19 de maio
A Associação Portuguesa para as Doenças Congénitas da Glicosilação e outras Doenças Metabólicas Raras (APCDG) realiza no...

O Webinar tem como objetivo consciencializar os profissionais dos meios de comunicação para a existência destas doenças muito raras, informá-los sobre do que se tratam e quais são as principais necessidades vividas, tanto por parte das famílias, como no que diz respeito à área da investigação.

A iniciativa, desenvolvida pela APCDG, em parceria com a CDG and Allies PPAIN network e com a Organização Mundial das Doenças Congénitas de Glicosilação, conta com a presença de Paula Videira e Rita Francisco, investigadoras da rede CDG and Allies PPAIN, e aborda temas sobre as doenças raras (definição, área negligenciada); as CDG (porque surgem, principais sintomas); as CDG and Allies PPAIN network (eixos de atuação, desafios, respostas e projetos).

 

Papel do médico de família
70% das pessoas com diabetes morrem por doenças cardiovasculares. Um controlo da doença pode ajudar a prevenir não só este...

“Sendo o médico que melhor conhece a pessoa com diabetes, quer do ponto de vista do seu historial de patologias, mas também do seu estilo de vida e da sua dimensão pessoal, assume uma posição privilegiada para avaliar o risco individual e particular de cada doente, gerindo-o ao longo dos anos, por forma a prevenir a ocorrência de complicações decorrentes do mau controlo da diabetes”, afirma Tiago Maricoto, médico de medicina geral e familiar.

Embora, segundo o especialista, o nosso país tenha vindo a assistir a “uma grande evolução nos últimos anos nos cuidados médicos à diabetes, muito fruto da implementação de um excelente programa de cuidados de saúde primários nesta matéria, ainda estamos longe de conseguir um bom controlo deste problema de saúde”. Na opinião de Tiago Maricoto, as razões prendem-se com a má adesão à terapêutica, que passa “não só pela toma de medicação, mas também pela prática de um estilo de vida saudável (4). Infelizmente este é um problema mundial, não é exclusivo da população portuguesa, e compromete significativamente a eficácia dos cuidados de saúde”. Esta baixa adesão está associada a “múltiplas causas, desde uma insuficiente relação médico-doente, a crenças e mitos, a pouca literacia em saúde, a problemas económicos ou dificuldades relacionadas com o estilo de vida profissional e pessoal das pessoas, a efeitos secundários dos medicamentos, entre outras”.

Para tentar minorar este problema, o especialista considera que é importante, durante a consulta, que estes profissionais de saúde procurem “identificar potenciais causas de não adesão, promovendo estratégias para ultrapassá-las, seja por parte do próprio utente, trabalhando nessas barreiras, ou mesmo por parte do próprio profissional, optando por estratégias alternativas, por exemplo”, reforçando que a equipa de saúde familiar, que acompanha estas pessoas ao longo dos anos, deve aproveitar essa proximidade para criar a “oportunidade para intervir de forma mais eficaz neste tipo de obstáculos e barreiras (5). É através do acompanhamento regular que se conseguem identificar as dificuldades que os utentes apresentam e procurar estratégias para as ultrapassar com opções terapêuticas e de estilo de vida que promovam o máximo benefício, com o menor risco”.Nesta equipa, o Enfermeiro de Família assume também um papel fundamental e ao qual tem sido dado, cada vez mais, um maior destaque. Para Tiago Maricoto, “o Enfermeiro de Família assume uma figura central no apoio à consulta de vigilância de diabetes, não só na realização da avaliação de parâmetros de saúde, mas também no aconselhamento para boas práticas alimentares, de exercício físico e de estilo de vida em geral”. Por isso, é cada vez mais frequente as consultas nos centros de saúde que reúnem enfermeiro e médico de família, com “com significativos ganhos em saúde”, na opinião do especialista.

A articulação desta equipa com os cuidados hospitalares é igualmente importante e deve existir, de forma estreita e eficaz, sempre que necessário. “Frequentemente os médicos de família vêem-se na necessidade de solicitar ajuda a profissionais mais especializados para gerirem problemas específicos da diabetes”, sobretudo quando perante a necessidade de “tratamento de algumas complicações graves (amputações, retinopatia, insuficiência renal ou cardíaca ou mesmo os eventos cardiovasculares, etc..), ou mesmo de outras comorbilidades que podem também influenciar o controlo da diabetes (depressão, obesidade, hipertensão arterial, doença arterial periférica, entre outras)”, diz o especialista.

A 19 de maio assinala-se o Dia Mundial do Médico de Família e, dado o papel que estes profissionais de saúde desempenham no acompanhamento das pessoas com diabetes, a data foi escolhida para lançar o último episódio da série “O Casal”, protagonizada pelas personagens Maria Diabetes e Zé Coração. Ao longo de quatro episódios, o principal objetivo passou por alertar a população em geral para a relação perigosa entre a diabetes e as suas comorbilidades, mas também espelhar a importância do papel da pessoa com diabetes na gestão do seu risco em relação a outras doenças, nomeadamente, renais e cardiovasculares.

Esta foi uma iniciativa da Associação de Apoio aos Doentes com Insuficiência Cardíaca, da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal, do Núcleo de Estudos de Diabetes Mellitus da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna, da Sociedade Portuguesa de Diabetologia e da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia Diabetes e Metabolismo, que contou com o apoio da AstraZeneca, e que neste último episódio contou também com o apoio da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar.

Sintomas e complicações
A Hipertensão Arterial é uma das entidades clínicas mais frequentes durante gravidez apresentando ri

O que é a Hipertensão Arterial?

De acordo com o especialista em cardiologia, Carlos Rabaçal, a “o diagnóstico de hipertensão arterial (HTA) na gravidez não é diferente do da população em geral. Baseia-se essencialmente na medição da pressão arterial (PA) em consulta” e é definida por valores da pressão arterial iguais ou superiores a 140/90 mmHg.

No entanto, na mulher grávida, esta pode surgir sob várias formas:

  • HTA pré-existente (HTA crónica): a HTA precede a gravidez ou desenvolve-se antes das 20 semanas de gestação e, geralmente, persiste para lá do parto.
  • HTA gestacional: a HTA desenvolve-se depois das 20 semanas de gestação e, habitualmente, desaparece nas 6 semanas após o parto.
  • HTA pré-existente com sobreposição de HTA gestacional com proteinúria (HTA crónica com sobreposição de pré-eclâmpsia).
  • Pré-eclâmpsia: HTA gestacional com proteinúria significativa (>0.3 g/24h).
  • HTA inclassificável antes do nascimento: quando o primeiro registo de PA é posterior às 20 semanas de gestação e não se sabe se havia HTA pré-existente. Só a avaliação 6 semanas depois do parto ajudará a distinguir entre HTA pré-existente e HTA gestacional.

