Tudo o que precisa saber
Os primeiros implantes dentários, aplicados em humanos, foram feitos pelo Prof. Dr.

O que é afinal um implante dentário?

Os nossos dentes, são constituídos fisicamente, por 2 partes:

  • coroa dentária - a porção visível do dente, com as suas possíveis variações de tamanho, cor ou posição;
  • raiz dentária - a porção invisível do dente, coberto por osso e gengiva;

Se a coroa do dente estiver destruída, mas se a sua raiz for viável, procedemos à recuperação do dente, aplicando uma coroa cerâmica personalizada feita em laboratório que será colada à raiz do dente e que restitui a forma e a função.

Por outro lado, se destruição do dente for tão grande que não é viável aproveitar a raiz do dente teremos de proceder à sua extração. Posteriormente, a única maneira do paciente voltar a ter um dente fixo é recorrendo à aplicação de uma “raiz artificial”, denominada implante dentário. Este tem um corpo com uma forma semelhante a um parafuso de titânio que se “enrosca” dentro do osso e uma cabeça com um sistema de conexão que permite conectar a futura coroa cerâmica.

Colocar um implante dói muito?

É um MITO. Existem três fatores que contribuem para que um paciente possa dizer que colocou implantes dentários sem sentir qualquer tipo de dor.

  • Anestesia - Em primeiro lugar, o procedimento cirúrgico para a colocação de implantes dentários é sempre acompanhado de anestesia local. Dessa forma, é possível garantir que o paciente não sente absolutamente nada durante a cirurgia.
  • Técnica cirúrgica - Além do apoio da anestesia, o protocolo clínico seguido pelos médicos dentistas também é fundamental para o bem-estar do paciente. E, hoje em dia, são sempre feitas várias técnicas cirúrgicas de minimização do trauma.
  • Protocolo de medicação - Por fim, a medicação pós-operatória também é fundamental. Os pacientes que colocam implantes dentários seguem sempre um protocolo de medicação receitado pelo médico. E, se cumprirem esse protocolo, não vão sentir qualquer tipo de dor, desconforto ou mal-estar geral.

Qual é a duração de um implante?

O implante dentário tem todas as condições para ser a solução mais duradoura, no que diz respeito a substituição de dentes.

Se forem usados implantes de qualidade e se o paciente seguir estritamente os cuidados pós cirúrgicos dados pelo seu dentista, tais como a higiene oral, manutenções e restrições alimentares, o implante dentário terá uma longevidade maior do que qualquer outro tratamento dentário.

Os primeiros implantes dentários, aplicados em humanos, foram feitos pelo Prof. Dr. Per-Ingvar Brånemark em 1965. O seu paciente número 1 - Gösta Larsson - faleceu em 2006, com todos os seus implantes em boca, 41 anos após a primeira cirurgia de colocação de implantes, demonstrando a longevidade desta solução.

Mas os implantes podem rejeitar?

Em medicina não existem taxas de 100% sucesso. Certamente que quem o afirma não está a ser honesto para com a sua prática e muito menos com o seu paciente.

Contudo, o termo rejeição, não pode ser aplicado aos implantes dentários, pois o material de que é fabricado (titânio) é totalmente biocompatível. Assim, o nosso organismo reconhece-o como amigável, envolvendo-o com as suas células e incorporando-o no osso ao longo do período inicial de cicatrização. No entanto, o implante pode falhar ou não integrar no osso (não osteointegrar) devido a alguns fatores tais como infeção bacteriana, força mastigaria excessiva ou técnica cirúrgica inadequada. Caso todos os protocolos pré e pós-cirúrgicos de segurança sejam cumpridos a taxa de sucesso dos implantes dentários é superior a 98%.

É possível colocar os implantes e os dentes no mesmo dia?

Sim, é possível. No passado, após a colocação de um implante seguia-se sempre um período de cicatrização nunca inferior a 6 meses. Atualmente com o desenvolvimento das técnicas cirúrgicas e superfícies dos implantes é possível a colocação do implante e da coroa provisória fixa na mesma consulta. Logicamente este procedimento denominado carga imediata depende dos valores da estabilidade do implante no osso, da posição do dente na arcada, do tipo de paciente, etc., e por isso não é possível/recomendável para todos os pacientes.

Caso a fraca estabilidade do implante não permita que este seja carregado imediatamente, o que significa que terá de cicatrizar dentro do osso até este se “solidificar”, para após 3-6 meses poder ser colocada a coroa definitiva.

Pacientes que não têm osso podem receber implantes?

É totalmente errado dizer que o paciente não possuí osso uma vez que o osso é a base estrutural do nosso organismo e caso não

tenha sido removido cirurgicamente existirá sempre algum volume ósseo independente do osso analisado.

Nos maxilares, por vezes, a perda dos dentes leva a uma grande reabsorção óssea. Isto faz que em alguns pacientes o volume ósseo seja muito reduzido. Nestes casos, para a correta colocação de um implante apenas possuímos duas soluções. Ou o recurso a técnicas cirúrgicas avançadas que maximizam o uso do osso disponível para que nenhuma técnica regenerativa tenha de ser aplicada ou o recurso a implantes individualmente fabricados. Caso isto não seja possível deve-se então considerar uma cirurgia de enxerto ósseo pré-implante.

Nunca esquecer que cada caso é único e a avaliação clínica e radiológica extensiva é obrigatória para um bom diagnóstico e planeamento.

Quem não pode colocar implante?

Não existem restrições absolutas para a colocação de implantes dentários. Obviamente ter uma boa saúde geral é o que mais conta no momento de optar por uma reabilitação oral com implantes dentários.

Certas patologias comuns, embora não impeditivas, podem interferir com o sucesso dos implantes:

  • Pessoas diabéticas não tratadas;
  • Hipertensos não compensados;
  • Pacientes com problemas cardíacos que não seguem o tratamento
  • Pessoas que usam medicamentos que afetam a cicatrização óssea
  • Pacientes que fazem radioterapia.
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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Prémio da Fundação La Caixa
O ventilador Atena foi distinguido no concurso express do programa Caixaimpulse COVID-19, da Fundação La Caixa, que selecionou...

O Atena é um ventilador médico invasivo para dar suporte ao tratamento de doentes com falência respiratória aguda provocada pela COVID-19. Foi desenvolvido e produzido em 45 dias pelo Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto (CEiiA), no âmbito da comunidade 4Life, que juntou o conhecimento médico especializado, universidades e empresas, contando com o apoio financeiro de mecenas e de milhares de portugueses.

