APDP pede proteção para riscos acrescidos
A Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) pede ao Governo que reavalie a exclusão das pessoas com diabetes do...

A associação alerta que no Plano de Desconfinamento aprovado no último Conselho de Ministros o exercício profissional em regime de teletrabalho obrigatório não está previsto para pessoas com diabetes ou hipertensão, o que fará com que estas pessoas tenham de voltar ao seu local de trabalho, expondo-se assim a riscos de saúde.

“Um artigo acabado de publicar pelo The New England Journal of Medicine revela que as pessoas com doença crónica, incluindo diabetes e hipertensão, enfrentam uma maior mortalidade por COVID-19. Não podemos continuar a ignorar estes dados e excluir estas pessoas do regime de teletrabalho, porque essa exclusão pode trazer riscos acrescidos. Temos de ter políticas corretas com uma comunicação certeira, com informações que salvaguardem as pessoas com doença crónica e isto implica voltar a incluir, explicitamente, estes doentes no regime excecional de proteção”, alerta José Manuel Boavida, presidente da APDP.

Segundo a publicação do The New England Journal of Medicine, as pessoas com diabetes apresentaram um risco de morte por COVID-19 três vezes superior ao da população em geral. Estes dados sugerem que a percentagem de mortalidade estará próxima dos 10% nas pessoas com cerca de 60 anos que têm diabetes – risco 20 vezes acima do das pessoas com 50 anos e sem condições crónicas de alto risco.

José Manuel Boavida considera que “as evidências existem e os argumentos do Secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, e do primeiro-ministro, António Costa, acabaram por reforçar estas mensagens, ainda que tenham manifestado o apoio à retificação do Decreto-Lei nº. 20/2020. Um decreto que acabou por remover as pessoas com diabetes e hipertensão do regime excecional de proteção e que, agora a manter-se, as impedirá de ser reconhecidas explicitamente na Resolução do Conselho de Ministros n.º 40-A/2020, com indicação para o teletrabalho, pelo médico assistente. O Ministério da Saúde não pode continuar a contradizer as orientações internacionais, não pode esperar pela descompensação da diabetes para se tomarem decisões, nessa altura já haverá vidas em risco! Esperamos que o Sr. Primeiro Ministro cumpra a sua palavra de não ter medo de voltar atrás e emendar o erro”.

“É ainda importante referir que não estamos sozinhos nesta luta. O Bloco de Esquerda, o PCP e o PSD, ou seja, a maioria dos deputados, pediram a apreciação parlamentar da retificação do Decreto-lei nº. 20/2020, que retirou pessoas com hipertensão e diabetes do regime excecional de proteção relativo à COVID-19. O Grupo parlamentar do PS também prometeu, em audiência concedida a 8 de maio de 2020, encontrar uma solução que não discriminasse as pessoas com diabetes. Aguardamos também o parecer do gabinete do Presidente da República sobre esta matéria para percebermos se promulgou ou não o retificativo”, reforça José Manuel Boavida.

A associação sublinha que em tempo de pandemia é necessário implementar estratégias sensatas que protejam os trabalhadores de alto risco, aconselhamento sobre os riscos decorrentes da atividade laboral, tendo em conta a especificidade de cada caso, e orientações específicas para um regresso seguro ao trabalho para todos e, em particular, para as pessoas com doença crónica, incluindo a segurança e higiene no trabalho.

Reconhecimento
O Laboratório de Neurossonologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) foi reconhecido como Centro de...

Trata-se de um importante reconhecimento da qualidade do trabalho científico, de diagnóstico e formativo do Laboratório de Neurossonologia, que passou a estar incluído no grupo dos primeiros 20 Centros de Referência Europeus, nesta área.

O laboratório de Neurossonologia funciona em estreita ligação com a Unidade de Acidente Vascular Cerebral do CHUC e é constituído, atualmente, pelos neurologistas João Sargento Freitas e Fernando Silva, contando ainda na equipa com o médico interno de neurologia, João André Sousa.

Para o Presidente do Conselho de Administração, Fernando Regateiro, “este reconhecimento assinala, a nível internacional, a excelência do trabalho que é feito na área da neurossonologia do CHUC. Aos profissionais que conduziram a este resultado, com o seu trabalho continuado, sério e de elevada qualidade e atualidade, endereço o mais vivo e sentido reconhecimento e gratidão. Para os doentes que em nós confiam, é mais um relevante sinal de que confiam num Hospital e em profissionais de saúde que trabalham ao mais alto nível mundial. Este reconhecimento está em linha com outros, de que destaco o facto de o CHUC, sendo o maior centro hospitalar português, ser também o que tem o maior número de centros de referência nacional (18) e de centros integrados em redes europeias de referenciação (10).”

 

Saúde infantil
A Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, apelou ontem, no âmbito do dia mundial da Criança, para que os pais vacinem os filhos...

O apelo foi feito na conferência de imprensa diária sobre a pandemia de Covid-19, onde a Diretora-Geral da Saúde fez questão de reforçar que as crianças têm direito a “ter resposta às suas necessidades e de terem um desenvolvimento harmonioso e saudável”.  

“Portanto, queremos aqui deixar claro que tudo o que diz respeito ao universo das crianças deve manter-se na área da saúde, desde as consultas pré-concecionais, à gestação, à altura do parto, ao nascimento, à saúde infantil, ao teste do pezinho que é tão importante”, declarou. 

Mas o «grande apelo» é à vacinação: “não há nenhum motivo neste momento para que as crianças não tenham as suas vacinas atualizadas”. 

“A vacina evita muitas doenças, algumas delas graves, e, portanto, nesta altura a última coisa que nós queremos ter é surtos de outras doenças”, salientou a responsável, acompanhada pela Secretária de Estado Adjunta e da Saúde, Jamila Madeira.

Graça Freitas assegurou ainda que os centros de saúde estão preparados para receber as crianças. “É preferível marcar, obviamente, para evitar filas e aglomerados, mas tirando este pequeno conselho tudo o resto está feito em segurança para as poder vacinar”.

O pedido de Graça Freitas estende-se à realização das consultas de vigilância da saúde das crianças e do teste do pezinho, porque “é um teste diagnóstico muito importante”.

Apesar de o mundo viver tempos de pandemia, a Diretora-Geral da Saúde afirma que as crianças têm “direito a brincar, têm direito a aprender, têm direito a divertir-se”, desde que seja em segurança.

“Como lidar com os problemas de comportamento das crianças”
Há um novo guia para ajudar pais e educadores a lidas com os problemas de comportamento das crianças. Vera Ramos, autora do...

“Como lidar com os problemas de comportamento das crianças” é um livro com dicas e estratégias para reduzir comportamentos indisciplinados e contribuir para o desenvolvimento de competências sociais mais assertivas das crianças, enquanto alunos, filhos e cidadãos. Uma ferramenta para orientar e ajudar a distinguir comportamentos normais de patológicos, com estratégias de intervenção adequadas às necessidades de cada criança de forma a que estas cresçam num ambiente harmonioso e equilibrado compreendendo a existência de regras.

Destinada a pais, professores, educadores, encarregados de educação, psicólogos e público em geral, a nova obra destaca a importância do afeto e da imposição de limites (de forma positiva) enquanto ingredientes imprescindíveis para a educação das crianças, abordando o desenvolvimento comportamental das mesmas e facilitando a compreensão desse comportamento humano que tem influências internas, de personalidade e temperamento, assim como influências externas como o grupo de pares e os contextos escolares e familiares.