Quanto às causas, embora não se conheçam os fatores associados à hipertensão gestacional, esta é mais frequente entre as mulheres que, segundo o especialista, “têm uma história familiar pesada de hipertensão arterial crónica ou que são obesas”. Por outro lado, o facto de as mulheres engravidarem cada vez mais tarde, fumarem ou serem sedentárias contribui para elevar este risco.

Sinais a que deve estar atenta

Para além de apresentar valores elevados de pressão arterial, a grávida hipertensa pode apresentar:

  • dores de cabeça constantes, sobretudo afetando a região da nuca;
  • dores fortes na barriga;
  • alterações na visão (como visão embaciada ou turva);
  • pernas, mãos ou face inchada

Tratamento

De acordo com o cardiologista, Carlos Rabaçal, “o timing e a intensidade do tratamento farmacológico dependem dos níveis tensionais apurados”.  E explica: “a HTA gestacional classifica-se como ligeira (se a PA entre 140–159 mmHg e/ou 90–109 mmHg) ou grave (se a PA é ≥ 160/110 mmHg)”.

Nos casos de hipertensão arterial ligeira, e uma vez que, como afirma o especialista, o tratamento farmacológico “não é consensual”, a “limitação da atividade física e o repouso frequente, se possível, em decúbito lateral esquerdo podem ser benéficos”. No entanto, as recomendações são as seguintes: “grávidas com PA>150/95 mmHg devem iniciar tratamento farmacológico” e as que apresentam níveis de PA ≥ 170/110 mmHg, devem ser consideradas “em risco elevado de complicações e hospitalizadas para tratamento”.

Em caso de hipertensão arterial pré-existente, as grávidas devem manter a medicação habitual caso esta não seja contraindicada na gravidez, “devido ao potencial de efeitos adversos que provocam no feto”. “É, por isso, aconselhável seguir as indicações médicas”, refere o especialista.

“Embora não haja dados que definam, para lá de qualquer controvérsia, o nível tensional ótimo, aceita-se que as grávidas sob tratamento com fármacos anti hipertensores tenham como objetivo-alvo uma PA< 140/90 mmHg”, acrescenta quanto as valores ideias de pressão arterial.

Complicações

Segundo o especialista em cardiologia, “a hipertensão arterial gestacional é causa importante de morbimortalidade materna, fetal e neonatal, particularmente quando se complica de pré-eclâmpsia”.

Os riscos maternos incluem o descolamento da placenta e algumas doenças graves, como o acidente vascular cerebral.

No feto pode ocasionar atraso no desenvolvimento, prematuridade e morte intrauterina. A pré-eclâmpsia é uma emergência médica cujo tratamento mais efetivo é a indução do parto.

Quando há o risco de ocorrer pré-eclâmpsia?

De acordo com o cardiologista Carlos Rabaçal, “há várias condições que aumentam o risco de pré-eclâmpsia” e que podem ser agrupadas em:

  • alto risco - doença hipertensiva em gravidez prévia, doença renal crónica, diabetes, doenças autoimunes e HTA crónica;
  • risco moderado - primeira gravidez, idade igual ou superior a 40 anos, obesidade, múltiplas gravidezes e história familiar de pré-eclâmpsia.

“O conhecimento e controlo destas condições, quando possível, pode ajudar a prevenir a ocorrência de pré-eclâmpsia”, assegura o médico.

Cuidados a ter

Embora seja normal a pressão arterial sofrer oscilações durante a primeira metade da gravidez, este período carateriza-se pela presença de valores mais baixos do que aqueles que existiam antes de engravidar, e não o contrário.

Por isso, quando ocorre HTA gestacional, para além da vigilância regular da PA, “idealmente com a realização de MAPA”, a grávida deve ser mais rigorosa na adoção de comportamentos saudáveis (incluindo períodos de repouso adequado, elevação das pernas quando parada, etc.) e estar atenta a sintomas/sinais (perturbações visuais, cefaleias, dores abdominais, edemas das pernas, etc.) que traduzam risco aumentado de progressão para pré-eclâmpsia, complicação que ocorre em até 1/3 das grávidas com HTA gestacional.

“É relativamente frequente a grávida, em particular, na fase final da gravidez ter algum edema das pernas. O repouso com as pernas elevadas pode ser benéfico e eficaz. Já merece outra atenção e cuidado a edemaciação exuberante e rápida das pernas, das mãos ou da face”, explica o médico.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Cuidados
Quando está na estrada, 90% da informação necessária à sua condução chega-lhe através da sua visão, pelo que é essencial que...

Nestas estatísticas não estão contabilizados os motoristas que se esquecem de colocar os seus óculos ou lentes de contacto.
Os problemas visuais são responsáveis por quase 25% dos acidentes de trânsito e, embora a condução noturna apenas represente menos de 10% do tráfego diário, é quando ocorrem mais de 50% dos acidentes mortais.
De forma a tentar sensibilizar para a importância da visão na prevenção rodoviária, as Ópticas Conselheiros da Visão trazem-lhe 3 pontos chave:
 
1. Controle regularmente a sua visão

Doenças como a miopia, astigmatismo ou hipermetropia podem mudar com o tempo. Portanto, é importante controlar regularmente a sua visão, em qualquer idade. Se vai tirar ou renovar a carta de condução, é obrigatório por lei realizar um exame visual completo. Se precisar de uma correção visual, deverá informar o seu instrutor na escola de condução – esta indicação aparecerá averbada na sua carta de condução e terá de usar os óculos sempre que conduzir. Em caso de infração, a coima poderá atingir os 300 euros. Se usar lentes de contacto, essa informação deverá obrigatoriamente constar na carta de condução. Se essa informação estiver omissa, arrisca-se a que a sua carta de condução seja apreendida, pendente de apresentação de um atestado médico obtido em inspeção especial para a devolução.
 
2. Pondere usar óculos de sol
Os seus óculos de sol devem ser adaptados a si e à sua visão, e não apenas no verão. Nas outras estações em que o sol se encontra mais baixo, este pode ser particularmente incomodativo.
O encandeamento devido ao sol muito brilhante é um risco de acidente, mesmo para os condutores com boa visão. É importante relembrar que os óculos de sol de categoria 4, que são os mais escuros e usados, em particular, pelos montanhistas, são proibidos na condução.
Opte por lentes polarizadas, que eliminarão os reflexos causados pela luz do sol na estrada. As lentes coloridas, amarelas ou laranja, proporcionam um maior contraste em tempo de nevoeiro ou chuva. Outra opção são as lentes fotocromáticas, de tom variável, que se ativam moderadamente atrás do para-brisas para proporcionar um maior conforto.
 
