Distinção
A enfermeira e assistente convidada da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), Márcia Noélia Pestana-Santos, foi...

A especialista em Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica, a exercer desde 2005 no Bloco Operatório do Hospital Pediátrico de Coimbra (atualmente integrado no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE) e, mais recentemente, também docente na ESEnfC, foi distinguida no âmbito de uma avaliação por nota curricular, na qual foram apreciados aspetos como a compaixão e a atenção nos cuidados prestados, a prática clínica baseada na evidência científica e a promoção de planos de atendimento individualizados.

A Sigma Europa considerou, também, que a enfermeira Márcia Pestana-Santos «atua como inspiração para colegas, pacientes e familiares».

A enfermeira natural da ilha da Madeira (freguesia de Estreito de Câmara de Lobos), que já havia recebido outros cinco prémios ou honras, coleciona assim mais um “título”, concedido esta semana, durante a 5ª Conferência Bienal Europeia da Sigma, que hoje termina e que está a ser organizada pela ESEnfC e pelo Capítulo Phi Xi da Sigma, constituído na ESEnfC em setembro de 2011.

Trata-se não só de «uma satisfação enorme», o «reconhecimento internacional de uma enfermeira portuguesa a trabalhar em Portugal», mas também «uma responsabilidade acrescida» no sentido de «trabalhar continuamente e sempre para melhorar o que se fez até ao momento na prática clínica», afirma Márcia Pestana-Santos.

Licenciada em Enfermagem (pela então Escola Superior de Enfermagem Dr. Ângelo da Fonseca), mestre em Ciências de Enfermagem (pelo Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, da Universidade do Porto) e a frequentar estudos de doutoramento em Enfermagem (também no ICBAS), a enfermeira e docente na ESEnfC é, ainda, pós-graduada em Enfermagem de Anestesiologia.

Na ESEnfC, Márcia Pestana-Santos leciona a área curricular de Enfermagem de Saúde Infantil e Pediatria e orienta ensinos clínicos de Cuidados Primários/Diferenciados. É, ainda, investigadora na Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem (UICISA: E), acolhida pela ESEnfC.

Em 2020, foram ainda vencedores dos Prémios da Sigma Europa de Excelência 2020 (nas categorias de Educação em Enfermagem e Investigação em Enfermagem), respetivamente, os professores Peter Vermeir (Bélgica) e Jan Dewing (Reino Unido).

Perto de 280 congressistas de 28 países dos cinco continentes participam, durante dois dias (28 e 29 de maio), na 5ª Conferência Bienal Europeia da Sigma (https://sigma.esenfc.pt/), este ano organizada num formato à distância (videoconferências), em virtude do contexto de pandemia por coronavírus.

SNS
O Serviço Nacional de Saúde (SNS) foi reforçado com cerca de três mil profissionais, devido à pandemia da Covid-19, afirmou...

“Foram contratados no âmbito ao combate à Covid-19 cerca de três mil profissionais de saúde, entre médicos, enfermeiros, técnicos e assistentes operacionais. Estamos mais preparados, mais capacitados, com maior resposta no SNS, quer para atividade Covid quer para atividade não Covid. E por isso temos de continuar este caminho. Vamos com certeza continuar a percorre-lo”, frisou o governante.

De acordo com António Lacerda Sales, foram contratados, no âmbito da Covid-19, 125 médicos, mais de 900 enfermeiros, 205 técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica e mais de 1.350 assistentes operacionais.

 

Inquérito
Em período de pandemia causada pela COVID-19, e numa altura onde os efeitos do tabagismo no sistema imunitário e enquanto fator...

Até ao momento, com a recolha de 1000 respostas, “os dados preliminares mostram dois fenómenos - pouco mais de um quarto aumentou o consumo de tabaco - o que pode ser explicado pelo maior stress e ansiedade associados ao confinamento e à incerteza da pandemia, no entanto, surpreendeu-nos que quase um terço teve uma evolução positiva, deixando de fumar espontaneamente ou reduzindo o consumo. Também é relevante que quase metade tenha tentado deixar de fumar, mesmo na ausência de qualquer ajuda específica”, referiu José Pedro Boléo-Tomé, da SPP.

Ainda a propósito dos resultados obtidos com este estudo, o médico pneumologista destaca que a pandemia “pode representar uma boa oportunidade para aumentar a cessação tabágica. Deixar de fumar pode ser das atitudes mais eficazes para reforçar a imunidade, prevenir a COVID-19 e reduzir a mortalidade e, numa altura de grandes mudanças nos nossos hábitos, promover a vida saudável. Os resultados demonstram que existe essa vontade na maioria dos fumadores”.

Esta tem sido, precisamente, uma mensagem que a SPP tem transmitido durante este período - alertando para o facto de que os fumadores podem sofrer condições mais graves da doença COVID-19. Neste sentido, José Pedro Boléo-Tomé reafirma “não existem ainda estudos desenhados especificamente para perceber melhor a influência do tabaco na transmissão ou desenvolvimento da COVID-19. No entanto, os dados de que já dispomos mostram de forma clara que, dos doentes com COVID-19, os que têm história de tabagismo têm doença mais grave, precisam mais de cuidados intensivos e de ventilação mecânica e morrem mais”. 

“Em tempo de pandemia, importa reduzir todos os fatores que sejam potenciadores do risco. O tabaco enfraquece o sistema imunitário tornando-o menos capaz de responder aos agentes infeciosos, como é o caso do novo coronavírus”, reforça António Morais, presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia,  

Este ano a SPP assinala a data com a realização do webinar “Perguntas e respostas – tabaco e imunidade” onde vão estar em debate os efeitos do tabagismo no sistema imunitário e onde serão apresentados os resultados do inquérito realizado. Sob moderação de Paula Rosa, da SPP, vão participar nesta discussão multidisciplinar Tiago Marques, infeciologista, José Delgado Alves, internista e José Pedro Boléo-Tomé, pneumologista.

Paula Rosa, pneumologista e moderadora desta sessão refere, a propósito da importância de colocar esta temática em debate, que “este ano tem sido peculiar, com um enfoque particular na capacidade de resposta das sociedades ao novo coronavírus, mas também na capacidade de resposta individual à infeção. Sabendo que o tabagismo altera a resposta imunitária à infeção viral, é pertinente a divulgação deste conhecimento para que os fumadores possam tomar mais esta medida preventiva essencial: deixar de fumar!”.  A especialista deixa ainda um apelo aos jovens que são “o alvo prioritário para substituir os oito milhões de consumidores de tabaco que morrem anualmente em consequência deste hábito. Conhecemos bem esta metodologia noutro tipo de dependências e, por isso, urge esclarecer, avisar e fornecer ferramentas que ajudem os jovens a não iniciar este hábito”.

