Iniciativa gratuita
A Associação de Apoio aos Doentes com Insuficiência Cardíaca (IC) promove, no próximo dia 4 de junho, o Workshop virtual ...

“Os tempos que vivemos são de cuidados excecionais para todos, principalmente com as medidas de desconfinamento gradual em vigor, mas os doentes com Insuficiência Cardíaca e os seus cuidadores devem ter ainda cuidados redobrados. Neste sentido a AADIC decidiu criar este Workshop virtual para apoiar os seus doentes, contando com a participação de profissionais de saúde para aconselhamento e esclarecimento de dúvidas, de acordo com as diretrizes da Direção-Geral da Saúde.

O principal objetivo desde Workshop é darmos ferramentas, conselhos e até dicas que permitam aos nossos doentes ultrapassar certos obstáculos para melhorarem a sua realidade, retomarem a sua vida em segurança, mas tentando ao máximo evitar o risco de contaminação pelo novo Coronavírus”, explica Luís Filipe Pereira, presidente da AADIC.

O Workshop virtual “Insuficiência Cardíaca em tempos de Covid-19”, decorre no dia 4 de junho, a partir das 21h00, com transmissão exclusiva no Facebook e Site da AADIC, e conta com a participação de Tatiana Duarte, Médica Assistente de Cardiologia do Hospital São Bernardo - Centro Hospital de Setúbal, EPE, e Susana Quintão, Enfermeira Especialista em Reabilitação, Coordenadora da Unidade de Medicina Ambulatória - Hospital de dia /hospitalização domiciliária do Hospital São Francisco Xavier.

Conta ainda com a participação de Elsa Feliciano, assessora de nutrição da Fundação Portuguesa de Cardiologia desde 2001 e nutricionista no Centro de Saúde de Cantanhede – ACeS Baixo Mondego – ARS Centro, e de Nuno Marreiros, para falar sobre Reabilitação e Exercício Físico, e ainda com um relato na 1ª pessoa do doente e associado, José Ravasco Pato. A moderação ficará a cargo de Maria José Rebocho, Médica Cardiologista e também membro do Conselho Técnico e Científico da AADIC.

 

 

O que precisa saber
As principais medidas daquela que é a terceira fase de desconfinamento já foram anunciadas e começam a ser aplicadas hoje. Em...

Entre as regras gerais, deixa de se estabelecer o dever cívico de recolhimento e passam a ser permitidos ajuntamentos até ao limite de 20 pessoas, exceto na Área Metropolitana de Lisboa, onde por precaução, permanece o limite de 10 pessoas.

Quanto ao teletrabalho, foi estabelecido que este deixa de ser obrigatório, voltando a vigorar “a regra geral de que a prática do teletrabalho depende de acordo entre entidade patronal e trabalhador”. 
Mantêm-se, contudo, três exceções para os trabalhadores imunodeprimidos e doentes crónicos, com mais de 60% de deficiência, ou pais com filhos menores de 12 anos em casa, ou com filhos deficientes.

Os estabelecimentos de educação pré-escolar reabrem e generaliza-se a abertura das creches.
No entanto, foi adiada por 15 dias a reabertura das atividades de tempos livros (ATL) não integrados em escolas e, para o final do ano letivo, a 26 de junho, as atividades de apoio à família e de ocupação de tempos livres, devendo-se o adiamento à necessidade de dar tempo à organização das áreas onde se desenvolvem esta atividades.

Já os cinemas, teatros, salas de espetáculos e auditórios, cobertos ou ao ar livre, podem retomar a atividade, com lugares marcados, desde que exista pelo menos uma cadeira de separação entre cada grupo, e lugares desencontrados entre as filas, para diminuir os riscos de contaminação.

Mantém-se a prestação dos serviços através dos meios digitais e dos centros de contacto com os cidadãos e as empresas. O atendimento presencial continua a ser feito por marcação e é obrigatório o uso de máscara. Reabrem as Lojas do Cidadão (exceto na Área Metropolitana de Lisboa).

Relativamente às praias, confirmou-se o dia 6 de junho como data de abertura da época balnear, de acordo com as regras de afastamento, etiqueta respiratória e acessos e no respeito pela capacidade que foi identificada pela Agência Portuguesa do Ambiente para cada praia, tendo em conta a sua área nos períodos de maré alta.

As lojas inseridas em centros comerciais e lojas com área superior a 400 m2 podem reabrir, exceto na Área Metropolitana de Lisboa onde será reavaliação a situação a 4 de junho. Para todos os restaurantes, desaparece a regra da lotação máxima de 50%, mas mantém-se a distância mínima de 1,5 metros, desde que entre os clientes seja colocada uma barreira física impermeável.

Ginásios e academias, piscinas cobertas e descobertas e outras infraestruturas para a prática de modalidades desportivas individuais e sem contacto físico podem reabrir.  Entre as medidas que têm de ser implementadas, além dos cuidados de higiene e desinfeção comuns a outras atividades, é necessário um distanciamento de três metros entre utilizadores, marcação das aulas e treinos, e que todos os funcionários e clientes usem máscara, com exceção aos períodos em que estão a dar aulas ou a treinar.

Regras especiais para a Área Metropolitana de Lisboa
“Tendo em conta um aumento muito significativo do número de casos”, o Governo decidiu reforçar “as medidas de vigilância epidemiológica em atividades que concentram um número elevado de focos de infeção, como na construção civil e num conjunto de atividades exercidas através de empresas de trabalho temporário”, como é o caso do foco identificado no concelho da Azambuja.

Este esforço de vigilância vai “incidir nos locais de trabalho, nas empresas de trabalho temporário, mas também nos locais de alojamento e nas condições de alojamento, trabalhando-se já num plano de realojamento de emergência, para separar pessoas infetadas e não infetadas”, tal como foi feito relativamente a alguns lares. 

É também “restringida a 2/3 a lotação máxima dos veículos privados de transporte de passageiros, nomeadamente, carrinhas de transportes de pessoal da construção civil, sendo obrigatória a utilização de máscara” pelos seus ocupantes.

No próximo Conselho de Ministros, ir-se-á avaliar se há condições para permitir a reabertura dos centros comerciais em Lisboa.

Acesso condicionado
A Comissão Europeia (CE) concedeu uma aprovação condicionada ao medicamento onasemnogene abeparvovec-xioi para o tratamento de...

Na Europa, todos os anos, aproximadamente 550-600 bebés nascem com AME, uma doença neuromuscular genética rara, causada pela falta de um gene SMN1 funcional, e que resulta na perda rápida e irreversível de neurónios motores, afetando as funções musculares, incluindo a respiração, a deglutição e outros movimentos básicos. O onasemnogene abeparvovec-xioi é uma terapêutica genética de toma única, desenhada para atuar na raiz da doença, substituindo a função do gene SMN1 em falta ou não funcional. Administrado numa única infusão intravenosa (IV), confere às células do doente uma cópia funcional do gene SMN1, interrompendo a progressão da doença. De acordo com o estudo da história natural da AME efetuado pela Pediatric Neuromuscular Clinical Research (PNCR), quase todos os doentes com menos de 5 anos de idade terão menos de 21 kg, sendo que alguns doentes com 6, 7 e 8 anos de idade poderão pesar menos e 21 kg.