3. Não negligencie a condução noturna
Se for conduzir de noite, a sua atenção tem de estar redobrada. A visão é alterada durante a noite, a perceção de contrastes, distâncias ou cores são afetadas – o que se agrava em pessoas com miopia e astigmatismo. Para os presbíopes (100% da população após os 45 anos), existem lentes progressivas especialmente adaptadas à condução.
Tenha um especial cuidado também com o encandeamento causado por faróis ou iluminação publica. Neste caso, um tratamento antirreflexo de alta qualidade é a solução ideal.

Estudo
Uma equipa multidisciplinar de investigadores, liderada por Henrique Girão, da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra...

Em concreto, neste estudo, que contou com a participação do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) e da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), foi descoberto que “a proteína EHD1 é determinante para regular a distribuição e localização de um canal – designado gap junction - que é essencial para a propagação rápida do sinal elétrico (“sinal de contração”) através do músculo cardíaco, e que está na base do batimento sincronizado do coração”, salienta Henrique Girão.

Para se perceber melhor a relevância desta investigação, cujos resultados já estão publicados na reputada revista científica Circulation Research, o investigador da FMUC explica que “num coração saudável, para assegurar uma condução competente do “sinal de contração”, estes canais [gap junctions] localizam-se em determinadas zonas da superfície das células do músculo cardíaco, denominadas discos intercalares. Por essa razão, muitas doenças do coração estão associadas a uma distribuição anómala das gap junctions nas células do coração, com a sua saída dos discos intercalares, o que acarreta um impacto negativo na eficiência de propagação da onda elétrica e, consequentemente, na força de contração”.

Nestes casos, esclarece, “o batimento do coração é menos vigoroso, fazendo com que em cada contração haja menos sangue a ser ejetado (bombeado). Neste estudo percebemos de que forma, nos corações doentes, ocorre a redistribuição das gap junctions nas células cardíacas. Os nossos resultados evidenciam que a EHD1 participa no processo de remoção das gap junctions dos discos intercalares, conduzindo, em seguida, à sua acumulação em outras zonas da célula, onde o papel destes canais na propagação rápida do sinal elétrico fica comprometido”.

Os resultados deste estudo, que foi financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e teve a duração de quatro anos, esclarecem os mecanismos através dos quais esta redistribuição das gap junctions ocorre no coração doente, possibilitando “a identificação de novos alvos terapêuticos que permitam, no futuro, o desenvolvimento de abordagens mais eficazes no combate às doenças cardiovasculares, particularmente estratégias inovadoras que evitem que a proteína EHD1 participe na remoção das gap junctions dos discos intercalares, garantindo assim um batimento eficiente do coração”, conclui Henrique Girão.

 

Análise
A fase de desconfinamento da crise do coronavírus traz novos desafios para as famílias portuguesas q

Face a isto, a Yoopies – uma plataforma internacional que facilita o contacto entre a oferta e a procura de babysitting e serviços domésticos -perguntou como é que a sua comunidade familiar está a lidar com a situação atual.

Após 1 de Junho, metade dos pais devem retomar a atividade profissional fora de casa ou em regime de teletrabalho parcial. De acordo com os dados do estudo realizado pela Yoopies, durante o período total de confinamento, em cerca de 89% dos lares analisados, pelo menos um dos dois pais pôde ficar em teletrabalho, podendo assim tomar conta das crianças. Só em 11% dos casos é que ambos os pais continuaram a trabalhar fora de casa como trabalhadores dos sectores-chave. Ao observar o horizonte temporal após o confinamento, a partir de 1 de junho- quando o teletrabalho se torna parcial, com horários defasados ou equipas espelhadas - vemos como as famílias inquiridas estão divididas em dois grupos:

  • 56% em que ambos os pais terão de voltar ao trabalho (mesmo que em regime de teletrabalho parcial);
  • 44% em que um dos dois pais poderá ficar em casa com as crianças, a continuar a trabalhar num regime de teletrabalho total ou sem trabalho devido à suspensão das atividades.

Sem creches e escolas, famílias não têm plano B

Para os pais que terão de regressar ao trabalho fora de casa e terão, portanto, de pensar em alternativas para conciliar a carga de trabalho de ambos, surgem as seguintes soluções para a gestão e os cuidados infantis:

  • 43%​ pensam em obter a ajuda de uma babysitter
  • 39%​ pensam em recorrer a ajuda de amigos ou familiares
  • 18%​dos pais afirmam que ainda não encontraram uma solução e que estão a pensar na possibilidade de suspender o trabalho ou na alternativa extrema de pedir uma licença não remunerada.

"Sendo incapaz de cuidar de crianças o tempo todo e sendo uma mãe solteira, não sei como me organizar".

"A única possibilidade é eu, mãe, negociar com a minha empresa um período de licença por tempo indeterminado".

"Não sabemos mesmo a quem deixar as crianças, isso é um problema".

E a carga mental dos pais que continuam a trabalhar de casa?

Os pais que continuam em casa com os seus filhos têm grandes problemas em conciliar a vida profissional com os cuidados infantis. Embora 45% dos pais revelam que são organizados e estão a lidar bem com a situação, 55% mostram que estão a passar por dificuldades consideráveis, como as descritas a seguir:

"Requerem muita atenção, temos de preparar as refeições, mudar as fraldas, vigiar para que não se magoam, entretê-los...".

"Por vezes temos reuniões ou telefonemas ao mesmo tempo, só que temos uma menina de 10 anos que precisamos de ajudar com os trabalhos de casa e uma menina de 2 anos que temos sempre de vigiar".

"Temos dois filhos pequenos que requerem a nossa atenção durante todo o dia. Revezamo-nos, mas nos turnos em que não temos as crianças, além de trabalhar, temos de cuidar de coisas da casa".

"Ambos trabalhamos na mesma intensidade e ao mesmo tempo (8horas) e, além disso, temos de estar com as crianças para ter aulas e pensar em atividades para que elas não fiquem tristes, aborrecidas, deprimidas...".

Por este motivo, destacam-se 49% das famílias com crianças em idade escolar que gostariam de ter a ajuda de um tutor ou de um professor particular, tanto em termos de trabalhos de casa como de apoio escolar.

