstruídas:

Colesterol alto

Siga as orientações do médico em relação a manter uma dieta pobre em gorduras e colesterol e, caso necessário, tome medicação para reduzir o colesterol.

Pressão arterial elevada

Siga as recomendações do médico em relação a alterar a dieta e tomar a medicação.

Tabagismo

Se fuma, deixe de o fazer; Se não fuma, não comece.

Diabetes

Teste o açúcar do sangue (glicemia) frequentemente, siga a sua dieta especial e tome a insulina ou a medicação oral conforme prescrito pelo médico.

Também é sensato fazer exercício físico regularmente e manter o peso ideal. Se os episódios de angina de peito forem desencadeados pelo stress emocional, pode ser útil aprender a controlá-lo ou a efectuar técnicas de relaxamento.

Tratamento

Quando a angina é causada por uma doença coronária, o tratamento normalmente inclui:

Alterações do estilo de vida

As alterações incluem a perda de peso nos doentes obesos, uma terapêutica para deixar de fumar, medicamentos para baixar o colesterol alto, um programa de exercício físico regular para baixar a pressão arterial elevada e técnicas de redução do stress.

Nitratos, incluindo a nitroglicerina

Os nitratos são medicamentos que dilatam os vasos sanguíneos (vasodilatadores), aumentando o fluxo sanguíneo nas artérias coronárias e tornando mais fácil ao coração bombear o sangue para o resto do corpo.

Beta-bloqueantes, como o atenolol e o metoprolol

Estes medicamentos diminuem a sobrecarga do coração abrandando a frequência cardíaca e reduzindo a força das contracções do coração, especialmente durante o exercício físico.

Bloqueadores dos canais de cálcio, como a nifedipina, o verapamil, o diltiazem e a amlodipina

Estes medicamentos podem ajudar a melhorar a eficiência da função muscular do coração e podem diminuir o número e a gravidade dos episódios de dor no peito.

Aspirina

Uma vez que a aspirina ajuda a prevenir que coágulos sanguíneos se formem no interior de artérias coronárias estreitadas, pode reduzir o risco de ataques cardíacos em pessoas que já têm doença coronária.

Se as alterações do estilo de vida e os medicamentos não forem eficazes para aliviar a angina de peito ou quando o risco de ataque cardíaco é elevado, o médico pode recomendar uma angioplastia com balão ou uma cirurgia de pontagem (bypass) das artérias coronárias.

Quando contactar um profissional

Contacte o seu médico se tiver dores no peito, mesmo que pense que é demasiado novo para ter uma angina peito e não exista uma história de problemas cardíacos na sua família. O médico irá recomendar os passos seguintes baseado na forma como descreve os seus sintomas e nos seus factores de risco.

Prognóstico

Em pessoas com doença coronária, o prognóstico depende de vários factores, incluindo a localização e a gravidade do estreitamento da artéria, assim como o número de artérias coronárias envolvidas. O tratamento adequado melhora significativamente o prognóstico nas pessoas com doença coronária.

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Como surge e como se trata a Hipertensão?

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Constipações
Está chegada a altura do pingo no nariz!

Prevenção. O melhor remédio!

O melhor a fazer é prevenir. Há uma série de cuidados no seu dia-a-dia que não deve descurar:

- não lave o cabelo da criança todos os dias. E quando o fizer certifique-se que no final o seca muito bem. Com o secador de cabelo a uma temperatura tolerável seque também os ouvidos. Desta forma evitará muitas otites. Isto também é válido para idas à piscina.

- a tolerância ao frio de um adulto e de uma criança é diferente. Tenha sempre um gorro ou um casaco de capuz e luvas a postos, para utilizar se necessário.

- certifique-se que o seu filho anda bem alimentado. Isto é, tem uma alimentação rica e variada, especialmente à base de fruta fresca, legumes (sopa) e carne. É importante para o correcto funcionamento do sistema imunitário.

- evite a permanência prolongada em espaços fechados e com muita gente. Um ambiente saturado propicia a disseminação de bactérias e vírus pelo ar.

- vigie a temperatura e a humidade do quarto da criança (21/22ºC e 50/60% humidade). Desta forma torna o ar mais respirável.

- existem vacinas orais que funcionam como preventivos para as constipações ou, caso não as evitem totalmente, pelo menos amenizam a sua própria gravidade. Informe-se com o seu pediatra acerca de qual será mais adequada para o seu filho.

Caso o seu filho tenha alguma doença associada, como asma por exemplo, deve ter em conta as indicações específicas para o caso dele.

 

Ranhocas. O que fazer?

Se as secreções do seu filho são transparentes ou brancas claras não há motivo para grande alarido. Mas se forem com cor e/ou cheiro é porque têm alguma bactéria ou vírus associado.

Se ele já tiver idade suficiente deve incentivá-lo a assoar-se com frequência. Recomende o uso de lenços de papel, que devem ser descartados após cada utilização.

Se a criança for muito pequenina terá de lhe dar uma ajuda. Aí vem algo que eles não gostam nada, mas que até traz um grande alívio: o aspirador nasal. Comece por humedecer as cavidades nasais (soro, água do mar ou água do mar hipertónica). Introduza o aspirador nasal no nariz da criança e comece a aspirar. Os movimentos devem ser firmes e rápidos, mas com cuidado para não provocar lesões.

De acordo com a idade da criança pode recorrer também a gotas descongestionantes nasais, bálsamos peitorais ou mesmo xaropes anti-histamínicos. Mais uma vez deve aconselhar-se com o seu médico ou farmacêutico.