Numa fase em que professores, pais e educadores enfrentam especiais desafios no processo educativo, é fundamental estar alerta para o impacto das novas dinâmicas no comportamento dos mais novos e não esquecer que a disciplina e a autoridade são dois aspetos que devem estar sempre presentes.

Para debater as preocupações e desafios em tempos de pandemia, a editora realiza amanhã ao final do dia, pelas 19h00, um webinar gratuito com moderação da autora Vera Ramos e participação da professora de ensino secundário Sandra Silva, da psicóloga escolar Júlia Rocha e do encarregado de educação Hugo Barbosa. A participação é gratuita mediante inscrição em https://bit.ly/wb-criancas.

Parentalidade positiva, estilos parentais, regras do que fazer e não fazer, técnicas para modelar comportamentos e lidar com as birras são alguns dos conteúdos relevantes explorados neste livro da psicóloga Vera Ramos, que recorda que a função dos pais não é só educar, mas também dar um bom exemplo.

Doença rara e neurodegenerativa
Projeto desenvolvido para neuropediatras e pediatras com experiência em doenças metabólicas pretende chamar a atenção para a...

No dia 9 de junho comemora-se o Dia Internacional da Doença de Batten (International Batten Disease Awareness Day), com o objetivo de aumentar a consciencialização sobre esta doença rara e a importância de um diagnóstico precoce para uma melhor gestão da qualidade de vida destes doentes. Esta data celebra-se desde 2018 e surgiu da colaboração das associações de doentes dos Estados Unidos e do Reino Unido para chamar a atenção para esta doença rara que afeta 1 em cada 100.000 pessoas no mundo.

Em Portugal, o projeto LINCE também surgiu dessa mesma vontade de querer sensibilizar os profissionais de saúde para a importância de um diagnóstico precoce para a ceroidolipofuscinose neuronal (CLN). As CLN são doenças neurometabólicas raras, hereditárias, graves, progressivas e degenerativas, com uma baixa esperança de vida. Este projeto nasceu de uma parceria científica da Sociedade Portuguesa de Neuropediatria e da Liga Portuguesa Contra a Epilepsia, com a parceria laboratorial do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge e é uma ferramenta de diagnóstico disponível de forma gratuita que foi lançada no último Congresso Nacional de Neuropediatria, realizado ainda no início deste ano.

A epilepsia refratária e o atraso na aquisição da linguagem na 1ª infância são habitualmente as primeiras manifestações de CLN2. Estes dois sintomas são comuns, mas observá-los em conjunto na primeira infância deve ser o alerta para qualquer profissional de saúde rastrear esta patologia.

O estudo da história natural da doença demonstra que a partir dos 18 meses é possível observar atraso e/ou regressão na linguagem, atraso motor e, entre os 3-4 anos de idade, observa-se perda da acuidade visual, ataxia e epilepsia. Esta epilepsia é de difícil tratamento, sendo a perda cognitiva progressiva e grave. No espaço de dois anos, estas crianças ficam em estado vegetativo com marcada atrofia cerebral, ataxia, disartria e mioclonias, com uma esperança de vida de cerca de 8-12 anos.

À semelhança do “Teste do Pezinho”, basta uma gota de sangue para, de forma rápida e gratuita, se poder diagnosticar precocemente casos de CLN1 e CLN2 e dar aos doentes afetados por esta doença rara o melhor acompanhamento e a melhor qualidade de vida possível. Sempre que surja alguma suspeita, os profissionais de saúde podem solicitar gratuitamente o kit de diagnóstico por email. O objetivo do projeto LINCE é, assim, disponibilizar aos médicos que se deparem com possíveis casos de CLN, uma ferramenta de diagnóstico útil e rápida.

Este projeto foi desenvolvido sobretudo para neuropediatras e pediatras com experiência em doenças metabólicas, mas qualquer médico pode pedir o kit de diagnóstico através do email [email protected]. Um diagnóstico precoce é crucial para a possibilidade de alterar a progressão desta doença devastadora e proporcionar os melhores cuidados quer ao doente, quer no acompanhamento da família.

Complicações e riscos
Estima-se que, em todo o mundo, a diabetes afete cerca de 199 milhões de mulheres.

O principal fator de risco para a diabetes é a hereditariedade. Hipertensão arterial, sedentarismo, obesidade e tabagismo são outros fatores determinantes para o desenvolvimento de uma doença cuja prevelência terá tendência a aumentar durante as próximas décadas. Uma previsão que preocupa os especialistas.

“A diabetes mellitus é uma doença crónica, de prevalência crescente. Uma desordem metabólica de etiologia múltipla, caracterizada por uma hiperglicemia crónica com distúrbios no metabolismo dos hidratos de carbono, lípidos e proteínas, resultantes de deficiências na secreção ou ação da isulina, ou ambas”, começa por explicar Sónia Gonçalves, especialista em Medicina Interna.

A diabetes mellitus tipo 1 surge, sobretudo, durante a infância ou adolescência e resulta da “destruição das células produtoras de insulina do pâncreas, geralmente a uma reação autoimune”. No entanto, ela pode atingir pessoas de qualquer idade.

Associada à obesidade e a estilos de vida poucos saudáveis, a diabete mellitus tipo 2 (DM2) é diagnosticada, habitualmente, após os 40 anos de idade. “Ocorre quando o pâncreas não produz insulina suficiente ou quando o organismo não consegue utilizar eficazmente a insulina produzida”, revela a especialista.

O diagnóstico nem sempre ocorre numa fase inicial da doença (no designado estadio de pré diabetes), uma vez que nem sempre o doente apresenta sintomas. “Os sintomas relacionados com o excesso de açúcar no sangue aparecem de forma gradual e quase sempre lentamente, sobretudo na DM2. Por isso, o início da diabetes tipo 2 é muitas vezes difícil de precisar. Os sintomas mais frequentes são a fadiga, poliúria e sede excessiva”, explica Sónia Gonçalves.

A importância do diagnóstico numa fase inicial da doença reflete-se no sucesso do seu tratamento, uma vez que permite não só o início precoce da terapêutica adequada, como prevenir ou diminuir o risco de complicações da doença. “Importa referir que é nesta fase inicial que as mudanças no estilo de vida podem ter um impacto significativo na saúde da pessoa. Numa primeira fase, o ótimo controlo da diabetes previne o aparecimento de complicações”, acrescenta.

A diabetes é a principal causa de cegueira, insuficência renal e amputação dos membros inferiores, sendo ainda uma principais causas de morte ao contribuir para o aumento do risco de doença coronária e de acidente vascular cerebral.

“As complicações inerentes à doença vão além do sofrimento e sentimentos devastadores que causam nas pessoas com diabetes e seus familiares. Têm um forte impacto económico, podendo este ser reduzido mediante uma gestão adequada, por parte da equipa de profissionais de saúde, com prestação de cuidados individualizados à pessoa com diabetes e familiares”, revela a especialista em Medicina Interna.

O tratamento deve ser considerado através de uma abordagem multidisciplinar. “Tratar a adequadamente a pessoa com diabetes não se resume apenas ao controlo glicémico, passa pelo controlo das comorbilidades associadas, onde o papel da educação terapêutica é fundamental”, reforça Sónia Gonçalves.

“As pessoas com DM1 necessitam de injeções de insulina diariamente. Ao contrário da DM1, as pessoas com DM2 não são dependentes de insulina exógena, porém podem vir a necessitar de insulina para o controlo da hiperglicemia se não o conseguirem através da dieta associada a antidiabéticos orais”, esclarece quanto ao tratamento que, de acordo com esta especialista, deve ser individualizado e incluir programas educativos no qual o doente deve participar ativamente, assumindo o compromisso de autogestão da doença.