“A aprovação europeia é um marco fundamental para a comunidade da AME, e reforça o valor clínico substancial que a única terapêutica genética representa para a AME, trazendo nova esperança às pessoas afetadas por esta doença rara, mas devastadora.” disse Dave Lennon, presidente da AveXis. “Mesmo sob as atuais condições pandémicas, a necessidade urgente de tratar a AME resultou em programas de acesso em França e na Alemanha para o onasemnogene abeparvovec-xioi, um medicamento que tem o potencial de salvar vidas, administrado numa toma única. Adicionalmente, já reunimos com mais de 100 organizações de toda a Europa para discutir o nosso programa de acesso “Day One”, de forma a permitir o acesso rápido com opções customizáveis desenvolvidas para funcionar dentro dos contextos locais de preços e comparticipações”.

A AME representa um peso significativo para os sistemas de saúde na Europa, com custos acumulados estimados de assistência médica por criança que variam entre os 2,5€ e 4€ milhões apenas nos primeiros 10 anos5. A nova terapêutica genética é de toma única, transformadora e altamente inovadora, para uma doença genética devastadora e progressiva. O seu preço é determinado de forma consistente em todo o mundo, de acordo com um critério baseado no valor. Contudo as decisões finais de preço e comparticipação são determinadas a nível local.

Desenvolvido para funcionar dentro dos enquadramentos existentes de preço e comparticipação locais, o programa de acesso “Day One” disponibiliza às autoridades de saúde e agências de medicamento uma variedade de opções flexíveis que podem ser implementadas imediatamente para apoiar o acesso rápido e a comparticipação. 

O programa de acesso “Day One” assegura que o custo associado a doentes tratados antes da conclusão dos acordos nacionais de preço e comparticipação esteja alinhado com os preços baseados em valor, negociados após avaliações clínicas e económicas. O programa mantém a integridade dos contextos locais de preços e de comparticipações com uma variedade de opções customizáveis. 

O acesso imediato ao onasemnogene abeparvovec-xioi, de acordo com a indicação, é possível em França, no contexto das ATU, e é esperado brevemente na Alemanha.

“Esta aprovação é um progresso tangível no aproveitamento do poder transformador da terapêutica genética,” disse o Eugenio Mercuri, Professor de Neurologia Pediátrica, Universidade Católica, Roma, Itália. “A aprovação do onasemnogene abeparvovec-xioi representa uma nova forma importante para os médicos tratarem doentes com AME.

Os resultados verificados até o momento, provenientes do ensaio clínico STR1VE, demonstram uma impressionante taxa de sobrevivência na conclusão do estudo, com a maioria dos doentes a alcançar marcos de desenvolvimento, como sentar-se sem apoio, que não teriam sido alcançados em bebés não tratados."

“A SMA Europe recebe com grande entusiasmo as notícias sobre a aprovação pela Comissão Europeia, de uma terapêutica genética para tratar parte da nossa comunidade”, disse Mencía de Lemus, Presidente da SMA Europe. “Foi depositada muita esperança nesta terapêutica tão esperada. Agora caberá a todos os stakeholders envolvidos garantir que os médicos responsáveis pelo tratamento, juntamente com os pais, possam tomar a melhor opção terapêutica com base no benefício que cada uma delas pode oferecer a cada indivíduo. Será extremamente importante reunir mais dados sobre como o medicamento afeta a vida dos doentes para entender melhor o potencial desta nova terapêutica em melhorar a vida das pessoas que vivem com AME.”

A aprovação da Comissão Europeia tem por base os ensaios clínicos concluídos de Fase 3 STR1VE-US e de Fase 1 START que avaliaram a eficácia e segurança de uma infusão intravenosa única de onasemnogene abeparvovec-xioi em doentes com AME Tipo 1 sintomáticos com idade inferior a 6 meses na altura do tratamento, que tinham uma ou duas cópias do gene de backup SMN2, ou duas cópias do gene de backup SMN2, respetivamente.

Está em desenvolvimento o STR1VE-EU, um estudo de Fase 3 comparável. Este medicamento demonstrou uma sobrevivência prolongada livre de eventos; uma melhoria rápida da função motora, normalmente no primeiro mês após a administração; e, o alcance sustentado de marcos de desenvolvimento, incluindo a capacidade de se sentar sem apoio, gatinhar e andar de forma independente - marcos nunca alcançados em doentes de Tipo 1 não tratados.

Os dados adicionais de suporte incluíram os resultados intermédios do estudo SPR1NT em desenvolvimento, um ensaio de Fase 3, aberto, de braço único, no qual foi administrada uma infusão intravenosa única em doentes pré-sintomáticos (<6 semanas de idade na toma) geneticamente definidos por eliminação bi-alélica do SMN1 com duas ou três cópias do SMN2. Estes dados demonstram um desenvolvimento motor importante e em conformidade com a idade, reforçando a importância fundamental de intervir de forma precoce em doentes com AME.

Os efeitos secundários mais comuns após o tratamento foram enzimas hepáticas elevadas e vómitos. Pode ocorrer elevação das aminotransferases e lesão hepática grave. Doentes com insuficiência hepática pré-existente podem estar em maior risco. Antes da administração do tratamento, os médicos devem avaliar a função hepática dos doentes, através de exames clínicos e laboratoriais. Devem também administrar corticosteroides sistémicos a todos os doentes antes e depois do tratamento e, em seguida, continuar a monitorizar a função hepática durante pelo menos três meses após a infusão.

Existe falta de experiência em doentes com 2 anos de idade ou mais ou com peso corporal acima dos 13,5 kg. A segurança e eficácia nestes doentes ainda não foi estabelecida.

Fumadores têm sintomas mais graves
A 31 de maio celebrou-se o Dia Mundial sem Tabaco e a Medicina Interna não pode deixar de assinalar

Nesta época em que estamos focados na COVID-19, apresento algumas razões para deixar de fumar:

  • O ato de fumar pode aumentar a probabilidade de infeção pelo SARS-CoV-2 através dos dedos e cigarros contaminados em contacto com os lábios ou na partilha do cachimbo de água.
  • O tabaco aumenta drasticamente o risco de muitos problemas de saúde graves nomeadamente respiratórios e cardiovasculares. Deixar de fumar pode ser especialmente importante para reduzir a gravidade e a mortalidade da COVID-19 uma vez que a cessação tabágica tem um impacto positivo imediato na função pulmonar e cardiovascular.
  • A melhoria da função pulmonar e cardiorrespiratória pode aumentar a capacidade individual para responder à COVID-19 e reduzir o risco de morte.
  • Uma recuperação rápida e sintomas ligeiros também reduzem o risco de transmissão da doença a outras pessoas.

Já começamos a ter evidência científica, a partir da experiência da China, de que os fumadores têm sintomas mais graves, maior necessidade de ventilação invasiva e maior mortalidade.

Sabemos que o tabaco é o principal fator de risco para o cancro do pulmão e para as doenças respiratórias como a DPOC (doença pulmonar obstrutiva crónica) que origina tosse e falta de ar. Está demonstrado que estas doenças se associam a COVID-19 mais grave e a maior mortalidade.

 O tabagismo também aumenta o risco de tuberculose e de outras infeções do trato respiratório inferior. Sabemos que o tabaco altera a resposta do sistema imunológico, responsável pelas nossas defesas, tornando os fumadores mais vulneráveis a doenças infeciosas e provavelmente a COVID-19.

