Dados oficiais
Mais de 850 mil pessoas já se vacinaram contra a gripe gratuitamente, nas unidades de saúde ou em instituições como lares,...

Uma nota da DGS, assinada pela sua responsável, Graça Freitas, refere que a vacinação contra a gripe em Portugal está em curso desde o dia 15 de outubro e que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) adquiriu cerca de um milhão e 450 mil vacinas.

No documento enviado à agência Lusa, a DGS adianta que “estas vacinas são enviadas para Portugal em várias remessas e, neste momento, todas as doses destinadas ao Serviço Nacional de Saúde já estão distribuídas ou em distribuição pelas centenas de pontos de vacinação do SNS”.

“A vacinação mantém-se, de uma forma global, ininterruptamente desde o início e estima-se que já se tenham vacinado gratuitamente no SNS, mais de 850 mil pessoas nas unidades de saúde ou em instituições como os lares, as unidades de cuidados continuados ou as prisões”, sublinha.

A DGS explica que quem pertença a um dos grupos para os quais a vacina é gratuita, deverá agendar a vacinação na sua unidade de saúde, lembrando que “a gripe é uma doença contagiosa que, habitualmente, se cura espontaneamente”, mas que “podem ocorrer complicações, particularmente em pessoas com doenças crónicas ou com 65 ou mais anos”.

A Direção-Geral da Saúde recomenda: “Vacine-se contra a gripe, preferencialmente, até final do ano”.

De acordo com o Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe, do Instituto Ricardo Jorge, hoje divulgado, a taxa de incidência de síndroma gripal (SG) foi de 7,6 por 100.000 habitantes e atividade gripal é considerada “esporádica”.

Dados do “vacinómetro” divulgados na terça-feira indicam, por sua vez, que mais de metade dos idosos já se vacinaram contra a gripe na atual época gripal.

O “vacinómetro” é um projeto lançado em 2009 que permite monitorizar em tempo real a taxa de cobertura da vacinação contra a gripe em grupos prioritários recomendados pela DGS.

Entre os grupos recomendados pela DGS, a taxa de vacinação fica-se pelos 40%, segundo os dados do "vacinómetro".

O grupo das pessoas com mais de 65 anos é o que regista uma cobertura vacinal mais elevada, com 52,9% das pessoas vacinadas, seguindo-se os doentes crónicos, com 40,7%, enquanto os profissionais de saúde apresentam uma taxa de vacinação de 38%.

Apesar destes números, a Ordem dos Enfermeiros avisa que há centros de saúde, sobretudo na região norte, que continuam com falta de vacinas da gripe, lamentando que se tenha repetido este ano uma “péssima gestão dos ‘stocks’”.

“Os maiores problemas que identificámos dizem respeito à Administração Regional de Saúde (ARS) Norte. Há várias unidades que não estão a receber o número de vacinas que pediram ou estão mesmo em rutura de ‘stock’ até ao próximo dia 21 de novembro. Significa que as pessoas vão ao centro de saúde para se vacinar e não têm vacinas”, disse na terça-feira à Lusa a bastonária, Ana Rita Cavaco.

DGS
O número de casos confirmados de sarampo na região de Lisboa e Vale do Tejo subiu para 15, entre eles duas crianças, disse à...

Cinco casos confirmados são no concelho de Oeiras, todos adultos, os restantes dez confirmados, entre eles duas crianças, são no concelho de Cascais. Neste concelho há, ainda, três casos notificados.

"A situação evolui dentro do esperado nestas circunstâncias", afirmou Graça Freitas.

Entre os casos confirmados, um adulto encontra-se internado e clinicamente estável, segundo a mesma fonte, que não precisou onde.

Na quarta-feira, a Direção-Geral da Saúde (DGS) anunciou que estes casos têm origem em países europeus, não tendo referindo quais, mas adiantou não ser expectável surgirem novos focos da doença em Portugal.

A DGS explica que o vírus do sarampo é transmitido por contacto direto com as gotículas infecciosas ou por propagação no ar quando a pessoa infetada tosse ou espirra, e os doentes são considerados contagiosos desde quatro dias antes até quatro dias depois do aparecimento da erupção cutânea.

“Os sintomas de sarampo aparecem geralmente entre 10 a 12 dias depois da pessoa ser infetada e começam habitualmente com febre, erupção cutânea (progride da cabeça para o tronco e para as extremidades inferiores), tosse, conjuntivite e corrimento nasal”, alertou a DGS.

 

Longe de vencer o combate
A Onusida pugnou por um “acesso universal” à despistagem para vencer a epidemia, no decurso da campanha lançada hoje em Abidjan...

“Precisamos de um acesso universal à despistagem do HIV, esta despistagem deve ser tão acessível como um teste de gravidez”, declarou o diretor-geral do Programa da ONU sobre o HIV/sida, Michel Sidibé, citado no último relatório da agência “Saber, é poder”.

Em 2017, à escala mundial, “75% das pessoas com o HIV” conheciam o seu estatuto, contra “66% em 2015”, uma melhoria sensível, segundo Sidibé.

“Mas estamos longe de vencer o combate: hoje reduzimos a vigilância, arriscando uma retoma da epidemia”, advertiu Sidibé em Abidjan, ao recordar que o objetivo da Onusida consiste em vencer a epidemia até 2030.

“A despistagem é um ponto de partida, mas o tratamento e a supressão da carga viral são indispensáveis para vencer a epidemia”, precisou, e lamentando que “a estigmatização e discriminação” das pessoas seropositivas “permaneçam ainda entre os principais obstáculos” na assistência aos doentes.

A África Ocidental e Central, e a zona África do Norte e Médio Oriente são as regiões onde a situação permanece mais inquietante. Cerca de metade (48%) dos seropositivos conhecem o seu estatuto serológico na África Ocidental e Central, e apenas 40% dos seropositivos beneficiam de um tratamento antirretroviral (respetivamente 50% e 29% para a África do Norte e Médio Oriente).

Desta forma, segundo Sidibé, na África Ocidental e Central, cerca de 10 milhões de pessoas não sabem que são seropositivas.

A insuficiência de financiamentos nacionais, os deficientes sistemas de saúde e os cuidados médicos pagos explicam esta situação, para além da discriminação contra as pessoas mais atingidas pela doença (homens que tenham tido relações com outros homens, prostituição praticada pelos dois sexos, toxicodependentes).