Quando perguntadas se as crianças estão a receber as informações e as aulas de que necessitam, 59% consideram que por vezes existem certas dificuldades (conteúdo desequilibrado, problemas de ligação...), 13% revelam que o centro educativo tem sérios problemas de organização e 28% acreditam que tudo está a correr sem dificuldades.

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Doença rara e sem cura
Apesar de não haver ainda dados sobre o angioedema hereditário e a Covid-19, sabe-se que o stress emocional condicionado pelo...

Assinalou-se ontem Dia Mundial do Angioedema Hereditário, uma doença genética rara, caracterizada principalmente por crises com inchaços ou angioedema além de dores abdominais e, por vezes, do risco de asfixia por edema da glote/laringe. Sem tratamento, essas crises duram cerca de dois a cinco dias e podem ser causadas por traumas, stress, mudança de temperatura, tratamento dentário, cirurgias, endoscopia, exercício físico entre outros factores desencadeadores. Em geral é doloroso, debilitante e o sintoma mais temido é o inchaço inesperado da laringe (glote), o que pode levar à morte por asfixia. Não há cura para o Angioedema Hereditário atualmente, masexistem tratamentos.

A Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC), acaba de lançar o Esclarecimento sobre Angiodema Hereditário e Covid-19, disponível no site da sociedade https://www.spaic.pt/noticias/covid19. A Takeda irá apoiar a SPAIC num encontro online que irá abordar o Angioedema Hereditário, a Covid-19 e como ajudar os doentes, respectivas famílias e profissionais de saúde a perceber formas de minimizar o impacto da Covid-19 no tratamento e acompanhamento do Angioedema Hereditário. Ainda no decorrer no mês de maio será divulgada a data para realização da sessão de informação online.

Em Portugal, no final de 2019, a Direção Geral da Saúde emitiu a nova Norma de Orientação Clínica (NOC) para o diagnóstico e terapêutica do Angiodema Hereditário. O presidente da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC), Manuel Branco Ferreira afirma que “a compilação num documento único representa um contributo essencial no sentido de homogeneizar, melhorar e introduzir a inovação mais recente nos cuidados prestados às pessoas com Angiodema Hereditário, doença crónica, sem cura. Esta NOC protocoliza decisões clínicas que se devem adotar nesta área relacionadas com o tratamento profilático de longa duração e também com o tratamento agudo de crise - de acordo com as guidelines internacionais.”

O Angioedema Hereditário afeta cerca de 1 em 10.000 a 1 em 50.000 pessoas em todo o mundo. Muitas vezes é pouco reconhecido, sub-diagnosticado e sub-tratado.

O diagnóstico de Angioedema Hereditário é de extrema importância tendo em conta que é potencialmente fatal e necessita de terapêutica específica, não tendo os anti-histamínicos e corticoides qualquer benefício no tratamento desta entidade clínica.

Sintomas confundem população
Foi lançada nas farmácias portuguesas uma campanha de sensibilização e informação, sob o tema “Atchim, alergia ou constipação?”...

Tendo em conta que as patologias associadas às constipações e às alergias (muito comuns nesta época do ano) podem motivar sintomatologias que geram fatores de apreensão e preocupação adicionais para as pessoas nesta fase do covid-19, as farmácias pretendem contribuir para a sua melhor compreensão e tranquilização.
 
Neste sentido, é utilizada a relação de proximidade que as farmácias estabelecem com cada um dos seus utentes, reforçada ainda mais durante este período da pandemia pela elevada procura e facilidade de acesso à informação nestes espaços de saúde. Esta capacidade para funcionar como o primeiro contacto na cadeia de saúde, possibilita uma antecipação no diagnóstico e, consequentemente, do encaminhamento e acompanhamento médico especializado se necessário.
 
Atendendo ao atual contexto de pandemia em que vivemos, para além das mais de 1200 farmácias que vão divulgar a campanha, a Cooprofar - Cooperativa dos Proprietários de Farmácia, em parceria com a Perrigo, adaptou também os meios para conteúdos digitais de forma a facilitar a acessibilidade à consulta de informação através das redes sociais e website [www.cooprofar.pt/atchim/].

Paralelamente, a Cooprofar, enquanto Entidade Formadora Certificada e parceira da Ordem dos Farmacêuticos, organizará um conjunto de ações de formação para profissionais de farmácia, com o objetivo de dotá-los de ferramentas e das competências necessárias nestas patologias. 

 

 

 

Covid-19
O Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira iniciou a realização de testes rápidos para diagnóstico de infeção pelo SARS...

Em comunicado o Centro Hospitalar explica que "a tecnologia que permite processar com grande celeridade amostras de zaragatoa é particularmente importante, porque ao melhorar os tempos de resposta, ajudará a aliviar a pressão exercida em situações de maior afluência aos serviços de saúde e, em casos em que a rapidez de diagnóstico é fundamental, para garantir a segurança de doentes e de profissionais de saúde".

A realização destes testes rápidos pelo método RT-PCR vai analisar a presença de Covid-19 em secreção respiratória e vai ser aplicada em situações especiais. É o caso de "grávidas com parto eminente sem diagnóstico conhecido de COVID-19, cirurgias e exames emergentes e ainda outras situações referenciadas como tal", refere o CHUCB. 

Desde o início da pandemia, já se realizaram mais de 2000 testes de diagnóstico à COVID-19 neste centro hospitalar. 

 

Dados oficiais
Os doentes internados nos hospitais e nas unidades de cuidados intensivos diminuíram desde o início do desconfinamento no...

De acordo com os dados avançados na conferência de imprensa diária, entre o dia 4 e o dia 15 de maio, registou-se uma taxa de crescimento de doentes recuperados de 90,93%, passando de 1.743 para 3.328 doentes recuperados.

“Isto não significa que devamos relaxar cuidados e medidas de distanciamento e de higiene, mas dá confiança para seguir coletivamente um percurso para o qual fomos todos convocados”, afirmou António Sales.

O Secretário de Estado da Saúde lembrou que Portugal está em período de desconfinamento mas tal “não significou um relaxamento”, sublinhando a aposta na realização de testes de diagnóstico.

Já foram feitos mais de 600 mil testes de diagnóstico de Covid-19. “O desconfinamento não significou um relaxamento da testagem, pelo contrário. Portugal continua a aumentar o número de testes realizados e a 13 de maio foram feitos cerca de 17.500 testes, frisou António Sales. Trata-se do “dia em que se realizaram mais testes desde o início da pandemia”, acrescentou.

