Deco
Todos os 26 talhos avaliados num estudo da Deco chumbaram na conservação, higiene e temperatura de venda da carne de vaca...

O estudo da associação de defesa do consumidor analisou amostras de carne picada vendida em talhos de rua, de mercados e de hipermercados e os resultados, já divulgados, serão publicados na edição de Fevereiro da revista Deco Proteste.

Os talhos localizam-se na Grande Lisboa e Setúbal e no Grande Porto. Doze dos 26 estabelecimentos citados no teste já tinham sido visitados pela Deco em 2013 e chumbado nos mesmos parâmetros.

De acordo com o estudo, apenas três talhos - dois da cadeia Pingo Doce, em Lisboa e em Vila do Conde, e um do Intermarché, em Setúbal - vendiam carne picada sem sulfitos, aditivos proibidos neste tipo de preparado, mas que são usados para "restaurar a cor original da carne e dar a aparência de frescura".

No teste da Deco, todos os talhos avaliados reprovaram nos parâmetros de higiene e conservação, bem como na temperatura de venda, que, para a carne picada, deve rondar os 2ºC. Todas as amostras tinham vestígios de outras carnes, incluindo de aves, na maioria dos casos.

Segundo o estudo, quase metade das amostras continha a bactéria patogénica "Listeria monocytogenes" e, no Grande Porto, 30% tinham "salmonella".

Na Grande Lisboa e em Setúbal, a temperatura média de venda da carne picada era de 7,9ºC e, no Grande Porto, de 9,8ºC.

Face aos resultados do estudo, a Deco - Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor aconselha a picar a carne em casa ou a escolher, no talho, uma peça de carne antes de pedir para picá-la. A carne fresca "deve conservar-se, no máximo, a 7ºC", alerta a Deco.

Ao PS
O presidente do INEM pediu a deputados do PS que seja criado um regime de excepção na contratação de técnicos para atenuar a...

Esta posição, segundo a deputada socialista e presidente da Comissão Parlamentar de Saúde, Maria Antónia Almeida Santos, foi transmitida pelo presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), Paulo Campos, durante uma visita que um grupo de deputados do PS eleitos pelo círculo de Lisboa efectuou a esta entidade e ao Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU).

Em declarações à agência Lusa, Maria Antónia Almeida Santos referiu que o INEM, apesar de ser uma entidade com autonomia financeira e administrativa, "não consegue contratar mais técnicos por causa do espartilho colocado pelo Ministério das Finanças".

Numa visita em que esteve acompanhada pelos deputados Rui Paulo Figueiredo, Pedro Farmhouse e Ramos Preto, a dirigente socialista concluiu estar a existir "uma degradação das condições de funcionamento do INEM".

"No final de 2014, o tempo médio de resposta a chamadas 112 era de 14 segundos, mas agora duplicou - um indicador que traduz a falta de recursos humanos. As chamadas de emergência cresceram cinco por cento, mas não há técnicos suficientes para as atender", declarou Maria Antónia de Almeida Santos.

A presidente da Comissão Parlamentar de Saúde criticou também a "falta de planeamento" antes do surto de gripe e considerou estar a assistir-se também "a uma degradação ao nível dos equipamentos, alguns deles já obsoletos".

Maria António Almeida Santos disse ainda que se registaram problemas ao nível do escoamento de doentes para alguns dos hospitais, que tiveram falta de macas disponíveis.

"O INEM teve criar um sistema de ‘pool' de macas, emprestando-as aos hospitais", acrescentou a deputada do PS.

Degradação das condições de trabalho
Os sete chefes da equipa do serviço de urgência do hospital Garcia de Orta, em Almada, demitiram-se, confirmou fonte da...

A notícia foi avançada pela edição ‘online’ do semanário Sol e confirmada à Lusa pela administração do hospital, que disse estarem a ser tomadas medidas para ultrapassar a situação.

A equipa de médicos justificou a demissão, pedida hoje, com a degradação das condições de trabalho e também a excessiva lotação de doentes internados.

Segundo a administração do hospital, já estão a ser tomadas medidas para “fazer face ao aumento nos internamentos” e “outras medidas concretas serão anunciadas amanhã [terça-feira]”.

Sobre se a demissão dos médicos vai afectar o funcionamento dos serviços de urgência, a fonte explicou que a administração hospitalar compreende as necessidades dos médicos e que “serão tomadas medidas para resolver a situação”.

A fonte admitiu a possibilidade de os médicos poderem vir a recuar no pedido de demissão, tendo em conta as medidas que vão ser tomadas.

“Não haveria (recuo no pedido de demissão) se as condições difíceis não fossem reversíveis, mas as condições são reversíveis”, salientou, lembrando que a situação do aumento do número dos doentes é generalizada em todos os hospitais.

“Estas dificuldades neste hospital não são excepção. Há medidas que vão ser tomadas para resolver a situação”, concluiu a fonte da administração do Garcia de Orta.

Bastonário diz
O bastonário da Ordem dos Médicos de Portugal, José Manuel Silva, disse que o Serviço Nacional de Saúde português já "não...

O bastonário falava durante o X Congresso Internacional dos Médicos, em que participa a convite da congénere angolana, tendo reconhecido que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) português, pela qualidade e serviço prestado ao longo dos anos e pelas restrições financeiras recentes, é hoje "um exemplo no bom e no menos bom sentido".

"Não tenho qualquer dúvida em afirmar que, neste momento, o SNS português já não cumpre os seus preceitos constitucionais", afirmou José Manuel Silva, assumindo que o serviço foi, no passado recente, o "melhor do mundo" na relação entre qualidade, acessibilidade e custo 'per capita'.

"Mas também é um exemplo, neste caso em sentido menos positivo, pelo facto de os cortes que estão a ser impostos à Saúde estarem a atingir a qualidade e a capacidade de resposta do SNS", sublinhou.

Durante o congresso, que se iniciou hoje [26 de Janeiro] em Luanda e que prevê um encontro entre os bastonários da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) para o reforço das relações, o Governo angolano recordou a evolução e universalidade do SNS do país, em 40 anos, o qual conta com o apoio de especialistas estrangeiros.

"Mas é evidente que, nestas duas vertentes, mais positiva e menos positiva, a experiência portuguesa pode ser extremamente importante para os países que têm os seus sistemas de saúde ainda em fase de desenvolvimento", apontou o bastonário português.

Durante o congresso, José Manuel Silva participa num painel de debate sobre a iliteracia em Saúde, apresentado dados de estudo em Portugal, e noutro relativo à relação entre médico e doente.

Uma relação que, critica, "está em causa em Portugal", com a marcação de "tempos de consulta anormalmente reduzidos", "confundindo a prestação de cuidados de saúde com uma linha de produção industrial", rematou o responsável.