Dependendo da opinião médica o nebulizador pode ou não ser utilizado. Nebulização só com soro fisiológico ou com alguma outra solução prescrita.

 

“Mamã, dói-me a garganta!”

Através de observação directa verifique se está inchada, vermelha, ou com pontinhos brancos. Se sim, recorra a um médico. Se for somente uma simples dor pode recorrer a pastilhas, sprays ou xaropes, sempre de acordo da idade da criança e com supervisão de um médico ou farmacêutico. Opte por amornar a água que lhe dá de beber. É uma boa oportunidade para o habituar a chás. NUNCA dê mel antes dos 3 anos de idade!

 

Preparar o quarto de dormir

Como já foi dito deve controlar a temperatura e humidade do quarto. Opte por levantar a cabeceira da cama, por exemplo, pondo uma toalha dobrada debaixo do colchão, de modo a elevá-lo um pouco na zona da cabeça. Desta forma vai permitir que seja mais fácil respirar durante o sono.

Prefira cobertores e mantas em vez de edredões e não deixe peluches pela cama.

 

Cinesioterapia respiratória

É uma técnica efectuada por fisioterapeutas que ajuda o seu filho a expulsar as secreções. Por vezes uma só sessão é suficiente, outras vezes são necessárias várias intervenções.

 

Se os sintomas forem acompanhados de febre deve consultar o pediatra.

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O que fazer?
As ulcerações provocadas pelo frio ocorrem pela exposição repetida por várias horas a temperaturas b
Homem de gorro e cachecol em ambiente frio

O risco de sofrer ulcerações é maior em pessoas com circulação sanguínea reduzida e entre pessoas que não estão convenientemente vestidas para fazer frente a temperaturas extremamente baixas.

Sintomas

Os sintomas incluem uma mudança da cor da pele para branco, camada superficial da pele invulgarmente firme, surgimento de dores e posteriormente bolhas.

O que fazer?

  • Chamar de imediato o médico (ligar 112), seguindo os seguintes procedimentos até à sua chegada.
  • Transportar a pessoa para uma área aquecida o mais rápido possível;
  • Desapertar ou remover roupas apertadas que possam restringir a circulação;
  • Aquecer a área afectada usando o calor do corpo, por exemplo, o calor das axilas pode ser usado para aquecer os dedos das mãos;

Ou…

  • Imergir a área afectada em água morna (a temperatura deve ser confortável ao toque nas partes do corpo não afectadas);
  • Depois de a pessoa estar aquecida, cobrir a área afectada com peças de vestuário esterilizado. Colocar alguma gaze entre os dedos (das mãos e dos pés) para absorver a humidade e evitar que eles se colem entre si.

O que não fazer?

  • Não tentar reaquecer a zona corporal afectada no local, mas tentar parar o arrefecimento dessa zona;
  • Não massajar a zona afectada, pois pode danificar os tecidos afectados, nem rebentar as bolhas;
  • Não usar o calor de uma lareira, fogão, ou radiador para aquecer a zona afectada, porque esta está dormente e pode ser facilmente queimada;
  • Não permitir que a pessoa ingira bebidas alcoólicas, bebidas com cafeína ou fume.

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No âmbito do Dia Nacional do Doente Coronário
Anualmente morrem por Enfarte do Miocárdio mais de 8 mil portugueses, o que equivale sensivelmente a uma morte a cada hora.

Estima-se que em 2020 serão as doenças cardiovasculares a principal causa de incapacidade e mortalidade no Mundo. Em Portugal, apesar de algum decréscimo nas últimas décadas, as doenças cardiovasculares continuam a ser a principal causa de morte.

Segundo Carlos Catarino, médico da Fundação Portuguesa de Cardiologia, “um dos grandes desafios neste início de século é o de travar o flagelo das doenças cardiovasculares. Os números são assustadores, com Portugal a liderar a maior taxa de mortalidade por doenças cardiovasculares na Europa Ocidental.”. Salienta ainda que, “esta situação é facilmente explicada, se tivermos em conta que 70% da população adulta tem colesterol elevado, 20% é fumadora, mais de 30% é obesa, 40% é hipertensa, a maioria é sedentária (somos o país da União Europeia com menos praticantes de actividade física) e o número de diabéticos tem vindo a aumentar consideravelmente.”

A Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC) desenvolve um papel fundamental na luta por Corações (mais) Saudáveis e, neste âmbito, no Dia Nacional do Doente Coronário, irá promover uma série de iniciativas assentes na temática “Como prevenir o Enfarte do Miocárdio”.

Neste sentido, no próximo dia 14 de Fevereiro, entre as 10h e as 13h, o Porto de Recreio de Oeiras será palco da iniciativa “PASSEIO COM O CORAÇÃO - um parceiro para a vida”, uma caminhada orientada promovida pela Fundação Portuguesa de Cardiologia em parceria com a Câmara Municipal de Oeiras. No local, para além dos rastreios cardiovasculares gratuitos e de um espaço com aconselhamento nutricional, estarão presentes também a Associação de Produtores da Maçã de Alcobaça, com oferta de fruta e sumos, e o Museu do Pão, com oferta de Pão São. No seu conjunto, este evento pretende ser uma referência à importância da adopção de estilos de vida saudável, que inclua a prática de actividade física e uma alimentação saudável.