“Cabe ao doente assumir comportamentos para a saúde implementando o seu “estilo de vida”, tentar ser autónomo, gerir esclarecidamente a sua diabetes e evitar desperdícios (de maior importância nos tempos que correr)”, refere acrescentando que, hoje em dia, o doente tem à sua disposição uma ampla variedade de classes farmacológicas, muitas com efeitos cardiovasculares benéficos.


"A Diabetes Mellitus constitui um problema de saúde pública crescente. É urgente e prioritário investir na prevenção", afirma Sónia Gonçalves, assistente hospitalar de Medicina Interna

Mulheres com riscos acrescidos

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, cerca de 199 milhões de mulheres vivem, em todo o mundo, com diabetes. Um número que chegará aos 313 milhões até 2020.

“No que respeita ao nosso país, em 2015 a prevalência estimada da diabetes na população portuguesa, com idades compreendidas entre os 20 e os 79 anos, foi de 13,3%, existindo uma diferença estatisticamente significativa da mesma entre géneros”, revela Sónia Gonçalves especialista na Consulta de Diabetes e Obesidade no Hospital CUF Santarém.

Estima-se ainda que 10,9% das mulheres têm diabetes e que, destas, quase metade não estão diagnosticadas.

Não obstante as complicações da doença que afetam ambos os sexos, sabe-se, no entanto,  que o sexo feminino apresenta riscos acrescidos.

“Sabe-se que a mulher com DM2 tem um risco 10 vezes superior de desenvolver doença coronária. No que concerne à DM tipo 1, as mulheres têm maior risco de sofrer abortos durante a gravidez e de desenvolverem malformações congénitas”, revela Sónia Gonçalves.

Por outro lado, os dados indicam que mais de 15% das grávidas portuguesas desenvolvem diabetes gestacional. “E embora seja um problema que normalmente termina com o nascimento do bebé, aumenta o risco da mãe vir a ser diabética no futuro”. Este risco é maior se houver história familiar de diabetes ou fatores de risco cardiovasculares associados, nomeadamente obesidade.

“A diabetes gestacional é a condição caracterizada por qualquer grau de anomalia/intolerância no metabolismo da glicose documentada, pela primeira vez, durante a gravidez”, explica.

“A gravidez caracteriza-se por uma hiperplasia das células beta do pâncreas, levando a níveis de insulina mais elevados em jejum e no período pós-prandial. Porém, a secreção aumentada de hormonas da placenta leva a uma maior resistência à insulina, especialmente durante o terceiro trimestes da gravidez. A diabetes gestacional surge quando a função das células beta é insuficiente para ultrapassar esta insulinorresistência”, esclarece a médica.

Estima-se que mulheres com idade superior a 25 anos, com história familiar de diabetes, excesso de peso e bebés de gestações anteriores com peso superior a 4 quilos, apresentam risco aumentado de desenvolvimento de diabetes gestacional. Pelo que, o controlo da glicemia durante a gestação se revela de extrema importância.
“O aumento do nível de glicose materna pode resultar em complicações para o recém-nascido, nomeadamente, macrossomia (tamanho excessivo do bebé), traumatismo de parto, hiperglicemia e icterícia”, adianta.

Sabe-se ainda que a diabetes gestacional está associada a um risco aumentado de perturbações do metabolismo da glicose e obesidade durante a infância e vida adulta dos descendentes.

Deste modo, Sónia Gonçalves alerta para importância da adoção de estilos de vida saudáveis, bem como para a sensibilização da comunidade em geral para a problemática da diabetes.

“A Diabetes Mellitus constitui um problema de Saúde Pública crescente, resultado em parte da elevada prevalência de complicações. Assim, é urgente e prioritário investir em prevenção”, afirma que é necessário sensibilizar as entidades oficiais, os profissionais de saúde, a comunicação social e a comunidade para esta matéria.

Segundo a especialista, "as mulheres são agentes chave para a adoção de estilos de vida saudável e para melhorar a saúde e bem-estar de gerações futuras”, acrescenta reforçando a importância de as dotar de conhecimento adequado sobre a doença “de forma a preveni-la no seio familiar e entre pares, promovendo desta forma a sua própria saúde”. É que, “educar modifica a história”, garante. 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Inquérito Health Cluster Portugal (HCP)
A Smart Health e a interoperabilidade de dados, o alinhamento entre I&D e as necessidades reais, e o repensar a organização...

De acordo com os resultados de um inquérito feito pelo Health Cluster Portugal (HCP) junto dos seus 180 associados são estas as três apostas mais votadas para revitalizar o cluster nacional da saúde. A Smarth Health, que combina produtos e serviços inovadores das áreas da saúde digital e das tecnologias médicas, foi selecionada por 57% dos respondentes, o alinhamento da I&D por 55% e a reorganização do modelo de financiamento por 45%.

Quando questionados sobre a eventual necessidade de reforço das medidas governamentais para apoio às empresas, 48% dos inquiridos defende que as de caráter fiscal deveriam ser reforçadas para responder aos impactos económicos da pandemia. Ao nível de iniciativas concretas, e em resposta aos impactos da Covid19 no setor, 76% acreditam que o caminho passa pela dinamização de (grandes) projetos de cooperação entre empresas, instituições de I&D e hospitais para responder a necessidades em saúde.

O questionário procurou medir o impacto da pandemia na atividade do cluster e encontrar caminhos para a revitalização da economia nacional. Quarenta e cinco (45%) das entidades que responderam ao inquérito referem uma redução da atividade superior a 30% ou uma alteração disruptiva da mesma. Entre os principais desafios sentidos neste período extraordinário 40% indica problemas logísticos na cadeia de fornecimento e 38% dificuldades de tesouraria.

De acordo com o diretor executivo do Health Cluster Portugal, Joaquim Cunha, “o cluster da saúde foi particularmente colocado à prova neste tempo difícil tendo reagido pronta, solidaria e positivamente ao desafio. Num momento em que procuramos caminhos para a retoma da sociedade e da economia é fundamental encontrarmos soluções e, por exemplo, a Smarth Health é incontornável como o são, agora mais do que nunca, as demais apostas na modernização do setor que o HCP vem defendendo, nomeadamente a (re)industrialização a digitalização e os dados”.

O inquérito foi realizado entre 14 de abril e 5 de maio e contou com respostas de entidades associadas do HCP que incluem, entre outros, empresas de dispositivos e tecnologias médicas, empresas farmacêuticas, entidades prestadoras de cuidados de Saúde, prestadores de serviços laboratoriais/analíticos e de desenvolvimento negócio/investimento, e empresas de TICE para a Saúde.

Iniciativa
Depois de divulgados dados que comprovam que a infeção pelo novo coronavírus (COVID-19) comporta riscos acrescidos para utentes...

O projeto criado a pensar nos portugueses hipertensos, visa a possibilidade de o médico assistente partilhar via e-mail ou telemóvel, dicas e conselhos semanais sobre alimentação (sugestões para substituição do sal) e exercício físico a realizar em casa. O propósito é criar uma consciencialização junto da população portuguesa, assim como monitorizar os valores de tensão arterial dos utentes.

“Em 2016, as doenças do aparelho circulatório foram responsáveis pelo falecimento de 32 805 portugueses (29,6% da mortalidade)”. Caso queira receber os conselhos ‘Ajuda de coração’, vá a www.jaba-recordati.pt, contactos, formulário de contacto e envie o seu nome, número de telefone e e-mail. Aposte na prevenção.