Mas a “Doença Tabágica”, ou seja, as repercussões de qualquer tipo de tabaco a nível da saúde não se limitam ao aparelho respiratório, são sistémicas, podem atingir todos os órgãos e sistemas, sendo um fator de risco importante das doenças cardiovasculares. Já temos alguma evidência científica de que as pessoas com doenças cardiovasculares e COVID-19 têm maior risco de desenvolverem sintomas mais graves, com taxa de mortalidade muito superior à da restante população.

De acordo com a evidência, o vírus que causa COVID-19 (SARS-CoV-2) é da mesma família do MERS-CoV e SARS-CoV, ambos associados a lesões cardiovasculares agudas e crónicas. Assim, a COVID-19 pode agravar as doenças cardiovasculares prévias e associar-se a sintomas mais graves, aumentando a mortalidade.

A cessação tabágica é essencial na abordagem dos doentes fumadores com doenças atribuídas ao tabaco uma vez que é a medida mais eficaz no seu tratamento e, em muitos casos, a única que pode travar a sua progressão.

Mas, mais importante que tratar as doenças associadas ao tabaco, é a sua prevenção. A sensibilização sobre os malefícios do tabaco deve começar nas escolas.

Quando falamos do tabaco e das suas repercussões negativas a nível da saúde incluímos, para além do cigarro e do cacimbo, os outros produtos do tabaco. No último ano têm sido relatados casos de doença respiratória grave e fatal associada ao cigarro eletrónico. Ao contrário do que é publicitado, os cigarros eletrónicos e o tabaco aquecido não são recomendados para deixar de fumar.

Neste momento conturbado em que vivemos, cabe a cada um de nós diminuir a probabilidade de infeção e a morbilidade e mortalidade associada à COVID-19. Deixar de fumar pode ser um contributo.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
26º Congresso Nacional de Medicina Interna/ VII Congresso Ibérico
O 26º Congresso Nacional de Medicina Interna/ VII Congresso Ibérico, agendado para 27 a 30 de agosto no Altice Fórum, em Braga,...

“Para possibilitar a participação e garantir a segurança no congresso, bem como melhorar a divulgação do conhecimento científico, este ano, pela primeira vez, iremos fazer a transmissão em direto e a gravação de todas as sessões do programa científico, com possibilidade de visualização diferida por todos os inscritos no congresso” adianta Narciso Oliveira, Presidente da Comissão Organizadora.

E acrescenta: “A pandemia COVID-19 trouxe à luz o que há muito sabemos: os internistas são essenciais. Na preparação da resposta hospitalar, nos serviços de urgência, no tratamento dos doentes com infeção SARS-CoV-2, em todo o seu espectro de gravidade e comorbilidades, adaptando-se a novas realidades para continuarem a tratar os outros doentes, o seu papel tem sido determinante”.

A experiência dos internistas na COVID-19 e a sua partilha são fundamentais na preparação dos desafios futuros para os doentes e as equipas médicas. Além de mesas específicas, este congresso vai contemplar também um período especial de submissão de trabalhos sobre a COVID-19 e suas incidências em Medicina Interna. Os trabalhos relacionados com a pandemia COVID-19, para serem apresentados o congresso, devem ser submetidos de 15 de junho a 5 de julho.

Este ano, o Congresso irá permitir inscrições não presenciais. Estará disponível um micro site dividido em 5 grandes áreas: Sessões, Pessoal, Exposição, Trabalhos, Coffe Break e Networking. Será interativo e com várias funcionalidades para que os participantes possam interagir como se estivessem presencialmente no evento.

A Sociedade Portuguesa de Medicina Interna irá manter as medidas vigentes de proteção, higiene e distanciamento social, preocupação partilhada com o Altice Fórum Braga, local onde ser realizará o Congresso.

PNV
Há quebras nas taxas de vacinação pediátrica, mesmo nas vacinas incluídas em PNV. Uma situação considerada extremamente...

"As pessoas têm medo. Temos de assegurar que o seu regresso às rotinas de saúde se processe rapidamente, de forma segura e informada. É fundamental que a população compreenda os riscos desta quebra na vacinação. Que se sinta segura na deslocação para vacinar os seus filhos e que perceba que este é o maior ato de proteção", explica Isabel Saraiva, fundadora do MOVA. “Não temos, ainda, vacina contra a Covid-19, mas não podemos viver a medo. Sabemos que existem muitas outras doenças graves que são preveníveis através de vacinação, como o sarampo ou a meningite. Felizmente podem ser evitadas”, conclui.

O MOVA considera urgente que as autoridades comuniquem com pais e encarregados de educação de forma assertiva e que os serviços e as infraestruturas estejam preparados para receber estes utentes de forma segura, prática e eficaz. 

“Temos de sensibilizar a população para a importância da vacinação, ao mesmo tempo que lhe oferecemos as ferramentas e as infraestruturas ideais para a sua concretização. É urgente que se recupere o tempo perdido durante o confinamento, de forma a evitar a propagação de doenças graves”, continua a fundadora do MOVA.

 É cada vez mais importante investir na prevenção, seja através do PNV ou de vacinas recomendadas pelos médicos assistentes. A vacinação previne doenças como o sarampo, a tosse convulsa, o tétano ou a meningite. A Direção-geral da Saúde reforçou recentemente que, até aos 12 meses de idade, inclusive, as crianças devem cumprir atempadamente a vacinação recomendada, imunização que confere proteção precoce contra onze doenças potencialmente graves. Aos 12 meses, as vacinas contra o meningococo C e contra o sarampo, papeira e rubéola são extremamente importantes. Situações epidemiológicas como a do sarampo, por exemplo, não nos permitem adiar esta vacina.

Não esquecer também que a vacina contra a tuberculose (a BCG) continua a estar no PNV para as áreas de risco social e endémico (áreas podem vir a aumentar com a CoVid 19).

Outro caso preocupante, é o da meningite, uma infeção grave, e potencialmente fatal. Qualquer pessoa a pode contrair, mas as crianças pequenas e os adolescentes correm maior risco. Aos pais e encarregados de educação, o MOVA deixa um pedido “Pelo bem dos vossos filhos e da comunidade, apostemos na prevenção".

Distinção
A enfermeira e assistente convidada da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), Márcia Noélia Pestana-Santos, foi...

A especialista em Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica, a exercer desde 2005 no Bloco Operatório do Hospital Pediátrico de Coimbra (atualmente integrado no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE) e, mais recentemente, também docente na ESEnfC, foi distinguida no âmbito de uma avaliação por nota curricular, na qual foram apreciados aspetos como a compaixão e a atenção nos cuidados prestados, a prática clínica baseada na evidência científica e a promoção de planos de atendimento individualizados.

A Sigma Europa considerou, também, que a enfermeira Márcia Pestana-Santos «atua como inspiração para colegas, pacientes e familiares».

A enfermeira natural da ilha da Madeira (freguesia de Estreito de Câmara de Lobos), que já havia recebido outros cinco prémios ou honras, coleciona assim mais um “título”, concedido esta semana, durante a 5ª Conferência Bienal Europeia da Sigma, que hoje termina e que está a ser organizada pela ESEnfC e pelo Capítulo Phi Xi da Sigma, constituído na ESEnfC em setembro de 2011.