Apelo dirigido ao Ministro da Saúde e laboratórios farmacêuticos
Numa altura em que a hepatite C e o seu tratamento estão na ordem do dia, o Núcleo de Estudos das Doenças do Fígado da...

“Não pode prever-se com segurança a evolução de cada doente, pelo que todos devem ser considerados candidatos ao tratamento, embora a dificuldade de acesso à melhor terapêutica possa impor a priorização dos mais graves”, explica o secretariado do Núcleo de Estudos das Doenças do Fígado (NEDF).

O NEDF considera que os novos fármacos para o tratamento da hepatite C constituem uma inovação disruptiva e apresentam custo-efectividade dentro dos parâmetros até aqui aceites, embora seja desejável e possível obter preços mais baixos. Permitem hoje obter a cura em mais de 90% dos doentes, com terapêutica oral, sem interferão e quase sem efeitos adversos. “Para quem, como nós, está habituado a seguir doentes crónicos e conhece o impacto e os custos da doença crónica nos serviços de saúde, poder curar uma destas doenças em 3 meses é algo que supera as melhores expectativas”, afirmam os especialistas.

No entanto, o preço elevado destes fármacos tem sido o único impedimento a que possam ser utilizados, quando indicados. Tendo em consideração o número de doentes a tratar, a escolha do tratamento adequado a cada caso e os preços que poderão ser definidos, o NEDF defende que “poderíamos assegurar a cura de mais de 90% dos doentes com hepatite C, em cinco anos, com menos do que se gasta num ano com o tratamento da infecção VIH (mais de 220 milhões de euros) ”.

A incidência da hepatite C tem vindo a diminuir, pelo que a maioria dos doentes portugueses foi infectada há já muitos anos e mais de 40% têm já cirrose hepática, sendo imperioso o tratamento a curto prazo, com os novos fármacos, sem interferão, em mais de metade dos doentes que seguimos.

O NEDF apela ao ministro da Saúde, Paulo Macedo, e aos laboratórios farmacêuticos que sejam razoáveis e coloquem acima de tudo o interesse dos doentes nas discussões que decorrem para negociar o custo dos novos tratamentos para a hepatite C, permitindo a adopção do plano que os especialistas há muito defendem e que é essencial para curar a esmagadora maioria dos doentes.

Versão portuguesa é apresentada amanhã na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra
A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra apresenta, amanhã, a versão portuguesa do novo guia sobre prevenção e tratamento de...

“Prevenção e Tratamento de Úlceras por Pressão: Guia de Consulta Rápida” é o título desta publicação, cuja tradução para português foi feita pela Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) e que será apresentada após a cerimónia de abertura do III Congresso Internacional de Feridas, que a ESEnfC organiza nos dias 5 e 6 de Fevereiro, nas respectivas instalações, em S. Martinho do Bispo (Polo B).

O guia, cuja versão original foi publicada em setembro de 2014, apresenta recomendações (guidelines) sobre avaliação, diagnóstico, prevenção e tratamento das úlceras por pressão, feitas com base na melhor evidência científica disponível, que podem ser utilizadas na tomada de decisão e nos cuidados prestados pelos profissionais de saúde em todo o mundo.

“O guia é direccionado a todos os profissionais de saúde, independentemente da disciplina clínica, que estejam envolvidos na prestação de cuidados a indivíduos em risco de desenvolver ou com úlceras por pressão já desenvolvidas. Este guia destina-se a ser aplicado em todos os contextos clínicos, incluindo hospitais ou instituições de reabilitação, cuidados continuados e assistência domiciliária e, a menos que seja especificamente indicado, pode ser considerado adequado a todos os indivíduos, independentemente do seu diagnóstico ou outras necessidades de cuidados de saúde”, lê-se na introdução do documento.

A versão portuguesa deste guia de consulta rápida contou com a coordenação dos professores Luís Paiva e Verónica Coutinho e com a tradução de Ana Fernandes e Patrícia Ribeiro.

O III Congresso Internacional de Feridas abordará outros temas, como a “A importância da nutrição na prevenção de feridas” e a “Qualidade de Vida relacionada com feridas crónicas” (títulos de conferências previstas para estes dois dias de trabalhos).

Haverá, também, quatro mesas-redondas: “As alterações da pele durante o ciclo vital”, “Questões emergentes sobre tratamento de feridas”, “Feridas em unidades de cuidados continuados” e “Feridas de difícil cicatrização” (serão analisados a ferida oncológica e os enxertos de pele).

O III Congresso Internacional de Feridas compreende, igualmente, um conjunto de workshops sobre “Pé diabético”, “Terapia compressiva”, “Epidermólise Bolhosa”, “Terapia por vácuo”, “Simulação em Feridas”, “Infeção e antisséticos”, “Úlceras por pressão”, “Queimados”, “Estomas de eliminação” e “Desbridamento Biológico - Larvoterapia”.

Empresa de Coimbra integra consórcio europeu
Uma empresa de Coimbra integra um consórcio europeu para desenvolver uma técnica inovadora que permitirá “desenhar e conceber...

Apoiado pela Comissão Europeia com quatro milhões de euros, o projecto SocketMaster permitirá o fabrico de “uma prótese com elevada qualidade, optimizada e com um encaixe perfeito”, realçando que a sua produção será “menos dependente da competência” de cada profissional protético.

“O grande objectivo é tornar a prótese mais confortável para o amputado e diminuir o tempo de fabrico”, disse Carlos Alcobia, docente do Instituto Superior de Engenharia de Coimbra e um dos fundadores da empresa Sensing Future Technologies.