Na Costa do Marfim registaram-se importantes progressos em três anos, designadamente devido à ajuda financeira dos Estados Unidos. O número de doentes sob tratamento “duplicou” e a taxa de cobertura da despistagem quadruplicou para atingir dois terços da população, segundo o relatório.

“O primeiro pilar da luta contra a sida é a despistagem, sobretudo para as populações chave” (em risco), mas o “acesso aos tratamentos” e a “estigmatização” permanecem “problemas chave”, declarou à agência noticiosa AFP o médico Camille Anoma, diretor do Espaço Confiança, uma clínica especializada em Abidjan para as populações LGBT [Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgénero].

"Construção para a Saúde"
A Associação para o Desenvolvimento da Casa do Futuro “Inovadomus” vai lançar um projeto para uma construção mais saudável, que...

“Com a indústria da saúde a constituir-se um dos motores da economia e a hospitalização domiciliária a tornar-se uma realidade, este projeto irá procurar e partilhar informação e conhecimento para uma construção mais saudável, que promova o bem-estar dos cidadãos dentro dos edifícios”, explica António Oliveira, presidente daquela associação.

“A Inovadomus considera importante criar um movimento para uma construção e habitação saudável, como fator valorizador do produto, e que permita encontrar soluções com impacto positivo na saúde das pessoas dentro dos edifícios, sendo o projeto ‘Construção para a Saúde’ o primeiro passo para atingir este objetivo”, salientou.

Uma das primeiras tarefas a que se propõe é coligir as normas internacionais que parametrizam a construção saudável, com o contributo de um conjunto de especialistas alargado, entre engenheiros civis, engenheiros informáticos, médicos, psicólogos, e outros especialistas.

Obtida a validação da Organização Mundial da Saúde, haverá depois o trabalho de adaptação desses parâmetros à escala nacional e, eventualmente, europeia.

No final do projeto, as empresas do setor da construção e do imobiliário irão dispor de informação de como construir ou de como desenvolver soluções com um impacto positivo na saúde, “acrescentando valor ao setor e preparando-o para as exigências e oportunidades da indústria da saúde”.

O projeto “Construção para a Saúde” vai ser apresentado publicamente na quarta-feira, pelas 15 horas, na Ordem dos Arquitetos, Sede da Secção Regional do Norte, no Porto.

A Inovadomus - Associação para o Desenvolvimento da Casa do Futuro é uma rede que promove a cooperação universidade-indústria e incentiva as empresas a desenvolverem inovações para o setor do habitat.

Criada em 2002, agrega a Universidade de Aveiro, Efapel, Extrusal, Iberfibran, OLI, Rederia, Revigrés, Saint-Gobain Weber, TEKA e Umbelino Monteiro.

Opinião
A oniomania, também designada por Perturbação Compulsiva por Compras, é considerada uma doença psiqu

Os principais sintomas consistem em comportamentos repetitivos, pensamentos intrusivos e preocupações relacionadas com compras e impulsos para comprar, os quais são vivenciados como irresistíveis e de difícil controlo. Os doentes descrevem uma sensação de tensão e de ansiedade crescente, que só alivia quando a compra é realizada. Posteriormente geram-se habitualmente sentimentos de culpa, angústia e preocupação. É frequente serem adquiridos objetos supérfluos e de elevado valor, conduzindo a problemas financeiros graves.

A oniomania tem início no final da adolescência ou na segunda década de vida, o que poderá estar relacionado com a emancipação do núcleo familiar, acesso a contas bancárias e uso compulsivo do computador, particularmente a utilização de sites onde é possível fazer compras online.

Estes comportamentos provocam sofrimento no indivíduo, são consumidores de tempo e podem originar problemas ao nível pessoal, familiar, legal e financeiro. Sintomas de depressão, ansiedade, distúrbios alimentares e/ou uso de substâncias são comuns nos doentes que sofrem desta doença.

É importante distinguir estes comportamentos daqueles que decorrem dentro dos padrões considerados normais. Os gastos excessivos episódicos que ocorrem em ocasiões especiais (festas, aniversários, férias, etc.) não configuram necessariamente este diagnóstico, principalmente se não estiverem associados à preocupação ou angústia, e se não implicarem consequências adversas.

Ainda não estão esclarecidas as causas desta perturbação, mas sabe-se que estão envolvidos fatores neurobiológicos, psicológicos e sociais. Traços obsessivos e impulsividade são características da personalidade que estão frequentemente associadas à doença. Alguns fatores socioculturais são reforçadores deste tipo de comportamentos, particularmente a crença de que a aquisição de bens representa ascensão social, poder, prestígio e autonomia financeira.

Para além disso, o estímulo para o consumo e a disponibilidade de uma ampla gama de produtos podem contribuir para o desenvolvimento da doença. As estratégias de marketing relacionados com promoções atrativas, como a época da “Black Friday”, podem conduzir a um aumento do risco para as compulsões por compras, agravando assim os sintomas.

O curso da doença é normalmente crónico e intermitente. O tratamento envolve acompanhamento psiquiátrico regular, psicoterapia e intervenção farmacológica. As intervenções em grupo são benéficas, dado que proporcionam um ambiente de apoio e encorajamento mútuos. A terapia de casal também pode ser necessária, caso se verifique problemática no relacionamento conjugal precipitada pela doença.

Para prevenir a compulsão por compras, os doentes são orientados no sentido de alterarem os seus comportamentos e hábitos de vida. Por exemplo, sugere-se para estes doentes: evitar épocas de promoções, evitar frequentar regularmente centros comerciais ou fazê-lo em companhia, não levar cartão de crédito ou usar crédito limitado, fazer listas previamente para adquirir apenas o que é necessário, e evitar a utilização sites de compras online.

Fonte: 
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Equipamento encontra-se obsoleto
A Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste abriu um concurso para contratar a entidades externas o equipamento e respetivos...

A TAC (Tomografia Axial Computadorizada) é um exame complementar de imagem indispensável em algumas situações de emergência como os Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC).

O Hospital de Bragança tem o aparelho e radiologistas, mas há vários anos que os relatórios são contratados a serviços externos.