A sessão vai decorrer no dia 31 de maio, pelas 21h00, e pode ser assistida no Facebook da SPP ou através da plataforma https://pneumologia-elearnings.pt/

Impacto da pandemia na saúde digestiva dos portugueses
Antes da pandemia, em Portugal, realizavam-se, em média, cerca de 1000 colonoscopias por dia.

Ainda antes do mundo conhecer esta pandemia, como estava a saúde digestiva dos portugueses?

A maior riqueza que um povo pode ter termos de Saúde é sem sombra de dúvida profissionais de saúde. Portugal tem excelentes profissionais de saúde, médicos, equipas de enfermagem, técnicos, gestores, na área da Saúde Digestiva. Os aparelhos são na grande maioria do melhor que poderemos ter, muitas vezes comparáveis ao que de melhor existe no Mundo. Chamo a atenção para a qualidade dos nossos médicos gastrenterologistas (o especialista do Aparelho Digestivo, não cirurgião), cuja formação incluindo o curso de Medicina são 11 anos de intensa atividade (urgências, exames endoscópicos, consultas, etc.).

Temos cerca de 500 gastrenterologistas para servir o povo português. Fazemos por exemplo cerca de 1000 colonoscopias por dia, para evitar a morte pelo principal cancro dos portugueses, o do intestino grosso. Existem aproximadamente 50 Serviços/Unidades que oferecem os cuidados para as doenças do Aparelho Digestivo. Pra prevenir, diagnosticar e tratar, (curar mesmo, em muitas situações.

Ou seja, os portugueses têm acesso ao que de melhor pode existir na oferta em termos de cuidados de saúde do Aparelho Digestivo.

Agora, poderemos sempre melhorar a Saúde Digestiva dos portugueses: por exemplo, considerar três pontos de ação: estilos de vida saudável (alimentação equilibrada, exercício físico, manter o peso), consultar um especialista antes e após ter sintomas (diarreia, obstipação, refluxo, perda de sangue, dor abdominal, olhos amarelos, análises do fígado alteradas, etc.) e fazer alguma investigação de rotina (análises ao fígado – ALT, rastreio do cancro do cólon aos 45-50 anos, sempre que puder, através de colonoscopia).

Quais as principais doenças digestivas em Portugal?

As graves: 10.000 mortos por ano por cancro digestivo (esófago, estômago, fígado, pâncreas, intestino grosso ou cólon e reto), 10.000 novos casos de cancro do cólon por ano, 2 milhões de obstipados, 1 milhão com síndroma do intestino irritável (dor abdominal, diarreia, obstipação de forma crónica associada a stress), 3 milhões com doença de refluxo (ácido do estômago que vai para o esófago provocando intensa azia e ardor atrás do peito), 7 milhões com a bactéria do estômago (helicobacter pylori), 1,5 milhão com pedras na vesícula, 1 milhão com análises do fígado alteradas, 5 milhões que têm ou tiveram problemas no ânus, 15-20.000 com doença inflamatória do intestino (Doença de Crohn, Colite Ulcerosa), entre muitas outras.

Relembro que o aparelho digestivo tem cerca de 10 metros da boca ao ânus. São seis órgãos principais: esófago, estômago, intestino delgado (o órgão mais comprido do organismo – 7 metros), intestino grosso (inclui o cólon e o reto), fígado (o mais pesado com cerca de 1,5kg) e vesícula biliar, pâncreas. É responsável pela ingestão, secreção de substâncias para a digestão, absorção, propulsão e eliminação dos restos dos alimentos nas fezes, depois de absorvidos. Não há vida sem fígado, pâncreas ou pelo menos parte do intestino delgado.

Quais os principais desafios associados não só ao seu diagnóstico, mas também no que diz respeito ao seu tratamento?

Os principais desafios são informar a população portuguesa do que têm de fazer para manterem um boa Saúde Digestiva e assim continuarem a viver muitos e bons anos. Os portugueses são dos povos que mais anos vivem, em todo o Mundo. Informar sobre o modo de prevenir, diagnosticar, tratar e curar as doenças que referi: manter estilos de vida saudáveis, incluir as análises ao fígado nas ditas de rotina (a ALT) rastreio para o cancro do cólon e reto aos 45-50 anos, sendo o melhor método a colonoscopia. E sempre que surgirem os sinais de alarme ou falta de apetite, cansaço intenso e perda de peso significativa.

Considera que a população portuguesa está devidamente sensibilizada ou desperta para a sua saúde digestiva?

De um certo modo sim. Fizemos um inquérito recentemente, para ser dado a conhecer no Dia Mundial da Saúde Digestiva (29 de maio) que demonstrou que a população está alertada para os principais problemas, cancros, problemas de digestão, necessidade de realizar exames, estilos de vida saudáveis, etc.

Mas ainda há muito a fazer nos três pilares da nossa atividade de gastrenterologistas: prevenção, diagnóstico, tratamento e cura. Eu acrescentaria um quarto, a informação correta e credível. Devido á quantidade de informação estamos preocupados em combater as fakes news, a desinformação que possa existir acerca de todos os problemas da Saúde Digestiva. Mais e melhor informação corresponde a mais e melhor Saúde Digestiva. Há muitos mitos sem fundamentos de verdade científica.

Na sua opinião, o que falha ou o que falta fazer em matéria de prevenção?

Volto a insistir nos estilos de vida saudável: não fumar, não beber álcool em excesso, evitar excesso de peso, alimentação equilibrada (hidratar com água, evitar gorduras, fritos, açúcar nas bebidas e alimentos, ingerir fruta e vegetais, etc.), fazer exercício físico. O não cumprimento destas medidas e atitudes contribui de forma marcada para ter doenças do Aparelho Digestivo. Aliado a tudo isto, fazer análises de rotina incluindo as do fígado, rastreio do cancro do cólon aos 45-50 anos e consultar um especialista do aparelho digestivo, eventualmente pelos 50 anos para planear a manutenção da Saúde Digestiva. O tal gastrenterologista…!