Trata-se não só de «uma satisfação enorme», o «reconhecimento internacional de uma enfermeira portuguesa a trabalhar em Portugal», mas também «uma responsabilidade acrescida» no sentido de «trabalhar continuamente e sempre para melhorar o que se fez até ao momento na prática clínica», afirma Márcia Pestana-Santos.

Licenciada em Enfermagem (pela então Escola Superior de Enfermagem Dr. Ângelo da Fonseca), mestre em Ciências de Enfermagem (pelo Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, da Universidade do Porto) e a frequentar estudos de doutoramento em Enfermagem (também no ICBAS), a enfermeira e docente na ESEnfC é, ainda, pós-graduada em Enfermagem de Anestesiologia.

Na ESEnfC, Márcia Pestana-Santos leciona a área curricular de Enfermagem de Saúde Infantil e Pediatria e orienta ensinos clínicos de Cuidados Primários/Diferenciados. É, ainda, investigadora na Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem (UICISA: E), acolhida pela ESEnfC.

Em 2020, foram ainda vencedores dos Prémios da Sigma Europa de Excelência 2020 (nas categorias de Educação em Enfermagem e Investigação em Enfermagem), respetivamente, os professores Peter Vermeir (Bélgica) e Jan Dewing (Reino Unido).

Perto de 280 congressistas de 28 países dos cinco continentes participam, durante dois dias (28 e 29 de maio), na 5ª Conferência Bienal Europeia da Sigma (https://sigma.esenfc.pt/), este ano organizada num formato à distância (videoconferências), em virtude do contexto de pandemia por coronavírus.

SNS
O Serviço Nacional de Saúde (SNS) foi reforçado com cerca de três mil profissionais, devido à pandemia da Covid-19, afirmou...

“Foram contratados no âmbito ao combate à Covid-19 cerca de três mil profissionais de saúde, entre médicos, enfermeiros, técnicos e assistentes operacionais. Estamos mais preparados, mais capacitados, com maior resposta no SNS, quer para atividade Covid quer para atividade não Covid. E por isso temos de continuar este caminho. Vamos com certeza continuar a percorre-lo”, frisou o governante.

De acordo com António Lacerda Sales, foram contratados, no âmbito da Covid-19, 125 médicos, mais de 900 enfermeiros, 205 técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica e mais de 1.350 assistentes operacionais.

 

Inquérito
Em período de pandemia causada pela COVID-19, e numa altura onde os efeitos do tabagismo no sistema imunitário e enquanto fator...

Até ao momento, com a recolha de 1000 respostas, “os dados preliminares mostram dois fenómenos - pouco mais de um quarto aumentou o consumo de tabaco - o que pode ser explicado pelo maior stress e ansiedade associados ao confinamento e à incerteza da pandemia, no entanto, surpreendeu-nos que quase um terço teve uma evolução positiva, deixando de fumar espontaneamente ou reduzindo o consumo. Também é relevante que quase metade tenha tentado deixar de fumar, mesmo na ausência de qualquer ajuda específica”, referiu José Pedro Boléo-Tomé, da SPP.

Ainda a propósito dos resultados obtidos com este estudo, o médico pneumologista destaca que a pandemia “pode representar uma boa oportunidade para aumentar a cessação tabágica. Deixar de fumar pode ser das atitudes mais eficazes para reforçar a imunidade, prevenir a COVID-19 e reduzir a mortalidade e, numa altura de grandes mudanças nos nossos hábitos, promover a vida saudável. Os resultados demonstram que existe essa vontade na maioria dos fumadores”.

Esta tem sido, precisamente, uma mensagem que a SPP tem transmitido durante este período - alertando para o facto de que os fumadores podem sofrer condições mais graves da doença COVID-19. Neste sentido, José Pedro Boléo-Tomé reafirma “não existem ainda estudos desenhados especificamente para perceber melhor a influência do tabaco na transmissão ou desenvolvimento da COVID-19. No entanto, os dados de que já dispomos mostram de forma clara que, dos doentes com COVID-19, os que têm história de tabagismo têm doença mais grave, precisam mais de cuidados intensivos e de ventilação mecânica e morrem mais”. 

“Em tempo de pandemia, importa reduzir todos os fatores que sejam potenciadores do risco. O tabaco enfraquece o sistema imunitário tornando-o menos capaz de responder aos agentes infeciosos, como é o caso do novo coronavírus”, reforça António Morais, presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia,  

Este ano a SPP assinala a data com a realização do webinar “Perguntas e respostas – tabaco e imunidade” onde vão estar em debate os efeitos do tabagismo no sistema imunitário e onde serão apresentados os resultados do inquérito realizado. Sob moderação de Paula Rosa, da SPP, vão participar nesta discussão multidisciplinar Tiago Marques, infeciologista, José Delgado Alves, internista e José Pedro Boléo-Tomé, pneumologista.

Paula Rosa, pneumologista e moderadora desta sessão refere, a propósito da importância de colocar esta temática em debate, que “este ano tem sido peculiar, com um enfoque particular na capacidade de resposta das sociedades ao novo coronavírus, mas também na capacidade de resposta individual à infeção. Sabendo que o tabagismo altera a resposta imunitária à infeção viral, é pertinente a divulgação deste conhecimento para que os fumadores possam tomar mais esta medida preventiva essencial: deixar de fumar!”.  A especialista deixa ainda um apelo aos jovens que são “o alvo prioritário para substituir os oito milhões de consumidores de tabaco que morrem anualmente em consequência deste hábito. Conhecemos bem esta metodologia noutro tipo de dependências e, por isso, urge esclarecer, avisar e fornecer ferramentas que ajudem os jovens a não iniciar este hábito”.

A sessão vai decorrer no dia 31 de maio, pelas 21h00, e pode ser assistida no Facebook da SPP ou através da plataforma https://pneumologia-elearnings.pt/

Impacto da pandemia na saúde digestiva dos portugueses
Antes da pandemia, em Portugal, realizavam-se, em média, cerca de 1000 colonoscopias por dia.

Ainda antes do mundo conhecer esta pandemia, como estava a saúde digestiva dos portugueses?

A maior riqueza que um povo pode ter termos de Saúde é sem sombra de dúvida profissionais de saúde. Portugal tem excelentes profissionais de saúde, médicos, equipas de enfermagem, técnicos, gestores, na área da Saúde Digestiva. Os aparelhos são na grande maioria do melhor que poderemos ter, muitas vezes comparáveis ao que de melhor existe no Mundo. Chamo a atenção para a qualidade dos nossos médicos gastrenterologistas (o especialista do Aparelho Digestivo, não cirurgião), cuja formação incluindo o curso de Medicina são 11 anos de intensa atividade (urgências, exames endoscópicos, consultas, etc.).

Temos cerca de 500 gastrenterologistas para servir o povo português. Fazemos por exemplo cerca de 1000 colonoscopias por dia, para evitar a morte pelo principal cancro dos portugueses, o do intestino grosso. Existem aproximadamente 50 Serviços/Unidades que oferecem os cuidados para as doenças do Aparelho Digestivo. Pra prevenir, diagnosticar e tratar, (curar mesmo, em muitas situações.

Ou seja, os portugueses têm acesso ao que de melhor pode existir na oferta em termos de cuidados de saúde do Aparelho Digestivo.