Segundo o presidente da ULS do Nordeste, Carlos Vaz, o equipamento está obsoleto e avaria “de vez em quando”, pelo que decidiu lançar um novo concurso para resolver a situação.

As avarias obrigam a que os doentes a necessitarem deste exame tenham de ser transportados para as unidades de saúde mais próximas com o equipamento e também pertencentes à ULS do Nordeste, nomeadamente o Hospital de Macedo de Cavaleiros.

Um novo TAC custaria mais de um milhão de euros e, em vez de optar pela aquisição, a administração abriu um concurso à procura de entidades externas dispostas a instalar o equipamento e a fazerem os relatórios dos exames, que continuam a ser realizados pelos radiologistas do Hospital.

O valor base da adjudicação é de 345.600 euros pelo prazo de 12 meses, com a condição de o equipamento a instalar ser novo, como disse à Lusa o presidente da ULS do Nordeste.

Os interessados têm até ao final do mês de novembro para apresentar propostas.

“Temos um TAC antigo e de vez em quando tem avarias, nós resolvemos abrir um concurso para a aquisição, instalação e relatórios de um TAC novo”, explicou o responsável.

Segundo Carlos Vaz, trata-se de um procedimento usual em vários serviços e deu como exemplo a adjudicação recente de “um equipamento de radiologia novo para a urgência do hospital de Bragança e mais um para o bloco operatório”.

 

III Jornadas de Saúde de Trás-os-Montes e Alto Douro
O presidente da Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste, Carlos Vaz, divulgou ontem que o número de infeções foi reduzido para...

Os dados foram avançados nas III Jornadas de Saúde de Trás-os-Montes e Alto Douro, que, durante dois dias, ontem e hoje, reúnem em Bragança mais de 300 participantes de instituições de saúde e ensino dos distritos de Bragança e Vila Real.

As infeções são o tema destas jornadas em que a ULS do Nordeste, responsável pelos hospitais e centros de saúde do distrito de Bragança, deu conta dos resultados de um grupo de trabalho que, nos últimos quatro anos, conseguiu “uma redução de 50% das infeções”.

“É preciso continuar a desenvolver (este trabalho), porque até há bem pouco tempo as infeções multirresistentes eram hospitalares, mas hoje, infelizmente, já estão na comunidade: nos lares, nos cuidados continuados, em todas essas áreas e é fundamental que estes programas e estas equipas desçam também - e estão a fazê-lo - à sociedade civil na parte de esclarecimento e divulgação”, considerou Carlos Vaz.

As jornadas reservam um painel dedicado exclusivamente aos antibióticos e aberto à população “para que as pessoas entendam que só devem ser tomados quando estritamente necessário e não de modo próprio porque o nosso familiar tem, nós também tomamos”, alertou o presidente da ULS do Nordeste.

Para o resultado alcançado em Bragança contribuíram “medidas muitas vezes simples”, como os profissionais lavarem as mãos.

“É das piores maneiras de transmissão de vírus, é não levar as mãos e mudar de um doente para outro, por exemplo”, apontou.

A ULS do Nordeste implantou também programas específicos das áreas cirúrgicas, das pós-cirurgias, do acompanhamento dos próprios doentes e das medidas de contenção.

Nos últimos dois meses, foi substituído “tudo o que é material de recolha de materiais infetados”, uma indicação do grupo de trabalho e que consistiu na aquisição de novos contentores específico para este fim.

Esta problemática é “uma preocupação a nível nacional e também regional”, como indicou o presidente Administração Regional de Saúde (ARS) Norte, Pimenta Marinho, concretizando que este organismo tem também um grupo de trabalho que está a desenvolver iniciativas neste âmbito.

A presença do presidente da ARS Norte nas jornadas em Bragança serviu, como afirmou, “para sublinhar o apoio a estas regiões”.

“E mostrar que também temos confiança nestas instituições, que aqui se pratica boa medicina, boa partilha de cuidados e boa complementaridade com as diferentes instituições, mesmo longe dos grandes centros”, acrescentou.

Decisão
Os enfermeiros do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Coimbra vão estudar a possibilidade de abandonarem os grupos de...

Segundo o presidente da região Centro do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), Paulo Anacleto, para a semana vão começar a ser analisadas juridicamente as nomeações de enfermeiros para grupos de trabalho.

"Temos de analisar as implicações no caso de deixarem de pertencer aos vários grupos", disse o sindicalista, dando conta da decisão tomada num plenário realizado em frente ao edifício do IPO Coimbra.

Esta é uma das medidas do SEP para pressionar a administração daquela unidade de saúde a descongelar as carreiras, de acordo com as progressões previstas no Orçamento do Estado deste ano.

O sindicato acusa a administração do IPO de não ter atribuído os pontos que a lei impõe por cada ano de trabalho entre 2004 e 2014, prejudicando os enfermeiros.

"No âmbito da nossa carreira na administração pública são atribuídos pontos, que, atingido 10, a lei obriga à passagem ao índice remuneratório seguinte. A nós devia ser atribuído 1,5 pontos por ano de 2004 a 2014", explicou.

No entanto, acrescentou, até 2010, o IPO de Coimbra atribuiu "apenas 1,5 pontos até 2010 aos enfermeiros com contrato em funções públicas e aos contratos individuais de trabalho não atribuiu ainda qualquer".

"Até aqui discriminaram negativamente", acusou Paulo Anacleto, acrescentando ainda que "há um lote significativo de enfermeiros, cerca de 40, que em janeiro de 2011, janeiro de 2012 e janeiro de 2013 passaram a uma nova grelha salarial, em que o conselho de administração não está a querer atribuir pontos antes dessas datas".

Para o dirigente sindical, "do ponto de vista técnico-jurídico isto não é nenhuma progressão", porque "não tendo pontos antes destas datas, os enfermeiros não conseguem obter os 10 pontos que a lei obriga para passar ao nível remuneratório seguinte".

"A isto chama-se um roubo de pontos, que são necessários para passar ao nível remuneratório seguinte", referiu o presidente da região Centro do SEP.

 

ARS Norte
O presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte, Pimenta Marinho, assegurou, em Bragança, que há vacinas da...

“Está tudo normalizado”, afirmou o responsável, comentando notícias que dão conta de alguns casos de falhas nos stocks.