Quais os principais desafios que vamos encontrar, nesta área, após a pandemia? De que forma a Covid-19 marcou a saúde digestiva dos portugueses?

O principal desafio será retomar a nossa atividade de forma plena, o que não vai ser fácil. Quanto às consultas têm sido não presenciais, a grande maioria. O que não é o mesmo de que consultar e ser observado pelo médico. Algumas poderão manter-se de forma não presencial, mas… O assunto principal diz respeito aos exames que deixámos de fazer, designadamente as colonoscopias e as endoscopias altas. Os gastrenterologistas fazem cerca de 1000 colonoscopias por dia e se calhar um valor superior em endoscopias altas. Ficaram de certo alguns cancros por diagnosticar. Estimamos que todos os meses surjam quase 1500 portugueses com cancro digestivo daqueles cinco órgãos, a que chamamos os Big Five. Não há tempo a perder. O facto de termos que usar os fatos de proteção vem dificultar sobremaneira a nossa atividade. Mas temos que ser positivos e planear “task-forces” para aumentar a produtividade.

De um modo geral, acha que a população descurou alguns cuidados?

Penso que possa ter existido aumento de peso, devido à falta de exercício físico, dificuldade nas compras e consequentemente nem cumprir alimentação saudável. Poderá ter surgido também aumento da obstipação e claro dificuldade no acesso aos cuidados de saúde, incluindo análises, exames de imagiologia e ausência das consultas, exames endoscópicos e serviço de urgência. Não podemos viver saudáveis sem atividade médica.

E no que diz respeito aos doentes, nomeadamente quanto ao acesso a exames de diagnóstico e tratamentos, quais as consequências que esta pandemia lhes trouxe?

Dificuldade no acesso aos cuidados de saúde com problemas no rastreio, diagnóstico e tratamento das doenças. O que mais nos preocupa são o atraso no diagnóstico e tratamento das doenças oncológicas. O que também nos preocupa muito é o medo que se instalou com receio das pessoas se deslocarem aos serviços de saúde.

No âmbito deste tema, que mensagem gostaria de deixar. Quais as principais recomendações?

Atitudes muito simples, mas ao mesmo tempo muito complexas, como mudar no sentido de ter um estilo de vida saudável, consultar um médico, se necessário um gastrenterologista, quando se esta saudável. Por fim ser muito criterioso na quantidade e qualidade da informação sobre saúde. Pode confiar nas Sociedades Científicas e nos seus sites.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
"Siga o Coração"
No próximo dia 1 de junho, arranca a 1ª edição do e-learning “Siga o Coração”, um curso online desenvolvido pela MSD Portugal,...

Com a coordenação de Cristina Gavina, Diretora da Academia Cardiovascular da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, o curso está dividido em quatro módulos, cada um com uma duração aproximada de 1h, e prolonga-se até ao dia 30 de novembro. Os profissionais de saúde interessados podem fazer o registo e aceder aos materiais de apoio ao estudo na plataforma https://www.sigaocoracao.pt/login.

Esta formação foi desenvolvida a pensar nas necessidades dos médicos das especialidades de Medicina Geral e Familiar, de Medicina Interna, de Cardiologia e Internos que queiram atualizar-se tendo em conta os recentes avanços e novos conhecimentos em dislipidemia. Os módulos deverão ser completados de forma sequencial, sendo que o profissional só poderá assistir ao módulo seguinte após o momento de avaliação. No final do curso, será atribuído um Certificado da Academia Cardiovascular, da Sociedade Portuguesa de Cardiologia.

No que diz respeito aos temas discutidos e aos palestrantes, a formação estará dividida em quatro módulos:

1º Módulo: Risco cardiovascular e objetivos terapêuticos – O que dizem as novas recomendações de abordagem à dislipidemia ESC/EAS 2019?

Com Ricardo Fontes-Carvalho, Professor na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e Cardiologista no Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho.

2º Módulo: Opções terapêuticas para tratamento da dislipidemia

Com Francisco Araújo, Coordenador de Medicina Interna no Hospital Beatriz Ângelo, Vice-Presidente da Sociedade Portuguesa de Aterosclerose e Coordenador do Núcleo de Estudos Risco Vascular SPMI.

3º Módulo: Individualização da terapêutica para cada doente

Com Carlos Aguiar, Consultor de Cardiologia, Coordenador da Unidade de Insuficiência Cardíaca Avançada e Coordenador da Transplantação Cardíaca no Hospital Santa Cruz.

4º Módulo: Intolerância às estatinas, adesão terapêutica & outros casos difíceis

Com. João Pedro Ferreira, Assistente de Medicina Geral e Familiar na USF Côrtes D'Almeirim.

O agravamento do risco cardiovascular e a sua forte incidência junto da população portuguesa reforçam a importância de expandir o conhecimento e a prática clínica sobre dislipidemia. Neste sentido, e tendo em consideração o contexto atual, o conteúdo programático do e-learning “Siga o Coração”, assim como o seu formato online com sessões on demand, estão pensados para garantir que a prática clínica se mantém atualizada e alinhada às necessidades médicas da população e para corresponder à disponibilidade dos profissionais de saúde.

DGS e Infarmed
O Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde e a Direção-Geral da Saúde (DGS) recomendam a suspensão do...

De acordo com um comunicado conjunto, a decisão está em linha com a tomada de posição da Organização Mundial de Saúde (OMS), após a publicação de dados que questionam a segurança e a eficácia deste medicamento.

Apesar de o Infarmed e a DGS recomendarem a suspensão do tratamento com este medicamento, alerta-se que estas recomendações só dizem respeito ao uso na Covid-19, sendo que os doentes que estavam a ser tratados com hidroxicloroquina para outras patologias, como é o caso das doenças autoimunes como lúpus eritematoso sistémico, artrite reumatoide e malária, para as quais estas moléculas estão aprovadas, não devem suspender ou interromper o seu tratamento. Segundo estas duas entidades, o fármaco mantém-se seguro para estes casos, desde que devidamente acompanhado pelo médico assistente.

A cloroquina e hidroxicloroquina apresentaram resultados promissores em laboratório, por inibirem o SARS-COV-2 in vitro, parecendo a hidroxicloroquina ter uma atividade antiviral mais potente. A utilização da cloroquina e hidroxicloroquina foi preconizada por diversas linhas de orientação clínica internacionais.