“Quando começámos este projeto, sabíamos que era uma meta muito ambiciosa, mas também sabíamos que a nossa missão era enorme – a de salvar vidas, numa altura de emergência de saúde sem precedentes. Graças ao envolvimento dos mecenas e dos parceiros, conseguimos já produzir 100 ventiladores, com todas as caraterísticas essenciais para responder a esta pandemia, num muito curto espaço de tempo. Este prémio vem reconhecer a nossa competência, entrega e paixão.”, sublinha José Rui Felizardo, CEO do CEiiA.

O concurso da Fundação La Caixa teve como objetivo contribuir para encontrar possíveis caminhos para a cura para a COVID-19, fixando-se em três pilares-chave da atuação contra a doença: prevenção, diagnóstico e tratamento. Das 349 candidaturas, vindas de 222 centros de investigação, hospitais e universidades, 44 foram apresentadas por entidades portuguesas.

Entre os profissionais que fizeram parte do painel de seleção destacam-se reconhecidos especialistas internacionais em gestão da inovação e da investigação biomédica. Na decisão, e face à situação de emergência, os critérios de avaliação tiveram em conta a eficiência e capacidade de implementação, com celeridade, das soluções propostas, valorizando a viabilidade técnica e científica, o potencial de translação, a relevância social e o impacto do projeto.

Época gripal
A preparar-se para o pior, Portugal vai investir mais de 13,6 milhões de euros na compra de dois milhões de vacinas contra a...

A informação foi avançada hoje pelo Secretário de Estado da Saúde, António Sales, durante conferência de imprensa diária sobre a Covid-19.

Segundo o governante, o Conselho de Ministros autorizou “a despesa para aquisição de vacinas para a próxima época gripal” e “Portugal pretende adquirir dois milhões de doses de vacinas”.

“Trata-se de um aumento de 34% e de mais 500 mil doses em relação à última época gripal”, referiu, frisando que “o Governo pretende fazer este esforço significativo, muito além da previsão inicial que era de um aumento de 5,4% das doses, num investimento global de 13,6 milhões de euros, valor sem IVA”.

António Sales considera que a próxima época gripal será “crítica do ponto de vista potencial de carga de doença resultante de duas epidemias de doenças respiratórias em simultâneo”, a gripe e a Covid-19, que pode levar a uma maior procura de vacinas por parte dos grupos de risco e da população em geral”.

“Preparamo-nos para o pior e esperamos pelo melhor. Continua a ser este o nosso caminho”, concluiu.

 

Recomendações
De acordo com informação do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) espera-se, nos próximos dias, tempo quente e seco...

Face a estas previsões que apontam temperaturas muito próximas dos 40 graus, a DGS recomenda à população que adote várias medidas de proteção, principalmente as crianças, idosos, doentes crónicos, grávidas, pessoas com mobilidade reduzida, trabalhadores com atividade no exterior, praticantes de atividade física e pessoas isoladas.

Entre as recomendações, a DGS aconsela a procurar ambientes frescos e arejados ou climatizados; a aumentar a ingestão de água ou de sumos de fruta natural sem açúcar e evitar o consumo de bebidas alcoólica e a evitar a exposição direta ao sol, principalmente entre as 11 e as 17 horas;

Deve opta por utilizar roupa solta, opaca e que cubra a maior parte do corpo, chapéu de abas largas e óculos de sol com proteção ultravioleta e evitar atividades que exijam grandes esforços físicos, nomeadamente, desportivas e de lazer, no exterior. 

Se for viajar de carro, escolha as horas de menos calor e não permaneça dentro de viaturas estacionadas e expostas ao sol.

Por outro lado, o IPMA prevê para todos os distritos de Portugal continental e para os próximos dias, um risco muito elevado de exposição à radiação ultravioleta (UV), com exceção da Guarda que está com níveis extremos.

A radiação ultravioleta pode causar graves prejuízos para a saúde, se o nível exceder os limites de segurança. O índice desta radiação apresenta cinco níveis, entre o «baixo» e o «extremo», sendo o máximo o 11. Assim:

  • Quando o índice é considerado «alto», entre 6 e 7, é aconselhável utilizar óculos de sol com filtro UV, chapéu, t-shirt e protetor solar;
  • Em regiões com índice de radiação «muito alto», entre 8 e 10, recomenda-se a utilização de óculos de sol com proteção UV, chapéu, t-shirt, guarda-sol, protetor solar e evitar a exposição das crianças ao Sol;
  • Quando o índice é igual ou superior a 11, as recomendações vão no sentido de evitar o mais possível a exposição ao sol e aproveitar para descansar em casa.

Este cálculo é feito com base nos valores observados às 13 horas em cada dia relativamente à temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação nas últimas 24 horas.

Sintomas
Estima-se que a enxaqueca afete cerca de 8% a 15% da população, sendo mais frequente do que doenças

É verdade que as cefaleias estão entre as doenças mais comuns do sistema nervoso, estimando-se que metade da população sofra com bastante frequência de dores de cabeça. No entanto, poucos sabem que, entre as cefaleias, existem mais de 200 tipos diferentes.

De acordo com a MiGRA Portugal – Associação Portuguesa de Doentes com Enxaqueca e Cefaleias, tendo em conta o que está na sua origem, as cefaleias podem ser classificadas como Cefaleias Primárias ou Secundárias. As primeiras são, como explica esta associação de doentes, “doenças por si só”, enquanto as secundárias são causadas por outras condições, sejam elas patologias, traumas ou o uso excessivo de medicação, por exemplo.

As cefaleias primárias, como a enxaqueca ou a cefaleia de tensão, são as mais frequentes, estimando-se que correspondam a 90% dos casos de cefaleia relatados. E, embora o mesmo doente possa sofrer de ambas, são “efetivamente patologias diferentes”.

Na enxaqueca a dor é, geralmente, forte, pulsátil ou latejante; afetando apenas um lado da cabeça. Entre as queixas mais frequentes encontram-se ainda as náuseas e/ou vómitos e a intolerância à luz, ao ruído e aos cheiros. Outra particularidade associada a este tipo de cefaleia é o facto de poder intensificar-se com o esforço físico, pelo que se aconselha que, durante um episódio de enxaqueca, os doentes evitem a prática de exercício físico intenso adaptando-a a esta condição.

De acordo com as explicações a MiGRA- Portugal, a enxaqueca pode ser precedida de um conjunto de sintomas neurológicos transitórios – ao qual se atribui a designação de aura – e onde se podem incluir as perturbações de visão, sensação de formigueiro ou dormência na face ou nas mãos e dificuldades na fala. Este fenómeno, no entanto, ocorre numa pequena percentagem de casos – cerca de 15% -, antecede a dor e cada episódio pode durar até 30 minutos.

Embora a periodicidade da enxaqueca possa variar muito de doente para doente, estabeleceu-se que “quando o doente apresenta mais de 15 dias de enxaqueca por mês” esta corresponde a uma condição crónica.