O projecto em que participa a empresa de Coimbra, financiado no âmbito do novo programa comunitário Horizonte 2020 – Investigação e Inovação, arrancou esta semana e inclui a realização de mais de 50 ensaios clínicos, com o objectivo de desenvolver “uma nova técnica de ‘design’ e fabrico rápido de próteses optimizadas” para membros inferiores.

Criada em 2012 e instalada na incubadora do Instituto Pedro Nunes (IPN), a Sensing Future desenvolve dispositivos médicos que resultam da aplicação de conhecimentos na área das engenharias à saúde.

Os trabalhos decorrerão ao longo dos próximos três anos, com cinco profissionais da ‘start-up’ portuguesa envolvidos na “realização dos testes de ‘hardware’ e ‘software’ do sistema”, disse Carlos Alcobia.

A proposta apresentada à Comissão Europeia obteve uma classificação de 14,5 pontos em 15, com duas pontuações máximas nos itens de “Excelência do consórcio” e “Impacto”.

“Trata-se de um projecto ambicioso que promete fornecer aos amputados próteses optimizadas e que podem ser concebidas e fabricadas num curto espaço de tempo”, de acordo com o IPN, realçando que, nos países desenvolvidos, “mais de 90% dos amputados alcançam a sua mobilidade” através do uso de próteses.

O projecto SocketMaster aposta numa “melhor qualidade de vida para o utilizador de prótese”, cujo conforto “é uma questão crucial” para os fabricantes e os prestadores de cuidados de saúde.

A nova técnica passa por “integrar diversos microssensores numa meia, que ajudará o profissional protético a desenhar e conceber rapidamente” as próteses para membros inferiores.

“Através destes sensores, espera-se recolher uma quantidade abrangente de dados do utilizador durante as suas actividades de rotina. Esses dados irão depois ser utilizados para a otimização e conceção 3D da prótese, que poderá ser fabricada numa máquina de prototipagem rápida”, explica uma nota do IPN.

Além da portuguesa Sensing Future, o projecto envolve a Innora (Grécia), a Fondazione de Bruno Kessler (Itália), a Veneto Nanotech SCPA (Itália), a Polkom Badania SP ZOO (Polónia), a University of Surrey (Reino Unido), a Hugh Steeper Limited (Reino Unido) e a TWI (Reino Unido), que lidera o consórcio.

A primeira reunião de trabalho com todos os parceiros realiza-se na próxima semana, no Reino Unido.

Deco defende
A Deco defendeu um "regresso ao passado" em que a carne picada a granel só podia ser triturada à vista e a pedido do...

Ouvido na Comissão de Agricultura e Mar, a pedido do PS, sobre o estudo da associação de defesa do consumidor relativo à qualidade da carne picada vendida em Portugal, Nuno Lima, técnico da associação, afirmou que "a Deco mantém tudo o que disse porque confia no seu trabalho".

O estudo da Deco analisou amostras de carne picada vendida em 26 talhos de rua, de mercados e de hipermercados, tendo chumbado todos na conservação, higiene e temperatura de venda da carne de vaca picada a granel, com 23 a adicionarem ao preparado sulfitos, aditivos proibidos por lei.

A questão da utilização dos sulfitos na carne privada foi considerada como a "mais preocupante" por Nuno Lima, afirmando que "é uma fraude", porque estão a utilizar-se conservantes que não são permitidos por lei e que podem colocar em causa a saúde pública.

Perante os resultados do estudo, o técnico da associação voltou a defender a interdição da venda de carne a granel previamente picada ao consumidor.

Ana Cristina Tapadinhas, da Deco, acrescentou que o estudo "é uma fotografia do momento" para que as entidades com capacidade de intervenção possam "fazer o filme todo" e intervirem para garantir a segurança dos cidadãos.

A ASAE também foi ouvida na comissão parlamentar, a seguir à Deco, tendo o inspector-geral do organismo, Pedro Portugal Gaspar, afirmado que não pode pronunciar-se sobre o estudo porque não o conhece.

"O que tivemos sempre o cuidado de dizer é que qualquer comunicação de risco tem de ser bem fundamentada e não conhecendo o estudo não posso pronunciar-me sobre ele", disse Pedro Gaspar aos jornalistas no final da audição, adiantando que pediu à Deco o estudo para ser avaliado pelo painel científico da ASAE.

Ana Tapadinhas frisou que os estudos da Deco são feitos por “laboratórios acreditados e credenciados” com o objectivo de “dar mais informação aos consumidores”.

Sobre a polémica levantada em torno do estudo, considerou “lamentável que se queira matar o mensageiro e não se dê importância à mensagem”.

“Consideramos o papel da ASAE importante, entendemos, contudo, que são necessárias alterações à lei” e que “a fiscalização seja mais eficiente” e divulgada ao consumidor para que saiba os riscos que pode correr se comer carne nestas condições.

Baseando-se nos dados da ASAE em matéria de prevenção e fiscalização, Pedro Portugal disse que a situação é "perfeitamente normal e que não há razão para qualquer tipo de alarmismo".

Pedro Portugal adiantou que a ASAE tem vindo a aumentar o acompanhamento na área alimentar, que é "importante para a saúde pública e para a defesa do consumidor".

Em matéria operacional, em 2012, 40% da fiscalização era na área alimentar e 60% na área económica. Em 2014, a fiscalização na área alimentar foi de 57,2%.