Após estudo com mais de noventa mil doentes com Covid-19, publicado pela revista The Lancet, a 22 maio de 2020, a OMS decidiu suspender a inclusão de novos doentes em tratamento com hidroxicloroquina no ensaio clínico global Solidarity. Este ensaio estava a decorrer em vários países e ainda estava em fase de implementação em Portugal, onde não houve doentes incluídos até à data.

De acordo com a nota, os autores do estudo referem “não ter conseguido confirmar o benefício da hidroxicloroquina ou da cloroquina nestes doentes”, apontando um acréscimo de efeitos adversos potencialmente graves, incluindo “um aumento da mortalidade”, durante a hospitalização de doentes com Covid-19.

As conclusões do estudo vão agora ser confirmadas através de ensaios clínicos aleatorizados e controlados, pelo que a suspensão da hidroxicloroquina será revista à luz da revisão do Comité de Monitorização da Segurança da OMS prevista para junho.

Dia Mundial Sem Tabaco
O tabagismo, nas suas diferentes formas (cigarro, charuto, cachimbo, cigarro eletrónico, iqos, etc)

O tabagismo é um fator de risco bem conhecido para muitas infeções respiratórias e de gravidade das doenças respiratórias genericamente.

No contexto atual da pandemia por SARS-CoV-2 é ainda mais premente investir na cessação tabágica.

Apesar de muitas incógnitas iniciais sobre o papel do tabagismo nesta pandemia e de muita desinformação, a verdade é que os dados científicos começam a surgir e revelam de forma consistente que os fumadores têm um risco ligeiramente acrescido de contrair a infeção, mas sobretudo quando infetados necessitam com mais frequência de ventilação invasiva em unidades de cuidados intensivos e têm maior mortalidade.

Se por um lado existe muita ansiedade associada ao isolamento e à incerteza em relação ao futuro próximo, na verdade os períodos de crise devem constituir uma oportunidade de reflexão e de mudança de comportamentos, promovendo um estilo de vida mais saudável.

Fumar implica retirar a máscara, o que já por si aumenta o risco de contaminação, por outro o movimento de fumar levando a mão à boca é repetido pelo fumador de 20 cigarros dia cerca de 300 vezes num dia!

Fumar em ambientes fechados aumenta os riscos para a saúde do próprio e dos conviventes. Não basta ter uma janela aberta, o fumo do cigarro fica depositado por longos períodos nas superfícies (mesas, teclado de computador, sofás, etc).

Nos doentes com doenças respiratórias crónicas torna-se mais difícil detetar alterações como tosse ou falta de ar pois estes doentes queixam-se frequentemente destes sintomas.

A maioria dos fumadores tem dificuldade em deixar de fumar sem apoio clínico e de medicação.

Numa consulta de cessação tabágica é feita uma avaliação personalizada de eventuais efeitos deletérios associados ao consumo de diferentes produtos de tabaco. Após uma análise cuidadosa da história tabágica, avaliação de grau de dependência e motivação é elaborado um plano de apoio ao fumador que poderá incluir: prescrição de medicamentos, plano nutricional, etc. É fundamental um acompanhamento do fumador ao longo de todo o processo, que inclui por vezes fases de recaída com necessidade de mais do que uma tentativa, até atingir um sucesso duradouro.

Dia 31 de Maio comemora-se mais um dia Mundial Sem Tabaco. Este ano a organização mundial de saúde escolheu como tema central um problema que tem sido ignorado: o início do consumo de tabaco por crianças, de forma particular nos países menos desenvolvidos, que são alvos fáceis de uma indústria que precisa de novos consumidores sem muitas vezes olhar a meios.

Aproveite este período para iniciar uma nova etapa livre de fumo e dependência, para que quando tirar a máscara seja para respirar ar puro!

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Opinião
Mais uma vez se assinala o dia mundial da Saúde Digestiva, pretendendo-se chamar a atenção para o ap

Desde as diarreias infeciosas, ao colon irritável, das hepatites, às doenças inflamatórias do intestino, do refluxo gastroesofágico, à obstipação, da doença celíaca, às parasitoses, dos pólipos à litíase da vesicula, da pancreatite aguda, à cirrose hepática e terminando na nos tumores malignos do aparelho digestivo, que infelizmente, são 5 dos 10 mais frequentes, com importante mortalidade, no mundo ocidental.

Cuidar do nosso bem estar, nas múltiplas dificuldades de funcionamento digestivo e prevenindo doenças graves e letais, que geram muito sofrimento, é o objetivo dos Gastrenterologistas e das Sociedades Científicas desta área do saber médico, quer de adultos (Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia, Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva e Associação Portuguesa para o Estudo das Doenças do Fígado), quer em idade pediátrica (Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia, Hepatologia e Nutrição Pediátrica).

Este ano, o tema proposto pela Organização Mundial de Gastrenterologia, é a microbiota intestinal (flora intestinal), que é a população de microrganismos que habitam os nossos intestinos (bactérias, leveduras, fungos e outros) e que constituindo um ecossistema, tem merecido investigação intensa nos últimos anos, pensando-se que possa ter papel importante na nutrição, na imunidade , na funcionalidade do tubo digestivo e poder estar relacionada com doenças autoimunes.

Estes microrganismos, são muito numerosos, podendo atingir 10 vezes mais, do que as células do nosso organismo. Têm sido descritos microrganismos bons e maus, dependendo do seu desequilíbrio, perturbações do funcionamento e doenças do foro digestivo e não só.

Cada pessoa, tem a sua própria composição do microbioma intestinal, podendo ser considerado um identificar do tipo de um cartão de cidadão.

Este dia mundial da Saúde Digestiva, coincide com o lançamento pela Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia do “Mês (Junho) da Saúde Digestiva”, que tem, entre outros objetivos, “chamar a atenção para a relevância da prática da Gastrenterologia e consequentemente o seu impacto na boa e na má Saúde Digestiva dos portugueses; e por outro lado, abordar a retoma da atividade, em consulta, internamento e exames endoscópicos na atualidade”.

Pretende-se, assim, esclarecer de forma mais incisiva, a importância da Saúde Digestiva no bem-estar dos indivíduos de qualquer idade, devendo cada qual cuidar de si, prevenindo a doença, procurando o médico gastrenterologista, quando algum sinal ou sintoma de desconforto digestivo apareça, para que o diagnóstico possa ser precoce e assim ser convenientemente iniciada a terapêutica doenças do aparelho digestivo.