Referências
1. Elkind et al. The Role of the American Heart Association in the Global COVID-19 Pandemic. Circulation. 2020;141:e743-e745.
2. Disponivel em: https://spc.pt/wp-content/uploads/2020/03/S20028-ACC-Clinical-Bulletin-C... (Acedido: 26 de Maio de 2020).

3. Mello e Silva et al. CODAP: A multidisciplinary consensus among Portuguese experts on the definition, detection and management of atherogenic dyslipidemia. Rev Port Cardiol. 2019;38:543-510.

 

Opinião
Desde o aparecimento do primeiro caso de COVID-19, em Portugal, têm-se sucedido medidas de proteção,

Na expetativa de que soubéssemos mais, tentaram ensinar-nos, como se fôssemos todos muito burros, quais eram os grupos de maior risco. Disseram-nos que as pessoas idosas, considerando aquelas que têm mais de 70 anos, eram mais vulneráveis e, por conseguinte, potenciais portadores de maiores morbilidades. Um termo que muitos não conheciam e que, ainda hoje, continuam sem saber exatamente o que é. Falaram-nos, também, das pessoas portadoras de doenças crónicas, dos imunodeprimidos ou de várias outras patologias consideradas graves e, por isso, mais sensíveis e menos resistentes a um possível contágio com a COVID-19. Porque não se podiam lembrar de todos, foi exatamente deste último grupo que se foram esquecendo.

Depois de tantas aulas, vieram as ordens para que ficássemos em casa. E ficámos! Durante os últimos quase três meses, uma grande parte da população recolheu-se nas suas casas. Alguns, sem a possibilidade de trabalhar dado o encerramento de algumas empresas. Outros, a quem foi dada essa possibilidade porque o tipo de profissão, local de trabalho e recursos, o permitiam, passaram ao regime de teletrabalho. Outra lição que nos deram. Podemos, por isso, afirmar que, durante este tempo, aprendemos a conviver com algumas realidades novas, que não faziam parte do nosso quotidiano.

O que não pudemos aprender, ou melhor dizendo, relembrar, é que neste grande grupo de pessoas consideradas vulneráveis, podemos considerar que foram ignoradas muitas delas. Refiro-me aquelas que são apelidadas de “pessoas com deficiência”. E são muitas! Nas suas múltiplas formas. E muitas que trabalham, apesar das suas incapacidades ou limitações físicas. Que lutam pela sua sustentabilidade. Muitas, ainda, que, apesar da sua dependência de terceiros, mantêm intactas as suas capacidades cognitivas e contribuem para o PIB nacional. Sobre essas, e para essas, não ouvimos uma palavra ao longo deste período. Genericamente, a pandemia fez esquecer a sua vulnerabilidade e todo o trabalho de inclusão e de reabilitação que muitos, como eu, têm tentado trazer para a ordem do dia, nos últimos anos.

Todos sabemos que, tomar decisões sobre o encerramento de alguns serviços, públicos ou privados, ou de suspensão de alguns outros, como um campeonato de futebol, por questões de segurança e de saúde pública, não é uma tarefa fácil. Mas, ouvir e responder a questões concretas, colocadas por quem sente e vive outros problemas não menos importantes, é um dever que cabe apenas aos decisores. Não posso, por isso, deixar de lamentar que não tenham sido dadas as respostas que se exigiam relativamente a este grupo, também muito vulnerável. Muitas destas pessoas, porque de risco, recolheram às suas casas por não poderem trabalhar expostas a ele. Com maior ou menor dependência dos cuidadores habituais, não viram assegurada qualquer proteção no seu acompanhamento, obrigatório e sem alternativas. 

Muitas outras, algumas com cuidadores habituais demasiado cansados, com pouca retaguarda familiar, ou mesmo sem nenhuma, limitaram-se a permanecer nessa dependência e sempre à espera de alguém que os ajudasse nas suas atividades de vida diária. Estão nesta situação, muitas centenas de pessoas com deficiência, talvez, até, milhares. Algumas delas, foram integradas no Projeto Piloto do MAVI – Movimento de Apoio à Vida Independente, regulamentado pelo Dec. Lei 129/2017, que procura afirmar-se como uma alternativa às necessidades de apoio, que lhes confiram uma menor dependência, através do dedicado e inesgotável esforço dos seus Assistentes Pessoais. Estes últimos, apesar dos riscos, têm sido motivados pelas equipas dos CAVI (Centros de Apoio à Vida Independente) espalhados pelo país, a não desistirem, e incansáveis na sua tarefa de cuidar. Para eles, e para aqueles de quem cuidam, não houve nenhuma lição sobre distanciamento social ou sobre o contacto físico. Apenas porque isso não é possível evitar. Também não se ouviu ninguém a pronunciar-se sobre a importância, ou não, de testar esta população.

Para além da ignorância já referida, falta dizer que não chegaram aos CAVI quaisquer equipamentos de proteção individual, provenientes de qualquer organismo tutelado pelo Estado. Foi necessário adquiri-los no mercado, a preços proibitivos e em quantidades racionadas, ou mendigá-los junto de algumas autarquias e de generosas empresas privadas que se disponibilizaram para apoiar estas causas. Tudo isto contrasta com a euforia da reabertura dos CAO, das creches e jardins-de-infância e da tentativa de regresso à normalidade nos lares residenciais para os vulneráveis idosos, para quem foram prometidos testes e todas as condições de EPI’s. Esperamos, todos, que estes também não sejam ignorados.

Fonte: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Sociedades médicas unidas
Anualmente morrem mais de 8 milhões de pessoas devido ao tabaco. Destes, mais de 7 milhões são fumadores e cerca de 1,2 milhões...

O tema deste ano da OMS para o Dia Mundial sem Tabaco, assinalado a 31 de maio, é dedicado à proteção das crianças e dos jovens contra a manipulação da indústria do tabaco, no sentido de não iniciarem o consumo do tabaco e/ou de produtos de nicotina.

O tabaco mata metade dos seus utilizadores e estes apresentam maior risco de contraírem uma doença grave e de falecer se contraírem COVID-19.

Numa posição conjunta, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia, a Sociedade Portuguesa de Angiologia e Cirurgia Vascular, a Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública, a Sociedade Portuguesa de Pediatria e a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar/Grupo de Estudo de Doenças Respiratórias alertam para o facto de que “todas as formas de tabagismo, desde os cigarros convencionais, os produtos de tabaco não combustível (tabaco aquecido) e os produtos com nicotina (cigarros eletrónicos), os cachimbos de água (shisha), promovem doenças cardíacas, vasculares pulmonares, cancros, diabetes, atraso no desenvolvimento das crianças, entre outras complicações”.

Segundo estas sociedade médicas, é preciso proteger as crianças e os adolescentes que “foram sempre os principais alvos de estudo de mercado das tabaqueiras. Já há mais de 30 anos, em 1969, um vice-presidente da Philip Morris afirmava: “(…) para o principiante, fumar um cigarro é um ato simbólico: já não sou criança, já sou um adulto, aventureiro e sei o que faço.” Só que o efeito da nicotina irá perpetuar adição.  “Para a indústria do tabaco, as crianças são o negócio do amanhã para substituir as gerações que morrem anualmente devido às doenças provocadas pelo tabaco”, pode ler-se no comunicado.