Pimenta Marinho sublinhou que existem em toda a região Norte “cerca de 500 pontos de distribuição” de vacinas e atribuiu a uma maior procura este ano situações pontuais em que possam esgotar temporariamente.

“Este ano, as pessoas têm tido uma enorme procura, mais do que no ano transato e isso pode levar que pontualmente num ou noutro local possa num dia ou outro possa faltar vacinas, mas na generalidade nós temos vacinas e foram já distribuídas todas para que não haja falta de vacinas para quem necessita e deva ser vacinado”, declarou.

O presidente da ARS Norte falava em Bragança à margem das III Jornadas de Saúde de Trás-os-Montes e Alto Douro, onde indicou também que não há ainda sinais de aumento dos casos de gripe.

“A nível regional ainda não temos nenhum aumento de incidência de gripe, mas temos estado atentos”, afirmou, realçando que neste momento o importante “é reforçar a necessidade de vacinação contra a gripe”.

O responsável regional reiterou que “os centros de saúde têm a vacina disponível”, apelando “muito especial” aos “grupos de risco, as pessoas mais vulneráveis e com mais debilidade”, para que façam a vacina para “estarem menos suscetíveis à gravidade das complicações da gripe”.

 

 

Paralisação afeta milhares de cirurgias
A Associação dos Administradores Hospitalares apelou hoje para a necessidade de um acordo entre o Governo e os enfermeiros para...

Enfermeiros de blocos operatórios de cinco hospitais públicos iniciaram hoje uma greve às cirurgias programadas, que termina a 31 de dezembro, e que pode adiar ou cancelar milhares de operações.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares (APAH), Alexandre Lourenço, afirmou que a duração da greve, que termina no dia 31 de dezembro, coloca “um grave problema” aos hospitais e aos doentes.

“O impacto que essa duração pode ter sobre a saúde dos portugueses é bastante grave. Felizmente, os serviços mínimos foram garantidos para as áreas da oncologia, mas existem outras cirurgias que vão sofrer adiamentos”, disse Alexandre Lourenço.

A expectativa dos administradores hospitalares é que “os profissionais de saúde, nomeadamente os sindicatos, e o Governo cheguem a um acordo para que esta greve venha a ser cancelada”.

Alexandre Lourenço sublinhou que este acordo “estabilizaria os hospitais”, lembrando que os hospitais do Serviço Nacional de Saúde já vivem, “há algum tempo, períodos de instabilidade laboral”.

“Este ano será talvez o ano com o maior número de greves no SNS e era muito importante, não só na área da enfermagem, mas também na área médica, dos técnicos de diagnóstico e terapêutica e dos farmacêuticos que existisse uma estabilização das relações laborais para que os hospitais e os profissionais se consigam concentrar naquilo que sabem fazer que é prestar cuidados de saúde à população, que tanto desses cuidados necessitam”, frisou.

Questionado pela Lusa sobre os mecanismos que os hospitais irão utilizar para minimizar o impacto do adiamento das operações, o presidente da APAH reconheceu que, numa paralisação “tão longa”, é “muito difícil” aplicar as soluções utilizadas noutras greves.

“Considerando que a greve tem esta duração, é muito difícil conseguirmos ter mecanismos automáticos como fazemos em outras greves” para minimizar os impactos sobre os doentes e as famílias.

Uma das estratégias utilizadas passa pela remarcação da cirurgia imediatamente após a greve, em “estreita colaboração com os profissionais de saúde e muitas vezes até sobrecarregando” a sua atividade, adiantou Alexandre Lourenço.

A greve foi convocada pela Associação Sindical Portuguesa de Enfermeiros (ASPE) e pelo Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor), embora inicialmente o protesto tenha partido de um movimento de enfermeiros que lançou um fundo aberto ao público que recolheu mais de 360 mil euros para compensar os colegas que aderirem à paralisação.

Segundo o presidente do Sindepor, Carlos Ramalho, os blocos de cirurgias programadas dos cincos hospitais públicos estão todos parados, demonstrando “o grande descontentamento” dos profissionais.

Apenas estão a funcionar os serviços mínimos nos blocos operatórios para as cirurgias de urgência, que estão a ser asseguradas por enfermeiros em greve, disse à Lusa Carlos Ramalho.

Os enfermeiros reivindicam uma carreira transversal a todos os tipos de contratos e uma remuneração adequada às suas funções.

A greve abrange os blocos operatório do Centro Hospitalar Universitário de S. João (Porto), do Centro Hospitalar Universitário do Porto, do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte e do Centro Hospitalar de Setúbal.

Prevê ainda um investimento em reparações
O Hospital de São João, no Porto, admitiu hoje transferir o internamento de crianças em contentores para espaços do edifício...

Fonte oficial do centro hospitalar disse à Lusa que estão “em curso” várias “reparações” nos contentores provisórios desde 2011, mas podem ser equacionadas “outras soluções” até que avance e fique pronta a nova Ala Pediátrica aprovada pelo Governo.

“As obras de remodelação em curso [nos contentores do internamento pediátrico] são as possíveis no imediato. No entanto, outras soluções poderão ser encaradas, nomeadamente após o término da obra de construção em curso do serviço de hemoterapia [em março de 2019], que libertará espaços no edifício principal que poderão ser adaptados”, adiantou o hospital.

Aquela unidade indicou ainda prever um investimento de “cerca de 300 mil euros” em “reparações” nos contentores do internamento pediátrico.

De acordo com o hospital, este é o “custo total estimado” para as intervenções nos contentores durante “o tempo de duração de construção definitiva da Ala Pediátrica”.

As obras começaram no início do mês e pretendem “melhorar as condições assistenciais e de conforto para as crianças e para os familiares”, disse o centro hospitalar.

O hospital assegurou que “os contentores são alvo de reparações constantes de acordo com as necessidades”.

Em 2017, por exemplo, “foram efetuadas 1.400 intervenções”, segundo o centro hospitalar.

Em entrevista à Lusa em outubro, mães e pais de crianças recentemente internadas no São João classificaram as instalações do internamento pediátrico como “indignas” e “desumanas”.

Descreveram “quartos minúsculos sem janelas”, “cartão a tapar buracos na parede”, isolamentos “sem casa de banho” ou “uma sanita e duche para 40 ou 50 pais”.

Em 2016, cerca de um ano depois de ter começado, foi interrompida a obra da nova Ala Pediátrica, que decorria com fundos privados angariados pela Associação Joãozinho.