Dois anos de existência
Spine Center é o único centro certificado em Portugal na área de diagnóstico e tratamento de patologias da coluna vertebral.

Com apenas dois anos de existência, o Spine Center, unidade especializada na cirurgia da Coluna em Coimbra, recebeu o certificado de qualidade emitido pelo Bureau Veritas, grupo internacional especializado em auditorias e certificações de gestão em relação às normas regulatórias ou voluntárias, segundo a norma ISO 9001:2008 pelas mãos de Ricardo Lopes Ferro, director geral da entidade.

Na cerimónia de entrega do diploma, Luís Teixeira, director da unidade sediada em Coimbra, afirmou que este é um resultado de “um percurso grande feito em equipa que está longe de ser concluído” mas que para o cirurgião ortopédico representa: “um passo importante na credibilidade da sua unidade de saúde e na responsabilização do quadro de médicos e colaboradores. A Bureau Veritas é, na área da saúde, uma das entidades de credenciação mais válidas a nível internacional, razão pela qual foi a nossa escolha” explica o médico que identifica como objectivo primordial a qualidade na assistência clínica, sendo este um momento muito importante para: "Reforçar a credibilidade e também para cimentar a projecção internacional que temos vindo a conquistar.”

Para o director geral desta unidade, este é um motivo de orgulho: “Podermos afirmar que o Spine Center é hoje uma das referências nacionais em cirurgia da coluna, pela equipa multidisciplinar que possui e pelo sistema integrado de diagnóstico e tratamento do doente". Explica ainda que o sucesso do centro de cirurgia da coluna se deve também à tecnologia de ponta onde nalgumas áreas são pioneiros a nível nacional, como é o caso da cirurgia da coluna vertebral guiada por neuro navegação e imagens intraoperatórias em 3D.

Em parceria com a Associação para a Promoção de Segurança Infantil
“Alta Segura” é o nome do projecto que tem como objectivo apoiar e aconselhar grávidas e famílias de recém-nascidos na área do...

A partir deste mês, Lisboa e Porto, através das maternidades dos hospitais CUF Descobertas e CUF Porto, passam a contar com este programa de formação gratuito.

Porque os acidentes de automóvel são a principal causa de morte e incapacidade nas crianças em Portugal, é fundamental protegê-las em viagem. Desde o primeiro trajecto, da maternidade para casa, o transporte do recém-nascido deve ser feito cumprindo regras de segurança específicas. São essas regras e muitas outras recomendações que fazem parte do programa “Alta Segura”, desenvolvido pela APSI - Associação para a Promoção de Segurança Infantil, que está a ser implementado, pela primeira vez, em Lisboa e Porto, nas maternidades dos hospitais CUF Descobertas e CUF Porto.

Desde sessões de esclarecimento para grávidas e pais de recém-nascidos, à realização de aulas práticas no momento da alta, já nos veículos, este programa disponibiliza informação sobre os sistemas de retenção mais adequados para o transporte da grávida e do recém-nascido, aconselhamento durante a gravidez sobre os cuidados a ter na escolha e colocação da cadeirinha, e acompanhamento da família ao automóvel, no dia da alta, para verificação da instalação correcta da cadeirinha.

Para a implementação deste programa nas maternidades dos dois hospitais CUF, entre CUF Descobertas e CUF Porto, a APSI deu formação a cerca de 80 profissionais de saúde, entre os quais enfermeiros e auxiliares de acção médica, que prestarão agora este serviço de apoio aos pais. Além de Lisboa e Porto, o programa “Alta Segura” foi já implementado em três unidades hospitalares no Algarve.

 

Factos sobre segurança rodoviária infantil:

Usar uma cadeirinha virada para trás salva 9 em cada 10 crianças.

Num acidente a 45 km/h, os passageiros à solta ou ao colo são projectados com um peso 20 vezes maior (ex: grávida com 60 kg = 1,20 toneladas; recém-nascido com 3kg =60kg).

A utilização do cinto de segurança ou de uma cadeirinha, correctamente colocados, permite reduzir lesões e traumatismos graves em 60% a 90% dos casos.

Treatment of patients with predominant negative symptoms of schizophrenia
Gedeon Richter Plc. announced positive top-line results from a Phase IIIb trial evaluating the efficacy, safety and...

The cariprazine treatment group showed statistically significant improvement in the primary outcome measure, the Positive and Negative Syndromes Scale Factor Score for Negative Symptoms (PANSS-NFS) compared to risperidone. The cariprazine treatment group also showed statistically significant improvement with regard to the secondary outcome measure, the Personal and Social Performance Scale (PSP) compared to risperidone. The patients tolerated the treatment well. Data will be further analyzed in the coming weeks.

“We are very pleased about these positive phase III results. The preliminary data clearly demonstrates that in addition to the already shown efficacy in patients with schizophrenia and acute mania associated with bipolar I disorder, cariprazine has also the potential to become a novel promising therapeutic option for the unmet medical need of patients suffering from predominant negative symptoms of schizophrenia,” said Dr István Greiner, Research Director of Gedeon Richter Plc.

“This is the first study to demonstrate clinically relevant efficacy in a group of patients who had been without a reliable treatment option. Based on the preliminary data of the study, cariprazine may offer a unique treatment to improve the patients’ and their relatives’ quality of life,” added Dr György Németh, Chief Medical Officer of Gedeon Richter Plc.

 

About this Phase IIIb Study

This was a 26-week long, multinational, multicenter, randomized, double-blind, risperidonecontrolled, parallel-group, fixed/flexible dose Phase IIIb clinical trial to evaluate the efficacy, safety, and tolerability of cariprazine as monotherapy in adult patients suffering from schizophrenia with persistent and predominant negative symptoms. The patients’ positive symptoms were stabilized at a low level and they did not have depressive symptoms. Patients were diagnosed with schizophrenia, according to the Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, Fourth Edition, Text Revision (DSM-IV-TR) criteria, had a minimum score of 24 on the PANSS-NFS, a maximum score of 19 points on the PANSS Factor Score for Positive Symptoms (PANSS-PFS), and no more than 6 points on the Calgary Depression Scale for Schizophrenia (CDSS).

Following a prospective lead-in period of 4 weeks, a total of 461 patients between 18 and 65 years of age were randomized to either cariprazine (N=230), or risperidone (N=231).

Treatment was administered once daily for 26 weeks, followed by a 2-week safety follow-up period. The target doses for cariprazine and risperidone were 4.5 mg/day and 4.0 mg/day, respectively. A total of 77.4% of the patients in each of the treatment groups completed the 26 week treatment period. The primary endpoint was defined as change from baseline in the PANSS-NFS at week 26, using a mixed-effects model for repeated measures (MMRM) analysis. The cariprazine treatment group showed statistically significant improvement in the PANSS-NFS relative to risperidone at week 26 (-1.47; p=0.002).