“A indústria do tabaco tem atraído crianças e jovens com várias estratégias, desde a utilização de sabores nos produtos do tabaco e de nicotina, o design elegante e atraente (stick USB), assim como produtos de risco reduzido e referindo que são alternativas mais saudáveis relativamente aos cigarros convencionais, mas sem evidência científica. Promovem também os seus produtos através das celebridades, em concursos, em festivais de música, mediante marketing nos espaços comerciais, bem como com a venda de cigarros avulsos e de outros produtos do tabaco junto às escolas e nos locais frequentados por jovens, sempre com anúncios atraentes, escrevem apelando a medidas mais restritivas no que diz respeito “à sua promoção e aos patrocínios, bem como às vendas na internet, nos eventos juvenis e nas redes sociais”

Aproveitando a situação atual, sublinham, que  “todas as sociedades deveriam promover a construção de hábitos saudáveis de vida, desde os pais, educadoras das infância, professores, profissionais de saúde, linhas de apoio telefónicos, os media, sempre alertando as crianças e os jovens sobre os perigos dos produtos de tabaco e de nicotina, para que os jovens sejam a primeira geração sem tabaco, melhorando a qualidade de vida e de saúde, salvando muitas vidas neste planeta e tornando-o mais ecológico”.

“Não podemos deixar que a indústria tabaqueira substitua os 8 milhões de consumidores que morrem anualmente devido ao tabaco, por 8 milhões dos nossos adolescentes”, afirmam os especialistas.

Doença autoimune rara
Doentes com envolvimento pulmonar ou que estão sob medicação imunossupressora são mais vulneráveis a ter sintomas mais graves...

A Federação das Associações Europeias de Esclerodermia (FESCA) assinala mais um dia mundial da esclerodermia com uma campanha de informação e sensibilização para os problemas de quem é portador de esclerodermia, também conhecida como Esclerose Sistémica.

A esclerodermia é uma doença auto-imune crónica e rara, que afeta o corpo através do endurecimento do tecido conjuntivo. Os danos no tecido conjuntivo incluem não apenas a pele, mas também órgãos vitais, como pulmões, coração e rins.  A qualidade de vida é severamente afetada uma vez que torna muito difícil a execução de ações simples e fundamentais, como respirar, comer e até sorrir.

O diagnóstico precoce é vital. Se tiver refluxo, os dedos inchados e as mãos mudarem de cor deve contactar imediatamente o médico.

A doença pode aparecer em qualquer idade, mas é mais frequente em mulheres entre os 30 e 50 anos. A pele e os órgãos internos podem ser danificados pela doença. A esclerodermia pode ser fatal e atualmente não há cura. No entanto, tratamentos bem-sucedidos estão disponíveis para órgãos individuais.

“A pandemia de COVID-19 obrigou-nos a redefinir a mensagem da campanha e destacar a importância de proteger os pacientes com esclerodermia, particularmente os que têm envolvimento pulmonar e os que estão sob medicação imunossupressora, uma vez que têm imunidade reduzida e são mais vulneráveis a ter sintomas mais graves se contraírem o vírus”, afirmou Sue Farrington, presidente da FESCA.

Um vídeo e outros materiais gráficos fazem parte da nossa campanha e serão partilhados por 28 associações em 22 países para aumentar a consciencialização e compreensão do público e autoridades e instituições, nacionais e internacionais.

Saúde oral
Manter a boa saúde dos dentes é uma tarefa que deve começar na infância, a partir dos chamados dente

No entanto, lembre-se do importante papel que desempenham no corte, moagem e mastigação de alimentos. Os dentes do bebé também trabalham com a língua e os lábios para ajudar a formar sons e pronunciar palavras, permitindo que as crianças falem adequadamente. Além disso, são também responsáveis ​​por manter o espaço que se destina a ser ocupado pelos dentes finais.

Por todas essas razões, é importante proteger a saúde oral durante a infância. Trabalhá-la como se fosse um jogo é essencial para a criança adquirir hábitos saudáveis. Por isso, a Weleda deixa-lhes algumas dicas para o ajudar:

  1. Crianças (e adultos) devem escovar os dentes sempre que comerem ou pelo menos três vezes por dia, principalmente antes de irem para a cama.
  2. Supervisionar os cuidados dentários do seu filho é importante que ele adquira o hábito corretamente. Não é incomum que se tentem escapulir. Ensine-os a usar uma técnica de escovação adequada e, caso não utilize uma pasta de dentes natural, tente evitar riscos de ingestão.
  3. Se não utilizar uma pasta de dentes natural, é importante controlar a quantidade utilizada, para evitar riscos. Dos 0 aos 3 anos, recomenda-se uma quantidade do tamanho de um grão de arroz e a partir dos 3 anos uma quantidade semelhante ao tamanho de uma ervilha.
  4. Use uma pasta de dentes que não tenha um sabor muito doce; é bom para que eles não se acostumem aos sabores doces e açucarados.
  5. Faça check-ups regulares com o dentista pediátrico desde o momento em que os dentes emergem, normalmente é recomendado uma vez por ano quando não há patologias.
  6. A quantidade de flúor que uma pasta de dente pode conter é regulada; é importante nunca usar uma pasta de dentes para adultos, pois possui uma quantidade excessiva de flúor. Muitos dentistas recomendam cremes dentais sem flúor, pois as crianças não conseguem cuspir bem e há um risco muito alto de ingestão acidental. A utilização de flúor em pastas dentífricas já foi mais consensual. Atualmente, pensa-se que o flúor dentífrico fortalece a camada exterior do esmalte, mas não impede a passagem de bactérias para o interior do dente, podendo produzir cáries ocultas que se desenvolvem sem serem reparadas.
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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Durante confinamento
Os portugueses praticaram menos atividade física e aumentaram o consumo de snacks doces, frutas e hortícolas durante o período...

Estas são algumas das conclusões do Inquérito Nacional sobre os comportamentos alimentares e de atividade física durante o período de confinamento social, realizado pela Direção-Geral da Saúde (DGS), em parceria com o Instituto de Saúde Ambiental da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.

O estudo foi feito com base em dados recolhidos entre 9 de abril a 4 de maio, com uma amostra de 5.874 indivíduos (com 16 ou mais anos) em confinamento, através de questionário online e inquérito telefónico. Versou sobre comportamentos alimentares e de atividade física, mas também incidiu no acesso a informação sobre as duas dimensões comportamentais.

 

Novo tratamento em 20 anos
Se for aprovada pela Comissão Europeia, a canagliflozina será a primeira terapêutica aprovada em quase 20 anos, para utilização...

O Comité de Medicamentos para Uso Humano (CHMP) da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) emitiu um parecer positivo para atualizar a indicação de canagliflozina, de forma a incluir dados importantes sobre os resultados obtidos nos resultados renais com o estudo Canagliflozin and Renal Endpoints in Diabetes with Established Nephropathy Clinical Evaluation (CREDENCE).

Quando aprovada pela Comissão Europeia, a canagliflozina será o único iSGLT2 aprovado para tratar a doença renal diabética (DRD) em doentes europeus com DM2.

"Pela primeira vez em quase 20 anos, os doentes com Doença Renal Diabética (DRD) terão à sua disposição um novo tratamento para reduzir o risco de insuficiência renal que requer diálise ou transplante", disse Vinicius Gomes de Lima, Líder Europeu de Medical Affairs, Mundipharma. "A Agência Europeia de Medicamentos indicou que a gestão da DRD deve ser considerada como um objetivo de tratamento integral da diabetes tipo 2. Desta forma, esta abordagem proporcionará uma terapia para cerca de 300.000 doentes afetados por DRD em toda a Europa."