Porém, de acordo com António Sales, “não é o tempo de balanços, mas de olhar para os números com prudência”.

 

Protocolo TBY
A Unidade Cérebro Vascular do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central (CHULC) foi reconhecida como centro de topo...

Todos os anos a SITS anuncia os 20 centros com o melhor recrutamento de pacientes e alta taxa de integridade dos dados (maior ou igual a 90%) no registo. A contribuição visa garantir excelência no tratamento agudo e prevenção secundária de AVC, bem como facilita os ensaios clínicos.

A plataforma SITS permite aos vários centros compararem os seus resultados de tratamento com os restantes centros. O registo é gratuito e contempla várias formas interativas de acesso aos dados, como trombólise IV, trombectomia, fibrilação atrial e registo geral de AVC.

A SITS nasceu em 1996 como uma iniciativa dos participantes em estudos de trombólise randomizada de acidente vascular cerebral da Europa-Austrália.

A União Europeia (UE) solicitou que todos os pacientes tratados com trombólise fossem registados na SITS por um período de três anos. O registo tornou-se uma condição para aprovação do tratamento com trombólise intravenosa na UE.

 

 

Recomendações
A Direção-Geral da Saúde (DGS) lançou o primeiro volume de um manual com “Medidas Gerais de Prevenção e Controlo da COVID-19”,...

No manual, são ainda descritas as principais características da doença, como sinais, sintomas e vias de transmissão, que “permitem perceber a importância e razão das medidas preventivas a adotar”.

Entre as medidas preventivas, o manual destaca o distanciamento entre pessoas, a utilização de equipamentos de proteção, a higiene pessoal, nomeadamente a lavagem das mãos e etiqueta respiratória, a higiene ambiental, como a limpeza e desinfeção, e a automonitorização de sintomas, com abstenção do trabalho caso surjam sintomas sugestivos de Covid-19.

Na utilização de equipamentos de proteção, o documento destaca os cuidados a ter quando se usam máscaras, viseiras e luvas.

O manual apresenta também as medidas de higiene pessoal e de higiene ambiental. Desta forma, descrevem-se os cuidados a ter na desinfeção doméstica, como a descontaminação das zonas de contacto frequente (maçanetas das portas, corrimões, interruptores de luz, comandos ou teclados), e na lavagem da roupa (tanto em casa como nas lavandarias públicas).

Por fim, o documento refere as medidas de prevenção a adotar com o tratamento de resíduos e os sistemas de ventilação e ar condicionado, ressalvando que em espaços fechados devem abrir-se as portas ou janelas para manter o ambiente limpo, seco e bem ventilado.

Ao longo do manual, é possível encontrar ícones clicáveis que remetem para normas e orientações da DGS, vídeos sobre os temas em questão e cartazes informativos para impressão. Para aceder pode clicar aqui.

 

 

 

Balanço SNS
O Secretário de Estado da Saúde, António Sales, afirmou ontem que cerca de 74 mil profissionais de saúde, médicos e enfermeiros...

A respeito do centro de contacto SNS 24, António Sales disse que este continua a ser “uma das principais portas de entrada” do Serviço Nacional de Saúde e está a receber, em média, cerca de 7 mil chamadas, mantendo-se a tendência para a estabilização nas últimas semanas, quer no número de chamadas, quer nos tempos de resposta, que são como sabem é de menos de um minuto”.

A Linha de Aconselhamento Psicológico, por seu lado, já permitiu o atendimento de cerca de 9.500 chamadas, mil das quais efetuadas por profissionais de saúde, afirmou o Secretário de Estado, na conferência de imprensa diária de atualização de informação sobre a pandemia.

De acordo com António Sales, a Linha de Aconselhamento Psicológico “está a funcionar desde o dia 1 de abril, resulta de uma parceria entre a Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, a Fundação Calouste Gulbenkian e a Ordem dos Psicólogos, e atende, em média, cerca de 233 chamadas diárias”. A Linha funciona com 64 psicólogos, que tiveram formação específica para o efeito, nomeadamente para intervenção psicológica em situação de crise.

“É um serviço disponível para todos os cidadãos, que não devem hesitar em usar em caso de stress, ansiedade, dificuldades em lidar com o isolamento social, entre outras matérias”, acrescentou ainda o Secretário de Estado da Saúde.

Também no que toca a matéria de equipamentos, António Sales indicou que chegou na quarta-feira um voo com 4,8 milhões de máscaras cirúrgicas, 220 mil zaragatoas e 22 mil fatos de proteção integral. “Este material encontra-se no laboratório militar e será distribuído consoante as necessidades”.

“Estamos por isso empenhados em garantir que o SNS continue a dar respostas quer Covid-19, quer não Covid-19, e continuaremos firmes neste caminho”, concluiu o governante.

 

Iniciativa
A Associação Terra dos Sonhos e o The Sweet Art Museum (The SAM) juntam-se na campanha #todosporumsorriso para a criação de uma...

As Máscaras Solidárias já estão à venda online, em três Packs diferentes: Criança, Adulto e Família (máscaras sociais/comunitárias fabricadas em Portugal e certificadas pelo CITEVE para o nível 3. Testadas para permeabilidade e retenção de partículas com base na norma EN 14683:2019. Tecido respirável, confortável e adaptável. 100% poliéster (exterior) e dupla camada TNT (interior). Lavagem a 60ºC.

De acordo com as recomendações da Direção-Geral da Saúde, o uso de máscaras é obrigatório em espaços públicos fechados e transportes públicos, sendo também recomendada a sua utilização nalgumas situações ao ar livre como medida adicional de proteção. A Terra dos Sonhos e o The Sweet Art Museum, juntam-se neste projeto, porque acreditam que podem melhorar esta realidade, tornando-a mais leve e positiva, ao desafiarem os adultos e as crianças a espalharem sorrisos.

“A parceria entre o The SAM e a Terra dos Sonhos resulta de uma relação no passado que funcionou muito bem e do qual sentimos muito orgulho. Quando inaugurámos o museu em Lisboa fizemos uma parceria com esta Associação onde uma parte do valor do bilhete reverteu para a realização de sonhos de crianças e jovens com doenças crónicas, porque a felicidade tem e deve ser para todos. Com esta iniciativa conseguimos patrocinar uma oficina da felicidade durante um ano no serviço de pediatria de um hospital, da área metropolitana de Lisboa.

Através deste novo projeto solidário, acreditamos que podemos voltar a trazer felicidade e a alegria às crianças e jovens com doença crónica num momento difícil como o que enfrentamos agora”, explica Carla Santos Happy Founder do The Sweet Art Museum.