Lembrando um estudo da Deco de 2013 sobre a carne picada, o deputado do PS Miguel Freitas lamentou que, dois anos depois, esteja “tudo na mesma”: “Os resultados da Deco são os mesmos, a reacção de todas as entidades é exactamente a mesma e as soluções parecem ser exactamente as mesmas e isso não nos satisfaz”.

Já o deputado social-democrata Nuno Saraiva manifestou “total confiança” nas instituições que regulam esta actividade e nos laboratórios científicos, destacando ainda o aumento dos cuidados com a saúde pública e a segurança alimentar nos últimos anos.

Junto ao parlamento
Cerca de meia centena de doentes com hepatite C e seus familiares concentraram-se hoje frente à Assembleia da República para...

Organizado pela recém-formada Plataforma Hepatite C, a concentração contou também com o apoio da associação de doentes SOS Hepatites e ainda de outros doentes a título individual.

A Plataforma exige ao Ministério da Saúde que trate até ao final do ano as 5.000 pessoas mais doentes e em maior risco de progressão para doença grave.

Em causa está a dificuldade de acesso ao medicamento inovador Sofosbuvir, que actualmente só é administrado nos hospitais através de autorização de utilização especial (AUE), processo moroso que por vezes pode custar a vida ao doente, como aconteceu recentemente com uma mulher, cujo filho foi assistir hoje à audição do ministro da Saúde no Parlamento.

O Ministério da Saúde tem estado a negociar com o laboratório que fabrica o Sofosbuvir, para conseguir um abaixamento do preço daquele tratamento que neste momento custa mais de 40 mil euros por doente, o que significaria uma despesa do Estado superior a 200 milhões de euros para tratar os doentes mais urgentes.

Emília Rodrigues, do SOS Hepatites, salientou que este foi apenas mais um caso dos vários doentes que têm morrido com esta doença, mas cujos familiares não têm dado a cara.

Só no ano passado morreram sete pessoas associadas da SOS Hepatites, fora as que morrem nas urgências, disse Emília Rodrigues, acrescentando que no ano passado o Ministério da Saúde prometeu tratamento para 150 doentes até final de dezembro e foram feitos apenas 35.

“Até agora já foram tratados 60”, acrescentou a responsável da SOS Hepatites, sublinhando que “há vários doentes à espera do medicamento desde Maio. São casos em estádio muito avançado e que neste momento vão começar morrer”.

Emília Rodrigues destaca que muitas vezes os doentes morrem nas urgências por rebentamento de varizes esofágicas ou descompensações cirróticas, que são consequência da Hepatite C, mas não entram na contabilização como mortes por Hepatite C.

Para estes doentes “a vida não tem preço” – como se lê num dos cartazes que ostentam – e o tempo está sempre a contar.

“O ministro da Saúde diz que não tem data limite [para o fim das negociações], mas os doentes têm”, lamentou Emília Rodrigues.

João Carolino é marido de uma doente de cerca de 60 anos que contraiu a doença na sequência de uma transfusão de sangue que recebeu em 1989 durante uma cirurgia no Hospital dos Capuchos.

A mulher descobriu há menos de meio ano que tem hepatite C e varizes esofágicas e já é prioritária para acesso à terapêutica inovadora, explicou o marido, que não se conforma e não compreende que por 40 mil euros se perca uma vida.

“Mesmo que eu queira comprar o medicamento particularmente, não posso, tem que ser através do hospital. A minha mulher está refém. Nós estamos reféns”, afirmou comovido João Carolino - que tem dois filhos e netos – acrescentando não compreender que este mesmo medicamento custe cerca de “600 euros em Israel ou no Egipto”.

Maria João Santa Maria, uma das fundadoras da Plataforma, contou que esta concentração surgiu quase espontaneamente há dois dias, assim que se soube que o ministro viria ao parlamento.

O objectivo foi apelar à tutela que trate imediatamente os doentes mais urgentes e que sejam revistas as condições de AUE, para que todos os doentes possam fazer tratamento, e á industria para que pratique preços que permitam assegurar o acesso universal às terapêuticas.

Até aos 18 anos
O ministro da Saúde, Paulo Macedo, mostrou-se “disponível para legislar” o alargamento da isenção de pagamento de taxas...

Paulo Macedo falava na Comissão Parlamentar da Saúde, que debate a questão das urgências hospitalares, a pedido potestativo do PCP, onde se mostrou “disponível para legislar” a isenção do pagamento de taxas moderadoras até aos 18 anos.

Durante uma intervenção, o ministro enumerou várias medidas com que conta resolver a carência de recursos humanos, nomeadamente médicos, anunciando que o seu ministério vai “flexibilizar as condições” para que os clínicos reformados possam trabalhar a tempo parcial.

Assim, e durante um “período experimental que não deve ir além dos três anos, os médicos reformados poderão trabalhar 20 horas semanais (em vez das 40 em vigor) e acumular a reforma com o salário relativo a esse horário parcial.

Além desta medida, Paulo Macedo disse que está em fase de análise pelos sindicatos uma proposta de incentivos para os clínicos irem trabalhar na periferia.

Os clínicos que optarem pela periferia irão, assim, beneficiar de um subsídio a atribuir no início da deslocação e um outro anual.

Ao longo de quase quatro horas de debate, marcado essencialmente pela questão do acesso ao medicamento Sofosbuvir, contra a hepatite C, a oposição responsabilizou Paulo Macedo pelo estado das urgências hospitalares.