Independentemente da sua cronicidade, “um episódio de enxaqueca pode durar algumas horas e estender-se até 72h”, não existindo queixas entre as crises.

No entanto, a MiGRA Portugal deixa um alerta a quem sofre de enxaqueca: “independentemente de ser crónica ou episódica, é aconselhável ser acompanhado por um médico caso apresente três ou mais dias de crises de enxaqueca por mês”.

Frequentemente desvalorizada, a verdade é que a enxaqueca tem um grande impacto vida social, familiar e profissional dos doentes.

Segundo o estudo My Migraine Voice, realizado em doentes com enxaqueca em mais de quatro dias por mês e que já falharam medicação preventiva, cerca de 80% dos doentes disse sentir-se muito ou extremamente limitado na realização das suas atividades diárias durante uma crise e 71% dos doentes confessou depender da ajuda de familiares ou amigos para a realização destas atividades.

Por outro lado, “o impacto da enxaqueca na vida profissional dos doentes e consequente impacto económico na sociedade é muito elevado, especialmente pelo facto desta patologia afetar maioritariamente pessoas em idade produtiva e gerar uma enorme perda de horas de trabalho e redução da produtividade, com 50% dos doentes a necessitarem de faltar ao trabalho em média 4 dias por mês”, explica a Associação Portuguesa de Doentes com Enxaqueca e Cefaleias.

 Embora não tenha cura, é possível minimizar o seu impacto, para isso é essencial que saiba antecipar uma crise e procurar perceber o que pode desencadear a enxaqueca. Não espere que a dor intensifique para tomar medicação e evite, tanto quanto possível, os fatores desencadeantes.

Para prevenir as crises, a MiGRA Portugal aconselha ainda a que pratique exercício físico regularmente (embora adequado à sua condição), que mantenha a rotina nos horários de dormir e acordar e que durma no mínimo 8 horas por noite. Evite o tabaco, não passe muitas hores sem comer e tente combater a ansiedade ou o stresse.

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Efeitos da Covid-19
Cálculos divulgados pela Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil indicam que o peso da população infantil terá...

Os dados sobre os efeitos da pandemia do novo coronavírus na obesidade infantil em Portugal ainda não estão disponíveis, mas as previsões hoje divulgadas pela APCOI - Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil em véspera do Dia Nacional de Luta Contra a Obesidade (que se assinala este sábado 23 de maio de 2020) não são positivas: estima-se que o confinamento e encerramento das escolas tenha um impacto direto no peso corporal das crianças que se poderá traduzir num aumento médio de pelo menos 10%.

Mário Silva, Presidente da APCOI alerta ainda que "vários estudos científicos anteriores à pandemia já tinham demonstrado haver aumento de peso durante os períodos de férias escolares, principalmente entre as crianças que já tinham excesso de peso e obesidade”.

De acordo com os cálculos realizados pela APCOI, se cada criança por dia tiver ingerido em média cerca de 200-300 calorias extra (por exemplo, através do consumo adicional de algumas fatias de bolo ou bolachas), sem ter aumentado na mesma proporção o seu gasto energético diário através de atividade física, isso significa que nos últimos dois meses, aproximadamente terão sido acumuladas 12.000 a 18.000 kcal a mais, o que corresponde a um aumento de peso de pelo menos 2 kg.

 

Covid-19
O alerta foi feito ontem pela Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, que aproveitou a conferência de imprensa diária para...

“Os cidadãos não podem descurar as medidas porque nós não sabemos [se o calor tem influência no abrandamento]. Este vírus ainda não se deixou estudar completamente. Há coisas que não sabemos e temos de ter a humildade de dizer que não sabendo, temos de continuar a vigiá-lo e a tomar medidas para o pior cenário”, afirmou Graça Freitas.

A Diretora-Geral da Saúde, acompanhada do Secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, foi questionada sobre estudos e teorias que dão conta de que o novo coronavírus, que é já responsável pela morte de mais de 328 mil pessoas, reage bem ao calor.

“A questão da temperatura é uma questão que todo o mundo acompanha com ansiedade. Os outros coronavírus, os quatro que são sazonais, são sazonais porque aparecem sobretudo no outono e no inverno e começam a ter uma atividade muito baixa na primavera e no verão. Se este vírus tiver este comportamento vamos ter um alívio de casos no verão, mas não temos a certeza”, sublinhou a Diretora-Geral da Saúde.

Graça Freitas frisou a necessidade de “continuar a vigiar” e, como exemplo relativamente à incerteza do comportamento do vírus, lembrou o caso de Singapura. “Não podemos nem por um momento descurar a vigilância epidemiológica, a monitorização dos casos, o isolamento dos casos. Estamos todos, à escala planetária, à espera do verão para ver o comportamento do vírus. Singapura está no Equador e teve surtos. É um país quente e teve de controlar casos. Temos de ter cuidado e estar muito atentos em relação à temperatura”, concluiu.

É essencial o equilíbrio entre ficar em casa e a retoma das atividades

Na semana em que Portugal iniciou a reabertura de alguns espaços como creches, aulas presenciais para os 11.º e 12.º anos, lojas de rua, cafés, restaurantes, museus, monumentos e palácios, ao Secretário de Estado da Saúde foi pedido um balanço sobre o desconfinamento.

“Ainda não estamos em tempo de balanço. Estamos ainda em tempo de dar respostas. É importante passar a mensagem [de equilíbrio] entre o ‘fique em casa’ e o ‘retome a sua atividade’. É importante que as pessoas percebam que continua a haver um critério de salvaguarda e contenção. É do ponto de equilíbrio que vai resultar com certeza no futuro um balanço favorável”, afirmou António Lacerda Sales.

Balanço
São mais de 73 mil os profissionais de saúde que têm acesso à plataforma de acompanhamento de doentes em internamento...

Estes dados foram avançados na última conferência de imprensa diária de acompanhamento da evolução da pandemia, pelo Secretário de Estado da Saúde, António Sales, acrescentando que há cada vez mais profissionais a utilizar esta plataforma.

“Todos os dias aumentamos a nossa capacidade de vigilância de casos em domicílio”, revelou António Lacerda Sales, acrescentando que “existem mais 30 profissionais de saúde na plataforma Trace Covid, num total de cerca de 73.520 profissionais, que monitorizam mais de 398 mil utentes inscritos desde o início da pandemia, 16 mil dos quais em vigilância clínica”.

De acordo com Secretário de Estado a Trace Covid “tem funcionado muito bem”, no entanto admite que “é evidente que haverá sempre espaço para melhoria”. Segundo António Sales, o  Governo tem “feito um grande investimento nos cuidados domiciliários” e vai manter a aposta nas teleconsultas.