O estudo CREDENCE foi o primeiro ensaio totalmente dedicado à avaliação de resultados renais e cardiovasculares em pessoas com diabetes mellitus tipo 2 (DM2) e doença renal diabética (DRD). O estudo recrutou 4401 indivíduos com uma TFGe de 30 a <90ml/min/1.73m2 e albuminúria (rácio albumina urinária: creatinina >300 a 5000 mg/g). Todos os doentes foram tratados num contexto da pratica clínica instituída  para a DRD, incluindo iECAs e ARAs.5 Os resultados evidenciaram que a canagliflozina demonstrou uma redução de 30% em comparação com o placebo, no risco do endpoint primário composto que compreende a doença renal terminal (DRT), duplicação da creatinina sérica e morte renal ou cardiovascular (CV), com taxas de eventos de 43,2 vs. 61,2 por 1000 doentes-ano, respetivamente (Hazard Ratio [HR]: 0,70; Intervalo de Confiança de 95% [IC]: 0,59 a 0,82; p<0.001).

As taxas de eventos adversos e de eventos adversos graves foram semelhantes no grupo canagliflozina e no grupo placebo. Não se registaram diferenças na incidência de amputações dos membros inferiores (12,3 vs. 11,2 eventos por cada 1000 doentes-ano; HR: 1.11; 95% IC: 0,79 a 1,56) ou fraturas ósseas adjudicadas (11,8 vs. 12,1 eventos por cada 1000 doentes-ano; HR: 0.98; 95% CI: 0,70 a 1,37).

O estudo foi interrompido precocemente no início de julho de 2018, devido a resultados positivos de eficácia.

A canagliflozina está aprovada na União Europeia desde 2013, onde é indicada para o tratamento de adultos com DM2 insuficientemente controlada como adjuvante da dieta e do exercício, como monoterapia e associada a outros medicamentos que reduzem os níveis de açúcar no sangue.

Iniciativa gratuita
A Associação de Apoio aos Doentes com Insuficiência Cardíaca (IC) promove, no próximo dia 4 de junho, o Workshop virtual ...

“Os tempos que vivemos são de cuidados excecionais para todos, principalmente com as medidas de desconfinamento gradual em vigor, mas os doentes com Insuficiência Cardíaca e os seus cuidadores devem ter ainda cuidados redobrados. Neste sentido a AADIC decidiu criar este Workshop virtual para apoiar os seus doentes, contando com a participação de profissionais de saúde para aconselhamento e esclarecimento de dúvidas, de acordo com as diretrizes da Direção-Geral da Saúde.

O principal objetivo desde Workshop é darmos ferramentas, conselhos e até dicas que permitam aos nossos doentes ultrapassar certos obstáculos para melhorarem a sua realidade, retomarem a sua vida em segurança, mas tentando ao máximo evitar o risco de contaminação pelo novo Coronavírus”, explica Luís Filipe Pereira, presidente da AADIC.

O Workshop virtual “Insuficiência Cardíaca em tempos de Covid-19”, decorre no dia 4 de junho, a partir das 21h00, com transmissão exclusiva no Facebook e Site da AADIC, e conta com a participação de Tatiana Duarte, Médica Assistente de Cardiologia do Hospital São Bernardo - Centro Hospital de Setúbal, EPE, e Susana Quintão, Enfermeira Especialista em Reabilitação, Coordenadora da Unidade de Medicina Ambulatória - Hospital de dia /hospitalização domiciliária do Hospital São Francisco Xavier.

Conta ainda com a participação de Elsa Feliciano, assessora de nutrição da Fundação Portuguesa de Cardiologia desde 2001 e nutricionista no Centro de Saúde de Cantanhede – ACeS Baixo Mondego – ARS Centro, e de Nuno Marreiros, para falar sobre Reabilitação e Exercício Físico, e ainda com um relato na 1ª pessoa do doente e associado, José Ravasco Pato. A moderação ficará a cargo de Maria José Rebocho, Médica Cardiologista e também membro do Conselho Técnico e Científico da AADIC.

 

 

O que precisa saber
As principais medidas daquela que é a terceira fase de desconfinamento já foram anunciadas e começam a ser aplicadas hoje. Em...

Entre as regras gerais, deixa de se estabelecer o dever cívico de recolhimento e passam a ser permitidos ajuntamentos até ao limite de 20 pessoas, exceto na Área Metropolitana de Lisboa, onde por precaução, permanece o limite de 10 pessoas.

Quanto ao teletrabalho, foi estabelecido que este deixa de ser obrigatório, voltando a vigorar “a regra geral de que a prática do teletrabalho depende de acordo entre entidade patronal e trabalhador”. 
Mantêm-se, contudo, três exceções para os trabalhadores imunodeprimidos e doentes crónicos, com mais de 60% de deficiência, ou pais com filhos menores de 12 anos em casa, ou com filhos deficientes.

Os estabelecimentos de educação pré-escolar reabrem e generaliza-se a abertura das creches.
No entanto, foi adiada por 15 dias a reabertura das atividades de tempos livros (ATL) não integrados em escolas e, para o final do ano letivo, a 26 de junho, as atividades de apoio à família e de ocupação de tempos livres, devendo-se o adiamento à necessidade de dar tempo à organização das áreas onde se desenvolvem esta atividades.

Já os cinemas, teatros, salas de espetáculos e auditórios, cobertos ou ao ar livre, podem retomar a atividade, com lugares marcados, desde que exista pelo menos uma cadeira de separação entre cada grupo, e lugares desencontrados entre as filas, para diminuir os riscos de contaminação.

Mantém-se a prestação dos serviços através dos meios digitais e dos centros de contacto com os cidadãos e as empresas. O atendimento presencial continua a ser feito por marcação e é obrigatório o uso de máscara. Reabrem as Lojas do Cidadão (exceto na Área Metropolitana de Lisboa).

Relativamente às praias, confirmou-se o dia 6 de junho como data de abertura da época balnear, de acordo com as regras de afastamento, etiqueta respiratória e acessos e no respeito pela capacidade que foi identificada pela Agência Portuguesa do Ambiente para cada praia, tendo em conta a sua área nos períodos de maré alta.

As lojas inseridas em centros comerciais e lojas com área superior a 400 m2 podem reabrir, exceto na Área Metropolitana de Lisboa onde será reavaliação a situação a 4 de junho. Para todos os restaurantes, desaparece a regra da lotação máxima de 50%, mas mantém-se a distância mínima de 1,5 metros, desde que entre os clientes seja colocada uma barreira física impermeável.

Ginásios e academias, piscinas cobertas e descobertas e outras infraestruturas para a prática de modalidades desportivas individuais e sem contacto físico podem reabrir.  Entre as medidas que têm de ser implementadas, além dos cuidados de higiene e desinfeção comuns a outras atividades, é necessário um distanciamento de três metros entre utilizadores, marcação das aulas e treinos, e que todos os funcionários e clientes usem máscara, com exceção aos períodos em que estão a dar aulas ou a treinar.

Regras especiais para a Área Metropolitana de Lisboa
“Tendo em conta um aumento muito significativo do número de casos”, o Governo decidiu reforçar “as medidas de vigilância epidemiológica em atividades que concentram um número elevado de focos de infeção, como na construção civil e num conjunto de atividades exercidas através de empresas de trabalho temporário”, como é o caso do foco identificado no concelho da Azambuja.

Este esforço de vigilância vai “incidir nos locais de trabalho, nas empresas de trabalho temporário, mas também nos locais de alojamento e nas condições de alojamento, trabalhando-se já num plano de realojamento de emergência, para separar pessoas infetadas e não infetadas”, tal como foi feito relativamente a alguns lares. 