A edição exclusiva das Máscaras Solidárias vai estar disponível para venda ao público na página www.todosporumsorriso.pt e na plataforma dott.pt (pesquisar por máscaras solidárias), que desde o primeiro minuto apoiou esta iniciativa.

Ao comprar os portugueses estarão também a doar, pois por cada pack vendido a Terra dos Sonhos receberá um donativo de 2,50€. Mais máscaras vendidas significam mais sorrisos, mais sonhos realizados, mais crianças e jovens com doença ou em acolhimento, felizes.

O material utilizado para a conceção destas máscaras comunitárias solidárias é certificado pela entidade competente CITEVE, e assegura desta forma a segurança da utilização e reutilização das máscaras após a sua lavagem.

As embalagens das máscaras trazem ainda uma novidade, recorrendo à tecnologia de realidade aumentada, que permitem através de um QRCode testar como fica a máscara no nosso rosto. Uma funcionalidade original e a pensar na partilha das redes sociais, uma vez que permite tirar uma fotografia com a máscara solidária #todosporumsorriso. Este plus da embalagem é também a pensar naqueles que não podem comprar as máscaras, mas que de forma digital podem aderir ao movimento e contribuir para espalhar mais sorrisos.

Mariana Rodrigues, Chief Executive Ofdreams da Terra dos Sonhos, afirma que “Acreditamos existir um valor incalculável, embora não mensurável, em cada sorriso esboçado por detrás de cada máscara. Neste sentido, e pretendendo com esta ação contribuir de forma positiva com a mensagem de esperança e alegria que transmitem estas máscaras, sabemos que esta parceria com o The Sweet Art Museum faz todo o sentido para a Terra dos Sonhos. Paralelamente, com a compra de cada máscara, todos contribuem para realizar sonhos de crianças e jovens com doença crónica e maximizamos impacto para a sociedade. Afinal, para nós, um sorriso vale tudo!”

A campanha #todosporumsorriso conta também com o apoio institucional de algumas figuras públicas, como a Diana Chaves e a Sofia Ribeiro, embaixadoras oficiais da Terra dos Sonhos.

Testes gratuitos e anónimos
A Semana Europeia do Teste da Primavera VIH-Hepatites celebra-se de 15 a 22 de maio de norte a sul do país. Ao longo destes...

Portugal junta-se ao resto da Europa para participar na Semana Europeia do Teste da Primavera VIH-Hepatites com o objetivo de aumentar os esforços de testar e promover a sensibilização dos benefícios dos testes de VIH e hepatites e encorajar mais pessoas a tomarem consciência do seu estatuto serológico para a infeção pelo VIH e hepatite B e C.

Os efeitos da pandemia da Covid-19 são visíveis em todos os setores da sociedade. No entanto, as populações em maior risco para a infeção pelo VIH, hepatites virais, tuberculose e infeções sexualmente transmissíveis, dado um conjunto de fatores sociais e económicos, são particularmente vulneráveis ao encerramento de serviços de saúde e diminuição do acesso à prevenção, rastreio e ligação aos cuidados de saúde, sendo também, em muitos casos, os grupos com menor acesso não só a estruturas de saúde, como a tecnologias de informação, o que limita o seu acesso a respostas online e telefónicas, podendo este facto aumentar ainda mais a sua distância a serviços essenciais.

Porque é importante continuar a apoiar os esforços para #TestarTratarPrevenir o VIH, as hepatites virais e as ISTs e partilhar experiências em tempos de COVID-19, as organizações da sociedade civil que trabalham na área da saúde pública em Portugal têm feito um esforço para adaptaram os seus serviços de forma a continuarem a responder às necessidades destas populações.

Com diversas limitações, muitas destas organizações permanecem ativas na oferta de serviços que incluem o rastreio a infeções sexualmente transmissíveis, consultas médicas e de enfermagem presenciais (para casos sintomáticos) ou por telemedicina, referenciação e ligação a cuidados de saúde, distribuição de preservativos e gel lubrificante, materiais para consumo mais seguro e programas de substituição opiácea.

A Semana Europeia da Primavera do Teste do VIH e hepatites virais, que decorre de 15 a 22 de maio, organizada pela EuroTest, marca o compasso de uma iniciativa conjunta que reúne diferentes parceiros da área da saúde pública europeia e une esforços desde 2013 com o objetivo de promover o rastreio atempado e literacia em saúde nas áreas da infeção pelo VIH e hepatites virais.

Diversas organizações e peritos têm globalmente reforçado o papel central das comunidades e organizações da sociedade civil na resposta a esta pandemia, bem como a urgência de, em parceria com decisores políticos e estruturas formais de saúde, ser garantida a continuidade do acesso a serviços essenciais, de forma a que os ganhos obtidos nos últimos anos não sejam postos em risco.

Em Portugal, as organizações membro da Rede de Rastreio Comunitária, coordenada pela associação GAT – Grupo de Ativistas em Tratamentos – destacam a importância da manutenção destes serviços e a remoção de qualquer barreira no acesso a cuidados de saúde.

Hoje
A Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC), organiza, durante a tarde de hoje, um Webinar dirigido a...

Vítor Tedim Cruz, moderador da sessão, frisa que, na verdade, “a HTA é o principal fator de risco cerebral modificável na população portuguesa e do seu controlo depende a incidência do AVC isquémico e hemorrágico, bem como a prevenção da recorrência e outras complicações após AVC”. Assim, “é essencial mantermos a hipertensão sob controlo nesta fase de pandemia”, pretendendo-se, neste webinar, “debater como abordar as principais dificuldades nesta área com maior sucesso”, acrescenta o neurologista e membro da Direção da SPAVC.

O preletor convidado, Fernando Pinto, é um reputado especialista nesta área, salientando que “com o medo do potencial contágio por COVID-19, muitos doentes têm protelado a procura de cuidados de saúde, quer em situações de doenças crónicas, quer mesmo de sinais/sintomas agudos”. O cardiologista lembra que, “apesar dos importantes progressos das últimas décadas, as doenças cérebro-cardiovasculares (DCCV) continuam a ser a principal causa de morte (cerca de 30% de todos os óbitos) e de morbilidade em Portugal e, destas, o AVC representa aproximadamente 2/3 dos casos, sendo responsável por quase 12.000 óbitos/ano”. O adequado diagnóstico, seguimento e controlo da HTA é a principal forma de reduzir a morbi-mortalidade do AVC pelo que, “sem prejuízo de termos de adaptar a nossa prática clínica a novos modelos, não podemos deixar de nos focar naquela que é a principal causa de mortalidade e incapacidade do nosso país”.