The key secondary endpoint was change from baseline in PSP score at week 26, using an MMRM analysis. Cariprazine 4.5 mg/day also showed statistically significant improvement in the PSP score versus risperidone (+4.61; p<0.001).

No treatment emergent adverse event was reported in more than 10% of the patients. The most frequent adverse events (incidence ≥5%) across both treatments groups were insomnia, headache, akathisia, worsening of schizophrenia symptoms, anxiety and somnolence.

 

About Cariprazine

Cariprazine, a dopamine D3 and D2 receptor partial agonist with preferential D3 receptor binding, is an atypical antipsychotic in late-stage development for the treatment of patients with schizophrenia and for patients with manic or mixed episodes associated with bipolar I disorder. The safety and efficacy of cariprazine has been studied in a clinical trial program of more than 2,700 patients in these indications. In addition, cariprazine is being investigated for the treatment of bipolar depression and as adjunctive treatment for major depressive disorder in adults.

Cariprazine is novel compound discovered by Richter’s researchers. Under the terms of collaboration agreements signed ten years ago, cariprazine has been co-developed with Forest Laboratories (now Actavis) for the territories of USA and Canada, and also with Mitsubishi Pharma (now Mitsubishi Tanabe Pharma) for Japan and other Asian countries.

 

About Schizophrenia

Schizophrenia is a chronic and disabling disorder that affects more than 21 million people worldwide. It imposes significant burden on patients, their families, and society. Symptoms fall into three broad categories: positive symptoms (hallucinations, delusions, thought disorders, and movement disorders), negative symptoms (such as loss of motivation and social withdrawal), and cognitive symptoms (problems with executive functioning, focusing, and working memory).

Based on available scientific data, the number of patients with predominant negative symptoms is estimated to be around 15-35% of those who are suffering from schizophrenia. Predominant negative symptoms can severely affect the patient’s ability for self care and independent life; everyday activities (e.g. working or studying); and personal and social relationships.

 

About Gedeon Richter

Gedeon Richter (www.richter.hu), headquartered in Budapest/Hungary, is a major pharmaceutical company in Central Eastern Europe, with an expanding direct presence in Western Europe. Richter's consolidated sales were approximately EUR1.2 billion (US$1.6 billion) while its market capitalization amounted to EUR2.8 billion (US$3.8 billion) in 2013. The product portfolio of Richter covers almost all important therapeutic areas, including gynecology, central nervous system, and cardiovascular areas. Having the largest R&D unit in Central Eastern Europe, Richter's original research activity focuses on CNS disorders. With its widely acknowledged steroid chemistry expertise, Richter is a significant player in the female healthcare field worldwide. Richter is also active in biosimilar product development.

A partir de Janeiro
A Bial acaba de incorporar no seu Conselho de Administração, como membro não executivo, Franz Humer, ex-CEO e ex-Chairman da...

A entrada de Franz Humer, uma das personalidades internacionalmente mais respeitadas na indústria farmacêutica, integra-se no reforço da estratégia de internacionalização da BIAL para a próxima década.

Franz Humer, que se aposentou da Roche em 2014, tem uma vasta carreira na indústria farmacêutica, tendo desempenhado funções de gestão na Shering Plough e na GlaxoSmithKline. Em 1995 integrou o Conselho de Administração da Roche, tendo assumido a presidência da Divisão Farmacêutica e a Direcção de Operações. Em 1998 assumiu a presidência executiva da empresa até 2008, desde 2001 que exerceu também a função de Chairman, até Março de 2014.

Doutor em Direito, com um MBA pelo INSEAD, Franz Humer é ou foi Membro do Conselho de Administração do Citigroup, Chairman da Diageo, Chairman do International Center for Missing and Exploited Children e Membro do Conselho Consultivo Internacional da Allianz, entre outros cargos.

Para Luís Portela, Chairman da BIAL, “é uma honra poder contar com a experiência do Dr. Franz Humer, que dedicou a sua carreira profissional à indústria farmacêutica em grandes empresas multinacionais de inovação.” Reforçando ainda “a sua entrada é especialmente relevante para BIAL, constituindo um reconhecimento do trabalho que temos vindo a desenvolver”.

Para Franz Humer, “fazer parte do Conselho de Administração da BIAL é um desafio. A BIAL é uma empresa que acompanho há muitos anos e que tem tido um percurso notável, alicerçado numa estratégia de longo prazo centrada na Investigação e Desenvolvimento, algo pioneiro em Portugal. Espero poder dar o meu contributo para o seu fortalecimento, sobretudo nos mercados internacionais”.

Atualmente a BIAL está presente em mais de 50 países e as vendas nos mercados internacionais representam cerca de 60% do total do volume de negócios da empresa.

 

Sobre a BIAL

Fundada em 1924, BIAL tem como missão desenvolver, encontrar e fornecer novas soluções terapêuticas na área da Saúde.

Nas últimas décadas, as linhas estratégicas da empresa têm-se centrado na Qualidade, na Inovação e na internacionalização.

Anualmente, a empresa investe mais de 20% do seu volume de vendas em I&D, o que a posiciona entre as empresas europeias com maiores investimentos em termos de inovação. Nos projectos da empresa destaca-se a continuidade do programa de desenvolvimento clínico do seu antiepilético Zebinix/Aptiom, já comercializado na generalidade dos mercados Europeus e nos EUA, e também um novo tratamento para a doença de Parkinson.

Com uma equipa de 900 colaboradores, a BIAL tem vindo reforçar a sua presença internacional, vertente que quer fortalecer na próxima década.

“Janela do Jovem Investigador”:
Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem convida alunos da licenciatura a contactarem, desde cedo, com as...

Quarenta estudantes de licenciatura da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) estão, desde o início do ano, envolvidos em actividades de iniciação à investigação, no âmbito da denominada “Janela do Jovem Investigador”.

Trata-se da mais recente iniciativa da Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem (UICISA: E), acolhida na ESEnfC, que procura aproximar os estudantes de licenciatura dos projectos de investigação, ligando a pesquisa científica ao ensino e contribuindo, assim, para a formação de jovens investigadores (fase inicial da cadeia de training).

Estes 40 estudantes, seleccionados de entre um grupo de 80 que se candidatou às “rotações de iniciação à investigação”, vão agora cumprir um primeiro percurso experimental (cada rotação tem a duração de 20 a 72 horas anuais), integrados na equipa de um projecto estruturante da UICISA: E.