 

Opinião
Karl Marx não poderia estar mais certo quando disse “Não é a consciência do homem que lhe determina

O ser humano é um ser social que constrói permanentemente relações com os outros. Entenda-se como relação capacidades sociocognitivas que nos permite interagir com os nossos pares, compreendendo as suas intenções e respondendo de acordo com o expectável. É precisamente a falta destas capacidades, um dos aspectos fundamentais da esquizofrenia.

A distorção da perceção da realidade é um aspeto nuclear da esquizofrenia. Esta doença pode igualmente caraterizar-se por alterações a nível do pensamento, atividade social, afetos e comportamento motor. Também se podem verificar-se disfunções neurocognitivas que influenciam e comprometem o funcionamento social do indivíduo.

Lamentavelmente, com demasiada frequência, as pessoas com este diagnóstico são rotuladas como menos capazes comparativamente às que não têm uma doença mental.

O preconceito pode surgir nas formas mais variadas. Assim, estes doentes, para além de enfrentar as consequências da doença propriamente dita, têm que se confrontar com o estigma, contribuindo para este a ideia generalizada de que a esquizofrenia se associa a comportamento violento.

A par do preconceito, disfunções sociais e ocupacionais (que por vezes caraterizam de forma significativa a doença), repercutem-se numa dificuldade em manter o emprego. Por outro lado, as estatísticas dizem-nos que a maioria dos doentes com esquizofrenia são solteiros e têm contactos sociais limitados fora do seu núcleo familiar restrito.

Os indivíduos com esquizofrenia parecem ser mais vulneráveis a estímulos ambientais geradores de stress. Em particular, são muito suscetíveis a ambientes familiares conflituosos com o chamado alto nível de “emoções expressas”. Assim, discussões com contacto ocular direto podem contribuir (e frequentemente são um dos principais fatores) para a descompensação clínica que pode culminar com um internamento.

A esquizofrenia é uma doença crónica e tem tratamento.

À semelhança de um diabético que cumpra a sua terapêutica, a pessoa com esquizofrenia, com boa adesão à consulta, terapêutica farmacológica adequada e bem integrada socialmente, pode ter uma vida estável.

Autores:
Dra. Margarida Albuquerque
Dra. Margarida Fraga
Dr. Pedro Cintra
Dr. Pedro Espada Santos
Médicos do Departamento de Saúde Mental do Hospital de Cascais

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Barómetro de Internamentos Sociais & COVID-19
A Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) e a Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH) vão realizar...

A 4ª Edição do Barómetro de Internamentos Sociais, referido ao dia 18 de fevereiro de 2020, mostra que 54% dos internamentos inapropriados ocorrem nos Serviços de Medicina Interna, ocupando 25% das camas disponíveis. Para além disto representar um enorme desperdício de meios, acresce o facto de em simultâneo, os Serviços de MI terem mais 36% de camas extra, noutros Serviços do Hospital, mais de metade no Serviço de Urgência, onde os doentes permanecem internados durante vários dias.

Dado o atual contexto de pandemia por COVID-19 foi desenvolvida uma iniciativa adicional destinada exclusivamente à avaliação deste fenómeno nos doentes com esta doença internados nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde / Serviços Regionais de Saúde.

A sessão apresentação contará com a participação de Purificação Gandra, Coordenadora Nacional da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), Sofia Borges Pereira, Vogal do Conselho Diretivo da Segurança Social (SS), João Araújo Correia, Presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) e Alexandre Lourenço, Presidente da APAH.

 Inscrições em: https://www.spmi.pt/barometro-dos-internamentos-sociais-2020-covid19-apresentacao-publica/

 

Mito ou Verdade
Sabia que os cancros de pele não são todos iguais e que até mesmo o mais agressivo pode ter cura?

O melanoma não tem cura.

MITO. O melanoma se diagnosticado e tratado precocemente na sua fase inicial, “in situ”, tem uma probabilidade de cura de cerca de 99 a 100% dos casos.

O melanoma só atinge a pele.

MITO. O melanoma se não for diagnosticado e tratado precocemente invade os gânglios e potencialmente qualquer órgão humano. Se deixado sem tratamento e quando metastizado em vários órgãos mata, em média, em menos de 1 ano.

Todos os cancros de pele são iguais.

MITO. Existem vários tipos de cancros da pele: os mais frequentes, por ordem decrescente são: carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular e melanoma. Este último, apesar de ser o menos frequente, é o que potencialmente invade com mais rapidez e frequência levando à morte não tratado.

O cancro de pele só aparece aos mais velhos.

MITO. Os cancros da pele, no seu conjunto, apesar de serem mais frequentes com a idade estão a aparecer em idades mais jovens. Hoje já não é raro tratarmos pacientes na 2ª, 3ª e 4ª década de vida com cancros da pele.

O melanoma desenvolve-se a partir de um sinal existente.

MITO E VERDADE. 2/3 dos melanomas surgem em pele aparentemente sã mas, muitas vezes, historicamente sujeita a queimaduras solares sobretudo na infância, adolescência e em jovem adulto. Em 1/3 dos casos surgem pela alteração de sinais pré-existentes designados “nevos atípicos” (irregulares na forma, contorno, cor, com dimensão progressiva e evolução ou alteração recente: esteja atento à regra do “patinho feio” e à regra do ABCDE).

Os sinais suspeitos aumentam de tamanho, mudam de cor e aspeto.

MITO E VERDADE. Se forem sinais “melanocíticos” é verdade, mas há sinais escuros, por exemplo, designados de “queratoses seborreicas” que tem aspeto de verruga, que podem ser muito pigmentados, aumentam de tamanho, mas frequentemente se desintegram, “esfarelam” com pequenos traumatismos às vezes até a esfregar com a toalha. Estas queratoses seborreicas são geralmente benignas, sem risco de cancros da pele. O importante é saber distinguir os “maus” dos “inocentes”.

O melanoma é o mais mortal dos cancros que atingem a pele.

VERDADE. O melanoma se não for detetado e tratado precocemente pode levar à morte. Tem, na maioria das vezes, um crescimento horizontal mas depois assume um crescimento vertical e invade os gânglios e não tratado invade potencialmente qualquer órgão humano e mata. Raramente, o melanoma pode assumir um crescimento rapidamente vertical sendo neste caso pior o seu prognóstico.

História familiar de melanoma é um importante fator de risco.

VERDADE. Por vezes pode existir genética de predisposição para determinados tipos de melanoma. Pode existir o designado síndrome de “nevos atípicos” em que a pessoa e outros elementos da família têm múltiplos “sinais” irregulares na cor e contorno e em que existe mais risco de um deles evoluir para melanoma ou surgir um melanoma “de novo”. É sobretudo para estes que está aconselhado observação mais apertada e a vigilância com dermatoscopia digital computorizada. Pode ainda existir uma pele de risco (pele clara, que facilmente e rapidamente fica vermelha com o sol, frequentemente sardenta, muitas vezes associada a olho claro e cabelo claro designada por Fototipo I e II).