Em resposta, o governante enumerou as medidas tomadas pelo seu ministério, garantiu que a resposta ao inverno foi planeada e que os recursos humanos estão a ser reforçados.

A reiterar esta postura de Paulo Macedo, o secretário de Estado da Saúde, Manuel Teixeira, assegurou que “os fundamentais do SNS (financeiros, recursos humanos e prestação de cuidados) estão melhores”.

Doente com hepatite C diz a Paulo Macedo
“Não me deixe morrer, eu quero viver”, gritou hoje José Carlos Saldanha, doente que aguarda tratamento contra a hepatite C, ao...

José Carlos Saldanha, acompanhado pelos filhos de duas doentes com hepatite C, uma das quais falecida recentemente, assistiu a várias horas de debate sobre o estado das urgências hospitalares, mas também sobre o acesso aos tratamentos contra a hepatite C.

No meio da discussão, o doente levantou-se e, dirigindo-se a Paulo Macedo, gritou “não me deixe morrer, eu quero viver”.

Segundo afirmou, este doente com hepatite C terá oferecido a Paulo Macedo metade do custo do tratamento, não tendo recebido qualquer resposta da parte do Ministério da Saúde.

José Carlos Saldanha pediu depois desculpa aos deputados pela sua intervenção, não sem antes avisar Paulo Macedo: “A si, eu vou encontrá-lo”.

A intervenção causou celeuma, com o deputado do PSD a solicitar que os restantes dois elementos e filhos de doentes deixassem a sala onde decorre a Comissão Parlamentar da Saúde saíssem, proposta que não foi acatada.

Ébola
Apenas pouco mais de um terço dos fundos prometidos para combater a epidemia de Ébola na África Ocidental foram entregues, o...

“Até 31 de Dezembro de 2014, os doadores tinham prometido um total de 2,89 mil milhões de dólares (2,53 mil milhões de euros) para apoiar a acção internacional contra a epidemia de Ébola. No entanto, apenas 1,09 mil milhões foram efectivamente pagos”, indicou Karen Grépin, especialista em questões de saúde a nível mundial na Universidade de Nova Iorque, no relatório divulgado na terça-feira.

Os fundos entregues até final do ano passado correspondiam a cerca de 38% do que tinha sido prometido.

“O problema não foi a generosidade dos doadores (as necessidades para combater a epidemia foram avaliadas em 1,5 mil milhões de dólares), mas o facto de os recursos não terem sido disponibilizados com a rapidez suficiente”, explicou Grépin.

E o atraso “pode ter contribuído para a propagação do vírus”, considerou.

A Organização Mundial de Saúde decretou a mobilização mundial face à epidemia de febre hemorrágica Ébola no início de Agosto de 2014, mas os primeiros 500 milhões de dólares de ajuda só estiveram disponíveis em meados de Outubro, sublinha o estudo.

A propósito, o relatório assinala a necessidade “de um mecanismo para permitir um desembolso mais rápido dos fundos para combater as ameaças para a saúde pública como o Ébola”.

A progressão da doença, que causou cerca de 9.000 mortos num ano, regista um claro abrandamento no último mês nos três países da África Ocidental que constituem o seu epicentro (Libéria, Guiné-Conacri e Serra Leoa).

Esta epidemia de Ébola foi a mais grave desde que o vírus foi identificado em 1976, na África Central.

Ministro reconhece
O ministro da Saúde reconheceu hoje a necessidade de alargar os critérios para os doentes terem acesso aos tratamentos...

Paulo Macedo falava na Comissão Parlamentar da Saúde, a pedido do PCP, sobre a situação das urgências hospitalares, tendo o tema do acesso ao tratamento da hepatite C sido abordado por vários deputados, nomeadamente da oposição.

A assistir a esta comissão está um doente que aguarda o fármaco Sofosbuvir, o filho de uma doente internada com a doença e o filho de uma outra que morreu recentemente com esta patologia.

“Estamos a morrer”, afirmava José Carlos Saldanha, que aguarda o medicamento inovador, enquanto o ministro Paulo Macedo garantia que o governo tudo está a fazer para os doentes terem acesso ao melhor tratamento.

Nesse sentido, Paulo Macedo garantiu que, “relativamente aos doentes que têm indicação da comissão farmácia e terapêutica e critérios para tomar o medicamento, todos estão a ser tratados”.

“O que precisamos é de alargar os critérios, não para apenas estes doentes que estão em risco de vida, mas também para os que possam vir a beneficiar mais deste tratamento”, disse.

Sobre as negociações, o ministro reafirmou: “Não aceitamos que nos imponham uma política de preços totalmente opaca”.

Segundo Paulo Macedo, estão actualmente a ser tratados 630 doentes, com combinações entre vários medicamentos, em ensaios clínicos e com fármacos de três laboratórios, mais os cem tratamentos oferecidos pelo laboratório que comercializa o Sofosbuvir.

A presença deste doente e familiares de doentes na comissão ocorre no dia em que várias pessoas se manifestaram no exterior do Parlamento, pelo direito ao acesso dos medicamentos contra a hepatite C.

Especialista afirma
A oncologista cabo-verdiana Hirondina Spencer considerou que o aumento de número de casos de cancro por ano em Cabo Verde “é...

Em entrevista à agência de notícias cabo-verdiana Inforpress, a especialista, que coordena o combate à doença no Hospital Agostinho Neto, referiu que a falta de equipamentos obriga a tratamentos no estrangeiro, com os inerentes custos.