Cada estudante, auxiliado pela equipa, compromete-se a desenvolver um plano de actividades (com objectivos, tempo de execução e resultados esperados), que será validado pelo investigador principal (coordenador de projecto).

“O objectivo major é ajudar os estudantes a aprenderem a estar em equipa, a dialogarem com investigadores de investigação avançada, a perceberem a linguagem que utilizam e a conhecerem estratégias básicas de pesquisa. Pretendemos que descubram o gosto pelas actividades de investigação, que percebam as funções de um centro de investigação acreditado, os seus eixos estratégicos de desenvolvimento e que, no futuro, continuem ligados no caminho da investigação avançada”, explica o coordenador científico da UICISA: E, professor Manuel Alves Rodrigues.

A UICISA: E oferece, ainda, um conjunto de actividades de curta duração, que os estudantes podem escolher de acordo com as suas preferências. Depois de uma primeira já realizada – “Apresentação de projectos por investigadores principais” –, outras três estão agendadas: “Glossariando” (29 de Janeiro), “Bases de Dados à Lupa” (12 de Março) e “Comunicar Ciência” (3 de Junho).

A UICISA: E mantém uma cadeia integrada de preparação de investigadores, que se inicia, justamente, com a oportunidade dada aos estudantes da licenciatura de desenvolverem actividades em equipas de investigação e que se estende aos mestrandos e doutorandos de politécnicos e universidades nacionais e estrangeiras.

Actualmente, a UICISA: E conta com uma equipa de investigadores que é composta por 44 membros PhD (doutorados) e mais de oito dezenas de membros colaboradores com diferentes níveis de habilitações académicas.

Estruturada em três linhas de investigação – “Formação de Profissionais de Saúde e Educação para a Saúde”, “Bem-estar, Saúde e Doença” e “Sistemas de Saúde e Organizações” –, a UICISA: E foi avaliada, em 2013, pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, com a colaboração da European Science Foundation, mantendo a classificação final de “Bom”.

Biénio 2015-2016
Maria João Quadrado, oftalmologista do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, foi recentemente eleita para presidir à...

A nova direcção é, de resto, composta pelos oftalmologistas António Oliveira (Vice-Presidente), João Castro Sousa (Tesoureiro) Rita Flores (Secretária-Geral), António Melo (Secretário-Geral Adjunto) Ângela Carneiro (Vogal) e Pedro Menéres (Vogal).

A nova presidente da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO) é doutorada em Ciências da Visão pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra e investigadora do IBILI – Coimbra, onde desenvolve e participa em projectos de investigação e ensaios clínicos relacionados com a Superfície Ocular e Córnea. Nos CHUC ocupa os cargos de Chefe da Secção de Córnea e Cirurgia Refractiva do Serviço de Oftalmologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), Chefe da Unidade de Internamento do Serviço de Oftalmologia do CHUC e Chefe do Banco de Olhos do CHUC. Neste hospital desempenha ainda as funções de auditora para a Qualidade responsável pela implementação da Certificação do Banco de Olhos dos CHUC de acordo com a Norma ISO 9001:2008 e a Lei 12/2009.

Segundo Maria João Quadrado, a nova direcção da SPO “procurará uma maior visibilidade internacional da Oftalmologia portuguesa, passando por uma estreita colaboração científica ibérica, com a formação de alguns grupos ibéricos nas principais áreas como Cirurgia Implanto-Refractiva; Superfície Ocular, Glaucoma e Retina”.

A nova presidente refere ainda que pretende “melhorar a dinamização dos diferentes grupos da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia, de forma a criar um fórum de verdadeiro debate e partilha de opinião e ajuda em cada uma das áreas de interesse. Já na vertente científica, pedagógica e de investigação é importante o incentivo e apoio à investigação pelo que um dos nossos objectivos é criar um Prémio de Investigação em Oftalmologia a atribuir no Congresso Nacional da SPO. O incentivo ao Doutoramento, com apoio de Bolsas de Investigação, faz também parte deste programa”.

Ainda no que diz respeito à actividade científica, a nova direcção da SPO defende que “a Revista da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia deverá ser ainda mais próxima de cada um dos sócios, com a publicação de artigos temáticos de orientação clínica básica, escritos por portugueses ou estrangeiros de reconhecido mérito científico”.

As actividades dirigidas ao público em geral são também uma prioridade. Maria João Quadrado sublinha que “a SPO deverá efectuar assiduamente operações de divulgação junto da população, da comunicação social e manter activo o portal da SPO nas diferentes áreas da oftalmologia. Pretendemos organizar a Semana da Visão a decorrer na primeira semana de Outubro, aquando do Dia Mundial da Visão, com acções de sensibilização”.

Lembramos que a SPO foi fundada em 1939 com o objectivo de promover e contribuir para o desenvolvimento da oftalmologia nos seus diferentes aspectos: científico, pedagógico, informativo e de apoio à investigação, com respeito pela ética e deontologia profissional.

Constituída hoje
A Plataforma Nacional Independente dos Dadores de Sangue e Medula Óssea é constituída hoje em Aveiro para reivindicar junto da...

A plataforma quer dissociar-se das duas federações nacionais, que considera resignadas à vontade da tutela e do Instituto Português do Sangue e da Transplantação, e lutar por aquilo que diz serem direitos dos dadores de sangue, escreve o portal da TSF.

Em cima da mesa vão estar assuntos como o estatuto do dador de sangue, a isenção do pagamento de taxas moderadoras em hospitais e o seguro do dador.

“Se tenho um episódio qualquer nas urgências de um hospital, o dador de sangue é obrigado a pagar um valor que não devia. Paga para ser solidário”, assegura Joaquim Carlos, da Plataforma, que considera que esta é uma das causas para a diminuição do número de dadores em Portugal.

Outro bom motivo para aumentar as dádivas seria a concretização do seguro do dador. “Tem que se transformar numa realidade, mas com este governo tenho sérias dúvidas. Já ouço falar no seguro do dador há 30 anos”, acrescenta.

Joaquim Carlos diz também que há empresas que não cumprem a lei e impossibilitam que o dador se ausente do local de trabalho para dar sangue. “Diz a lei que o dador não deve ser penalizado por isso, mas sabes que há empresas que os fazem. Isto devia mexer como um alfinete na consciência dos empresários porque eles também são seres humanos”, afirma.

Austrália aplicará critérios já em Março
São 29 pontos que, segundo os investigadores, tornam possível prever a probabilidade de morte entre um a quatro meses....

O teste, criado na Austrália, permite, alegadamente, prever a morte dos doentes idosos, com base em 29 critérios. Segundo o Sydney Morning Herald, o resultado é depois usado para ajudar a decidir se o paciente fica hospitalizado ou é enviado para casa.