Com a participação de todos, pessoas saudáveis ou doentes e os profissionais de saúde, neste caso específico os Médicos Gastrenterologistas, estamos certos que teremos uma melhor saúde global dos portugueses.

Nota: 
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Junho, Mês da Saúde Digestiva
No dia em que se assinala mundialmente a Saúde Digestiva, com a chancela da World Gastroenterology Organisation (WGO), arranca,...

A SPG realizou um inquérito com a intenção de avaliar o conhecimento dos portugueses sobre a Saúde Digestiva para perceber os seus hábitos alimentares e de que forma perceciona a população essas atitudes como condicionantes da sua saúde.

“Perante estes resultados, é fundamental que seja trabalhada a vertente de educação, prevenção e sensibilização relativamente à saúde do foro digestivo, de forma a consciencializar a população para bons hábitos, estilo de vida saudável e para estarem atentas a sinais e consultarem o seu médico, na luta pelo diagnóstico precoce. É este trabalho que a SPG quer levar a cabo, contribuindo para, por um lado, maior informação e conhecimento, por outro, deteção atempada dos problemas de saúde, promovendo melhorias da saúde pública e poupanças ao nível do Serviço Nacional de Saúde” revela o Professor Rui Tato Marinho, presidente da SPG.

As inquietações dos portugueses perante as doenças do Aparelho Digestivo distribuem-se, por um lado, pelo cancro digestivo e, por outro, por doenças comuns, como a azia, refluxo, obstipação, entre outras. Quase 73% responde de forma positiva à importância da prevenção e cerca de um terço já visitou um gastrenterologista. Contudo, mais de metade dos portugueses não considera que os exames de rastreio e de prevenção contribuam para a melhoria da sua Saúde Digestiva.

Atualmente, o impacto da pandemia nesta especialidade foi grande, tendo afetado a realização de consultas e dos exames mais comuns para a monitorização da Saúde Digestiva, como endoscopias e colonoscopias, por isso é fundamental retomar a atividade, continuar a promover a sensibilização à população sobre a prevenção destas doenças e não permitir que a situação que hoje vivemos atrase o diagnóstico destas doenças, particularmente aquelas do domínio oncológico.

O Mês da Saúde Digestiva, uma iniciativa da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia

A partir deste ano, a Saúde Digestiva passa a ter um espaço de maior destaque no calendário das efemérides da Saúde. O Mês da Saúde Digestiva (junho) é uma iniciativa de responsabilidade social corporativa da SPG, em parceria com empresas que se associaram a esta causa da saúde pública, pela sua relevância. Inicia-se hoje e prolonga-se durante o mês de junho e tem por princípio informar sobre a Saúde Digestiva e a sua importância ao nível da prevenção, diagnóstico precoce e tratamento das doenças do Aparelho Digestivo. Irá proporcionar e promover o conhecimento mais aprofundado e contribuir para a melhoria do estado da Saúde Digestiva, e consequentemente da Saúde global dos Portugueses.

 

Um estilo de vida saudável, uma dieta equilibrada, exercício físico regular, evitar e corrigir a obesidade e consultas periódicas com o gastrenterologista (e não apenas como última solução), são princípios centrais para prevenir doenças e garantir a boa Saúde Digestiva. O diagnóstico precoce é a forma mais eficaz de reduzir a mortalidade, nomeadamente do cancro, bem como de promover a Saúde Digestiva.

O aparelho digestivo é composto por alguns dos nossos órgãos mais importantes: mede cerca de 10 metros e vai da boca ao ânus, passando pelo esófago, fígado e vesícula, estômago, pâncreas, e intestinos delgado e grosso.

A missão da SPG, com este projeto, é ser um porta-voz e uma fonte credível de informação, e demonstrar que se dermos a devida importância e atenção a toda esta dimensão e abrangência, vamos influenciar positivamente a Saúde Digestiva de todos nós. “Pois se somos o que comemos, a Saúde Digestiva está no centro das atenções e das nossas vidas”.

Covid-19
O Secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, disse esta quinta-feira que há registos de 2.161 profissionais de saúde...

De acordo com António Lacerda Sales, “dos 3.398 profissionais de saúde infetados em Portugal ao longo da pandemia, 2.161 já estão recuperados”. “É uma notícia que nos alimenta a esperança”, frisou o governante.

Na conferência de imprensa diária para atualização de informação sobre a pandemia, o Secretário de Estado da Saúde relembrou ainda que, desde o dia 1 abril e até 27 de maio, foram atendidas mais de 12.800 chamadas na linha de apoio psicológico do Centro de Contacto SNS24, das quais 1.200 foram de profissionais de saúde.

 

Ginecologia, Obstetrícia, Infertilidade
O bem-estar físico, mental e social da mulher implica uma medicina preventiva com a introdução de va

Na área da ginecologia dispomos do rastreio do cancro colo do útero com colpocitologia, genotipagem HPV e a colposcopia, do rastreio do cancro da mama com mamografia, ressonância magnética mamária e biopsias e o rastreio dos restantes cancros ginecológicos através da ecografia ginecológica.

Relativamente ao planeamento familiar, em Portugal, dispomos de uma panóplia de métodos contracetivos que se adequam à multiplicidade de mulheres que consultamos.

Assim, e de acordo com a DGS, cada mulher tem o direito a ser informada e a ter acesso a métodos de planeamento familiar da sua escolha, que sejam seguros, eficazes e aceitáveis e, ainda, a serviços de saúde adequados.

Na área da obstetrícia, a orientação pré-concetiva com exames e suplementação e a vigilância médica durante a gravidez é fundamental para avaliar o bem-estar materno e fetal, identificar fatores de risco, promover a educação para a saúde preparando o casal para o parto e parentalidade, diminuindo assim a morbilidade e mortalidade materna, fetal e infantil.

Na área da infertilidade, a sua prevenção e diagnóstico precoce inserem-se no âmbito do planeamento familiar, em particular dos cuidados pré-concetivos, na prevenção e diagnóstico de infeções de transmissão sexual, identificação e referenciação das situações de risco para a saúde reprodutiva.

Na área tão especifica da ginecologia, obstetrícia e infertilidade os avanços tecnológicos, bem como as medidas preventivas protocoladas, visam promover a saúde da mulher num trabalho conjunto e muitas vezes multidisciplinar.