Quando identificado e tratado precocemente, o Melanoma apresenta, de acordo com o dermatologista Osvaldo Correia, uma taxa de cura superior a 90%

Quem tem pele, cabelo e olhos claros apresenta maior risco de desenvolver melanoma.

MITO E VERDADE. Os de fototipo I e II têm frequentemente olho e cabelo claro, são sardentos, rapidamente ficam corados com a exposição solar e desenvolvem facilmente queimaduras solares, em geral raramente bronzeiam. Mas, sobretudo em Portugal, não é raro vermos pessoas de olhos e cabelo escuro mas que ficam sardentas e vermelhas com o Sol, tendo dificuldade em ter a pele bronzeada, logo possuem Fototipo baixo. Além disso, as pessoas de pele mais escura e que rapidamente bronzeiam também têm risco de cancros da pele. Frequentemente estão ao Sol mais tempo e menos protegidas assumindo assim um risco acrescido de também virem a desenvolver cancros da pele.

O melanoma afeta apenas as regiões expostas ao sol.

MITO. Surge frequentemente em áreas onde a pele foi submetida a queimaduras solares durante a vida, desde criança, adolescente ou adulto, sobretudo no tronco, e membros. No entanto podem também surgir algumas formas de melanoma em pele exposta prolongadamente ao sol, como a face. Existem ainda melanomas que surgem de nevos congénitos (de nascença) e melanomas em sinais ou pele aparentemente sã que não é exposta habitualmente ao sol, bem como em mucosas pelo que devemos também examinar a mucosa oral, genital e anal.

À sombra não é necessário usar proteção solar.

MITO. A sombra tem que ser muito maior que o guarda-sol. É preciso lembrar que existe reflexão dos UV (ultravioleta) em várias superfícies: a neve pode refletir até 85% dos UV, 80% dos UV passam através das nuvens, 20% dos UV podem ser refletidos na relva ou cimento, a areia seca reflete 20% dos UV mas a areia molhada pode refletir 40%, a água reflete até 50% dos UV e mais de 50% dos UV atingem 50 cm de profundidade e os vidros filtram bem os UVB mas permitem a penetração de parte dos UVA.

Quanto mais alto o fator de proteção solar, melhor o protetor.

MITO. Aconselha-se proteção solar (FPS) ≥ 30 em textura de creme ou leite. Existem protetores solares no mercado (FPS) ≥ 50 mas em texturas muito fluidas, sprays ou brumas ou invisíveis (!!!) que frequentemente originam uma aplicação aparentemente cómoda mas geralmente enganosa, podendo limitar o aparecimento nalgumas peles  de queimadura mas permitindo a penetração de muita radiação, sobretudo UVA pelo que estas texturas DEVEM SER EVITADAS.

Só no verão é que nos devemos preocupar com a exposição solar.

MITO. O Sol brilha todo o ano e por vezes os índices de UV são elevados mesmo no Outono, Inverno e sobretudo na Primavera. Podemos ter dias com temperatura baixa ou amena e índice de UV elevado. Consulte o site do Instituto Português do Mar e Atmosfera (http://www.ipma.pt)

Saiba mais em:
http://www.apcancrocutaneo.pt e http://www.euromelanoma.org/portugal

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dia Nacional da Luta contra a Obesidade
Doentes e profissionais de saúde estão preocupados com o efeito que a quarentena e a suspensão de cirurgias e consultas possam...

Segundo a Federação Mundial da Obesidade (WOF) as doenças relacionadas com a obesidade parecem piorar o efeito da infeção pelo novo coronavírus. Além disso, a pandemia atual pode contribuir para um aumento nas taxas de obesidade, já que os programas de perda de peso e intervenções cirúrgicas têm sido restringidos nas últimas semanas e é provável que as restrições continuem por mais algum tempo. O confinamento também tem impacto na mobilidade e pode levar à inatividade física forçada que, mesmo que por curtos períodos de tempo, aumenta o risco de doença metabólica.

Carlos Oliveira, presidente da ADEXO, considera que “é fundamental lembrar que, tal como a COVID-19, a obesidade também é um problema de saúde pública em Portugal e tem de ser tratada como tal. É urgente retomar cirurgias e consultas, olhar com seriedade para a necessidade de comparticipação do tratamento farmacológico e sobretudo promover os hábitos de vida saudáveis para que quem já tem excesso de peso não agrave o seu problema devido à pandemia”.

Paula Freitas, endocrinologista e presidente da SPEO reforça esta ideia e sublinha  que “dado que em Portugal a prevalência de obesidade na população adulta tem vindo a aumentar e uma vez que o nosso país foi um dos primeiros a reconhecer a obesidade como uma doença, a SPEO gostaria de ver a obesidade a ser tratada como a patologia grave que é. É preciso um diagnóstico mais atempado e reencaminhamento dentro do sistema de saúde, apostar na promoção de uma melhor educação para a saúde e promoção correta da perda de peso. Existe também a necessidade de uma reestruturação dos programas de tratamento existentes no nosso país. Há que dotar os profissionais de saúde dos Cuidados de Saúde Primários de conhecimentos sobre o tratamento global da obesidade, mas também de meios físicos e económicos. E todas estas medidas são particularmente importantes neste contexto de pandemia que vivemos hoje”.

Os dados sobre o impacto da pandemia na obesidade infantil em Portugal ainda não estão disponíveis, mas as previsões da APCOI não são muito positivas: estima-se que o confinamento tenha um impacto direto no peso corporal das crianças que se poderá traduzir num aumento médio de 10%. Mário Silva, Presidente da APCOI refere ainda que "vários estudos científicos anteriores à pandemia já tinham demonstrado haver aumento de peso durante os períodos de férias escolares, principalmente entre as crianças que já tinham excesso de peso e obesidade”. De acordo com os cálculos realizados pela APCOI, se cada criança por dia tiver ingerido em média cerca de 200-300 calorias extra (por exemplo, através do consumo adicional de algumas fatias de bolo ou bolachas), sem ter aumentado na mesma proporção o seu gasto energético diário através de atividade física, isso significa que nos últimos dois meses, aproximadamente terão sido acumuladas 12.000 a 18.000 kcal a mais, o que corresponde a um aumento de peso de pelo menos 2 kg”.

Já Marisa Oliveira, presidente da APOBARI, mostra a sua preocupação relativamente ao acesso às cirurgias uma vez que estas contribuem para tratar muitos casos de forma quase definitiva: “graças à cirurgia bariátrica controlamos a obesidade e deixamos de sofrer de inúmeras comorbilidades associadas à doença. Adquirimos uma melhor qualidade de vida e deixamos de ser grupo de risco. É por isso que mesmo durante a pandemia é preciso continuar a tratar cirurgicamente as pessoas com obesidade, pois além de estarmos a tratar esta doença, estamos também a diminuir o risco de complicações em caso de infeção por COVID-19”.