A administração hospitalar defendeu na ocasião que a empreitada só seria possível com investimento público, devido ao “desfasamento entre as verbas angariadas [pela associação] e o orçamento total da obra”.

A empreitada era de cerca de 25 milhões de euros e a associação “Um Lugar Pró Joãozinho” tinha então reunido cerca de um milhão de euros.

Em janeiro de 2017, o Ministério da Saúde aprovou a construção da ala pediátrica.

Na ocasião, o presidente da administração do São João, António Oliveira e Silva, revelou que o centro hospitalar estava “em negociações com a Associação Joãozinho” para a reversão da titularidade da obra, que pertencia à associação.

Ainda em 2017, Oliveira e Silva descrevia que a empreitada permitiria criar, além de uma zona de internamento, “blocos, unidade de cuidados intensivos, uma unidade funcional de queimados”, entre outras valências, com o objetivo de ter um serviço de pediatria “muito direcionado para o doente agudo e grave”.

O Governo autorizou em 19 de setembro a administração do São João a lançar o concurso para a conceção e construção das novas instalações do Centro Pediátrico.

Na quinta-feira, o líder parlamentar do PS, Carlos César, anunciou a apresentação de uma proposta para acelerar as obras da nova ala pediátrica mediante recurso ao ajuste direto e dispensa de visto prévio do Tribunal de Contas.

Diagnóstico precoce é um dos grandes desafios na luta contra a doença
Diagnosticar o cancro do pulmão nas suas fases mais precoces é o grande desafio dos especialistas. Uma tarefa difícil, uma vez...

No entanto, “quando o tumor é diagnosticado numa fase precoce a cirurgia com intenção curativa é a terapêutica de eleição. Para esses estadios iniciais, a sobrevivência aos 5 anos ultrapassa os 50%, versus o diagnóstico já em fase avançada, com sobrevivências aos 5 anos inferiores a 5%”.

É, por isso, determinante estar atento aos sintomas. Tosse, expetoração, falta de ar são alguns dos mais comuns, mas é a expetoração raiada de sangue o sintoma mais alarmante para os doentes e aquele que os costuma levar ao médico. Já a tosse, esclarece o especialista, muitas vezes atribuída ao tabaco ou a causas ambientais, não é valorizada, erradamente, como sinal de alarme. “Aqui, o que é importante é alertar para a persistência do sintoma. Se a tosse perdura ao longo do tempo, esta deve levar o doente ao seu médico de medicina geral e familiar.”

Não só a população em geral está mais informada sobre o tema, como se tem assistido também a um reforço da investigação sobre esta doença, sobretudo nas suas formas mais graves. “Os últimos anos foram de revolução em relação à investigação sobre o cancro do pulmão. A imunoterapia e a terapia-alvo foram passos importantíssimos. A quantidade de novos fármacos de elevada eficácia e baixa toxicidade constitui uma verdadeira revolução”, reforça o médico.

Ainda assim, é preciso mais. A implementação de um programa de rastreio para o cancro do pulmão, tal como já acontece com outros tumores, pode vir a ser uma forma de conseguir um diagnóstico e uma intervenção terapêutica mais precoce com consequente redução na mortalidade por este flagelo. Um caminho que Fernando Barata acredita que fará parte de um futuro não muito distante. “Nos próximos anos temos que definir quem rastrear, qual o melhor método de rastreio e criar a nível nacional toda uma estrutura para o implementar.” Por isso, e enquanto este não é uma realidade, o especialista aproveita este mês de sensibilização para a doença para reforçar a mensagem que considera mais importante: a aposta numa redução dos fatores de risco. “Aqui, refiro-me ao tabaco em todas as suas formas, em que se inclui o tabaco aquecido e o eletrónico. É importante que as pessoas que fumam deixem de o fazer e aqueles que nunca o fizeram se mantenham assim.”  

 

Sem qualidade de vida
Portugal está entre os países europeus com maior esperança de vida à nascença, mas as mulheres portuguesas são das que...

Os resultados constam do relatório anual sobre saúde na Europa da OCDE – "Health at a Glance", onde Portugal surge ligeiramente acima da média europeia quanto à esperança de vida à nascença, que, em 2016, se situava em 81,3 anos (mais três meses que a média).

Como na generalidade dos países, em Portugal as mulheres apresentam valores mais elevados de esperança de vida à nascença (84,3 anos). Contudo, quase um terço dos anos vividos pelas mulheres em Portugal são-no com limitações de saúde.

Aos 65 anos, as mulheres portuguesas têm uma esperança de vida ainda de 21,8 anos, mas 71% deles serão vividos com limitações.

É uma das percentagens mais altas de anos vividos com limitações físicas do conjunto de 28 países da União Europeia, cuja média é de 53% de anos de vida com menos saúde a partir dos 65 anos.

No caso dos homens, aos 65 anos os portugueses apresentam uma esperança média de vida de mais 18 anos, sendo que 57% serão vividos com limitações físicas ou de saúde, quando a média europeia é de 46%.

 

Relatório anual sobre a saúde
Mais de 1,2 milhões de mortes podiam ter sido evitadas nos países da União Europeia em 2015 através de melhores políticas...

A OCDE divulgou hoje o seu relatório anual sobre a saúde – "Health at a Glance" – no qual estima que 1,2 milhões de pessoas morreram em 2015 de doenças ou problemas que podiam ter sido evitados por “medidas públicas de saúde mais fortes” ou através de tratamentos mais efetivos e atempados.

O documento recorda que ressurgiram, em algumas zonas da Europa, doenças que são evitáveis através da vacinação, como o sarampo, o que veio alertar para a “importância de promover a efetiva vacinação de todas as crianças”.

Só em 2016, estima-se que nos países europeus tenham morrido prematuramente 790 mil pessoas devido a maus hábitos de vida: tabaco, consumo excessivo de álcool, alimentação pouco saudável e falta de atividade física.

Para a OCDE, as políticas do controlo de álcool têm alcançado progressos na redução do consumo geral em vários países, apontando para uma queda de 10% na última década, mas o consumo pesado de álcool continua a ser “um problema entre adolescentes e adultos”.