Agora, poderemos sempre melhorar a Saúde Digestiva dos portugueses: por exemplo, considerar três pontos de ação: estilos de vida saudável (alimentação equilibrada, exercício físico, manter o peso), consultar um especialista antes e após ter sintomas (diarreia, obstipação, refluxo, perda de sangue, dor abdominal, olhos amarelos, análises do fígado alteradas, etc.) e fazer alguma investigação de rotina (análises ao fígado – ALT, rastreio do cancro do cólon aos 45-50 anos, sempre que puder, através de colonoscopia).

Quais as principais doenças digestivas em Portugal?

As graves: 10.000 mortos por ano por cancro digestivo (esófago, estômago, fígado, pâncreas, intestino grosso ou cólon e reto), 10.000 novos casos de cancro do cólon por ano, 2 milhões de obstipados, 1 milhão com síndroma do intestino irritável (dor abdominal, diarreia, obstipação de forma crónica associada a stress), 3 milhões com doença de refluxo (ácido do estômago que vai para o esófago provocando intensa azia e ardor atrás do peito), 7 milhões com a bactéria do estômago (helicobacter pylori), 1,5 milhão com pedras na vesícula, 1 milhão com análises do fígado alteradas, 5 milhões que têm ou tiveram problemas no ânus, 15-20.000 com doença inflamatória do intestino (Doença de Crohn, Colite Ulcerosa), entre muitas outras.

Relembro que o aparelho digestivo tem cerca de 10 metros da boca ao ânus. São seis órgãos principais: esófago, estômago, intestino delgado (o órgão mais comprido do organismo – 7 metros), intestino grosso (inclui o cólon e o reto), fígado (o mais pesado com cerca de 1,5kg) e vesícula biliar, pâncreas. É responsável pela ingestão, secreção de substâncias para a digestão, absorção, propulsão e eliminação dos restos dos alimentos nas fezes, depois de absorvidos. Não há vida sem fígado, pâncreas ou pelo menos parte do intestino delgado.

Quais os principais desafios associados não só ao seu diagnóstico, mas também no que diz respeito ao seu tratamento?

Os principais desafios são informar a população portuguesa do que têm de fazer para manterem um boa Saúde Digestiva e assim continuarem a viver muitos e bons anos. Os portugueses são dos povos que mais anos vivem, em todo o Mundo. Informar sobre o modo de prevenir, diagnosticar, tratar e curar as doenças que referi: manter estilos de vida saudáveis, incluir as análises ao fígado nas ditas de rotina (a ALT) rastreio para o cancro do cólon e reto aos 45-50 anos, sendo o melhor método a colonoscopia. E sempre que surgirem os sinais de alarme ou falta de apetite, cansaço intenso e perda de peso significativa.

Considera que a população portuguesa está devidamente sensibilizada ou desperta para a sua saúde digestiva?

De um certo modo sim. Fizemos um inquérito recentemente, para ser dado a conhecer no Dia Mundial da Saúde Digestiva (29 de maio) que demonstrou que a população está alertada para os principais problemas, cancros, problemas de digestão, necessidade de realizar exames, estilos de vida saudáveis, etc.

Mas ainda há muito a fazer nos três pilares da nossa atividade de gastrenterologistas: prevenção, diagnóstico, tratamento e cura. Eu acrescentaria um quarto, a informação correta e credível. Devido á quantidade de informação estamos preocupados em combater as fakes news, a desinformação que possa existir acerca de todos os problemas da Saúde Digestiva. Mais e melhor informação corresponde a mais e melhor Saúde Digestiva. Há muitos mitos sem fundamentos de verdade científica.

Na sua opinião, o que falha ou o que falta fazer em matéria de prevenção?

Volto a insistir nos estilos de vida saudável: não fumar, não beber álcool em excesso, evitar excesso de peso, alimentação equilibrada (hidratar com água, evitar gorduras, fritos, açúcar nas bebidas e alimentos, ingerir fruta e vegetais, etc.), fazer exercício físico. O não cumprimento destas medidas e atitudes contribui de forma marcada para ter doenças do Aparelho Digestivo. Aliado a tudo isto, fazer análises de rotina incluindo as do fígado, rastreio do cancro do cólon aos 45-50 anos e consultar um especialista do aparelho digestivo, eventualmente pelos 50 anos para planear a manutenção da Saúde Digestiva. O tal gastrenterologista…!

Quais os principais desafios que vamos encontrar, nesta área, após a pandemia? De que forma a Covid-19 marcou a saúde digestiva dos portugueses?

O principal desafio será retomar a nossa atividade de forma plena, o que não vai ser fácil. Quanto às consultas têm sido não presenciais, a grande maioria. O que não é o mesmo de que consultar e ser observado pelo médico. Algumas poderão manter-se de forma não presencial, mas… O assunto principal diz respeito aos exames que deixámos de fazer, designadamente as colonoscopias e as endoscopias altas. Os gastrenterologistas fazem cerca de 1000 colonoscopias por dia e se calhar um valor superior em endoscopias altas. Ficaram de certo alguns cancros por diagnosticar. Estimamos que todos os meses surjam quase 1500 portugueses com cancro digestivo daqueles cinco órgãos, a que chamamos os Big Five. Não há tempo a perder. O facto de termos que usar os fatos de proteção vem dificultar sobremaneira a nossa atividade. Mas temos que ser positivos e planear “task-forces” para aumentar a produtividade.

De um modo geral, acha que a população descurou alguns cuidados?

Penso que possa ter existido aumento de peso, devido à falta de exercício físico, dificuldade nas compras e consequentemente nem cumprir alimentação saudável. Poderá ter surgido também aumento da obstipação e claro dificuldade no acesso aos cuidados de saúde, incluindo análises, exames de imagiologia e ausência das consultas, exames endoscópicos e serviço de urgência. Não podemos viver saudáveis sem atividade médica.

E no que diz respeito aos doentes, nomeadamente quanto ao acesso a exames de diagnóstico e tratamentos, quais as consequências que esta pandemia lhes trouxe?

Dificuldade no acesso aos cuidados de saúde com problemas no rastreio, diagnóstico e tratamento das doenças. O que mais nos preocupa são o atraso no diagnóstico e tratamento das doenças oncológicas. O que também nos preocupa muito é o medo que se instalou com receio das pessoas se deslocarem aos serviços de saúde.

No âmbito deste tema, que mensagem gostaria de deixar. Quais as principais recomendações?

Atitudes muito simples, mas ao mesmo tempo muito complexas, como mudar no sentido de ter um estilo de vida saudável, consultar um médico, se necessário um gastrenterologista, quando se esta saudável. Por fim ser muito criterioso na quantidade e qualidade da informação sobre saúde. Pode confiar nas Sociedades Científicas e nos seus sites.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
"Siga o Coração"
No próximo dia 1 de junho, arranca a 1ª edição do e-learning “Siga o Coração”, um curso online desenvolvido pela MSD Portugal,...

Com a coordenação de Cristina Gavina, Diretora da Academia Cardiovascular da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, o curso está dividido em quatro módulos, cada um com uma duração aproximada de 1h, e prolonga-se até ao dia 30 de novembro. Os profissionais de saúde interessados podem fazer o registo e aceder aos materiais de apoio ao estudo na plataforma https://www.sigaocoracao.pt/login.