A 28 de maio celebra-se mais um Dia Mundial da Saúde da Mulher. Nesta data há uma maior consciencialização e chamada de atenção para a preservação da saúde da mulher.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
“Mini Chefs em Ação”
No âmbito do dia Mundial da Criança, que se assinala a dia 1 de junho, a Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP...

“Este workshop foi pensado como um evento lúdico para um dia especial. Procurámos fugir do formato habitual dos webinares que tanto estamos habituados a assistir online, até porque o público a quem se dirige assim o exige. As crianças com diabetes tipo 1 e as suas famílias podem aqui encontrar um momento de distração e, simultaneamente, de aprendizagem.”, explica Raquel Coelho, pediatra e Coordenadora do Departamento de Crianças e Jovens da APDP.

O workshop, moderado pela pediatra Raquel Coelho, conta com a participação da nutricionista Maria João Afonso, que irá dar dicas sobre a contagem dos hidratos de carbono, e da psicóloga Ana Lúcia Covinhas, que vai abordar os direitos das crianças.

Tal como todas as crianças e jovens, recomenda-se que as crianças com diabetes tipo 1 tenham um estilo de vida saudável, nomeadamente com a alimentação e a atividade física. Maria João Afonso, coordenadora do Departamento de Nutrição da APDP, reforça o papel de um estilo de vida ativo e afirma que “sendo a alimentação e a atividade física dois dos pilares do tratamento e da vivência diária com diabetes, são temas sempre pertinentes na vida das famílias de crianças com diabetes tipo 1. Há que fazer ajustes e, para isso, tem que haver informação.”

Ana Lúcia Covinhas, psicóloga clínica da APDP, também estará presente para uma conversa sobre os direitos das crianças e menciona que “vamos abordar temas simples mas que muitas vezes não são discutidos em casa. Sobre o direito de viver em liberdade e segurança, de termos os nossos próprios pensamentos e ideias, de termos todos os mesmos direitos, sejam quais forem as diferenças entre nós.”

Para a família e restantes cuidadores de uma criança com diabetes é fundamental adquirir um conhecimento preciso da doença e de como a controlar. A motivação e o empenho durante o processo inicial de aprendizagem promovem e facilitam a adaptação a esta condição e a reintegração plena da criança na vida escolar, social e familiar.

O workshop realizar-se-á na segunda-feira, dia 1 de junho, pelas 17h30, através da seguinte plataforma: https://event.webinarjam.com/live/21/38rmzs1f6umuk. A APDP, para esclarecer as principais dúvidas, disponibiliza ainda o contacto do  Departamento de Crianças e Jovens da APDP: [email protected]

 

Evento
A Associação de Enfermagem Oncológica de Portugal (AEOP) promove no próximo dia 5 de junho uma sessão online que visa discutir,...

Com moderação de Filipa Duarte-Ramos, a conversa contará com as perspetivas da enfermagem, da medicina, e da farmácia hospitalar, nas intervenções de Jorge Freitas, da AEOP, Telma Costa, do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia, e de Nuno Vilaça Marques, do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra, respetivamente. A sessão conta ainda com Rachel Powell, do Hospital Universitário de Birmingham, que irá partilhar casos de sucesso nos cuidados ao domicílio no Reino Unido.

Destinada exclusivamente a profissionais de saúde, a sessão intitulada “Desafios na implementação da Imunoterapia no domicílio”, decorre a partir das 21h00. Para assistir siga as instruções disponíveis na página da Associação Enfermagem Oncológica Portuguesa (AEOP).

 

 

INE
Segundo o Instituto Nacional de Estatística, a esperança média de vida à nascença subiu para os 81 anos. No entanto, são as...

A esperança de vida à nascença, durante o período entre 2017 e 2019, foi estimada em 80,93 anos de idade, sendo que os homens portugueses continuam com uma esperança média de vida inferior às mulheres, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

De acordo com gabinete estatístico, durante este período, os homens tinham uma esperança de vida de 77,95 anos enquanto as mulheres tinham uma esperança de 83,51 anos de idade.

Ainda assim, a população em Portugal continua a mostrar que consegue viver. Quando se compara os dados de 2016-2018, é possível verificar um aumento de dois meses para a vida dos homens e de um mês para as mulheres.

Quando analisada a década, a esperança “verificou um aumento de 1,99 anos para o total da população, 2,11 anos para os homens e 1,64 anos para as mulheres”, sendo que “nas mulheres esse aumento resultou sobretudo da redução na mortalidade  em idades iguais ou superiores a 60 anos e nos homens esse acréscimo foi maioritariamente proveniente da redução da mortalidade em idades inferiores a 60 anos”, nomeadamente entre os 35 e os 54 anos.

Por sua vez, a esperança de vida aos 65 anos atingiu 19,61 anos para o total da população, sendo que “aos 65 anos os homens podem esperar viver mais 17,70 anos e as mulheres mais 21,00 anos, o que representa ganhos de 1,22 anos e de 1,26 anos, respetivamente, nos últimos dez anos”, avança o INE.

A maior confirmação desta análise é que “as mulheres continuam a viver mais anos do que os homens”, embora as expectativas dos dois géneros se tenham vindo a aproximar-se, “com os maiores ganhos a registarem-se na população masculina”. Assim, nos últimos dez anos, “a diferença na esperança de vida à nascença de homens e mulheres diminuiu de 6,03 para 5,56 anos”.

No período em análise, 65,8% dos óbitos ocorreram em idades iguais ou superiores a 80 anos, sendo que “foi neste grupo etário que se concentraram aproximadamente metade dos óbitos masculinos (55,7%) e três quartos dos óbitos femininos (75,4%)”. Já a idade mais frequente do óbito, foi os 86 anos para os homens e 88 anos para as mulheres.

 

Iniciativa IHMT
O 4.º WebSeminar, do Instituto de Higiene e Medicina Tropical, dedicado à Covid-19 vai ter como tema o “Aparecimento e...

Conhecer, Organizar, Vencer, Investigar e Diagnosticar é o lema que tem como objetivo inspirar o ciclo de Web.Seminars dedicados à reflexão sobre a COVID-19, com especial enfoque no impacto nos Sistemas de Saúde dos Países Africanos de Expressão Portuguesa.