A ideia é evitar procedimentos caros e desnecessários e permitir que os doentes passem os seus últimos dias com os familiares. "A maioria dos doentes terminais quer morrer em casa, mas, na verdade, três quartos acabam por morrer nos hospitais, depois de procedimentos médicos invasivos, dispendiosos e, no fim de contas, inúteis", explica Magnolia Cardona-Morrell, autora do estudo que conduziu à criação do CriSTAL, a sigla de Critera for Screening and Triaging to Appropriate aLternative care (critérios para avaliar e fazer a triagem para cuidados alternativos apropriados).

"Estas intervenções podem não influenciar o desfecho; frequentemente não melhoraram a qualidade de vida do paciente; e causam frustração aos profissionais de saúde", acrescenta.

De acordo com a imprensa australiana, o teste deverá começar a ser usado nos hospitais locais já em Março.

 

Os 29 pontos do "Teste da morte"

  1. Nível alterado de consciência (Valor inferior a 2, na Escala de Coma de Glasgow)
  2. Tensão arterial (sistólica inferior a 90)
  3. Frequência respiratória superior a 5 e inferior a 30
  4. Pulso inferior a 40 ou superior a 140
  5. Necessidade de oxigénio, ou saturação inferior a 90%
  6. Hipoglicémia
  7. Convulsões repetidas ou prolongadas
  8. Baixa produção de urina
  9. Historial de doenças, incluindo:
  10. Cancro em estado avançado
  11. Doença renal
  12. Falha cardíaca
  13. Vários tipos de doenças pulmonares
  14. AVCs e demência vascular
  15. Ataque cardíaco
  16. Doença do fígado moderada a grave
  17. Deficiência mental como demência ou incapacidade depois de um AVC
  18. Duração do internamento anterior a esta emergência (superior a cinco dias prevê um ano de vida)
  19. Hospitalizações repetidas no ano anterior
  20. Admissões repetidas nos cuidados intensivos
  21. Fragilidade
  22. Perda de peso inexplicável
  23. Relato de exaustão
  24. Fraqueza (incapacidade para segurar objectos, manuseá-los ou levantar objectos com 4,5 Kg ou menos)
  25. Andar devagar (anda 4,5 metros em mais de 7 segundos)
  26. Incapacidade para se manter em pé ou fazer exercício
  27. Vive numa residência assistida ou casa de repouso
  28. Perda de proteínas pela urina
  29. Eletrocardiograma alterado
Luta Contra o Cancro do Colo do Útero
IPO de Lisboa promove sessão de esclarecimento com apresentação de dados sobre rastreio do cancro do colo do útero.

No âmbito das comemorações da Semana Europeia da Luta Contra o Cancro do Colo do Útero, o Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa promoveu uma sessão de esclarecimento sobre o Cancro do Colo do Útero, abordando várias temáticas, desde a prevenção ao tratamento.

No âmbito desta sessão, o Coordenador Nacional para as Doenças Oncológicas apresenta os dados nacionais relativos ao rastreio do cancro do colo do útero – “Avaliação da taxa de cobertura nacional do rastreio, oportunista e organizado, do Cancro do Colo do Útero”.

O Instituto, através do Serviço de Ginecologia e dos Laboratórios de Virologia e Citopatologia, sensibiliza para este tema, promovendo o conhecimento sobre este tipo de cancro, que é causado por determinados tipos de vírus do Papiloma Humano (HPV).

Na Europa existem cerca de 60 mil novos casos/ano de cancro do colo do útero, com uma mortalidade de 30 mil/ano. No nosso país surgem, anualmente, cerca de 750 novos casos. Ao IPO de Lisboa é referenciada uma média de 250 doentes/ano com este tipo de cancro.

O HPV é responsável por infecções frequentes (cerca de 80% das mulheres são infectadas ao longo da vida), mas a grande maioria destas infecções regride espontaneamente, sendo que cerca de 10% tornam-se persistentes. Uma infecção persistente por um genótipo de HPV de alto risco é condição necessária mas não suficiente para o desenvolvimento do cancro do colo do útero.

O rastreio (citologia cervical e detecção do DNA viral do HPV) previne este cancro. A vacinação pode prevenir a infecção contra os genótipos de HPV presentes na vacina.

 

Oito em cada 10 mulheres fazem rastreios regulares do cancro do colo do útero

Oito em cada 10 mulheres fazem rastreios regulares do cancro do colo do útero, segundo uma sondagem divulgada, que alerta contudo para o facto de cerca de 16,8% das mulheres nunca ter feito uma citologia.

Das 800 mulheres inquiridas, com idades entre os 30 e os 60 anos, 83,1% responderam fazer citologias, e destas 93,5% dizem fazê-lo de forma regular. A maioria (59,8%) afirmaram fazer o exame uma vez por ano e 24,8% de dois em dois anos.

O estudo global foi promovido pelo Programa Nacional de Doenças Oncológicas, decisão tomada depois de dados terem revelado uma diminuição da adesão das mulheres aos rastreios do cancro do colo do útero realizados pelas administrações regionais de saúde, em que a população alvo é convidada a fazer o rastreio.

O director do Programa Nacional de Doenças Oncológicas, Nuno Miranda, que apresentou os dados no Instituto Português de Oncologia, no âmbito da Semana Europeia da Luta Contra o Cancro do Colo do Útero, considera "muito positivos" os dados obtidos com o estudo global, que inclui também os rastreios feitos nas consultas privadas. "São dados que explicam e justificam a diminuição da mortalidade" por este tipo de cancro, cuja taxa caiu de 3,30 em 2011, para 2,80 em 2012, disse Nuno.

A sondagem revela ainda que 16,8% das inquiridas nunca fez uma citologia, sendo que destas 18% aponta como motivo para a não realização do exame "não saber como proceder".

"Temos alguma população ainda para cobrir e preocupa-nos a população mais desfavorecida do ponto de vista social porque essas serão as que terão mais dificuldade em chegar a meios fora do rastreio organizado", disse Nuno Miranda.

Os principais locais apontados para a realização do rastreio foram sobretudo os centros de saúde (53,8%), mas o estudo não conseguiu estabelecer se o maior número de respostas afirmativas está relacionado com a existência de médico de família.

Os médicos privados foram responsáveis pela realização de 39,5% dos rastreios.

"Podemos dizer que na região onde consideramos que há menos população com médico de família, o Algarve, existe também menor taxa de cobertura, mas quando vamos ver todas as regiões não encontramos uma relação directa", disse Nuno Miranda.

Por regiões, é no Algarve que as mulheres menos afirmam ter realizado citologias (61%) e na região norte onde mais dizem fazer o exame (89,8%).