Segundo o relatório, quase dois em cada cinco adolescentes de todos os países da União Europeia relataram ter apanhado pelo menos uma “bebedeira” no mês anterior, um facto que também foi relatado por mais de dois em cada cinco jovens entre 20 e 29 anos.

O uso de drogas ilícitas também continua a ser “um importante problema de saúde” na Europa.

“Embora o uso de algumas drogas tenha diminuído, a canábis continua a ser usada com frequência entre os jovens e o uso de cocaína está a aumentar em vários países”, sublinha o documento.

O relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico destaca que foram realizados na Europa muitos progressos nos tratamentos de doenças cardiovasculares e do cancro, destacando nas doenças oncológicas que as taxas de sobrevivência nunca foram tão elevadas.

Acerca da pressão que os sistemas de saúde vão enfrentar, o relatório indica que o envelhecimento da população deve ser tido em conta e recorda que a despesa em saúde representava em 2017 9,6% do PIB na União Europeia no seu conjunto, quando e 2008 esse valor era de 8,8%.

Diz relatório
Portugal está entre os três países europeus em que a população tem uma pior perceção do seu estado de saúde, segundo dados de...

O documento da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico mostra que quase dois terços da população com mais 16 anos considerava em 2016 que a sua saúde estava “bem ou muito bem”.

Em Portugal, não chegava a metade a população que tinha uma boa perceção do seu estado de saúde, ficando-se nos 48%, 20 pontos percentuais abaixo da média dos 28 países da União Europeia (UE).

Só na Lituânia e na Letónia há menor proporção da população a considerar "bom ou muito bom" o seu estado de saúde.

Irlanda, Chipre, Holanda e Suécia surgem como os países com níveis mais elevados de cidadãos com boa perceção da sua saúde, rondando os 80%.

Portugal figura ainda como um dos quatro países em que maior percentagem de população reporta uma doença crónica, com mais de 40%, acima dos 33% de média da UE.

O relatório anual da OCDE sobre saúde, “Health at a Glance”, analisa ainda a evolução da despesa em saúde “per capita” e por relação com a riqueza produzida (PIB) em cada país.

Enquanto na maioria dos países da União Europeia, houve um crescimento da despesa em saúde “per capita” entre 2013 e 2017, Portugal continuava em 2017 a registar valores inferiores aos registados em 2009, apesar de algum crescimento da despesa a partir de 2013.

O relatório traça ainda uma estimativa do crescimento dos gastos públicos em saúde por percentagem do PIB nos vários países.

Para Portugal, estima-se que até 2070 os gastos públicos com saúde aumentem dois pontos percentuais, passando de menos de 6% em 2016 para mais de 8%.

O documento mostra ainda o crescimento dos seguros de saúde em Portugal. Em 2016, mais de um quarto (26%) da população tinha um seguro de saúde privado, quando em 2005 esse valor não chegava aos 20% da população.

Doenças respiratórias são 3ª causa de morte
Portugal é o país europeu com maior taxa de mortalidade por pneumonia, com valores de mortalidade superiores a 57 mortes por...

Segundo um relatório da OCDE hoje divulgado, Portugal era, em 2015, o país, entre os 28 da União Europeia, onde mais se morria por pneumonia, doença que matou cerca de 140 mil pessoas nesse ano na Europa.

“Portugal, a Eslováquia e o Reino Unidos têm as taxas mais elevadas de mortalidade por pneumonia, enquanto a Finlândia, a Grécia e a Áustria têm as taxas mais baixas”, resume o relatório anual da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico sobre saúde na Europa, denominado Health at a Glance.

O documento recorda que a idade avançada, o tabaco, o abuso de álcool e algumas condições respiratórias crónicas são os principais fatores de risco para a pneumonia, que na Europa representa 30% de todas as mortes por doenças respiratórias.

O relatório de 2017 do Programa Nacional para as Doenças Respiratórias da Direção-geral da Saúde assumia a elevada mortalidade por pneumonia em Portugal, mas destacava igualmente que a mortalidade e os internamentos antes dos 65 anos têm vindo a diminuir no país.

“Abaixo dos 65 anos é de destacar a evidência de uma redução na taxa de mortalidade padronizada por pneumonia, com uma redução de 23,5% [entre 2009 e 2015]”, refere o documento da autoridade de saúde portuguesa divulgado no ano passado.

Também a análise aos internamentos por pneumonia bacteriana veio mostrar um decréscimo consistente no período entre 2011 e 2016, numa redução de 4%.

No relatório hoje divulgado pela OCDE, a mortalidade por doenças respiratórias apresenta-se como a terceira principal causa de morte nos países europeus. Mais de 440 mil europeus morriam em 2015 de doenças respiratórias, o que representou um aumento de 15% relativamente ao ano anterior.

A patologia que mais peso tem nesta mortalidade é a doença pulmonar obstrutiva crónica, com 180 mil mortes na União Europeia no ano analisado neste relatório da OCDE.

Em Portugal, a taxa de mortalidade por doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) era, em 2015, de 27,6 mortes por cada 100 mil habitantes, surgindo quase no meio da tabela dos 28 países da União Europeia e abaixo da taxa média europeia de 36,3 mortes por 100 mil habitantes.

 

 

Cancro do colo-retal é o mais diagnosticado
O número de novos casos de cancro na União Europeia deve chegar este ano aos três milhões, com Portugal a ter uma das mais...

As estimativas constam do relatório anual da OCDE sobre saúde, hoje divulgado, que revela que, em 2015, morreram na União Europeia mais de 1,3 milhões de pessoas de doença oncológica, sendo a segunda causa de morte, depois das doenças cardiovasculares.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) aponta para uma estimativa de novos casos de cancro este ano em Portugal de 492 por 100 mil habitantes, ultrapassando assim os 50 mil novos casos.

Esta previsão está alinhada com as estimativas divulgadas em setembro pela Agência Internacional para a Investigação do Cancro, que apontava que o número de novos casos de cancro em Portugal ultrapassará este ano os 58 mil, com as mortes por doença oncológica a ascenderem a quase 29 mil.

No relatório da OCDE hoje divulgado, em termos de taxa de incidência, estima-se que a média europeia se situe nos 569 novos casos por 100 mil habitantes.