A iniciativa surge de uma parceria entre o Instituto de Higiene e Medicina Tropical, da Universidade Nova de Lisboa (IHMT-NOVA) e a Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), com o apoio do Centro de Ciência LP e da Comunidade Médica de Língua Portuguesa (CMLP) e conta com a participação de nomes de referência na área da medicina e investigação científica do espaço lusófono.

O 4.º WebSeminar decorre a 29 de maio, 15h00, e será dedicado ao “Aparecimento e desenvolvimento da pandemia na África Lusófona.  A moderação vai estar a cargo de Edgar Neves, Ministro da Saúde de São Tomé e Príncipe; Elisa Gaspar, Bastonária da Ordem dos Médicos de Angola e Francisco Pavão, Membro da Comunidade Médica de Língua Portuguesa.

O encontro online conta ainda com a presença Magda Robalo, ex-Ministra da Saúde da Guiné Bissau; Maria da Luz Lima, Presidente do Instituto Nacional de Saúde Pública de Cabo Verde e Eusébio Chaquisse, Chefe de Departamento de Cuidados de Saúde Primários do Ministério da Saúde de Moçambique, como oradores convidados.

As sessões, abertas ao público para perguntas, dirigem-se a profissionais de saúde, cientistas, estudantes e todos os interessados em saber mais sobre o vírus que está a mudar o mundo.

A iniciativa contempla uma 1.ª Série, de 6 webinars intitulada “O que sabemos sobre a COVID-19”, a que se seguirá uma 2.ª Série sobre “Como reorganizar os sistemas de saúde na era COVID-19“.

Para participar e colocar as suas questões no webinar #4 “Aparecimento e desenvolvimento da pandemia na África Lusófona” deve proceder à sua inscrição ou assistir LIVE no Facebook da APAH ou do IHMT-NOVA.

Consórcio Internacional
Uma equipa de investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), liderada por Maria Filomena Botelho,...

Nesse sentido, o consórcio vai iniciar agora um estudo clínico com a participação de 240 adolescentes obesos, com idades compreendidas entre os 13 e 16 anos, de Portugal, Espanha e Itália. É a primeira vez que um estudo deste tipo vai ser realizado com participantes de diferentes países do Mediterrâneo.

O principal objetivo deste estudo clínico, com a duração de quatro meses, é «demonstrar que uma dieta mediterrânica com restrição de energia e enriquecida com produtos típicos do Mediterrâneo, como a romã, o grão-de-bico, os frutos secos e o pão de fermento, é mais eficaz na redução de peso e dos fatores de risco cardiovasculares associados à obesidade juvenil comparativamente com uma dieta convencional com pouca gordura e restrição de energia», explica Maria Filomena Botelho.

A investigação vai utilizar tecnologias “ómicas”, tecnologias que permitem obter uma “radiografia” global dos processos biológicos, para analisar se os efeitos para a saúde da intervenção clínica são associados a mudanças favoráveis em populações bacterianas e metabolitos intestinais.

Estas técnicas, explicita a docente da FMUC, permitem «fornecer as “impressões digitais” do padrão alimentar dos indivíduos, combinando instrumentos dietéticos convencionais com análises de biomarcadores selecionados da ingestão de alimentos, validados pela primeira vez neste projeto». Maria Filomena Botelho acrescenta que esta investigação internacional irá «sensibilizar a população em geral, mas especialmente os jovens que vão integrar o estudo e os seus pais, sobre os benefícios para a saúde derivados da dieta mediterrânica, melhorando as suas escolhas alimentares».

Este estudo pretende também impulsionar a produção e consumo de produtos saudáveis tradicionais. Maria Filomena Botelho nota que, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a obesidade juvenil quadruplicou nos últimos 30 anos e «18% das crianças e adolescentes entre os 5 e 19 anos de idade têm excesso de peso ou obesidade, com uma incidência particularmente elevada em países mediterrânicos como Portugal, Espanha e Itália».

De salientar ainda que a obesidade está associada a maiores taxas de diabetes, hipercolesterolemia, doença do fígado gordo não-alcoólica e pressão sanguínea elevada, fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares na vida adulta.


A investigadora Maria Filomena Botelho com parte da equipa do consórcio internacional 

O consórcio do projeto MED4Youth é coordenado pelo centro de tecnologia Eurecat (Espanha) e, além da Universidade de Coimbra, envolve também a Universidade de Parma (Itália), Shikma Field Crops (Israel), o Scientific Food Center (Jordânia) e a NOVAPAN (Espanha).

Este projeto insere-se no programa PRIMA que é suportado pela União Europeia e pelo ACCIO - a Agência Catalã para a Competitividade nos Negócios -, o Centro para o Desenvolvimento Industrial de Espanha (CDTI), a Autoridade de Inovação de Israel, o Ministério de Educação de Itália – Universidades e Investigação, o Fundo de Suporte à Investigação Científica na Jordânia e a Fundação para a Ciência e a Tecnologia em Portugal.

Benefícios
Diferentes combinações de hormonas femininas, fatores genéticos ou ambientais e até mesmo causas des

Antigamente, as terapias disponíveis eram mais escassas para doenças tipicamente femininas. Em certos momentos, a opção era recorrer a tratamentos hormonais, algo que está cada vez mais em desuso devido aos seus efeitos secundários. Deste modo, o campo de atuação veio a reduzir-se a anti-inflamatórios e analgésicos e a Homeopatia apresenta-se como uma opção terapêutica a ter em consideração.

As dores menstruais são uma das principais causas de desconforto nas mulheres. Durante o ciclo menstrual ocorrem alterações hormonais e, ao longo dos anos, através da experiência clínica e de diversos estudos na área, tem-se vindo a demonstrar que a Homeopatia ajuda a regular, além de tratar dos sintomas que causa.

Nas irregularidades menstruais que as mulheres mais novas apresentam, os contracetivos eram a única opção, no entanto, com os medicamentos homeopáticos abriu-se um grande leque de possibilidades para evitar esse tipo de tratamento invasivo em idades tão precoces.

Também ao longo da gravidez e mesmo na fase pós-parto, as mulheres sofrem de muitas alterações que deixam marcas. Além dos problemas relacionados à maternidade, os medicamentos homeopáticos podem ser administrados para os problemas físicos comuns derivados da amamentação, como fissuras e inflamações dos mamilos e até mesmo ajudar a promover a secreção do leite quando este não sobe naturalmente.