Em Lisboa, onde ainda não foi implementado um rastreio organizado, a percentagem de mulheres que afirmou ter realizado rastreio atinge os 85%, sendo a segunda maior a nível nacional.

Questionado sobre a influência da vacina contra o HPV [Vírus do Papiloma Humano], contemplada no Plano Nacional de Vacinação em Portugal desde 2008, na diminuição da mortalidade por cancro do colo do útero, Nuno Miranda adiantou que esses resultados ainda não são visíveis.

"A vacinação ainda não é responsável por esta redução. Esperamos ver isso dentro de cinco anos, mas não consideramos que a vacinação seja uma alternativa ao rastreio. As mulheres vacinadas também têm que ser rastreadas", sublinhou.

Nuno Miranda adiantou que o cancro do colo do útero já não é dos que mais mata em Portugal e, segundo o especialista, a mortalidade pode ser "reduzida quase a zero".

"Podemos reduzir significativamente a mortalidade e nos tumores onde podemos intervir em termos preventivos [vacinação e diagnóstico precoce] é onde temos que investir tudo porque são onde que mais vidas salvam", disse.

Anualmente são diagnosticados em média mil novos casos de cancro do colo do útero em Portugal.

Farmacêutica Labesfal
O director-geral da empresa de medicamentos Labesfal Genéricos, Ismael Gomes, considerou hoje que o mercado nacional de...

"Infelizmente, o mercado de genéricos mostrou tendência para estabilidade, ao invés do crescimento ocorrido no ano anterior. Verificou-se ainda retracção em alguns meses específicos, fruto de questões pontuais, como a alteração de margens", alegou.

Em resposta a algumas questões da agência Lusa, Ismael Gomes, explicou que 2014 foi um ano de intenso trabalho de reorganização e adaptação ao mercado por parte da nova estrutura Labesfal, que conseguiu "resultados positivos e proporcionais ao volume de negócios de 2013, com cerca de 14 milhões de euros".

"Em 2014, tivemos um crescimento do volume, embora abaixo das nossas expectativas, sobretudo devido aos condicionalismos do mercado nacional, com abrandamento dos medicamentos genéricos, mas também da área internacional, em territórios de instabilidade imprevista, como a Líbia e o norte do Iraque", acrescentou.

Já no mercado internacional, em 2014, a Labesfal atingiu 20 por cento do seu volume total com as exportações, sendo os seus principais clientes originários sobretudo de África (Angola, Cabo Verde e Guiné Equatorial) e do Médio Oriente (Iraque e Arábia Saudita).

"Estamos expectantes relativamente a diversos países da África francófona - Costa do Marfim, Camarões, Congo, Gabão e Senegal -, onde devemos começar as operações ainda no primeiro trimestre de 2015, assim como no território de Macau. Por outro lado, embora com um maior atraso face aos restantes, estamos a finalizar contratos com Cuba e Colômbia", revelou.

O director-geral da Labesfal destacou ainda para 2015 a empresa de medicamentos genéricos está a contar com "um crescimento sustentado", nos mercados nacional e internacional, apesar de antever a continuação de condições difíceis de mercado, "com variáveis macroeconómicas ainda muito negativas para o crescimento e desenvolvimento desejado do país".

"Por um lado, temos diversos novos mercados a abrir no decorrer deste ano e, por outro lado, contamos ter uma melhor penetração do mercado nacional este ano, coadjuvado pelos novos lançamentos previstos (mais de 20 moléculas em pipeline)", evidenciou.

De acordo com Ismael Gomes, a Labesfal mantém-se no topo das empresas de genéricos, com um dos maiores portefólios em Portugal, com mais de 105 moléculas em comercialização.

"A empresa mantém a sua aposta em figurar no top 10 das empresas de genéricos e, em simultâneo, explorar novos mercados internacionais, que deverão continuar a ser um forte potencial de crescimento e garantia de acesso a maiores volumes", referiu.

À Lusa, avançou ainda que estão a preparar o lançamento de novos produtos em 2015, não só lançamentos de mercado (novas moléculas após perda de patente), mas também lançamentos de portefólio (produtos de nicho e sem genéricos disponíveis), "para que todos possam usufruir da possibilidade de escolha, de um tratamento eficaz mas a preços justos".

Imposição de reduzidos Tempos de Consulta
Tem sido em número crescente a apresentação de reclamações por parte de médicos do SNS, particularmente por especialistas em...

Assim, o Conselho Nacional Executivo da Ordem dos Médicos vem sublinhar publicamente e comunicar a todos os médicos que:

Não existe qualquer texto legal que imponha qualquer duração mínima ou máxima de consulta para a especialidade de Medicina Geral e Familiar (MGF), nem como para qualquer outra especialidade.

A discricionária imposição de tempos médios de consulta pelos ACES, que nalguns casos procuram obrigar o médico a observar seis doentes por hora, nomeadamente em contexto de avaliação de doentes com doença aguda aparentemente “não urgente", é ilegal e viola o artº 3º do Código Deontológico da Ordem dos Médicos (1 O médico, no exercício da sua profissão, é técnica e deontologicamente Independente e responsável pelos seus actos. 2 Em caso algum o médico pode ser subordinado à orientação técnica e deontológica de estranhos à profissão médica no exercício das funções clínicas).

A Ordem dos Médicos recorda ao Ministério da Saúde que os doentes não têm um diagnóstico previamente registado e visível na sua região frontal, que é necessária uma observação cuidadosa e tempo para o aconselhamento do doente e para a prescrição informática (tantas vezes de extrema lentidão), que em Saúde a excessiva rapidez aumenta o risco de erros e que, infelizmente, nunca vimos o Ministério da Saúde assumir com seriedade as suas responsabilidades relativamente às consequências negativas para os doentes que decorrem das medidas que estão a desestruturar o SNS e a reduzir a sua Qualidade e capacidade de resposta.

Não colhe o falso argumento do “planeamento” dado pela ARS-­LVT, pois não está planeada qualquer solução para o caso de não ser possível observar os doentes ao ritmo pretendido dentro do horário de abertura preconizado. Nessa circunstância o que devem fazer todos os profissionais envolvidos? Prolongam o horário de trabalho e são proporcionalmente remunerados? Dão orientações aos doentes não observados para se dirigirem a uma urgência hospitalar? A ARS-LVT/Ministério da Saúde devem esclarecer estas questões, para demonstrar que há planeamento e não uma real imposição de uma “linha de produção industrial” de consultas e doentes.

A Ordem dos Médicos entende não estabelecer nenhum limite mínimo para os tempos de consulta em MGF devido à heterogeneidade das consultas praticadas e em respeito pela liberdade do Médico na gestão do seu ficheiro de utentes.