Além do risco de complicações em caso de infeção por COVID-19, a obesidade tem um enorme impacto na saúde, estando associada a mais de 200 outras doenças, como diabetes, dislipidemia, hipertensão arterial, apneia do sono, síndrome metabólica, doenças cardiovasculares, incontinência urinária, e cerca de 13 tipos de cancros, sendo ainda responsável por alterações musculoesqueléticas, infertilidade, depressão, diminuição da qualidade de vida e mortalidade aumentada, o que faz com que represente também um grande “fardo” do ponto de vista económico, pelos seus custos diretos e indiretos.

Segundo Carlos Oliveira da Adexo não é a obesidade que está associada às doenças cardiovasculares, não é a obesidade que está associada à diabetes, não é a obesidade que está associada às doenças respiratórias e apneia do sono. É a obesidade que provoca e acelera todas estas doenças e se é assim porque razão não é considerada uma doença com tratamento prioritário?

Esta doença complexa e multifatorial é um dos principais problemas do século XXI, tendo já atingido proporções epidémicas. É por isso que neste dia Nacional de Luta contra a Obesidade ADEXO, APOBARI e APCOI pedem às pessoas com obesidade que sigam à risca todas as regras de distanciamento social e higiene respiratória para evitar a infeção por coronavírus e apelam ao Ministério da Saúde para que o tratamento e prevenção da obesidade não sejam colocados em segundo plano.

Balanço
De acordo com Instituto Nacional de Emergência Médica, desde o início de março, já foram transportados cerca de 12.643 utentes...

Com a passagem para a Fase de Mitigação no plano de resposta da Direcção-Geral da Saúde à Covid-19, O INEM relembra que qualquer situação de falta de ar triada pelos Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) foi considerada suspeita de Covid-19, obrigando os profissionais de emergência médica pré-hospitalares a cuidados redobrados.

A instituição fez ainda saber que os transportes realizados obrigaram a uma desinfeção cuidadosa das ambulâncias e dos seus equipamentos, sendo que algumas foram realizadas em colaboração com a Guarda Nacional Republicana, Forças Armadas e outros agentes de proteção civil.

Paralelamente, a partir do dia 10 de março que o INEM disponibilizou equipas de enfermagem para efetuar recolha de amostras biológicas em domicílios, lares ou outras instituições, para diminuir a necessidade de transporte de utentes aos hospitais. As seis equipas que o INEM criou para este efeito efetuaram um total de 7.497 recolhas de amostras para análise até à data.

Com o objetivo de detetar precocemente casos suspeitos de infeção pelo novo coronavírus, o INEM alocou aos aeroportos continentais equipas para monitorizar e avaliar casos suspeitos. Desde o dia 20 de março e até ao dia 10 de maio foram monitorizados 1.598 passageiros, tendo sido detetados 10 casos suspeitos. Foram igualmente controlados pelos trabalhadores do INEM 1.916 passageiros do navio cruzeiro MSC Fantasia, aportado em Lisboa, não tendo sido detetado qualquer caso suspeito.

O INEM operacionalizou adicionalmente estruturas de apoio para unidades hospitalares, tendo montado tendas de triagem nos Hospitais de São João, no Porto, e Dona Estefânia, em Lisboa. E auxiliou ainda na montagem de um «hospital de campanha» em Ovar, com a cedência de material e consultoria técnica para montagem da estrutura provisória.

Desde o início da pandemia, que 18 trabalhadores e colaboradores do INEM testaram positivamente Covid-19. A 17 de maio apenas três profissionais foram confirmados com a infeção. 

O INEM procurou, durante este período, criar soluções para que os seus trabalhadores pudessem exercer funções através do regime de teletrabalho. Medida que abrangeu 200 profissionais - trabalhadores de backoffice e profissionais dos CODU.

A par de todo o trabalho efetuado em contexto Covid-19, o INEM, através do Sistema Integrado de Emergência Médica, O INEM afirma que continuou a responder ao trabalho quotidiano, às doenças súbitas e acidentes que não deixaram de acontecer, garantindo a prestação de cuidados de emergência pré-hospitalar a todos os cidadãos que deles necessitaram.

O Hospital Dr. Francisco Zagalo – Ovar (HFZ-Ovar) participa, como “caso-piloto”, num projeto que visa a criação de uma escala...

“A nossa instituição apresenta enorme expetativa no desenvolvimento deste importante projeto, do qual somos parceiros em conjunto com a Winning Consulting. Temos que estar preparados para futuras ocorrências tão impactantes da nossa atividade assistencial como foi a Covid-19 e esta escala de risco que está a ser criada, com definição de planos de contingência específicos associados ao risco que venha a ser identificado em cada momento, é de uma importância extrema para a nossa instituição e, diria mesmo, para todo o SNS”, afirma o presidente do Conselho Diretivo do HFZ-Ovar, Luís Miguel Ferreira.

De acordo com os promotores, a escolha do HFZ-Ovar para “caso-piloto” prende-se “com a existência de uma colaboração prévia e com o impacto da pandemia neste concelho, que esteve um mês em estado de calamidade pública e em cerca sanitária”.

O objetivo do projeto, descreve a nota informativa do Serviço Nacional de Saúde, – recentemente contemplado com quase 30.000 euros no âmbito da iniciativa “RESEARCH 4 COVID19” da Fundação para a Ciência e Tecnologia – passa por criar uma ferramenta que permita determinar o risco de infeção pelo novo coronavírus (SARS-CoV2), responsável pela atual pandemia. Entre os parâmetros utilizados para avaliação do risco estão o número de infetados, a gravidade dos casos e o número de profissionais de saúde, por exemplo.

A ideia é que esta escala possa ser utilizada por todos os hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS). “É essencial que os hospitais estejam preparados para agirem proativamente, por antecipação, perante a Covid-19”, salienta o coordenador do projeto, Ricardo Cruz Correia.

A aplicação desta escala vai permitir calcular o nível de risco a cada momento, reorientar as equipas e adequar a capacidade e a oferta do hospital, num curto espaço de tempo, garantindo a segurança e a qualidade dos cuidados prestados.

 

Campanha "Cada Segundo Conta"
A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) está a promover uma campanha nacional de consciencialização para o...

"Na presença de dor no peito, acompanhada de suores, náuseas, vómitos, falta de ar e ansiedade, a pessoa deve ligar imediatamente para o 112, seguir as recomendações que lhe forem dadas e aguardar pela ambulância. Não deve tentar chegar a um hospital pelos seus próprios meios porque este poderá ser um centro sem capacidade para realizar o tratamento mais adequado", alerta João Brum Silveira, presidente da APIC.