Esta formação foi desenvolvida a pensar nas necessidades dos médicos das especialidades de Medicina Geral e Familiar, de Medicina Interna, de Cardiologia e Internos que queiram atualizar-se tendo em conta os recentes avanços e novos conhecimentos em dislipidemia. Os módulos deverão ser completados de forma sequencial, sendo que o profissional só poderá assistir ao módulo seguinte após o momento de avaliação. No final do curso, será atribuído um Certificado da Academia Cardiovascular, da Sociedade Portuguesa de Cardiologia.

No que diz respeito aos temas discutidos e aos palestrantes, a formação estará dividida em quatro módulos:

1º Módulo: Risco cardiovascular e objetivos terapêuticos – O que dizem as novas recomendações de abordagem à dislipidemia ESC/EAS 2019?

Com Ricardo Fontes-Carvalho, Professor na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e Cardiologista no Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho.

2º Módulo: Opções terapêuticas para tratamento da dislipidemia

Com Francisco Araújo, Coordenador de Medicina Interna no Hospital Beatriz Ângelo, Vice-Presidente da Sociedade Portuguesa de Aterosclerose e Coordenador do Núcleo de Estudos Risco Vascular SPMI.

3º Módulo: Individualização da terapêutica para cada doente

Com Carlos Aguiar, Consultor de Cardiologia, Coordenador da Unidade de Insuficiência Cardíaca Avançada e Coordenador da Transplantação Cardíaca no Hospital Santa Cruz.

4º Módulo: Intolerância às estatinas, adesão terapêutica & outros casos difíceis

Com. João Pedro Ferreira, Assistente de Medicina Geral e Familiar na USF Côrtes D'Almeirim.

O agravamento do risco cardiovascular e a sua forte incidência junto da população portuguesa reforçam a importância de expandir o conhecimento e a prática clínica sobre dislipidemia. Neste sentido, e tendo em consideração o contexto atual, o conteúdo programático do e-learning “Siga o Coração”, assim como o seu formato online com sessões on demand, estão pensados para garantir que a prática clínica se mantém atualizada e alinhada às necessidades médicas da população e para corresponder à disponibilidade dos profissionais de saúde.

DGS e Infarmed
O Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde e a Direção-Geral da Saúde (DGS) recomendam a suspensão do...

De acordo com um comunicado conjunto, a decisão está em linha com a tomada de posição da Organização Mundial de Saúde (OMS), após a publicação de dados que questionam a segurança e a eficácia deste medicamento.

Apesar de o Infarmed e a DGS recomendarem a suspensão do tratamento com este medicamento, alerta-se que estas recomendações só dizem respeito ao uso na Covid-19, sendo que os doentes que estavam a ser tratados com hidroxicloroquina para outras patologias, como é o caso das doenças autoimunes como lúpus eritematoso sistémico, artrite reumatoide e malária, para as quais estas moléculas estão aprovadas, não devem suspender ou interromper o seu tratamento. Segundo estas duas entidades, o fármaco mantém-se seguro para estes casos, desde que devidamente acompanhado pelo médico assistente.

A cloroquina e hidroxicloroquina apresentaram resultados promissores em laboratório, por inibirem o SARS-COV-2 in vitro, parecendo a hidroxicloroquina ter uma atividade antiviral mais potente. A utilização da cloroquina e hidroxicloroquina foi preconizada por diversas linhas de orientação clínica internacionais.

Após estudo com mais de noventa mil doentes com Covid-19, publicado pela revista The Lancet, a 22 maio de 2020, a OMS decidiu suspender a inclusão de novos doentes em tratamento com hidroxicloroquina no ensaio clínico global Solidarity. Este ensaio estava a decorrer em vários países e ainda estava em fase de implementação em Portugal, onde não houve doentes incluídos até à data.

De acordo com a nota, os autores do estudo referem “não ter conseguido confirmar o benefício da hidroxicloroquina ou da cloroquina nestes doentes”, apontando um acréscimo de efeitos adversos potencialmente graves, incluindo “um aumento da mortalidade”, durante a hospitalização de doentes com Covid-19.

As conclusões do estudo vão agora ser confirmadas através de ensaios clínicos aleatorizados e controlados, pelo que a suspensão da hidroxicloroquina será revista à luz da revisão do Comité de Monitorização da Segurança da OMS prevista para junho.

Dia Mundial Sem Tabaco
O tabagismo, nas suas diferentes formas (cigarro, charuto, cachimbo, cigarro eletrónico, iqos, etc)

O tabagismo é um fator de risco bem conhecido para muitas infeções respiratórias e de gravidade das doenças respiratórias genericamente.

No contexto atual da pandemia por SARS-CoV-2 é ainda mais premente investir na cessação tabágica.

Apesar de muitas incógnitas iniciais sobre o papel do tabagismo nesta pandemia e de muita desinformação, a verdade é que os dados científicos começam a surgir e revelam de forma consistente que os fumadores têm um risco ligeiramente acrescido de contrair a infeção, mas sobretudo quando infetados necessitam com mais frequência de ventilação invasiva em unidades de cuidados intensivos e têm maior mortalidade.

Se por um lado existe muita ansiedade associada ao isolamento e à incerteza em relação ao futuro próximo, na verdade os períodos de crise devem constituir uma oportunidade de reflexão e de mudança de comportamentos, promovendo um estilo de vida mais saudável.

Fumar implica retirar a máscara, o que já por si aumenta o risco de contaminação, por outro o movimento de fumar levando a mão à boca é repetido pelo fumador de 20 cigarros dia cerca de 300 vezes num dia!

Fumar em ambientes fechados aumenta os riscos para a saúde do próprio e dos conviventes. Não basta ter uma janela aberta, o fumo do cigarro fica depositado por longos períodos nas superfícies (mesas, teclado de computador, sofás, etc).

Nos doentes com doenças respiratórias crónicas torna-se mais difícil detetar alterações como tosse ou falta de ar pois estes doentes queixam-se frequentemente destes sintomas.

A maioria dos fumadores tem dificuldade em deixar de fumar sem apoio clínico e de medicação.

Numa consulta de cessação tabágica é feita uma avaliação personalizada de eventuais efeitos deletérios associados ao consumo de diferentes produtos de tabaco. Após uma análise cuidadosa da história tabágica, avaliação de grau de dependência e motivação é elaborado um plano de apoio ao fumador que poderá incluir: prescrição de medicamentos, plano nutricional, etc. É fundamental um acompanhamento do fumador ao longo de todo o processo, que inclui por vezes fases de recaída com necessidade de mais do que uma tentativa, até atingir um sucesso duradouro.

Dia 31 de Maio comemora-se mais um dia Mundial Sem Tabaco. Este ano a organização mundial de saúde escolheu como tema central um problema que tem sido ignorado: o início do consumo de tabaco por crianças, de forma particular nos países menos desenvolvidos, que são alvos fáceis de uma indústria que precisa de novos consumidores sem muitas vezes olhar a meios.

Aproveite este período para iniciar uma nova etapa livre de fumo e dependência, para que quando tirar a máscara seja para respirar ar puro!