 

Em conclusão:

Nenhum médico deve permitir a imposição de tempos de consulta que considere inaceitáveis, impossíveis de cumprir e que prejudiquem a qualidade da relação médico-doente, devendo comunicar à Ordem dos Médicos toda e qualquer tentativa de violação da sua independência técnica e de gestão da consulta.

Caso as Direcções de ARS/ACES/ULS/Hospitais insistam em impor tempos de consulta que os médicos considerem manifestamente insuficientes, os médicos devem dedicar a cada doente o tempo que for o necessário para o observar e orientar convenientemente, com Qualidade e Humanidade, e cumprir rigorosamente o seu horário de trabalho.

Se necessário, ao abrigo do nº 2 do artº 271 da Constituição, os médicos devem reclamar por escrito da imposição de tempos insuficientes para Consulta e endossar a responsabilidade judicial por qualquer erro de diagnóstico ou terapêutica para a Direcção Clínica/Conselho de Administração da Instituição de Saúde. (artº 271, nº2: "É excluída a responsabilidade do funcionário ou agente que actue no cumprimento de ordens ou instruções emanadas de legítimo superior hierárquico e em matéria de serviço, se previamente delas tiver reclamado ou tiver exigido a sua transmissão ou confirmação por escrito."). Em nome dos Médicos e dos Doentes, desde já a Ordem dos Médicos transfere essa responsabilidade para o Ministério da Saúde.

Urgências:
A Secção Regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros questiona se o Ministério da Saúde vai adoptar uma política de gestão do...

O titular da pasta da Saúde anunciou recentemente a contratação de umas dezenas de profissionais de enfermagem depois de o país assistir à incapacidade dos serviços de urgência em gerir o fluxo de utentes, e de lhes dar a resposta adequada e em tempo útil.

Para a Secção Regional do Centro (SRC) da Ordem dos Enfermeiros (OE), esta medida, aparentemente reactiva, apenas pretende responder ao alarme social que a morte de utentes nas urgências provocou; camuflar um problema, mas não resolvê-lo.

E em relação aos restantes serviços hospitalares em pré-ruptura ou com grave carência de enfermeiros?

Os utentes que recorram às urgências terão de ser encaminhados para outros serviços para receberem os cuidados de saúde de que necessitam, mas nestes serviços as lacunas de profissionais de enfermagem também existem, e com idêntica gravidade.

A SRC da Ordem dos Enfermeiros tem vindo a comunicar às administrações regionais de saúde e a outras entidades com responsabilidades nesta matéria as graves carências de enfermeiros nos serviços de internamento que identifica nas Visitas de Acompanhamento do Exercício Profissional às instituições, mas só pontualmente é desbloqueada a contratação de alguns profissionais, sempre em número manifestamente insuficiente.

Relembramos alguns alertas mais recentes, inclusivamente veiculados pela comunicação social, como o caso do Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga, Centro Hospitalar Tondela Viseu e Centro Hospitalar do Baixo Vouga.

Se o caos ainda não se instalou noutros serviços, muito se deve à dedicação dos profissionais de enfermagem que, exaustos, com dezenas de horas de trabalho a mais cada mês procuram evitar que os serviços entrem em colapso. Procuram prestar aos cidadãos os cuidados de qualidade a que o Estado está obrigado por imperativos éticos, deontológicos, e por imposição da Constituição da República Portuguesa.

É, obviamente, bem-vindo o recente anúncio de novas contratações para os serviços de urgências, no entanto preocupa-nos que esta possa ser apenas uma medida reactiva e que apenas responde ao alarme social, e não à consciência de uma necessidade. Até porque quando esses profissionais recrutados estiverem integrados e representarem ganhos de produtividade para os serviços, o actual “pico” de afluência de utentes às urgências já passou.

Como exemplo, refere-se que o serviço de urgência do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), cuja carência de profissionais a OE já identificara em 2014, viu recentemente autorizada a contratação de cerca de uma dezena de enfermeiros. A bolsa de recrutamento estava concluída há muito tempo e os respectivos profissionais seleccionados estavam à espera que a contratação se efectivasse.

Esta realidade é idêntica à de inúmeros serviços de saúde da Região Centro, em que as necessidades estão identificadas pelas administrações das respectivas instituições, e os concursos, ou as admissões, ficam meses, anos, bloqueados pela tutela.

A Secção Regional do Centro da Ordem do Enfermeiros espera que a situação actualmente vivida nas urgências hospitalares sirva de alerta para que o Governo ponha em prática respostas consentâneas com as graves carências identificadas já nas instituições de saúde da Região Centro.

O que está em causa é a qualidade e segurança dos cuidados de saúde que se prestam aos cidadãos portugueses. A Ordem dos Enfermeiros, pela sua missão legal e estatutária, não pode ficar indiferente a esta realidade.

Em Fevereiro
Um grupo de doentes com hepatite C vai avançar, em Fevereiro, com uma providência cautelar contra o Ministério da Saúde, para...

Um grupo de doentes com hepatite C vai recorrer à via judicial para reclamar acesso a um tratamento que os pode curar desta doença infecciosa que normalmente só se manifesta vários anos depois, escreve o Sapo Saúde.

Os doentes reclamam que não lhes deve ser negada a possibilidade de receber tratamentos médicos que potencialmente os podem curar.

O Infarmed, por seu lado, lembra que já concedeu 93 autorizações especiais para que doentes afectados por hepatite C tenham acesso ao medicamento Sofosbuvir, um fármaco com taxas de cura à volta dos 90%.

"A nossa perspectiva é que o ministério da Saúde tem obrigação de cuidar dos doentes quando há medicação específica para fazer o tratamento. O risco de saúde destes doentes é a base da fundamentação da providência cautelar", que, diga-se, deverá ser entregue já no início de Fevereiro, refere o advogado dos doentes, Ricardo Candeias.

Segundo o advogado, os doentes ponderam ainda apresentar uma queixa-crime por "omissão de auxílio".

O ministério tutelado por Paulo Macedo negoceia entretanto com o laboratório responsável pelo fármaco, a Gilead, não tendo até agora sido possível chegar a acordo sobre o preço de mercado e o valor de comparticipação, razão pela qual o medicamento ainda não foi disponibilizado a mais doentes.

O Sofosbuvir foi aprovado há um ano pela Agência Europeia do Medicamento. O preço do tratamento definido pela farmacêutica ronda os 48 mil euros, o ministro propôs em Setembro pagar 4.151 euros por doente.

Cuidados continuados
A região Norte vai ter a partir de Fevereiro 64 novas camas de cuidados continuados, elevando para 2080 o número de espaços...

