Segurança

Máscaras de uso comunitário precisam de qualificação

A indústria portuguesa produz diariamente um milhão de máscaras. Sendo a máscara o nosso novo acessório em espaços públicos, “é preciso garantir que são feitos ensaios para a sua qualificação”, alerta o ISQ.

A indústria portuguesa produz diariamente um milhão de máscaras tendo como prioridade o abastecimento do mercado interno, mas está a começar a exportar”, segundo o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira. A máscara passou a ser o nosso novo acessório em espaços públicos.

Neste contexto, o ISQ considerou fundamental disponibilizar o conhecimento existente na sua infraestrutura tecnológica, estimulando desta forma a economia nacional no desenvolvimento de novas atividades de maior valor acrescentado. É o caso de ensaios a máscaras de uso comunitário, cuja procura tem aumentado a nível nacional por parte da população em geral e que o ISQ está em condições de dar resposta, dado estar presente em várias regiões no país e no mundo.

“O ISQ está apto a disponibilizar aos fabricantes os ensaios necessários para a qualificação de máscaras de uso comunitário Nível 2 e Nível 3, em conformidade com as do documento “Máscaras destinadas à utilização no âmbito da COVID-19 - Especificações Técnicas (Cf. Informação nº 009/2020, de 13/04/2020, da Direção-Geral da Saúde, relativa a «COVID-19: FASE DE MITIGAÇÃO – Uso de Máscaras na Comunidade), apoiando também os fabricantes na elaboração do dossier técnico do produto”, afirma José Medina, diretor dos Laboratórios ISQ. O diretor do ISQ continua dizendo que têm sido procurados “pela indústria têxtil e ateliers de costura (PME)”.

Os métodos de ensaio desenvolvidos pelo ISQ para as máscaras de uso comunitário, baseados nas normas aplicáveis, têm em consideração um aspeto muito importante que é o tamanho do vírus SARS-CoV-2. A dimensão do novo coronavírus é muito inferior à das bactérias. Diversos estudos científicos realizados por entidades de referência internacionais desde o início da pandemia, permitem corroborar esta informação e aferir a gama de dimensões deste vírus. “O ISQ, para determinar a eficiência de filtração (EF) da máscara, utiliza um método baseado na EN 13274-7:2019, fazendo uso de aerossóis que permitem simular a dimensão média do vírus. Desta forma, o ISQ determina o valor real da EF face ao vírus SARS-CoV-2, garantindo também a rastreabilidade de todos os resultados”, esclarece Tânia Farinha, responsável do Laboratório de Metrologia Química do ISQ.

Desde o início da pandemia o ISQ tem respondido ao mercado oferecendo novos serviços que vão desde a avaliação de conformidade de dispositivos médicos de classe I e de EPI, ao “COVID OUT” com vista à identificação, análise, avaliação e tratamento do risco de transmissão do Coronavírus SARS-CoV-2 em superfícies e espaços. Esta nova gama de serviços inclui ainda ensaios de segurança elétrica para ventiladores pulmonares e ensaios de validação de máscaras cirúrgicas e respiradores segundo as Normas EN 14683:2019 e EN 149:2019, respetivamente. Nestas áreas, o ISQ já está a trabalhar com diversas entidades nacionais e internacionais. Estes serviços são suportados por capacidade laboratorial (16 laboratórios acreditados).

 

Fonte: 
ISQ
Nota: 
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