A campanha Cada Segundo Conta tem a colaboração de José Carlos Pereira, Leonor Seixas, Manuela Couto, Paula Marcelo, que se juntam, assim, aos embaixadores António Sala, Isaac Alfaiate, Joana Vieira, Mariana Alvim, Serenella Andrade, Ana Bravo, Isabel Moiçó, João Moleira, entre outras figuras públicas. No decorrer do mês de maio, os embaixadores vão partilhar vídeos nas suas redes sociais, alertando para os sintomas de alarme que podem ocorrer no enfarte agudo do miocárdio.

Esta iniciativa, que conta com o apoio do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e com o Alto Patrocínio do Presidente da República, tem como objetivos promover o conhecimento e compreensão sobre o enfarte agudo do miocárdio e os seus sintomas; e alertar para a importância do diagnóstico atempado e tratamento precoce. Para mais informações sobre esta campanha consulte a página online da mesma.

 

Balanço
As exportações em Saúde atingiram os 377 milhões de euros no primeiro trimestre de 2020, o que se traduz num crescimento de 8,8...

As exportações da área da Saúde cresceram, assim, em contraciclo com as exportações nacionais de bens, que apresentam um decréscimo de 3,3% em comparação com igual período do ano passado.

Estes números surgem no seguimento dos esforços desenvolvidos por empresas e entidades do sector no sentido de consolidar a presença de Portugal nos mercados externos. O Health Cluster Portugal definiu como objetivo, até 2025, ultrapassar os 2,5 mil milhões de euros de exportações em saúde.

Salvador de Mello, presidente do HCP, considera que este resultado positivo “reflete o dinamismo e o esforço desenvolvido pelo setor, sendo particularmente importante num momento em que a área da saúde tem sido tão desafiada e colocada à prova. As empresas do cluster têm demonstrado uma forte capacidade de adaptação, assumindo o HCP o seu papel agregador promovendo sinergias entre muitos dos seus associados”.

Neste valor de exportações estão incluídas a fabricação de produtos farmacêuticos de base, a fabricação de preparações farmacêuticas, a fabricação de equipamento de radiação e electromedicina e a fabricação de instrumentos e material médico-cirúrgico.

O setor da saúde representa para a economia nacional um volume de negócios anual na ordem dos 30 mil milhões de euros e um valor acrescentado bruto de cerca de 9 mil milhões, envolvendo perto de 90 mil empresas e empregando quase 300 mil pessoas.

 

Entenda a relação
A Insuficiência Cardíaca é uma doença crónica altamente debilitante e, em alguns casos, fatal, no en

As complicações cardiovasculares são umas das comorbilidades mais importantes da Diabetes, estimando-se que, quando não tratadas, sejam responsáveis pela morte de sete em cada 10 doentes diabéticos. A insuficiência cardíaca é uma das entidades clínicas associadas à doença. No entanto, ainda são muitos os que desconhecem esta relação.

De acordo com as explicações da cardiologista, Sara Gonçalves, a diabetes é um importante fator de risco para a doença coronária, que está na origem da Insuficiência Cardíaca. “Por outro lado, sabe-se que, mesmo na ausência de doença coronária, a presença da diabetes mellitus origina alterações do metabolismo das células cardíacas alterando o seu normal funcionamento e levando a uma entidade clínica que chamamos de Cardiomiopatia Diabética, que condiciona também a presença de Insuficiência Cardíaca”, acrescenta quanto à relação entre as duas patologias.

Altamente debilitante, quando não tratada, a Insuficiência Cardíaca pode condicionar a qualidade de vida dos doentes, e conduzir à morte, pelo que é essencial que estejam atentos aos sinais: “cansaço, falta de ar (inicialmente quando se fazem atividades como caminhar ou subir escadas e em fases mais avançadas mesmo para pequenos esforços ou em repouso), falta de ar que agrava na posição deitada e/ou edema dos membros inferiores”.

“A Insuficiência Cardíaca é uma doença crónica, em que o coração não bombeia a quantidade de sangue suficiente por minuto para satisfazer todas as necessidades de nutrientes e oxigénio que o nosso organismo necessita para o seu bom funcionamento”, explica a especialista em cardiologia. O que significa que o coração tem dificuldade em funcionar corretamente para corresponder às necessidades do organismo (especialmente durante as atividades físicas) e simultaneamente, dificuldade em eliminar líquidos levando à sua acumulação. Por isso, “os doentes apresentam frequentemente sintomas que se devem ao facto de o sangue não chegar em quantidade suficiente aos vários órgãos e, por outro lado, sintomas secundários à acumulação de líquidos”.

Para além da Diabetes, existem outros fatores que podem condicionar o desenvolvimento desta doença, como a Doença Coronária (doença das artérias do coração que pode levar, por exemplo, a Enfarte Agudo do Miocárdio), a Hipertensão Arterial, a Hipercolesterolémia,  a Obesidade, a existência de História Familiar de insuficiência cardíaca e a exposição a gentes cardiotóxicos (por exemplo,  quimioterapia, álcool, radiação, anfetaminas).

Quanto ao tratamento, Sara Gonçalves revela que este depende do tipo de insuficiência cardíaca instalada. “Caso se trate de IC em que a “força” contráctil do coração se encontre diminuída (IC com Fração de Ejeção Reduzida), existe tratamento médico que ajuda no alívio de sintomas, na redução do risco de hospitalização e de morte associado à Insuficiência Cardíaca. Felizmente, a maior parte dos doentes melhora com utilização destes medicamentos, que são feitos de forma crónica e mantidos mesmo após a melhoria dos sintomas”, explica. No entanto, afirma que “para alguns doentes além deste tratamento médico é necessária a utilização de dispositivos semelhantes a “pacemakers” que ajudam o coração a contrair de forma mais eficaz (terapia de ressincronização miocárdica) e dispositivos que podem tratar arritmias graves (cardioversores-desfibrilhadores implantáveis)”. Não obstante, numa minoria de doentes “que mesmo assim permanecem sintomáticos, poderá ser necessária a utilização de terapias mais avançadas como o transplante cardíaco”.

Nos doentes em que a “força do coração está preservada” as opções de tratamento centram-se essencialmente na utilização de medicamentos que ajudam no alívio dos sintomas associados à retenção hídrica e ao tratamento das comorbilidades associadas, como a obesidade, diabetes ou hipertensão.

No doente com diabetes o tratamento da insuficiência cardíaca deve ser individualizado, uma vez que “alguns fármacos podem agravar a situação clínica do doente”. Por outro lado, explica a médica “existem várias opções terapêuticas no tratamento da diabetes, sendo que nem todas apresentam o mesmo benefício quando utilizadas no doente que apresente simultaneamente insuficiência cardíaca”. Deste modo, devem ser selecionadas as terapêuticas adequadas a cada caso, tendo em vista o melhor prognóstico destes doentes.