De acordo com o Luís Castanheira Nunes, o reforço nesta área vai permitir “transferir [para as unidades de cuidados continuados] os doentes em convalescença [internados] nos hospitais”, de forma a libertar camas hospitalares “para os doentes com casos agudos”.

A subida do número de camas de cuidados continuados decorrerá “no próximo mês” em cinco unidades da região Norte, no âmbito da ampliação da Rede de Cuidados Continuados Integrados na Região, um processo em curso desde 2011 em colaboração com instituições do sector social, acrescentou.

“Desde 2011 que a região Norte tem vindo a aumentar exponencialmente o número de camas de cuidados continuados nas diferentes tipologias”, frisou Castanheira Nunes, presidente do conselho directivo da Administração Regional de Saúde do Norte (ARSN).

Arcos de Valdevez (distrito de Viana do Castelo) vai ser a área com maior aumento nesta área, já que está prevista a abertura de 26 novas camas de cuidados continuados “nas tipologias de média e longa duração”.

Na unidade de Refojos, em Cabeceiras de Basto (distrito de Braga), a ARSN quer um aumento de 22 camas na tipologia de longa duração.

No concelho do Porto, na unidade da Trindade, e em Ponte da Barca (distrito de Viana do Castelo), a decisão foi abrir seis novas camas, ao passo que em Boticas (Vila Real) a subida será de quatro camas.

A prestação de cuidados continuados integrados tem por objectivo ajudar os doentes em convalescença/reabilitação e uma parte destes serviços é feita ao domicílio, sendo “assegurada pelos cuidados de saúde primários”.

A Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) é um conjunto estruturado de unidades (de internamento ou ambulatório) e equipas que prestam cuidados continuados de saúde e de apoio social a pessoas em situação de dependência, com falta ou perda de autonomia, tendo como um dos objectivos qualificar e humanizar a prestação de cuidados.

Ministro da Saúde diz
O ministro da Saúde, Paulo Macedo, disse hoje que as suspeitas sobre a alegada actividade fictícia na marcação de cirurgias no...

"A Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) e a própria administração do Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV) já se pronunciaram sobre o assunto. Este caso, em termos da sua suspeita, remontaria a 2012", disse Paulo Macedo em Castelo Branco, onde se deslocou para participar nas jornadas "Consolidação, crescimento e coesão", organizadas pelos sociais-democratas.

O governante explicou ainda que a ARSC pediu, na altura, uma investigação à Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS). "Como digo, é um caso antigo que foi agora reavivado, e não é por acaso que estes casos aparecem nesta altura", sustentou.

Paulo Macedo sublinhou ainda que a própria Entidade Reguladora da Saúde (ERS) já disse que vai analisar o caso do CHBV.

"Já foi objecto de despacho da IGAS. Porque é que volta a aparecer, não lhe posso dizer. O que posso dizer é que as recomendações da IGAS serão acatadas, como é normal, toda a informação [sobre o assunto] será dada à ERS, e se houver qualquer prática que seja fraudulenta, claramente será alterada e corrigida", assegurou o governante.

O caso da alegada actividade fictícia no CHBV foi denunciado por um grupo de clínicos numa exposição dirigida ao bastonário da Ordem dos Médicos e à Comissão Parlamentar de Saúde há cerca de um mês.

Os clínicos do Hospital de Aveiro denunciaram a existência de marcações de cirurgias, que depois eram adiadas, com o intuito de cumprir formalmente os prazos determinados por razões financeiras.

Por outro lado, Paulo Macedo voltou a admitir que a solução para as urgências do hospital Amadora-Sintra pode passar pela construção de um novo edifício ou pela reinstalação da urgência.

"O que pedimos à Administração Regional de Saúde (ARSVT) de Lisboa e Vale do Tejo e à administração do hospital é que apresentem um projecto, que poderá passar pela construção de um novo edifício ou de reinstalação da urgência", referiu o governante em Castelo Branco.

Paulo Macedo reconheceu que, "além das dotações de recursos humanos e financeiras” que o Governo tem vindo a fazer nos hospitais, “também em termos de espaços físicos há várias urgências que precisam de ser redimensionadas".

O ministro deu como exemplos desta necessidade de redimensionamento, não só o Amadora-Sintra, como também outros hospitais, como o das Caldas da Rainha ou do Barreiro-Montijo.

Hospitais do Norte
Vários hospitais da região Norte viram aumentada a sua capacidade de resposta com a abertura de mais 145 camas, revelou o...

De acordo com Luís Castanheira Nunes, a subida na disponibilidade de camas ocorreu “desde o início do ano”, nos centros hospitalares do Porto, Gaia/Espinho, Alto Ave, Médio Ave, Entre Douro e Vouga e Tâmega e Sousa, existindo ainda hospitais, como o de Santo António, no Porto, preparados para alargar a oferta “caso se justifique”.

O reforço determinado pela Administração Regional de Saúde do Norte (ARSN) foi feito na sequência da “monitorização diária” realizada “ao movimento de afluência aos hospitais”, a qual se traduziu na constatação de que, devido à gripe, “o número de doentes com maior gravidade tem vindo a aumentar”.

No caso dos centros hospitalares do Alto Ave, Médio Ave e Entre Douro e Vouga, a ARSN decidiu ainda, depois do aumento do número de camas hospitalares, recorrer aos acordos com as Misericórdias para proceder à “transferência de doentes já em convalescença”.

Desta forma, explicou Castanheira Nunes, libertaram-se nos referidos centros hospitalares camas para dar resposta a situações agudas.

“Atingindo o limite, foi preciso pedir a colaboração do sector social, com o qual já tínhamos acordos de cooperação”, justificou.

O reforço aconteceu nos centros hospitalares do Porto, Gaia/Espinho, Alto Ave, Médio Ave, Entre Douro e Vouga e Tâmega e Sousa, existindo ainda hospitais, como o de Santo António, no Porto, preparados para alargar a oferta com mais camas, “caso se justifique”.

A opção surgiu nos hospitais em que “a afluência e gravidade de doentes é bastante grande”. “Há uma alteração do perfil de procura [nas urgências hospitalares] e tem de se dar resposta a essas necessidades”, vincou.

A ampliação da resposta assistencial foi feita nos termos do acordo já existente entre a ARSN e as Santas Casas da Misericórdia da Póvoa de Lanhos, de Riba d’ Ave e Castelo de Paiva.

O presidente do conselho directivo sublinhou a importância de “aumentar a oferta de serviços” e “adequar” a sua gestão às necessidades e destacou que a chegada do pico da gripe, nomeadamente devido à subida dos casos de gripe provocados pela estirpe que não está coberta pelo plano vacinal de 2014/2014.

“Estamos a combater a guerra antes dela começar”, alertou, considerando que “a resposta dos profissionais” de Saúde “tem sido inexcedível”.

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