Estima-se que malformações congénitas associadas ao uso de medicamentos durante a gravidez representem pouco menos de 5%. Embora a percentagem não pareça alta, é importante, porque, na maioria dos casos, são evitáveis. Uma das vantagens dos medicamentos homeopáticos é que os efeitos secundários, em geral, são pouco frequentes, de intensidade leve e de natureza transitória, motivo pelo qual são frequentemente administrados durante a gravidez e amamentação, tanto em mulheres como em crianças, incluindo bebés, e podem ser usados em conjunto com outros tratamentos convencionais.amame

O que se verifica é que cada vez mais mulheres incluem a Homeopatia durante estas diferentes fases da sua vida. Com a medicina tradicional há muitas limitações, medicamentos que não são possíveis de usar durante certas fases, como a gravidez, e a Homeopatia é de grande ajuda.

Além das doenças mencionadas, a Homeopatia é ainda bastante útil para aliviar estados gripais; doenças do sistema circulatório, como varizes; doenças do sistema urinário, como as infeções urinárias ou a incontinência e problemas digestivos, como náuseas e vómitos. Esta terapêutica fornece ainda uma resposta eficaz para a lombalgia, distúrbios do sono, ansiedade e depressão.

Cerca de 400.000 profissionais de saúde em todo o mundo já incluem medicamentos homeopáticos na sua prática clínica, tanto como terapêutica de primeira escolha, em associação com outros medicamentos ou em complemento de outras terapêuticas.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
No contexto da Covid-19
A Direção-Geral da saúde (DGS), através do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável, divulgou ontem, um manual...

Este manual pretende reunir diversas ferramentas e documentos, produzidos para acompanhar as necessidades identificadas em diferentes vertentes e fases da pandemia da Covid-19.

O objetivo deste documento é facilitar e qualificar a intervenção do ponto de vista alimentar e nutricional, quer no contexto de intervenções de carácter populacional e de âmbito mais geral, quer no contexto da terapia nutricional dos doentes com Covid-19.

O documento encontra-se dividido em três partes: uma primeira, com orientações gerais na área da alimentação em contexto de Covid-19; a segunda, com orientações para a otimização nutricional nos grupos de risco; e a terceira, com orientações para a intervenção nutricional no doente com Covid-19.

Ao longo do manual existem diversos links e anexos que permitem a operacionalização e/ou aprofundar conhecimentos nas mais diversas áreas.

 

“Vacina COVID-19: Produção, comercialização e propriedade industrial”
Webinar com Peter Villax, Chairman da Hovione, e Pedro Caridade de Freitas, diretor jurídico da APIFARMA sobre os...

A Abreu Advogados convida Pedro Caridade de Freitas, diretor jurídico da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (APIFARMA) e Peter Villax, Chairman da Hovione Capital SA, para uma conversa para o tema “Vacina COVID-19: Produção, comercialização e propriedade industrial”. Um evento online no próximo dia 28 de maio de 2020, quinta-feira, às 11h.

Uma abordagem de reconhecidos especialistas nas matérias da produção e comercialização de medicamentos e vacinas, bem como na vertente regulatória e da propriedade industrial. Em debate vai estar a situação atual da investigação da vacina para a Covid-19, bem como quais os cenários para a produção industrial da vacina ou as expetativas quanto ao acesso pela população portuguesa, e o resto do mundo. Quais serão os primeiros países a receber a vacina? Que cenários para a proteção da solução técnica contida na vacina em sede de propriedade industrial? Estes e outras questões são alguns dos temas que vão ser abordados e respondidos na sessão de amanhã.

Para o efeito, para além dos dois oradores convidados, a sessão webinar será moderada pelos sócios da Abreu Advogados, Manuel Durães Rocha e António Andrade, da iniciativa do setor da saúde e da área de propriedade intelectual e tecnologias de informação

O Webinar é gratuito, no entanto a inscrição é obrigatória. Consulte a agenda do evento e o registo: https://www.abreuadvogados.com/pt/conhecimento/eventos/evento/abreu-foward-sessions-vacina-covid-19/

 

 

Opinião
Há mais de 30 anos, a 28 de maio de 1987, foi comemorado o primeiro Dia Internacional de Ação pela S

Até o momento, neste século, foram feitos grandes avanços no tratamento e diagnóstico destas patologias, o que melhorou as taxas de sobrevivência dos doentes. De acordo com a revista The Lancet, Portugal tem uma das maiores taxas de sobrevivência ao cancro da mama, cerca de 85% aos cinco anos, e este resultado tem muito que ver com a medicina personalizada.

Estas doenças têm um poderoso componente genético que vale a pena desvendar com a ajuda de análises genómicas, que podem ser realizadas a partir de uma amostra de tumor (biópsia sólida) ou sangue (biópsia líquida). Estas amostras são extremamente úteis para oferecer aos especialistas em oncologia mais informações sobre o perfil molecular do tumor dos seus doentes e, portanto, para determinar o tratamento mais adequado para cada caso.

Por exemplo, alguns casos de cancro da mama e ovário estão intimamente relacionados a mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, que fazem parte do sistema de deteção e reparo de danos ao ADN, que quando alteradas acabam por desencadear a criação de tumores. Com o estudo genómico de cada caso, essas alterações podem ser detetadas ou não e, de acordo com os seus resultados, aplicar um tratamento ou outro.

Ou também optar por um dos ensaios clínicos que estão a ser realizados em muitos dos nossos hospitais, graças não apenas às informações detalhadas fornecidas por essas análises, mas também às ferramentas de big data que cada vez mais oncologistas utilizam e que permitem, entre outras funcionalidades, partilhar conhecimento on-line e ligar especialistas de todo o mundo.

Lembre-se de que nem todos os tumores são iguais, nem mesmo aqueles que estão localizados na mesma área do corpo, muitos têm alterações genéticas muito diferentes. A oncologia de precisão permite identificar as alterações que deram origem ao cancro e permite aos oncologistas encontrar o tratamento mais eficaz em cada caso, evitando possíveis efeitos secundários e terapias que não funcionam.

Com deteção precoce, terapia personalizada e acompanhamento constante e adequado, as hipóteses de sobrevivência encontram-se acima dos 95% em algumas partes do mundo, algo praticamente impensável em 1987. De fato, se a I&D continuar a avançar ao mesmo ritmo, estaremos bem próximos de cronificar (no momento) algumas doenças que, há 30 anos, eram mortais para muitas das mulheres que sofriam com elas.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

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