No dia em que se celebra o Dia Mundial de Luta contra o Cancro, Hirondina Spencer salientou que apenas a capital cabo-verdiana dispõe de equipamentos para quimioterapia, recebendo os doentes das restantes oito ilhas que, nos casos mais complexos, obriga à transferência dos pacientes, sobretudo para Portugal.

"Mesmo sem um registo nacional sobre o surgimento de novos casos, a situação de cancro é alarmante, porque realmente está a aumentar. Por ano, recebemos no Hospital Agostinho Neto uma média de 350 a 400 casos novos", precisou.

Segundo Hirondina Spencer, os tipos de cancro mais frequentes nas mulheres são o do colo uterino e da mama, que são também os que têm mais doentes transferidos para tratamento, por precisarem de fazer a radioterapia que não existe no país.

Nos homens, os tumores de vias digestivas e o cancro da próstata são os mais frequentes, acrescentou.

Sobre o lema deste ano, "Vencer o Cancro Está ao Nosso Alcance", a oncologista cabo-verdiana lembrou que a doença é uma das principais causas de morte no arquipélago.

"Podemos mudar de estilo de vida, ter um tratamento disponível, investir nos recursos materiais e humanos para tratamento, apostar na prevenção e diagnóstico precoce para evitar o cancro", sustentou.

Todos os anos, a 4 de Fevereiro, a Organização Mundial de Saúde (OMS) alia-se à União Internacional Contra o Cancro (UICC), a fim de promover a luta contra a doença.

A efeméride, aprovada na Carta de Paris a 4 de Fevereiro de 2000, na Cimeira Mundial Contra o Cancro para o Novo Milénio, é um instrumento que visa chamar a atenção de líderes governamentais, gestores de saúde e formadores de opinião para reduzir até 2020 a doença que ameaça as futuras gerações em todo o mundo.

Estima-se que o número de casos de cancro e mortes relacionadas a nível mundial venha a duplicar nos próximos 20 a 40 anos, especialmente nos países em desenvolvimento, os menos equipados para lidar com o impacto social e económico da doença.

Direcção-Geral da Saúde
A partir de hoje o Instituto Português do Mar e da Atmosfera prevê uma acentuada descida das temperaturas mínimas. Assim,...

Perante a previsão de tempo frio para os próximos dias a DGS recomenda que sejam tomadas as seguintes precauções:

  • Verificar a manutenção dos equipamentos utilizados para aquecimento antes de os utilizar;
  • Se utilizar lareiras, braseiras, salamandras ou equipamentos a gás mantenha a correcta ventilação das divisões de forma a evitar a acumulação de gases nocivos à saúde;
  • Não utilizar equipamentos de aquecimento de exterior (esplanadas) em espaços interiores;
  • Antes de se deitar ou sair de casa certifique-se de que apagou ou desligou os equipamentos de aquecimento, de forma a evitar fogos ou intoxicações;
  • Tenha especial atenção com os idosos e crianças para evitar queimaduras.

As pessoas mais vulneráveis ao frio são:

  • Crianças;
  • Idosos;
  • Doentes crónicos, principalmente com problemas respiratórios e cardiovasculares;
  • Os sem-abrigo;
  • Pessoas cuja habitação tenha mau isolamento térmico.

Proteja-se:

  • Use várias camadas de roupa adequadas à temperatura ambiente;
  • Proteja as extremidades do corpo (use luvas, gorro, meias quentes e cachecol);
  • Ingira bebidas e alimentos quentes.

Para mais informação consulte as recomendações neste site ou ligue para a Linha Saúde 24 (808 24 24 24).

Dia Mundial do Cancro
O presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro manifestou-se satisfeito com o anúncio do governo de um investimento de 40...

“As verbas nunca são suficientes para a luta contra o cancro, mas é muito bom saber que há um investimento adicional de 40 milhões de euros, vemos isso com muita satisfação”, disse Francisco Cavaleiro Ferreira.

No Dia Mundial do Cancro, o presidente da Liga adiantou que a luta contra a doença em Portugal “está difícil”, lembrando que se trata de uma patologia “muito difícil, que tem vindo a aumentar nos últimos anos e que, tudo indica, continuará a aumentar no futuro”.

O Governo anunciou um investimento de 40 milhões de euros para tratamento de doentes oncológicos nos Institutos Portugueses de Oncologia (IPO) de Lisboa, Porto e Coimbra, sendo metade do valor fornecido pela tutela e a outra por fundos comunitários e receitas próprias dos institutos.

O anúncio foi feito hoje, Dia Mundial do Cancro, em comunicado pelo Ministério da Saúde, no qual lembra que esta doença é a principal causa de morte prematura antes dos 70 anos e, no conjunto das causas de mortalidade em todas as idades, ocupa o segundo lugar depois das doenças cérebro-cardiovasculares.

De acordo com Francisco Cavaleiro Ferreira, actualmente, “um em cada quatro portugueses tem ou vai ter a doença”, prevendo-se que em 2030 os dados sejam de “um em cada três”.

Segundo o responsável, estes dados têm a ver com hábitos de vida, com a longevidade das pessoas, que vivem cada vez mais anos. Cavaleiro Ferreira lembrou que em Portugal são detectados 50 mil casos por ano e morrem cerca de 25 mil pessoas. Francisco Cavaleiro Ferreira considerou que a dificuldade na prevenção da doença é o facto de “não existir cura”, embora reconheça que as “taxas de sobrevivência já são assinaláveis”.