Para além disso, “têm sido levantadas dúvidas quanto ao potencial risco acrescido dos doentes hipertensos, bem como se alguns dos fármacos usados no tratamento da HTA agravam ou devem, pelo contrário, ser preferidos nos doentes com infeção por SARS-Cov-2. É o que iremos abordar e rever”, avança Fernando Pinto.

Castro Lopes, presidente da Direção da SPAVC, responsável pela mensagem de boas-vindas no início do webinar, destaca a importância da participação ativa numa sessão que visa essencialmente uma aposta na prevenção primária, patente nos fundamentos de criação da SPAVC e prioridade assumida ao longo dos 15 anos de existência desta sociedade científica. “Esta reunião representa a permanente atenção que mantemos em ordem a proporcionar os melhores cuidados na prevenção e tratamento da primeira causa de mortalidade em Portugal – o AVC”, considera o neurologista.

“De um diálogo que se pretende intenso neste webinar, resultarão certamente atitudes melhoradas a todos os que nos procuram em ordem a que caminhem para uma vida longa, não sendo vítimas de AVC (prevenção melhor que tratamento). Apareçam para termos mais uma excelente ação de formação, como foram os webinars anteriormente por nós realizados”, apela Castro Lopes.

Esta iniciativa, que conta com o apoio da Menarini, destina-se aos profissionais de saúde, os quais poderão solicitar acesso através dos vários canais de comunicação da SPAVC.

 

Cefaleias primárias
As cefaleias estão entre as doenças mais comuns do sistema nervoso, estimando-se que entre 1,7% a 4%

De acordo com a MiGRA Portugal – Associação Portuguesa de Doentes com Enxaqueca e Cefaleias, existem cerca de 200 tipos de dores de cabeça, sendo a cefaleia de tensão e a enxaquecas as mais frequentes, entre as cefaleias primárias.

Embora não seja possível identificar as causas para este tipo de dor, sabe-se que existem fatores que são “potencialmente” desencadeantes, como é o caso de alguns alimentos, os padrões de sono, as emoções, cheiros e, em alguns casos, as mudanças de temperatura.

Segundo a MiGRA Portugal, alguns doentes podem ver as suas crises agravadas pela prática de atividade física. “Aquando de uma crise de enxaqueca, a dor pode ser agravada por movimentos tão comuns como subir escadas, ou por esforços físicos. Noutros tipos de cefaleias, como a cefaleia de tensão, a prática de atividade física poderá não agravar a dor, contudo é algo variável entre doentes”, esclarece a associação.

Estudos demonstram, aliás, que a prática de exercício físico pode ajudar a alivar ou a prevenir as dores de cabeça.

“Além dos próprios benefícios associados à atividade física, o controlo do peso, gestão da ansiedade e stress e o relaxamento proporcionados pelo exercício físico são também fatores benéficos no controlo da frequência das cefaleias”, explica a MiGRA Portugal.

Durante as crises de cefaleia de tensão, por exemplo, o relaxamento muscular proporcionado pelo exercício físico poderá ser benéfico. No entanto, como já foi referido, durante crises de enxaqueca, existir uma intolerância ao movimento e a crise poderá agravar com atividades desportivas. “Adicionalmente, para alguns doentes, a prática de exercício físico desencadeia crises de enxaqueca. Nestes casos, o doente deverá preferir exercícios com reduzido impacto e intensidade com que se sinta confortável, tais com Yoga, pilates, entre outras, explica a associação de doentes, segundo a qual  a “intensidade da atividade física poderá ser posteriormente aumentada de forma muito gradual à medida que for possível para o doente”.

A verdade é que, a atividade física aumenta a produção de endorfinas, neurotransmissores que promovem a sensação de bem-estar, que acabam por funcionar como uma espécie de analgésico natural que atua sobre a dor a par com outras substâncias produzidas durante o exercício físico. Por outro lado, a prática de exercício físico estimula a circulação sanguínea fazendo chegar mais oxigénio ao cérebro, o que contribui para o alívio da dor.

Saiba ainda a diferença entre cefaleia de tensão e enxaqueca

Tanto a enxaqueca como a cefaleia de tensão são cefaleias primárias, ou seja, são doenças em si mesmas e não expressões de outros eventuais problemas de saúde. Mas são efetivamente patologias diferentes, embora o mesmo doente possa sofrer de ambas.

Na enxaqueca a dor é geralmente: forte, pulsátil ou latejante; de um só lado da cabeça; acompanhada de náuseas e/ou vómitos; intolerância à luz, ao ruído e aos cheiros; intensifica-se com o esforço físico.

A enxaqueca pode ainda ser precedida de aura – sintomas neurológicos transitórios como perturbações de visão, formigueiro, dormência na face ou numa das mãos e dificuldades na fala. Normalmente este fenómeno dura cerca de 30 minutos e antecede a dor. Apenas cerca de 15% dos doentes com enxaqueca terão aura.

Um episódio de enxaqueca pode durar algumas horas e estender-se até 72h. Entre crises, normalmente, não há queixas. A periodicidade varia muito de doente para doente, sendo considerada enxaqueca crónica quando o doente apresenta mais de 15 dias de enxaqueca por mês. No entanto, independentemente de ser crónica ou episódica, é aconselhável ser acompanhado por um médico caso apresente três ou mais dias de crises de enxaqueca por mês.

A cefaleia de tensão é caracterizada por dor ligeira a moderada, descrita muitas vezes como sensação de “capacete” pesado, pressão ou moinha. Pode também fazer-se acompanhar de náuseas e intolerância ao ruído, assim como, algumas vezes, pela contração excessiva dos músculos do pescoço e ombros. Pode ter a duração de horas, dias e em alguns casos é praticamente contínua. O que a distingue da enxaqueca é que, na maioria dos casos, a cefaleia de tensão é de ambos os lados da cabeça, a intensidade é mais leve, não é pulsátil/latejante, não se intensifica com o esforço físico, não é acompanhada de vómitos e o ruído é menos tolerado do que a luz.

A cefaleia de tensão pode ser pouco frequente – menos de um dia por mês -, frequente – um a quinze dias por mês -, ou crónica – mais de quinze dias por mês.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Técnicas de estimulação neuronal
Um grupo de 41 cientistas de 20 países, entre os quais o português Jorge Almeida, do Proaction Lab da Universidade de Coimbra ...