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Opinião
Mais uma vez se assinala o dia mundial da Saúde Digestiva, pretendendo-se chamar a atenção para o ap

Desde as diarreias infeciosas, ao colon irritável, das hepatites, às doenças inflamatórias do intestino, do refluxo gastroesofágico, à obstipação, da doença celíaca, às parasitoses, dos pólipos à litíase da vesicula, da pancreatite aguda, à cirrose hepática e terminando na nos tumores malignos do aparelho digestivo, que infelizmente, são 5 dos 10 mais frequentes, com importante mortalidade, no mundo ocidental.

Cuidar do nosso bem estar, nas múltiplas dificuldades de funcionamento digestivo e prevenindo doenças graves e letais, que geram muito sofrimento, é o objetivo dos Gastrenterologistas e das Sociedades Científicas desta área do saber médico, quer de adultos (Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia, Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva e Associação Portuguesa para o Estudo das Doenças do Fígado), quer em idade pediátrica (Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia, Hepatologia e Nutrição Pediátrica).

Este ano, o tema proposto pela Organização Mundial de Gastrenterologia, é a microbiota intestinal (flora intestinal), que é a população de microrganismos que habitam os nossos intestinos (bactérias, leveduras, fungos e outros) e que constituindo um ecossistema, tem merecido investigação intensa nos últimos anos, pensando-se que possa ter papel importante na nutrição, na imunidade , na funcionalidade do tubo digestivo e poder estar relacionada com doenças autoimunes.

Estes microrganismos, são muito numerosos, podendo atingir 10 vezes mais, do que as células do nosso organismo. Têm sido descritos microrganismos bons e maus, dependendo do seu desequilíbrio, perturbações do funcionamento e doenças do foro digestivo e não só.

Cada pessoa, tem a sua própria composição do microbioma intestinal, podendo ser considerado um identificar do tipo de um cartão de cidadão.

Este dia mundial da Saúde Digestiva, coincide com o lançamento pela Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia do “Mês (Junho) da Saúde Digestiva”, que tem, entre outros objetivos, “chamar a atenção para a relevância da prática da Gastrenterologia e consequentemente o seu impacto na boa e na má Saúde Digestiva dos portugueses; e por outro lado, abordar a retoma da atividade, em consulta, internamento e exames endoscópicos na atualidade”.

Pretende-se, assim, esclarecer de forma mais incisiva, a importância da Saúde Digestiva no bem-estar dos indivíduos de qualquer idade, devendo cada qual cuidar de si, prevenindo a doença, procurando o médico gastrenterologista, quando algum sinal ou sintoma de desconforto digestivo apareça, para que o diagnóstico possa ser precoce e assim ser convenientemente iniciada a terapêutica doenças do aparelho digestivo.

Com a participação de todos, pessoas saudáveis ou doentes e os profissionais de saúde, neste caso específico os Médicos Gastrenterologistas, estamos certos que teremos uma melhor saúde global dos portugueses.

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Junho, Mês da Saúde Digestiva
No dia em que se assinala mundialmente a Saúde Digestiva, com a chancela da World Gastroenterology Organisation (WGO), arranca,...

A SPG realizou um inquérito com a intenção de avaliar o conhecimento dos portugueses sobre a Saúde Digestiva para perceber os seus hábitos alimentares e de que forma perceciona a população essas atitudes como condicionantes da sua saúde.

“Perante estes resultados, é fundamental que seja trabalhada a vertente de educação, prevenção e sensibilização relativamente à saúde do foro digestivo, de forma a consciencializar a população para bons hábitos, estilo de vida saudável e para estarem atentas a sinais e consultarem o seu médico, na luta pelo diagnóstico precoce. É este trabalho que a SPG quer levar a cabo, contribuindo para, por um lado, maior informação e conhecimento, por outro, deteção atempada dos problemas de saúde, promovendo melhorias da saúde pública e poupanças ao nível do Serviço Nacional de Saúde” revela o Professor Rui Tato Marinho, presidente da SPG.

As inquietações dos portugueses perante as doenças do Aparelho Digestivo distribuem-se, por um lado, pelo cancro digestivo e, por outro, por doenças comuns, como a azia, refluxo, obstipação, entre outras. Quase 73% responde de forma positiva à importância da prevenção e cerca de um terço já visitou um gastrenterologista. Contudo, mais de metade dos portugueses não considera que os exames de rastreio e de prevenção contribuam para a melhoria da sua Saúde Digestiva.

Atualmente, o impacto da pandemia nesta especialidade foi grande, tendo afetado a realização de consultas e dos exames mais comuns para a monitorização da Saúde Digestiva, como endoscopias e colonoscopias, por isso é fundamental retomar a atividade, continuar a promover a sensibilização à população sobre a prevenção destas doenças e não permitir que a situação que hoje vivemos atrase o diagnóstico destas doenças, particularmente aquelas do domínio oncológico.

O Mês da Saúde Digestiva, uma iniciativa da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia

A partir deste ano, a Saúde Digestiva passa a ter um espaço de maior destaque no calendário das efemérides da Saúde. O Mês da Saúde Digestiva (junho) é uma iniciativa de responsabilidade social corporativa da SPG, em parceria com empresas que se associaram a esta causa da saúde pública, pela sua relevância. Inicia-se hoje e prolonga-se durante o mês de junho e tem por princípio informar sobre a Saúde Digestiva e a sua importância ao nível da prevenção, diagnóstico precoce e tratamento das doenças do Aparelho Digestivo. Irá proporcionar e promover o conhecimento mais aprofundado e contribuir para a melhoria do estado da Saúde Digestiva, e consequentemente da Saúde global dos Portugueses.

 

Um estilo de vida saudável, uma dieta equilibrada, exercício físico regular, evitar e corrigir a obesidade e consultas periódicas com o gastrenterologista (e não apenas como última solução), são princípios centrais para prevenir doenças e garantir a boa Saúde Digestiva. O diagnóstico precoce é a forma mais eficaz de reduzir a mortalidade, nomeadamente do cancro, bem como de promover a Saúde Digestiva.

O aparelho digestivo é composto por alguns dos nossos órgãos mais importantes: mede cerca de 10 metros e vai da boca ao ânus, passando pelo esófago, fígado e vesícula, estômago, pâncreas, e intestinos delgado e grosso.

A missão da SPG, com este projeto, é ser um porta-voz e uma fonte credível de informação, e demonstrar que se dermos a devida importância e atenção a toda esta dimensão e abrangência, vamos influenciar positivamente a Saúde Digestiva de todos nós. “Pois se somos o que comemos, a Saúde Digestiva está no centro das atenções e das nossas vidas”.

Covid-19
O Secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, disse esta quinta-feira que há registos de 2.161 profissionais de saúde...

De acordo com António Lacerda Sales, “dos 3.398 profissionais de saúde infetados em Portugal ao longo da pandemia, 2.161 já estão recuperados”. “É uma notícia que nos alimenta a esperança”, frisou o governante.

Na conferência de imprensa diária para atualização de informação sobre a pandemia, o Secretário de Estado da Saúde relembrou ainda que, desde o dia 1 abril e até 27 de maio, foram atendidas mais de 12.800 chamadas na linha de apoio psicológico do Centro de Contacto SNS24, das quais 1.200 foram de profissionais de saúde.