Em todo o caso, relembra a importância da manutenção de um estilo de vida saudável, a correta adesão à terapêutica e o acompanhamento médico regular. “O doente diabético (…) deve controlar os restantes fatores de risco cardiovasculares e discutir com o seu médico assistente quais as melhores opções terapêuticas para o seu caso e para prevenção de complicações, nomeadamente a insuficiência cardíaca e doença renal”.

Apesar dos números atualmente disponíveis não serem conclusivos, estima-se que mais de 45% das pessoas com diabetes apresentam também insuficiência cardíaca, por isso esteja atento!

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Covid-19
Integrado num ciclo de Web.Seminars sobre a Covid_19, o próximo Webinar, do IHMT vai decorrer amanhã, às 15h00, e vai ter...

A iniciativa surge de uma parceria entre o Instituto de Higiene e Medicina Tropical, da Universidade Nova de Lisboa (IHMT NOVA) e a Associação de Administradores Hospitalares (APAH), com o apoio do Centro Ciência LP e da Comunidade Médica de Língua Portuguesa (CMLP).

O encontro conta com a presença de Alexandre Abrantes, SubDiretor da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP-NOVA), José Manuel Esteves, Presidente da Associação dos Médicos de Língua Portuguesa de Macau e de Luzia Gonçalves, Professora de Bioestatística do IHMT-NOVA, com moderação de Carla Nunes, Diretora da ENSP-NOVA e Miguel Viveiros, SubDiretor do IHMT-NOVA.

A África Lusófona e a forma como o coronavírus SARS-CoV-2, causador da COVID-19, tem evoluído nos vários países africanos, estará em destaque no Webinar que vai decorrer dia 29 de maio, às 15h00, e que vai ter como palestrantes Magda Robalo, ministra da Saúde da Guiné-Bissau, e Maria da Luz Lima, presidente do Instituto Nacional de Saúde Pública de Cabo Verde.

As sessões são abertas às perguntas do público, esperando-se a contribuição de profissionais de saúde, cientistas, estudantes e todos os interessados em saber mais sobre o vírus que está a mudar o mundo.

Com a participação de nomes de referência na área da medicina e investigação científica, os Web.Seminars englobam uma primeira série intitulada “O que sabemos sobre a COVID-19”, a que se seguirá uma segunda série sobre "Como reorganizar os sistemas de saúde na era COVID-19".

Para discutir o impacto da Covid-19 cada ciclo será formado por seis webinares, com periocidade semanal e data marcada para todas as sextas-feiras, com duração de 60 minutos.

Para participar e colocar as suas questões no webinar “Aparecimento e Desenvolvimento da Pandemia – Ásia e Europa” deve proceder à sua inscrição no link: https://apah.zoom.us/webinar/register/WN_ooBeirjoTZ-cjYZBV7i_fA

Para participar bastará aceder através do link de acesso ou assistir ao vivo no Facebook da APAH ou do IHMT NOVA.

 

Covid-19
O indicador que define o grau de transmissibilidade de infeção (RT) do novo coronavírus está estável, com cada doente a...

Segundo o Secretário de Estado da Saúde, entre os 13 e 17 de maio, a média do RT foi de 0,95. Quer isto dizer que “a nível nacional um caso infetado originou, em média, menos de um caso secundário”, explicou António Sales, à imprensa.

“Estamos perante uma estabilidade deste indicador de transmissibilidade de infeção”, afirmou, considerando ser um “alento e um sinal de confiança no nosso futuro coletivo”.

António Sales referiu ainda que, desde 11 de maio, “a taxa de testes positivos diários ficou abaixo dos 5%”, lembrando que nos últimos dois meses e meio, entre 1 de março e 18 de maio, se realizaram 674 mil testes, o que representa uma média diária de cerca de 8.500 testes.

Perante tudo isto, o Secretário de Estado da Saúde afirma “é preciso continuar a olhar para os dados com cautela”, no entanto admite que não se pode ignorar que são bons sinais os que surgem relativos à segunda semana da 1.º fase de desconfinamento. “É crucial que todos continuem a respeitar as orientações da nossa autoridade de saúde”, reforçou.

“Este é como sabemos um longo caminho, os números têm diminuído”, disse o governante. No último mês, o número médio semanal de internamentos tem diminuído, assim como as unidades de cuidados intensivos seguem “uma tendência semelhante”, sublinhou António Sales.

De referir que pela primeira vez desde 28 de março, o número de doentes internados em Unidades de Cuidados Intensivos é inferior a uma centena.

 

Plataforma Ossos Fortes
No próximo dia 22 de maio, pelas 17h realiza-se na plataforma Ossos Fortes a sessão de esclarecimento online “Osteoporose?...

Esta sessão, aberta a todas as pessoas, tem como objetivo abordar o risco de fraturas associado à osteoporose no contexto que vivemos, de maior permanência em casa e também debater a importância de exercício físico como forma de prevenir o agravamento da osteoporose e o aumento do risco de fraturas.

“A Osteoporose atinge, em média, entre 700.000 e 800.000 portugueses, sendo a larga maioria deles mulheres. Esta patologia é anualmente responsável por cerca de 50.000 fraturas no nosso país. Nesta fase de maior permanência em casa, pode existir um risco acrescido de fraturas em pessoas com Osteoporose. Nesta sessão, pretendemos alertar para este risco e facultar informação útil sobre formas de prevenção de fraturas osteoporóticas”, comenta o médico reumatologista Dr. Canas da Silva, orador na sessão.

Este especialista irá abordar o tema “mais tempo em casa: o risco de fraturas associado à osteoporose” e será acompanhado pela intervenção de Fátima Baptista, Professora na Faculdade de Motricidade Humana, da Universidade de Lisboa, com uma abordagem sobre as vantagens de realizar atividade física como prevenção das fraturas em pessoas com osteoporose e tipos de exercícios mais adequados às pessoas com esta patologia.

“A Osteoporose é uma doença esquelética caraterizada pela perda de densidade mineral óssea, o que provoca alterações na micro-arquitetura do osso e aumenta a suscetibilidade a fraturas. Um nível suficiente de atividade física e a prática de exercícios físicos específicos são essenciais para prevenir tanto a ocorrência de quedas como a sua gravidade, ou seja, a ocorrência de fraturas, assim como para prevenir a própria doença”, explica Fátima Baptista.

A sessão termina com um momento de resposta às questões colocadas por pessoas com osteoporose, cuidadores e familiares ao longo do webinar.

O webinar “Osteoporose? Exercícios em casa para uns ossos mais fortes” será transmitido através do link https://ossosfortes.pt/webinar-osteoporose/

 

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