Este guia, publicado na revista Brain Stimulation, uma das mais conceituadas revistas científicas da área da neurociência, visa essencialmente auxiliar a comunidade científica e médica a adaptar-se para continuar gradualmente os estudos e tratamentos que subitamente foram inviabilizados.

Pretende-se dar resposta às restrições repentinas causadas pela pandemia que resultaram na interrupção e atrasos na atividade científica, “nomeadamente nos estudos neurocientíficos, com a interrupção do recrutamento e teste de participantes, e com a paragem de ensaios clínicos e de tratamentos. Estes estudos utilizam procedimentos específicos, como é o caso do uso de estimulação neuronal não invasiva, um conjunto de técnicas de estimulação seguras usadas para modular a atividade cerebral”, explica Jorge Almeida.

As técnicas de estimulação neuronal, esclarece, “têm sido utilizadas tanto em investigação básica e aplicada em neurociência, como em terapias destinadas ao tratamento de doenças psiquiátricas e neurológicas, sendo por isso a manutenção das mesmas de grande importância”.

Produzido a partir de um inquérito feito em 17 países, a 29 instituições que utilizam técnicas de estimulação neuronal não invasiva, este guia aborda as práticas que devem ser implementadas na situação atual para manter essas atividades em funcionamento, mas também indica como proceder em caso de possíveis epidemias ou pandemias futuras.

As orientações propostas – baseadas em três fases: impacto inicial da COVID-19, práticas atuais e preparação futura – incluem uma lista de 12 passos que sugerem «” redução de contacto desnecessário, através da remoção ou da simplificação de protocolos e a incorporação da telemedicina. Recomendamos também o distanciamento social, cuidados redobrados na esterilização do equipamento utilizado e elencamos considerações mais específicas para populações abrangidas por estas experiências e terapias”, resume o também docente da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da UC.

Segundo os autores do artigo científico publicado, uma das preocupações crescentes da comunidade científica “tem sido o possível aumento de doenças mentais devido ao impacto imprevisto da pandemia, bem como da priorização do tratamento do vírus, em detrimento de outras doenças, devido à súbita necessidade de reorganização de hospitais e clínicas. Sabe-se que há pacientes de departamentos neurológicos e psiquiátricos cujos tratamentos podem ter sido reduzidos e/ou adiados”. Por isso, a implementação das orientações propostas por este grupo de cientistas torna-se ainda mais indispensável para colmatar estas situações emergentes.

“Para além de permitir o avanço do conhecimento sobre diferentes tipos de doenças neuropsiquiátricas, as técnicas de estimulação são importantes para a investigação básica do cérebro e da mente», refere ainda Jorge Almeida, que, conclui, «ao manter o funcionamento de laboratórios de investigação e infraestruturas clínicas que utilizam estas técnicas, espera-se portanto conseguir aliviar também, a curto e longo prazo, os efeitos psicológicos causados pela pandemia”.

Risco Cardiovascular
No âmbito do Dia Mundial da Hipertensão Arterial, que se assinala a dia 17 de maio, a Associação Protectora dos Diabéticos de...

“A hipertensão arterial na diabetes tem características específicas, com maior prevalência de hipertensão noturna, o que confere um risco acrescido de eventos cardiovasculares. É fundamental estarmos atentos à variabilidade tensional do indivíduo com diabetes, assim como ao perfil glicémico do doente com hipertensão arterial. Para isso é essencial otimizar o controlo dos níveis tensionais, através de medições regulares em ambulatório, razão pela qual o processo de educação terapêutica junto do doente, feita pelos profissionais de saúde que o seguem, é ponto-chave para se atingirem objetivos de controlo. Sensibilização, ensino, simplificação do esquema terapêutico, seleção e ajuste de fármacos, com base numa individualização de risco. Cada caso é um caso.” afirma Pedro Matos, cardiologista da APDP.

A diabetes é uma das principais causas para a progressão da doença renal, à semelhança da hipertensão arterial. Estas patologias, quando combinadas, apresentam um risco acrescido para a insuficiência renal terminal. A própria insuficiência renal é, também ela, um poderoso fator de risco para eventos cardiovasculares.

“Temos de explicar adequadamente às pessoas com diabetes de que forma pode ser feita uma prevenção mais eficaz. Os valores de pressão arterial desejáveis nesta população são inferiores aos da população em geral, pelo que são exigíveis formas de intervenção estruturadas e múltiplas, quer na modificação do estilo de vida, quer no recurso a combinação de vários fármacos para conseguir algum grau de eficácia. O próprio doente tem de estar sensibilizado e educado para adotar estas medidas, fazer o seu autocontrolo regular e interagir com os profissionais de saúde, para ajuste terapêutico” reforça Pedro Matos. Em todo este processo, e tendo em conta que estamos a falar de 2 doenças crónicas, o cardiologista destaca ainda que temos dois agentes      cuja ação se complementa: “a pessoa com diabetes, devidamente instruída para um autocontrolo da sua diabetes e tensão arterial, e o profissional de saúde, capaz de definir o nível de risco, a seleção de fármacos para cada um e o ajuste terapêutico consoante os resultados.”

Na situação atual em que vivemos, as pessoas com doenças crónicas, como a diabetes e a hipertensão, são dos grupos mais vulneráveis ao desenvolvimento de complicações graves com a infeção por COVID-19. “Deve ser definida uma estratégia que assegure a segurança destes grupos de risco em relação ao trabalho presencial. Essa estratégia, que depende do controlo metabólico individual, das comorbilidades e do próprio contexto laboral, deve ser da responsabilidade do médico assistente, o mais habilitado pelo seu contacto regular com a pessoa com diabetes, para decidir, com base nas premissas anteriores, o potencial de um eventual contágio.” alerta José Manuel Boavida, presidente da APDP.

Em caso de dúvidas ou necessidade de acompanhamento, a APDP disponibiliza ainda a Linha de Apoio Diabetes (21 381 61 61), das 8h às 20h, incluindo fins-de-semana.

Inclusão
O iTEAMS, uma aplicação informática para registo clínico das vítimas do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), passou...

Este contacto é feito através de videochamada, acessível também através de qualquer equipamento com ligação à internet e câmara, no website do SNS24, e liga o cidadão surdo a um intérprete de LGP que fará a mediação entre a pessoa surda e o(a) profissional de saúde no local da ocorrência.

A comunicação entre o intérprete e o profissional de saúde tem também uma plataforma criada para essa funcionalidade.

Este serviço resulta de uma parceria entre o INEM, a Federação Portuguesa da Associação de Surdos, os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde e a Secretaria de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência.

 

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