É também “restringida a 2/3 a lotação máxima dos veículos privados de transporte de passageiros, nomeadamente, carrinhas de transportes de pessoal da construção civil, sendo obrigatória a utilização de máscara” pelos seus ocupantes.

No próximo Conselho de Ministros, ir-se-á avaliar se há condições para permitir a reabertura dos centros comerciais em Lisboa.

Acesso condicionado
A Comissão Europeia (CE) concedeu uma aprovação condicionada ao medicamento onasemnogene abeparvovec-xioi para o tratamento de...

Na Europa, todos os anos, aproximadamente 550-600 bebés nascem com AME, uma doença neuromuscular genética rara, causada pela falta de um gene SMN1 funcional, e que resulta na perda rápida e irreversível de neurónios motores, afetando as funções musculares, incluindo a respiração, a deglutição e outros movimentos básicos. O onasemnogene abeparvovec-xioi é uma terapêutica genética de toma única, desenhada para atuar na raiz da doença, substituindo a função do gene SMN1 em falta ou não funcional. Administrado numa única infusão intravenosa (IV), confere às células do doente uma cópia funcional do gene SMN1, interrompendo a progressão da doença. De acordo com o estudo da história natural da AME efetuado pela Pediatric Neuromuscular Clinical Research (PNCR), quase todos os doentes com menos de 5 anos de idade terão menos de 21 kg, sendo que alguns doentes com 6, 7 e 8 anos de idade poderão pesar menos e 21 kg.

“A aprovação europeia é um marco fundamental para a comunidade da AME, e reforça o valor clínico substancial que a única terapêutica genética representa para a AME, trazendo nova esperança às pessoas afetadas por esta doença rara, mas devastadora.” disse Dave Lennon, presidente da AveXis. “Mesmo sob as atuais condições pandémicas, a necessidade urgente de tratar a AME resultou em programas de acesso em França e na Alemanha para o onasemnogene abeparvovec-xioi, um medicamento que tem o potencial de salvar vidas, administrado numa toma única. Adicionalmente, já reunimos com mais de 100 organizações de toda a Europa para discutir o nosso programa de acesso “Day One”, de forma a permitir o acesso rápido com opções customizáveis desenvolvidas para funcionar dentro dos contextos locais de preços e comparticipações”.

A AME representa um peso significativo para os sistemas de saúde na Europa, com custos acumulados estimados de assistência médica por criança que variam entre os 2,5€ e 4€ milhões apenas nos primeiros 10 anos5. A nova terapêutica genética é de toma única, transformadora e altamente inovadora, para uma doença genética devastadora e progressiva. O seu preço é determinado de forma consistente em todo o mundo, de acordo com um critério baseado no valor. Contudo as decisões finais de preço e comparticipação são determinadas a nível local.

Desenvolvido para funcionar dentro dos enquadramentos existentes de preço e comparticipação locais, o programa de acesso “Day One” disponibiliza às autoridades de saúde e agências de medicamento uma variedade de opções flexíveis que podem ser implementadas imediatamente para apoiar o acesso rápido e a comparticipação. 

O programa de acesso “Day One” assegura que o custo associado a doentes tratados antes da conclusão dos acordos nacionais de preço e comparticipação esteja alinhado com os preços baseados em valor, negociados após avaliações clínicas e económicas. O programa mantém a integridade dos contextos locais de preços e de comparticipações com uma variedade de opções customizáveis. 

O acesso imediato ao onasemnogene abeparvovec-xioi, de acordo com a indicação, é possível em França, no contexto das ATU, e é esperado brevemente na Alemanha.

“Esta aprovação é um progresso tangível no aproveitamento do poder transformador da terapêutica genética,” disse o Eugenio Mercuri, Professor de Neurologia Pediátrica, Universidade Católica, Roma, Itália. “A aprovação do onasemnogene abeparvovec-xioi representa uma nova forma importante para os médicos tratarem doentes com AME.

Os resultados verificados até o momento, provenientes do ensaio clínico STR1VE, demonstram uma impressionante taxa de sobrevivência na conclusão do estudo, com a maioria dos doentes a alcançar marcos de desenvolvimento, como sentar-se sem apoio, que não teriam sido alcançados em bebés não tratados."

“A SMA Europe recebe com grande entusiasmo as notícias sobre a aprovação pela Comissão Europeia, de uma terapêutica genética para tratar parte da nossa comunidade”, disse Mencía de Lemus, Presidente da SMA Europe. “Foi depositada muita esperança nesta terapêutica tão esperada. Agora caberá a todos os stakeholders envolvidos garantir que os médicos responsáveis pelo tratamento, juntamente com os pais, possam tomar a melhor opção terapêutica com base no benefício que cada uma delas pode oferecer a cada indivíduo. Será extremamente importante reunir mais dados sobre como o medicamento afeta a vida dos doentes para entender melhor o potencial desta nova terapêutica em melhorar a vida das pessoas que vivem com AME.”

A aprovação da Comissão Europeia tem por base os ensaios clínicos concluídos de Fase 3 STR1VE-US e de Fase 1 START que avaliaram a eficácia e segurança de uma infusão intravenosa única de onasemnogene abeparvovec-xioi em doentes com AME Tipo 1 sintomáticos com idade inferior a 6 meses na altura do tratamento, que tinham uma ou duas cópias do gene de backup SMN2, ou duas cópias do gene de backup SMN2, respetivamente.

Está em desenvolvimento o STR1VE-EU, um estudo de Fase 3 comparável. Este medicamento demonstrou uma sobrevivência prolongada livre de eventos; uma melhoria rápida da função motora, normalmente no primeiro mês após a administração; e, o alcance sustentado de marcos de desenvolvimento, incluindo a capacidade de se sentar sem apoio, gatinhar e andar de forma independente - marcos nunca alcançados em doentes de Tipo 1 não tratados.

Os dados adicionais de suporte incluíram os resultados intermédios do estudo SPR1NT em desenvolvimento, um ensaio de Fase 3, aberto, de braço único, no qual foi administrada uma infusão intravenosa única em doentes pré-sintomáticos (<6 semanas de idade na toma) geneticamente definidos por eliminação bi-alélica do SMN1 com duas ou três cópias do SMN2. Estes dados demonstram um desenvolvimento motor importante e em conformidade com a idade, reforçando a importância fundamental de intervir de forma precoce em doentes com AME.

Os efeitos secundários mais comuns após o tratamento foram enzimas hepáticas elevadas e vómitos. Pode ocorrer elevação das aminotransferases e lesão hepática grave. Doentes com insuficiência hepática pré-existente podem estar em maior risco. Antes da administração do tratamento, os médicos devem avaliar a função hepática dos doentes, através de exames clínicos e laboratoriais. Devem também administrar corticosteroides sistémicos a todos os doentes antes e depois do tratamento e, em seguida, continuar a monitorizar a função hepática durante pelo menos três meses após a infusão.

Existe falta de experiência em doentes com 2 anos de idade ou mais ou com peso corporal acima dos 13,5 kg. A segurança e eficácia nestes doentes ainda não foi estabelecida.