Portugal surge com uma estimativa de incidência para este ano abaixo da média, com 492 casos por 100 mil pessoas, sendo um dos quatro países com incidência mais baixa na totalidade dos novos casos de doença oncológica, a par com Áustria, Bulgária e Roménia. No lado oposto, com mais incidência surgem a Hungria, a Irlanda, a Dinamarca e a Bélgica.

A incidência é estimada com base nos novos casos registados em cada ano, tendo em conta a população por país, mas para efeitos comparativos a OCDE diz que há que ter em conta a diferença nos sistemas de registo e na qualidade da vigilância da doença oncológica em cada país.

No panorama europeu, a OCDE indica que o cancro da mama é o que terá mais novos casos (mais de 400 mil), seguido do cancro da próstata, com 375 mil novos casos.

Quanto à mortalidade, analisando os dados de 2015, o cancro do pulmão destaca-se como o mais mortal entre os homens e o segundo mais mortal entre as mulheres, seguido do cancro da mama.

A taxa de mortalidade por cancro é mais elevada nos homens na generalidade dos países europeus, mas em Portugal a diferença acentua-se sendo quase duas vezes maior nos homens do que nas mulheres.

Nas estimativas de setembro da Agência para a Investigação do Cancro da Organização Mundial da Saúde, estimava-se que um quarto da população em Portugal está em risco de desenvolver cancro até aos 75 anos e 10% corre risco de morrer de doença oncológica.

O cancro colorretal será o tipo de cancro com mais novos casos em Portugal em 2018, estimando-se a deteção de mais de 10 mil doentes.

Segue-se o cancro da mama, que deve afetar quase sete mil portuguesas e o da próstata, que será diagnosticado em mais de 6.600 pessoas.

Análise OCDE
Portugal gastava, em 2015, cerca de 6,6 mil milhões de euros com problemas de saúde mental, o que representa 3,7% do Produto...

Os custos estimados mais elevados estão relacionados com o mercado de trabalho (menor emprego e menor produtividade), atingindo cerca de 2,9 mil milhões de euros, refere o relatório ‘Health at a Glance: Europe 2018 – State of health in the EU cycle’ hoje divulgado em Paris.

Já os custos estimados com o sistema de saúde em Portugal totalizam cerca de dois mil milhões de euros e com a Segurança Social cerca de 1,7 mil milhões de euros, adianta o relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

Segundo o documento, Portugal é o quinto país da OCDE com mais pessoas com problemas de saúde mental (18,4%).

A Alemanha encontra-se entre os países que mais gasta nesta área, com 146,5 mil milhões de euros (4,8% do PIB), a par do Reino Unido, com custos na ordem dos 106 mil milhões de euros (4,17% do PIB), segundo as estimativas.

Em França, os problemas de saúde mental representam um custo de 81,3 mil milhões de euros (3,7% do PIB) e, em Espanha, cerca de 45 mil milhões (4,1% do PIB).

“Os custos totais dos problemas de saúde mental nas economias da União Europeia são enormes”, afirma o documento, salientando que estas doenças afetam 84 milhões de pessoas na UE.

Além dos custos nos sistemas de saúde, os problemas de saúde mental também resultam em “custos substanciais em termos de prestações de segurança social” e tem “impactos negativos no mercado de trabalho em termos de redução do emprego e da produtividade”, sublinha.

Em 2015, estima-se que os custos gerais relacionados com a saúde mental tenham excedido 4% do PIB nos 28 países da União Europeia, o que equivale a mais de 600 mil milhões.

“Apesar de serem custos consideráveis, são ainda uma subestimativa significativa, uma vez que vários custos adicionais não foram tidos em conta”, como despesas sociais, maiores custos de tratamento de uma doença física, se o paciente também tem uma doença mental, ou horas de trabalho perdidas pelos cuidadores.

Os custos estimados relacionados a problemas de saúde mental variam entre 2% a 2,5% do PIB na Roménia, Bulgária e República Checa, até mais de 5% do PIB na Dinamarca, Finlândia, Países Baixos e Bélgica.

"Estas variações são impulsionadas principalmente pela percentagem de pessoas que relatam problemas de saúde mental", um valor que pode ser subestimado em países onde "há um forte estigma associado a problemas de saúde mental".

Segundo as últimas estimativas do Instituto de Métricas de Saúde e Avaliação, mais de uma em cada seis pessoas nos países da UE (17,3%) tinha um problema de saúde mental em 2016.

O distúrbio mental mais comum é a ansiedade, que se estima afetar 25 milhões de pessoas (5,4% da população), seguido da depressão, que atinge mais de 21 milhões de pessoas (4,5%).

Os dados estimam ainda que 11 milhões de pessoas (2,4%) têm problemas de toxicodependência e álcool.

As doenças mentais graves, como transtornos bipolares, afetam quase 5 milhões de pessoas (1,0% da população), enquanto a esquizofrenia atinge 1,5 milhões de pessoas (0,3%).

A prevalência estimada destes problemas é mais alta na Finlândia, Países Baixos, França e Irlanda com taxas de 18,5% ou mais da população com pelo menos um distúrbio, e menor na Roménia, Bulgária e Polónia (com taxas inferiores a 15%).

Paralisação
Todas as salas cirúrgicas do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) estão hoje a prestar apenas serviços mínimos...

À porta do polo principal do CHUC, onde se concentraram, na manhã de hoje, cerca de meia centena de enfermeiros, Ana Pais disse aos jornalistas que houve nove blocos que aderiram, com taxas de adesão à greve "acima dos 80%".

"Os blocos [operatórios] em Coimbra estão só a assegurar os serviços mínimos", sublinhou a enfermeira, que coordenou, em Coimbra, o movimento que esteve na origem da greve prolongada às cirurgias programadas em blocos operatórios.

Segundo Ana Pais, o protesto surge após "anos de negociações frustradas, sem resposta por parte do Governo, que nos levou a chegarmos a uma medida um bocadinho mais extrema, que só tomámos mesmo em último recurso".

Os enfermeiros "estão cansados, exaustos, há 15 anos que estão congelados, o que significa que enfermeiros que trabalham há 20 anos recebem o mesmo do que um que acaba agora a sua licenciatura e ingressa no mercado de trabalho".

"Reivindicamos uma reestruturação da nossa carreira, que nos valorizem, que contratem mais enfermeiros, que diminuam o tempo da reforma, que o processo de descongelamento seja efetivamente feito de acordo com o que é justo, atendendo a todo o tempo de profissão", explicou Ana Pais.