“É preciso as pessoas estarem informadas e cientes do que é a doença e não a recearem. Há que desmistificar a doença, e a Liga faz um esforço grande na prevenção primária de informação e esclarecimentos”, explicou.

Para o presidente da Liga, as pessoas devem estar “alertadas para certos sinais no seu corpo”, além de terem cuidados de hábitos de vida, como a alimentação e o desporto, relembrando que sempre que puderem façam rastreios, já que se trata de “pequenos passos importantes na luta contra o cancro”.

O Ministério da Saúde anunciou que este ano estão previstos investimentos para a área oncológica, designadamente para as unidades dos IPO’s de Lisboa, Coimbra e Porto superiores a 40 milhões de euros.

“Uma parte deste investimento já será realizado graças à capacidade de autofinanciamento das unidades, outra, por candidatura a fundos comunitários, e outra parte, ainda, através da injecção de capital do Estado, até 20 milhões de euros, a realizar este ano”, indica a tutela.

O ministério lembrou que, em 2014, os principais investimentos nos três IPO’s rondaram os 8 milhões de euros.

Governo anuncia
O Governo anunciou um investimento de 40 milhões de euros para tratamento de doentes oncológicos nos Institutos Portugueses de...

O anúncio foi feito hoje, Dia Mundial do Cancro, em comunicado, pelo Ministério da Saúde, no qual lembra que esta doença é a principal causa de morte prematura antes dos 70 anos e, no conjunto das causas de mortalidade em todas as idades, ocupa o segundo lugar depois das doenças cérebro-cardiovasculares.

Para assinalar a efeméride, o Ministério da Saúde anunciou que este ano estão previstos investimentos para a área oncológica, designadamente para as unidades dos Institutos Portugueses de Oncologia (IPO) de Lisboa, Coimbra e Porto superiores a 40 milhões de euros.

“Uma parte deste investimento já será realizado graças à capacidade de autofinanciamento das unidades, outra, por candidatura a fundos comunitários, e outra parte, ainda, através da injecção de capital do Estado, até 20 milhões de euros a realizar este ano”, indica a tutela.

O ministério lembrou que, em 2014, os principais investimentos nos três IPO’s rondaram os oito milhões de euros.

Em comunicado, o ministério realça que o Programa Nacional para as doenças Oncológicas é considerado prioritário e os principais programas de prevenção primária, luta contra o tabagismo, a promoção de alimentação saudável, estão atualmente organizados em programas autónomos.

O ministério lembra também que várias acções vão ser levadas a cabo com o financiamento pelos jogos sociais no valor global de 350.000 euros.

De acordo com o ministério, as previsões para Portugal apontam para um acréscimo de 12,6% de novos casos, estimando-se que, à semelhança de 2014, este ano morram por cancro mais de 20.000 pessoas.

Deverá começar até final do ano
A colheita de órgãos em dadores com coração parado deverá começar a ser feita até ao final deste ano, uma vez que a legislação...

A informação foi avançada pelo presidente do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), a propósito de uma portaria publicada em diário da república no final de Janeiro, que regulamenta o processo de colheita de órgãos em dadores mortos em paragem cardiocirculatória.

“Neste momento vai-se entrar em fase de candidaturas, depois é verificar e dar autorização e a partir daí, começa-se a fazer a colheita”, afirmou.

Para já é necessário as equipas treinarem-se para que “no final do ano um ou dois hospitais” já possam fazer esse tipo de transplante, disse.

“Esta preparação não podia ser feita sem o equipamento legal estar na rua e este já é um trabalho monstro, que implicou várias reuniões com mais de 30 pessoas”, explicou, sublinhando a importância agora do trabalho de preparação das equipas, porque a colheita de órgãos em dador de coração parado requer muita coordenação.

Para se candidatarem, os hospitais precisam de cumprir uma série de requisitos, como situarem-se em Lisboa, Coimbra ou Porto, disporem de um serviço de urgência polivalente e de um gabinete coordenador de colheita e transplantação e garantirem a disponibilidade de um coordenador hospitalar de doação de forma ininterrupta e em presença física.

O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) também é chamado a participar neste processo devendo ter um protocolo com os hospitais em causa que assegure os procedimentos no âmbito da emergência médica pré-hospitalar.

Os hospitais são ainda obrigados a cumprir uma série de requisitos relativamente ao doente em paragem cardiocirculatória, como medidas de reanimação avançada, incluindo oxigenação extracorporal em tempo útil apos chegada ao hospital, ou a mobilização rápida de equipas cirúrgicas multidisciplinares para a colheita de órgãos.

Estas unidades hospitalares terão ainda que assegurar a articulação entre a sala de emergência, os cuidados intensivos e o bloco operatório, de modo a garantir que a colheita de órgãos se realiza num período inferior a 240 minutos.

Actualmente, a colheita de órgãos para transplante apenas é feita em doentes em morte cerebral, pelo que a possibilidade de transplantar a partir de pessoas em paragem cardiocirculatória irá aumentar o número de transplantes.

A medida já está prevista há mais de quatro anos, mas só em novembro de 2013 foi publicado em diário da república o despacho que define os critérios médico-legais segundo os quais pode ser declarada a paragem cardiocirculatória irreversível, e que foram propostos e aprovados pela Ordem dos Médicos.

No dia 23 de Janeiro deste ano, foi publicada a portaria que regulamenta todos os procedimentos, fechando o capítulo legal relativamente a este tipo de transplante e levando Hélder Trindade a afirmar que “o fundamental está feito: pôr a lei na rua”.

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