 

Ginecologia, Obstetrícia, Infertilidade
O bem-estar físico, mental e social da mulher implica uma medicina preventiva com a introdução de va

Na área da ginecologia dispomos do rastreio do cancro colo do útero com colpocitologia, genotipagem HPV e a colposcopia, do rastreio do cancro da mama com mamografia, ressonância magnética mamária e biopsias e o rastreio dos restantes cancros ginecológicos através da ecografia ginecológica.

Relativamente ao planeamento familiar, em Portugal, dispomos de uma panóplia de métodos contracetivos que se adequam à multiplicidade de mulheres que consultamos.

Assim, e de acordo com a DGS, cada mulher tem o direito a ser informada e a ter acesso a métodos de planeamento familiar da sua escolha, que sejam seguros, eficazes e aceitáveis e, ainda, a serviços de saúde adequados.

Na área da obstetrícia, a orientação pré-concetiva com exames e suplementação e a vigilância médica durante a gravidez é fundamental para avaliar o bem-estar materno e fetal, identificar fatores de risco, promover a educação para a saúde preparando o casal para o parto e parentalidade, diminuindo assim a morbilidade e mortalidade materna, fetal e infantil.

Na área da infertilidade, a sua prevenção e diagnóstico precoce inserem-se no âmbito do planeamento familiar, em particular dos cuidados pré-concetivos, na prevenção e diagnóstico de infeções de transmissão sexual, identificação e referenciação das situações de risco para a saúde reprodutiva.

Na área tão especifica da ginecologia, obstetrícia e infertilidade os avanços tecnológicos, bem como as medidas preventivas protocoladas, visam promover a saúde da mulher num trabalho conjunto e muitas vezes multidisciplinar.

A 28 de maio celebra-se mais um Dia Mundial da Saúde da Mulher. Nesta data há uma maior consciencialização e chamada de atenção para a preservação da saúde da mulher.

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“Mini Chefs em Ação”
No âmbito do dia Mundial da Criança, que se assinala a dia 1 de junho, a Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP...

“Este workshop foi pensado como um evento lúdico para um dia especial. Procurámos fugir do formato habitual dos webinares que tanto estamos habituados a assistir online, até porque o público a quem se dirige assim o exige. As crianças com diabetes tipo 1 e as suas famílias podem aqui encontrar um momento de distração e, simultaneamente, de aprendizagem.”, explica Raquel Coelho, pediatra e Coordenadora do Departamento de Crianças e Jovens da APDP.

O workshop, moderado pela pediatra Raquel Coelho, conta com a participação da nutricionista Maria João Afonso, que irá dar dicas sobre a contagem dos hidratos de carbono, e da psicóloga Ana Lúcia Covinhas, que vai abordar os direitos das crianças.

Tal como todas as crianças e jovens, recomenda-se que as crianças com diabetes tipo 1 tenham um estilo de vida saudável, nomeadamente com a alimentação e a atividade física. Maria João Afonso, coordenadora do Departamento de Nutrição da APDP, reforça o papel de um estilo de vida ativo e afirma que “sendo a alimentação e a atividade física dois dos pilares do tratamento e da vivência diária com diabetes, são temas sempre pertinentes na vida das famílias de crianças com diabetes tipo 1. Há que fazer ajustes e, para isso, tem que haver informação.”

Ana Lúcia Covinhas, psicóloga clínica da APDP, também estará presente para uma conversa sobre os direitos das crianças e menciona que “vamos abordar temas simples mas que muitas vezes não são discutidos em casa. Sobre o direito de viver em liberdade e segurança, de termos os nossos próprios pensamentos e ideias, de termos todos os mesmos direitos, sejam quais forem as diferenças entre nós.”

Para a família e restantes cuidadores de uma criança com diabetes é fundamental adquirir um conhecimento preciso da doença e de como a controlar. A motivação e o empenho durante o processo inicial de aprendizagem promovem e facilitam a adaptação a esta condição e a reintegração plena da criança na vida escolar, social e familiar.

O workshop realizar-se-á na segunda-feira, dia 1 de junho, pelas 17h30, através da seguinte plataforma: https://event.webinarjam.com/live/21/38rmzs1f6umuk. A APDP, para esclarecer as principais dúvidas, disponibiliza ainda o contacto do  Departamento de Crianças e Jovens da APDP: [email protected]

 

Evento
A Associação de Enfermagem Oncológica de Portugal (AEOP) promove no próximo dia 5 de junho uma sessão online que visa discutir,...

Com moderação de Filipa Duarte-Ramos, a conversa contará com as perspetivas da enfermagem, da medicina, e da farmácia hospitalar, nas intervenções de Jorge Freitas, da AEOP, Telma Costa, do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia, e de Nuno Vilaça Marques, do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra, respetivamente. A sessão conta ainda com Rachel Powell, do Hospital Universitário de Birmingham, que irá partilhar casos de sucesso nos cuidados ao domicílio no Reino Unido.

Destinada exclusivamente a profissionais de saúde, a sessão intitulada “Desafios na implementação da Imunoterapia no domicílio”, decorre a partir das 21h00. Para assistir siga as instruções disponíveis na página da Associação Enfermagem Oncológica Portuguesa (AEOP).

 

 

INE
Segundo o Instituto Nacional de Estatística, a esperança média de vida à nascença subiu para os 81 anos. No entanto, são as...

A esperança de vida à nascença, durante o período entre 2017 e 2019, foi estimada em 80,93 anos de idade, sendo que os homens portugueses continuam com uma esperança média de vida inferior às mulheres, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

De acordo com gabinete estatístico, durante este período, os homens tinham uma esperança de vida de 77,95 anos enquanto as mulheres tinham uma esperança de 83,51 anos de idade.

Ainda assim, a população em Portugal continua a mostrar que consegue viver. Quando se compara os dados de 2016-2018, é possível verificar um aumento de dois meses para a vida dos homens e de um mês para as mulheres.

Quando analisada a década, a esperança “verificou um aumento de 1,99 anos para o total da população, 2,11 anos para os homens e 1,64 anos para as mulheres”, sendo que “nas mulheres esse aumento resultou sobretudo da redução na mortalidade  em idades iguais ou superiores a 60 anos e nos homens esse acréscimo foi maioritariamente proveniente da redução da mortalidade em idades inferiores a 60 anos”, nomeadamente entre os 35 e os 54 anos.

Por sua vez, a esperança de vida aos 65 anos atingiu 19,61 anos para o total da população, sendo que “aos 65 anos os homens podem esperar viver mais 17,70 anos e as mulheres mais 21,00 anos, o que representa ganhos de 1,22 anos e de 1,26 anos, respetivamente, nos últimos dez anos”, avança o INE.

A maior confirmação desta análise é que “as mulheres continuam a viver mais anos do que os homens”, embora as expectativas dos dois géneros se tenham vindo a aproximar-se, “com os maiores ganhos a registarem-se na população masculina”. Assim, nos últimos dez anos, “a diferença na esperança de vida à nascença de homens e mulheres diminuiu de 6,03 para 5,56 anos”.

No período em análise, 65,8% dos óbitos ocorreram em idades iguais ou superiores a 80 anos, sendo que “foi neste grupo etário que se concentraram aproximadamente metade dos óbitos masculinos (55,7%) e três quartos dos óbitos femininos (75,4%)”. Já a idade mais frequente do óbito, foi os 86 anos para os homens e 88 anos para as mulheres.

 

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