Segundo a enfermeira, o CHUC é o que "deve mais horas aos enfermeiros, com milhares de horas em dívida, o que advém da escassez de enfermeiros".

"Chegamos a fazer 60 horas semanais, o que leva à exaustão dos profissionais e a um aumento de absentismo por situações de ‘burnout'", sublinhou.

Outras das reivindicações prende-se com a necessidade de a tutela proceder à "homogenização" dos contratos de trabalho, uma vez que "há trabalhadores com contrato da função pública e outros com contrato individual de trabalho".

"É necessário uma homogenização, em que todos têm os mesmos direitos, independentemente do vínculo que têm", disse Ana Pais.

Nuno Couceiro, do Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor), uma das estruturas que emitiu o pré-aviso de greve, salientou que a adesão dos enfermeiros "está a ser maciça".

"Os enfermeiros do bloco costumam ser os mais prejudicados nas greves e, por isso mesmo, esta tem contornos diferentes e permite que o sucesso possa ser maior e sejamos ouvimos pela tutela", salientou o enfermeiro, referindo-se ao facto de ter existido um fundo aberto ao público que recolheu mais de 360 mil euros para compensar os profissionais que aderirem à paralisação.

De acordo com Nuno Couceiro, o bloco central do polo principal do CHUC "está apenas a cumprir as urgências e os oncológicos, de resto está parado para todas as cirurgias programadas".

Nos blocos periféricos, de oftalmologia, otorrino e ortopedia "as cirurgias também estão todas canceladas".

"Os enfermeiros estão sem carreira, são tratados como meros operativos e escalados a toda a hora e a todo o momento", queixou-se Celínia Antunes, da Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros (ASPE).

A enfermeira considera que a "prestação de cuidados de saúde diferenciados não se compadece com este tipo de atitude" da tutela, que "não respeita o grau de diferenciação".

A greve cirúrgica, decretada pelo Sindepor e pela ASPE, abrange ainda o Centro Hospitalar Universitário de S. João e o Centro Hospitalar Universitário do Porto, o Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte e o Centro Hospitalar de Setúbal.

Falta de visão súbita e forte dor de cabeça associam-se aos sintomas conhecidos
Em 2018 o acidente vascular cerebral (AVC) continua a ser a principal causa de morte e incapacidade

Sendo esta uma doença potencialmente prevenida, o controlo e reconhecimento dos fatores de risco por parte da população é essencial, são eles: hipertensão arterial, diabetes, tabagismo, obesidade e alterações do perfil lipídico (como aumento do colesterol LDL e redução do colesterol HDL).

A tensão arterial elevada é muitas vezes desvalorizada pela população por ser “silenciosa”, mas atualmente sabe-se que cerca de metade dos Acidentes Vasculares Cerebrais poderiam ser evitados simplesmente com o controlo da tensão arterial. Portugal tem uma das mais elevadas prevalências de hipertensão arterial na Europa, afetando cerca de 3 em cada 10 portugueses. Os fumadores apresentam mais do dobro do risco vir a ter um AVC, mas ao deixar de fumar o risco volta ao valor normal após 10 anos. Está também demonstrado que a obesidade é um fator de risco estabelecido para AVC isquémico e estudos epidemiológicos reportam que a partir do IMC de 20Kg/m2, por cada aumento de 1 unidade no IMC o risco de ter um AVC aumenta em 5%.

O AVC agudo é uma emergência médica, como tal, é fundamental que a sua identificação seja rápida para acionar os meios de urgência, pois no caso do AVC isquémico existem atualmente tratamentos que poderão ser aplicados na fase aguda, estando a sua aplicação dependente do tempo de evolução dos sintomas. É importante salientar que os doentes com AVC hemorrágico também beneficiam de tratamento médico precoce.

No tratamento do AVC cada minuto conta e como tal, quanto mais cedo forem acionados os meios, maior é a probabilidade da aplicação atempada das terapêuticas existentes e, consequentemente, potenciar uma maior recuperação e limitar os défices incapacitantes.

Existe uma regra amplamente divulgada nas campanhas de prevenção, que é a regra dos “3 F’s”  – FACE, FORÇA, FALA, que tem sido alargada para a regra dos “5 F’s” com a adição de dois componentes:

Face: a face pode ficar assimétrica de uma forma súbita. Peça à pessoa para sorrir e verifique se algum lado está diferente.

Força: diminuição súbita de força de um ou mais membros. Peça à pessoa para levantar os braços e verifique se um deles descai.

Fala: a fala pode parecer estranha, incompreensível, “enrolada” e o discurso não fazer sentido. Com frequência, a pessoa parece não compreender o que se lhe diz.

Falta de visão súbita: perda súbita de visão, de um ou de ambos os olhos, ou visão dupla.

Forte dor de cabeça: dor de cabeça muito intensa, com características diferentes ao habitual e sem causa aparente.

Sempre que sejam identificadas pessoas com algum destes sintomas, é imperativo ligar para o 112.

A principal questão colocada pelos familiares e pelos doentes que sofrem um AVC é se os sintomas regridem. Depende de caso para caso. Poderá existir recuperação completa dos sintomas em menos de 24 horas (chamado Acidente Isquémico Transitório (AIT)); recuperação total dos sintomas após 24 horas; ou o doente poderá ficar com sequelas do AVC. Nos últimos casos, é fundamental a reabilitação, que deve começar precocemente, devendo ser adaptada a cada doente e ser mantida ao longo do tempo.

Bibliografia:  
Das RR, Seshadri S, Beiser AS, Kelly-Hayes M, Au R, Himali JJ, Kase CS, Benjamin EJ, Polak JF, O'Donnell CJ, Yoshita M, D'Agostino RB, DeCarli C, Wolf PA. Prevalance and correlates of silent cerebral infarcts in the Framingham Offspring Study. Stroke. 2008;39: In press. Epub ahead of print June 26, 2008. DOI: 10.1161/STROKEAHA.108.516575.
Vermeer SE, Longstreth WT Jr, Koudstaal PJ. Silent brain infarcts: a systematic review. Lancet Neurol. 2007; 6: 611–619.[CrossRef][Medline] [Order article via Infotrieve]

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

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