Fumadores têm sintomas mais graves
A 31 de maio celebrou-se o Dia Mundial sem Tabaco e a Medicina Interna não pode deixar de assinalar

Nesta época em que estamos focados na COVID-19, apresento algumas razões para deixar de fumar:

  • O ato de fumar pode aumentar a probabilidade de infeção pelo SARS-CoV-2 através dos dedos e cigarros contaminados em contacto com os lábios ou na partilha do cachimbo de água.
  • O tabaco aumenta drasticamente o risco de muitos problemas de saúde graves nomeadamente respiratórios e cardiovasculares. Deixar de fumar pode ser especialmente importante para reduzir a gravidade e a mortalidade da COVID-19 uma vez que a cessação tabágica tem um impacto positivo imediato na função pulmonar e cardiovascular.
  • A melhoria da função pulmonar e cardiorrespiratória pode aumentar a capacidade individual para responder à COVID-19 e reduzir o risco de morte.
  • Uma recuperação rápida e sintomas ligeiros também reduzem o risco de transmissão da doença a outras pessoas.

Já começamos a ter evidência científica, a partir da experiência da China, de que os fumadores têm sintomas mais graves, maior necessidade de ventilação invasiva e maior mortalidade.

Sabemos que o tabaco é o principal fator de risco para o cancro do pulmão e para as doenças respiratórias como a DPOC (doença pulmonar obstrutiva crónica) que origina tosse e falta de ar. Está demonstrado que estas doenças se associam a COVID-19 mais grave e a maior mortalidade.

 O tabagismo também aumenta o risco de tuberculose e de outras infeções do trato respiratório inferior. Sabemos que o tabaco altera a resposta do sistema imunológico, responsável pelas nossas defesas, tornando os fumadores mais vulneráveis a doenças infeciosas e provavelmente a COVID-19.

Mas a “Doença Tabágica”, ou seja, as repercussões de qualquer tipo de tabaco a nível da saúde não se limitam ao aparelho respiratório, são sistémicas, podem atingir todos os órgãos e sistemas, sendo um fator de risco importante das doenças cardiovasculares. Já temos alguma evidência científica de que as pessoas com doenças cardiovasculares e COVID-19 têm maior risco de desenvolverem sintomas mais graves, com taxa de mortalidade muito superior à da restante população.

De acordo com a evidência, o vírus que causa COVID-19 (SARS-CoV-2) é da mesma família do MERS-CoV e SARS-CoV, ambos associados a lesões cardiovasculares agudas e crónicas. Assim, a COVID-19 pode agravar as doenças cardiovasculares prévias e associar-se a sintomas mais graves, aumentando a mortalidade.

A cessação tabágica é essencial na abordagem dos doentes fumadores com doenças atribuídas ao tabaco uma vez que é a medida mais eficaz no seu tratamento e, em muitos casos, a única que pode travar a sua progressão.

Mas, mais importante que tratar as doenças associadas ao tabaco, é a sua prevenção. A sensibilização sobre os malefícios do tabaco deve começar nas escolas.

Quando falamos do tabaco e das suas repercussões negativas a nível da saúde incluímos, para além do cigarro e do cacimbo, os outros produtos do tabaco. No último ano têm sido relatados casos de doença respiratória grave e fatal associada ao cigarro eletrónico. Ao contrário do que é publicitado, os cigarros eletrónicos e o tabaco aquecido não são recomendados para deixar de fumar.

Neste momento conturbado em que vivemos, cabe a cada um de nós diminuir a probabilidade de infeção e a morbilidade e mortalidade associada à COVID-19. Deixar de fumar pode ser um contributo.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
26º Congresso Nacional de Medicina Interna/ VII Congresso Ibérico
O 26º Congresso Nacional de Medicina Interna/ VII Congresso Ibérico, agendado para 27 a 30 de agosto no Altice Fórum, em Braga,...

“Para possibilitar a participação e garantir a segurança no congresso, bem como melhorar a divulgação do conhecimento científico, este ano, pela primeira vez, iremos fazer a transmissão em direto e a gravação de todas as sessões do programa científico, com possibilidade de visualização diferida por todos os inscritos no congresso” adianta Narciso Oliveira, Presidente da Comissão Organizadora.

E acrescenta: “A pandemia COVID-19 trouxe à luz o que há muito sabemos: os internistas são essenciais. Na preparação da resposta hospitalar, nos serviços de urgência, no tratamento dos doentes com infeção SARS-CoV-2, em todo o seu espectro de gravidade e comorbilidades, adaptando-se a novas realidades para continuarem a tratar os outros doentes, o seu papel tem sido determinante”.

A experiência dos internistas na COVID-19 e a sua partilha são fundamentais na preparação dos desafios futuros para os doentes e as equipas médicas. Além de mesas específicas, este congresso vai contemplar também um período especial de submissão de trabalhos sobre a COVID-19 e suas incidências em Medicina Interna. Os trabalhos relacionados com a pandemia COVID-19, para serem apresentados o congresso, devem ser submetidos de 15 de junho a 5 de julho.

Este ano, o Congresso irá permitir inscrições não presenciais. Estará disponível um micro site dividido em 5 grandes áreas: Sessões, Pessoal, Exposição, Trabalhos, Coffe Break e Networking. Será interativo e com várias funcionalidades para que os participantes possam interagir como se estivessem presencialmente no evento.

A Sociedade Portuguesa de Medicina Interna irá manter as medidas vigentes de proteção, higiene e distanciamento social, preocupação partilhada com o Altice Fórum Braga, local onde ser realizará o Congresso.

PNV
Há quebras nas taxas de vacinação pediátrica, mesmo nas vacinas incluídas em PNV. Uma situação considerada extremamente...

"As pessoas têm medo. Temos de assegurar que o seu regresso às rotinas de saúde se processe rapidamente, de forma segura e informada. É fundamental que a população compreenda os riscos desta quebra na vacinação. Que se sinta segura na deslocação para vacinar os seus filhos e que perceba que este é o maior ato de proteção", explica Isabel Saraiva, fundadora do MOVA. “Não temos, ainda, vacina contra a Covid-19, mas não podemos viver a medo. Sabemos que existem muitas outras doenças graves que são preveníveis através de vacinação, como o sarampo ou a meningite. Felizmente podem ser evitadas”, conclui.

O MOVA considera urgente que as autoridades comuniquem com pais e encarregados de educação de forma assertiva e que os serviços e as infraestruturas estejam preparados para receber estes utentes de forma segura, prática e eficaz. 

“Temos de sensibilizar a população para a importância da vacinação, ao mesmo tempo que lhe oferecemos as ferramentas e as infraestruturas ideais para a sua concretização. É urgente que se recupere o tempo perdido durante o confinamento, de forma a evitar a propagação de doenças graves”, continua a fundadora do MOVA.

 É cada vez mais importante investir na prevenção, seja através do PNV ou de vacinas recomendadas pelos médicos assistentes. A vacinação previne doenças como o sarampo, a tosse convulsa, o tétano ou a meningite. A Direção-geral da Saúde reforçou recentemente que, até aos 12 meses de idade, inclusive, as crianças devem cumprir atempadamente a vacinação recomendada, imunização que confere proteção precoce contra onze doenças potencialmente graves. Aos 12 meses, as vacinas contra o meningococo C e contra o sarampo, papeira e rubéola são extremamente importantes. Situações epidemiológicas como a do sarampo, por exemplo, não nos permitem adiar esta vacina.

Não esquecer também que a vacina contra a tuberculose (a BCG) continua a estar no PNV para as áreas de risco social e endémico (áreas podem vir a aumentar com a CoVid 19).

Outro caso preocupante, é o da meningite, uma infeção grave, e potencialmente fatal. Qualquer pessoa a pode contrair, mas as crianças pequenas e os adolescentes correm maior risco. Aos pais e encarregados de educação, o MOVA deixa um pedido “Pelo bem dos vossos filhos e da comunidade, apostemos na prevenção".

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